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Prof. Ivan Arenque Passos
• Ivan Arenque Passos, casado, 1 filho, 39 anos, Bacharel em Administração em Comércio Exterior – UNIP/SP, MBAmarketing – FGV/ES, Administração Estratégica – University Central Florida EUA, Mestrando Administração Estratégica. Membro do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA- USP)
• Esteve trabalhando nas seguintes empresas:
• Consultoria e treinamento em Adm. e Marketing – MKTPASSOS • Especializou nas áreas:
• Gestão da Qualidade Total, Administração, Marketing (Varejo, Produto, Serviços, Pessoal, Social e Cultural, Internacional). www.mktpassos.com
MARKETING CULTURAL
(MACHADO, 2002, p. 17) afirma que cultura é um conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade; civilização.
CONCEITO DE CULTURA
MARKETING CULTURAL
O ponto inicial para qualquer estudo sobre marketing
cultural passa obrigatoriamente pela menção do
mecenato. Entre meados do ano 30 a.C. e 10 d.C,
Mecenas foi nomeado ministro do imperador Caio
Augusto, iniciando uma política de relacionamento do
governo com a sociedade sem precedentes na Roma
Antiga. Sua estratégia foi levar o maior número de
artistas e dos pensadores da época (músicos, pintores,
escultores e atores) que detinham boa popularidade,
para junto do governo, procurando transferir para o
Estado a aceitação e o prestígio dos artistas junto à
população.
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MARKETING CULTURAL
Para ALMEIDA (1992), esse raciocínio permaneceu
intacto até o século XV, quando começou a emergir na
Europa renascentista outro tipo de mecenato, desta vez
voltado a suprir as famílias com maior riqueza da
época, do maior número de produções artísticas que
fosse possível.
Fundamentos históricos - MECENATO
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MARKETING CULTURAL
•
Definição
: movimento cultural e artístico que
rompeu com o padrão de pensamento vigente
no mundo medieval, introduzindo a cultura
laica (não religiosa);
•
Quando
: entre os séculos XIV e XVI;
•
Onde
: ITA (principal), ING, FRA, POR, ESP,
ALE, HOL/BEL (Países Baixos);
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Diferenças entre o pensamento medieval e o renascentista:
Fé diferente da razão Dogmatismo
Hedonismo Ascetismo
Natureza = beleza, onde o homem se insere
Natureza = fonte do pecado
Crença no progresso Conformismo
Vida terrena e material também é importante
Vida material sem
importância
Verdade = experimentação, observação Verdade = Bíblia
Antropocentrismo Teocentrismo
PENSAMENTO RENASCENTISTA PENSAMENTO
MEDIEVAL
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•
Características principais do Renascimento:
– Humanismo (valorização do ser humano, criação
privilegiada de Deus)
– Antropocentrismo (idéia de que o homem se encontra no
centro do universo)
– Individualismo
– Racionalismo
– Naturalismo
– Hedonismo
– Cientificismo
– Empirismo
– Experimentalismo
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•
Abrangência:
homens, ricos, cultos e urbanos
(burguesia).
•
Itália: o berço do Renascimento
– Desenvolvimento comercial
– Desenvolvimento urbano
– Contato com árabes e bizantinos (retomada das
obras clássicas perdidas na Idade Média)
– Herdeiros naturais do Império Romano
– Surgimento do Mecenato
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•
Fases do Renascimento italiano
:
–
TRECENTO (séc XIV):
• transição da cultura teocêntrica para a antropocêntrica;
•
Dante
– Literatura –
A Divina Comédia
• Petrarca – Literatura – Ad Itália, Lírica do
Cancioneiro
• Boccaccio – Literatura - Decameron
•
Giotto
– Pintura – figuras com aspecto humano e
traços de individualidade. Destaque para suas
representações de São Francisco de Assis.
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A OBRA DE GIOTTO
SÃO FRANCISCO PREGANDO
AOS PÁSSAROS LAMENTO ANTE CRISTO MORTO
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MARKETING CULTURAL
–
QUATROCENTO (séc XV):
• família Médici (mecenas);
• Florença (principal centro);
• pintura com maior destaque (técnica da pintura a
óleo);
• Masaccio – geometria em perspectiva. “A Expulsão de
Adão e Eva do Paraíso”, “Tributo”, Distribuição de
esmolas por São Pedro”;
•
Botticelli
– figuras leves, delicadeza, inocência.
“Nascimento de Vênus”, “Alegoria da Primavera”
•
Da Vinci
– maior nome do renascimento. Pintor,
escultor, urbanista, engenheiro, músico, físico,
botânico...
“Gioconda” (Mona Lisa), “Santa Ceia”,
Virgens das Rochas”.
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A ARTE DE SANDRO BOTTICELLI
NASCIMENTO DE VÊNUS
ALEGORIA DA PRIMAVERA
MARKETING CULTURAL
A OBRA DE LEONARDO DA VINCI
GIOCONDA (MONA LISA)
SANTA CEIA
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Anexo - Vida de Leonardo Da Vinci
1452- Leonardo nasce, em Vinci, perto de Florença, como filho ilegítimo do notário Piero e da camponesa Catarina.
1452-69- infância e adolescência na casa do avô e do tio Francesco. Primeiros exercícios de pintura e estudos.
1469- mudança para Florença, governada por Lorenzo de Médici, o soberando não-coroado. Entrada, como aprendiz, na oficina de Verrochio.
147?- final da aprendizagem. Inscrição, como membro, no livro da corporação dos pintores.
1473- primeiro desenho datado, uma paisagem junto ao Arno.
1476- acusado, junto com três outros rapazes, de relações homossexuais. É liberado, depois de interrogatórios.
1478- o primeiro quadro conhecido, O Batismo de Cristo, feito por Verrocchio, retocado e acabado por Leonardo. Levante dos Pazzi, em Florença, assassinato de Giuliano de Médici.
1479- Leonardo desenha o assassino de Giuliano, Bandini.
1481- encomenda de uma Adoração dos três reis magos, pelos monges de São Donato, perto de Florença.
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1483- Leonardo vive com a família de Predis. Recebe, junto com Ambrogio de Predis, a incumbência da Irmandade da Imaculada Conceição, de pintar uma painel para o altar, a Virgem dos Rochedos(ver ao lado). Inicia os trabalhos de um monumento eqüestre para Francesco Sforza, o fundador da dinastia.
1487- projetos para uma torre para a Catedral de Milão, de duas naves. Desenhos para representações teatrais e festividades da corte.
1488- executa um retrato de Cecília Gallerani, amante do Mouro.
1489- colabora nas festividades do casamento do duque Giovanni Galleazzo. Estudos anatômicos.
1490- retomada do trabalho para o monumento do condottiereSforza. Viagem para Pavia. O menino de dez anos, Salai, é recebido na casa de Leonardo.
1493- o modelo, em barro, do Grande cavaloé acabado e exposto. A fama de Leonardo se espalha por toda a Itália.
1494- o Mouro, após a morte de Giovanni Galeazzo, torna-se o duque de Milão. Invasão dos franceses, sob Carlos VIII, na Itália. Os Médicis são expulsos de Florença.
1495- início dos trabalhos para a Última Ceia, para o refeitório do mosteiro domicano em Santa Maria delle Grazie.
