Compostos Organometálicos
A química organometálica é a química dos compostos que contêm ligações metal-carbono
Química organometálica dos metais s e p
Compreendida na primeira parte do século XX
Sal de Zeize (K[PtCl
3(C
2H
4)]∙H
2O)
Química organometálica dos elementos d e f
Meados da década de 1950
Compostos Organometálicos:
Compostos que apresentam ao menos uma ligação metal
–
carbono;
Na prática, o termo é atualmente empregado de forma mais ampla
Definição de Compostos Organometálicos
o
Aquele onde houver uma ligação ou interação (iônica ou covalente, localizada ou
deslocalizada)
o
Entre um ou mais átomos de carbono de um grupo orgânico ou molécula
o
E um ou mais átomos de
metais de transição
,
lantanídeos
,
actinídeos
e do
grupo
principal
.
Organometálicos do bloco
s
Os elementos do grupo 1 formam vários compostos organometálicos
Compostos instáveis na presença de água e pirofóricos ao ar São preparados em solventes orgânicostetra-hidrofurano (THF) ou diclorometano
Compostos orgânicos próticos (doadores de prótons)Compostos organometálicos com metais alcalinos
Alquilas de sódio e potássio:
o Sólidos coloridos, insolúveis em solventes orgânicos
o Sintetizadas em reações de transmetalação Substituição do metal
Hg(CH3)2 + 2 Na 2 NaCH3 + Hg
Alquilas e arilas de lítio:
o Organometálicos mais importantes do grupo dos metais alcalinos
o Líquidos ou sólidos com baixo ponto de fusão
o Estáveis termicamente
o Síntese: halogenetos de alquila + lítio metálico
o Estrutura: Grupos metila em ponte
o Solvente éterLi4(CH3)4
o Solvente hidrocarbonetoLi
6(CH3)6
Organolítios importantes em síntese orgânica
o Agem como nucleófilos em ataques à carbonilas
Li4(CH3)4
Organometálicos do bloco
s
–
Os elementos metais alcalinos terrosos
Compostos organometálicos de berílio
Pirofóricos ao ar e instáveis em água O metilberílio Be(CH3)2Monômero em fase vapor e em solventes hidrocarbonetos
Estrutura linearModelo de repulsão de pares de elétrons de valência
O metilberílio em fase sólidaCadeia polimérica; grupos metil em ponte
Ligações 3c, 2e–
Alquilas mais volumosasGrau menor de polarização
t-ButilberílioEstrutura linear
Berilocenos, Be(C5H5)2No centro de um anel e abaixo de um C do outro
Compostos organometálicos de magnésio
Halogenetos de alquilmagnésio e arilmagnésioReagentes de Grignard Muito usados na química orgânica sintéticaFonte de R–
Preparados a partir de magnésio metálico e um halogeneto orgânico
Mg(s) + R–Br(sol) R–MgBr(sol)
Equilíbrio de Schlenk:
Espécies que dependem da temperatura, concentração e solvente
2 R–MgX R2Mg(sol) + MgX2 (sol)
Organometálicos de Ca, Sr, Ba
Iônicos e muito instáveis
Análogos aos reagentes de Grignard
Be(CH3)2
–[Be(CH3)2] –n Be(Cp)2
Organometálicos do bloco
p
–
Os elementos do Grupo 13
Compostos organometálicos mais importantesBoro e Alumínio
Compostos organoboro são considerados organometálicos mesmo o boro não sendo um metal
Compostos Organoboranos
São ácidos de Lewis deficientes de elétrons
Podem ser produzidos a partir de um reagente de Grignard
(C2H5)2O:BF3 + 3 R–MgBr BR3 + 3 MgXF + (C2H5)2O
Espécies com arilas são mais estáveis
Tetrafenilborato, B(C6H5)4–Sal de sódio solúvel; Sal de íons maiores é insolúvel
Usado como agente de precipitação em análises gravimétricas
Compostos Organoalumínio
Metilalumínio e etilalumínio são dímeros
Grupos alquila volumosos levam à espécies monoméricas
Trietilalumínio, Al2(C2H5)6Maior importância industrial
Catalizador napolimerização Ziegler-Natta
Nos dímeros, as ligações em ponte são fracas e facilmente quebradas
B(C6H5)4–
Organometálicos do bloco
p
–
Os elementos do Grupo 14
Compostos Organossilício
Ligação Si–C é forte e os compostos são relativamente estáveis
Tetraalquilas e tetraarilas de silíciomonoméricas com Si tetraédrico
MetilclorosilanoMatéria prima para fabricação do silicone
Compostos Organoestanho
Sólidos ou líquidos incolores; estáveis ao ar e em água
SnR4Estanho tetraédrico monomérico
Maior faixa de número de coordenação
Geralmente ocorrem com pontes de halogenetos
Organometálicos de estanho são os mais versáteis do grupo principal
Produção mundial > 50 kt (2008)
Estabilidade do plástico PVC ; Fungicida...
