POZ)
1
1-0
UPS O
111111•Ieca Seger's' C CS -
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
0 USO DO LASER NA ODONTOLOGIA:
PERIODONTIA
JORGE LUÍS MARASCH I NI
ESPECIALIZAÇÃO EM PERIODONTIA
Marco
Aurélio Bianchini
Orientador
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
0
USO DO LASER
NA ODONTOLOGIA:
PERIODONTIA
Jorge Luis
Maraschim
Monografia apresentada ao Departamento de
Estomatologia da UFSC, para obtenção do
titulo
de Especialista, opção Periodontia,
orientado pelo
Prof Marco Aurélio
Bianchini.
"Dedico este trabalho aos meus pais,
aos meus filhos Ricardo e Patricia, e a
minha namorada
Mirian
que me auxiliou na
u
IMItetec• Setor1•1
GCS-0
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
07
2. REVISÃO DA LITERATURA
10
2.1.
Laser
io
2.2. Classificação
dos Lasers
13
2.2.1.
Power Laser ou de Alta Intensidade
14
2.2.2.
Soft Laser ou de Baixa Intensidade
18
2.3. Aplicações
na Odontologia
21
2.3.1. Dentistica
21
2.3.1.1.
Odontologia Preventiva
21
2.3.1.2.
Preparo
Cavitário23
2.3.1.3. Espectrografia
24
2.3.1.4. Fotopolimerização
de Resinas
24
2.3.2. Prótese
25
2.3.3. Cirurgia 27
2.3.4. Periodontia 32
2.3.4.1. Cirurgia de Tecidos Moles
32
2.3.4.2. Tratamento da Superficie Radicular
34
2.3.4.3. Tratamento de Hipersensibilidade Dentindria
38
2.3.5. Implantodontia
44
2.4. Normas de Segurança
46
3. CONCLUSÃO
48
RESUMO
Nas últimas décadas tem havido crescente interesse pelo uso do laser nos mais variados
campos da ciência. Na area odontológica não tem sido diferente. Atualmente
o
laseré
utilizado em diversas técnicas cirúrgicase
no tratamento das mais diversas patologias. Vários estudos multicêntricos tem investigado, os mais variados tipos de lasers, para concluir quais apresentammaior adequação ao tratamento odontológico.
Primeiramente este trabalho tem como objetivo compilar, de uma forma suscinta, dados
INTRODUÇÃO
A utilização da luz no tratamento de doenças, ou fototerapia, vem sendo utilizada desde
o tempo da Grécia antiga, China e inclusive pelos Indianos em 1.400 A.C. A origem do laser é
discutida. 0 primeiro maser (microwave amplification by stimulsted emission of radiation) ou
laser como foi denominado mais tarde, desenvolvido por Theodore Mann em 1960, embora tenha
sido Einstein (1916) que propiciou o desenvolvimento teórico. Contudo outros autores atribuem
ao fisico americano Gordon Gold
"o desenvolvimento deste sistema de seleção de ondas que permite a obtenção
de um feixe de luz altamente concentrado, o qual denominou de LASER (Ligth
amplification emission of radiation), que viria a propiciar ao mundo a abertura
de novas fronteiras, revolucionando a ciência em diversos campos que vão da
microcirurgia à exploração espacial".
Em 1960, Maiman obteve emissão estimulada de radiação, no espectro visível, através
da estimulação de um rubi com intensos pulsos luminosos, Javan e cols. desenvolveram o laser
Hélio-Neon , Johnson o de Nd:YAG em 1961 e em 1962 PATEL e cols. desenvolveram o laser
feitos por Stern e Sogannaes. Trabalhando em esmalte e dentina com um laser de rubi, eles
encontraram um redução na permeabilidade dentindria e na desmineralização ácida do esmalte.
Os trabalhos pioneiros de Goldmann e colaboradores, publicados em 1968, foram os primeiros na
area da cirurgia da buco-maxilo-facial. (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p. 19-20).
Segundo DONA TO e BORAKS (1930), Na história da odontologia, a busca de
procedimentos que procurassem, minimizar a dor, estimular a reparação , ação
antiinflamatória, e a bioestimulação celular, tem feito com que os cientistas
pesquisassem, dia após dia, objetivando descobrir algo que, de certo modo,
pudesse atuar no órgão, tecido ou célula sem causar efeitos secundários
deletérios aos tecidos circunvizinhos. 0 emprego da luz, uma das mais belas
formas de energia pura vem ,desde os primórdios da civilização, sendo
conhecido em algumas de suas propriedades terapêuticas, principalmente para
o combate de processos dolorosos e de inflamação.
Neste particular, destacam-se os estudos sobre uma fonte de luz, o laser. No campo da
odontologia, alguns trabalhos merecem destaque, pois demonstraram interesse, embora tardio, na
utilização do laser como terapêutica efetiva. (GENOVESE, 2000, p. 17-19).
0 primeiro relato in vivo do uso da radiação laser em odontologia foi feito por
procedimento cirúrgico em odontologia usando lasers foi descrito por Lens e colaboradores.
(PINHEIRO, 1992, P. 327).
Foi só por volta do final da década de 80 que, finalmente, na Universidade de ULM na
Alemanha, os fisicos conseguiram controlar o calor gerado pelas emissões do laser fazendo com
que simplesmente não destruíssem as substâncias sólidas dos dentes. Além de tornarem o feixe
pulsátil, impedindo a elevação exagerada da temperatura descobriu-se que se o tecido não
absorve a contento determinado comprimento de onda acaba sendo danificado, dai a necessidade
de utilizarmos um comprimento de onda adequada para cada tipo de tecido. (GARCIA, 1997, p.
287).
Em 1982 o cirurgião dentista Benedicenti publicou vários trabalhos comprovando a
bioestimulação provocada pela luz laser com um aumento de 22% na formação de ATP
mitocondrial. Ainda neste ano comprova o efeito analgésico em humanos observando o aumento
da liberação de beta-endorfina depois da irradiação com soft laser. Em 1984 publica um manual
de laserterapia para cavidade oral que, além de outras inúmeras utilidades, destaca em especial o
tratamento de elementos dentais com hipersensibilidade dentindria. (AUN, 1989, p. 66).
No Brasil, a introdução da tecnologia laser na odontologia foi bastante tardia em
comparação com outros países. Os primeiros trabalhos pioneiros nesta Area remontam na segunda
metade da década de 80 e foram realizadas por Duarte, Brugnera, Aun, Wartanabe e
médica e odontológica vem crescendo em ritmo acelerado, trazendo grandes beneficios tanto para
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1.
Laser
Os lasers
sãoequipamentos que produzem um intenso raio de luz,
o qualpossui um
comprimento de onda uniforme
ede cor pura, podendo levar grande quantidade de energia em
determinado ponto focal onde
iráinteragir com os tecidos.