1496- Leonardo desenha decorações teatrais para a representação de Danae, peça do poeta da corte Taccone. Início de sua amizade com o matemático Fra Luca Pacioli. Trabalha, junto com Paccioli, na obra deste sobre as proporções.
1497- termina a Última ceia.
1498- Savonarola é queimado em Florença. Leonardo trabalha nas pinturas do teto do castelo Sforza (Sala delle Asse).
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vinhedo. Marcha dos franceses em direção a Milão. Em
• outubro, a cidade é ocupada pelas tropas francesas, sob o comando do marechal Trivulzio. Leonardo foge de Milão.
1500- curta permanência em Mântua, na casa de Isabella d´Este; depois em Veneza. Tarefas de engenharia na defesa das trincheiras junto ao Isonzo, contra os turcos, que avançavam. Sugestões para guerras navais, aparelhos de mergulho, armas incendiárias. Retorno a Florença.
1501- trabalhos no cartão da Santa Ana, a Virgem e o Menino(ver ao lado). Retoma seus estudos de geometria.
1502- Leonardo entra para o serviço de César Bórgia, como engenheiro de guerra. Desenhos de mapas. Projeto para uma ponte sobre o Bósforo, entregue a enviados turcos.
1503- malogro nos planos de César Bórgia. Leonardo novamente em Florença. Atividades como engenheiro na guerra contra Pisa (construções de canais). Incumbência de pintar a Batalha de Anghiari, como painel de parede para o Palazzo
Vecchio. Um outro quadro de batalha foi confiado a seu concorrente Michelangelo. Pinta também a Mona Lisa.
1504- morte do pai. Discussões sobre herança e processos com seus meios-irmãos. A Batalha de Anghiarifoi iniciada, mas não acabada. Estudos anatômicos e dissecações.
1505- estudos e anotações sobre o vôo dos pássaros. Idéias de tentativas de vôo sobre o monte Ceceri, perto de Florença.
1506- convocação, através do governador francês Charles d´Amboise, para Milão. leonardo interrompe seu trabalho e deixa Florença. Trabalha na Virgem dos Rochedos.
1507- novamente uma curta permanência em Florença. Leonardo mora na casa do escultor Rustici e o aconselha na criação de figuras de bronze para o lado norte do batistério.
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• 1508- novamente em Milão. Charles d´Amboise é seu patrono e mecenas. Leonardo o assessora como conselheiro em questões arquitetônicas, para construções de canais e na guerra contra Veneza. Grandes viagens pelo país. Faz estudos sobre geologia, geografia, correntes de ar, botânica. Escalada nos Alpes.
1510- grande manuscrito sobre anatomia.
1511- Leonardo desenvolve esboços para um monumento eqüestre, que deve glorificar Trivulzio, o vencedor do Mouro.
1512- os Médicis governam novamente em Florença.
1513- Leão X, da família Médici, se torna Papa. Leonardo deixa Milão e vai para Roma, passando por Florença. Seu aluno, Melzi, o acompanha e permanece, até sua morte, seu auxiliar e amigo.
1514(16)- permanência em Roma. Guiliano de Médici é seu mecenas. Não há tarefas. Leonardo se ocupa com botânica, com "jogos geométricos". Ele desenha e descreve visões poéticas de cataclismas.
1515- Francisco I, rei da França, torna-se admirador de Leonardo, assim como seu antecessor, Luís XII.
1516 (ou 1517)- Leonardo deixa a Itália, com Melzi, convocado por Francisco I. Ele leva a Mona Lisa, a Santa Ana, a Virgem e o Meninoe o São João Batista, e todos os seus manuscritos. Salai, que o acompanhou durante 25 anos, permanece em Milão.
1517(19)- permanência no catelo de Cloux, perto de Amboise. Freqüentes visitas do rei à casa de Leonardo. Projetos para drenagens, instalações urbanas. Aleijamento do braço direito. Última colaboração em festividades da corte.
1519- grave enfermidade. Testamento, no qual ele se reconcilia com seus meios-irmãos e deixa suas coleções e manuscritos para Melzi. Morre no dia 2 de maio.
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–
CINQUECENTO (séc XVI):
• Papas (mecenas);
• Roma (principal centro);
• Ariosto – Literatura – “Orlando Furioso”;
• Torquato Tasso – Literatura – “Jerusalém
Libertada”
•
Nicolau Maquiavel
– Literatura –
“O Príncipe”;
•
Rafael
– Pintura – conhecido como o pintor das
madonas. “Madona Sistina”, “Escola de Atenas”,
“A
Sagrada Família”;
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A ARTE DE RAFAEL SANZIO
ESCOLA DE ATENAS O CASAMENTO DA VIRGEM
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A ARTE DE MICHELÂNGELO
MOISÉS
DAVI PIETÁ
A CRIAÇÃO DE ADÃO
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•
Fatores da decadência do Renascimento
:
– Expansão marítima – decadência do comércio do
Mediterrâneo.
– Contra-Reforma – perseguições movidas pela Igreja
Católica.
•
O Renascimento fora da Itália
:
–
INGLATERRA:
•
Thomas Morus – Utopia
;
•
William Shakespeare
– Romeu e Julieta, Hamlet,
Otelo, Sonhos de Uma Noite de Verão, entre outras.
–
FRANÇA:
• Rabelais – Gargântua e Pantagruel;
• Montaigne – Ensaios.
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–
PORTUGAL:
•
Gil Vicente – Teatro
– Auto da Visitação e Auto
dos Reis Magos;
•
Camões – Literatura – Os Lusíadas
–
ESPANHA:
•
El Greco – Pintura
– Vista de Toledo sob a
tempestade e O Enterro do conde Orgaz;
•
Cervantes – Literatura - Dom Quixote de la
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–
PAÍSES BAIXOS (Holanda e Bélgica):
• Irmãos Hubert e Jan
Van Eyck – Pintura
–
Adoração do Cordeiro;
• Pieter Brueghel – Pintura – O Alquimista, Banquete
Nupcial, Os Cegos;
•
Erasmo de Roterdam – Literatura - Elogio da
Loucura
.
–
ALEMANHA:
• Albrecht
Dürer – Pintura
– Auto-retrato,
Natividade;
• Hans
Holbein – Pintura
– Cristo na sepultura.
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O RENASCIMENTO FORA DA ITÁLIA
PIETER BRUGHEL
BANQUETE DE NÚPCIAS
HIERONYMUS BOSH
JARDINS DAS DELÍCIAS CARROÇA DE FENO
MARKETING CULTURAL
EL GRECO
O ENTERRO DO
CONDE ORGAZ VISTA DE TOLEDO SOB A TEMPESTADE
MARKETING CULTURAL
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MARKETING CULTURAL
•
O Renascimento Científico
:
–
NICOLAU COPÉRNICO
: teoria heliocêntrica;
– JOHAN KEPLER: órbitas elípticas dos planetas;
–
GALILEU GALILEI
: confirmação da teoria
heliocêntrica;
– ANDRÉ VESÁLIO: “pai” da moderna anatomia;
– MIGUEL SERVET e WILLIAM HARVEY:
mecanismo de circulação sangüínea;
–
GIORDANO BRUNO
: afirmou que o universo não
era estático e a Terra não era o centro dele. Foi
queimado na fogueira a mando da Inquisição.
