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REFORMAS DO ESTADO, NEOLIBERALISMO E A RECONFIGURAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

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REFORMAS DO ESTADO, NEOLIBERALISMO E A RECONFIGURAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Pedro Henrique de Sousa Tavares1 Maria de Lourdes Romana de Sousa2

Resumo: Este trabalho procura abordar um processo de reformas

estruturais iniciadas no país a partir do fim dos anos 70, com a escassez do milagre econômico, e uma política ampla de desmantelamento de serviços públicos e a transferência destes para a iniciativa privada. A chamada década perdida e os anos 90 também foram marcados pela pressão de organismos internacionais para que paises periféricos como o Brasil pudessem adotar políticas de reajuste fiscal, com marcantes traços neoliberais. Esse processo de reforma de estado terá conseqüência na qualidade dos serviços públicos oferecidos pelo Estado brasileiro, e a educação superior brasileira não estará isenta das conseqüências de uma reforma mais ampla de estado, gerando diversas reconfigurações no seio da educação superior brasileira.

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Estudante. Universidade Federal do Pará.

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Crise fiscal do estado e conversão neoliberal

A teoria do liberalismo econômico proposta por Adam Smith entra em colapso pela percepção de que a mão invisível do mercado não conseguiu, entretanto garantir a manutenção de direitos sociais inalienáveis, e que a sociedade caminhava para o colapso, acrescido do processo de crise de superprodução. A percepção da saturação da teoria liberal clássica foi materializada com a eclosão da crise de 29 do século passada, arruinando milhões de trabalhadores e a própria burguesia, nascendo no interior da já imperialista nação ianque.

O período entre guerras pôde neste sentido marcar a transição de um modelo econômico liberal para um modelo econômico keynesiano, dando origem ao Estado de Bem Estar Social3, ao Estado – providência, no qual o Estado assume papel central no processo de condução da economia.

Todavia, o paradigma de bem estar social com a crise do petróleo em 73 passa a ser criticado pela burguesia que relançou as bases teóricas e políticas do liberalismo, ressignificado no neoliberalismo, apontando como um dos motivos da crise econômica a assistência social garantida pelos estados-nações, propondo como saída a destruição de políticas sociais consolidadas e sua transferência do primeiro para o segundo setor.

Entre os argumentos dos defensores da inserção do mercado nas atividades estatais (educação, saúde, previdência, entre outros) era a mordomia estatal que não favorecia a livre iniciativa e a concorrência, algo central no sistema capitalista, e gerava uma crise fiscal sem precedentes, ao ponto do Estado não conseguir honrar com direitos sociais e trabalhistas, e abrir um fosso deficitário nos tesouros nacionais.

O Consenso de Washington conseguiu materializar a adoção do novo pensamento burguês para as políticas sociais, ao ter como eixo central a defesa da liberdade do mercado em adentrar nos serviços que foram ao longo do pós-guerra uma prerrogativa do Estado4.

Acentua-se desta forma a construção de um modelo de estado neoliberal, que se caracteriza pela idéia do Estado mínimo, construída segundo argumentos de que durante o

3 Laura Soares (2001) afirma que não existiu um Estado de Bem Estar Social em paises latino-americanos,

dentro dos moldes como foi desenvolvido na Europa, mas algumas ações podem apontar traços do Welfare State, no qual podemos destacar medidas protecionistas, sobretudo as garantias trabalhistas.

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decorrer dos anos se construiu um setor público marcado por ineficiência e privilégios, oposto ao modelo de eficiência e qualidade demonstrada pelo mercado (Chaves, 2006).

Bresser Pereira (1998) é um dos formuladores teóricos da política neoliberal, ao conceber que numa reforma o Estado brasileiro deve ser reestruturado em quatro eixos, dos quais destaco as atividades não exclusivas do estado (saúde, educação e previdência são o carro-chefe de um processo que busca desonerar o tesouro nacional)5 e as produção de bens e serviços para o mercado6.

Chaves (op. cit., p 88) conclui que “como conseqüência segmentos inteiros da economia foram destruídos, agravando o desemprego e o aumento da demanda por serviços públicos de assistência social, previdência, saúde e educação. A defesa da universalização dos direitos sociais foi substituída pela da focalização, e o principio da igualdade, pelo da equidade”.

Para tentar concluir essa primeira parte, introdutória e que deveria ser mais aprofundada pela necessidade de se avançar no debate sobre o tema, vamos apontar para o fato de que a adoção do neoliberalismo como opção política para o estado pelos sucessivos governos brasileiros caracterizou-se pelos sucessivos cortes no orçamento para implementar políticas sociais.

