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As áreas sujas serão formadas pelas seguintes áreas: Área de recepção dos artigos sujos; Área de expurgo

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PROTOCOLO 5: CENTRAL DE PROCESSAMENTO E ESTERILIZAÇÃO DOS

ARTIGOS ODONTOLÓGICOS DE USO CLÍNICO.

Aprovado pela Congregação da FOA-UNESP em 17/02/2009

PROCESSO FOA-1339/2008

A Central de Processamento e Esterilização (CPE) da Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba será destinada à limpeza, ao acondicionamento, à esterilização, à guarda e a distribuição dos artigos odontológicos destinados ao uso clínico, podendo ser provenientes de qualquer um dos departamentos ou unidades auxiliares que fazem parte desta unidade Odontológica.

A área física da CPE deverá permitir o estabelecimento do um fluxo contínuo e unidirecional do artigo, evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, além de impedir que o trabalhador escalado para a área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa (SOBECC, 2000). A CPE será formada pelas seguintes áreas: A) Área de Recepção dos artigos sujos B) Expurgo C) Área de preparo e acondicionamento D) Área de Recepção dos artigos acondicionados E) Área de esterilização F) Área de armazenamento dos artigos processados G) Área de distribuição.

Classificam-se tais áreas em sujas e limpas.

As áreas sujas serão formadas pelas seguintes áreas: • Área de recepção dos artigos sujos;

• Área de expurgo

As áreas limpas, por sua vez, serão formadas pelas áreas: • Área de Preparo e acondicionamento

• Área de Recepção dos artigos acondicionados • Área de Esterilização

• Área de Armazenamento dos artigos processados • Área de distribuição.

Tais áreas deverão ser bem definidas e separadas entre si, uma vez que os artigos odontológicos esterilizados ou armazenados na área limpa não poderão ser mantidos com outros contaminados ou da área suja.

O acesso de pessoas à CPE será restrito aos profissionais lotados na referida central. Para trânsito das pessoas nessas áreas será obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e roupa privativa, sendo estes constituídos por gorro, máscara, óculos de proteção, avental manga longa, luvas de cano longo tipo nitrílicas, sapatos fechados, conforme a portaria n° 485 do Ministério do Trabalho e Emprego de 11 de novembro de 2005, Norma Regulamentadora n°32.

As áreas de Esterilização, de Armazenamento dos artigos processados e a área de distribuição formam o Núcleo de Esterilização (NE).

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Compete ao NE receber, esterilizar, controlar, organizar, armazenar e entregar os materiais e instrumental odontológicos de uso clínico, depositados pelo aluno nesse setor, objetivando a esterilização destes.

O NE disponibilizará, no mínimo, três funcionários em cada período para supervisionar as áreas distintas, tendo cada uma delas um dos funcionários responsável pelo respectivo supervisionamento. Contudo, as áreas deverão estar interligadas entre si e o funcionamento de uma área dependerá do funcionamento das outras duas.

Deverão constar, nas respectivas áreas ou em locais passíveis de serem consultados por alunos, docentes ou outros funcionários, os horários de recebimento e da entrega dos materiais ou instrumental odontológicos de uso clínico. A informação de tais horários direcionará condutas dos usuários desse setor no que diz respeito ao tempo de antecedência necessária para a entrega dos referidos materiais e instrumental. Com o tempo, a organização dos horários do setor gerará organização dos próprios usuários deste.

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AS ÁREAS DE RECEPÇÃO DOS ARTIGOS SUJOS E ÁREA DE EXPURGO

A) Área de recepção dos artigos sujos: Na Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba,

a área de recepção de artigos sujos, considerando que tais artigos não tenham passado por qualquer tipo de descontaminação, limpeza e acondicionamento, é inexistente na CPE, uma vez que os próprios alunos farão os referidos passos para depois entregarem seus artigos devidamente acondicionados ao NE.

Portanto, após uso dos materiais ou instrumental em clínica, os alunos os levarão à área de EXPURGO para lavagem, enxágüe, secagem e acondicionamento. Posteriormente, entregarão ao NE, onde funcionários do setor os receberão para que sejam esterilizados.

B) Área de expurgo: Área na qual os artigos odontológicos sujos e contaminados serão lavados, a

limpeza verificada e secados. Essa área suja deverá ser destinada única e exclusivamente para limpeza dos referidos artigos.

Deverão fazer parte da planta física e do mobiliário: pias com cubas profundas de aço inoxidável; torneiras de água quente e fria acionadas por sensores ou pedais, com bicos adequados para lavagem de artigos tubulares, balcões para guardar produtos químicos e para dispor os artigos odontológicos após a limpeza; balcão ou mesa de superfície não porosa e de fácil limpeza. A área de expurgo deverá conter ainda suporte para hampers, recipiente para lixo, pias para lavagem das mãos com dispositivos para sabão líquido, toalhas descartáveis e recipientes com paredes duras destinados ao descarte de materiais pérfuro-cortantes.

Além do gorro, máscara, óculos de proteção, avental de manga longa e sapatos fechados, deverão ser utilizados luvas de cano longo tipo nitrílicas.

Após o uso em clínica, os artigos contaminados deverão ser submergidos no interior de recipiente plástico com tampa contendo solução (detergente) enzimática registrada pelo Ministério da Saúde, devendo esta ser preparada de acordo com as recomendações do fabricante.

