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CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO ORNITOLÓGICO DA CAMPANHA GAÚCHA

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COPYRIGHT – ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS

ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS N. 112 – Março/Abril de 2003 – Página 12

CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO ORNITOLÓGICO DA

CAMPANHA GAÚCHA

Iury Almeida Accordi – Canoas – RS

e-mail: iaccordi@terra.com.br

RESUMO

Apresento o registro de 182 espécies de aves, detectadas durante trabalhos de monitoramento de aves cinegéticas na Campanha Gaúcha nos anos de 1997 a 2000. Oito espécies se encontram ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul, realçando a importância da conservação dos hábitats naturais remanescentes da região (campos, matas ciliares, áreas úmidas e parque Espinilho)

INTRODUÇÃO

Os Campos Sulinos (extensões de campo existentes do norte do Paraná ao sul do Rio Grande do Sul) receberam um importante impulso conservacionista com o Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO), criado no lastro de iniciativas governamentais impulsionadas pela ECO-92. Recentemente foi criado um Subprojeto subordinado ao PROBIO, denominado “Avaliação e Ações Prioritárias para Conservação dos Biomas Floresta Atlântica e Campos Sulinos”, que visa o “estabelecimento de áreas e ações prioritárias para a conservação da diversidade biológica na Mata Atlântica e Campos Sulinos, discutindo-se estratégias para sua proteção e o uso sustentável” (PINTO, 1999). PACHECO e BAUER (2000), como resultado desse sub-projeto, publicaram um relatório técnico onde narraram a construção e o nível atual do conhecimento ornitológico na Mata Atlântica e Campos Sulinos, onde ressaltam o bom nível geral do conhecimento ornitológico desses biomas e a necessidade de estudos complementares em áreas específicas dentro dos biomas.

A Campanha Gaúcha se insere como uma sub-região dentro do Bioma Campos Sulinos. A primeira grande contribuição ao conhecimento ornitológico da Campanha Gaúcha foi dada por BELTON (1994), que percorreu a região entre 1970 e 1983 e também compilou registros de terceiros, relacionando a ocorrência de 356 espécies para a região. BELTON (1994), apontou algumas áreas ornitologicamente importantes na Campanha Gaúcha, como o parque Espinilho, o rio Ibirapuitã, Garruchos e o banhado São Donato.

GUADAGNIN et al. (1995) relataram a ocorrência de Dendrocygna autumnalis (marreca-cabocla) para a região da Campanha Gaúcha e ACCORDI et al. (2000) registraram a extensão de distribuição e ocorrência de anatídeos para a região da Campanha Gaúcha, resultado dos trabalhos de censos de aves cinegéticas

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realizados na região de 1986 a 1998. Além disso, uma série de artigos recentes foram publicados sobre a avifauna dos campos sulinos (COSTA 2000, 2001, COSTA e COSTA 2001, COSTA et al. 2002, RUSCHEL e COSTA 2003).

A Campanha Gaúcha conta, presentemente, com três unidades de conservação: a Área de Proteção Ambiental Ibirapuitã (Alegrete), o Parque Estadual do Espinilho (Barra do Quarai) e a Reserva Biológica de São Donato (Itaqui e Maçambará), todas com trabalhos ornitológicos recentes, que deverão ser publicados em breve (G.A. Bencke, inf. pess.).

O presente trabalho visa contribuir ao conhecimento ornitológico da Campanha Gaúcha, relacionando espécies de aves registradas por mim durante viagens realizadas à região nos anos de 1997 a 2000 e salientando a importância conservacionista de algumas áreas ainda não protegidas.

ÁREA DE ESTUDO

Para delimitar a área de estudo segui o senso do IBGE (HERRMANN e ROSA1990), que configura o Planalto da Campanha Gaúcha da seguinte maneira: a oeste pelo rio Uruguai, fronteira com a Argentina; a sul com o rio Quaraí, fronteira com o Uruguai; a leste pelo divisor de águas entre as bacias hidrográficas dos rios Ibirapuitã e Santa Maria, ao sul do rio Ibicuí (Serra do Caverá) e seguindo o rebordo da cota dos 200 m ao norte do rio Ibicuí; a norte, segue também o limite da cota de 200 m até o divisor de águas do rio Ijuí (Figura 1).

