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Metodologia Ativa no Ensino de Direito: uma proposta de aula invertida para a disciplina de Direito Internacional

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Metodologia Ativa no Ensino de Direito: uma

proposta de aula invertida para a disciplina de Direito

Internacional

Glaucia Aparecida Rosa CINTRA Universidade do Oeste Paulista- UNOESTE gprofessora@gmail.com

Resumo

Um dos maiores desafios do professor de Ensino Superior é motivar o aluno a

aprender a aprender e a desenvolver as competências essenciais para ser um

bom profissional. As mudanças do século XX exigem um professor que forme

indivíduos autônomos e para isso é essencial que o docente utilize de

metodologias ativas, sendo mediador do processo de ensino aprendizagem. O

curso de Direito tem tradição, o predomínio de aulas meramente expositivas,

conteudistas e com pouca interação. É preciso que os professores do Ensino

Superior, repensem sobre as metodologias utilizadas. Por isso, este artigo, além

de provocar uma discussão sobre a importância de professores universitários

estudarem novas metodologias, apresenta uma sugestão de metodologia ativa

para aula de Direito Internacional, incentivando o aluno a assumir uma postura

mais ativa durante as aulas, colaborando na construção do seu conhecimento.

Palavras-chave: Metodologia Ativa, aula invertida, Direito Intertnacional

1. Introdução

O século XXI tem sido marcado por transformações ocorridas em razão da denominada Revolução Técnico-Científica-Informacional (SANTOS, 1994), as quais afetam várias áreas da sociedade, inclusive a educação.

O Ensino Superior, em específico o curso de Direito, está inserido nesse contexto, sendo um grande desafio para o docente motivar o aluno e mediar a construção do seu conhecimento.

Geralmente, as aulas dos cursos superiores, em especial de Direito, são meramente expositivas, conteudistas, pouco atrativas e nem sempre colabora no processo de aprendizagem dos alunos.

Em contrapartida, os alunos contemporâneos demonstram, muitas vezes, um grande desinteresse pelas aulas, estando frequentemente em posse dos seus aparelhos celulares conectados as redes sociais. Além disso, pela facilidadeque têm em adquirir

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informações por meio da internet, as aulas informativas/expositivas são para eles desinteressantes.

Considerando o contexto apresentado, trabalho tem como objetivo principal propor uma reflexão aos professores do ensino superior sobre suas metodologias, bem como demonstrar a necessidade de capacitações para aqueles que não tem formação em licenciatura. Como objetivos específicos refletir sobre a importância do uso de metodologias ativas no curso de Direito, sugerindo uma aula invertida na disciplina de Direito Internacional.

2. Desafios de ser professor universitário no século XXI

O ensino superior enfrenta vários desafios, entre esses motivar o aluno “aprender a aprender”, colaborando no desenvolvimento de competências essenciais para ser um bom profissional do atual século, com autonomia para construir seus conhecimentos e resolver os problemas do cotidiano tanto na área pessoal como profissional. Outro desafio está relacionado a necessidade de formação dos docentes universitários na área pedagógica, para que compreendam como ocorre o processo de ensinar e aprender, bem como as metodologias necessárias.

O final do século XX foi marcado por inúmeras mudanças trazidas pela Terceira Revolução Industrial, a qual também atingiram o ensino superior. A tecnologia se renova com a robótica, informática, telecomunicações (telefonia móvel e internet) e a educação deverá preparar indivíduos competentes para enfrentar os novos desafios, preparando-os para a vida social e para o mundo do trabalho, tornando-os autônomo.

Ao longo do tempo a educação passou por diversas transformações, a tendência a universalização da educação escolar iniciada no fim do século passado, aumentou o acesso de todos a escola. A partir da década de 1990 houve um sgnificativo aumento de acesso aos cursos superiores no mundo, principalmente nas instituições privadas, porém nem sempre com qualidade. (SORES; CUNHA, 2010)

Nesse sentido, Soares; Cunha (2010, p. 579) afirmam que

Outras exigências contemporâneas têm colocado à prova as competências estabelecidas para os antigos e os novos professores, podendo-se citar a revolução dos meios de comunicação e informação, que, ao possibilitar o acesso aos conhecimentos de forma ágil e dinâmica, põe em cheque o papel de porta-voz inquestionável do saber assumido historicamente pelo professor universitário por meio dos métodos tradicionais de ensino. Essas transformações convocam o professor a assumir um papel de mediador entre a compreensão cultural dos estudantes e as informações disponíveis com os valores subjacentes, que se projetam no mercado virtual.