(BRUGNERAJUNIOR,
1998, p. 34).Em um tubo reto contendo uma grande quantidade de
átomosou moléculas iguais, os
átomos são
excitados em
nívelde energia elevada por uma fonte
externa,ocorre a
liberaçãode
grande
númerode
fótonscoerentes, que saem para
omeio exterior dando origem à
radiaçãolaser,
que
éum raio de
fótonsmuito intenso. (GENOVESE,
2000, p. 33-34).Densidade de energia:
éa quantidade de energia depositada em uma determinada
superficie
por
centímetroquadrado
D= E (Joules)/cm 2; E(energia)
éa capacidade de efetuar um
trabalho, sua unidade de medida
é oJoule
(J). (potência) éa quantidade de energia depositada por
Comportamento da Radiação:
Quando se incide a radiação sobre qualquer
substânciaocorrem dois
fenômenos:uma
parte
reflete eoutra
éabsorvida. Nos tecidos
biológicos,esta
última éaquela
quese transforma
em outras formas de energia
(calórica, química,etc.) atuando no interior dos tecidos em que foi
absorvida,
etambém propagando seus efeitos para os tecidos vizinhos. Em qualquer um dos
extratos dos tecidos podem apresentar quatro processos
básicos:- reflexão
direta na
superficieentre dois
extratos,devido à diferença de
índicede
refração;
- uma certa
difusãopor parte das
moléculas, partículas,fibras,
órgãosou células no
interior de extrato;
- uma
absorçãoque
provocaráum
processo bioquímicoou
bioelétricoou uma
dissipação
da energia absorvida por meio de calor, fluorescência ou
fosforescência ;- atravessa
oextrato seguinte mediante uma
transmissão.A
difusãosera dentro de um mesmo tecido
e édependente das
dimensõesdas
partículasque a formam, em uma relação com
ocomprimento de onda em que se emite a
radiação.Assim, a
difusão
sera maxima nos tecidos
cujas partículastem as mesmas
dimensõesque
ocomprimento
de ondas. Esta relação
édeterminante para desenvolver
oespectro de
absorção ede
reflexãoa
partir da
radiaçãoultravioleta até a infravermelha. A
absorçãonos tecidos depende, em sua maior
parte, da presença de moléculas absorventes, como pigmentos
ede sua
distribuiçãoespacial.
0 resultado final da ação dos lasers sobre os tecidos resulta da combinação de fatores
corno:
escolha do comprimento de onda (qual laser);
forma de aplicação (onda pulsátil ou continua);
seleção da potência;
- distância entre a ponta laser e o tecido;
composição do tecido;
espessura do tecido. (KRAUSE, 1997, p. 879).
2.2. Classificação dos Lasers
Com o objetivo de se cobrir uma gama cada vez maior do espectro eletromagnético, são
utilizados vários elementos na fabricação de fontes de laser, como gases, líquidos, cristais e
semicondutores, e diferentes formas de excitação ou bombardeamento de cada elemento. Os
lasers podem ser classificados pela quantidade de energia liberada, pela forma de emissão de
radiação (continua, pulsátil e Q-Switched) e quanto ao meio ativo destes (sólido, liquido, gasoso
ou misto). (GENO'VESE, 2000, p. 36-37).
Entretanto podemos classificar os lasers, quanto a energia liberada nos tecidos, em duas
2.2.1. Power Laser ou de Alta Intensidade
São radiações com alta potência, utilizados para viabilizar cirurgias ou remoção de
tecido cariado. Tem ação fototérmica, de corte, vaporização, coagulação e esterilização de
tecidos. Indiferente do tecido irradiado, densidade energética ou número de aplicações do feixe
laser, todos apresentam três areas distintas:
- tecido residual carbonizado;
- zona de necrose térmica caracterizada por coagulação dos tecidos;
- zona de tecido exposto a lesão térmica. (GENOVESE, 2000, p. 872).
Hi a tendência do laser ser incorporado com uma velocidade cada vez maior aos
consultórios dentários. Isto vem de encontro com a demanda por parte dos pacientes por um
tratamento mais eficaz, sem ruído, sem dor e em 70% dos casos sem anestesia. Por parte do
cirurgião dentista um grande empecilho para uma rápida adequação é o preço dos equipamentos
de Power Laser que giram em torno de setenta mil reais, o que o deixa distante da realidade
profissional. (GARCIA, 1997, p. 286). Os diversos tipos de lasers disponíveis no mercado
propiciaram a sua ampla utilização nos mais variados campos da odontologia, mas a falta quase
absoluta de divulgação dos beneficios desta forma de tratamento, a falta de pessoal habilitado e
treinado no seu uso, e ainda o elevado preço deste equipamento, contribuíram sobremaneira para
Dentre os laser de alta potência podemos citar:
Laser de Dióxido de Carbono CO2: Muito utilizado em odontologia por suas
propriedades de corte, vaporização e coagulação, é empregado em cirurgias de tecidos moles da
cavidade bucal e a remoção de cárie dental. Emite feixe invisível de infravermelho (10,6nm) e
usa como guia um Laser He-Ne. Desenvolvido por Patel e cols. em 1962.
Embora os resultados iniciais dos estudos não tenham sido satisfatórios, a partir deles,
foram estabelecidos os parâmetros de densidade energética, que estão sendo ainda utilizados
atualmente nos estudos com os lasers. Estudos realizados na França por Meleer, com laser CO2
demostraram radiograficamente a remoção de caries, cicatrização dentindria e deposição de
dentina secundária (mais resistente à cárie do que a dentina patológica). Na endodontia tem sido
investigado principalmente no tocante à esterilização das paredes de canais infectados, na fusão
apical para um perfeito selamento e na obliteração de canais. (PINHEIRO, 1992, p. 328).
Argemio: feixe de luz visível entre o azul e verde (481m a 514,5nm), sendo muito
bem absorvido por tecidos pigmentados ricos em hemoglobina e melanina. Muito utilizado em
dermatologia e cirurgias vasculares periféricas, a hemoglobina reage fortemente com este laser,
que resulta em um excelente ação de coagulação e hemostasia. (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p.
41).
Nd-YAG: usa como meio ativo sólido cristal sintético à base de itrio contaminado
com neomidio, emite luz invisível de infravermelho (1060nrn) e usa como guia u laser He-Ne.
coagulação, atua de forma efetiva em cirurgias de tecidos moles, remoção de cárie dental e
esterilização de canais radiculares. (GENOVESE, 2000, P. 40).
Ho-YAG: utiliza ions de holmio, comprimento de onda de 2.100nm, excelente para
tecido ósseo e cartilagens. (GENOVESE, 2000, p. 40). A grande vantagem deste laser é que sua
transmissão pode ser realizada através de fibra ótica sem grandes perdas de energia, fator este de
grande importância se levarmos em
consideração
o local deatuação
do cirurgião dentista(BRUGNERA JUNIOR, 1998, p. 134).
Er-YAG: usa como meio ativo sólido de cristal sintético à base de Itrio
contaminado com Erbio. Emite feixe infra-vemelho de 2.940nm guiado por feixe laser He-Ne.
Maxima absorção da água e mínimo aquecimento dos tecidos subjacentes, indicado para preparo
cavitário. (GARCIA, 1997, P. 287-290). Segundo Brugnera e Pinheiro (1998) emite um tipo de
radiação que é de grande utilidade em tecidos mineralizados, devido a sua afinidade e boa
absorção por água e OH. Causa uma vaporização explosiva da água interna. (GENOVESE, 2000,
p. 40-41).