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MARKETING CULTURAL
O mecenato
O mecenato é uma prática milenar praticado a
partir de movimentos culturais diversos, em
especial, nas artes plásticas, teatro e literatura. A
origem da palavra mecenas vem em referência ao
estadista romano Caio Cilino
Mecenas
(60 a.C. –
8 d.C) conhecido pela proteção aos artistas, em
especial, os escritores Vergílio e Horácio.
Fundamentos históricos - MECENATO
MARKETING CULTURAL
O mecenato
• Diversos mecenas tiveram seus papéis na
História, quase todos, vinculados a interesses
muito próprios como reis, chefes de Estado e
líderes religiosos diversos, que “adotavam”
determinados artistas para a produção de obras a
serviço do próprio gosto ou propósito e não da
livre vontade da produção artística.
Fundamentos históricos - MECENATO
MARKETING CULTURAL
O mecenato
• Talvez os mais importantes dos mecenas tenham
sido os Médici, poderosa família de banqueiros e
comerciantes que governou a cidade de Florença
durante o período compreendido entre 1434 e
1737. Os Médici, por diversos momentos deram
contribuições significativas à cultura ocidental,
principalmente pelo patrocínio ao
desenvolvimento do Renascimento.
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• Sob os auspícios dos poderosos Médici, artistas
como Donatello, Brunelleschi, Ghiberti, Filippo
Lippi, Botticelli, Michelangelo, Leonardo da
Vinci e Galileu Galilei fizeram de Florença um
dos maiores centros de arte do mundo. Segundo
a Unesco, 60% dos tesouros artísticos da
humanidade estão na Itália, metade dos quais
em Florença.
Fundamentos históricos - MECENATO
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O mecenato - Brasil
• No Brasil, o mecenato também foi muito difundido,
mas desde sua origem, com interesses particulares
para o patrocínio da religião católica, à firmação da
eternidade em obras a pedido das famílias mais
abastadas ou a Corte Real e, principalmente, pelos
rendosos lucros que o mercado das artes
proporcionam.
Fundamentos históricos - MECENATO
MARKETING CULTURAL
O mecenato - Brasil
• Entre os mais conhecidos estão o imperador D.
Pedro II e o folclórico Assis Chateaubriand. Duas
figuras que ajudaram, por mais elitistas e
conservadores que fossem, a desenvolver as
estruturas públicas das artes e trazer obras do
mundo inteiro para acervos nacionais.
Fundamentos históricos - MECENATO
MARKETING CULTURAL
Outro momento de forte atuação do mecenato,
apresentado pelo autor, deu-se no início do século XX
nos Estados Unidos da América, onde as grandes
fortunas oriundas da Europa e consolidadas no
continente que despontava, passaram a usar dos
mesmos mecanismos de legitimação perante a
comunidade. Surgiram então as grandes obras de arte
norte-americanas e as atenções artísticas, antes
voltadas para Paris, passaram a apontar também para
Nova Iorque.
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MARKETING CULTURAL
O início da participação das empresas nas atividades
artísticas, ainda como atividade filantrópica, ocorreu
na década de 1960. Apesar de alguns empresários
despontarem como incentivadores desse tipo de
atividade, imperava nas organizações a visão de que a
cultura não precisava e nem justificava os “donativos”
oferecidos pelas organizações (REISS, 1972).
Fundamentos históricos - MECENATO
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MARKETING CULTURAL
(Reis, 2003, p. 04) afirma que mecenato é a primeira forma de associação entre capital e cultura, em especial com as artes e , ao não ter um objetivo comercial, não integra o processo de marketing cultural. É visto como o resultado da paixão de seres de alma sensível, tocados pelo nobre apelo da criação artística, que almejavam elevar a produção humana ao que ela possuía de mais belo. Protetores de grandes talentos, sem os mecenas efetivamente não teríamos hoje obras de
incontestável beleza, que ao longo dos séculos vêm emocionando pessoas de todas as origens , idades e predileções artísticas.
Fundamentos históricos - MECENATO
MARKETING CULTURAL
MUYLAERT (1994), chamou de marketing cultural
“o conjunto de recursos de marketing que permite
projetar a imagem de uma empresa ou entidade,
através de ações culturais”
VAZ (1995) apresenta um conceito mais operacional
para a atividade quando ressalta que o ”marketing
cultural é o conjunto de ações de marketing utilizadas
no desenvolvimento de um projeto cultural, aplicadas
tanto em relação aos objetivos e critérios que orientam
a concessão de fundos quanto aos procedimentos para
arrecadação de recursos”.
Conceito de Marketing Cultural.
MARKETING CULTURAL
GERTNER E CARNAVAL (1999), o seu uso parece
ser adequado tanto no desenvolvimento de uma
relação entre um produto, uma marca ou um serviço e
seus consumidores atuais e futuros, quanto no
desenvolvimento de uma relação entre uma empresa e
a comunidade.
Em outras palavras, seriam os esforços
mercadológicos utilizados para fixar e/ou projetar o
nome da empresa/produto com o prestígio advindo da
atividade cultural.
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Para SANDLER e SHANI (1993), “patrocínio é a
provisão de recursos por uma organização,
diretamente para um evento ou atividade, em troca de
uma associação direta com este evento ou atividade.
Conceito de Marketing - PATROCINIO
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Mensuração de resultados do patrocínio
MARKETING CULTURAL
Conforme CORNWELL e MAIGNAN (1998) a
primeira pesquisa com o intuito de mensuração dos
efeitos do patrocínio somente surgiu em 1988,
realizada por RYSSEL e STAMMINGER, na
Alemanha. CRIMMINS e HORN (1996), ao
estudarem os efeitos do patrocínio dos jogos olímpicos
de 1996, apresentaram uma equação para mensuração
do impacto da persuasão do patrocínio para os
consumidores. Nessa equação, os autores apontam que
a força do vínculo pode ser medida pelo percentual de
consumidores que reconhecem o real patrocinador do
evento deduzido do percentual que reconhece o
concorrente como o principal patrocinador.
MARKETING CULTURAL
REIS (1997) demonstrou na pesquisa realizada em
empresas patrocinadoras de cultura no Brasil, que uma
outra forma de mensuração de resultados seria obtida
através da contagem de tempo de exposição do evento
e do nome da empresa na mídia. Seria a quantificação
da mídia gratuita obtida com o evento, através dos
centímetros na mídia escrita e dos minutos em
televisão e rádio.
Segundo CORNWELL e MAIGMAN (1998), a maior
dificuldade na avaliação do patrocínio é a
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MARKETING CULTURAL
Petrobrás.
A atividade cultural realizada pela Petrobrás iniciou de forma
esporádica e irregular, acontecendo em função da realização
de projetos relevantes, do ponto de vista artístico, apresentados
à empresa.
. Em 1995, um projeto serviu de referência para que a
atividade passasse a ser vista de outra forma: a Exposição
Rodin
, no Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro,
que alcançou um público de 250 mil pessoas e fez com que o
projeto fosse estendido à Pinacoteca de São Paulo, onde foi
visitada por mais de 400 mil pessoas.
A partir desse momento, a atividade cultural passou a fazer
parte do conjunto de ações que a Petrobrás realiza e que
intitula de Comunicação Institucional.