A Campanha Gaúcha se situa no extremo oeste do Rio Grande do Sul e abrange os municípios de Alegrete, Quaraí, Barra do Quaraí, Itaqui, Maçambará, São Borja, Santo Antônio das Missões e Garruchos. É formada predominantemente por campos, que sofrem alterações, seja pela agricultura (principalmente arroz) nas baixadas, seja pela pecuária (principalmente bovinos e ovinos) nas áreas onduladas, mais altas. Os campos podem ser acompanhados de vegetação lenhosa do tipo parque, como no Parque Estadual do Espinilho; por formações arbustivas e/ou arbóreas mais espaçadas ou ainda por matas ciliares, que acompanham as drenagens principais (LEITE e KLEIN, 1990). Nos últimos anos, vêm crescendo a presença de barragens (açudes) na região, alterando a fisionomia original e aumentando a superfície de áreas úmidas.

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Figura 1. Limites aproximados da Campanha Gaúcha (sensu HERRMANN e ROSA,1990). Figura criada a partir de Atlas Mundial Microsoft ® Encarta ® 2001.

METODOLOGIA

Percorri a região entre os anos de 1997 a 2000, quando realizei censos terrestres de aves cinegéticas (anatídeos, columbídeos e tinamídeos) nos municípios de Quarai, Barra do Quarai, Uruguaiana, Itaqui, Maçambará, Alegrete e São Borja. Registrei as espécies (visual e auditivamente) através de transecções a pé ou de automóvel por estradas, campos ou matas ciliares; varreduras com binóculo e luneta em áreas úmidas (banhados, açudes, lavouras alagadas e várzeas) e varreduras com cães de aponte em campos. Na Tabela 1, em anexo, relaciono as datas das expedições e os municípios percorridos. Para a taxonomia e nomes populares, segui BENCKE (2001).

RESULTADOS

Registrei 182 espécies de aves na Campanha Gaúcha entre os anos de 1997 a 2000, sendo oito ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul (MARQUES et al. 2002): duas criticamente em perigo (Drymornis bridgesii arapaçu-platino e Leptasthenura platensis rabudinho); três em perigo (Mesembrinibis cayennensis coró-coró;

Parabuteo unicinctus gavião-asa-de-telha e Cairina moschata pato-do-mato) e três vulneráveis (Sarkidiornis melanotos pato-de-crista; Crotophaga major anu-coroca e Sporophila collaris coleiro-do-brejo). Na tabela 2,

em anexo, relaciono as espécies e os municípios onde as mesmas foram registradas.Espécies que não foram registradas positivamente em nível específico, como Anas sp., Dendrocygna sp., Fulica sp., Larus spp.,

Anthus spp. e Sporophila spp. foram desconsideradas na listagem.

Fornecerei informações sobre registros de algumas espécies de importância conservacionista a seguir. Ocorrência de anatídeos foram comentadas em ACCORDI et al. (2001) e o registro de Paroaria capitata em

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ACCORDI (2002). Maiores detalhes sobre esses registros serão objetos de outras publicações. As coordenadas (Latitude e longitude) dos registros são fornecidas. Quando não foi possível fornecer as coordenadas exatas, a posição aproximada foi estabelecida através do Atlas Mundial Microsoft ® Encarta ® 2001.

Jabiru mycteria (tuiuiú). 11/10/1999: um indivíduo forrageando em banco de grama-boiadeira baixa em um

açude no interior de São Borja (28º47’S e 56º06’O).

Mesembrinibis cayennensis (coró-coró). 20/12/1998: um indivíduo vocalizando na mata ciliar do arroio

Pintado Grande (29º05’S e 56º 23’O, Itaqui).

Buteogallus urubitinga (gavião-preto). 18/9/1998. Um indivíduo sobrevoando sobre mata ciliar na margem

brasileira do rio Uruguai, em Itaqui (aproximadamente 29º05’S e 56º27’O).

Parabuteo unicinctus (gavião-asa-de-telha). Três registros distintos: 19/12/1998: um sub-adulto na beira da

estrada, empoleirado em poste de energia elétrica e voando baixo em campo com árvores e arbustos esparsos (estepe-parque), próximo à localidade de São Donato (28º59’S e 56º10’O, São Borja). 22/12/1998: um indivíduo adulto na borda de estada vicinal em campo limpo (estepe) (29º06’S e 55º42’O, São Borja). 12/9/2000: Dois indivíduos sub-adultos no campo junto a um açude e próximo de uma estrada vicinal (30º 09’S e 57º13’O, Barra do Quarai).