Agente anti-incrustante em cascos de barcos
Compostos Organochumbo
Chumbo tetraelinaUtilizado como agente antidetonante de gasolina
Descontinuado por questões ambientais
Chumbo é absorvido nos ossos e substitui o Ca2+da hidroxiapatita Ca
5(PO4)3(OH)
Alquichumbo R4PbGeometria tetraédrica ; Pode apresentar cadeias com halogenetos
Estrutura polimérica do silicone
Organometálicos do bloco
p
–
Os elementos do Grupo 15
Compostos organometálicos de arsênio, antimônio e bismuto
Estado de oxidação +3As(CH3)3
Estado de oxidação +5As(C6H5)5
Estado de Oxidação +3:
Estabilidade dos compostos (força da ligação M–C) diminui na ordem As > Sb > Bi
Os compostos de arila são mais estáveis que os compostos de alquila
Se oxidam facilmente e são estáveis em água
Todos os compostos atuma como bases de Lewis
o Formam complexos com íons de metais d
o A basicidade diminui na ordem As > Sb > Bi
DiarsLigante bidentado de arsênio conhecido
o Estabiliza o estado de oxidação do Pd(IV)
Estado de Oxidação +5
Pensafenilarsênio, AsPh5Bipiramidal trigonal
O análogo SbPh5Piramidal quadrática
Apresenta energia próxima à da bipiramidal trigonal
As(CH3)3
As(C6H5)5
Organometálicos do bloco
d
–
Química organometálica dos metais
d
compreendida na primeira parte do século XX
No século XIXPoucos organometálicos do bloco d foram sintetizados e parcialmente caracterizados
Química organometálica dos elementos d e fRacionalizada em meados da década de 1950
Limitações de métodos químicos de caracterização
Difração de raios X, espectroscopias de infravermelho e Raman ~(1950)
Desenvolvimento da química de organometálicos
Descoberta dos compostos ferrocenos, Fe(C5H5)2
Ano Autor Descoberta
1827 W. C. Zeise Sal de Zeise, [Pt(C2H4)(Cl)3]–
1868 P. Schützenberger Primeiras carbonilas metálicas: [PtCl2(CO)2] e [PtCl2(CO)]2
1890 L. Mond, C. Langer, F. Quinke Ni(CO)4
1930 W. Hieber Aglomerados de carbonilas metálicas [Fe4(CO)13]2–
1951 T. J. Kealy, P. L. Pauson Ferrocenos: Fe(C5H5)2
1973 E. Fischer e G. Wilkinson Nobel pelos trabalhos com metalocenos e outros aspectos da química de organometálicos
Final dos 1970
H. Schumann, G. Wilkinson Ligantes
pentametilciclopentadienil complexados com elementos do bloco f
[Pt(C2H4)(Cl)3]–
Ni(CO)4
[Fe4(CO)13]2–
Fe(C5H5)2 (C5Me5) ThH(OR)
Distinção entre composto de coordenação e organometálico
Comp. CoordenaçãoGeralmente: carregados, contagem de elétrons d variável e solúveis em água
A Ligação em Organometálicos
–
Organometálicos dos blocos
s
e
p
Ligações relativamente simplesDescritas de forma adequada por ligaçõesσ
Modelos REPECV, Ligação de Valência (Hibridização) e Orbitais moleculares
Organometálicos do bloco d
Grande número de compostos organometálicosmuitos modos diferentes de ligação
Exemplo: Ligações dos grupos ciclopentadienil nos ferrocenosligaçõesσ,π,δ
Compostos organometálicosTotal de 16 ou 18 elétrons em torno do átomo metálico
Utilizando a Teoria do Campo Ligante em Compostos Organometálicos
Simetria dos orbitais dos ligantes:Considerando as ligaçõesσeπ
