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INSTRUÇÃO TÉCNICA 18 PROJETOS DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE PATRIMÔNIO EDIFICADO

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INSTRUÇÃO TÉCNICA 18 – PROJETOS DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE PATRIMÔNIO EDIFICADO

Revisão 00 – fev/2014 Revisão 01 – dez/2015 1 OBJETIVO

1.1 Estas Instruções Normativas de Projeto apresentam os procedimentos e orientam critérios e padrões que deverão ser adotados para elaboração dos Projetos de Conservação e Restauração de Patrimônio Edificado, apresentados ao Departamento de Planejamento Físico da Universidade Federal de Minas Gerais e posteriormente, submetidas à aprovação junto aos(s) órgão(s) de preservação (IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e/ou IEPHA/MG - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e /ou DIPC- Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte). 2 CONDIÇÕES GERAIS DE EXECUÇÃO

2.1 Todos os serviços referentes a projetos de edificações deverão ser realizados com rigorosa observância do Projeto de Arquitetura, respectivos detalhes e obediência às prescrições e exigências do corpo técnico do DPF - Departamento de Planejamento Físico, bem como às Normas e condições da legislação vigente, obedecidas às diretrizes de economia de energia, de redução de eventual impacto ambiental e sustentabilidade de acordo com a Instrução Normativa N°1 do ano de 2010.

2.2 Os projetos deverão ser apresentados ao DPF para análise, conforme condições e cronogramas de execução contidos no Edital de contratação, não sendo liberados sem o cumprimento dos itens constantes nestas instruções. Após análise dos projetos pelos técnicos, estes se julgarem necessário, poderão solicitar revisões e complementos ao mesmo.

2.3 Os projetos somente serão liberados pelos técnicos se estiverem assinados e acompanhados das respectivas ARTs ou RRTs.

2.4 Quando da elaboração de projetos especiais, deverão ser seguidas as normas específicas para os mesmos, a serem definidas no edital de contratação. O mesmo edital estabelecerá, quando necessário, exigências e obrigações complementares para a elaboração e apresentação dos projetos executivos.

2.5 No caso de projeto de ampliação, apresentar a interligação à parte existente, obedecendo todas as condições anteriormente citadas. Os projetos complementares deverão estar harmonizados com o projeto de arquitetura e das demais especialidades, observando a não interferência entre elementos dos diversos sistemas e considerando as facilidades de acesso para inspeção e manutenção das instalações de um modo geral. Todos os detalhes de um projeto que possam interferir em outro da mesma obra, deverão ser elaborados em conjunto, de forma a estarem perfeitamente harmonizados entre si.

3 APRESENTAÇÃO E ENTREGA

3.1 A apresentação gráfica dos projetos deverá ser desenvolvida em softwares, aplicativos das áreas de engenharia e arquitetura, entregues uma cópia digital em extensão DWG, editável, e

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gravados em DVD. Deverão conter nos arquivos o projeto no modo model space e também o layout de cada prancha para impressão.

3.2 Todo o material produzido deverá ser numerado, titulado, datado, com identificação do autor do projeto e de acordo com o modelo do selo e demais diretrizes constante no Roteiro para codificação de projetos, fornecido pelo DPF na primeira reunião.

3.3 Todos os projetos produzidos deverão ser apresentados também impressos, em formatos padrão ABNT. Deverão ser apresentados 02 jogos de cópias, devidamente assinadas, na entrega final do trabalho, além de 01 cópia nas entregas ou reuniões intermediárias prevista no edital de contratação.

3.4 Todos os memoriais, relação e quantitativos de materiais e memórias de cálculo deverão ser apresentados em 02 cópias impressas, em papel A-4 (relação e quantitativos - também junto à prancha de projeto, quando o volume assim o permitir) com suas folhas numeradas, tituladas, rubricadas, datadas e assinadas pelo responsável técnico. Deverão ser também entregues em mídia digital tipo DVD, compatível com o editor de texto e planilha eletrônica do Office do Windows, editáveis.

