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AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE LÍQUIDO PERITONEAL E ANÁLISE BIOQUÍMICA SÉRICA, RESULTANTE DA ABDOMINOCENTESE EM EQÜINOSROCHA, Eduardo Junior Nunes; SOUZA, Wagner A.; FAGUNDES, Eduardo S.; ZANGIROLAMI FILHO, Darcio; MOO, Helder F.; PEREIRA, Daniela M.; ROSA, Er

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REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA - ISSN 1679-7353

PUBLICAÇÃO CI ENTÍFICA DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DE GARÇA/FAMED ANO IV, NÚMERO, 08, JANEIRO DE 2007. PERIODICIDADE: SEMESTRAL

_______________________________________________________________________________________

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE LÍQUIDO

PERITONEAL E ANÁLISE BIOQUÍMICA SÉRICA,

RESULTANTE DA ABDOMINOCENTESE EM EQÜINOS

ROCHA, Eduardo Junior Nunes

SOUZA, Wagner A.; FAGUNDES, Eduardo S.; ZANGIROLAMI FILHO, Darcio

Alunos de graduação da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED Estagiários do setor de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais

MOÇO, Helder F.

Aluno de graduação da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED Estagiário do setor de Laboratório Clínico

PEREIRA, Daniela M.; ROSA, Eric P.; SACCO, Soraya R.; NEVES, Maria F.

Docentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED

RESUMO

Quatorze eqüinos de diferentes faixas etárias, sexo, foram utilizados para à colheita do liquido

peritoneal com agulha 40x12. Evidenciando a prática da técnica, avaliação clínica e laboratorial

causadas ou não por estresse devido a colheita do líquido peritoneal. A avaliação foi

seguimentada em etapas delimitadas em clinica inicial e final (CLo) e (CL1), Hemograma inicial

e final (Ho) e (H1), glicose com fluoreto inicial e final (Go) e (G1) e análise do liquido peritoneal.

Observou-se que os animais não sofreram estresse, com a abdominocentese realizada sem

sedação. Ao avaliar o líquido peritoneal o mesmo apresentou valores respectivos ao aceito

pelo padrão de normalidade.

Palavra-chave: Abdominocentese, eqüinos. líquido peritoneal.

Tema central: Medicina Veterinária

ABSTRACT

Fourteen equines of different stairs bands, sex, had been used for the harvest of it eliminate

peritoneal with needle 40x12. Evidencing it practices it of the technique, clinical evaluation and

laboratorial caused or for it did not stress had the harvest of it I eliminate peritoneal. The

evaluation was segmented in stages delimited in initial and final clinical (CLo) e (CL1), initial

and final hemograma (Ho) e (H1), glucose with initial and final fluorid (Go) e (G1) and analyzes

of it eliminates peritoneal. Abdominocentese carried through without sedação was observed

(2)

that the animals do not suffer stress, with the. When evaluating the peritoneal liquid the same

presented respective values to the accepted one for the normality standard.

keywords: Abdominocentese, equines., peritoneal liquid.

1. INTRODUÇÃO

O fluido peritoneal é um ultrafiltrado do sangue que se origina de plasma

dializado e está submetido à regulação das células que revestem a cavidade

abdominal (THOMASSIAN, 2005).

Localiza-se no espaço entre os peritônios visceral e parietal denominado

de cavidade peritoneal (MENDES et.al, 2000).

Tem como principal função lubrificar e banhar as vísceras, e tanto a sua

produção quanto a reabsorção dependem e estão submetidas a fatores como

pressão hidrostática e oncótica do sangue e do espaço intersticial,

permeabilidade capilar e do fluxo sanguíneo (THOMASSIAN, 2005).

Pode ser examinado verificando suas características físicas,

especialmente cor, translucidez, densidade específica, tempo de coagulação,

composição bioquímica, quantidade de células, morfologia e tipo celular

(BLOOD, 2002).