Com o desenvolvimento do laser de trbio, Er:YAG chegou-se a um comprimento de
onda que coincide como pico da absorção da agua e bem próximo da hidroxiapatita. Isso permite
que o laser atinja o dente com precisão, intensidade e profundidade de maneira que não haja
aquecimento da
água
até sua vaporização com conseqüente aumento de pressão seguido de microexplosão. (GARCIA, 1997, P. 287).1?zihr
o
meio ativoé
uma barra de rubi rosa obtida por cristalogênese artificial(cristal de alumina transparente) com comprimento de onda entre 694,3
e
692,7nm. (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p. 43) .Excimeros: são lasers ultravioleta com comprimento de onda entre 193 à 308nm.
2.2.2. Soft Laser ou de Baixa Intensidade
Emitem radiações de baixa potência sem potencial destrutivo, tendo como principal ação
fotoquimica de analgesia, antiinflamatória e de bioestimulação. (GENOVESE, 2000, p. 63-64).
A absorção de fótons por biomoléculas intracelulares especificas produz, estimulação ou
inibição de atividades enzimáticas e reações fotoquimicas. Estas ações determinarão mudanças
fotodindmicas em cadeias complexas de moléculas básicas de processos fisiológicos com
conotação terapêutica. 0 efeito fotofisico incrementa a síntese de ATP favorecendo um grande
flamer() de reações que intervém no metabolismo celular.
Entre elas podemos citar:
- Aumento da síntese de DNA e RNA;
- Aumento da síntese coldgeno precursores;
- Aumento liberação de beta-endorfinas;
- Variação quantitativas de prostaglandinas E2 e F2;
- Estimulo da microcirculação vascular e linfática;
- Aumento da ação enzimática;
Niccoli
Filho evidenciou que o tratamento com laser He-Ne promoveu um reparoalveolar de forma mais
rápida,
emboraTakeda não relatou
diferençasbiológicas
significativasentre os alvéolos tratados ou
não
com laser.Garcia relatou que o tratamento com laser de baixa intensidade promove uma
aceleração
no processo de
reparação
pois estimula aangiogênese,
aumentando avascularização,
econsequentemente
a oxigenação dos tecidos. (GARCIA,1995, p. 193).
0
uso do laser com finalidadebioestimuladora
é muito ampla dentro da odontologia.Dentre elas podemos citar:
- Tratamento de herpes labial simples;
-
Ulcerastraumáticas;
- Estomatites diversas;
- Doenças periodontais;
- Analgesia;
- Parestesia;
- Nevralgia
trigêmio;
- Disfunção temporo
mandibular;-
Hipersensibilidadedentindria;
-
Alveol ite;
Embora bem aceito em quase todo o mundo para tratamento das mais variadas
patologias, no EUA o conceito de terapia com lasers clínicos ainda é motivo de controvérsia.
Acreditamos que embora haja evidências, relatadas por diversos pesquisadores de várias
nacionalidades, das potencialidades do uso desta técnica ainda necessita de mais experimentos
para esclarecer alguns pontos obscuros. (PINHEIRO, 1992, p. 330).
Dentre os lasers de baixa intensidade podemos citar:
a) He — Ne: feixe visível de coloração vermelha, 632,8 nm de comprimento de onda.
São sistemas pequenos utilizados para aplicações de baixa potência como estimulo celular e
como apontadores para lasers infravermelho, usados para lesões mais superficiais. (BRUGNERA
JUNIOR, 1998, p. 41).
b) Diodo: é urn chip semicondutor de Gálio, Alumínio e o Arsênio, que funciona
como um diodo elétrico, que quando recebe uma corrente elétrica libera energia em forma de
fótons. Chega a liberar uma potência de saída de até 100watts. Têm ação de estimulação celular.
(Ibid., p. 43).
- AsGa infravermelho 904nm
- AsGaAl vermelho até infravermelho 670nm para lesões mais profundas.
2.3. Aplicações
na Odontologia
HA um grande
númerode pesquisas visando a
utilização datecnologia laser nos mais
variados campos da odontologia: na
dentistica,cirurgia,
endodontia, periodontia implantodontia eprótese.
2.3.1. Dentistica:
- Odontologia preventiva:
-
Preparo
cavitário- Espectrografia
- Fotopolinização
de resinas
-
Condicionamento de
superficie2.3.1.1. Odontologia Preventiva
Estudos feitos por Stern et al com laser rubi e mais tarde por Yamamoto et al
com laser de Nd:YAG foi demonstrado que esta irradiação poderia ser
utilizada para aquecer a superficie do esmalte, fundindo-o e tornando-o mais
necessária para alcançar este objetivo causou danos aos tecidos pulpares.
(BRUGNERA JUNIOR, 1998, P. 322).
0 uso do laser CO2 produz um menor dano térmico principalmente se usada de forma
pulsátil. A fusão, dissolução
e
recristalização dos cristais do esmalte podem ser confinadas a umafina regido superficial sem afetar a dentina
e
polpa adjacente,é o
laser escolhido para aplicaçõesdentarias preventivas. (Ibid., p. 323). Neste estudo foi também observado a conversão de uma
pequena quantidade de hidroxiapatita em
cálcio
orto-fosfórico queé
um componente de menorsolubilidade. (PINHEIRO, 1992, p. 328) .
0 laser CO2 vem sendo utilizado também no selamento de cicatriculas
e
fissuras, poisseu uso no esmalte dentário resulta na conversão de parte da hidróxiapatita em
calcio-orto-fosfórico que
é
um composto de menor solubilidade no meio bucal. (BRUGNERA JUNIOR,1998, p. 22).
Goodman
e
Kaufmann, Yamamotoe
Sato, Kuradae
Fowel, observaram queo
uso dolaser CO2 associado a aplicação
tópica
de flúor subsequente resultou em um esmalte maisresistente a desmineralização do que aquele obtido com uso das técnicas separadamente.
Featherstone et al observou uma completa inibição da progressão de lesões cariosas de esmalte
após aplicação do laser CO 2
e
subsequente aplicação de fluoreto acidulado. Entretanto, há aclinico, pois
o
esmalte modificado pode apresentar alterações na resistência ao desgastee
fratura, provocadas pelo stress ao qual foi submetido. (Ibid., p. 325-326).2.3.1.2. Preparo Cavitario
0 laser de CO2 desenvolvido por Patel
e
cols em 1965e
estudos realizados em 1968 nos EUA mostraram que esta radiação infravermelha produz um dano térmico menor do queo
laser de rubi. Estudos realizados posteriormente por Melcer na França demonstraramradiograficamente a remoção de
cáries,
cicatrização dentindriae
deposição de dentina secundaria em dentes com preparo cavitário utilizando-se laser CO2 .(Op. cit., p. 328).0 laser Er:YAG representa a curto prazo a irradiação que pode efetivamente remover
tecidos dentários duros. Foi relatado por Hibst
e
Keller queo
tecido cariado apresenta ablação mais rapidamente queo
tecido normal adjacente, fator este de grande importância no momento do preparo cavitário. Verificou-se a presença de dentina reparativa na região imediatamenteadjacente a irradiação. Além do preparo cavitário, estudos utilizando este laser demonstraram a
possibilidade de ablação de resinas compostas
e
cimentos. 0 aumento da temperatura distante do local da absorção é minima para um pulso apenas, entretanto, foi demonstrado que múltiplosutilização do laser, o desafio é incorporar um mecanismo spray que seja eficiente e não atrapalhe
a aplicação do laser. Outro problema é a possibilidade de fraturas no dente pela propagação de
ondas de choque provocadas pela ablação. (Loc. cit., p. 329-330).