3.5 Todos os documentos também deverão ser entregues em extensão PDF, não editável. Os arquivos em PDF de todos os documentos deverão conter assinatura digital do responsável técnico, condizentes com as cópias impressas.

4 DIRETRIZES PARA PROJETOS

Considera-se restauro o “conjunto de operações destinadas a restabelecer a unidade da edificação, relativa à concepção original ou de intervenções significativas na sua história. O restauro deve ser baseado em análises e levantamentos inquestionáveis e a execução permitir a distinção entre o original e a intervenção. A restauração constitui o tipo de conservação que requer o maior número de ações especializadas.” 1

4.1 Premissas

Os projetos deverão ser elaborados respeitando os valores estéticos e históricos do Bem, com o mínimo de interferência na autenticidade do mesmo, seja autenticidade estética, histórica, dos materiais, dos processos construtivos, do espaço envolvente ou outras. Desta maneira, é necessário que as intervenções a serem realizadas contemplem critérios de mínima intervenção, reversibilidade, distinguibilidade, compatibilidade, entre outros, considerando:

 Garantir a autenticidade dos materiais constituintes do bem implica na manutenção da maior quantidade possível de materiais originais, de modo a evitar falsificações de caráter artístico e histórico.

 Na impossibilidade de manutenção dos materiais originais, deverão ser utilizados outros compatíveis com os existentes em suas características físicas, químicas e mecânicas e aspectos de cor e textura sem, no entanto, serem confundidos entre si, mantendo também as características de suas contemporaneidades.

 Assim também, com a utilização de materiais reversíveis, que possam ser substituídos no futuro e no final de sua vida útil, sem danos ao Bem;

1IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / Programa Monumenta. Manual de Elaboração

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 A autenticidade histórica permeia todos os aspectos associados ao Bem, não sendo permitida qualquer intervenção que possa alterar ou falsificar os valores históricos contidos nos materiais, técnicas construtivas, aspectos estéticos e espaciais;

 A autenticidade estética corresponde ao respeito às ideias originais que orientaram a concepção inicial do Bem e das alterações introduzidas em todas as épocas, que agregando valores, resultam numa outra ambiência, também reconhecida pelos seus valores estéticos e históricos;

 Tão importante quanto à manutenção dos materiais e dos aspectos estéticos do Bem é a garantia da preservação da autenticidade dos processos construtivos e suas peculiaridades, evitando o uso de técnicas que seja incompatível e descaracterize o sistema existente;  A preservação da autenticidade do espaço envolvente não implica no entendimento do Bem

isoladamente e sim no contexto no qual está inserido, considerando os aspectos natural, histórico, quer urbano ou rural;

 As propostas relativas ao resgate de determinados aspectos estéticos do Bem devem estar baseadas e fundamentadas em análises e argumentos inquestionáveis sobre a autenticidade do espaço envolvente;

 É fundamental o conhecimento dos documentos internacionais e dos princípios enunciados nas cartas patrimoniais para a elaboração de projetos de preservação.

 Para a preservação de um Bem os usos deverão ser compatíveis com a vocação do mesmo. O Projeto de Conservação e Restauro deverá ser elaborado em conformidade com diretrizes de intervenção para preservação do patrimônio cultural obedecendo rigorosamente as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT pertinentes ao tema. Consideramos ainda importante, para a complementação e o melhor direcionamento deste trabalho, a consulta aos Cadernos Técnicos e manuais do Programa Monumenta/Unesco/IPHAN/MinC, as Recomendações para Análise, Conservação e Restauração Estrutural do Patrimônio Arquitetônico (ICOMOS), Lei do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo dos respectivos municípios, Plano Diretor dos Campi e demais legislação arquitetônica e urbanística que incidem sobre o local.