Segundo Feitosa (2004), a avaliação físico-química e citológica do

líquido peritoneal é um método auxiliar importante no diagnóstico das doenças

abdominais nos eqüinos, utilizada na diferenciação de peritonites sépticas e

assépticas. Animais com endotoxemia também apresentam alteração nesse

fluido (BORGES, 2000). Nos cavalos com cólica, a análise do líquido peritoneal

é um meio indireto de avaliação das alças intestinais pois, quando apresentam

hipóxia em decorrência de torções, obstruções, infartos e ou outras alterações

ocorrerá passagem de células e proteína para o líquido peritoneal, alterando

sua composição normal (FEITOSA, 2004).

O objetivo do trabalho foi colocar em prática a abdominocentese com

agulha 40x12, evidenciando o treinamento dos estagiários da Clínica e Cirurgia

de Grandes Animais da FAMED. Avaliar se os animais submetidos ao

experimento, sofreram estresse durante a colheita, através de exame físico.

Análise físico-química e citológica do líquido peritoneal.

(3)

2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no Haras do campus experimental Água

Viva, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FAMED), localizada

no município de Garça, estado de São Paulo. Foram utilizados quatorze

animais de diferentes faixas etárias, sexos, e condições de manejo. Sendo dez

animais machos e quatro fêmeas, dos quais oito animais recebiam tratamento

diferenciado, ou seja, ração, feno de alfafa e mantidos em baia, os demais

animais mantidos à pasto. A colheita do líquido peritoneal foi feita com agulha

40x12, conforme descrito por Feitosa (2004), que consiste em tricotomia

(15x15 cm) na linha alba, caudalmente (10 cm) à apófise xifóide, no ponto mais

ventral do abdome, assepsia prévio e procedimento realizado com luvas

estéreis. Os animais foram colocados em tronco de contenção apropriado,

onde permaneceram por dez minutos para adaptação ao local, à aferição dos

parâmetros vitais realizada, por único componente do grupo, privando reduzir

possíveis variações na avaliação. A colheita de sangue com EDTA e glicose

com Fluoreto, foi realizada através de punção da veia jugular com agulha

40x12. O experimento foi realizado na seguinte ordem: clinica inicial (CLo)

aferindo os parâmetros vitais iniciais, Hemograma inicial (Ho), glicose inicial

(Go) e colheita do líquido peritoneal e assim repetindo as avaliações finais,

sendo denominado H1, G1 e CL1 respectivamente.

3. RESULTADOS

Os resultados obtidos estão apresentados em tabelas com parâmetros

vitais, análise do líquido peritoneal, hemograma e avaliação da glicose sérica.

Tabela 1: Parâmetros vitais-Inicial

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14 M

TºC 38 38,6 38,2 38 39,5 39,2 37,8 38 38,3 38,1 38,7 38,2 37,9 38,4 FC 60 50 48 52 53 55 42 33 56 56 35 68 43 46,5 FR 36 47 50 28 85 31 24 16 23 21 17 21 18 32 Muc R I R R R R R R R R R R R R

FC(Bat/min); FR(mov/min); mucosa da conjuntiva (muc); Rósea ( R), Ictérica (I); M(Média) Obs; Animal A7 não avaliou os parâmetros vitais-Inicial

(4)

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14 M TºC 38,2 38,3 38,3 37,7 39,3 38,1 38,3 38,2 38,3 38 38,4 38,2 38,3 FC 36 40 43 52 54 35 32 60 60 42 51 39 45 FR 31 31 27 27 76 19 7 18 21 14 19 18 26 Muc R I R R R R R R R R R R R

