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Portfolio sustentável aliado à tecnologia de solubilização: motores de soluções para a cadeia produtiva de tintas e vernizes

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Academic year: 2021

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Portfolio sustentável aliado à tecnologia de solubilização: motores de

soluções para a cadeia produtiva de tintas e vernizes

Presented by: Sérgio Martins

Author Sérgio Martins/Suelbi Silva/Diana Firbida

Company RHODIA – SOLVAY GROUP – COATIS (SOLVENTES OXIGENADOS) Rua Maria Coelho Aguiar , 215 - Bloco B – 1º andar

1. INTRODUÇÃO

A RHODIA, uma empresa do grupo SOLVAY, é uma companhia internacional do setor

químico, líder na maior parte dos segmentos em que atua e fortemente comprometida

com o desenvolvimento sustentável. Todos os projetos de desenvolvimento precisam

estar alinhados com os diversos compromissos descritos no relatório de sustentabilidade

do grupo.

Uma das unidades de negócio da SOLVAY é a COATIS, que produz e comercializa

solventes oxigenados, e que se destacam no mercado por apresentar baixa toxicidade e

alto desempenho nas aplicações em que eles são utilizados. Como produtora de solvente,

a tecnologia de solubilização foi aprimorada e desenvolvida ao longo dos anos, levando o

reconhecimento da RHODIA no mercado não somente como fornecedora de produtos de

alta qualidade, mas também de tecnologia de solubilização e de soluções customizadas

para os diversos segmentos.

Uma prova do investimento em tecnologia de solubilização foi o desenvolvimento do

simulador SOLSYS, que permite o desenvolvimento e avaliação de desempenho de

sistemas solvente complexos para diversas formulações, sem a necessidade de testes

práticos, mas apenas baseados em cálculos termodinâmicos.

Recentemente foi desenvolvida uma melhoria na metodologia de determinação de

volumes de solubilidade, através da introdução dos conceitos mais recentes existentes na

literatura científica, que levou a um aumento ainda maior da precisão na determinação de

sistemas solvente para todo o segmento de tintas.

O objetivo do presente trabalho é apresentar os recentes avanços realizados no simulador

SOLSYS, que sofreu otimização de sua capacidade preditiva para prover soluções

específicas sustentáveis para diversas condições de aplicação, permitindo o

desenvolvimento de sistemas solvente diferenciados e com funcionalidades específicas

para diversos segmentos.

2. SOLVAY WAY – PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE DA SOLVAY

Um desafio que as organizações estão enfrentando é responder às demandas da

sociedade em como atender a necessidade de mais de um bilhão de novos

consumidores, garantindo suas aspirações em termos de bem-estar e saúde, mantendo a

preservação do meio ambiente e reduzindo o aquecimento global, frente a uma realidade

de escassez de recursos.

(2)

Para o grupo Solvay, uma química responsável baseada na sustentabilidade é parte da

resposta, através de soluções inovadoras que atendam a essas demandas. O

reconhecimento dessa realidade mundial e a utilização dos princípios do desenvolvimento

sustentável como motor remetem a um conjunto de ações para transformação destes

princípios em oportunidades de mercado.

Todos estes princípios estão reunidos no programa Solvay Way, que é a política de

desenvolvimento sustentável do grupo, baseada na melhoria contínua. Ela envolve todos

os empregados, de modo a criar uma dinâmica comum para construção de uma cultura

baseada nos pilares da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável, e é

constituída por um conjunto de compromissos traduzidos em práticas específicas que são

auto avaliadas anualmente.

Esses compromissos são estruturados por stakeholders, listados abaixo:

Clientes

Empregados

Fornecedores

Planeta

Investidores

Comunidade

Essa é a mesma abordagem da ISO 26000, que é o padrão global que orienta as

organizações operarem de maneira socialmente responsável, publicado em 2010.

No relatório de Desenvolvimento Sustentável emitido pelo grupo Solvay em 2012 foram

divulgados uma série de compromissos assumidos para 2020. Entre eles, dois relativos

ao gerenciamento sustentável da carteira de produtos são descritos abaixo:

Possuir 20 % dos negócios classificados na categoria “Star”, de acordo com a

avaliação SPM (Sustainable Portfolio Management). Essa categoria indica que o

produto na aplicação avaliada apresenta claros benefícios de sustentabilidade

para o planeta, e ainda inclui aumento de receita.