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Para que o ensino superior atenda às necessidades exigidas pelo século XXI, formando indivíduos competentes e autônomos, deve utilizar de metodologias que motivem seus alunos a “aprender a aprender”. Por isso, é de extrema importância a valorização da formação pedagógica dos docentes, não bastando “notório saber” mas que dominem metodologias capazes de despertar a curiosidade, o interesse e a vontade de aprender nos alunos.

A docência centrada no professor, sendo esse considerado o “dono do saber”, transmissor do conhecimento, utilizando-se de metodologias tradicionais, com o uso exclusivo de aulas expositivas que valoriza a memorização de conteúdos não contribuem para o desenvolvimento das competências exigidas para o século XXI. As mudanças ocorridas, exigem um professor mediador do conhecimento, que incentive o aluno a construir o próprio conhecimento, já que os conteúdos são de fácil acesso, porém com tanta informação os alunos não sabem utilizá-las na resolução dos problemas do cotidiano.

Essa educação, denominada de “bancária” por Paulo Freire em meados do século passado não forma um indivíduo autônomo. O referido autor expõe que “ [...] a educação libertadora, problematizadora, já não pode ser o ato de depositar, ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir “conhecimentos” e valores aos educandos, meros pacientes, à maneira da educação “bancária”, mas um ato cognoscente. [...] (FREIRE, 1987, p. 68) (grifos do autor).

Para Freire, o diálogo é fundamental para se construir o conhecimento. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na “ação-reflexão” (FREIRE, 1987,p. 78). Para que diálogo ocorra é importante que exista, além de um tema gerador, a presença e postura de um professor capaz de realizar a mediação dos debates e das reflexões dos alunos, instigando, problematizando e proporcionando a interação.

A geração de alunos do século XXI, traz a habilidade de lidar com a tecnologia, porém não conseguem se concentrar por muito tempo e nem sempre respeitam posições contrárias ao seu pensamento. É preciso que o docente compreenda suas potencialidades e fragilidades para elaborar estratégias metodológicas capazes de potencializar as habilidades que já possuem e colaborar no desenvolvimento daquelas que estão em desenvolvimento.

Para isso é preciso que o docente do ensino superior una o conhecimento específico adquirido por meio de sua formação, com estudos de conhecimentos da área da educação que discutem e pesquisam estratégias metodológicas inovadoras pertinentes a atender às necessidades do aluno universitário do atual século, oportunizando saberes relevantes não desenvolvidos

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3. O Ensino de Direito na concepção de educação do século XXI

Com base nas reflexões mencionadas sobre os desafios da docência no século XXI, percebe-se que essas também estão presentes no Ensino de Direito, principalmente por esse evidenciar a dificuldade em superar a “educação bancária”.

O ensino jurídico não tem conseguido acompanhar as transformações sociais, políticas e econômicas pelas quais o país tem passado, dentre outros motivos porque o tempo do Direito é muito mais lento que o tempo da sociedade. O ensino de Direito excessivamente legalista e formalista, sem instrumentos de compreensão da realidade dinâmica da sociedade [...] (ALMEIDA et al 2013, p. 19)

O corpo docente do curso de Direito é composto por profissionais da área jurídica como, juízes, delegados, promotores, advogados e outros professores de disciplinas não jurídicas, tais como, sociólogos, economistas, filósofos que trazem conhecimentos específicos de sua área, contudo utilizando, na maioria das vezes, metodologias tradicionais que não incentivam a participação ativa do discente na construção do conhecimento.

É preciso que os professores do curso de Direito, repense sobre as metodologias de ensino utilizadas, considerando que a atual geração traz competências diferentes e novas sendo importante que os docentes compreendam tal necessidade introduzindo reflexões coletivas e estratégias interativas capazes de despertar o interesse e edificar as aprendizagens.