Obs: Animais A6 e A7 não foram aferido os parâmetros vitais-Finail

Tabela 3: Análise do líquido Peritoneal

Exame Físico A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7

Volume (ml) 3 3 3 3 3 3 3

Cor Amarelo Amarelo Amarelo Amarelo Amarelo Amarelo Amarelo

Aspecto Limpido Turvo Limpido Turvo Turvo Turvo Límpido

Densidade 1010 1012 1008 1008 1010 1012 1016

Ph 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5

Glicose 2+ 1+ 2+ 1+ 1+ 2+ 1+

Proteína 3+ 3+ 3+ 2+ 3+ 3+ 3+

Bilirrubina 1+ 1+ 1+ negativo negativo 1+ negativo

Sangue oculto 3+ 4+ 3+ 4+ 4+ 4+ 2+

Leucócitos 3+ 3+ 2+ 3+ 3+ 3+ 2+

Hemáceas (/uL) 56 10950 48 20700 13100 21850 4100

Células nucleadas (/uL) 4 250 10 600 900 100 2000

Exame Físico A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14

Volume (ml) 3 3 3 3 3 3 3

Cor

Amarelo

palha Amarelo Amarelo Amarelo Amarelo

palha Amarelo amarelo avermelhado

Aspecto Límpido Límpido Límpido

Lig. Turvo Límpido Ligeiramente turvo Turvo Densidade 1008 1008 1010 1008 1008 1010 1016 Ph 8 8,5 8 8 8 8,5 8 Glicose 2+ 1+ 2+ 2+ 2+ 2+ 3+ Proteína 3+ 3+ 3+ 3+ 3+ 3+ 3+

Bilirrubina 1+ negativo negativo negativo negativo 1+ 1+

Sangue oculto 1+ 3+ 1+ 4+ 1+ 4+ 4+

Hemáceas (/uL) 7 70 22 9700 16 4450 16550

Células nucleadas (/uL) 75 7 15 100 1312 3045 5775

Obs: Glicose 1+(50mg/dL); 2+(100 mg/dL), Proteina 3+(500 mg/dL)

Tabela 4: Hemograma-Inicial

Eritogr

ama A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14

Hemác eas uL 693 000 0 610 000 0 703 000 0 568 000 0 590 000 0 635 000 0 987 000 0 720 000 0 631 000 0 777 000 0 792 000 0 735 000 0 735 000 0 703 000 0 Hemogl obina g/dL 10,5 9,23 10,6 1 8,75 9,27 9,94 16,4 6 11,8 7 10,4 2 13,1 12,5 8 11,9 13,0 3 11,9 3 Hemat ócrito % 33 29 33 27 28 30 47 34 31 37 37 35 35 33 VCM 47 47 46 47 47 47 47 47 49 48 46 47 47 46 CHCM 31 31 32 32 33 33 35 34 33 35 34 34 37 36 Proteín a Plasm. g/dL 7,2 7 6,4 7,4 7,4 6,6 7,4 6,6 6,8 7,2 7 5,6 6,2 7,2 Leucóci tos /uL 934 5 871 5 777 0 115 50 997 5 792 8 138 08 101 85 939 8 112 35 127 05 887 3 903 0 137 55

(5)

Segme ntados % 56 39 47 52 61 34 40 49 76 47 52 57 48 71 Absolut o/uL 523 4 339 9 365 2 600 6 608 5 269 6 552 4 499 1 714 3 528 1 660 7 505 8 433 4 976 6 Linfócit os % 32 48 44 44 27 53 40 46 15 44 39 39 43 27 Absolut o/uL 299 1 418 4 341 9 508 2 269 4 420 2 552 4 468 6 141 0 494 4 495 5 346 1 388 3 371 4 Monóci tos % 8 4 6 1 9 11 12 2 8 7 5 4 6 1 Absolut o/uL 748 349 467 116 898 873 165 7 204 752 787 636 355 542 137 Eosinóf ilos % 4 7 3 3 1 2 8 3 1 2 3 3 1 Absolut o/uL 374 611 234 347 100 159 110 5 306 94 225 382 270 137