Possuir 100 % dos projetos de P&D nas categorias “Star” ou “Alinhada”, de acordo

com a avaliação SPM. A categoria “Alinhada” indica que o produto na aplicação

considerada apresenta benefícios de sustentabilidade para o planeta.

Essa política influencia e se permeia entre todos os ambientes do grupo, e como exemplo

prático da transformação destes princípios em oportunidades de negócio, foi o

desenvolvimento da família Augeo, que representa uma linha de produtos desenvolvida

sobre os pilares da sustentabilidade.

3. SUSTENTABILIDADE EM SISTEMAS SOLVENTE

Um movimento claro do mercado de tintas e vernizes nos últimos anos consiste na busca

de soluções sustentáveis para as mais diversas aplicações. Importante se considerar que

essas soluções necessitam respeitar os três eixos da sustentabilidade que são o

ambiental, o social e o econômico.

(3)

Do ponto de vista da sustentabilidade social, o impacto à saúde humana apresenta-se no

centro da preocupação, e a substituição de produtos que apresentam impacto prejudicial

à saúde é fundamental nas formulações para garantir seu manuseio seguro.

Como exemplo de políticas que controlam a presença de substâncias tóxicas ao homem,

pode-se destacar a do EPA, que é baseada no controle da presença de Poluentes

Perigosos do Ar (Hazardous Air Pollutants – HAP), que é uma lista contendo atualmente

187 substâncias, formada por compostos que causam ou que podem causar câncer ou

outros sérios problemas de saúde, como efeitos reprodutivos ou no nascimento, cobrindo

também impactos ecológicos ou ambientais. A substituição destes compostos das

formulações é chave para a melhoria do perfil toxicológico e segurança do manuseio dos

diversos tipos de produtos utilizados no segmento de tintas e vernizes.

A sustentabilidade ambiental para formulações de tintas está associada principalmente ao

impacto dos produtos que evaporam para a atmosfera, conhecidos como Compostos

Orgânicos Voláteis (Volatile Organic Compounds – VOC), pois esse é o fator

determinante da existência de regulamentações para controlar sua emissão.

A atmosfera da Terra pode ser subdividida em quatro camadas listadas respectivamente

abaixo, da mais próxima até a mais distante de sua superfície:

-

Troposfera

-

Estratosfera

-

Mesosfera

-

Termosfera

Os VOC´s apresentam diferentes impactos nas camadas mais baixas, que são a

troposfera e a estratosfera, e praticamente não apresentam nenhum nas camadas mais

altas representadas pela mesosfera e termosfera. Nas camadas baixas os impactos são

diferentes entre si.

Na troposfera, que representa a camada da atmosfera mais próxima da Terra, e onde se

encontra o ar que respiramos, os VOC´s reagem com os óxidos nitrosos (NOx)

catalisados pela luz solar levando à formação de ozônio (O3).

VOC +

NOx

radicais

+

O

3

O ozônio formado na troposfera é o componente principal da neblina fotoquímica que

pode ser facilmente identificada nas grandes cidades. Devido às características

fortemente oxidantes do ozônio, ele é bastante prejudicial à saúde humana atingindo

principalmente o sistema respiratório. Do ponto de vista ambiental, ele interfere no

processo de fotossíntese prejudicando o desenvolvimento de plantações e afetando o

crescimento de árvores e vegetações em geral.

Baseado no exposto acima, a utilização de solventes que apresentam baixa reatividade

com NOx para formação do ozônio, e consequentemente, baixa formação da neblina

fotoquímica é uma forma de redução do impacto ambiental desses produtos na atmosfera.

Com relação ao impacto de alguns VOC´s na estratosfera, a diferença é que eles podem

destruir a camada de ozônio. A superfície terrestre é protegida dos raios UV

(ultra-violetas) do Sol por essa camada presente na estratosfera, onde se concentra a maior

parte do ozônio existente na Terra.

(4)

A camada de ozônio estratosférico é responsável pela absorção de 95 – 99 % da radiação

UV solar, impedindo que ela atinja a superfície terrestre. Essa radiação é responsável por

diversos efeitos maléficos à saúde humana e ao meio ambiente. Como exemplo pode-se

citar o câncer de pele provocado pelos UV-B. Com relação ao meio ambiente, alguns

estudos demonstraram que entre 200 tipos de plantas expostas aos raios UV-B, mais da

metade delas mostraram algum tipo de sensibilidade a ele, como algumas variedades de

soja que apresentaram diminuição de 16 % em seu crescimento.