4.2 Recomendações para Especificações Técnicas:

A escolha da alternativa de intervenção e a seleção das técnicas e materiais que serão utilizados determinarão o grau de qualidade do projeto e da obra. Apresentam-se, a seguir, algumas recomendações:

 Os serviços, materiais e técnicas especificados devem garantir adequação e compatibilidade entre si com a edificação objeto da intervenção, porém mantendo as características de suas contemporaneidades. Deve ser evitada a especificação de materiais com resistência mecânica e módulo de elasticidade muito diferentes dos tradicionais existentes na edificação.

 Deverão ser considerados o desempenho dos materiais, serviços e equipamentos frente às solicitações de uso ao longo do tempo, relativo às cargas, pressão, temperatura, umidade, poluição, etc. Deve ser evitada a especificação de materiais com vida útil reduzida.

 A especificação e a execução deverão seguir as disposições das normas técnicas (ABNT) relativas a materiais e serviços, incluindo-se as normas de higiene e segurança do trabalho. Devem se evitadas soluções inéditas sem estudos comparativos detalhados e na medida do possível serem estas reversíveis.

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5 FASES DE ENTREGA

O projeto poderá ser entregue em duas fases ou etapas ou em etapa única, conforme especificações constantes no EDITAL DE CONTRATAÇÃO.

As fases diferem-se pelo nível de desenvolvimento da solução, sendo a primeira fase consolidada o Projeto Básico, e a segunda fase o Projeto executivo.

Segundo a NBR 13531/95 – Elaboração de projetos de edificações, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, projeto básico (definido como uma etapa opcional), projeto legal e projeto executivo, são:

“Projeto básico – etapa opcional destinada à concepção e à representação das informações técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, ainda não completas ou definitivas, mas consideradas compatíveis com os projetos básicos das atividades técnicas necessárias e suficientes à licitação (contratação) dos serviços de obra correspondentes.” “Projeto executivo – etapa destinada à concepção e à representação final das informações

técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, completas, definitivas, necessárias e suficientes à licitação (contratação) e à execução dos serviços de obras correspondentes.”

5.1 Definição de projeto básico (Lei n.°8.666/93): conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço (complexo de obras ou serviços objeto da licitação), elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares (assegurando: viabilidade técnica, adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, possibilidade de avaliação do custo da obra, definição dos métodos e do prazo de execução), devendo conter os seguintes elementos:

 Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

 Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

 Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

 Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

 Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

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 Subsídios para orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.

Considerar que os projetos poderão ser aprovados também por outros órgãos competentes: Institutos de patrimônio, prefeituras, concessionárias de energia, telefonia, corpo de bombeiros etc.;

5.2 O Manual de Obras Públicas – Edificações, editado em 1997, pela Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio – Ministério do Planejamento, define de forma mais ampla o projeto executivo, considerando: i) é o conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento (apresentando de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato); ii) deve apresentar todos os elementos necessários à realização do empreendimento, detalhando todas as interfaces dos sistemas e seus componentes; iii) além dos desenhos que representam todos os detalhes construtivos elaborados com base no projeto básico aprovado, será constituído por um relatório técnico, contendo a revisão e complementação do memorial descritivo e do memorial de cálculo; iv) deve conter a revisão do orçamento detalhado da execução dos serviços e obras, elaborado na etapa anterior, fundamentada no detalhamento e nos eventuais ajustes realizados no projeto básico.

5.3 Conteúdo esperado para o projeto básico

O Projeto Básico será submetido à análise dos técnicos do DPF com o intuito de verificar a solução proposta que, após aprovada pela FISCALIZAÇÃO, será liberada para aprovação juntos ao Instituto de Patrimônio responsável pelo tombamento do Bem. Esta análise tem como objetivo, estabelecer um controle de ordem econômica, orientando o projetista para a adoção de soluções que impliquem em obras de custos os menores possíveis.

A estrutura final de um projeto de conservação/restauração para fins de aprovação junto aos órgãos de preservação deverá conter:

5.3.1 Levantamentos arquitetônicos e fotográficos:

5.3.1.1 Levantamento cadastral

Devem ser apresentados os seguintes produtos:  Planta de situação;

 Implantação;  Plantas;  Fachadas;  Cortes;

 Planta de cobertura contendo diagrama e engradamento;  Planta de piso;

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 Instalações prediais: O levantamento deve reunir informações documentais (projetos e levantamentos anteriores) e realizar cadastro ou croqui/planta esquemática sobre os sistemas.

