Fístulas Digestivas
Efeito da Resposta Metabólica à
Agressão: Cirurgia e Infecção.
Aumento da produção de hormônios: glucagon,
insulina, cortisol, catecolaminas, aldosterona e
vasopressina;
Citocinas: interleucinas 1, 2 e 6;
Fator de necrose tumoral;
Mediadores lipídicos: prostaglandinas,
tromboxanes, leucotrienos.
Resulta em alterações no equilíbrio energético e
protéico, de água e minerais, conhecido com
SIRS – Sind. da Resposta Inflamatória
Sistêmica.
Efeito da Resposta Metabólica à
Agressão: Cirurgia e Infecção.
METABOLISMO ENERGÉTICO: Aumenta 5 – 50%; Resposta para o aumento do débito cardíaco, consumo de O2, taquicardia e aumento do consumo de calorias; Consumo rápido do glicogênio (24-48 hs); Estímulo à gliconeogênese – produção hepática de glicose; Menor tolerância a glicose peri;férica Lipólise – oxidação de triglicerídeos e ácidos graxos; Proteólise;
Efeito da Resposta Metabólica à
Agressão: Cirurgia e Infecção.
METABOLISMO PROTÉICO:
CATABOLISMO:
Metabolismo hepático de aminoácidos (aa)
gliconeogênicos: alanina,
No músculo – oxidação dos aacr (leucina, isoleucina, valina);
No intestino – glutamina;
Aa ainda são usados na:
Síntese de proteínas par reparo tecidual;
Defesa imunológica;
Produção de proteínas da fase aguda;
A queda das proteínas:
Redução da força e resisteência muscular esquelética;
Redução da força muscular respiratória;
Baixos níveis de proteínas plasmáticas;
Dificuldade na cicatrização de feridas.
Efeito da Resposta Metabólica à
Agressão: Cirurgia e Infecção.
METABOLISMO DA
ÁGUA E MINERAIS:
Aumento da
permeabilidade
capilar
Extravazamento de
líquidos para o
extra-celular;
Edema
Hidratação excessiva
com soluções
Avaliação nutricional:
Avaliação Subjetiva
Global (ASG);
Antropometria;
Proteínas
plasmáticas;
Balanço nitrogenado/
nitrogênio urinário;
Índice Creatinina –
Altura (ICA)
Índices Nutricionais
Compostos;
Teste da Força
Muscular;
Análise da
Composição
Corporal;
Avaliação nutricional:
Avaliação Subjetiva
Global (ASG):
Questionário;
Útil no ínício e durante a evolução
Antropometria:
PCT: prega cutânea do tríceps; CMB: circunferência muscular do braço; * Limitado pelas alterações do estado de hidratação e composição corporal já existente;Avaliação nutricional:
Proteínas plasmáticas:
Albumina;
Pré-albumina;
Transferrina;
Proteína ligada ao retinol;
• Alterado pela resposta metabólica e extravasamento; • Útil na monitorização da resposta à terapia nutricional; Balanço Nitrogenado/ Nitrogênio Urinário
Método clínico mais
comum para determinar o
turnover protéico;
Mais consistente para determinar o resultado clínico;
Prefere-se o nutrogênio urinário total
Avaliação nutricional:
ICA – ÍNDICE
CREATININA
-ALTURA:
Indica a massa
muscular e o
nitrogênio total
corporal;
Excreção de
creatitina na urina
diminui com a idade e
aumenta nas
infecções;
FORÇA MUSCULAR:
Estimulação elétrica
do n. ulnar;
Força do polegarDinamometria;
Aperto de mão ou apreensão;Força dos músculos
respiratórios.
Avaliação nutricional:
ÍNDICES NUTRICIONAIS COMPOSTOS:
Combinação de testes isolados: antropometria,
bioquímicos, imunológicos...)
IPN: Índice Prognóstico Nutricional:
IPN(%)=158 – 16,6(Alb) – 0,78(PCT) – 0,2(TRF) – 5,8(TCH)
Alb: albumina;
PCT: prega cutânea tricipital; TRF: transferrina (mg/dl);
TCH: testes cutâneos de hipersensibilidade (anergia:0, induração parcial;1, induração completa:2).