2.3.1.3. Espectrografia
Através da transluminação com laser Argeonio é possível detectar caries num estagio
muito anterior do que aquelas detectadas atualmente com os métodos disponíveis. (PINHEIRO,
1992, p. 328).
2.3.1.4. Fotopolimerização de Resinas
Powell et al mostraram que o laser Argeinio polimeriza mais rapidamente a
resina, e que a aderência a dentina foi considerada mais forte se comparada
aos métodos tradicionais. Kelsey et al acrescentaram que as propriedades
fisicas foram realçadas quando comparadas com as que foram polimerizadas
com luz convencional. Wigdor, demonstrou que o uso de um laser por ter
polimerizado mais rápida e profundamente. Já as propriedades fisicas dos
julgamento pode ser feito com relação a melhora de resultados com o laser.
(Ibid., p. 339).
2.3.1.5. Condicionamento de Superfície
Leberman et al e Cooper et al verificaram que a aderência ao esmalte após receber
irradiação CO2 era semelhante aquela que era obtida com ataque Acido. Já na dentina Cooper et al
relatou um aumento de 300% na aderência quando usado o laser. 0 laser Nd:YAG foi analisado
por Roberts-Harry em relação ao esmalte e apresentou uma força de aderência menor do que
aquela conseguida com Acido, Dederich e Tulip analisaram em relação a dentina e o resultado
também foi uma aderência menor com o condicionamento da superfície com laser. (Loc. cit., p.
340).
2.3.2. Prótese
Com advento dos implantes onde as próteses se encaixam com extrema precisão criou-se
a necessidade de sistemas que gerassem peças protéticas que se adaptassem perfeitamente sob os
implantes abaixo das mesmas. 0 laser utilizado é o de Nd:YAG flash lamp pumped, que solda
peças de titanio sem a geração de óxidos no ponto de solda (significa maior resistência), e sem a
resistência final). Como este tipo de solda é realizada nos dois lados ao mesmo tempo não há
risco de distorções. Como resultado teremos uma peça com alta resistência e encaixe perfeito.
2.3.3. Cirurgia
Com finalidade cirúrgica o laser de maior utilidade é o de CO2. Tecidos moles
irradiados pelo laser de CO2 normalmente não atingem temperaturas acima de
100°C. A esta temperatura a água, que constitui 85% destes tecidos, funciona
como um reservatório que vai acumulando energia e culmina com a água
vaporizando-se explosivamente eliminando o tecido. A cicatrização das feridas
feitas com laser CO2 difere daquela observada com feridas feitas com bisturi.
Esta diferença está relacionada ao dano térmico provocado pelo laser que vai
além do que é visualizado. Het um comprometimento morfológico e estrutural
dos tecidos e coagulação dos vasos sanguíneos. A determinação da extensão
desse dano é importante porque a necrose tecidual é um fator que retarda o
processo cicatricial nas feridas feitas com o laser. (BRUGNERA JUNIOR,
1998, p. 49).
Este dano é diretamente proporcional à potência que o tecido é irradiado, portanto
torna-se vital o perfeito domínio tanto da técnica como do equipamento, caso contrario não obteremos
os resultados desejados em alguns casos com graves conseqüências. (Ibid., p. 49). Devemos
contrario provocaremos efeitos indesejados no pós-operatório como dor ou sequestração.
(BOLOGNA, 1997, p. 26).
Outro diferencial da fenda á. laser é a desnaturação superficial de proteínas, que funciona
como um "cimento biológico". (Op. cit., p. 48-49). Após a remoção da lesão com o laser há a
formação de uma Area escura sobre a ferida, trata-se do cimento biológico que tem função de
proteção e não deve ser removido. (BOLOGNA, 1997, p. 25). Ideal para uso em tecidos moles
pois além de elevado nível de precisão, 90% da energia é absorvida dentro de uma profundidade
de aproximadamente 0,2mm, além disso há uma excelente capacidade hemostática e resulta em
uma ferida estéril. (GARCIA, 1998, p. 39-40).
Quando o laser atinge os tecidos moles estes passam por diversos estágios: 37 à 60°C
aquecimento; 60 à 65°C união ou solda; 65 A. 90°C coagulação; de 90 à 100°C decomposição
protéica; e após os 100°C secagem vaporização e carbonização dos tecidos. Contudo, devemos
citar que alguns componentes teciduais vaporizam-se à temperaturas bem mais elevadas.
(OYSTER, 1995, p. 1021).
0 laser de CO2 tem sido largamente utilizado no tratamento das mais diversas
patologias, principalmente na remoção destas da cavidade oral, tais como papilomas, fibromas,
granulomas piogênicos, pólipos fibroepiteliais, ameloblastomas, adenomas pleomórficos,
papilomatose recorrente, cistos mucosos e lesões como líquen plano e estomatite nicotinica.
hemangiomas, principalmente em pacientes com fragilidade capilar ou anemia. Além disso, a
radiação deste laser é capaz de transformar uma ferida contaminada ou infectada ern uma área
estéril devido as altas temperaturas no local do impacto, a taxa de esterilização fica entre 96 e
97% dos casos. Outro fator importante a ser considerado é que o uso do laser de CO2 aparenta
não resultar em bacteriemia pós-cirúrgica, fator de suma importância quando estamos tratando de
pacientes idosos, portadores de câncer, com problemas imunológicos, em tratamento
quimioterdpico e em pacientes com historias de endocardite bacteriana. Também promissor o seu
uso no tratamento de lesões malignas e pré-malignas. (PINHEIRO, 1993, p. 328). Relatou
tratamento de paciente com retardo mental severo e hemofilia que foi operado para remoção de
hiperplasia-papilomatosa com esta técnica apresentando mínimo sangramento, com reparação da
ferida mais lenta mas com ótimo resultado final após a cicatrização completa. (BOLOGNA,
1997, p. 25).
0 uso no tecido ósseo é encarado com ressalvas, pois há um maior risco, com a
possibilidade de necrose e sequestração (Op. cit., p. 330). Diversos estudos têm sido realizados
sobre o efeito da radiação laser sobre o tecido ósseo, entretanto os resultados tem sido
contraditórios. Friedmann et al notou cicatrização facilitada, outros relataram cicatrização óssea
retardada e seqüestro. Durante sua utilização quando for o caso, não devemos esquecer que
durante procedimentos em tecidos moles com tecido ósseo subjacente, há a possibilidade de dano
A. este tecido pela difusão do calor através da mucosa. Sendo portanto fundamental estabelecer
parâmetros de potência que não sejam lesivos a este tecido subjacente. (KRAUSE, 1997, p. 873).
Lundskrog demonstrou, comparando estudos in vitro e in vivo, que o fluxo sangüíneo não
Na periodontia e cirurgia pré protética o laser de CO2 tem muitas vantagens como a
esterilização da ferida, redução da dor pós-operatória
e
não ser necessário suturas. Se usado de forma desfocado podemos utilizar para a plastia de margens gengivais, e se ainda usado de formapulsátil elimina a necessidade de anestesia. (Loc. cit., p. 330). 0 uso de pulsos alternados provoca
também menos danos térmicos ao tecido com resultados cirúrgicos mais previsíveis
(BOLOGNA, 1997, p. 26).