5.3.1.2 Levantamento topográfico

Representação gráfica do terreno com determinação altimétrica do relevo e da drenagem natural. Deverá conter os limites e confrontações de uma propriedade, determinação do seu perímetro, incluindo, quando houver, o alinhamento da via ou logradouro como qual faça frente (equipamentos urbanos existentes, postes, árvores, fiação, bocas de lobo, etc.); bem como a sua orientação, ângulos, distâncias/cotas, referências de níveis, curvas de nível, demarcação de córregos ou cursos d’água e perfis longitudinal e transversal do terreno.

5.3.1.3 Documentação fotográfica/ cartográfica

Apresentar planta esquemática dos pavimentos e entorno do Bem, com indicação do ponto de referência da fotografia e identificação do número da foto (sequencial), o nome do monumento, a data e endereço do monumento. Deverão ser apresentadas fotos internas e externas legendadas.

5.3.2 Diagnóstico do estado de conservação contendo o mapeamento das patologias. Este item compreende:

5.3.2.1 Análise do Estado de Conservação;

5.3.2.2 Prospecções

As prospecções têm como objetivo subsidiar a elaboração do projeto de intervenção, complementando a pesquisa histórica e os levantamentos cadastrais. As prospecções arquitetônicas, estruturais, do sistema construtivo e estudos geotécnicos pretendem estudar os aspectos físicos, mecânicos, biológicos e químicos que envolvem a estrutura arquitetônica além de identificar os períodos construtivos.

5.3.2.2.1 Análise construtiva e estética

Análise do estado de conservação da materialidade do bem abordando sistemas construtivos e técnicas empregadas e suas características estéticas.

 Estrutura: análise do comportamento estrutural do edifício, capacidade dos componentes da estrutura, identificação dos problemas e suas possíveis causas. As patologias construtivas deverão ser identificadas e indicadas na planta, cortes e fachadas.

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 Componentes da edificação: Análise do estado geral da edificação focando em alvenaria, revestimentos, pisos, forros, cobertura, esquadrias, ferragens, pintura, entre outros com indicação do grau de deterioração das peças e possíveis agentes de degradação.

 Devem ser observados aspectos relacionados à ambientação (relação da edificação com seu entorno), características arquitetônicas da edificação (composição e volumetria), agenciamento interno (tratamento interior), autenticidade do conjunto e seus elementos (análise comparativa com edificações com características tipológicas correspondentes), avaliação do grau de interferência (relação dos elementos alterados), características artísticas do Bem.

5.3.3 Mapeamento dos danos

Verificação e identificação das patologias existentes na edificação bem como o devido mapeamento em planta, de imagens fotográficas e de texto explicativo. Na análise deverão ser identificados os possíveis agentes de degradação relacionando as condições do entorno desempenho e durabilidade dos materiais.

5.3.4 Proposta de intervenção incluindo os projetos de conservação/ restauração, lay-out, projetos complementares, paisagismo, bens integrados e móveis quando existirem;

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Peças Gráficas: Os projetos devem seguir a NBR6492 – representação de projetos de arquitetura. Utilizar software com leitura em extensão DWG, específico para projetos de arquitetura e engenharia para impressão em papel sulfite nos formatos A1 e A0, de acordo com a escala adotada, 1:50 preferencialmente ou, excepcionalmente 1:100.

Obs. Todas as intervenções deverão ser demarcadas com clareza nas plantas baixas, por meio de hachura ou cor identificada por legenda. Para os elementos divisórios que alteram

Elementos de execução e fornecimento obrigatórios:

Planta de Situação: Planta esquemática da situação da edificação e seu terreno em relação à cidade (vias de acesso, córrego, rio, orientação, etc.) e em relação à quadra, com identificação dos demais edifícios de interesse histórico ou artístico da área. Deverá ser apresentada na escala gráfica de 1:500 ou 1:1000.