Avaliação nutricional:
ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL:
BIA – impedância bioelétrica;
Tem valor variável
Altera-se com a variação da hidratação e
eletrólitos;
Requerimento nutricional:
Energia:
GEB - Harris Benedict (modificada por Long)
Homens=[66+(13,7xP)+(5XA)-(6,8xI)] x FA x FI Mulheres=[655+(9,6xP)+(1,8xA)-(4,7xI)] x FA x FI P= peso
A= altura I= idade
FA= fator atividade FI= fator injúria
Requerimento nutricional:
Energia:
CALORIMETRIA INDIRETA: método mais
refinado, medido pelo VO2 e VCO2.
Evita-se hiperalimentação
GER (Equação de Weir)
GER (kcal/24 hs)= 144 x [(3,941xVO2)+(1,106xVCO2)] 25 – 30 kcal/Kg/dia
Requerimento nutricional:
CARBOIDRATOS:
Não deve ultrapassar: 5 mg/kg/ min.
Aumenta a oferta de CO2, esteatose hepática,
hiperosmolaridade, hiperglicemia diurese osmótica;
Adição de insulina melhora o aproveitamento da glicose.
Requerimento nutricional:
LIPÍDIOS:
30% das calorias totais
Diminui a necessidade de calorias por carboidratos
Pacientes críticos tem diminuição da atividade da lipase lipoproteíca – leva ao depósito de lipídios no sist. retículo endotelial;
Usa-se parte de TCM - permite melhor oxidação lipídica – reduz o acúmulo.
Ômega 3 – diminui a resposta inflamatória grave e desconforto respiratório.
Requerimento nutricional:
PROTEÍNA:
Fundamental para reduzir o catabolismo protéico endógeno;
1,0 – 1,5 g/kg/ dia
Pacientes críticos ou perdas protéicas como fístulas aumentam a necessidade de proteínas, relação
caloria – nitrogênio 100 – 150:1;
O excesso de proteínas aumentam a uremia e pode agravar o quadro clínico;
AA essenciais: arginina – melhora função
linfocitária; glutamina – combustível para cel. de divisão rápida (enterócitos, macrófagos e linfócitos)
Requerimento nutricional:
VIA DE ACESSO: Nutrição enteral:
Sempre que puder usar o TGI
Sondas enterais – gástricas, duodenais ou jejunais -menor de 4 semanas; Estomas – gastrostomias (preferência) e jejunostomias (risco de aspiração)- superior a 4 semanas; PEG – gastrostomias endoscópicas per-cutâneas mais usadas,
Requerimento nutricional:
VIA DE ACESSO:
Nutrição Parenteral (NPT):
Quanto o TGI não está disponível;
Acesso venoso central:
Punção subclávia
Veia periférica – catéter longo (flebite!)
Início após estabilização do estado crítico: distúrbios cardiocirculatórios, ácido-básicos e eletrolíticos.
PROTOCOLO TRATAMENTO
Reposição volêmica
Combate a sepse
Terapia nutricional
PROTOCOLO TRATAMENTO
Reposição volêmica
Combate a sepse
Terapia nutricional
Cuidados com a pele
Reposição
hidroeletrolítica
Sol. Eletrolíticas
balanceadas (ringer
lactato)
Monitorização - PVC
PROTOCOLO TRATAMENTO
Reposição volêmica
Combate a sepse
Terapia nutricional
Cuidados com a pele
Drenagem de
coleções
PROTOCOLO TRATAMENTO
Reposição volêmica
Combate a sepse
Terapia nutricional
Cuidados com a pele
Melhorar o estado nutricional
Fístulas de alto débito – NPT
Fístulas altas (esôfago) ou baixas ou quando se pode passar sonda além da fístula – NE.
Se o débito aumentar, voltar para NPT.