Tabela 5: Hemograma-Final

Eritogr

ama A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14

Hemác eas uL 6890 000 5605 000 6820 000 5570 000 6290 000 9670 000 6720 000 6500 000 7590 000 7800 000 725 000 8100 000 7100 000 Hemogl obina g/dL 10,9 4 8,67 10,0 1 8,78 10,0 1 9, 57 16,6 11,6 9 11,0 9 12,6 1 11,6 1 12,5 4 12,8 11,4 6 Hemató crito % 32 26 31 26 29 27 46 32 31 36 37 36 38 33 VCM 46 46 45 46 46 47 47 47 47 47 50 46 46 CHCM 34 33 32 33 34 35 36 36 35 35 31 34 33 34 Proteín a Plasm. g/dL 7,4 6,8 6,2 7,2 7,4 6, 6 7,6 7 6,8 7,4 7 5,6 6,4 7,2 Leucóci tos /uL 1029 0 9398 5513 1260 0 7822 86 10 1344 0 1181 2 1060 5 1254 8 1055 3 103 42 9870 1233 7 Segme ntados % 53 46 51 45 60 38 39 65 74 34 58 42 52 71 Absolut o/uL 5454 4324 2812 5670 4694 32 72 5242 7678 7848 5522 6121 434 4 5133 8760 Linfócit os % 36 50 39 47 32 55 48 21 21 44 36 52 46 27 Absolut o/uL 3705 4699 2151 5922 2504 47 36 6452 2481 2228 4267 3800 537 8 4540 3331 Monócit os % 6 1 5 5 6 7 5 5 5 9 4 6 2 1 Absolut o/uL 618 94 276 630 470 60 3 672 591 531 1130 423 620 197 124 Eosinófi los % 5 3 5 3 1 8 7 12 2 1 Absolut o/uL 515 282 276 378 79 1076 827 1506 212 124

Tabela 6: Avaliação de Glicose Sérica – Inicial

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14 M

Glicose

mg/dL 88 88 86 79 94 76 66 92 79 83 97 91,7 93,7 88,2

85,82

(6)

Tabela 7: Avaliação de Glicose Sérica – Final

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14 M

Glicose

mg/dL 60 91 87 83 53 76 81 98 77 75 91 90 94,8 91,7

82,03

M: Média

4. DISCUSSÃO

Verificou-se que houve um acréscimo nos valores de freqüência

cardíaca e respiratória nos momentos iniciais e finais do experimento, pois o

mesmo pode ser sugestivo da interferência da colheita em dias quentes e ter

relação com a idade dos animais, alguns jovens, superestimando os valores.

No hemograma, glicose e líquido peritoneal, valores referentes ao citado por

Feitosa (2004). Algumas amostras de líquido peritoneal apresentaram-se de

coloração turva indicativo apenas de contaminação na colheita, não

significativo valor clínico.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que os animais não apresentaram alterações de líquido

peritoneal e que a colheita não alterou parâmetros vitais, valores hematológicos

e nível de glicose sérica

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1.FEITOSA, F.L.L.Semiologia Veterinária. A Arte do Diagnostico. 1ª ed. Roca.

São Paulo, 2004, p173-176.

2.MENDES, L.C.N. et.al. Avaliação Laboratorial do Fluido Peritoneal em

Modelos Experimentais Utilizados para Indução de Reação

Inflamatória Intra-Abdominal em Eqüinos. Continuous Education

Journal CRMV-SP, São Paulo, volume 3, fascículo 3, p.21-27, 2000.

3.RADOSTITS, O.M.; GAY, C.C.; BLOOD, D.C.; HINCHCLIFF, K.W. Clínica

Veterinária – um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos,

(7)

caprinos e eqüinos. 9ª. ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2002.

159p.

4.THOMASSIAN, A. Enfermidades dos cavalos. 4ª ed. São Paulo: Varela,

2005. 335p.

Imagem

Tabela 1: Parâmetros vitais-Inicial
Tabela 4: Hemograma-Inicial
Tabela 6: Avaliação de Glicose Sérica – Inicial

Referências

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