Para isso, faz-se necessário unir os conhecimentos adquiridos por meio da formação em direito ou outra área específica do conhecimento com estratégias metodológicas mais próximas a realidade dos alunos do curso de direito.

É certo que os desafios do atual século transformam a profissão docente em algo complexo, exigindo do professor universitário estudos que transcendam a sua formação profissional instigando-o a refletir sobre a sua prática pedagógica e a necessidade de se explorar estratégias que instigue o aluno a aprender a aprender, colaborando no desenvolvimento de competências que o torne autônomo para o exercício da profissão.

Há que se considerar que, mesmo sendo difícil, é necessário que os professores do curso de direito repensem suas práticas e embasados em conhecimentos da área pedagógica introduzam estratégias interativas, capazes de instigar a vontade de aprender de todos os alunos, já que em uma sala de aula é formada por um grupo heterogêneo sendo desafiador para o docente motivá-los considerando as potencialidades e fragilidades de aprendizagem do grupo.

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Tendo em vista o contexto atual, no qual é inegável o avanço tecnológico fugaz, combinado a uma rede de relações dinâmicas, é urgente que se amplie as discussões sobre a prática pedagógica dos professores universitários, e aqui de forma específica do curso de Direito.

Neste sentido, é notório o aumento de estratégias pedagógicas alicerçadas a formar um profissional autônomo capaz de construir o próprio processo de aprendizagem, sendo essas conhecidas como Metodologias Ativas de Aprendizagem (FREIRE, 1987), em que a ênfase é a aprendizagem sendo o professor, o mediador desse processo. (VIGOSTSKY, 1988)

Vigostsky ( 1988, p. 125) expõe que “o professor universitário deve ser um agente mediador deste processo, propondo desafios aos seus acadêmicos e ajudando-os a resolvê-los, ou proporcionando atividades em grupo, em que aqueles que estiverem mais adiantados possam cooperar com os que tiverem mais dificuldades”

Bastos ( 2006, p. 10) explica que metodologias ativas são

(...)processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema. É o processo de ensino em que a aprendizagem depende do próprio aluno. O professor atua como facilitador ou orientador para que o estudante faça pesquisas, reflita e decida por ele mesmo, o que fazer para atingir um objetivo.

É um processo que estimula a autoaprendizagem e facilita a educação continuada porque desperta a curiosidade do aluno e, ao mesmo tempo, oferece meios para que possa desenvolver capacidade de análise de situações com ênfase nas condições loco-regionais e apresentar soluções em consonância com o perfil psicossocial da comunidade na qual está inserido.

Vê-se, assim, que as metodologias ativas contribuem de maneira significativa no desenvolvimento da construção autônoma do conhecimento, devendo o docente de ensino superior conhecer mais sobre essas estratégias, contribuindo na formação integral do estudante. Entre essas, pode-se citar a metodologia da aula invertida, uma das estratégias que colaboram na otimização da aprendizagem e no desenvolvimento de habilidades essenciais ao contexto atual.

4. Metodologia ativa no ensino de Direito: uma proposta de aula invertida para a aula de Direito Internacional.

A educação formal vive um momento crucial diante de tantas e rápidas mudanças, atingir o objetivo de conseguir que os alunos se interessem pela aulas, que aprendam e principalmente que sejam competentes para prosseguirem com seu projeto devida profissional, exigem um docente cada vez mais inovador.

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Conforme exposição anterior, os métodos tradicionais, centrados no professor e com metodologia exclusivamente expositiva, pertencem a uma realidade em que o acesso as informações eram difíceis. A internet e a divulgação aberta de cursos e materiais facilitaram o acesso a aprendizagem. Pode-se aprender em qualquer lugar, a qualquer hora e interagindo com várias pessoas. ( MORAN, 2015)

O que a tecnologia traz hoje é a integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente. Por isso a educação formal está cada vez mais blended, misturada, híbrida, porque não acontece só no espaço físico da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais. O professor precisa seguir comunicando-se face a face com os alunos, mas também digitalmente, com as tecnologias móveis, equilibrando a interação com todos e com cada um. (MORAN, 2015, p.16)

Considerando o perfil dos jovens do século XXI, competente no uso das tecnologias tais como computador, tablet e smartphone e conectado as redes sociais é fundamental que o docente realize atividades que propiciem ao aluno maior interação e menos passividade.