PROTOCOLO TRATAMENTO
Reposição volêmicaCombate a sepse
Terapia nutricional
Cuidados com a pele
Cálculo da necessidade energética:
GEBx (FE) x (FA)
GEB= Harris-Benedict Fator estresse (FE):
Inanição: 0,80-1,00
P.O.: 1,00-1,05
Câncer: 1,10-1,45
Infecção grave: 1,30 -1,55
trauma: 1,30 - 1,55
PROTOCOLO TRATAMENTO
Reposição volêmica
Combate a sepse
Terapia nutricional
Cuidados com a
pele
Secreção digestiva
-escoriação,
maceração e digestão
da pele;
Agrava infecção,
provoca sofrimento
físico e psicológico;
Cuidados de
estomaterapia
PROTOCOLO TRATAMENTO
Estudo anatômico
Estudo do débito
Tratamento
medicamentoso
Tratamento cirúrgico:
Precoce TardioPROTOCOLO TRATAMENTO
Estudo anatômico
Estudo do débito
Tratamento
medicamentoso
Tratamento cirúrgico:
Precoce TardioFistulografias
Endoscopias
Tomografia
computadorizada
PROTOCOLO TRATAMENTO
Estudo anatômico
Estudo do débito
Tratamento
medicamentoso
Tratamento cirúrgico:
Precoce TardioAvaliação diária
Dosagem eletrolítica
Controle da perda de
nitrogênio
PROTOCOLO TRATAMENTO
Estudo anatômico
Estudo do débito
Tratamento
medicamentoso
Tratamento cirúrgico:
Precoce TardioSomatostatina
(octreotídeos) –
diminui as secreções
endócrias e exócrinas
do estômago,
pâncras e intestino
delgado;
PROTOCOLO TRATAMENTO
Estudo anatômico
Estudo do débito
Tratamento
medicamentoso
Tratamento Cirúrgico:
Precoce TardioComplicações
importantes no
decorrer da evolução:
descontinuidade completa Hemorragia intraperitoneal Grandes abscessos Peritonite difusa.PROTOCOLO TRATAMENTO
Estudo anatômico
Estudo do débito
Tratamento
medicamentoso
Tratamento cirúrgico
:
Precoce Tardio6-8 semanas
Laparotomia com
ressecção do
segmento acometido.
PROTOCOLO TRATAMENTO
MONITORIZAÇÃO: Diária
Controle hidroeletrolítico
LABORATORIAL:
Duas vezes na semana
Segunda-feira:
hemograma, glicose, U, Cr, PTF, Na, K, Cloro, Ca, Fósforo, Mg, Plaq., TAP, FA. Quinta-feira: U, Cr, Na, K, transferrina, gGT, TGO, TGP, LDH, COL, TGC, BTF. Diário (2º.-6º.): U e Cr urinário 24 hs
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULA ESOFÁGICA CERVICAL: Pós-operatório de esofagectomia subtotal com anastomose esôfago-gástrica ou esôfago-cólica cervical. Tecnicamente e preventivamente se deixa jejunostomia São benignas na evoluçãoFÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULA ESOFÁGICA CERVICAL: Pós-operatório de esofagectomia subtotal com anastomose esôfago-gástrica ou esôfago-cólica cervical. Tecnicamente e preventivamente se deixa jejunostomia São benignas na evoluçãoDieta enteral até
fechamento da fistula ou orientação da mesma
Quando isso acontece, inicia-se dieta oral sólida-pastosa.
Inicialmente, fístula orientada, evita-se liquidos via oral.
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULA ESOFÁGICA
INTRA-TORÁCICA:
TRAUMÁTICA:
Até 6 horas:
rafia da lesão +
gastrostomia
descompressiva +
jejunostomia para
alimentação
Ex.: CE, endoscopia,
...
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULA ESOFÁGICA INTRA-TORÁCICA: TRAUMÁTICA: Até 6 horas: rafia da lesão + gastrostomia descompressiva + jejunostomia para alimentaçãoEx.: CE, endoscopia, ...