Planta de Locação: implantação da edificação no terreno e entorno imediato. Deverá ser apresentada na escala gráfica de 1:100 ou 1:200, conforme as dimensões do monumento e conter:

 Endereço da edificação, largura, denominação de ruas, córregos, rio, etc.;

 Área do terreno, área construída existente, área acrescida (se for o caso) e projeção da edificação;

 Locação da edificação em relação ao terreno e respectivas cotas;  Orientação magnética do imóvel;

 Locação de arrimos, muros, cercas, grades e portões existentes, com dimensionamento e especificações;

 Cotas de nível nos diversos pisos e passeios em relação ao RN – nível de referencia de preferencia fornecido pela prefeitura;

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Obs. Representar com clareza o acréscimo ou redução de área se houver.

Plantas Baixas: plantas dos diversos níveis em escala 1:50 ou, excepcionalmente, em 1:100, e deverão conter:

 Indicação de paredes e outros elementos divisórios existentes com legenda: “a permanecer”, “a demolir” e “a construir”.

 Numeração e denominação dos cômodos;

 Cotas de nível nos diversos cômodos relacionadas ao RN – nível de referencia de preferencia fornecido pela prefeitura;

 Dimensões externas: medidas em série e totais;

 Identificação dos materiais e sistemas construtivos, adotando-se convenções para as alvenarias (tijolos, pedras, adobe, etc.) e demais elementos;

 Locação e dimensão dos elementos estruturais;

 Codificação e especificação: portas, janelas, seteiras, gradis, etc. com legenda ou sob a forma de quadro, na própria prancha;

 Representação de escadas internas e de acesso ao monumento, com numeração dos degraus e dimensionamento;

 Representação de soleiras, passeios de proteção, etc., devidamente cotados e especificados;

 Área de cada cômodo e do pavimento;

 Indicação em convenção dos tipos de piso e forro dos cômodos (em caso de complexidade destes elementos, representar em plantas específicas);

 Projeção de elementos vazados, caixa d’água, beirais, claraboia, coro e outros elementos situados acima da seção convencional das plantas;

Obs. O quadro de esquadrias deverá conter: codificação com identificação do existente e a acrescentar, dimensões, quantidade, tipo de enquadramento (pedra, madeira, massa), vedação (vidro, madeira, ferro, etc.), pintura (tipo e cor), vedações e ferragens e observações gerais.

Plantas de Cobertura: Deverão ser apresentadas nas escalas de 1:50 ou, excepcionalmente, em 1:100, compreendendo:

 Diagrama: descrição da cobertura, relacionando-a com o perímetro da edificação, contendo todas as informações coletadas no levantamento cadastral e acrescidas dos elementos da intervenção, inclusive de reconstrução do telhado, se for o caso:

- limite do prédio em tracejado; - limite da cobertura em linha cheia; - dimensões dos beirais;

- sentido das declividades;

- ângulos de inclinação das diversas águas;

- representação de calhas, condutores, rufos, rincões, platibandas etc.; - indicação dos tipos de telhas;

 Engradamento: representação de todo o sistema estrutural da cobertura, por meio de desenho de tesouras, terças, caibros, ripas, forros, cambotas, guarda-pós, cachorros, beirais, caixas d’ água e indicação clara da intervenção, com atenção aos itens a seguir: - dimensionamento e indicação dos materiais das peças;

- detalhes da amarração das tesouras com representação de ferragens e sambladuras, - detalhes de elementos isolados, beirais, ornatos, etc.;

- quando necessário: planta de forro, sua estrutura (cambotas, barrotes, etc) e seus detalhes.