Representação redutível do conjunto de 6 orbitaisσe 12 orbitaisπdos ligantes
É possível traçar os níveis de energia para os compostos organometálicos
Oh E 8C3 3C2 6C4 6C2’ i 8S6 3σh 6S4 6σd
Γσ 6 0 0 2 2 0 0 0 4 2
Γπ 12 0 0 0 –4 0 0 0 0 0
1u g 1g E T
A
2u 1u 2g
1g T T T
T
Como a base (σe π)muda com
as operações de simetria?
Obtenção de
Γ
d
a de classes
as todas
d
1
N h
A Ligação em Organometálicos
–
o
Ligantes
π
-receptores:
Orbitaisπocupadosecom energias menoresque as dosorbitais ddo metal
Orbitaisπvazioscomenergias próximasàs dosorbitais t2gdo metal
Aumento doΔoctLigantes campo forte!
O(2p) O(2s) C(2p) C(2s) 1σ 2σ 1π 3σ 1π*
1σ*
1u t 2g g t e 1g a 1u t
n1d p n s n g e g e * 2g t 1g a 1u t * g e * 1g a * 1u t oct 2g t 2g t 1g t 1u t 2u t 1u t 2u t 1g t 1g a
1π*Cimaiores C(2p) 3σ2C
iC(2s) e O(2p) 1π4C
A Ligação em Organometálicos
–
Compostos com 18 elétrons:
Diagrama de níveis de energia em complexos octaédricos
18 elétrons podem ser acomodados em orbitais ligantes
9 orbitais ligantes: a1g ; t1g ; eg ; t2g Compostos com essa configuração são excepcionalmente estáveis
Exemplo: Cr(CO)6
o Cr(3d54s1) + 2e–(p/ cada CO)
o Composto incolorΔ
octmuito alto
o Δoctgrande transições d–d estão deslocadas para o UV
Acomodar mais que 18 elétrons na valência
o Em um complexo octaédrico com ligante campo forte
o Ocupar parcialmente orbitais antiligantes
o Desestabiliza o complexo
o Complexo propenso a perder elétronsAtua como agente redutor
* g e oct 2g t g e 1g a 1u t 1u t 2g g t e 1g a 1u t
n1d p n s n g e * 2g t * 1g a * 1u t 2g t 1g t 1u t 2u t 1u t 2u t 1g t 1g a
Compostos organometálicos com ligantes tipo carbonila
o Ligantes geralmente mausdoadoresσmas bonsπ-receptores
o De maneira geral, organometálicos são mais estáveis com 18 e–em torno do íon central
A Ligação em Organometálicos
–
Compostos com 16 elétrons
Geometria quadrática planaLigantes campo forteeíons metálicos d8
Compostos organometálicosTipicamente com ligantes campo forte
o Assim, existem muitos organometálicos com geometria quadrática plana
16 elétrons podem ser acomodados em orbitais ligantes
Desdobramento dos orbitais nesse tipo de simetria 8 orbitais ligantes disponíveis: a1g ; b1g ; eu ; eg ; a1g ; b2g
Ligantes em simetria quadrática plana Quatro ligantes: 8 e–
O metal possui 8 e–16 elétrons em torno do íon central
Complexos desse tipo são mais comuns para elementos mais pesados
o Geralmente do lado direito do bloco dGrupos 9 e 10
• Rh(I) ; Ir(I) ; Pd(II) ; Pt(II)
o Exemplos:[IrCl(CO)(PPh
3)2]e sal de Zeise[PtCl3(C2H4)]–
* g e oct 2g t g e 1g a 1u t * 1g b 1g a g e 2g b u e 1g a 1g b xz
d dyz
xy d 2 2 d y x 2 d z
A Ligação em Organometálicos
–
Contagem de Elétrons e Estados de Oxidação
Entendimento da configuração eletrônica dos compostos organometálicos
Importante conhecer o número de elétrons de valência em um átomo metálico central
Permite prever a estabilidade dos compostos e sugerir padrões de reatividade
Dois modelos são utilizados para a contagem dos elétrons:
Método do ligante neutroou método covalente