Além disso podemos realizar outros procedimentos cirúrgicos tais como frenectomias,
remoção de hiperplasias, aprofundamento de sulco e redução de tuberosidade maxilar. Com o uso
do laser temos uma menor Tetra* do tecido durante a cicatrização da ferida cirúrgica.
(PINHEIRO, 1995, p. 330).
Vantagens no uso do laser CO2 em relação a cirurgia convencional:
- excelente hemostasia;
- excelente visualização do campo operatório (pela hemostasia);
- redução do edema;
- redução da dor pós-cirúrgica;
- redução de uso do anestésico quando usado na forma pulsátil;
- redução da probabilidade de difusão de células anormais devido ao vedamento dos
vasos linfáticos;
- ferida
pós-cirúrgica
estéril;- não ha necessidade de cimento
cirúrgico;
-
aparentementenão
apresentabacteriemia pós-cirúrgica,
fator de grandeimportância
quando
estamos tratando de pacientesimunodeprimidos
ou comendocardite bacteriana;
- não ha necessidade de suturas;
(BRUGNERA
JUNIOR,1998, p. 180-186).
-
mais facilmente manipulado queo
bisturi convencional principalmente em area curvascomo
o
palato, onde estenão
consegue acompanhar perfeitamente a curvatura;- cirurgia mais precisa se danos aos tecidos
vizinhos;
- menor trauma
mecânico;
-
menor tempo(30
a50%)
decicatrização
que a técnicaconvencional;
(BOLOGNA1997, p. 27).
Dederich
descreveu tits zonashistológicas
de efeitos térmicos resultante daradiação
delaser
CO2
nos tecidos moles:- zona
externa:-
cavidade promovida pela ablação;-
zonamédia:
necrosetecidual;
2.3.4. Periodontia
Em periodontia podemos citar o laser de CO2 para cirurgia em tecidos moles,
tratamento de hipersensibilidade dentindria e tratamento de superfície radicular, os lasers de baixa
intensidade, para tratamento de hipersensibilidade dentindria e bioestimulavão, como os que estão
sendo mais pesquisados e utilizados atualmente.
2.3.4.1. Cirurgia de Tecidos Moles
Parlcanis relata que a Academia Americana de Periodontologia, baseada na
análise de artigos publicados, recomenda que apesar da literatura apresentar
vastas comprovações cientfficas, a utilização do laser em cirurgia periodontal
cleverer ser ainda largamente pesquisada. Por outro lado vimos que o laser de
CO2 foi aprovado pelo FDA (USA) 1964 para cirurgia de tecidos moles. Desde
então há vários trabalhos documentados ressaltando as vantagens desta forma
terapêutica sobre as técnicas convencionais, principalmente em gengivoplastia
para a devolução da arquitetura do tecido gengival e saúde do periodonto. O
são áreas de grande absorção deste tipo de irradiação, cujos efeitos pode
atingir uma profundidade de 0,17nm. (GARCIA, 1998, p. 40).
Walsh afirma que 98% da energia do laser de CO2 é absorvida numa profundidade de
0,2mm, Pick afirma que devido a esta característica os efeitos são praticamente limitados ao
tecido superficial, com necrose lateral de 1 mm de largura rodeado por uma zona de 5mm de
condutibilidade e reparação térmica. (OYSTER, 1995, p., 1021).
A vaporização dos tecidos moles no local da irradiação ocorre com minima
transmissão de energia para além dos limites da incisão, contudo sempre
haverá alguns danos devido a difusão térmica. Esta difusão térmica é
proporcional aos parâmetros de energia utilizados na aplicação do laser.
Mckenzie comprovou que a lesão causada pelo laser e a lesão causada pela
difusão térmica têm aparência de cratera. Na hora do impacto do laser sobre o
tecido ocorre uma rápida elevação de temperatura sobre esta superficie,
entretanto o aumento de temperatura no interior dos tecidos, devido a difusão
do calor, é mais retardada, porém, conserva-se por mais tempo. (KRAUSE,
1997, p. 878).
Relatam casos de cirurgias com laser de CO2 para gengivoplastia de região hiperplasiada
Ç
BiS
bliotec a Seto rt •
(3 GS-0
reestabelecimento anatômico da Area tratada, com tecido epitelial recobrindo completamente a
área tratada. No pós operatório de 30 dias a Area tratada estava completamente remodelada. 0
paciente relatou não ter sentido nenhum desconforto pós-operatório, como dor, sangramento ou
edema, mesmo após a queda do cimento cirúrgico ocorrida no terceiro dia, apesar de não ter
utilizado nenhuma medicação. Outra vantagem do laser é a capacidade de promover a
esterilização da Area diminuindo possíveis complicações pós-operatórias. (PINHEIRO, 1995, p.
39).
A academia Americana enfatiza que ainda ha necessidade do desenvolvimento de novas
pesquisas para maior embasamento científico dessa forma de terapia periodontal. (GARCIA,
1998, p.380.
2.3.4.2. Tratamento da superficie radicular
Nesta pesquisa analisou-se in vitro a ação do laser CO 2 sobre o cemento radicular em 45
dentes. Veri ficou-se que os elementos tratados com laser apresentavam prejuízo superficial e
subsuperficial devido a penetração do calor. Apesar de aumentar a microdureza superficial, que
favorece na prevenção de cáries, provocou o aparecimento de crateras com contornos irregulares
e rupturas na superficie irradiada. Como clinicamente recomenda-se uma superficie lisa, ainda há
com finalidade de diminuir a suscetibilidade à desmineralização. (WILDER-SMITH, 1995, p.
25).
0 uso do laser Er:YAG sobre a superficie radicular resulta em danos estruturais como
formação de crateras. Aconselha-se mais estudos para examinar a
extensão
dos efeitos destairradiação do condicionamento radicular no tratamento periodontal,
e
sua real importânciaclinica. Outro estudo realizado em 60 dentes extraídos teve como objetivo monitorar as alterações
de temperatura ocorridas durante
o
tratamento da superficie radicular com laser Nd:YAG1064nm, tanto a
nível
de câmara pulpar como na superficie da raiz. Foram utilizados dentesraspados
e
alisadose
dentes sem qualquer tratamento superficial de raiz. Este tipo de laseré o
que penetra mais profundamente nos tecidos duros dos dentes do que qualquer outra irradiação.