Buteo swainsoni (gavião-papa-gafanhoto). Cinco registros distintos: 19/9/1998: três indivíduos sobrevoando

alto em área urbana de São Borja. 19/12/1998, num trecho de 20 km numa estada vicinal a nordeste de Itaqui (entre 29º 07’S, 56º32’O e 29º04’S, 56º22’O), três observações distintas: 18 indivíduos sobrevoando sobre campo próximo ao arroio Pintado Grande; seis quilômetros adiante, mais quatro indivíduos sobrevoando campo; próximo do final do trecho, mais oito indivíduos sobrevoando campo.16/9/2000: nove indivíduos sobrevoando campo acima da BR 285, cerca de 20 km de São Borja (aproximadamente 28º39’S e 55º59’O).

Porzana Albicollis (sanã-carijó). 16/9/2000. Um indivíduo vocalizando em campo alagado na várzea do rio

Butuí (28º55’S e 55º58O, São Borja).

Coccyzus americanus (Papa-lagarta-norte-americano). 20/12/1998. Um indivíduo pousado em árvore seca

junto à borda da mata ciliar do arroio Pintado Grande (29º05’S e 56º23’O, Itaqui).

Crotophaga major (anu-coroca). Dois registros distintos: 20/12/1998: três indivíduos no mesmo local que o

registro de C. americanus, porém, na mata ciliar da outra margem do arroio Pintado Grande. 23/12/1998: cinco indivíduos na mata ciliar do rio Icamaquã, na estrada vicinal que liga São Borja a Garruchos (28º33’S e 55º54’O, São Borja).

Chordeiles sp (bacurau). 20/12/1998: um indivíduo sobrevoando a borda da mata ciliar, sobre o arroio Pintado

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Drymornis bridgesii (arapaçu-platino). Dia 15/9/1998. Dois indivíduos entre arvoretas esparsas e

empoleirados em cerca de arame, junto ao campo, próximo à estrada BR-472, cerca de 30 km da área com formação típica de parque Espinilho (aproximadamente 30º01’S e 57º12’O).

Leptasthenura platensis (rabudinho). 1/11/1998: um indivíduo em parque Espinilho (aproximadamente

30º12’S e 57º31’O, Barra do Quaraí).

Figura 2. Localização de registros notáveis assinalados para a Camapnha Gaúcha entre 1997 e 2000. 1 –

Mesembrinibis cayennensis, Coccyzus americanus, Crotophaga major e Chordeiles sp.; 2 – Jabiru mycteria;

3 – Parabuteo unicinctus; 4 – Buteo swainsoni; 5 – Porzana albicollis; 6 – Crotophaga major; 7 –

Buteogallus urubitinga; 8 – Drymornis bridgesii; 9 – Leptasthenura platensis. Para informações adicionais

sobre os registros ver texto. Figura criada a partir de Atlas Mundial Microsoft ® Encarta ® 2001. DISCUSSÃO

A presença de Jabiru mycteria (tuiuiú) no Rio Grande do Sul já havia sido assinalada para a barragem de San Churi (Uruguaiana) (BELTON, 1994). Meu registro foi realizado em uma barragem em São Borja, distante 107 km de San Churi. KAHL (1971) registrou várias colônias reprodutivas de J. mycteria em Corrientes (Argentina), sendo considerado espécie comum nessas plagas. Sendo os tuiuiús mestres do vôo planado (SICK, 1997), podendo, inclusive, se deslocarem por longas distâncias em épocas de enchentes (SICK 1983), os 223 km que separam o sítio de São Borja das colônias reprodutivas de Corrientes, ou mesmo os 127 km entre São Borja e San Churi, não devem ser considerados como obstáculo, principalmente com a existência de uma ampla gama de áreas úmidas entre essas áreas, formada por contribuintes do rio Paraná e do próprio rio

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Uruguai. Baseado nessa afirmativa, a presença de J. mycteria na Campanha Gaúcha deve ser mais comum do que até agora foi documentado.

Apenas dois registros de Mesembrinibis cayennensis (coró-coró) foram compilados por BELTON (1994), ambos na metade leste do estado. Meu registro para o arroio Pintado Grande (Itaqui), portanto, se constitui no primeiro para a Campanha Gaúcha. O presente registro parece confirmar sua preferência por margens de rios (SICK 1997), sendo que o coró-coró, em perigo de extinção no estado (MARQUES et al., 2002), deve ocorrer pela Campanha gaúcha nas matas ciliares remanescentes do rio Uruguai e contribuintes.