Os artigos deverão ser transportados pelos próprios alunos à área de expurgo, podendo estes manipularem a superfície externa do recipiente sem luvas, uma vez que o depósito dos referidos materiais e/ou instrumental no interior do recipiente deverá ser realizado com cuidado, de forma que não haja o toque de luvas contaminadas externamente ao recipiente, conforme recomendações do Protocolo de Conduta Clínica.

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A limpeza dos artigos odontológicos que será adotada pela faculdade é a manual e para a realização desta o aluno deverá calçar as luvas canos longos tipo nitrílicas, retirar os materiais e instrumental totalmente imersos na solução enzimática, friccionar os artigos com escovas de plásticos sob a água para evitar aerossóis de microrganismo, enxaguar as peças abundantemente com água até remover a sujidade e o detergente.

Para enxugar os artigos estarão disponibilizados na área de expurgo campos limpos ou compressas não esterilizados, os quais deverão ser descartados após uso em hampers localizados no mesmo ambiente.

Após término, o aluno deverá deixar pia limpa e respectiva bancada limpa e desinfetada com álcool 70% para serem utilizadas por outros alunos. Suas luvas deverão ser retiradas e higienizadas com água corrente e detergente neutro externamente e internamente para posterior secagem e guarda em recipiente plástico limpo e seco.

RECOMENDÇÃOES GERAIS PARA A ÁREA DE PREPARO E ACONDICIONAMENTO DOS ARTIGOS ODONTOLÓGICOS

C) Área de preparo e acondicionamento dos artigos odontológicos.

Nessa área os artigos odontológicos limpos são inspecionados, selecionados, empacotados e identificados para posterior esterilização.

Essa área terá como objetivo oferecer aos profissionais que utilizarão o artigo esterilizado, a segurança e o conforto de ter em mãos o artigo completo, na seqüência necessária e em perfeitas condições de uso.

O acondicionamento dos artigos odontológicos para uso clínico individual deverá ser realizado em local próximo à área de expurgo, sobre bancada limpa e desinfetada com álcool a 70%. A área poderá ser subdividida em duas sub-áreas, sendo uma destinada ao acondicionamento executado pelos próprios alunos e a outra destinada ao acondicionamento executado por funcionários responsáveis pelo preparo de artigos odontológicos (materiais ou instrumental) de uso coletivo.

A seleção de embalagens (invólucros ou acondicionadores) permitidos e fitas adesivas deverão ser providenciados pelo próprio aluno, responsável pelo acondicionamento individual, ou pelo(s) funcionário(s) responsável(is) pelo acondicionamento coletivo, conforme aquisição departamental ou institucional. A doação de tais fitas adesivas poderá ser realizada pela instituição conforme a disponibilidade do material.

É necessário selecionar a embalagem seguindo alguns critérios que, segundo eles, um sistema de embalagens deve:

• Ter registro no Ministério da Saúde e ser usado conforme as instruções escritas do fabricante;

• Ser apropriado para o artigo e para o método de esterilização, além de suportar as condições físicas do processo;

• Prover integridade adequada de selagem e ser à prova de violação; • Funcionar como barreira microbiana;

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• Permitir a secagem do conteúdo; • Fornecer barreira adequada a líquidos; • Possibilitar apropriada remoção do ar;

• Permitir a penetração e a remoção do agenteesterilizante; • Proteger o conteúdo do pacote de danos físicos;

• Resistir a rasgos e perfurações; • Ser livre de furos e microfuros;

• Manter a esterilidade do artigo até o momento de sua utilização;

• Não conter ingredientes tóxicos, alvejante, aditivo branco óptico, corante ou amido;

• De preferência ter o registro do indicador químico específico para cada tipo de esterilização;

• Evitar a liberação de fibras ou partículas;

• Não oferecer dificuldades à abertura do pacote, permitindo observar os princípios da técnica asséptica e da baixa memória;

• Não delaminar na abertura.

• Possibilitar identificação pelo usuário • Ter relação custo-benefício positiva; • Ser de fácil obtenção no mercado;

• Possuir data de validade; apresentar nível aceitável de limpeza;

Os tipos de acondicionadores recomendados pela CPE estão abaixo descritos na tabela:

Tabela de acondicionadores conforme o meio de esterilização proposto.

Tipo de Invólucro Calor úmido Calor seco Oxido de etileno

- Tecido de algodão sim não não

- Papel grau cirúrgico sim não sim

- Filmes transparentes sim não sim

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- Caixas metálicas sim* sim sim*

- Vidro refratário sim** sim** não

- Tyvek

- Nao-tecido (SMS) nãosim não não simsim * Necessitam ser perfuradas. **Para líquidos

O Objetivo da embalagem será o de manter a esterilidade do artigo odontológico no que se refere ao uso pretendido, à vida útil e as condições de transporte e armazenagem até o momento de sua utilização.

A Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba disponibilizará seladora para selagem e papel grau cirúrgico onde deverá estar localizada sobre a bancada da área de preparo e acondicionamento de artigos odontológicos.

O preparo e acondicionamento dos artigos odontológicos para uso clínico individual deverá ser executado pelo próprio aluno.

Com relação ao preparo e acondicionamento realizado pelos alunos da Faculdade de Odontologia, objetivando a esterilização dos materiais e instrumental odontológicos para uso clínico individual, segue-se recomendações do Ministério da Saúde sobre: Orientações gerais para Central de Esterilização Brasília; 2001.