Método da doação de pares de elétronsou método iônico
Método do Ligante Neutro:
Cada átomo metálico e ligante é tratado como se fosse neutro
Se o complexo for carregadoAdiciona-se ou se subtrai o número apropriado de elétrons ao total
Deve-se incluir nº de elétrons de valência do metal + nº de elétrons doados pelos ligantes
Ligantes:
o Tipo LLigantes neutros e doadores de dois elétrons o Tipo XLigantes radicais, doadores de um elétron
Exemplo: Fe(CO)5
o N = {Fe(3d6 4s2)8 e–}
+ {5 CO (ligantes tipo L)10 e–} =18 e–
VantagemFacilidade de estabelecer a contagem de elétrons
o Dadas informações tabeladas
DesvantagemSuperestima o grau de covalência
o Subestimando a carga do metal
Ligante Fórmula Tipo e–
carbonila CO L 2
fosfina PR3 L 2
hidreto H X 1
alquil R X 1
η3-alila CH
2CHCH2 LX 3 η5-ciclopentadienil C
A Ligação em Organometálicos
–
Método de Doação de Pares de Elétrons:
O método exige o cálculo do número de oxidação
Número de oxidaçãodo metalcarga total do complexomenosacarga dos ligantes
Número de elétronsdo metalnúmero do seu grupomenoso seunúmero de oxidação Ligantes:
o Ligantes neutros (ex. CO)Consideradosdoadores de 2 elétrons
• Atribuído formalmentenúmero de oxidação zero
o Ligantes como haletos, H, CH3Formalmente considerados como tendocapturado 1 elétron
• Atribuídonúmero de oxidação–1
o Ligante tipo ciclopentadienilTratado como C
5H5–; considerado comodoador de 6 elétrons • Atribuídonúmero de oxidação–1
A contagem total de elétronsNº de elétrons do metalmaisnº de elétrons fornecidos pelos ligantes
VantagemContagem de elétrons e nº de oxidação determinados de forma direta
DesvantagemSuperestima a carga no átomo metálico
o Pode sugerir uma reatividade incorreta
Exemplo:
o [IrBr
2(CH3)(CO)(PPh3)2]:
o (Br–e CH
3–1e–) ; (CO e PPh32e–)total =12e– o Ir (5d76s2)nº ox.= 0–(–3) =3+;nº e–= 9– 3 =6e– o Complexo de Ir(III)18e–
Ligante Fórmula e–doados
carbonila CO 2
fosfina PR3 2
hidreto H– 2
alquil R– 2
η3-alila CH
2CHCH2– 4
η5-ciclopentadienil C
A Ligação em Organometálicos
–
Nomenclatura de Compostos Organometálicos
Convenciona-se utilizar as regras de nomenclatura dos
compostos de coordenação
Revistas científicas comumente não obedecem essas regras
Benzenomolibdêniotricarbonil
Benzeno(tricarbonil)molibdênio(0)
Ligantes complexados por átomos de carbono:
Podem apresentar mais de um modo de ligação
Hapticidadeη(eta):
o Número de átomos do ligante considerados
ligados ao átomo central
o Nº de átomos indicado por número sobrescrito
o CH
3η1 ; mono-hapto
Ligantes complexados a mais de um metal:
Chamadosligantes em ponte
Notação:μ2-CO (CO em ponte com dois metais)
Nomenclatura de compostos de coordenação
Osligantessão colocados emordem alfabética
Independente do prefixo, Seguido donome do metal
Entre parêntesis o nº de oxidação ou com a carga total do complexo
hexaamincobalto(III), ouhexaamincobalto(3+)
Pode-se indicar o contra-íon:
tetrapotássio hexacianoferro(II)
Ligantes aniônicos têm terminação“ato”
Exemplos: acetato,β-dicetonatos, hidreto, etc
Ligantes neutros têm sua vogal terminal retirada.