Os presentes registros de Parabuteo unicinctus (gavião-asa-de-telha) são os primeiros para a Campanha Gaúcha desde os registros de BELTON (1994) em 1971 e 1973 e parecem confirmar a residência desse gavião em perigo de extinção no estado (MARQUES et al., 2002) na Campanha Gaúcha e, provavelmente, com uma população reprodutiva. Não descarto a raridade natural dessa espécie, mas a falta de registros recentes para essa espécie parece estar relacionada mais com a ausência de estudos extensivos nas áreas campestres habitadas por esse gavião do que propriamente um franco processo de extinção. Essa afirmativa é corroborada por PACHECO (1994), que registrou o gavião-asa-de-telha em 28 localidades distintas, entre 1986 e 1993, inclusive um registro adicional para o Rio Grande do Sul (16 out 1993, em Guaíba). Os outros registros de PACHECO (1994) se distribuem pelos estados de Rio de Janeiro, em 22 localidades e São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará, com registro para uma localidade cada. Em meus registros observei um máximo de dois indivíduos por ponto, fato também ressaltado por PACHECO (1994). Mas minhas observações devem ser analisadas com cautela, pois estão restritas ao período de primavera/verão, supostamente a estação reprodutiva da maioria das espécies de aves.

A presença de Buteo swainsoni (gavião-papa-gafanhoto) para a Campanha Gaúcha havia sido assinalada por BELTON (1994), com registros para Garruchos. Meu registro para Itaqui e áreas intermediárias aumenta em 142 km sua área de distribuição na Campanha Gaúcha. A presença desse gavião visitante de verão em toda a extensão das províncias argentinas de Misiones e Corrientes (de la PEÑA 1999) sugere uma possível distribuição ao longo de toda a campanha Gaúcha, afirmação que é reforçada pelo aspecto vagante dessa espécie (PARAMILLO 1993) e pelos registros prévios espalhados pelo Rio Grande do Sul (Planalto, Planície Costeira e Depressão Central) (BELTON 1994, MÄHLER e FONTANA 2000).

A ocorrência de Porzana albicollis (sanã-carijó) era conhecida por apenas três registros para o Rio grande do Sul, até que, recentemente, vários registros dessa espécie foram realizados na Planície Costeira (ACCORDI et al. 2001 e obs. pess.), revelando a subestimação da situação de ocorrência dessa espécie, até então. Meu registro para a várzea do rio Butuí (São Borja) dista cerca de 100 km em linha reta do registro prévio de BELTON para o oeste de Santa Maria (rio Ibicuí). É bem provável que essa espécie ocorra ao longo dos cursos d’água do sistema Uruguai-Ibicuí, onde quer que haja hábitat favorável (campos alagados com capim alto, obs. pess.).

Coccyzus americanus (papa-lagarta-norte-americano) é visitante de verão com registros esparsos pelo Rio

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Crotophaga major (anu-coroca) é considerado escasso e registrado em duas áreas disjuntas do estado,

Campanha Gaúcha e depressão Central (BELTON, 1994). Meu registro se encontra dentro da área delimitada por BELTON (1994), que se restringe aos remanescentes de matas ciliares ao longo dos rios Uruguai, Ibicuí, Ibirapuitã e contribuintes. É espécie considerada vulnerável no Rio Grande do Sul (MARQUES et al., 2002). BELTON (1994) relatou o provável registro de Chordeiles minor (bacurau-norte-americano) para Garruchos. Não assumo aqui um registro em nível de espécie, pois o único indivíduo observado, o foi sobrevoando rapidamente sobre o arroio Pintado Grande (Itaqui), não sendo possível observar detalhes peculiares, apenas que seu tamanho correspondia aos 23 cm relatado por SICK (1997). A ocorrência de Chordeiles minor é altamente provável para a Campanha Gaúcha, visto seu poder de vôo e sua distribuição nos setores norte e sul do Rio Grande do Sul (BELTON, 1994; SILVEIRA, 2001). A presença de Chordeiles acutipennis (bacurau-de-asa-fina) na Campanha Gaúcha não deve ser descartada. Seu tamanho médio (21,5 cm) está bem próximo daquele de C. minor (SICK, 1997) e ambas espécies podem ser confundidas em vôo em uma observação rápida. A área de ocorrência do bacurau-de-asa-fina no nordeste paranaense, conforme indicada por SCHERER-NETO et al. (1996) distam em média 860 km do local do presente registro. No Paraguai, C.