Na CPE desta Faculdade, considerar-se-á as seguintes recomendações:

1) Quanto ao acondicionamento, todos os artigos odontológicos de uso clínico,

considerados críticos ou semi-críticos e que serão submetidos ao processo de esterilização, deverão ser reunidos em invólucros únicos ou com segmentação mínima, aproximadamente em número de dois invólucros ou conforme recomendações da respectiva disciplina ou do Núcleo de esterilização (NE). O acondicionamento deverá ser realizado em embalagens apropriadas conforme o meio de esterilização empregado e deverá impossibilitar abertura ou perfuração por materiais ou instrumental com pontas ou superfícies cortantes.

É importante que os pacotes estejam bem fechados, permitindo a entrada do agente esterilizador. Nas embalagens de grau-cirúrgico, deverá ser removido o ar interior antes da selagem, para que este não atue como obstáculo no processo de esterilização.

2) Com o objetivo de prevenir danos às canetas de alta-rotação, as mesmas

deverão ser lubrificadas previamente ao acondicionamento.

3) Para autoclavagem deverá ser utilizada caixa metálica perfurada e envolvida

por papel grau-cirúrgico. A caixa metálica a ser empregada deverá ter medidas determinadas pelas respectivas disciplinas em suas listas de materiais ou instrumental odontológicos, sendo estas fornecidas aos alunos no início do semestre ou ano letivos. Recomendar-se-á que todas as disciplinas verifiquem a dimensão da seladora fornecida pela faculdade.

O uso da caixa metálica sem perfuração somente será recomendada para uso em estufa, devendo a caixa estar devidamente fechada, não sendo necessário o envolvimento do papel grau-cirúrgico.

4) Quanto à identificação dos invólucros, todos os artigos odontológicos

deverão ser identificados pelo aluno com letra legível contendo dados como nome do aluno e/ou

número , período e disciplina e deverão ser entregues no NE conforme rotina previamente

estabelecida pelo setor. Somente os instrumentos rotatórios (caneta de alta ou baixa rotação) poderão ser embalados separadamente nos invólucros de papel grau-cirúrgico sem o prévio acondicionamento por caixas ou tecido, permitindo a visualização de seu conteúdo.

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5) O não cumprimento das normas instituídas ocasionará a recusa dos

materiais ou instrumental odontológicos de uso clínico pelo NE.

O acondicionamento dos artigos odontológicos para uso clínico coletivo deverá ser executado por funcionários destinados a essa área, conforme solicitação pela diretoria ou por ordem departamental. Com relação ao acondicionamento realizado por funcionários, técnicos ou auxiliares acadêmicos, responsáveis pelo acompanhamento das clínicas dos alunos, objetivando a esterilização dos materiais e instrumental odontológicos para uso clínico coletivo, padronizam-se as seguintes normas:

Os campos destinados ao atendimento referente ao pré-operatório, ao trans-operatório para procedimentos não invasivos ou sem contaminação por sangue ou ao pós-operatório poderão ser reunidos em invólucros de papel grau cirúrgico de, no máximo, 10 unidades. Contudo, para melhor organização dos procedimentos, recomenda-se a reunião por Kits, conforme procedimentos, sendo todos embalados por papel grau-cirúrgico.

O conteúdo que cada Kit poderá conter é descrito da seguinte forma:

Kit pré e pós-operatórios: deverá conter 1 campo para mesa 70 x 60cm e um campo

simples 70 x 60cm, podendo ser colocado em seu interior 1 espátula de madeira e 4 unidades de gaze.

Kit trans-operatório para procedimentos não invasivos: 1 campo para mesa 70 x

60cm, um campo simples para paciente 70 x 60cm, podendo ser colocado gazes em seu interior.

Kit trans-operatório para procedimentos não invasivos descartáveis: 1 campo para

mesa e um campo simples para paciente, ambos descartáveis, devendo estes serem recomendados pela disciplina e deverão ser fabricados para fins odontológicos.

Para complementação dos Kits utilizados no trans-operatório para procedimentos não invasivos, reutilizáveis ou descartáveis, deverá ser solicitado ao setor de distribuição um outro Kit descartável contendo 4 protetores plásticos grandes: 1) para micromotor de alta rotação, 2) para micromotor de baixa rotação, 3) para seringa tríplice e 4) para mangueira do sugador e um pequeno 5) para alça do refletor.

Kit trans-operatório para procedimentos invasivos: Os campos e protetores destinados

ao atendimento de procedimentos invasivos ou com contaminação por sangue, preparados pelos funcionários da faculdade, deverão ser embalados em conjunto por invólucro de tecido de algodão, devendo este ser utilizado para campo da bancada. Tal conjunto poderá ser esterilizado diretamente na autoclave. O Kit deverá conter:

1) 1 Campo duplo tamanho 70 x 60cm com duas tiras em uma só ponta do campo (Este campo servirá para invólucro do próprio conjunto)

2) 1 protetor para sugador (6cm/70cm) com tiras em uma das pontas

3) 1protetor para caneta de alta rotação (6cm/70cm) com tiras em uma das pontas 4) 1protetor para alça de refletor 6cm/12cm com tiras em uma das pontas

5) 1 campo simples para mesa auxiliar 40/40cm

6) 1 campo fenestrado para paciente tamanho 80X70cm. O invólucro de tecido de algodão deverá ser utilizado como campo de bancada.

2) Da mesma forma, os aventais ou jalecos destinados ao atendimento de procedimentos pré-operatórios, trans-operatórios não invasivos ou sem contaminação por sangue ou pós-operatórios, lavados e preparados pelos funcionários da faculdade, poderão ser acondicionados coletivamente, no máximo 10 unidades, no interior de invólucro de grau-cirúrgico,

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sendo estes separados por tamanhos P, M ou G. A separação desses aventais deverá ser realizada na própria área de acondicionamento ou de preparação e empacotamento. Após receberem os aventais da lavanderia, os funcionários desse setor deverão inspecioná-los para verificarem a necessidade de consertos, deverão dobrá-los e colocá-los nos respectivos tambores, conforme tamanho previamente observado.