Exemplos: amin, carbonil, etc.
Nº de um ligante num complexo:
Prefixos:mono-,di-,tri-,tetra-,penta-, etc.
Descritores estereoquímicos:cis-,trans-,mer-,fac-, etc.
Prefixos em itálico: cis-diamindicloroplatina(II). Relembrando...
[Mo(η6-C
6H6)(CO)3]
Os Ligantes em Compostos Organometálicos
–
Ligantes em Organometálicos
Grande variedade de ligantes é encontrada
Interação M–LAfeta a reatividade do metal e do complexo
Tipos de ligantes mais comuns em compostos organometálicos:
Monóxido de carbono;
Fosfinas;
H– H2;
η1-hidrocarbonetos (alquil, alquenil, aquinil e aril...)
η2-alquenos eη2-alquinos;
Dienos e polienos não-conjugados;
NO e N2;
Butadieno, ciclobutadieno e ciclooctatetraeno;
Benzeno e outros arenos;
Ligante alila;
Ciclopentadieno;
Carbenos;
Monóxido de Carbono
Ligante muito comum em organometálicos
Estabiliza baixos nº de oxidação de metais
Fe(CO)5Fe(0)
Atua como base de LewisσRelativamente fraca
Atua como ácido de LewisπReceptorπforte
Apresentaretroligação π
A ligação CO é afetada pela interação metal-carbono
Quanto mais forte a retrodoaçãoπMais fraca CO
Densidade eletrônica retrodoada enfraquece a ligação
Espectroscopia no infravermelho
o Útil para determinar a extensão da ligaçãoπ
o Variação sistemática com o tipo de metal
Frequências COEstudar ligaçõesπde outros ligante
o Retrodoação dos outros ligantes afeta a ligação CO
CO pode atuar como ligante em ponte
Frequência de estiramento CO
ν(cm–1)Diminui na ordem: MCO > M
2CO > M3CO
O(2p)
O(2s) C(2p)
C(2s)
1σ 2σ 1π
3σ 1π*
1σ*
1π*Cimaiores C(2p) 3σ2C
iC(2s) e O(2p) 1π4C
imaiores O(2p)
Número de ondaν(cm–1)
Composto ν(cm–1)
CO 2143
[Mn(CO)6]+ 2090
[Cr(CO)6] 2000
[Cr(CO)6]– 1860
[Ti(CO)6]– 1750
Ligantes Fosfinas
Fosfinas (PH3, formalmente fosfano)
Gás reativo, nocivo, venenoso e inflamável
Não é considerada organometáliconão se liga pelo C
Porém, se liga ao metal similarmente ao CO
Atua como base de LewisLigaçãoσ um metal
RetroligaçãoπOrbitaisπvazios recebem elétrons
Duas proprieades importantes definem a reatividade:
Capacidade de doar e receber densidade eletrônica
Volume estéreo
PR3R define a capacidade de doação da fosfina
Essa capacidade está relacionada com a basicidade
R muito eletronegativos
o Maus doadoresσebons receptoresπ
R pouco eletronegativos
o Bons doadoresσemaus receptoresπ
Ligantes CO no mesmo composto
Frequência do estiramento CO usada para avaliar a basicidade da fosfina
π σ π* 1u t 2g g t e 1g a 1u t
n1d p n s n g e g e * 2g t 1g a 1u t * g e * 1g a * 1u t oct 2g t 2g t 1g t 1u t 2u t 1u t 2u t 1g t 1g a
PF3Orbitais de fronteira
HOMO LUMO
Ligante Ciclopentadieno
Ciclopentadieno, C5H6
Hidrocarboneto moderadamente ácido
Desprotonado forma o ciclopentadienil C5H5–
Geralmente, ligante penta-haptoη5-C 5H5–
A doação de elétrons para o metal
Orbitais ligantesσeπocupados (6e–)
Retrodoação para os orbitaisπ*