acutipennis consta como espécie com registro visual confiável pendente de documentação (GUYRA

PARAGUAY, no prelo), tendo sido avistado a cerca de 560 km do presente registro para a Campanha Gaúcha. Já para a Argentina, há citações bibliográficas genéricas para C. acutipennis que carecem de documentações, sendo C. minor a espécie mais freqüente na região nordeste desse país (E. Kraukzuk, in litt.). A presença de Chordeiles pusillus (bacurauzinho) na Campanha Gaúcha também não deve ser descartada. KRAUKZUK (2000) relatou a reprodução do bacurauzinho em Misiones, Argentina, pouco mais de 200 km em linha reta do local de registro em Itaqui. O registro da Argentina ampliou a área de distribuição de C.

pusillus em 1.300 km ao sul (KRAUCZUK, 2000). Posteriormente, o bacurauzinho foi observado em

Misiones diversas outras vezes (E. Kraukzuk, in litt.).

O registro de Drymornis bridgesii (arapaçu-platino) a cerca de 30 km do parque Espinilho, leva a crer que essa espécie, criticamente ameaçada no Rio grande do Sul (MARQUES et al. 2002), pode se movimentar nas áreas adjacentes a essa formação vegetal. Estudos sobre a situação dessa espécie na campanha Gaúcha são emergenciais, visto ser a única área de sua ocorrência no Brasil.

A mesma situação se encontra Leptasthenura platensis, embora seja mais comum que a espécie anterior, sua ocorrência no Brasil também se restringe ao parque Espinilho (BELTON, 1994; SICK, 1997).

A Campanha Gaúcha apresenta refúgio para espécies de aves campestres e dependentes de áreas úmidas, várias delas hoje ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul. Mesmo com a efetivação das três unidades de conservação existentes na região, outras medidas de manejo devem ser tomadas, em conjunto com proprietários de terra para que a conservação dos remanescentes de hábitat possa ser bem-sucedida e garantir a manutenção das populações de aves silvestres que aí vivem.

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A Campanha Gaúcha ainda deve revelar mais surpresas aos olhos (ou ouvidos) dos ornitólogos que por lá venham a trabalhar, visto que estudos extensivos na região ainda são escassos. Áreas que merecem atenção especial são aquelas que ainda não estão protegidas por unidades de conservação e que, potencial ou efetivamente, abrigam uma avifauna rica, com várias espécies ameaçadas de extinção, como os remanescentes de florestas ciliares e campos alagados das várzeas dos rios Uruguai, Quaraí, Ibirapuitã e seus contribuintes; o cerro do Jarau, em Quaraí; a serra do Caverá, a barragem de San Churi e o conjunto de banhados e açudes que mantém grandes populações de aves palustres e os remanescentes florestais de Garruchos, onde, ao que parece, nenhum outro ornitólogo colocou os pés (ou os olhos e ouvidos) depois de Wiliam Belton.

AGRADECIMENTOS

Sou grato a todo o pessoal da Equipe de Monitoramento de Fauna Cinegética, com quem tive o prazer de conviver durante esses anos: João O. Menegheti, Maria Inês Burger, Eduardo Vélez, Ricardo A. Ramos, Demétrio L. Guadagnin, João C.P. Dotto, Rafael C. Cruz e Maria T.Q. Mello. Também os motoristas da FEPAM-RS e os auxiliares de campo, que me acompanharam pelas estadas empoeiradas, enlameadas e/ou esburacadas do pampa gaúcho. Um agradecimento especial a Eduardo Carrano, Fernando C. Straube; Hugo del Catillo, Juan Mazar Barnett e Rob Clay pela ajuda e informações prestadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

Tabela 1. Datas das expedições e municípios percorridos na Campanha Gaúcha, entre 1997 e 2000.