2) Da mesma forma, os aventais ou jalecos destinados ao atendimento de procedimentos invasivos ou com contaminação por sangue, preparados pelos funcionários da faculdade, deverão ser acondicionados individualmente por invólucro de tecido de algodão, constituído por camada dupla ou por papel grau-cirúrgico, para a correta diferenciação, podendo ser sugerido o tamanho do avental na superfície externa do invólucro ou por meio de anotação em fita crepe.

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA A ÁREA DE RECEPÇÃO DOS ARTIGOS ACONDICIONADOS

D) Área de Recepção dos artigos acondicionados: Caberá ao responsável pela supervisão

dessa área registrar, documentar e organizar diariamente a recepção de materiais e instrumental odontológicos de uso clínicos corretamente acondicionados. Caberá ao funcionário deste setor recusar os materiais ou instrumental acondicionados incorretamente. No caso de recusas, compete ao próprio funcionário esclarecer e orientar o correto acondicionamento, fornecendo as devidas recomendações e prevenindo eventuais recusas que ainda poderiam ocorrer.

Em caso de ofensas a funcionários do setor, não cumprimento de normas pelos usuários ou pelos próprios funcionários, os infratores poderão ser representados junto à diretoria para providências cabíveis, podendo ser penalizados, conforme estatuto da Universidade.

Para o controle de recebimento dos materiais e instrumental odontológicos de uso clínico dos alunos, o aluno deverá preencher protocolo de entrega de materiais e instrumental para serem esterilizados contendo dados pessoais dos alunos como nome, RG, CPF, número de matrícula, especificação do tipo de material e instrumental deixado por ele para esterilização, por meio de código pré-determinado pelo setor, ou por meio de identificação própria, estabelecida conforme o número de matrícula, número de entrega do dia e registro de horário. Caso o setor ou essa atividade forem informatizados, o número poderá ser gerado pelo próprio sistema no formato de código de barras, bastando apenas o aluno digitar o número de matrícula e especificar o tipo de material.

O tipo de identificação deverá ser fornecido pelo setor de informática que deverá prever treinamento aos funcionários do setor e usuários da CPE.

Como a identificação do invólucro deverá ser intransferível e inviolável, será vetado a qualquer funcionário do setor de esterilização trocar os invólucros dos materiais ou instrumental dos alunos por outros. Caso seja realmente necessária a troca dos invólucros após ser constatado erro de acondicionamento pelo próprio aluno, este deverá executado pelo aluno, devendo o funcionário mostrar a ele o estado atual do seu invólucro. Por outro lado, caso o invólucro seja danificado pelo próprio núcleo de esterilização e após o processo de esterilização, a fim de que não seja causado prejuízo de tempo e trabalho ao aluno, os materiais e instrumental odontológicos, acondicionados em invólucro danificado, deverão receber outro invólucro sobre o invólucro danificado e ser processado novamente por outro ciclo de esterilização. Na entrega, o aluno deverá ser comunicado da ocorrência, podendo este observar o tipo de danificação de seu invólucro.

Uma cópia do protocolo deverá ser arquivada pelo setor de recepção e deverá conter assinatura do aluno. Outra cópia, contendo o número de identificação gerado pelo sistema,

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deverá ser entregue ao aluno. O número do lote de esterilização somente poderá ser confirmado após esterilização efetiva dos referidos materiais e instrumental. Além das devidas identificações, o protocolo também conterá a declaração do aluno com relação à entrega de seus materiais e instrumental ao setor de esterilização, como forma de controle do próprio aluno.

O preenchimento do protocolo deverá ser obrigatório a cada entrada de materiais ou instrumental de uso clínico e deverá corresponder a um único invólucro. Caso haja mais de um invólucro, cada um deles receberá uma única identificação e outros respectivos protocolos deverão ser gerados.

Após o recebimento de vários materiais e instrumental, caberá ao funcionário deste setor organizá-los em lotes para o encaminhamento à área da esterilização propriamente dita. Os materiais e instrumental serão reunidos e suas identificações organizadas em uma única ficha de controle de esterilização, devendo esta receber um número que corresponderá ao lote da esterilização.

O número do lote da esterilização dos materiais ou instrumental introduzidos em um dos equipamentos disponível na área de esterilização propriamente dita, em dia e hora previamente determinados, deverá ser atribuído pelo setor de recepção de instrumental, devendo tal número ficar acessível caso seja necessária consulta. Preferencialmente, este dado deverá ser constado no Protocolo de Entrega dos artigos esterilizados para o aluno, para que este o coloque no prontuário do paciente.

Recomenda-se que, acompanhados com o número de lote, sejam colocadas data e hora da esterilização. Os objetivos da normatização do número do lote são: 1) controlar a esterilização de todos materiais e instrumental adentrados em um único equipamento, uma vez que cada equipamento, após seu preenchimento, imediatamente antes de ser fechado e a cada ciclo processual, receberá um dos métodos de controle biológico normatizado para a validação da esterilização; 2) facilitar a consulta pelos usuários para o devido preenchimento em ficha do paciente; 3) possibilitar a validação da esterilização determinando o dia e a hora exatos nos quais o processo de esterilização foi executado.