Após 6 horas:
esofagostomia cervica mucosa com
cerclagem abaixo do estoma com fio
absorvível Toracotomia com sutura do esôfago + drenagem ampla do mediastino + selo dágua e aspiração Gastrostomia descompressiva
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULA ESOFÁGICA INTRA-TORÁCICA: PÓS-CIRÚRGICA: Anastomoses intra-torácicas;1. Drenagem torácica com dreno em selo d’água e aspiração contínua;
2. Cervicotomia –
esofagostomia cervical mucosa + cerclagem abaixo do estoma com fio absorvível;
3. Jejunostomia retrógrada
descompressiva
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULA ESOFÁGICA INTRA-ABDOMINAL: PÓS-CIRÚRGICA: Anastomoses esofago-jejunais em gastrectomias totais; 1. Aspiração e irrigação contínua da fístula após orientação do trajeto;2. Relaparotomia para
limpeza e drenagem da região;
3. NPT – até ter condições clínicas e íleo
restabelecido;
4. NE – sonda nasoenteral ou jejunostomia.
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULA GÁSTRICA:
TRAUMÁTICA:
Transformar em
gastrostomias;
Fecham após
retirada do tubo.;
PÓS-CIRÚRGICA:
Gastrectomias
parciais ou
gastro-
entero-anastomoses;
Drenagem ampla +
gastrostomia
descompressiva (ou
jejunostomia)
Jejunostomia - NE.
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS
DUODENAIS:
Maior
morbi-mortalidade;
Alto débito;Perda eletrolítica alta;
Distúrbio ácido-base Erosão da pele e parede abdominal; Sepsis intraperitoneal.
Classificada:
1. De coto duodenal
2. Laterais
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS DUODENAIS: TRATAMENTO: 1. De coto duodenal 2. Laterais Catéter de aspiração Intubação duodenal (Welch) – aspiração ne irrigação; NPT – estabilização do paciente NE – sonda nasoenteral alça eferente ou jejunostomia. Iniciar assim que estiver com trânsito intestinal.FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS
DUODENAIS:
TRATAMENTO:
1. De coto duodenal
2.
Laterais
Aspiração +
irrigação;
NPT – estabilização;
NE – SNE ou
jejunostomia
Se não fechar, após
8 semanas - cirurgia
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS INTESTINO DELGADO:
Pós-operatório, trauma ou D.I.I. (Crohn);
Alto débito, distúrbios eletrolíticos e ácido-basicos importantes;
Podem ser altas
(jejuno) ou baixas (íleo);
NPT tem papel
importante para reduzir secreção intestinal
Quando estiver
orientada – NE sem resíduo;
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS BILIARES:
Pós-operatório
cirurgia em trato
biliar;
Pós-transplante;
Cirurgia
Drenagem
Procedimento
endoscópico –
colocação de
próteses
NPT.
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS
PANCREÁTICAS:
Trauma,
Pós-operatório,
Pancreatites.
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS
PANCREÁTICAS:
Trauma
,
Pós-operatório,
Pancreatites.
Medidas clínicas;
NPT
Somatostatina
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS
PANCREÁTICAS:
Trauma,
Pós-operatório,
Pancreatites.
Descompressão
intestinal:
gastrostomia,
coledocostomia;
Aspiração da fístula
NPT
Octreotide SC
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS
PANCREÁTICAS:
Trauma,
Pós-operatório,
Pancreatites
-ascite
NPT por 4 semanas
Paracentese dias
alternados
Até 6 semanas –
CPER: cirurgia?
Ressecção pancreática? Cirurgia de Puestow Interposição de alça tipo Y de Roux.FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS COLÔNICAS:
Pós-apendicectomia: tem evolução benigna e
curam com emprego de dietas elementares;
Operações em cólon – anastomoses íleo-cólicas ou colorretais: levam a peritonite fecal e tem alta mortalidade.
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS COLÔNICAS:
Pós-apendicectomia: tem evolução benigna e
curam com emprego de dietas elementares;
Operações em cólon – anastomoses íleo-cólicas ou colorretais: levam a peritonite fecal e tem alta mortalidade.
Fístulas ileo-cólicas
Dieta zero via oral
Aspiração da fístula
NPT até estabilização da infecção; após, NE elementar por sonda e acompanhar o débito;
FÍSTULAS EM DIFERENTES ÓRGÃOS:
FÍSTULAS COLÔNICAS:
Pós-apendicectomia: tem evolução benigna e
curam com emprego de dietas elementares;
Operações em cólon – anastomoses íleo-cólicas ou colorretais: levam a peritonite fecal e tem alta mortalidade.
Fístulas colo-retais:
Aspiração da fístula