módulo 4
AULA
O MANUAL DO
INVESTIDOR
Os sete pilares da escolha
de investimentos
O Manual do Investidor - Módulo 4 - Aula 13
OS SETE PILARES
DA ESCOLHA DE
INVESTIMENTOS
O método de escolha de investimentos para a montagem de uma carteira personalizada é baseado em sete pilares essenciais que seguem abaixo:
Objetivos pessoais
Investimentos não são um fim em si mesmos. São pontes que, se bem utilizadas, nos levarão à realização de objetivos e necessidades de vida real que queremos atingir.
Portanto, dentro de um processo de escolha de investimento, a pri-meira coisa que deve ser feita é a elaboração de objetivos e necessi-dades que queiram ser realizadas por um indivíduo.
Pode contemplar objetivos como: obter segurança contra imprevistos, pagar a faculdade dos filhos (ou a própria), trocar de carro, viajar, pla-nejar a minha aposentadoria, comprar uma casa ou apartamento, casar--se, viajar, ter filhos etc.
Se falamos anteriormente que investimentos servem como ponte entre o momento atual e a realização de um sonho no futuro, então a primeira etapa de todas é justamente ter clareza de onde se quer chegar, ou seja, definir objetivos.
Horizonte dos objetivos
Uma vez que os objetivos estejam definidos e priorizados, é chegada a hora de determinar o horizonte desses objetivos. Determinar o ho-rizonte é determinar o prazo ideal que se deseja realizá-los! Alguns desses objetivos poderão ser realizados ainda dentro de um ano, ou entre três e cinco anos, até dez anos e outros além disso.
Então é necessário relacionar os objetivos do primeiro pilar e colocar os prazos em cada um deles.
Montante
Uma vez que o investidor possui seus objetivos definidos e o horizonte em que pretende realizá-los, é importante agora observar qual é o mon-tante de que ele já dispõe atualmente.
Saber sobre o montante atual é fundamental para que se compreenda que já existe recurso disponível para a realização dos planos ou se ainda será necessário poupar periodicamente para tal finalidade.
Um outro fator importante relacionado ao montante, refere-se à di-versificação. Se um determinado investidor possui um montante ainda muito inicial, não faz muito sentido ele se dedicar muito na escolha de produtos e diversificação em muitos ativos. Faz muito mais sentido ele se dedicar ao máximo para poupar mais e fazer esse montante crescer o que, naturalmente, lhe trará futuramente oportunidades de diversifi-cação com qualidade.
Entender o montante, como fazer para aumentá-lo e como alocá-lo no iní-cio, é o ponto de partida da execução do planejamento de investimentos.
Perfil de risco
Chegou o momento de identificar o perfil de risco do investidor. O perfil de risco refere-se ao comportamento que determinado investi-dor possui diante de investimentos de risco. Existem investidores que possuem um perfil muito arrojado e não se importam com as oscilações dos mercados financeiros, enquanto outros não querem nem pensar na possibilidade de ver seu patrimônio oscilar. Preferem baixa rentabilida-de, mas sempre positiva.
investimen-Produtos elegíveis
As quatro fases anteriores servem para que investidores façam seus planejamentos, avaliem seu montante e, por fim, compreendam o seu perfil.
Após percorrê-las é possível verificar quais são os produtos elegíveis para cada necessidade, uma vez que ali estão especificados os pra-zos, os montantes e o perfil de risco.
Um investidor conservador, por exemplo, poderá renunciar ao investi-mento em ações e esse investiinvesti-mento, então, se tornará inelegível. Outro investidor pode preferir a liquidez à segurança e, dessa maneira, poderá ter ações na carteira, mas não ativos de renda fixa que não possam ser resgatados. E assim, sucessivamente, a carteira será composta de acor-do com os objetivos individuais.
Cenário econômico
O peso do cenário econômico na escolha da carteira tende a ser dimi-nuído, uma vez que os investimentos estejam ancorados justamente nos objetivos individuais.
Os cenários econômicos são irrelevantes para os objetivos de curto prazo e quase irrelevantes para objetivos de longo prazo, já que se diluem no tempo.
Da mesma maneira, investidores seguem acumulando ao longo dos anos, de maneira que o total do capital disponível hoje pode ser residual se comparado ao capital disponível em 20 ou 30 anos após um longo pro-cesso de acumulação. Isso significa que, provavelmente, grande parte do capital aportado por um investidor não estará mais relacionado aos desafios econômicos do momento atual.
Por outro lado, acontecimentos de nossa era nos dão pistas (não exatas) do futuro, o que nos permite flertar com especulações sem, no entanto, ter a clareza de que mudanças nos cenários sempre acontecerão e difi-cilmente será possível surfar todas elas sempre.
Na carteira de médio prazo, talvez o cenário tenha sua importância mais direta, pois refere-se a investimentos com horizontes talvez de dois a cinco anos, nos quais os movimentos de taxas de juros, inflação e PIB conseguem ser parcialmente interpretados sem, no entanto, cons-tituir-se na frágil expectativa de prevê-los.
Carteira de investimentos
Após as seis etapas anteriores, como fruto de um processo de reflexão que partiu dos objetivos pessoais para fora, a carteira pode finalmente ser montada de maneira personalizada.
A definição da carteira funciona como um filtro que vai retirando opções a cada etapa e, ao final, apresenta os produtos que fazem sentido na alocação individual.