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA A ÁREA DE ESTERILIZAÇÃO E) Área de Esterilização Propriamente Dita:

Será o local destinado à esterilização do artigo odontológico. Nesta faculdade, o processo físico selecionado será a autoclave.

Caberá ao responsável supervisor dessa área:

1) Realizar limpeza diária dos equipamentos de esterilização, de seus compartimentos internos e externos,

2) Carregar o equipamento com os artigos odontológicos de uso clínico recém organizados pela área de recebimento, conferindo os referidos materiais e instrumental introduzidos conforme o número de lote atribuído,

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4) Ligar o equipamento para o devido processamento conferindo o funcionamento deste durante todo ciclo

5) Abrir o equipamento após conclusão do ciclo

6) Imprimir, os dados obtidos pela própria autoclave em cada ciclo processado, para que estes sejam arquivados em registro próprio do NE.

7) Fazer as devidas anotações do processo de esterilização do lote introduzido, observando eventuais paralisações no processo de esterilização e horário de restabelecimento do ciclo de esterilização

8) Etiquetar o método de controle biológico conforme número de lote previamente atribuído,

9) Retirar materiais e instrumental do interior do equipamento conferindo a integridade dos invólucros de cada um deles.

10) Transportar os materiais e instrumental para a área de armazenamento, ajudando o funcionário responsável pelo armazenamento e entrega dos referidos materiais e instrumental na organização das respectivas prateleiras, conforme identificação dos invólucros, conferindo novamente a integridade dos invólucros.

11) Entregar ficha do lote com os respectivos materiais ou instrumental para o funcionário responsável pela área de armazenamento e entrega.

12) O funcionário responsável pela área de esterilização propriamente dita deverá enviar método para controle biológico para sua devida leitura por funcionário da área da enfermagem.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO PRECONIZADOS NO NÚCLEO DE ESTERILIZAÇÃO

O método de esterilização que será adotado pela instituição será por vapor saturado sob pressão ou autoclave. É um método eficiente, seguro e econômico, porém indicado para artigos termo resistentes e que podem entrar em contato com a umidade.

Parâmetros para o processo de esterilização com a autoclave:

Vapor: O calor e a umidade podem destruir as bactérias, inclusive os esporos, com a exposição do material por um determinado período de tempo.

Temperatura e Pressão: quanto mais elevada for a temperatura, igualmente será a pressão, por exemplo, temperaturas de 121 a 132ºC pressão de 1 a 1,8atm.

Tempo: Pode variar de 3 a 30 minutos, de acordo com a temperatura atingida e a pressão estabelecida. O tempo para esterilização também dependerá do tipo de equipamento utilizado. Recomenda-se a verificação do manual do equipamento para o estabelecimento do seu ciclo ideal.

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Contudo, estabelece-se a tabela abaixo apenas para consulta de alguns parâmetros:

Temperaturas e tempos de exposição correspondentes para esterilização por vapor saturado sob pressão: Autoclave

Tipo de equipamento temperatura tempo de exposição gravitacional De 132° a 135° De 121°a 123° De 10 a 25 minutos De 15 a 30 minutos Pré vácuo De 132° a 135° De 3 a 4 minutos Fonte: SOBECC, 2007

I - Autoclave – 115º-121ºC – calor úmido.

Temperatura Tempo Controle

1Kg=1atm=120ºC 45min

Indicadores químicos - papel com tinta termocromática.

Indicadores biológicos – Bacillus Stearothermophilus

2Kg=2atm=134ºC 30min Indicadores Multiparamétricos – tempo, temperatura e umidade.

3Kg=3atm=143ºC 15min Indicadores de processamento – fitas zebradas.

Embora o método eleito não seja o calor físico seco, estufa, nem métodos químicos, caso o NE disponha do equipamento ou soluções e diante da necessidade do uso de tais métodos, preconiza-se seguir recomendações do fabricante do equipamento.

Apenas para parâmetro com relação ao método por calor seco, indica-se temperatura e tempo de exposição abaixo descritos:

II - Estufa –calor seco – Oxidação de componentes essenciais para microrganismo.

Temperatura Tempo de exposição

121° C 12 horas

140° C 180 minutos

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160° C 120 minutos

170 ° C 60 minutos

Fonte: Perkins, 1982

O controle do processo deve ser realizado por meio de:

• Medição e registros das variáveis do processo, temperatura e tempo de exposição.

Execução de testes biológicos com Bacillus subtillis, realizados diariamente na primeira carga e após manutenção.

• Fitas termorresistentes.

III – Soluções químicas: Método indicado para material não termo-resistente. As soluções ainda

mais utilizadas para se obter esterilização são os aldeídos.

Produto/concentração Tempo/Temperatura ambiente

Glutaraldeído 2% Formoldeído aquoso 10% Formoldeído alcoólico 8% Ácido peracético 10 horas 18 horas 18 horas 1 hora

Para a esterilização por meio químico, conforme Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 37, de 3 de junho de 2008, proíbe-se o uso de pastilhas contendo paraformaldeído ou formaldeído nos processos de desinfecção e esterilização.

FORMAS DE CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO

A eficácia da esterilização deve ser controlada por meio de:

Manutenção preventiva e/ou corretiva: periodicamente o equipamento

deverá passar por avaliação técnica, limpeza de câmara interna, para o adequado funcionamento.