O ambiente altamente competitivo não permite o desenvolvimento de alternativas que

apesar de cumprir com os eixos ambiental e social, não apresentem competitividade para

se posicionar corretamente no mercado. O grande desafio do desenvolvimento é garantir

que todos esses requisitos estejam reunidos em um só produto.

4. SIMULADOR NEW GENERATION (NG) SOLSYS – MOTOR PARA SOLUÇÕES

SUSTENTÁVEIS

A unidade de negócios COATIS do grupo SOLVAY, com seu amplo portfolio de solventes,

possui um laboratório de Desenvolvimento e Aplicações localizado no Centro de

Pesquisas de Paulínia, que é um dos grandes centros de P&D do grupo SOLVAY. Este

laboratório tem como objetivos principais o desenvolvimento de novos produtos e de

novas aplicações para os produtos existentes, além de apoio técnico para os clientes dos

mais diversos segmentos.

Um exemplo recente de desenvolvimento de novos produtos, foi o lançamento da família

Augeo, que são solventes sustentáveis, derivados da glicerina gerada no programa do

biodiesel.

Do ponto de vista de desenvolvimento de novas tecnologias, em meados da década de 80

foi desenvolvido um simulador de superfícies de solubilidade integradas com equações de

evaporação, que permite a avaliação do comportamento reológico de polímeros durante a

evaporação do sistema solvente, chamado de SOLSYS. A metodologia de cálculo do

sistema é baseada no mecanismo de formação de filme de tintas base solvente

apresentado esquematicamente na figura 1 abaixo.

(5)

Fig. 1 - Representação esquemática do mecanismo de formação de filme de uma tinta

base solvente.

O princípio da boa formação de filme está associado a uma solubilidade adequada e

controlada dos polímeros e resinas durante todas as etapas da evaporação do solvente,

garantindo a correta acomodação das cadeias poliméricas durante este processo para

sistemas não reativos. Em se tratando de sistemas reativos, é importante que a

viscosidade do sistema esteja ajustada de forma a garantir o maior número de choques

entre as moléculas, para que ocorra o aumento da probabilidade de reação entre os

grupos funcionais reativos.

O princípio de cálculo é baseado na teoria termodinâmica desenvolvida por Hansen,

também chamada de Parâmetros de Solubilidade de Hansen (HSP), que utiliza a

Densidade de Energia Coesiva (CED), composta pela contribuição de três forças

principais de interação:

E

D (

δ

D): interações apolares (forças dispersivas);

E

P (

δ

P): interações polares (forças dipolo-dipolo e dipolo-dipolo induzido);

E

H (

δ

H): interações fortes como ligação de Hidrogênio (ou outras de associação

específicas como ácido-base de Lewis).

(6)

Esses parâmetros são fundamentais para predizer as relações de solubilidade entre

polímero/solvente, pois materiais com HSP similares têm alta afinidade, e a extensão da

similaridade em uma dada situação determina a extensão da interação.

O primeiro passo para essa avaliação consiste em se determinar o volume de solubilidade

do polímero através da avaliação da sua solubilidade em diferentes solventes, separando

os resultados em dois diferentes grupos, solúvel e insolúvel, e a partir destes resultados

construir a região de solubilidade.

Os solventes são representados por pontos no espaço tridimensional com dimensões

δ

D,

δ

P e

δ

H (Fig. 2a), enquanto que os polímeros são representados por volumes no mesmo

plano (Fig. 2b).

O volume apresenta as seguintes dimensões:

- centro C (d, p, h)

- raio (R0)

Caso o solvente encontre-se dentro da superfície de solubilidade do polímero, ele será um

ativo. Caso ele encontre-se fora, ele não será um solvente adequado para solubilização,

podendo ser utilizado como diluente.

Matematicamente, para se determinar a posição de um solvente em relação à superfície

de solubilidade, é utilizada a equação abaixo para medir a distância (Ra) entre o solvente

e o centro da superfície de solubilidade do polímero.

A solubilidade ou afinidade solvente/polímero pode ser quantificada diretamente pela

razão Ra/R0, chamada de Diferença de Energia Relativa (RED) que reflete uma distância

normalizada entre o solvente e o centro do volume do polímero.