Propriedades eletrônicas e estéreas podem ser ajustadas
Grupos doadores ou receptores de elétrons nos substituintes
Grupos mais volumosos nos substituintes
Pentametilciclopentadienil
o Proporciona maior densidade e impedimento ao metal
Grupos quirais nos substituíntes
o Uso em reações estereosseletivas
π
σ π*
Os Compostos Organometálicos
–
Carbonilas em organometálicos do bloco d
Extensivamente estudadas desde a descoberta da tetracarbonila de níquel em 1890
Muitos processos industriais importantes dependem de intermediários que são carbonilas
Complexos homolépticoComplexo com apenas um tipo de ligante
A maioria dos metais d formam carbonilas estáveis
Exceto Pd e Ptsó a baixas temperaturas
Cu, Ag e Aunão são conhecidas carbonilas metálicas neutras simples
Carbonilas dos elementos do quarto período, dos Grupos 6 a 10 obedecem à regra dos 18 elétrons.
Apresentam modo alternado: 1 ou 2 átomos metálicos e um número decrescente de ligantes CO.
Precursores para outros organometálicos, em síntese orgânica e como catalisadores industriais.
Algumas carbonilas metálicas podem ser preparadas por síntese direta:
Carbonila de níquel mais facilmentge sintetizada de forma direta
Ni(s) + 4 CO(g) Ni(CO)4 (l)
Outras carbonilas formadas mais lentamenteSintetizadas aaltas T e p.
Fe(s) + 5 CO(g) Fe(CO)5 (l)
Na maioria dos casos se utiliza a carbonilação redutiva:
Redução de um sal ou de um complexo na presença de CO
Agentes redutores utilizadosmetais ativos, H2, CO
CrCl3 (s)+ Al(s)+ 6 CO(g) AlCl3 (sol)+ Cr(CO)6 (sol)
30oC, 1 atm CO
200oC, 200 atm
Os Compostos Organometálicos
–
Compostos Metalocenos
Compostos com ciclomentadienil são excepcionalmente estáveis
Descoberta do ferroceno, Fe(Cp)2, em 1951Fez renascer o interesse por organometálicos do bloco d
Compostos organometálicosmetalocenos:
η4-ciclobutadieno
η5-ciclopentadienil
η6-arenos
η7-tropílio (C 7H7)
η8-ciclooctatrieno
η3-ciclopropeno
Ligações C–C nos diferentes anéis apresentam mesmo comprimento de ligação
Sendo todos os anéis considerados aromáticos quando ligados ao metal
Ciclopentadieno é ácido o suficiente para ser desprotonado por KOH em solução
Em solução com um sal do metal de interesse
2 KOH + 2 C5H6 + FeCl2 Fe(C5H5)2 + 2 H2O + 2 KCl
Ferroceno, rutenoceno e osmocenoestáveisPodem sofrertransformações nos ligantes pentadienil
Fe(C5H5)2
Os Compostos Organometálicos
–
A Ligação Metalocenos
Ferroceno eclipsa é ligeiramente mais estável
Em comparação com a conformação estrelada
Orbitais de fronteira não são fortemente ligantes
Nem fortemente antiligantes
Possibilita a quebra da regra dos 18 e–
Desvios da regra dos 18 e–: mudanças na distância M–C
Boas correlações com esquemas de OM
Estruturas fluxionais
Rotação internaBarreiras baixas
Deslocamentos de metais em anéisDeslocamento 1,2
Complexos de metalocenos angulares