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MARKETING CULTURAL
Banco Real
Em 1990, o Banco Real iniciou suas atividades de
patrocíno na área cultural, motivado pela necessidade
de mudança da imagem perante a sociedade. Como
forma de sedimentar esses novos conceitos e canalizar
esses resultados para a melhoria da imagem, criou-se
uma agência de cultura, dentro do próprio banco.
MARKETING CULTURAL
Pão de Açúcar.
O grupo Pão de Açucar iniciou a década de noventa
enfrentando uma crise financeira, ao mesmo tempo em que
entravam no mercado brasileiro concorrentes multinacionais
de grande porte, tornando o setor de varejo bastante
competitivo. A partir do enxugamento da estrutura e da
recomposição acionária, o grupo passou a desenvolver uma
estratégia mercadológica baseada no reposicionamento da
marca. Desta forma, surgiu o primeiro projeto cultural,
patrocinado pela marca Pão de Açúcar, o projeto “Pão Music”.
Iniciado em 1994, o projeto “Pão Music” tenta agregar valor à
marca, através de conceitos como qualidade, diferencial no
contato com o cliente e caráter inovador. No sétimo ano de
realização, esse projeto tomou forma de programa, mantendo a
mesma regularidade e qualidade nas atrações apresentadas.
MARKETING CULTURAL
Pão de Açúcar - Campanha promocional
No campo da literatura, o patrocínio de livros tem
ocorrido de forma integrada com a área de marketing
de varejo do grupo. O destaque vai para o livro “500
anos de sabor”, que comemora os 500 anos do
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A Petrobrás exige que o patrocinado forneça, no
encerramento de cada projeto, um relatório com as
seguintes informações:
A quantidade de público presente a cada evento.
Outro relatório exigido é o clipping resultante de cada
projeto, para que se visualize a exposição que o
projeto patrocinado teve na mídia e o que obteve
de mídia espontânea.
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A coleta de informações por parte da empresa, ocorre
da seguinte forma:
O clipping interno
, realizado com os veículos de
comunicação de que a Petrobrás dispõe,
demonstrando a exposição do evento e a mídia
espontânea obtida. Deve-se ressaltar que o clipping
realizado pelo patrocinado é na maioria das vezes
mais completo e abrangente, uma vez que é
realizado na mídia em geral, enquanto que nesse
caso, utiliza-se somente alguns veículos.
MARKETING CULTURAL
clipping-pesquisa
, que é uma pesquisa realizada
com base no clipping, onde se faz uma
classificação de valor das reportagens elencadas,
de forma que essas reportagens sejam
apresentadas como favoráveis e desfavoráveis,
sendo possível o conceito que um determinado
evento teve na mídia espontânea.
A receita de mídia
, obtida por meio da negociação
realizada pelo patrocinado, diretamente com os
veículos de comunicação.
MARKETING CULTURAL
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MARKETING CULTURAL
A COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL.
Objetivos do Marketing Cultural
Segundo Ana Carla Fonseca Reis:
Estabelecer uma comunicação direta com o público alvo
Atrair, manter e treinar funcionários
Estabelecer relações duradouras com a comunidade
Reforçar ou aprimorar a imagem corporativa ou da marca
Manter ou incrementar o conhecimento da marca ou da empresa
Potencializar o composto de comunicação da marca
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MARKETING CULTURAL
Quando uma empresa promove a cultura ela alcança de maneira sutil o seu público alvo (clientes externos) e os clientes internos – que ficam orgulhosos por trabalhar na empresa, promovendo até o endomarketing. Isso faz com que a organização que investe em cultura comunique a sua marca.
Segundo Almeida, o conceito de “mídia a custo zero” é um dos objetivos do marketing cultural.
Marketing cultural como uma estratégia de comunicação
MARKETING CULTURAL
A discussão sobre a brasilidade e suas implicações é antiga e está presente em vários estudos. Casa Grande & Senzala, de mestre Gilberto Freyre, e Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, sabemos todos, são dois desses marcos. Ainda não existe, todavia, um conhecimento sistematizado voltado para valorizar e aplicar o conjunto de traços peculiares ao Brasil na imagem dos negócios.
Marketing cultural - Imagem Nacional do Brasil
MARKETING CULTURAL
A existência de uma imagem nacional que destaque e identifique bons produtos e serviços pode ser usada como estratégia de conquista de mercados. O filósofo e professor Otávio Ianni assinalou, há pouco tempo, que a tão temida e discutida globalização, que universalizou e agilizou a informação e o conhecimento, registra um aparente paradoxo – a valorização da cultura local.
mktpassos@gmail.com WWW.mktpassos.com Prof. Ivan Passos O artesanato mexicano, exportado hoje para o mundo inteiro, é um exemplo claro desse fenômeno. Foi o caminho que vários outros países percorreram. A Itália é reconhecida por seu design, a França pelos seus perfumes, a Suíça pela precisão de seus relógios e, mais recentemente, a Nova Zelândia pela chamada economia do kiwi.
Marketing cultural - Imagem Nacional do Brasil
mktpassos@gmail.com WWW.mktpassos.com Prof. Ivan Passos Se valorizar e difundir seu patrimônio cultural, natural e humano levaram tais países a se destacar no mundo dos negócios, o Brasil pode se valer dessas experiências bem sucedidas e tornar a brasilidade um bem valioso na sua economia e nas suas estratégias de desenvolvimento. Isso é perfeitamente possível.
Marketing cultural - Imagem Nacional do Brasil
MARKETING CULTURAL
As características brasileiras mais flagrantes e fortes podem ser valorizadas na construção de uma imagem positiva do país. O caráter hospitaleiro do brasileiro; a exuberância do país, onde tudo é abundante, sobretudo o sentimento, as cores; o fato de ser uma nação jovem, criativa, tropical e abrigar a convivência pacífica de diferentes raças e culturas – são todos aspectos norteadores de uma estratégia de valorização do Brasil e do seu segmento produtivo.
Marketing cultural - Imagem Nacional do Brasil
MARKETING CULTURAL
O governo Sarney, que convocava “fiscais” e que promoveu a “caça ao boi gordo”, implementou,
especificamente para o segmento composto por artistas e produtores culturais, a lei no 7.505/86 de incentivo fiscal. Tal instrumento legal, em que o Estado concedia uma renúncia fiscal importante, permitiu a empresas públicas e privadas (através das modalidades de apoio como doação, patrocínio ou investimento a iniciativas culturais – com abatimento direto do imposto de renda devido de 100, 80 e 50 por cento da quantia empregada, respectivamente), apoiarem um ciclo aéreo de mecenato no Brasil: a era da lei Sarney.
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MARKETING CULTURAL
A COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL. Como forma de relacionamento, o marketing e suas práticas (principalmente no que toca ao comportamento de consumo) passam a ser objeto das ciências humanas e sociais, e em especial da Comunicação.
Na história das manifestações artísticas e culturais do Brasil contemporâneo, o período compreendido entre 1986 e 1989 marcou o auge do apoio institucional à cultura via lei Sarney, de incentivos fiscais.
Nunca antes no Brasil tantas empresas (e muitas delas estreantes nos media), ofereceram apoio a tantas manifestações artístico-culturais.