Registro de controles dos processos de esterilização: Dados como

tempo, temperatura e manômetro de pressão deverão ser anotados em planilha de cada ciclo para controle do processo de esterilização;

Indicadores químicos: substratos contidos em tiras de papel, que reagem

a uma determinada temperatura, mudando de cor. Esses indicadores são classifica dos em 6 classes:

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Classe I, indicador de processo: demonstra se o material foi exposto à esterilização e distingue o artigo processado do não processado. Tal indicador não garante o processo de esterilização. Ex: a fita zebrada;

Classe II, indicador para uso em testes específicos, são utilizados em

situações relevantes para o equipamento de esterilização, como é caso do teste de Bowie & Dick;

Classe III, indicador de apenas um parâmetro, monitora um dos

parâmetros críticos do processo de esterilização;

Classe IV, indicador de multiparâmetros, monitora dois ou mais

parâmetros da esterilização, dependendo de calibração prévia;

Classe V, indicador integrador, rastreia todos os parâmetros críticos

do processo de esterilização;

Classe VI, indicador de simulação, corresponde a todos os

parâmetros críticos de um ciclo específico, com tolerância máxima de 6%, tornando sua margem de segurança mais efetiva na esterilização.

Indicadores biológicos: Preparação padronizada contendo esporos

bacterianos, que validam a esterilização do material. O ideal seria que tais indicadores biológicos fossem levados ao equipamento a cada ciclo de esterilização, devendo toda a carga ser anotada em planilha, a qual receberá um número de lote e, após o teste ser executado, o resultado do teste deverá ser anexado à planilha garantindo a esterilização de todo o lote.

Caso esse tipo de controle não seja possibilitado a cada ciclo e esterilização, indica-se freqüência mínima de uma vez por semana para o uso desse indicador a fim de que seja verificada a manutenção da funcionalidade do equipamento, o que não garantirá a esterilização de todos os ciclos executados por este, especialmente quando algum de seus ciclos for interrompido ou executado de forma incorreta.

O controle por indicadores biológicos é o único meio de assegurar que o conjunto de todas as condições de esterilização esteja adequado, uma vez que os microrganismos são diretamente testados quanto ao seu crescimento ou não após a aplicação do processo. Tais indicadores consistem em preparações padronizadas de microrganismos, numa concentração do inóculo em torno de 106, comprovadamente resistentes e específicos para um particular processo de esterilização, demonstrando a efetividade do processo.

Tipos de Indicadores Biológicos:

 Indicador de 1º geração: Tiras de papeis impregnadas de esporos – leitura em laboratório.  Indicador de 2º geração: (Attest) incubado à 56ºC, por 48 horas.

 Indicador de 3º geração: a diferença para o de 2º geração está na metodologia para detectar o crescimento bacteriano. Deve ser incubado por um período de 1 a 3 horas a 56º C e em seguida ser exposto a luz ultravioleta. A ausência de fluorescência indica que as condições de esterilização foram atingidas.

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Teste de esterilidade: deverá ser realizado com certa periodicidade pela

instituição com objetivos de verificar a eficiência da esterilização, verificar a manutenção desta e estabelecer um controle de qualidade nos materiais e instrumental utilizados nos procedimentos clínicos após estes terem saído do setor de esterilização. O teste de esterilidade poderá ser proposto pela disciplina de microbiologia ou responsáveis pelo Núcleo de Esterilização, podendo ser realizado, para isso, um projeto de pesquisa.

Formas de Controle de Esterilização preconizados no NE

1) Fazer o uso de um indicador biológico “ATTEST” uma vez por semana como preconiza a ANVISA no primeiro ciclo do dia, ficando estabelecido que o dia da semana será sempre na

segunda-feira e encaminhar imediatamente o indicador biológico à(o) Enfermeira(o) responsável

pelo setor para fazer a leitura e interpretação do resultado e também o registro de controle do processo de esterilização. Caso o resultado seja negativo significará que não houve crescimento de esporos e, portanto, o processo da esterilização foi efetivo. Caso o resultado seja positivo, ou seja, houve crescimento de esporos, a autoclave será interditada e averiguada pela manutenção. Após cada manutenção deverá ocorrer a colocação de novo indicador biológico para posterior liberação do aparelho de autoclave. Somente após 48 horas, período necessário para a leitura do indicador pela incubadora, o equipamento será liberado.

2) Deverá ser feito todos os dias o teste de “Bowie Dick”, indicador de processo de classe II, em cada autoclave para ver as condições da bomba a vácuo. A mudança completa e uniforme da coloração no ciclo indicará a remoção adequada do ar na câmara da autoclave.

3) Deverão ser utilizadas pelo aluno e demais profissionais fitas indicadoras de processo de esterilização para o aparelho de autoclave, classificadas como Classe I. Quando modificada a sua cor, indicará que na parte externa do pacote houve contato do calor produzido pela autoclave devendo tal método ser apenas um parâmetro para auxiliar na verificação do funcionamento da autoclave não indicando, contudo, que dentro do pacote ocorreu a esterilização.

4) Deverá ser colocado, em cada processo da autoclave, um pacote desafio contendo um integrador classe 5. Após completado o ciclo de esterilização, o mesmo deverá ser aberto a fim de que seja constatada mudança de cor, conforme recomendações do fabricante. Quando positivo, toda a carga no interior do equipamento poderá ser liberada. Ressalta-se que esse tipo de integrador classe 5 controla a temperatura, o tempo e qualidade do vapor.

5) A cada ciclo e equipamento utilizados, deverão ser anotados em planilhas e para controle do setor dados como: horários, etapas dos processos, temperaturas, ciclos, número de equipamento, tipos de artigos introduzidos no equipamento, nome do funcionário responsável pelo processo, manutenção preventiva semanal do equipamento.