Segundo POLSON "a remoção da camada de smear layer
é
importante, pois sua presença podemodificar as interações biológicas entre a superficie radicular
e o
tecido conjuntivo, interferindona reinserção". Veri
fi
cou-se queo
laser Nd:YAG pode ser efetivo na remoção desta camada dasuperficie radicular, com abertura dos tübulos dentinários
e
exposição das fibras coldgenas.Entretanto,
o
resultado não foi consistente em todas as amostras. Verificando-se graus diferentesda remoção da camada smear layer
e
danos térmicos, as estruturas dentaise
periodonto estandona dependência direta da forma de utilização do laser (continuo ou pulsátil), da potência
e
freqüência. Neste estudo ocorreu uma efetiva remoção da camada smear layer com utilização do
laser Nd:YAG, de forma pulsátil em baixa potência, com pulsos curtos
e
intercalados, noperíodo
entre 03
e
05 minutos de aplicação. Mesmo com essa aplicação cuidadosa houve aumento datemperatura na câmara pulpar em 14.4°C
e
de 34.4°C na superficie da raiz. Como
aumento dorespectivamente. Parece que a temperatura eleva-se mais na câmara pulpar devido ao efeito
cumulativo do calor das aplicações, pois um ambiente fechado dificulta a dissipação. ITO
verificou temperaturas de até 115°C na superficie radicular com o uso do laser de forma continua
com potência alta e relatou que "A irradiação de laser Nd:YAG sobre a superfície radicular se
mostrou efetiva para remoção o da Smear Layer abrindo os tabulos dentinarios e expondo as
fibras colágenas". Segundo COBB "os danos térmicos de maior intensidade estão ligados a
utilização do laser de forma continua ou pulsos longos com alta energia e freqüência". Tudo
indica que pulsos mais espaçados favorecem mecanismos de resfriamentos ou dissipação de calor
nos tecidos diminuindo os danos térmicos. ZECH e COHEN determinaram que "um aumento de
temperatura de apenas 5.5°C já pode comprometer a vitalidade pulpar; "ERICKSSON E
ALBREKTSSON registraram que o aumento de 10°C no tecido ósseo já ocorre injurias";
SAUNDERS demonstrou que 28% dos casos de reabsorção de cemento ocorreram com aumentos
de temperatura de 18°C. Quando foi analisado o efeito da radiação sobre raizes que não tinham
sido alisadas, verificou-se danos estruturais maiores em todos os parâmetros se comparados com
o tratamento de superfícies já alisadas. Este fato, acredita-se, deva ser decorrente de uma maior
absorção de calor pela presença de placa e debris e a posterior dissipação deste calor para os
tecidos subjacentes. Estes fatos favorecem motivos de preocupação quanto a possíveis danos a
polpa, ligamento, osso e tecidos duros dos dentes, com a utilização do laser Nd:YAG no
tratamento de superfícies radiculares em situações clinicas. Mais estudos são necessários para um
bom resultado clinico, determinando-se uma dosemetria adequada a cada situação, que não cause
danos a estruturas dentais e tecidos adjacentes, e seja eficaz para o tratamento proposto.
COBB sugeriu o potencial uso do laser Nd:YAG para descontaminação de bolsas
infectadas e tratamento superficial de raizes. Verificou-se que após a aplicação do laser era
necessário um alisamento radicular manual para remover Areas carbonizadas e fundidas da
superfície radicular. (OYSTER, 1995, p. 1022).
TRYLOVICH em estudo in vitro com laser Nd:YAG sugerem que a aplicação da
irradiação poderia alterar a biocompatibilidade da superfície do cemento tornando-o desfavorável
para a inserção de fibras. Superfícies radiculares tratadas com laser Nd:YAG utilizado com
baixas potências não alterou a capacidade de adesão de fibroblastos a elas, entretanto utilizando
níveis mais altos de energia houve mudanças dramáticas nesta superfície radicular com poucos
fibroblastos aderindo. Deduz-se que a superfície resultante do tratamento laser não era
compatível com a reinserção fibroblistica. KELLAR and HIBST usando laser Er:YAG
sugerem que possa de forma rápida e eficiente remover 83,1% das LPS superfície radicular
(produzida por bactérias periodontais gram negativas comum nas lesões endodõnticas e
2.3.4.3. Tratamento da Hipersensibilidade Dentindria
Hipersensibilidade dentiniria, também denominada de hiperestésica ou hiperalgia,
significa uma sintomatologia dolorosa originada da dentina exposta quando estimulada. É uma
dor de caráter transitório e reversível, em resposta à uma grande variedade de estímulos:
químicos, mecânicos e térmicos. (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p. 301). A teoria mais
amplamente aceita para explicar o mecanismo da dor é a teoria hidrodinâmica, que se refere a
movimentação dos fluidos dentro dos túbulos dentinarios. (LIZARELLI, [199_], p. 19).
JENSON descreve a hipersensibilidade dentindria como sendo uma dor súbita e de curta
duração. mas que pode impedir a manutenção adequada dos hábitos de higiene. BRANNSTRON
(1992) salientou que é importante diferenciar hipersensibilidade de origem dentindria com a dor
de origem pulpar. Na hipersensibilidade dentindria a dor cessa quando o estimulo é removido, na
de origem pulpar a dor persiste mesmo quando retirado o estimulo e requer tratamento
diferenciado. (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p. 301). De acordo com Anderson — Matthews
(1967) quando o diagnóstico é complicado podemos utilizar cloreto de cálcio sob a Area a ser
testada revelando onde há hipersensibilidade. (VALE, 1997, p. 208).
Este problema é bem mais comum que se imagina. Sobral et al pesquisou em um grupo
pacientes, sendo em sua maioria absoluta na face vestibular. Segundo Vale e Bramate, os
pacientes geralmente apresentam born padrão de higienização sem presença de placa visível.
(PERES, 1999, p. 204).
A mais de dez anos são usados lasers de baixa intensidade para tratamento de
hipersensibilidade dentinaria, porém esse tratamento so é realmente eficaz em dores mais suaves.
0 laser cirúrgico também pode ser utilizados para este tipo de tratamento com grande índice de
sucesso.
0 tratamento pode ser:
1) Com laser de baixa intensidade;
Benedecenti publicou em 1984 o manual de laserterapia para a cavidade oral, destacando
o tratamento de dentes com hipersensibilidade dentindria com o laser de baixa intensidade,
verificando uma significativa diminuição da dor e até mesmo sua eliminação. Em 1985 D'Ovidio
tratou 26 pacientes com hipersensibilidade dentindria obtendo sucesso em 23, em 1986
Matsumoto e cols. conseguiram resultados em 85% dos casos, com aplicação direta do laser de
AsGa sobre a superfície dentiniria, e 60% quando a aplicação foi realizada na região apical.
Quando foi utilizado o laser de He-Ne houve uma redução em 90% na sintomatologia dolorosa,
sendo, este o tipo de laser mais utilizado por pesquisadores. (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p.
Walsh (1997) afirmou que
o
laser de baixa intensidade induz a alterações na rede detransmissão nervosa dentro da polpa dental, Aun
e
cols. em 1998 evidenciou a neoformação dedentina secundária em grande quantidade promovendo a obliteração dos canaliculos dentinirios.
Kert
e
Rose em 1989 afirmaram que a diminuição da dor imediata devia-se a liberação debeta-endorfinas nas sinapses das terminações nervosas nos canaliculos dentinários. Portanto, ficou
comprovado que este tipo de tratamento além de promover uma analgesia imediata tem ação
bioestimuladora sobre a polpa dental determinando a formação de dentina secundária. A
experiência clinica tem demonstrado um sucesso em 85% dos casos de hipersensibilidade
dentindria tratadas com laser, sendo que 90% desses já na la sessão, mas em alguns casos são
necessários algumas aplicações adicionais, recomenda-se repetir a aplicação após 30 dias.
(GENOVESE, 2000, p. 94). Vários autores atribuem que a diminuição da dor no tratamento com
laser deve-se a liberação de beta-endorfinas que reduziria a percepção da dor. (Loc. cit., p. 206).