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Existem produtos e serviços tipicamente brasileiros que obtêm sucesso no mercado justamente porque possuem densidade cultural – além, é claro, de qualidade, logística, boa comercialização, fatores também essenciais. São os casos da moda, do turismo, do artesanato, da cachaça, da pintura, da música, do carnaval, dos produtos naturais.
Marketing cultural - Imagem Nacional do Brasil
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O governo Collor, que se seguiu, aboliu todos os subsídios e incentivos fiscais; criou um instrumento semelhante (não sem antes estabelecer um verdadeiro estado de coma em toda a esfera cultural, extinguindo órgãos com FUNARTE, EMBRAFILME, IPHAN), o qual recebeu a alcunha de seu secretário da Cultura – a lei Roaunet. Muitas críticas foram (e continuam sendo) feitas a essa lei, relativas, principalmente, à sua excessiva burocracia, o que minimizou significativamente a atuação das empresas em patrocínio cultural.
Leis estaduais e municipais seguiram-se, no mesmo espírito de renúncia fiscal.
Lei Rouanet – PRES. COLLOR
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O marketing cultural pode contribuir, no contexto da comunicação institucional, para a conquista e a manutenção de um boa imagem corporativa diante de públicos internos e externos.
mktpassos@gmail.com WWW.mktpassos.com Prof. Ivan Passos mktpassos@gmail.com WWW.mktpassos.com Prof. Ivan Passos É toda ação de marketing que usa a cultura como veículo de comunicação para se difundir o nome, produto ou fixar imagem de uma empresa
patrocinadora. Para se fazer marketing cultural não há fórmula fechada, pois há variáveis que, conforme combinadas, podem resultar numa excelente ação de marketing. O que manda é a criatividade para atingir o público alvo de forma a atender os objetivos de comunicação da empresa com os recursos disponíveis.
Trabalho em grupo; Encontre exemplos para as ferramentas acima)
1) O que é marketing cultural?
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Ao patrocinar um show, por exemplo, a empresa pode não só associar sua marca àquele tipo de música e público como pode também oferecer amostras de produto (promoção);
Distribuir ingressos para os seus funcionários (endomarketing);
|Eleger um dia exclusivo para convidados especiais (marketing de relacionamento);
Enviar mala-direta aos consumidores/clientes informando que o show está acontecendo e é patrocinado pela empresa (marketing direto);
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Mostrar o artista consumindo o produto durante o show(merchandising);
Levantar informações gerais sobre o consumidor por meio de pesquisas feitas no local (database marketing);
Fazer uma publicação sobre o evento (marketing editorial);
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Ele vem ganhando força no meio empresarial porque apresenta soluções relativamente baratas a três novas exigências do mercado:
1) necessidade de diferenciação das marcas;
2) diversificação do mix de comunicação das empresas para melhor atingir seu público;
necessidade das empresas se posicionarem como socialmente responsáveis. Ao patrocinar um projeto cultural a empresa se diferencia das demais a partir do momento em que toma para si determinados valores relativos àquele projeto (por exemplo tradição, modernidade, competência, criatividade, popularidade etc.). Também amplia a forma como se comunica com seu público alvo e mostra para a sociedade que não está encastelada em torno da sua lucratividade e de seus negócios.
2) Por que as empresas fazem marketing cultural?
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A partir do momento em que uma empresa empreende uma ação de marketing usando como ferramenta a cultura, ela está fazendo marketing cultural. Nem sempre o patrocínio vem em forma de dinheiro vivo - pode ser uma permuta por passagens áreas (companhias aéreas), estadia (hotéis e pousadas), refeições (restaurantes). Importante é que a ação de marketing deve se encaixar perfeitamente ao perfil da empresa, ao público alvo e ao objetivo buscado. Sem equalizar esses três quesitos (público alvo, identidade, objetivos) fica difícil garantir a eficácia da ação.
Também é importante frisar que marketing cultural pode (e deve) vir associado a outras ações de marketing.
3) Como uma empresa pode fazer marketing cultural?
MARKETING CULTURAL
Inicialmente as empresas começaram a investir em marketing cultural porque, devido às leis de incentivo, financeiramente era um bom negócio. Depois, elas compreenderam que essas ações de marketing solidificavam a imagem institucional da empresa e davam visibilidade para a marca. Desse modo, o investimento em cultura pode ser visto como uma oportunidade para as empresas participarem do processo de incremento e manutenção dos valores culturais da sociedade e, principalmente, a possibilidade de construir uma imagem forte e bem posicionada para o consumidor, garantindo a curto, médio e longo prazo sua perpetuação. Nesse aspecto, o marketing cultural trabalha a imagem da empresa, por meio da marca, de forma consciente e
inconsciente. Por que comprar este ou aquele sabonete? A resposta para essa pergunta vem da competitividade do produto, mas também é fruto do trabalho de marketing dessa empresa.
4) O que uma empresa ganha fazendo marketing cultural?
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Não são apenas as grandes que investem, mas são a maioria por várias razões e a principal é o desconhecimento das leis de incentivo e dos benefícios que esse tipo de ação de marketing pode trazer. O volume de dinheiro que empresas pequenas e médias movimentam podem levar o empresário a pensar que ele não poderia arcar com os custos de um projeto cultural. No entanto, existem projetos para todos os bolsos.
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Do ponto de vista financeiro, dependendo do tipo de projeto cultural escolhido, a empresa pode reaver 100% do valor investido, o que seria um bom negócio. Do ponto de vista mercadológico, a imagem institucional dessa empresa e a aceitação que ela tem junto ao seu público alvo são bastante trabalhados, o que contribui para a solidificação e perenização da empresa. Se o marketing cultural vier associado a outras ações de marketing (vide resposta número 2) seus benefícios serão bastante ampliados.
6) Quais as vantagens de uma pequena empresa investir em cultura?
MKT soldado
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Marketing cultural é uma ação que busca abrir um canal de comunicação entre a empresa e o público. As empresas não patrocinam projetos culturais por caridade e sim para obter retorno. Já mecenato é quando uma empresa, em geral representada por seu dono ou presidente, tem interesse em determinada área e investe sem aguardar retorno. Portanto, quem elabora uma proposta de patrocínio não deve somente destacar as qualidades culturais do projeto, que também são importantes, mas expressar, clara e diretamente, sua adequação à marca da empresa e às vantagens que pode oferecer a ela. Para ter sucesso, um projeto de patrocínio cultural precisa ser percebido pela empresa como uma boa solução para sua
comunicação.
7) Qual é a diferença entre marketing cultural (ou patrocínio cultural) e mecenato?
MARKETING CULTURAL
Porque a maioria das pessoas desconhece os benefícios das leis de incentivo. No caso das leis Rouanet e Audiovisual, existe ainda um outro problema: quando alguém patrocina um projeto cultural, precisa adiantar o dinheiro para o produtor e só acerta as contas com o fisco no ano seguinte, após declarar seu Imposto de Renda. Acontece que, diferente das empresas, a maioria das pessoas não tem capital de giro e disponibilidade para esperar tanto tempo até terem seu dinheiro de volta. Outro fator é que não existe uma mentalidade nacional voltada para o patrocínio cultural. Em países como os Estados Unidos, a maior parte do dinheiro que financia a cultura vem de pessoas físicas.