6) Após processo de esterilização, recomenda-se manusear os pacotes somente quando estiverem completamente frios. Caso ainda estejam quentes, os mesmos deverão ser colocados em cestos ou recipientes vazados até que esfriem. Evita-se a colocação destes em superfícies frias e contaminadas.

7) Os invólucros ou embalagens deverão ser minimamente manuseados a fim de que permaneçam íntegros. Deverão ser considerados como contaminados pacotes caídos no chão e úmidos.

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RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA A ÁREA DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS ARTIGOS PROCESSADOS

F) Área de Armazenamento dos artigos processados: Essa área tem por finalidade centralizar

todos os artigos processados e esterilizados para serem distribuídos às unidades consumidoras. A preservação da esterilidade dos artigos é o objetivo principal dessa área. Eles devem ser armazenados em prateleiras e identificados de modo que o funcionário possa suprir de forma imediata e qualificada.

A área destinada ao armazenamento dos artigos odontológicos esterilizados deverá ser anexa à área da esterilização e privativa às pessoas escaladas para o serviço dessa área. A comunicação com o exterior poderá ser por guichê.

Com relação às condições físicas, a área deverá ser limpa, arejada, seca, distantes de fonte de água e poderá possuir iluminação natural desde que as janelas sejam vedadas. Não deverá possuir janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos. Deverá, portanto, ser fechada e possuir sistema de renovação de ar, com temperatura ambiente mantida entre 18 e 22 ° C e umidade relativa do ar entre 35 a 70 %

Nessa área deverá haver trânsito restrito somente às pessoas que trabalham no NE. Será imprescindível que exista uma pia próxima a porta de entrada dessa área para que o funcionário lave as mãos antes de entrar na área.

Deverá haver escadas e cestos aramados nessa área para auxiliar na disposição dos artigos provenientes da esterilização, facilitando a supervisão, controle e limpeza.

A utilização de uniforme privativo é fundamental para evitar que ocorra o contato do pacote estéril com a roupa do funcionário. Ao final de cada plantão o uniforme deverá ser encaminhado à lavanderia.

Caberá ao responsável pela supervisão dessa área: 1) Limpar e organizar os nichos da área,

2) Receber os artigos odontológicos esterilizados e colocar nos respectivos nichos, 3) Verificar, diariamente, a validade dos artigos odontológicos de uso clínico esterilizados e armazenados nos nichos,

4) Retirar da prateleira todo artigo com data de validade vencida encaminhando-o novamente para sala de preparo e acondicionamento a fim de que este receba outro invólucro e seja novamente encaminhado para esterilização. Contudo, como é vedado ao funcionário do setor substituir o invólucro que o aluno preparou, o artigo será armazenado em local destinado à devolução para o aluno para que este retire da esterilização, coloque novo invólucro e dê nova entrada no setor.

Ressalta-se a importância da baixa do material e coleta da assinatura do aluno em protocolo próprio, caso devolução seja executada.

5) Organizar os registros dos lotes da esterilização para fornecimento dos dados na entrega dos materiais e instrumental esterilizados, informatizando-os quando possível.

6) Localizar e entregar os respectivos artigos esterilizados, após preenchimento do Protocolo de Recebimento, constando assinaturas de quem recebeu e de quem entregou.

Preferencialmente, todos os artigos e pacotes esterilizados deverão ser estocados em armários fechados com prateleiras. Na ausência de fechamento por armários, o ambiente deverá ser pouco ventilado, pouco transitado, porém arejado.

As prateleiras deverão ser identificadas de modo a facilitar a retirada do material. Recomenda-se a distribuição das prateleiras conforme turmas de alunos, docentes ou funcionários. O código de identificação das prateleiras poderá ser implantado pelos próprios funcionários do NE.

Invólucros com esterilização vencida não poderão ser mantidos em contato com outros estéreis no estoque. A separação dos não estéreis reduz o nível de contaminantes externos.

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PRAZOS PARA MANUTENÇÃO DOS ARTIGOS NAS PRATELEIRAS

Deverá ser estabelecido um prazo máximo de 15 dias para que os alunos retirem seus materiais e instrumental odontológicos do NE, não podendo ser usado o próprio NE como armário particular dos alunos ou dos usuários do setor.

A validação da esterilização dos invólucros dependerá do tipo de acondicionador utilizado.

Preconizam-se no NE os seguintes prazos de esterilização:

a) Invólucro de papel grau-cirúrgico: 3 meses de validade, não sendo necessária a conferência de sua validade por até 6 meses de prateleira.

b) Invólucro de tecido de algodão em camada dupla, podendo ou não conter em seu interior caixas metálicas perfuradas: 15 dias sem manuseio, recomendando-se que sejam retirados das prateleiras após 07 dias. Caso seja necessária reesterilização de tais invólucros, estes deverão ser substituídos por outros para que os artigos sejam submetidos a novo processo de esterilização, seguindo as mesmas normas anteriormente descritas.

Ressalta-se que a validade de esterilização acaba sendo subjetiva uma vez que esta pode ser alterada conforme o risco de recontaminação, tipo e configuração do material de embalagem, além do número de vezes que o invólucro é manipulado antes do uso. Diante disso, admite-se ser um contra-senso estabelecer prazos genéricos apenas pelo tipo de invólucro ou embalagem uma vez que fatores contaminantes do ambiente podem variar entre um serviço e outro.

G) Área de Distribuição dos artigos processados: Para a distribuição dos artigos esterilizados

aos alunos ou funcionários que os solicitarem, será obrigatório o preenchimento do protocolo de recebimento, devendo este ser gerado a cada saída de cada um dos invólucros que permaneceram no NE e que foram devidamente esterilizados.