RED = R

a

/R

0

sendo Ra a distância do solvente ao centro do volume de solubilidade do polímero, e R0 a

distância do centro à superfície do volume.

Fig. 2a – Solvente representado por um ponto no plano tridimensional.

Fig. 2b – Polímero representado por um volume no plano tridimensional.

(7)

Baseado na definição acima, três situações podem ocorrer:

- 0 < RED < 1: solvente dentro do volume (solubilidade)

- RED = 1: uma condição de fronteira (limite de solubilidade)

- RED > 1: solvente fora do volume de solubilidade (região de insolubilidade).

As figuras 3a e 3b abaixo apresentam as regiões de solubilidade e insolubilidade,

respectivamente para os solventes S1 e S2.

Assim sendo, a avaliação de solubilidade depende da relação das distâncias Ra e R0, que

por sua vez, dependem exclusivamente da definição do volume de solubilidade do

polímero que está sendo avaliado, pois ele define dois pontos chaves para determinação

das distâncias: centro, que é reponsável pela determinação das duas distâncias (Ra e R0)

e o raio da superfície, que é responsável pela determinação de R0.

Dois exemplos são dados nas figuras 4a e 4b abaixo, onde são apresentados casos de

como uma pequena mudança na definição do volume de solubilidade impacta

negativamente no resultado da avaliação das distâncias, e como consequência, na

determinação da solubilidade do polímero.

Na figura 4a, uma pequena distorção na avaliação do centro, faz com que o solvente S,

passe de uma condição de ser considerado solúvel numa situação para insolúvel por um

simples deslocamento de centro. Já na figura 4b, um equívoco na definição do raio, pode

levar ao mesmo equívoco da avaliação do solvente. Fica clara a importância da definição

do volume de solubilidade na teoria HSP.

Fig. 3a – Solvente (S1) dentro do volume de

solubilidade do polímero C, caracterizado como solúvel. (0 < RED < 1)

Fig. 3b – Solvente (S2) fora do volume de

solubilidade do polímero C, caracterizado como insolúvel. (RED > 1)

(8)

Fig. 4b – Variação de raio do volume de solubilidade do polímero.

Fig. 4a – Deslocamento de centro do volume de solubilidade do polímero.

Hansen utilizou em seus estudos um software chamado SPHERE para determinar,

matematicamente, os volumes de solubilidade de diferentes polímeros a partir dos dados

do teste de solubilidade, sendo que os dados introduzidos são caracterizados da seguinte

maneira:

- Solúvel: valor igual a 1

- Insolúvel: valor a 0.

O programa avalia sistematicamente os dados introduzidos usando uma função de ajuste

de qualidade

[2]

, que apresenta a forma:

DATA FIT = (A1 * A2 * ... An)

1/n

O programa fornece como resultado a melhor superfície que se ajusta no maior número

de pontos solúveis. Eventualmente acontecem anomalias em que solventes não solúveis

ficam dentro da superfície de ajuste, ou o contrário, solventes solúveis ficam fora dela.

Contudo, nestas situações não foram adotados critérios físico-químicos para escolha das

anomalias que devem ser desprezadas ou incluídas, mas apenas critérios matemáticos

de ajuste.

O avanço que realizamos neste trabalho foi o de incluir juntamente com os critérios

matemáticos de ajuste da superfície, também acrescentamos critérios físico-químicos de

avaliação. Entre os principais critérios que foram acrescentados na definição da

superfície, estão os seguintes:

- semelhança química estrutural entre o solvente e o polímero.

- utilização de critério de viscosidade para ranquear os solventes solúveis.

- utilização destes critérios na definição das anomalias que ficarão dentro do volume e as

que serão eventualmente desprezadas no processo de definição.

Muitas vezes, a diferença do ajuste, que utiliza critério exclusivamente matemático e o

que utiliza critérios matemáticos e físico-químicos, é muito pequena para um mesmo

polímero. Porém, existem situações específicas em que essas diferenças são mais

importantes e podem definir o sucesso de representação da realidade.

(9)

A seguir é apresentada na figura 5, os volumes de solubilidade um poliéster específico,

que foram determinados pelos dois critérios.

O volume (1) representa o critério exclusivamente matemático, enquanto o (2) representa

o critério matemático aliado ao físico-químico. Verifica-se uma diferença importante entre

eles.

Fig. 5 – Volume de solubilidade de um poliéster específico. (1) Volume de solubilidade

determinado por critérios matemáticos. (2) Volume de Solubilidade determinado por

critérios matemáticos e físico-químicos.