8) Por que o número de pessoas físicas que investe em cultura ainda é pequeno?
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Não. O que acontece é que muitas vezes as empresas preferem associar seus nomes e marcas com artistas reconhecidos pelo grande público. Mas o que tira muita gente da batalha pelo patrocínio é a falta de profissionalismo. Ou seja, na hora de desenvolver um projeto, procure apresentar a proposta da forma mais correta possível. Consulte fontes, amigos e pessoas que já fizeram o mesmo "caminho das pedras". Tentar preencher o Cadastro de Projetos Culturais da Marketing Cultural Online também é uma forma de ver se você está deixando brechas. Muitas vezes as empresas conseguem fazer uma ação de marketing cultural muito mais eficiente com novos talentos.
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É uma lei que oferece benefício fiscal (à pessoa física ou jurídica) como atrativo para investimentos em cultura. Existem hoje leis de incentivo federais, estaduais e municipais. Dependendo da lei utilizada, o abatimento em impostos pode chegar até a 100% do investimento.
10) O que é uma lei de incentivo à cultura?
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Cada lei tem um funcionamento específico. As leis federais oferecem isenção no Imposto de Renda das pessoas físicas ou jurídicas. Já as estaduais proporcionam isenção de ICMS e as municipais, de IPTU e ISS. Algumas optam por financiar a fundo perdido ou fazer empréstimos a projetos culturais regionais. Ao optar por uma ou outra lei, o produtor cultural deve levar em consideração a região onde o projeto cultural será realizado e as necessidades dos possíveis patrocinadores. Se uma empresa não está dando lucro, por exemplo, ela não tem como beneficiar-se da lei Rouanet, mas pode beneficiar-se das leis estaduais ou municipais. 11) Como funcionam as leis de incentivo?
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Primeiro, o órgão do governo responsável pela aplicação da lei precisa aprovar o projeto apresentado para que ele se beneficie da lei de incentivo. Depois da aprovação, o produtor cultural (que pode ser o próprio artista) procura uma empresa que queira patrocinar o seu projeto. Fechado o patrocínio, a empresa fornece o dinheiro para a realização do projeto cultural. Esse dinheiro (ou parte dele) voltará para a empresa em forma de abatimento de imposto na hora do pagamento do tributo (Imposto de Renda, ICMS ou IPTU/ISS, dependendo da lei utilizada).
12) Na prática, como uma empresa patrocina um projeto cultural via lei de incentivo?
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É preciso entrar em contato com o Ministério da Cultura ou com o órgão que regulamenta a lei (que pode ser estadual ou municipal) e ver quais são os parâmetros exigidos para a sua área especificamente (dança, teatro, música, audiovisual etc). Algumas etapas
fundamentais devem ser seguidas para que seu projeto possa vir a ser aprovado:
1º passo ter o projeto cultural formatado com orçamento, equipe, plano de mídia, tudo previsto;
2º passo: contatar o órgão responsável pela aplicação da lei de incentivo que o produtor deseja utilizar
3º passo: reunir todos os documentos solicitados e dar entrada no projeto.
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Sim, desde que atenda aos parâmetros exigidos pelo órgão governamental responsável pela aplicação da lei.
14) Qualquer projeto cultural pode ser beneficiado pelas leis de incentivo à cultura?
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É importante saber que quando uma empresa patrocina um projeto, ela busca algum tipo de retorno. Expor o projeto na mídia é, portanto, muito importante. Quando o custo de um projeto é fechado, ele deve incluir os veículos e as formas de divulgação que serão adotados. Por exemplo: normalmente o projeto precisa de uma assessoria de imprensa, de inserções publicitárias em jornais, outdoors, TV, de outras ações integradas de marketing ... Cada projeto merece um tratamento específico, mas os custos e as formas como isso vai acontecer devem constar de um plano de mídia. 15) O que é plano de mídia?
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São critérios bastante particulares. Algumas preferem associar suas marcas à restauração de patrimônios históricos, enquanto outras preferem patrocinar o Carnaval. Mas o critério comum é que todas elas buscam algum tipo de retorno, seja institucional ou de vendas. Na hora de escolher um possível patrocinador, o produtor cultural deve estar atento ao perfil da empresa para a qual ele está
apresentando seu projeto, assim como para todos os tipos de retorno que o projeto pode proporcionar.
Qual empresa esta patrocinando o patrimônio histórico atualmente? Procurar. (valor 0,5)
16) Quais os critérios usados pelas empresas na hora de escolher um projeto cultural?
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Uma empresa que compra uma cota ou a totalidade de seu projeto é uma patrocinadora. Uma empresa aérea que lhe forneça passagens ou um hotel que hospede sua equipe, por exemplo, são seus apoiadores.
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Depende do nível de profissionalização e informação que você tem sobre a área. É necessário saber que captação é um processo difícil, que envolve tempo e dinheiro, além de conhecimento sobre o mercado. Não adianta oferecer uma temporada de música lírica para uma marca de roupas infantis, muito menos oferecer um projeto com orçamento fora dos padrões da empresa inicialmente escolhida.
CONTINUA...
18) Posso fazer a captação de recursos para o meu projeto ou preciso de um produtor cultural?
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Você também precisa saber preparar o projeto de modo a que ele se adeqüe perfeitamente ao patrocinador desejado. Seria interessante se você tivesse alguns contatos, mas o mais importante é estar pronto para responder todas as eventuais dúvidas. Datas, prazos, valores, plano de mídia... tudo isso tem de estar na ponta da língua, ou então busque por mais informações ou por um produtor cultural. Lembre-se de que é muito difícil uma empresa voltar a abrir as portas para um projeto que chegou até ela com deficiências e amadorismos. Consultar profissionais da área e ler a revista Marketing Cultural Online também são um bom começo.
18) Posso fazer a captação de recursos para o meu projeto ou preciso de um produtor cultural?
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Segundo estudo encomendado pelo Ministério da Cultura à
Fundação João Pinheiro, em 1997 a produção cultural movimentou no Brasil aproximadamente R$ 6,5 bilhões, o que correspondia na época a cerca de 0,8% do PIB brasileiro. Em 1994, quando foi feito o último levantamento, a cultura empregava 510 mil pessoas, considerando-se todos os seus setores e áreas.
19) Qual o peso da cultura na economia nacional?
MARKETING CULTURAL
Esse contigente era:
90% maior do que o empregado pelas atividades de fabricação de equipamentos e material elétrico e eletrônico;
53% superior ao da indústria automobilística, de autopeças e fabricação de outros veículos e
78% maior do que o empregado em serviços industriais de utilidade pública (energia elétrica, distribuição de água e esgoto). Ou seja, a cultura tem um peso econômico importante no Brasil de hoje, destacando-se inclusive como grande geradora de empregos. Mas esses números estão muito defasados e não houve nenhuma outra pesquisa aprofundada até agora.
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Dicas para Marketing
cultural
Por Fernando Portella
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1-O MARKETING CULTURAL é uma estratégia utilizada pelas empresas para que, através de patrocínios a projetos culturais, agreguem valor às suas marcas.
2-O MARKETING CULTURAL é uma vertente do Marketing Institucional das empresas, ou seja: tem a ver com a sua marca, sua identidade e os valores subjetivos associados ao seu nome.