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- detalhes de recomposição de peças danificadas com ou sem aproveitamento; - recomposição total do telhado;

- indicação do acabamento da estrutura do telhado, verniz, pintura ou outra proteção;  Cortes: Serão em número necessário para um perfeito entendimento da edificação, cortando a

edificação nos pontos de maior interesse de elucidação e nas intervenções, na escala gráfica de 1:50, ou, excepcionalmente, de 1:100, e deverão conter todos os elementos do levantamento cadastral acrescido dos elementos da intervenção, compreendendo:

 Indicação e representação da estrutura, alvenarias, forros, pisos, revestimentos, esquadrias, telhados, lanternins, “sheds”, cúpulas, clarabóias, calhas, caixas d’água, equipamentos fixos e outros;

 Identificação de elementos ornamentais integrados;  Caimento de ruas e/ou terreno;

 Cotas de pés direitos;

 Cotas de piso a piso, espelhos e rebaixos;  Cotas de nível de pisos, escadas e patamares;  Altura de vãos e peitoris;

 Dimensões dos beirais e demais elementos em balanço;  Altura de cimalhas, rodapés, barras e outros elementos;  Identificação e dimensionamento de elementos estruturais;

 Dimensionamento de peças do telhado, altura de pontaletes, apoios e representação exata da armação da estrutura e demais peças;

 Indicação e identificação coerente dos cortes e representação dos alçados visíveis.  Fachadas: Deverão ser apresentadas todas as fachadas da edificação na escala gráfica de

1:50 ou, excepcionalmente, em 1:100, contendo:

 Representação de todos os elementos: acessos, estrutura, alvenarias, revestimentos, esquadrias e, conforme o caso, muros, grades, telhados e outros componentes arquitetônicos;

 Identificar os elementos de intervenção;  Caimento de ruas e/ou terreno;

 Identificação de acordo com os pontos cardiais.  Planilha orçamentária ou estimativa de custos;

Recomendações gerais para a manutenção do imóvel e seus bens integrados e móveis, visando à sustentabilidade da restauração.

Para melhor avaliação da solução proposta, deverá ser apresentado, um memorial descritivo e justificativo preliminar, que deverá conter:

• Descrição da concepção com justificativa de todas as soluções propostas; • Critérios e parâmetros de projeto;

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5.4 Conteúdo esperado para o projeto executivo

O projeto executivo deve ser desenvolvido considerando-se as observações mencionadas pelo DPFP na avaliação do Projeto Básico e conter todas as informações necessárias para o perfeito entendimento do Projeto e execução da obra.

Consiste no desenvolvimento e detalhamento das informações prestadas na etapa de Projeto Básico, revisadas, complementadas, acrescidas de todos os detalhes construtivos e indicações necessárias à perfeita compreensão dos serviços, técnicas e materiais empregados, com vistas à execução, definição de orçamento e fixação de prazo.

Recomenda-se que esta etapa final do Projeto seja desenvolvida após aprovação do Projeto Básico junto ao Instituto de Patrimônio em questão, outras instituições de preservação, quando for o caso, órgãos públicos, em especial a Prefeitura Municipal, concessionárias de serviços públicos, Corpo de Bombeiros e outros.

Memorial Descritivo detalhado: Contendo exposição geral do projeto, das partes que o compõem e dos princípios em que se baseou, apresentando, ainda, justificativa que evidencie o atendimento às exigências estabelecidas pelas respectivas normas técnicas e por estas instruções; explicará a solução apresentada evidenciando a sua compatibilidade com o projeto arquitetônico e com os demais projetos especializados e sua exequibilidade, além de todos os demais itens exigidos no memorial descritivo preliminar, apresentado na fase de projeto básico.

 As especificações técnicas de materiais e equipamentos deverão ser completas e detalhadas, compatíveis com os demais documentos do projeto, elaboradas de acordo com as

prescrições das normas da ABNT, devendo garantir a perfeita execução das obras, no padrão de qualidade adequado.

 Todos os materiais e serviços deverão ser devidamente especificados no memorial descritivo, estipulando-se as condições mínimas aceitáveis de qualidade, indicando-se tipos, modelos, sem definição de marcas (conforme determina Decreto de Licitações e Contratos 8.666/93), e demais características técnicas, sendo escolhidos, de preferência, dentre os que não forem de fabricação exclusiva.