Data Municípios

7 a 12/10/1997

Barra do Quaraí, Uruguaiana, Itaqui, Maçambará e São Borja

15 a 20/9/1998

Barra do Quaraí, Uruguaiana, Itaqui, Maçambará e São Borja

31/10 a 1/11/1998

Alegrete, Uruguaiana, Barra do Quaraí e Quaraí

19 a 23/12/1998

Itaqui, Maçambará e São Borja

17 a 23/3/1999

Quaraí, Uruguaiana, Itaqui, São Borja e Alegrete

10 a 12/10/1999

Uruguaiana, Itaqui e São Borja

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Tabela 2. Avifauna registrada na região da Campanha Gaúcha entre os anos de 1997 a

2000. Municípios: A – Alegrete; B – Barra do Quarai; I – Itaqui; M – Maçambará; Q –

Quarai; S – São Borja; U - Uruguaiana

Nomes científicos

Nomes populares

Municípios

RHEIDAE

Rhea americana

ema B,I,M,Q,S,U

TINAMIDAE

Rhynchotus rufescens

perdigão S

Nothura maculosa

perdiz A,B,I,Q,S

PODICIPEDIDAE

Podilymbus podiceps

mergulhão B,I,M,S,U

Podiceps major

mergulhão-grande B,I,M,S,U

PHALACROCORACIDAE

Phalacrocorax brasilianus

biguá B,I,M,S,U

ANHINGIDAE

Anhinga anhinga

biguatinga B,I,M,S

ARDEIDAE

Syrigma sibilatrix

maria-faceira B,I,S,U

Ardea cocoi

garça-moura B,I,S,U

Casmerodius albus

garça-branca-grande A,B,I,M,Q,S,U

Bubulcus ibis

garça-vaqueira A,B,I,M,S,U

Egretta thula

garça-branca-pequena B,I,M,S,U

Butorides striatus

socozinho I,S,U

Nycticorax nycticorax

savacu I,S,U

Tigrisoma lineatum

socó-boi-verdadeiro B,M,S,U

CICONIIDAE

Mycteria americana

cabaça-seca I,U

Ciconia maguari

joão-grande A,B,I,M,S,U

Jabiru mycteria

tuiuiú S

THRESKIORNITHIDAE

Phimosus infuscatus

maçarico-de-cara-pelada A,B,I,M,S,U

Plegadis chihi

maçarico-preto B,I,M,S,U

Mesembrinibis cayennensis

coró-coró I

Platalea ajaja

colhereiro I,M,S,U

CATHARTIDAE

Cathartes aura

urubu-de-cabeça-vermelha A,I,M,Q,S,U

Cathartes burrovianus

urubu-de-cabeça-amarela A,I,S,U

ACCIPITRIDAE

Rostrhamus sociabilis

gavião-caramujeiro B,I,M,S,U

Circus buffoni

gavião-do-banhado I,S,U

Buteogallus urubitinga

gavião-preto I

(12)

Heterospizias meridionalis

gavião-caboclo I,B,S,U

Parabuteo unicinctus

gavião-asa-de-telha I,B,S

Buteo magnirostris

gavião-carijó A,B,I,S

Buteo swainsoni

gavião-papa-gafanhoto I,S

Buteo albicaudatus

gavião-de-rabo-branco Q

FALCONIDAE

Caracara plancus

caracará A,B,I,M,Q,S,U

Milvago chimachima

carrapateiro I,S

Milvago chimango

chimango B,I,M,S,U

Falco sparverius

quiriquiri A,B,I,U

ANATIDAE

Dendrocygna bicolor

marreca-caneleira B,I,S,U

Dendrocygna viduata

marreca-piadeira A,B,I,M,S,U

Dendrocygna autumnalis

marreca-cabocla S

Cygnus melanocoryphus

cisne-de-pescoço-preto B,U

Coscoroba coscoroba

coscoroba B,U

Cairina moschata

pato-do-mato I,S,U

Sarkidiornis melanotos

pato-de-crista B,I,S,U

Callonetta leucophrys

marreca-de-coleira B,S,U

Amazonetta brasiliensis

marreca-pé-vermelho A,B,I,M,Q,S,U

Anas flavirostris

marreca-pardinha B,I,M,S,U

Anas georgica

marreca-parda B,U

Anas versicolor

marreca-cricri B,I,S,U

Anas platalea

marreca-colhereira U

Netta peposaca

marrecão B,I,S,U

Nomonyx dominicus

marreca-de-bico-roxo I,U

Oxyura vittata

marreca-pés-na-bunda B,S,U

ANHIMIDAE

Chauna torquata

tachã B,I,M,Q,S,U

CRACIDAE

Penelope obscura

jacu S

ARAMIDAE

Aramus guarauna

carão A,B,I,S,U

RALLIDAE

Aramides ypecaha

saracuraçu A,B,I,M,S,U

Porzana albicollis

sanã-carijó S

Gallinula melanops

frango-d'água-carijó B,I,S,U

Gallinula chloropus

galinhola B,I,M,S,U

Porphyrio martinica

frango-d'água-azul S

Fulica armillata

carqueja-de-bico-maculado B,U

Fulica leucoptera

carqueja-de-bico-amarelo B,I,M,S,U

(13)