3-O aumento da venda de produtos com o MARKETING CULTURAL não pode (salvo algumas estratégias específicas) ser medido pelos métodos tradicionais. Por exemplo: o MARKETING CULTURAL permite um grande retorno de mídia espontânea, que medido em valores financeiros, com base na tabela de publicidade dos veículos de comunicação, pode superar em até 10 vezes o valor do patrocínio.
MARKETING CULTURAL
4-
Não se pode apresentar um projeto para uma empresa
(possível patrocinadora) sem conhecê-la antecipadamente. É
preciso saber o que ela faz, o que produz e o que já patrocinou.
Este PERFIL DE EMPRESAS PATROCINADORAS vai
ajudar você a conhecer melhor as empresas.
5-
Todo bom projeto é composto basicamente por: uma
apresentação sucinta, uma descrição técnica (como vai ser
realizado), um orçamento enxuto, um cronograma de execução
e um de desembolso, um currículo dos proponentes e técnicos,
uma descrição objetiva dos “retornos propostos ao
patrocinador” e anexos (bem escolhidos). Mas um dos
elementos principais é a carta de apresentação do projeto, que
deve ser personalizada, plenamente identificada com a empresa
que se pretende transformar em parceira da nossa proposta.
MARKETING CULTURAL
6-Não se utiliza o MARKETING CULTURAL, partindo do produto cultural. Neste caso o caminho deve ser inverso, é o do “CULTURAL MARKETING”, ou seja: da construção das estratégias eficazes que poderão viabilizar o projeto cultural no mercado. Quem faz
MARKETING CULTURAL é a empresa, estabelecendo um conjunto de critérios objetivos de seleção de projetos, em sintonia com seus objetivos institucionais e de marketing de produtos ou serviços.
7-O MARKETING CULTURAL precisa considerar todas as etapas do Ciclo da Produção Cultural: a inspiração que se transforma em idéia, a idéia que é planejada e vira um projeto, o projeto que passa por uma estratégia de marketing para chegar ao mercado, a negociação até o contrato, a produção (equipe, capacidade de realização, melhor época de realização, local, etc) e o planejamento da mídia, para chegar ao público que deseja atingir, cujo perfil deve ser conhecido
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MARKETING CULTURAL
8-MARKETING CULTURAL é uma estratégia de troca: troca-se recursos de patrocínio por retorno institucional (e também por abatimentos nos impostos da empresa, quando se utilizam as leis de incentivo fiscal à cultura). A empresa, ao fortalecer sua imagem pela simpatia que estabelece com o público e a sociedade em geral, também aumenta a venda de seus produtos ou serviços.
9-Muitas vezes o caminho para se chegar a uma empresa é
indireto. É preciso saber quem influencia quem decide. Para quem a empresa não pode negar um pedido de atendimento? Um cliente? Um revendedor? Se você desejar obter tinta para pintar um prédio histórico, não peça diretamente à fábrica. Associe-se primeiro à maior loja de tinta da sua cidade. Lembre-se: é a loja que vende tinta. Sua influência pode ser decisiva.
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10-Responda rápido. O que é mais fácil: chegar numa grande empresa de petróleo sozinho com seu projeto para buscar patrocínio ou ir acompanhado do proprietário de uma rede de postos de gasolina?
11-Como ser recebido numa empresa para apresentar um projeto? Primeiro: telefone. Você vai se surpreender ao saber que, em muitas empresas, o executivo que decide atende diretamente e marca os encontros. Segundo: passe um E-mail; pode funcionar. Terceiro: busque algum conhecido que trabalhe lá e vá indicado por ele. Mas procure sempre estabelecer um encontro. Nada como olho no olho e cara a cara, para se viabilizar um projeto.
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12-
Antes de tudo, procure iluminar seu projeto. Lembre-se:
um projeto é uma idéia, uma proposta (um sonho) na forma de
papel. Como ele ainda não foi realizado, é um produto
imaterial, não pode ser testado antes de ser comprado. É
preciso que esta idéia, cheia de energia positiva, apareça,
ganhe vida e força para acontecer. Registre-a e mostre-a para
que ela vá ganhando presença no inconsciente coletivo das
pessoas
13-
Não tenha medo de que seu projeto seja roubado. Perceba
que você captou uma idéia que está no subjetivo de todos.
Outras pessoas podem captá-la
MARKETING CULTURAL
14-
A apresentação visual do seu projeto é fundamental, assim
como a objetividade da sua proposta. Não escreva uma tese.
Deixe os textos longos para um segundo momento. Não faça
poesia. Não procure mostrar erudição. Ao apresentar uma
proposta de um espetáculo teatral, leve sempre o texto da peça
numa pasta à parte e saiba perceber o momento propício de
apresentá-lo.
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16-
O boato que corre no mercado de que o patrocinador que
utiliza incentivos fiscais é investigado por fiscais da Fazenda é
a maior mentira que existe no mercado cultural. É um boato
criado possivelmente por quem não gosta de dar incentivos,
desconhece o papel social das empresas e cuida apenas do
lucro, sem dar qualquer retorno à sociedade que sustenta sua
empresa.
17-
O caminho consciente para a viabilização de um projeto
não é aquele que vai da emoção para o público, do público
para mídia e da mídia para o mercado. Este sentido torna seu
projeto vazio de conteúdo e identidade. O caminho da arte é
duro – parte da emoção, da visão, para o planejamento e
depois para o mercado, de forma a despertar a mídia e o
público.
mktpassos@gmail.com WWW.mktpassos.com Prof. Ivan Passos18-
Todo projeto se viabiliza através de uma Rede de
Parcerias. Forme a sua.
19
- Para um empresário do tipo “perfeccionista”, saiba que ele
vai tentar alterar, mesmo que seja em pequenos detalhes, o seu
projeto – de forma que fique como ele gostaria que fosse.
Afinal, “quem conhece a empresa é ele”.
20-
Não é necessário mudar o conteúdo de um projeto para
atender a um patrocinador. As mudanças que podem acontecer
referem-se à forma de apresentação do projeto, à inserção de
retornos, detalhes do plano de mídia e outros relativos aos
interesses diretos do patrocinador – mas nunca interferem
diretamente na criação.
MARKETING CULTURAL
21-
Coloque sempre no seu projeto esta afirmação: “estamos
abertos para discutir outras formas de retorno de interesse da
empresa”.
22-
Um “captador de recursos” é um péssimo nome dado a um
profissional fundamental para viabilizar um projeto. Podemos
chamá-lo de “consultor de marketing cultural”, de “engenheiro
cultural” ou “assessor de marketing cultural”.
MARKETING CULTURAL
23
- Um consultor de marketing cultural pode receber para
captar recursos para um projeto até o valor de 10% (em relação
ao valor global da produção do projeto), correspondendo ao
item “agenciamento”, conforme estabelece a Lei Rouanet. Este
percentual acabou se tornando um padrão no mercado, mas,
dependendo do trabalho, a negociação é livre.
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MARKETING CULTURAL
25-
Lembre-se sempre: quando acreditamos realmente em
alguma coisa com benefício social, todos colaboram para que
ela aconteça.
26-
O profissional de marketing cultural e cultural marketing
é o artista do mercado. Ele precisa conhecer bem o projeto, os
proponentes, artistas, a obra em pauta, as etapas de produção, a
mídia necessária e possuir relacionamentos com empresários.
