Embriologia dos mamíferos
“EMBRIOLOGIA ANIMAL DOS MAMÍFEROS”
Todos os mamíferos têm fecundação interna, mas o tipo de desenvolvimento embrionário varia entre os grupos de mamíferos.
•Prototheria (monotremados); •Metatheria (marsupiais);
•Eutheria (placentários).
Sendo esta uma das principais características que os diferencia.
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Monotremados (Clado Protheria) são mamíferos encontrados atualmente apenas na
Austrália e na Nova Guiné. Seus principais representantes são os ornitorrincos e os
equidnas.
São ovíparos, com fecundação interna. A fêmea incuba os ovos até a eclosão. Os filhotes alimentam-se por meio do leite produzido pelas glândulas mamárias localizadas no ventre da fêmea que, no entanto, não tem mamilos. O leite escorre entre os pelos e é lambido pelos filhotes.
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Marsupiais (clado Metatheria) são mamíferos típicos
da Austrália; seus representantes mais conhecidos são os cangurus, os coalas. Na América do Sul, são representados pelos gambás e cuícas.
As fêmeas desse grupo em geral possuem uma bolsa de pele no ventre – o marsúpio – onde os filhotes completam o desenvolvimento após serem expelidos ainda imaturas do útero materno.
O embrião começa o seu desenvolvimento no interior do corpo da mãe, inicialmente nutrindo-se do pouco vitelo. Forma-se uma placenta rudimentar, após um período de gestação curto (12 a 14 dias nos gambás, 38 a 40 dias nos cangurus) nascem filhotes incompletos.
O filhote sobe nos pelos da mãe até o marsúpio, e agarra-se aos mamilos, até terminar o desenvolvimento.
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Placentários (clado Eutheria) compreende 95% das espécies de mamíferos; são cães
gatos, girafas, cavalos, etc.
O desenvolvimento embrionários ocorre no interior do útero materno. Os embriões em desenvolvimento ligam-se à parede uterina por meio da placenta.
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O ovócito secundário, liberado do ovário, encontra-se revestido por um envoltório glicoproteico, a zona
pelúcida.
A segmentação nos mamíferos é holobástica e igual. A orientação das segmentações é rotacional, isto é, o número de células dos embriões não aumenta em progressão geométrica.
Entre o 4° ou 5° dia o embrião entra em fase de blástula.
A partir do 7° dia após a concepção, ela se implanta na mucosa uterina, fenômeno chamado de nidação.
Com a nidação do blastocistos tem inicio a gravidez, que dura aproximadamente nove meses ou 40
semanas.
Segmentação e formação do blastocisto
útero 1.ª mitose mórula segmentação tuba uterina fecundação ovulação blastocisto ovário corpo lúteo folículos ovarianos em desenvolvimento
massa celular interna (embrioblasto)
trofoblasto implantação
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O desenvolvimento do embrião dos mamíferos ocorre simultaneamente à sua implantação no útero.
O primeiro tecido a surgir no desenvolvimento embrionário de um mamífero é o hipoblasto, ou endoderma primitivo
O restante do embrioblasto, após a diferenciação do hipoblasto, passa a ser chamado de epiblasto, ou ectoderma primitivo. Em seu interior forma-se uma cavidade amniótica.
A porção entre a bolsa e o saco vitelínico é o disco
embrionário, (formação do TECIDO ÓSSEO).
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Para que ocorra a implantação do embrião o útero, o embrião precisa abandonar o envoltório de glicoproteínas no qual se encontra, a zona pelúcida. Dois processos contribuem para isso:
•O aumento da pressão osmótica do fluido que preenche a blastocela.
• Ocorre pelo bombeamento de íons de sódio (Na+).
•Digestão da zona pelúcida pelo próprio embrião. • Ocorre pela ação da estripsina, enzima
semelhante à tripsina.
Em contato com o endométrio, o embrião é capturado por uma rede de proteínas fibrosa (colágeno, laminina e fibronectina).
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A divisão celular produzem inúmeras células, formando assim um conjunto de núcleos o
sinciciotrofoblasto.
O sinciciotrofoblasto secreta enzimas que digerem os tecidos do útero, abrindo cavidades no endométrio.
Com a invasão pelo sinciciotrofoblasto, origina-se uma estrutura altamente vascularizada, a decídua
uterina. As enzimas destroem as paredes dos vasos
sanguíneos ao seu redor, formando lacunas de sangue na decídua uterina, por onde passa a circular sangue materna, em contato íntimo com o tecido embrionário.
O órgão extraembrionário constituídos por tecido trofoblástico e pelos vasos sanguíneos formam o
cório.
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Em condições anormais, o blastocisto pode se implantar fora do útero, o que é chamada de
gravidez ectópica.
Em 98% dos casos de gravidez ectópica ocorre na parede da tuba uterina, sendo chamada de gravidez
tubária.
Pode ocorrer hemorragias, com complicações mais sérias.
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O embrião recém-implantado secreta um hormônio, a
gonadotrofina coriônica, produzido
pelo cório.
A gonadotrofina estimula o corpo
amarelo, mantendo elevadas as
taxas de estrógeno e progesterona, assim a menstruação não ocorre, o que constituem os primeiros sinais da gravidez.
Como a gonodotrofina é muito produzida no inicio da gravidez e é eliminada pela urina os testes de farmácia detectam esse hormônio determinando o período da gravidez.
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Placenta é o órgão formado pela
decídua uterina e pelas projeções coriônicas mergulhadas nela.
O sangue do embrião sempre dentro dos vasos existentes nas projeções do componente embrionário, de modo que não há contato direto entre o sangue da mãe e do filho.
O embrião está ligado à placenta pelo cordão umbilical, uma estrutura constituída por mesoderma extraembrionária revestida por epitélio amniótica.
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Parto
Idade do embrião Evento
24 horas Primeira divisão do zigoto, com formação de duas células. 3 dias Chegada do embrião na cavidade uterina.
2,5 semanas Organogênese em curso. Inicio da formação da notocorda, músculo cardíaco, primeiras células sanguíneas, saco vitelínico e do cório.
5 semanas Aparecimento de braços e pernas e contrações musculares.
2 meses Já é possível identificar os testículos ou óvulos; tem início a ossificação; os vasos assumem a posição definitiva.
3 meses A notocorda degenera.
4 meses A face assume aparência humana.
3° trimestre Os neurônios tornam-se mielinizados; ocorre grande crescimento do corpo.
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O parto ocorre no final do nono mês de gravidez, aproximadamente 266 dias após a fecundação. Nessa época o feto humano mede cerca de 50 cm e pesa entre 3 a 3,5 kg.
•Dilatação do colo do útero; •Contrações uterinas rítmicas; •Rompimento da bolsa amniótica; •Dilatação da vagina;
•Liberação da placenta.