Seguem na tabela 1 abaixo os valores de centro e raio dos volumes de solubilidade

determinados acima.

Tabela 1 – Valores dos volumes de solubilidade determinados por critério diferentes

Centro

Raio

Critérios

δ

D

δ

P

δ

H

d

p

h

Matemático

16,70

8,51

7,45

6,62

10,90

16,13

Matemático

Fisico-químico

17,60

6,90

6,20

2,80

6,10

6,60

Um sistema solvente que havia sido testado para este polímero, e que apresentava uma

boa resposta na simulação, porém, falhava quando era submetido à prova na realidade é

apresentado abaixo na tabela 2.

(1)

(10)

Tabela 2 – Sistema Solvente testado na simulação volume do poliéster.

Sistema Solvente

% m/m

Acetato de Etila

12,0

Acetato de Butila

13,0

n-Octano

9,0

Metil Isoamil Cetona

21,0

AB-09

45,0

Total

100,0

Avaliando-se o comportamento da razão entre as distâncias durante a evaporação do

sistema solvente, observa-se claramente uma diferença de resposta das duas superfícies

de solubilidade. A figura 6 abaixo apresenta o comportamento do sistema solvente nas

duas superfícies.

Fig.6 – Comportamento da solubilidade do sistema solvente durante a evaporação nas

superfícies (1) determinada por critérios matemáticos exclusivos e (2) determinada por

critérios matemáticos e físico-químicos.

Pode ser verificado no gráfico que durante todas as fases da evaporação na superfície (1)

determinada por critérios matemáticos exclusivos, o sistema apresenta sempre uma boa

solubilidade. Contudo, na superfície (2) em que se utilizam critérios matemáticos e

físico-químicos, o sistema apresenta boa solubilidade até aproximadamente 62 % da massa de

solvente evaporada, e após começa a apresentar perda de desempenho. Os resultados

práticos da superfície (2) concordam com os resultados experimentais.

A integração dessa ferramenta junto aos princípios de sustentabilidade permite a

definição de formulações baseadas neste conceito, tornando-as muito mais ajustadas às

demandas atuais de mercado com um tempo de desenvolvimento ainda mais reduzido.

(2)

(11)

Como exemplo dessa potencialidade, o sistema solvente apresentado na tabela 2 foi

reformulado visando-se diminuir a toxicidade relativa e aumentar a competitividade dessa

formulação. Os resultados obtidos são apresentados na tabela 3 abaixo.

Tabela 3 – Sistema Solvente reformulado segundo os princípios da sustentabilidade na

simulação volume do poliéster.

Sistema Solvente

% m/m

Acetato de Etila

43,5

Acetato de Butila

31,0

n-Octano

13,0

Rhodiasolv RPDE

5,0

Augeo ACT

7,5

Total

100,0

O comportamento do sistema solvente foi avaliado nas duas superfícies construídas com

os diferentes critérios, e os resultados são apresentados na figura 7.

Fig.7 – Comportamento da solubilidade do sistema solvente durante a evaporação nas

superfícies (1) determinada por critérios matemáticos exclusivos e (2) determinada por

critérios matemáticos e físico-químicos.

Pelos resultados acima, verifica-se que a proposta alternativa apresentou uma redução

importante de aromáticos e de produtos de custo mais elevado. Portanto, a formulação

final apresenta menor toxicidade e um custo mais baixo, cumprindo com os eixos da

sustentabilidade ambiental e econômica respectivamente. Com relação ao desempenho,

(1)

(2)

(12)

na figura 7 é possível se observar que pelos dois modelos teóricos avaliados, o solvente

apresenta desempenho adequado nas duas situações, confirmado por testes práticos.

5. CONCLUSÕES

Os avanços tecnológicos apresentados ratificam o compromisso da SOLVAY de

oferecimento das melhores tecnologias desenvolvidas para os clientes visando minimizar

o tempo de desenvolvimento, em uma cultura competitiva, com baixo impacto ambiental e

toxicológico, cumprindo dessa forma com as exigências do desenvolvimento sustentável.

6. BIBLIOGRAFIA

1. Solvay Sustainable Development Report: Asking more from Chemistry, 2012

2.

Hansen, Charles M., Hansen Solubility Parameters: A User’s Handbook. 2ª ed.

Referências

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