Ao utilizar as metodologias ativas, o professor contribui com a construção de uma aprendizagem mais autônoma. Entre essas, merece estudo e destaque é o ensino híbrido

ou blended que integra os espaços físicos da escola com os ambientes virtuais. (MORAN, 2015)

Em educação – em um período de tantas mudanças e incertezas - não devemos ser xiitas e defender um único modelo, proposta, caminho. Trabalhar com modelos flexíveis com desafios, com projetos reais, com jogos e com informação contextualizada, equilibrando colaboração com a personalização é o caminho mais significativo hoje, mas pode ser planejado e desenvolvido de várias formas e em contextos diferentes. ( MORAN, 2015, p. 25)

Neste sentido, é possível que o docente universitário utilize a tecnologia como um instrumento capaz de auxiliá-lo no processo ensino/aprendizagem. Um exemplo desse modelo hibrido é a Sala de Aula Invertida. Nessa metodologia, o aluno assume uma postura mais ativa, resolve problemas, desenvolve projetos e com isso constrói seu conhecimento ( VALENTE, 2014). Isso ocorre porque o aluno tem acesso ao material antecipadamente, o qual fica disponível de forma on-line, oportunizando o estudo do conteúdo.

Convém ressaltar, que o professor, além de disponibilizar o material, orienta como o discente deverá proceder para estudar previamente o conteúdo. Desta forma, na aula presencial, os alunos conhecendo a temática, poderão interagir com o docente que

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poderá utilizar da aula para mediar a construção de um conceito e esclarecer possíveis dúvidas. Esta proposta contribui o desenvolvimento da autonomia de estudos, pois os alunos poderão ter uma postura mais proativa.

Existem várias ferramentas que poderão ser utilizadas pelo professor para disponibilizar o material previamente, entre esses, e o mais simples, é pelo uso do Gmail. E-mail é um instrumento que não apresenta custo para o professor e grande parte dos docentes não apresentam dificuldade em utilizá-lo.

Desta forma, considerando a importância de se renovar as metodologias, é importante que o docente dos cursos de Direito, planeje aulas que possibilitem a maior interação dos alunos. O plano a seguir, é uma sugestão de aula invertida para um conteúdo de Direito Internacional o qual foi previsto três etapas: momento inicial em sala de aula – duas aulas de cinquenta minutos, estudo do texto em casa e por fim os debates em aula presencial – duas aulas de cinquenta minutos.

Convém esclarecer que o Direito Internacional é uma disciplina que tem objetivo geral estudar a sociedade internacional caracterizada por contradições e conflitos de natureza política, econômica e religiosa e por conflitos de lei no espaço.

Tabela 1 Plano de Aula Invertida: Ramos do Direito Internacional

Identificação Termo:

Disciplina: Direito Internacional Curso: Direito

Número de aulas: 4

Conteúdo: Ramos do Direito Internacional Objetiv

os específicos

Habilid ades

Procedimentos de Ensino Avalia ção Compre ender os ramos do Direito Internacional - Estabelecer critérios de classificação; - Reconhecer elementos que caracterizam

1ª etapa – Aula Presencial Sondagem Inicial.

Problematização

Orientações para etapa segunda

Diagn óstica

Proce ssual

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cada ramo do Direito Internacional 3ª etapa – Presencial.Sistematização/Intervenção Pedagógica

Tabela 2 Procedimento Metodológico 1ª etapa

Em sala de aula

Sondagem Inicial

- O Direito Internacional faz parte do nosso cotidiano? - De que maneira? Exemplifique.

Professor registra o diálogo na lousa. Problematização

Leitura de duas manchetes:

“Após extradição, Pizzolato deverá cumprir pena na Papuda”

“ Tratado Internacional vai facilitar acesso de deficientes visuais”

Após leitura das manchetes:

As manchetes tratam de Direito Internacional? Por quê?

Quais as diferenças e semelhanças existentes nas manchetes?

Registro do diálogo na lousa Orientações para etapa 2

Leitura de um arquivo word elaborado pelo professor compartilhado para estudo em casa via e-mail, para debate na aula seguinte.