Deve estar sempre atualizado com as oportunidades de
negócios do mercado. Precisa ler revistas empresariais que
falam das questões internas e os produtos de potenciais
patrocinadores. Deve conhecer os prazos para apresentação de
projetos nas empresas e muito mais. Não é uma pessoa fria,
muito pelo contrário: deve ter sensibilidade total – da poesia à
lógica de venda.
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27
- Não se vende um projeto cultural, portanto não há motivo
nenhum para você ter trauma de venda. Nós apresentamos um
projeto cultural ao mercado. Se um projeto cultural fosse
vendido para um patrocinador, ele o levaria para casa.
28-
Para um patrocinador emotivo, não se esqueça de dizer que
ele será convidado para subir no palco no dia do lançamento
do projeto para receber uma homenagem “espontânea” dos
artistas. Por mais que ele diga que isto não é preciso, vai gostar
da idéia. Agora, para um patrocinador do tipo “auditor”,
fechado, nem pense em convidá-lo para aparecer – pois ele
quer ficar de longe, observando.
MARKETING CULTURAL
29-
É difícil você viabilizar mais de um projeto para uma
mesma empresa. Como você levou muito tempo para
conseguir entrar lá, não custa nada divulgar os critérios dessa
empresa para o mercado.
MARKETING CULTURAL
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31-
Nunca despreze sua agenda de telefones, inclusive aquela
antiga. Tenha sua agenda organizada, saiba onde estão as
pessoas. Crie sua rede de contatos. O Senhor Nélio Botelho,
líder dos caminhoneiros, faz uma greve nacional, falando
apenas com 150 líderes, que por sua vez mobilizam milhares.
32-
Para uma boa prestação de contas ao Poder Público, de um
projeto que utilizou as leis de incentivo, é necessário pensar na
administração dos recursos desde a elaboração do orçamento.
Saiba que a “Consolidação Bancária” (transcrição do extrato
da conta do projeto com informações sobre entradas e
despesas) é que será avaliada pelos órgãos de governo.
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33- A identidade cultural brasileira é o nosso melhor negócio.
Projetos neste sentido ganharão força nos próximos dez anos.
Toda moeda tem duas faces: a cara e a coroa. A coroa
representa os recursos e a cara a nossa cultura e a nossa
identidade. Não haverá desenvolvimento sem os dois lados da
moeda.
34- Da mesma forma que um artista plástico faz pesquisas de
materiais e temas para sua obra, o profissional de marketing
cultural e de cultural marketing analisa um projeto e suas
possibilidades no mercado.
MARKETING CULTURAL
35-
Caso você esteja começando no mercado e pensa que seu
projeto, por exemplo, de uma peça de teatro, não será nem
analisado por um patrocinador, existem duas saídas. Em
primeiro lugar, não tenha este preconceito, pois novos talentos
são cada vez mais alvo das empresas patrocinadoras; em
segundo, se este for o impedimento, convide um ator ou
diretor conhecido para apresentar seu projeto. Escreva na capa
“Alberto Roberto apresenta: O Grupo Novo de Teatro” e vá
em frente.
MARKETING CULTURAL
36-
A melhor época para apresentar um projeto a
patrocinadores é de agosto a novembro, período no qual eles
estão pensando nos investimentos de marketing que farão no
ano seguinte. Embora seja grande o número de empresas
recebem projetos ao longo de todo o ano. Saiba qual o melhor
período para apresentar projetos a cada uma. Algumas
empresas estão passando a receber projetos via INTERNET e
outras contratando profissionais do mercado para analisar
previamente projetos, segundo critérios pré-estabelecidos.
Nunca se esqueça de que cada caso é um caso.
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MARKETING CULTURAL
38-
O mercado cultural ainda é muito desunido – e isto é ruim.
Procure formar redes de parceria, precisamos ser mais
profissionais, com ética, sem qualquer prejuízo para as obras
ou para nossos artistas. Não tenha preconceito quanto ao
“mercado cultural” – ele é o lugar onde vendemos ingressos,
quadros, livros, buscamos apoios e patrocínios.
39-
O mercado cultural vai muito além do que se imagina: ele
possui interfaces com o turismo cultural, gastronomia típica,
educação, área social, ciência e tecnologia, urbanismo, lazer,
saúde, comunicação, artesanato e muitas outras áreas
indispensáveis ao desenvolvimento humano, econômico e
social.
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MARKETING CULTURAL
40-
É a falta de cultura que não percebe a importância da
cultura no desenvolvimento de um país.
41-
A educação ensina a ler e escrever, mas só a cultura
ensina a enxergar.
42-
Um projeto cultural com interface social pode fornecer ao
patrocinador, além de incentivos fiscais, mídia espontânea e
benefícios definitivos para as pessoas envolvidas, como o
desenvolvimento da criatividade, auto-estima, relacionamento
e segurança. Um projeto apenas social não oferece tudo isso e
pode cair no paternalismo filantrópico.
MARKETING CULTURAL
43-
Patrocinadores da construção civil preferem patrocinar
livros sobre os bairros e as cidades onde possuem negócios.
Também atuam na restauração de patrimônios históricos. Tais
critérios têm coerência. Os livros aproximam a empresa dos
moradores e a preservação de patrimônios históricos, além de
utilizar os mesmos materiais que eles utilizam na construção
(identidade), agregam valores de idade (credibilidade)
memória e história às suas marcas.
44-
Ao patrocinar novos talentos, uma empresa agrega à sua
marca o valor de quem sabe “apostar no futuro”.
MARKETING CULTURAL
45-
Algumas empresas preferem o teatro pela possibilidade do
marketing de relacionamento, ou seja, poder realizar
apresentações fechadas com seus clientes
.
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47-
Um patrocinador do tipo autoritário, daqueles que possuem
uma mesa grande com fotos suas e diplomas na parede, antes
de ler o seu projeto, vai querer saber quem lhe indicou, que
interesses possui nesta pessoa ou instituição. Patrocinará para
aumentar seu poder e negócios, ou por uma amizade fiel. Não
abaixe a cabeça ao dialogar com uma personalidade autoritária
que fala alto e é agressiva. Fale no mesmo tom.
48-
Saiba sempre que um “não” ao seu projeto não significa
nada; é apenas um sinal corretivo de rumo para uma nova
apresentação.
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49-
Você nunca saberá se um patrocinador vai lhe receber se
você não for procurá-lo. Certo?
50-
Finalmente, nunca se esqueça: o objetivo maior de um
artista é a conquista do seu público. Estude tudo que existe
sobre mobilização de pessoas, conquista e fidelização de
clientes. Ter público é ter mídia. E se você tiver público e
mídia, os patrocinadores baterão à sua porta. Nenhum projeto
resiste se depender apenas de patrocínio.
MARKETING CULTURAL
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1. Introdução as Leis
Este documento pretende dar um conhecimento geral sobre as principais leis de incentivo no país e orientar o enquadramento de projetos culturais de ordem videográfica ou cinematográfica na Lei Rouanet, através do programa "Formatador de Projetos Culturais", oferecido pela mesma instituição. O Formulário é padrão, e pode ser utilizado também para a apresentação de projetos ao Fundo Nacional de Cultura, Audiovisual e Convênios.