 A relação de materiais e equipamentos (devidamente especificados) deverá ser apresentada anexa ao memorial descritivo e junto à prancha do projeto em questão.

Peças Gráficas: Seguir as orientações sobre Peças Gráficas do Projeto Básico. Adotar a matriz do projeto básico aprovada e inserir nas plantas baixas de escala 1:50 e 1:100 informações complementares relativas ao detalhamento das intervenções, com indicação codificada e chamadas com nº da folha. Identificar no carimbo a fase executiva do projeto. Adotar escalas 1:20, 1:25, 1:10, 1:5, 1:2 e 1:1 para os detalhes, considerando a melhor para o entendimento construtivo e composição espacial da prancha do desenho.

Elementos de execução e fornecimento obrigatórios:

 Plantas dos diversos níveis em escala 1:50 ou, excepcionalmente, em 1:100, conforme o projeto básico aprovado com as complementações de indicação de detalhes executivos e respectivas pranchas.

 Mapa geral de piso na escala 1:50, indicação do inicio do assentamento de acordo com o estudo de cortes de peças, juntas e locação de soleiras, se houver. Levantamento do quantitativo, quadro de áreas e respectivas especificações;

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 Mapa de forros e tetos com indicação de acabamentos especiais, locação de luminárias, na escala 1:100 ou 1:50. Indicação de detalhes a recompor na escala 1:25 no mínimo;

 Sanitários, banheiros, , copa, cozinha, bar, balcões e outras áreas com instalações demandam ampliação na escala 1:25 ou 1:20, para locação de todos as peças, mapa de piso e parede em consonância com o mapa geral. Locação de todos os acessórios tais como espelhos, cabides, saboneteiras etc. cotados em planta. As elevações e cortes deverão mostrar todas as paredes do ambiente;

 Mapa de bancadas lisas e/ou com cubas e pias, divisórias de boxes e peças de apoio, respaldos, prateleiras etc. escala 1:25 ou 1:10 e detalhes nas escalas 1:2 ou 1:1;

 Ampliação de escada na escala 1:25 ou 1:20 com elementos da estrutura, pisos e espelhos, corrimãos e guarda corpo. Cotar e especificar os acabamento e mostrar detalhes executivos de restauração ou de construção nas escalas 1:5, 1:2 ou outra que melhor esclareça o objeto;  Mapa de todas as esquadrias, na escala 1:25, 1:20 ou 1:10, com a identificação e revisão final

do quadro de especificação e quantitativo;

 Detalhes de recomposição de peças danificadas a restaurar, indicar os procedimentos no desenho com todas as informações necessárias como cotas e materiais empregados;

Considerar que os projetos poderão ser aprovados também por outros órgãos competentes: Institutos de patrimônio, prefeituras, concessionárias de energia, telefonia, corpo de bombeiros etc.

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Referências

IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Artístico de Minas Gerais. Norma de apresentação de projetos de restauração do patrimônio edificado. Diretoria de Conservação e Restauro. Gerência de Projetos e Obras. Belo Horizonte. 2014, 40p.

IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / Programa Monumenta. Manual de Elaboração de Projetos de Preservação do Patrimônio Cultural. Cadernos Técnicos - Vol. 1. Brasília. 2005, 76p.

IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. / Programa Monumenta. Cadernos de Encargos. Descreve os processos construtivos e procedimentos utilizados em obras de restauro em várias regiões do país. Cadernos Técnicos - Vol. 2. Brasília. 2005, 420p.

ICOMOS. International Council on Monuments and Sites./ Comité científico internacional para a análise e restauro de estruturas do património arquitetônico. Recomendações para a análise, conservação e restauro estrutural do património arquitetônico. 2003, 42p.

IPHAN - Instituto Estadual do Patrimônio Artístico de Minas Gerais. Orientação para a contratação de projeto básico para contratação de projetos.

Referências

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