Foram tratados 20 pacientes com laser de Arseneto de Gálio mostrando capacidade de
diminuir a sensibilidade tanto pela sua ação antiinflamatória como pela bioestimulação na
formação de dentina reacional. Entretanto mostrou-se necessário um
período
pós-operatório paramelhor avaliar os resultados, pois estes dependem de uma resposta metabólica individual.
(LIZARELLI, [199_j p. 21).
Protocolo de Aplicação:
- Profilaxia da região a ser tratada;
- Isolamento relativo com secagem da superficie dentinAria com algodão hidrófilo;
evitando-se a desidratação excessiva dos tdbulos dentindrios;
- Proteção da ponta laser para evitar contaminação (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p.
303).
0 laser de baixa intensidade deve ser aplicado diretamente sobre a região com
hipersensibilidade corn o raio incidindo perpendicularmente sobre a superficie a densidade
energética varia de 3 A 4 Jcm 2 A 4 a 6 Jcm2 por um período de quatro minutos. Nos casos de
hipersensibilidade dentinária após preparo protético faz-se aplicação com dosagem diminuída de
2Jcm2'. (Ibid., p. 303).
A radiação deve ser aplicada em todas as faces do dente que apresentam
hipersensibilidade, quando a região for menor que a ponta do laser, basta uma aplicação pontual.
Caso seja maior, fazer duas ou mais aplicações pontuais com espaçamento entre lcm entre elas,
evitando-se Areas restauradas. (AUN, 1989, p. 66).
2) Com laser de alta intensidade.
Os laser cirúrgicos Nd:YAG , Er:YAG, Excimeros, CO2 e outros podem ser utilizados
no tratamento da hipersensibilidade dentindria. Watanabe observou na superficie radicular tratada
com laser CO2, que a dentina superficial se transformou em uma superficie vitrificada, com
Meleer demonstrou que quando utilizado dosagens corretas do laser CO 2 sobre superficie
radicular não ocorrem danos pulpares, com a dentina assumindo aspecto de esmalte, chamado
"esmalte branco perolado". A limitação da técnica baseia-se no fato de que caso haja inicio de
cárie na região, o laser irá interagir bioquimicamente, com o tecido e promover uma leve
carbonização da Area, com efeitos estéticos indesejáveis. (BRUGNERA JUNIOR, 1998, p. 305).
0 laser de Nd:YAG utilizado em pacientes com hipersensibilidade demonstrou ser
eficaz promovendo significativa redução da sensibilidade, sua Nab baseia-se na vedação dos
tiibulos dentinários ou redução de seu diâmetro. (VALE, 1997, p. 210 - 211). Clinicamente
verificou-se o desaparecimento da dor por um período de tees anos e quando analisado em
microscópio eletrônico de varredura, ficou demonstrado obliteração parcial dos tübulos
dentinarios com conseqüente redução da condutibilidade hidráulica da dentina.
(MAXI-ODONTO, 1995, p. 21).
Foi demonstrado que o laser CO2, de forma pulsátil pode ser usado com finalidade de
dessensibilizar a dentina, sem dano pulpar desde que fosse utilizado numa potência de 6 joules,
entretanto este nível de energia não é clinicamente real para procedimentos em tecidos duros.
(WALSH, 1996, p. 10).
O laser CO2 deve ser aplicado perpendicular ao dente, evitando-se sempre areas
restauradas, com a potência entre 2 e 3 watts de forma pulsátil (20 pulsos por segundo).
Utilizando o laser Nd:YAG pulsátil (20 pulsos por segundo), a 05 cm da superfície, 02 watts de
potência, obteve-se um sucesso de 90% nos casos leves e moderados e uma melhora significativa
nos casos mais severos. Para um tratamento mais eficaz, o procedimento pode ser repetido. Nos
casos mais severos, podemos alterar a técnica pintando a superficie com tinta nanquim que
aumenta a absorção da energia e após aplicar o laser a 05 cm da superfície, 01 watt de potência e
2.3.5 Implantodontia
0 laser apresenta algumas possibilidades de utilização associada à implantodontia. Hi
estudos que relatam o uso do laser para tratamento de periimplantite, reabertura na segunda etapa
cirúrgica e desinfecção de implantes contaminados, mas talvez a maior utilidade esteja na
possibilidade de realização de cirurgias pré-protéticas e colocação imediata de implante.
(BOLOGNA, 1997, p. 23).
Relatam estudos in vitro, onde o laser de CO2 é testado na reabertura de implante
6steointegrado e na descontaminação de implantes com roscas expostas simulando uma lesão
periim plantar. Verificou que este tratamento é ineficiente para completa remoção de sangue,
saliva e outros elementos presentes nas superfícies das roscas expostas do implante. Além disso
verificou-se um aumento de temperatura de 1,2 i 11,7°C na porção mais coronal, e de até 5°C i
uma profundidade de 5 à. 7mm. No caso da reabertura houve sucesso, entretanto, ocorreu um
aumento de temperatura de 4,2 à 16,8°C na porção mais coronal e de 2 à 11,5°C a uma
profundidade de 5à 7mm. Portanto, ern ambos os processos houve aumento de temperatura do
implante, que somados A. temperatura corporal, resultou em temperaturas acima de 50°C na
interface implante/osso. Inicialmente foi determinado uma temperatura de 56°C como sendo a
que produz lesão irreversível no tecido ósseo, entretanto, verificou-se diferentes danos de graus a
simplesmente um par de pinga, tal fato não ocorreu com temperatura de 40°C. Como não são
conhecidas as temperaturas à que podem ser submetidos implantes já ósteointegrados, sugere-se,
que lesões podem ocorrer quando a temperatura ultrapassar 44°C. Estes mesmos autores afirmam
que o trauma térmico pode levar a necrose do tecido ósseo, mas caso isso não aconteça, pode
ocorrer também outro tipo de sequela tão importante quanto a primeira em se tratando de
implantes, que seria o tecido ósseo sobreviver ao trauma mas ser substituído por um outro tecido
diferenciado que levaria ao insucesso do implante. Estudos realizados por laser Nd:YAG
desaconselham a sua utilização junto a tecidos moles e implantes, pois apresentaram grande
penetração nos tecidos e caso atinja o implante há relatos de danos superficiais com fusão do
titanic,. Além disso outros estudos in vitro demonstraram a ineficácia deste laser para esterilizar
2.4.
NORMAS DE SEGURANÇAOs lasers, principalmente os
cirúrgicos,
são potencialmente perigosos, mesmoquando
usados de forma
pulsátil
pois ocorre picos de potência bastante elevados. Portantosão
necessários
medidas desegurança
que visem eliminar ou reduzir os riscos de acidentes durante ouso dos diversos lasers. Estas
precauções
visam proteger tanto o profissional, pessoal auxiliar e opróprio
paciente.0
laser deCO2
produz um raio terapêutico infravermelho (invisível) e alinhadocom um laser de He-Ne (visível) que é de baixa potência. Este Laser de He-Ne
não
representamaiores riscos, exceto
quando há exposição
prolongada daradiação
nos olhos.Já
aradiação
infravermelha do laser
CO2
devido sua potência, que podechegar
a centenas de watts, é essencialque sejam tomadas as devidas
precauções.