Organismos internacionais, neoliberalismo e acesso à educação superior

Lima (2007) afirma que o reordenamento dos papéis dos estados nos países periféricos foi orientado a partir de propostas e orientações de organismos internacionais (Banco Mundial, Unesco, OMC7), num período que compreende o final do século XX e ainda se estende no século XXI.

A autora aponta que existe um discurso de uma pretensa inclusão dos paises periféricos na nova ordem mundial, que possibilitou analisar o discurso modernizante de

5 A idéia de uma atividade não exclusiva do Estado possibilitou uma expansão muito grande do setor privado na

área de planos de saúde, instituições privadas de educação superior, fundos de pensão previdenciários, entre outros, levando a uma precarização impar das atividades do estado no setor público.

6 Podemos destacar no processo de bens e serviços para o mercado as medidas de modernização proposto por

Fernando Collor da universidade brasileira para a formação de uma mão de obra para o mercado (Ver Corbucci, 2004).

7 A OMC – Organização Mundial do Comércio, para esclarecimento, surge apenas em 1995, mas sobre ela nos

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Fernando Collor para educação superior, no qual a inclusão deveria estar condicionada a adoção de políticas de ajuste estrutural, no qual uma reforma universitária seria necessária para materializar e ratificar as propostas formuladas por esses organismos.

O pensamento neoliberal produziu uma crítica ao Estado como protagonista e financiador das políticas sociais. A crise fiscal sustentou o argumento de que o Estado não poderia arcar sozinho com as políticas de bem estar social, produzindo uma reconfiguração e reordenamento do papel do Estado, tendo impactos, sobretudo na periferia do capitalismo.

Lima (op. cit.) afirma que o projeto neoliberal de organismos internacionais para os paises periféricos esteve atrelado ao processo de crise da divida que atravessou a década perdida, de onde aponta que a redução dos gastos sociais fazia parte de uma plataforma política que envolvia a renegociação da divida externa e o direcionamento dos recursos obtidos com o enxugamento do estado para sanar o passivo com credores internacionais.

Uma das principais polêmicas apontadas no campo da educação superior foram os cortes no orçamento verificadas a partir de uma falsa polêmica: investir na educação básica ou na educação superior?

Quando falamos em organismos internacionais precisamos perceber a diferença entre eles das conceituações de educação básica8, mas o consenso era de que seria preciso expandir o ensino básico sob o pretexto da ampliação, democratização e universalização da educação aos setores historicamente marginalizados e excluídos desse serviço. Ademais Lima (op. cit.) aponta que o que estava por trás disso era o investimento em níveis mais baixos e uma concepção etapista da expansão da educação superior9.

As conseqüências para a educação superior se mostraram tão diversas quanto nefastas. Os cortes de verbas da educação superior e o seu direcionamento para educação básica acabaram por destruir um sistema educacional superior que era referência em qualidade, serviços de extensão como hospitais universitários foram suspensos ou

8 Enquanto para Unesco educação básica referia-se ao ensino fundamental e médio, para o Banco Mundial estava

restrito ao ensino fundamental (Lima, op. cit).

9 Para a autora a concepção etapista se sustenta no argumento de que primeiro viria uma expansão do ensino

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privatizados10, e quem acabou pagando o preço foram os que usufruíam desses serviços, notadamente as camadas mais necessitadas (Corbucci, op. cit.).

Conforme orientações de organismos internacionais para a educação superior, o preenchimento desta lacuna se daria pela inserção da iniciativa privada, no qual deveria haver uma diversificação das IES11 e de suas fontes de financiamento12 (Bird, Banco Mundial, 1995).

Esta política de favorecimento do setor privado na educação superior obedece a adequação da educação superior no cenário globalizado e neoliberal, no a globalização do capital abraça também a educação superior.

Recomendações como essa irão impactar nas mudanças da universidade brasileira, que irá passar por uma reconfiguração, tanto de expansão do setor privado, quanto de uma possível precarização do ensino superior público, e também na aproximação entre o setor público e o setor privado na educação13, algo que iremos tentar explorar no próximo tópico do presente trabalho.

Por conta disso observou-se um intenso processo de privatização dos serviços públicos, sobretudo na educação superior.