2ª etapa Estudo em Casa

Leitura do texto elaborado pelo professor sobre “ Ramos do Direito Internacional”

Elaboração de uma tabela conforme o modelo: Ramo do Direito Objeto de estudo Característi ca Principal 3ª etapa Sistematização durante a aula

- Conversa sobre o estudo realizado em casa, conforme orientação;

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Objeto de estudo e característica) de forma coletiva e dialogada;

Habilidade: Estabelecer critério de classificação

- Ditado ao professor: os alunos deverão ditar ao professor quais são os Ramos do Direito Internacional e suas características que serão registradas na lousa.

Habilidade: Compreensão dos Ramos do Direito Internacional e suas características.

- Intervenção/mediação do professor: O professor faz intervenções quando necessário.

No conteúdo exemplificado, a aula poderia ter sido ministrada de forma tradicional/ expositiva, utilizando lousa ou slides, sendo o professor o centro do processo ensino/aprendizagem, entretanto com a sala de aula invertida o professor realiza a mediação do processo e permite a interação dos alunos, metodologia essa que auxilia no desenvolvimento da autonomia dos alunos, competência fundamental para formação do indivíduo de forma plena e integral.

5. Considerações Finais

Este artigo teve como objetivo refletir sobre o Ensino Superior no século XXI e as metodologias, propondo uma aula mais interativa no Curso de Direito, sendo o professor mediador do processo de aprendizagem, colaborando no desenvolvimento de competências essenciais para o mundo contemporâneo.

Isso porque, conforme salientado, na sociedade atual globalizada e tecnológica ensinar é um grande desafio. Por isso é fundamental que os docentes universitários, em especial os do curso de Direito, reflitam e revejam sua prática pedagógica e planejem aulas inovadoras, para garantir a aprendizagem e principalmente o desenvolvimento das competências exigidas.

É certo que as aulas interativas e com metodologias inovadoras além de despertarem a atenção dos alunos, são capazes de favorecer a aprendizagem.

Na sala de aula invertida, o aluno além de ter um direcionamento para os estudos em casa, é capaz de participar da aula presencial, contribuindo na construção do conhecimento próprio e coletivo, sendo o professor mediador do processo.

Para que o professor seja capaz de inovar suas metodologias, faz-se necessário uma formação complementar em docência, pois sua formação específica não o qualificou

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para a licenciatura e tão pouco discussões sobre concepções pedagógicas e metodologias inovadores foram conteúdos de sua faculdade específica.

O “notório saber”, as experiências profissionais, a oratória, o carisma, são, sem dúvida, características fundamentais para se exercer a prática da docência do ensino superior, porém não são suficientes para auxiliar no desenvolvimento da aprendizagem e das competências do jovem com o perfil do século XXI, sendo portanto imprescindível que os professores do ensino superior, assim como da educação básica estudem disciplinas específicas da licenciatura, para poderem desenvolver práticas inovadores que colaborem na construção da aprendizagem.

Referências

ALMEIDA, Frederico de et al. Direito e Realidade: desafios para o ensino jurídico. In GHIRARDI, José Garcez; FEFERBAUM, Marina (orgs). Ensino em Direito em Debate. Reflexões a partir do Primeiro Seminário Ensino Jurídico e Formação Docente. São Paulo: Direito GV, 2013.

BASTOS, C. C. Metodologias Ativas. 2006. Disponível em:

http://educacaoemedicina.blogspot.com.br/2006/02/metodologias-ativas.html>, Acesso em: 13 mar 2018.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de: aproximação jovens. Vol II. Coleção Mídias Contemporâneas. PG – Foca-Foto-PROEX/UEPG, 2015. Janeiro: Paz e Terra, 1987.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In SOUZA, Carlos Alberto; MORALES,Ofélia Elisa (orgs). Convergências Mediáticas, Educação e Cidadania

SANTOS, Milton. Técnica, Espaço, Tempo: Globalização e Meio-Técnico Científico-Informacional. São Paulo: Idusp, 1994.

SOARES, S. R.; CUNHA, M. I. Programas de pós-graduação em educação: lugar de formação da docência universitária? Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, v.7, n. 14, dez. 2010.

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