JACANIDAE

Jacana jacana

jaçanã A,B,I,M,S,U

RECURVIROSTRIDAE

Himantopus himantopus

pernilongo A,B,I,M,Q,S,U

CHARADRIIDAE

Vanellus chilensis

quero-quero A,B,I,M,Q,S,U

Pluvialis dominica

batuiruçu B,I,U,M

Charadrius collaris

batuíra-de-coleira B,I,M,S

SCOLOPACIDAE

Tringa melanoleuca

maçarico-grande-de-perna-amarela B,I,S,U

Tringa flavipes

maçarico-de-perna-amarela B

Tringa solitaria

maçarico-solitário B

Gallinago paraguaiae

narceja B,I,U,S

Calidris melanotos

maçarico-de-colete I,S,U

LARIDAE

Larus maculipennis

gaivota-maria-velha B,I,M,U

Phaetusa simplex

trinta-réis-grande I,U

Sterna superciliaris

trinta-réis-anão I,M,S,U

RYNCHOPIDAE

Rynchops niger

talha-mar I,S,U

COLUMBIDAE

Columba livia

pombo-doméstico B,M,S

Columba picazuro

pombão A,B,I,M,Q,S,U

Columba maculosa

pomba-do-orvalho B

Zenaida auriculata

pomba-de-bando A,B,I,M,Q,S,U

Columbina talpacoti

rolinha-roxa I,M,S

Columbina picui

rolinha-picuí A,B,I,M,Q,S,U

Leptotila verreauxi

juriti-pupu I,M,S,U

Geotrygon montana

pariri I

PSITTACIDAE

Myiopsitta monachus

caturrita A,B,I,M,Q,S,U

CUCULIDAE

Coccyzus americanus

papa-lagarta-norte-americano I

Crotophaga major

anu-coroca I,S

Crotophaga ani

anu-preto A,I,S,U

Guira guira

anu-branco B,I,M,Q,S,U

Tapera naevia

saci I,S

STRIGIDAE

Speotyto cunicularia

coruja-do-campo A,B,I,S,U

CAPRIMULGIDAE

(14)

Podager nacunda

corucão B,S,U

Caprimulgus parvulus

bacurau-pequeno A

TROCHILIDAE

Chlorostilbon aureoventris

besourinho-de-bico-vermelho I,S,U

Hylocharis chrysura

beija-flor-dourado I,S,Q

ALCEDINIDAE

Ceryle torquata

martim-pescador-grande B,I,S,U

Chloroceryle amazona

martim-pescador-verde I,U

Chloroceryle americana

martim-pescador-pequeno I,S,U

PICIDAE

Melanerpes candidus

pica-pau-branco S

Colaptes melanochloros

pica-pau-verde-barrado M,S

Colaptes campestris

pica-pau-do-campo B,I,M,S,U

DENDROCOLAPTIDAE

Drymornis bridgesii

arapaçu-platino B

Lepidocolaptes angustirostris

arapaçu-do-cerrado I,M

FURNARIIDAE

Furnarius rufus

joão-de-barro A,B,I,M,S,U

Leptasthenura platensis

rabudinho B

Schoeniophylax phryganophila

bichoita I,S,U

Synallaxis frontalis

petrim I

Certhiaxis cinnamomea

curutié I,S

Phacellodomus ruber

garrincha-do-buriti M,S

Phleocryptes melanops

bate-bico I

Anumbius annumbi

cochicho A,B,I,M,Q,S,U

FORMICARIIDAE

Thamnophilus caerulescens

choca-da-mata I

Thamnophilus ruficapillus

choca-de-boné-vermelho S

CONOPOPHAGIDAE

Conopophaga lineata

chupa-dente I,M

TYRANNIDAE

Elaenia flavogaster

guaracava-de-barriga-amarela S

Elaenia parvirostris

guaracava-de-bico-curto I,S

Serpophaga nigricans

joão-pobre I,S

Phylloscartes ventralis

borboletinha-do-mato I

Todirostrum plumbeiceps

tororó S

Myiophobus fasciatus

filipe Q,S

Lathrotriccus euleri

enferrujado I

Pyrocephalus rubinus

príncipe B,I,M,S

Xolmis cinerea

primavera I,M,U

Xolmis coronata

noivinha-coroada U

(15)