A codificação dos invólucros tornará possível a implantação do programa de informatização, o que contribuirá, significativamente, para a organização da área, possibilitando agilizar o controle e distribuição do artigo.

Se o sistema for informatizado, os dados do aluno ou servidor serão digitados no protocolo e, assim que a matrícula ou identificação destes forem fornecidas, todos os demais dados serão automaticamente demonstrados em tela. A ficha do aluno abrirá, todas as entradas de materiais ou instrumental realizadas pelo aluno deverão aparecer no monitor para que seja dada baixa em um dos itens. Cada protocolo deverá corresponder a um único item. Portanto, a retirada de qualquer um dos itens demonstrado pelo sistema poderá ser individualizada, devendo o protocolo receber apenas um número. Caso a retirada seja executada de mais de um material, com entradas diferentes, novos protocolos deverão ser preenchidos. Como o protocolo de recebimento, o protocolo da entrega deverá ser feito por invólucro.

Com relação ao lote de esterilização, o ideal é que este também esteja informatizado e apareça, mas isso somente será possível se a entrada no equipamento de esterilização também for informatizada.

Mesmo que o registro do lote for executado manualmente, sem a devida informatização, bastará o número de identificação do protocolo para que o lote também seja localizado manualmente, caso este dado também seja requisitado em momento oportuno.

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RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA OS USUÁRIOS DO NÚCLEO DE ESTERILIZAÇÃO

1. Os alunos ou usuários do NE deverão respeitar as normas pré-estabelecidas pela Central

de processamento e esterilização dos artigos odontológicos de uso clínico. Caso haja

descumprimento das normas, os alunos ou usuários do NE serão notificados pelo responsável do Setor e, se necessário, pela própria diretoria.

2. As regras destinam-se a todos usuários do NE, sendo estes alunos de graduação, pós-graduação, funcionários ou docentes.

3. Os artigos odontológicos devidamente acondicionados deverão ter entrada no NE com tempo de antecedência mínima de 4 horas. Caso haja confronto de disciplinas nas quais o aluno utiliza os mesmos artigos odontológicos do período antecedente, este deverá organizar seus materiais e instrumental de forma a tê-los em duplicidade.

4. Não será de responsabilidade do NE a reutilização dos artigos odontológicos com sua devida esterilização em disciplinas cujos artigos serão compartilhados pelo aluno.

5. Recomenda-se ao aluno que cada disciplina tenha seu próprio instrumental.

6. Artigos destinados à implantodontia deverão ser entregues com antecedência mínima de 48 horas a fim de que, além do protocolo da esterilização, este obtenha também a leitura do indicador biológico de 2ª geração. Caso haja retirada do artigo esterilizado anteriormente às 48 horas não será fornecida leitura do indicador biológico posteriormente, devendo a falta do controle por meio deste indicador ficar na responsabilidade do próprio usuário.

7. Artigos utilizados pela manhã do dia seguinte deverão ser entregues ao NE até, no máximo, às 18:00hs do dia anterior.

8. Deverá ser estabelecido um prazo máximo de 15 dias para que os alunos ou usuários do NE retirem seus materiais e instrumental odontológicos do NE, não podendo ser usado o próprio NE como armário particular dos mesmos.

9. Artigos descartáveis não deverão ser reesterilizados.

10. Artigos que não estejam devidamente acondicionados serão recusados (Ver normas de acondicionamento).

11. A entrega dos materiais estéreis deverá ser realizada somente ao proprietário deste. Caso o proprietário esteja em atividade clínica, totalmente impossibilitado de sair do campo operatório e necessite, urgentemente, de algum outro invólucro do NE, deverá solicitar a outro colega que o empreste, devendo seu colega estar fora do campo operatório e seu respectivo invólucro não poderá estar violado. Ressalta-se que a falta de instrumental ou material, mesmo após terem sido substituídos por meio de empréstimos, poderá indicar falta de planejamento. À Critério do NE e previstas pela informatização, outras formas de retirada urgente de instrumental ou materiais de terceiros poderão ser previstas pelo setor, desde que autorizadas pelo proprietário. Recomenda-se que os usuários do NE consultem-no previamente antes de qualquer intercorrência.

12. Os usuários do NE deverão conhecer as normas da Central de processamento e

esterilização previamente ao seu uso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: ed. Anvisa, 2006. 156 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 2. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.

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3.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO

HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e

anti-sepsia. 2ª Ed, revisada. São Paulo:– APECIH, 2004. 55p.

4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410/04 – Instalações

Elétricas de Baixa Tensão. – procedimento. Rio de janeiro, 2004.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos / Ministério da

Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde,

2006, 156 p.

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7. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria MTE n.º 485, de 11 de Novembro de 2005. Dispõe sobre a Norma Regulamentadora 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em

Estabelecimentos de Assistência à Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de novembro de

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8. CARDOSO, G.B.; CALIL, S.J. Estudo do processo de análise de referência aplicado à

engenharia clínica e metodológica de avaliação de indicadores de referência. Campinas:

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de Equipamentos Médico-Hospitalares 1. Brasília: ed. Anvisa, 2006.

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POSSARI, J.F. Centro de Material de esterilização: planejamento e

gestão. 2003, 56p.

12- SOBECC – Práticas recomendadas –centro cirúrgico, recuperação pós-anestésica,

centro de material e esterilização. 4ª Ed. Revisada – 2007, 114p.

13- BRAGA, L.C.D. Manual prático de organização e procedimentos de serviço de

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