Os riscos vão desdelesão
nacórnea, queimaduras
depele, risco de fogo,
emissão
de gasestóxicos
eexplosão
caso algum materialinflamável
ouexplosivo for colocado diretamente no trajeto da
radiação.
Primeiramente, o profissional e opessoal auxiliar deverão estar adequadamente treinados, cientes de suas responsabilidades, das
normas técnicas referente ao uso do laser e dos riscos inerentes ao uso desses equipamentos.
Devera
haver uma área designada estritamente para ainstalação
do equipamento, controlada esinalizada onde somente o pessoal autorizado terá acesso.
.
(PINHEIRO,1995, p. 228).
0
uso de óculos protetores especiais para o laser queestá
sendo utilizado éobrigatório
Como o laser é refletido por superficies lisas e pode ocorrer a reflexão da radiação, tanto pela
superfície do esmalte, como por restaurações metálicas e coroas, estas deverão ser protegidas
com gaze umedecida com soro fisiológico. Como o instrumental também pode refletir a luz
recomenda-se que este seja de material não refletivo ou fosco. (PINHEIRO, 1995, p. 230).
No uso do laser CO2 pela ação de vaporização dos tecidos ocorre a formação de uma
fumaça ou produtos piroliticos, que são compostos de várias substâncias, sendo que algumas
delas com potencial tóxico e cancerígeno. Além disto ficou comprovado que a exposição crônica
dos profissionais a essa fumaça provocou a deposição profunda de partículas no seu trato
respiratório; e como também verificou-se a dispersão de DNA viral durante a vaporização dos
tecidos com laser, ha necessidade do uso de equipamento que remova esta fumaça do ambiente,
como aspiradores ou bomba a vácuo. Aconselha-se que a area designada para instalação de
equipamento não possua superfícies que possam ser fontes de reflexão da radiação.
(BRUGNERA JUNIOR, 1998, p. 84 - 94).
Portanto, além de conhecer as indicações e limitações da técnica laser, a sua utilização
apresenta risco para todas as pessoas envolvidas. E necessário que haja respeito ao poder desta
radiação, para que sejam tomadas todas as medidas de proteção e assim evitarmos possíveis
3. CONCLUSÃO
A técnica laser, pela evolução que tem apresentado nas últimas décadas, representa para
os cirurgiões dentistas e paciente, esperança que sua utilização venha a significar um tratamento
odontológico mais rápido, simplificado, eficiente, menos invasivo e indolor.
Na área odontológica os lasers de alta potência podem ser utilizados na dentistica,
prótese, tratamento de hipersensibilidade dentindria, cirurgia, periodontia e implantodontia. Os
lasers de baixa potência que se destacam pela ação bioestimuladora no tratamento da
hipersensibilidade dentindria e cicatrização tecidual.
Na dentistica podemos citar o laser CO2 para preparo cavitário, selamento de fissuras e
tratamento superficial do esmalte com finalidade preventiva. Há necessidade de determinar as
conseqüências da recristalização do esmalte e sua resistência. 0 laser Er:YAG representa uma
boa perspectiva para que num futuro próximo possa vir a substituir os métodos tradicionais de
preparo cavitário. Ainda há necessidade de desenvolver mecanismo de refrigeração eficiente para
diminuir o dano térmico. Outros estudos também são necessários para determinar até que ponto
Na prótese o laser Nd:YAG está sendo utilizado para soldar estruturas metálicas sem a
geração de óxidos no ponto de solda e sem utilizar outro material para uni-las. Temos como
resultado final peças com maior resistência e precisão.
Na cirurgia de tecidos moles o laser CO2 apresenta resultados consistentes, com efetivas
vantagens em relação as técnicas convencionais. No tecido ósseo sua utilização é vista com
ressalvas devido as sequelas que o dano térmico pode provocar.
Na periodontia temos o uso do laser CO2 para cirurgia de tecidos moles, tratamento de
hipersensibilidade dentindria e tratamento de superfície radicular. 0 laser de Er:YAG também
está sendo estudado no tratamento de superfície radicular. Os lasers de baixa intensidade são
utilizados como bioestimuladores na cicatrização e tratamento de hipersensibilidade dentindria. A
cirurgia de tecidos moles pode ser realizada com sucesso utilizando o laser CO2 , entretanto há
risco de lesão do tecido ósseo subjacente em função da difusão do calor. No tratamento de
superfície radicular o laser demonstrou ser capaz de esterilizar a superfície, remover a camada de
smear layer expondo as aberturas dos canaliculos e as fibras coldgenas. Além disto houve a
eliminação de 83,1% das LPS. A energia utilizada para esses procedimentos trouxe como
consequência danos estruturais da superfície, aumento da temperatura da câmara pulpar e
alteração da biocompatibilidade superficial tornando-a desfavorável à reinserção fibroblastica.
tratamento da hipersensibilidade dentindria com laser CO 2, Nd:YAG e Er:YAG apresentou bons
resultados, com obliteração dos canaliculos dentindrios e reduzidos danos pulpares quando
Na implantodontia o laser CO2 pode ser utilizado para reabertura do implante na
segunda etapa cirúrgica. Entretanto como verificou-se em alguns casos temperaturas entre 40 e
53°C na porção mais coronal do implante e ainda não são bem conhecidas as temperaturas que
implantes osteointegrados podem ser submetidos, recomenda-se maiores estudos. Os lasers não
apresentaram eficácia na descontaminação da superficie das roscas de implantes expostas.
A técnica de utilização é sofisticada, exige ambiente adequado e pessoal altamente
treinado tanto no uso do aparelho como na técnica cirúrgica. Caso estes fatores não recebam a
devida importância, são grandes as possibilidades de insucesso e sequelas. Atualmente estes
lasers podem ser usados com sucesso em alguns procedimentos específicos, desde que os casos
sei am selecionados e a técnica bem aplicada. A pouca demanda, de procedimentos com a
utilização do laser de Alta Potência na clinica diária, resultados insatisfatórios, riscos na
aplicação, possíveis sequelas, técnica sofisticada e alto custo dos aparelhos (em torno de trinta e
cinco mil dólares (U$35.000)), contribuem para sua falta de popularidade na classe odontológica.
0 laser de Baixa Potência tem despertado grande interesse na odontologia pela sua
capacidade de bioestimulação que permite uma utilização bastante ampla: tratamento de herpes,
estomatites, alveolites, hipersensibilidade dentindria e outras. Técnica de aplicação simplificada,
baixo custo do equipamento (em torno de mil dólares (U$1.000)) e indices de sucesso
relativamente altos tem contribuído para difundir rapidamente esta forma de tratamento. Apesar
(USA)
não
reconhece o tratamento com laser de Baixa Intensidade como eficaz, considerandoque
ainda hi alguns fatoresque
necessitam maiores esclarecimentos.Não há dúvidas que o laser representará em um futuro
próximo
uma ferramenta degrande importância no tratamento
odontológico
em suas mais variadas especialidades. Entretanto,ainda hi necessidade de mais estudos que
determinem equipamentos
e parâmetros que sejamseguros e eficientes ao tratamento proposto. Esta tecnologia
poderá
superar com vantagens4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. Referencias bibliográficas. NBR 6023. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. 9p.
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