Somando-se ao processo de conversão neoliberal em educação tivemos a criação da OMC em 1995, que tem como objetivo central facilitar e reduzir as barreiras do comercio mundial. Neste contexto na Conferência de Cingapura de 1996 a educação foi apresentada como um serviço, e se debatia com profundidade, entre outros, a compra de sistemas

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Os organismos internacionais apontavam a educação superior como elitista, e a educação básica como democrática no seu acesso. Todavia não se leva em consideração que os gastos com educação superior no modelo clássico de universidade alemã envolvem a prestação de inúmeros serviços a sociedade, sobretudo com os hospitais e clinicas universitárias.

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A diversificação das IES pôde ser percebido mediante o decreto 2206/96 que diferenciação entre a conceituação das universidades, centros universitários, faculdades integradas e institutos e escolas superiores. As universidades caracterizam-se por oferecer ensino, pesquisa e extensão e tem autonomia didática, financeira e de gestão, podem abrir e fechar cursos sem autorização do Conselho Nacional de Educação – CNE. Os centros universitários oferecem ensino de excelência, atuam em uma ou mais áreas do conhecimento, e também abrem e fecham cursos sem autorização do CNE. As faculdades integradas atuam diferentes áreas do conhecimento, mas no geral só oferecem ensino, eventualmente extensão. Os Institutos e Escolas Superiores atuam em geral somente em uma área do conhecimento e dependem do CNE para abrir e fechar cursos.

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Novamente o debate sobre financiamento da educação superior fez-se sentir no seio das universidades públicas, que passaram a buscar nas parcerias com o mercado a forma de auto-custeio, num cenário em que a União passou sistematicamente a cortar verbas, e desta forma a autonomia das universidades, foi confundida com autonomia financeira perante o Estado.

13 A aproximação ocorrerá mediante a celebração de contratos que vão injetar recursos no setor privado,

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educacionais por paises periféricos, o pressão da OMC para abertura nos paises periféricos dos seus sistemas educacionais (Lima, op. Cit.).

Inserido no processo neoliberal começa a ocorrer a padronização dos currículos e conteúdos, com força a partir da Declaração de Bolonha14 em 1999, fundamentada na chamada expansão internacional dos “mercados educacionais”, no qual deveria haver remoção de barreiras protecionistas para a construção da chamada “educação transnacional” (UNESCO, 2003). O cerne do debate para possibilitar esse modelo de reforma da educação era de que os sistemas deveriam se tornar mais flexíveis e diversificados, sobretudo na sua matriz de financiamento, transferindo responsabilidades estatais para a iniciativa privada, que neste contexto pode ser gerida por uma organização transnacional.

O que temos observado é que a educação como prática de liberdade em Paulo Freire15 se converteu em serviços negociáveis nas organizações internacionais do capital, traduzindo uma “desnacionalização da educação” e a conseqüente perda da soberania sob este aspecto dos paises periféricos, eixo central do ideário neoliberal.

Reconfigurações da Educação Superior

O modelo de universidade que era reinvindicado até pouco tempo atrás tem base no modelo clássico de universidade alemã, envolvendo a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão, devendo ser autônoma do Estado16.

A universidade de pesquisa, no paradigma humboldtiano, é apontada como um dos problemas que encarecem a universidade pública, gerando a universidade de ensino e a universidade de pesquisa (Chaves, op. Cit.), deflagrando uma reconfiguração no campo da educação superior.

O percurso de adoção do neoliberalismo levou a uma reestruturação da sociedade, levando também a uma reestruturação da universidade e da educação superior de conjunto.

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Reunião onde 29 ministros de educação europeus decidiram uniformizar o sistema de educação europeu, para possibilitar a mobilidade no espaço europeu.

15 Freire, 1979.

16 Houve uma deturpação no conceito de autonomia universitária, pois esta autonomia envolve a liberdade de

criação de cursos de graduação e pós-graduação, em linhas de pesquisa e extensão, sob o prisma da construção de um saber pra emancipação social. A deturpação com o neoliberalismo ocorre numa eminente autonomia econômica em relação ao Estado.

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Cobrança de taxas na pós-graduação lato-senso com as fundações de apoio privadas, destruição da assistência estudantil17, contratos com empresas privadas são as conseqüência do novo retrato e de uma possível nova identidade da universidade pública brasileira18.

Chaves (op. Cit.) acredita que essas cobranças de taxa aproximam a universidade pública dos modelos de empresas prestadoras de serviços, e “como conseqüência (...) lança-se ao mercado competitivo subordinando sua produção acadêmica às demanda e necessidades do capital e do mercado imposta por seus financiadores”.

Pablo Gentili (1998) defende que essas privatizações no interior da universidade brasileira são o retrato da imposição do neoliberalismo na América Latina.