Xolmis irupero

noivinha B,I,M,Q,S,U

Arundinicola leucocephala

freirinha S

Satrapa icterophrys

suiriri-pequeno B,S

Machetornis rixosus

suiriri-cavaleiro B,I,M,S

Myiarchus swainsoni

irré I,S

Pitangus sulphuratus

bem-te-vi A,B,I,M,Q,S,U

Megarynchus pitangua

neinei S

Tyrannus melancholicus

suiriri I

Tyrannus savana

tesourinha B,I,M,S,U

HIRUNDINIDAE

Tachycineta leucorrhoa

andorinha-de-testa-branca I,B,S,U

Progne tapera

andorinha-do-campo I,M,S,U

Progne chalybea

andorinha-doméstica-grande A,B,I,M,S,U

Notiochelidon cyanoleuca

andorinha-pequena-de-casa I,U,S

Alopochelidon fucata

andorinha-morena B,S,U

Stelgidopteryx ruficollis

andorinha-serradora I,S

Hirundo rustica

andorinha-de-bando I

MOTACILLIDAE

Anthus lutescens

caminheiro-zumbidor A,B,I,M,Q,S,U

TROGLODYTIDAE

Troglodytes musculus

corruíra I,U,S

MIMIDAE

Mimus saturninus

sabiá-do-campo A,B,Q,U

MUSCICAPIDAE

Turdus subalaris

sabiá-ferreiro A

Turdus rufiventris

sabiá-laranjeira I,S

Turdus amaurochalinus

sabiá-poca M,S

Polioptila dumicola

balança-rabo-de-máscara I,S

EMBERIZIDAE

Zonotrichia capensis

tico-tico B,I,S,U

Ammodramus humeralis

tico-tico-do-campo B

Donacospiza albifrons

tico-tico-do-banhado I

Poospiza nigrorufa

quem-te-vestiu I

Sicalis flaveola

canário-da-terra-verdadeiro A,B,I,M,Q,S,U

Sicalis luteola

tipio A,B,I,M,S,U

Emberizoides herbicola

canário-do-campo B,I,M,S

Embernagra platensis

sabiá-do-banhado I,S

Volatinia jacarina

tiziu I

Sporophila collaris

coleiro-do-brejo I

Sporophila caerulescens

coleirinho I,S

Coryphospingus cucullatus

tico-tico-rei S

(16)

Paroaria coronata

cardeal A,B,I,M,Q,S,U

Paroaria capitata

cavalaria I

Cyanoloxia glaucocaerulea

azulinho I,S

Thraupis sayaca

sanhaçu-cinzento S

Euphonia chlorotica

fim-fim S,U

PARULIDAE

Geothlypis aequinoctialis

pitiguari I,S

Basileuterus culicivorus

pula-pula B

Basileuterus leucoblepharus

pula-pula-assobiador M

VIREONIDAE

Cyclarhis gujanensis

pia-cobra I,S

Vireo olivaceus

juruviara I,S

ICTERIDAE

Icterus cayanensis

encontro M

Agelaius ruficapillus

garibaldi B,I,M,S,U

Sturnella superciliaris

polícia-inglesa B,I,M,S,U

Pseudoleistes guirahuro

chopim-do-brejo B,I,S

Pseudoleistes virescens

dragão A,B

Gnorimopsar chopi

graúna A,S

Oreopsar badius

asa-de-telha B,I,M,S

Molothrus rufoaxillaris

vira-bosta-picumã M,S

Molothrus bonariensis

vira-bosta A,B,I,M,S,U

FRINGILLIDAE

Carduelis magellanica

pintassilgo S

PASSERIDAE

Passer domesticus

pardal B,I,M,Q,S,U

CORVIDAE

Cyanocorax chrysops

gralha-picaça B,I,S

Total: 182 espécies

COPYRIGHT – ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS

Referências

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