Também junto a isso a nova morfologia da universidade vai ser entendida a partir de um binômio produtividade x racionalidade, ensejada pelo neoliberalismo (Sousa, 2006). Santos (1995) afirma que esse binômio deriva da conversão da universidade num modelo de organização empresarial e um “produto industrial”. Desta forma observamos uma privatização da universidade pública por dentro dela mesma, sobretudo no campo da produção de saber e no trabalho docente, gerando um empresariamento da pesquisa e da docência, também chamada de “inserção da universidade na lógica racionalizadora do capital” (Paula, 2002).

Resultado do neoliberalismo, não podemos deixar de levar em consideração nos estudos a profunda expansão do setor privado da educação superior, ao ponto do setor privado responder por 88,9% do total de matriculas na educação superior, contra apenas 11,1% das IES públicas (MEC/INEP, 2003).

A deturpação do conceito de autonomia em relação aos centros universitários em relação à criação de novas vagas, com cursos seqüenciais e flexibilização curricular pode ser um dos motivos pelo qual se deu uma grande expansão no número de cursos abertos pela iniciativa privada, favorecendo um processo concorrencial em busca de novos alunos por parte das IES.

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Pode-se dizer que no processo de precarização das universidades públicas que se inicia nas contenções orçamentárias a assistência estudantil foi um dos setores que mais sofreram ataques, com a não expansão dos restaurantes universitários, das moradias estudantis, das bolsas de pesquisa, monitoria e extensão, entre outras medidas.

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Sobre o debate da identidade da universidade brasileira, Oliveira e Dourado (1999) defendem que a diversificação do financiamento da educação superior levou a uma ressignificação da identidade das instituições de educação superior.

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No atual cenário do neoliberalismo em educação se difundiu um conceito de autonomia que se confunde com privatização e mercantilização da educação superior, tal como submissão a lógica do capital que tem financiado a educação, o mercado.

Sousa (op. Cit. p. 171) acredita que “as política adotadas para educação superior no Brasil traduzem um processo cuja orientação é a restrição histórica da esfera pública e a expansão da esfera privada”.

Entre as reconfigurações podemos destacar uma forte expansão da educação superior privada no país, que Silva (2006) considera uma tendência histórica. Todavia a própria qualidade da educação superior privada tem sido questionada. Alguns autores apontam que temos hoje dois tipos de ensino superior: o das universidades públicas, ainda com qualidade, e o das instituições privadas, destinadas a receber pessoas de menor capital cultural e social, o que demonstra que medidas neoliberais em educação , longe de garantir inclusão social, apenas repruduzem uma lógica de desigualdade social do sistema capitalista (Paula, op. Cit.).

Pires (1999) afirma que a universidade brasileira na sua atual configuração não tem se aproximado das necessidades dos filhos da classe trabalhadora, e portanto tem comprometido o seu compromisso de produzir um conhecimento para a emancipação social, e que “com uma estrutura cada vez mais excludente e elitista, o sistema universitário tem desintencionalmente aprofundado o fosso que assegura a lógica da reprodução do sistema de apartação social da sociedade burguesa” (p. 3).

Considerações Finais

O processo de reforma da educação superior não pode estar desvinculado do modelo de reforma do estado implantado nas décadas de 80 e 90, conduzindo a Estado Mínimo.

À guisa de todo o processo de reconfiguração da educação superior temos um debate que envolve o acesso à educação superior por parte de setores historicamente marginalizados e socialmente excluídos, mas que envolve o processo de políticas educacionais que nos últimos vinte anos vem sendo implementadas no país.

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Ademais podemos observar que as medidas de privatização da educação superior , por dentro da universidade pública, e as que favorecem a expansão do setor privado não se mostraram socialmente referenciadas, no sentido de que a universidade pública tem perdido seu caráter público e os “serviços educacionais” oferecidos nas IES privadas tem sido questionados na sua qualidade, no que se refere a titulação dos docentes, a falta de pesquisa e extensão, entre outros.

Torna-se urgente e necessário a revisão das políticas educacionais, sobretudo para retomar a caráter da universidade brasileira, como um pólo acadêmico de construção de um conhecimento crítico, a serviço a transformação social.

Ao se perceber o processo de crise e precarização das universidades públicas como conseqüência das políticas neoliberais pra educação nos resta apontar saídas, e dois grandes embates se colocam: a opção pelo mercado ou pela sociedade. Acreditamos que a universidade e as políticas priorizem a segunda.

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