ESTUDOS
H
ECONOMIA
Rêvisla do Inslilulo sup€ or d€ Ecônohia ê Gêslão U.iv66ìdade Técni6 dê Lisboa
ESTATUTO EDITORIAL
Urììa revìsta Íimeslral e dâ responsabilìdade do Instituto Superior de Economia da Univers! dadê Técnica de Lisboa.
Uma revista de cafáctêr cientíÍico quê s€ propõe acompanhar dííêrêntes corÍentes do pensâ-mento e proporcionar o debate de dislintos paradigmas teóícos.
Umâ rêvista que íeílêctê sobre exp€riências concretas € estudos êmpídcos. Uma révistâ que inÍormâ sobre a economla portuguesa e intêmâcional.
Umâ rêvlstâ quê sêgu6 a políticâ económica é ôonstitui um espâço livr€ para â rêspectivâ ânálisê críllcâ.
Uma rovista quo está alêntia â factos ê situâções rêlêvantês no domínio ciêntÍfico, onivorsiiário ou não, do País e do êstrangeiro, com intêrê66ê parâ o dêsênvolvimento da ciênciâ 6conómicâ.
Uma revista qu€ inleressará a prolessorês, invêstigadores e esìudanles de Economia, bern como a êconomislas €, €m gêral, às pêssoas quê procuram uma Íormação aclualizadâ. de nível suDerior, no domínio dâ oconomiâ,
EXECUTIVO DO CONSELHO EDITOFIAL
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CONSULTOBES
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Joâo dê Sau$ And@dê Adetina Fodunâb Jochên Oppehhê|n t Vltat Sênto6 Ml1@t stALbyn T.Bsà Gêtêiê Paúo fd1o Pê!êitâ cêtlos percta d. sitvâ catlo. BêrÒt aótoninâ Litu Jajé P.Élinh. Pêulino falxeE Pëdto Pìta BeÌas António SinÕ* L.Ns Al.têndÉ P@ta Adalina Toftè, Ahtéôlô AAndèÒ MêQe de Cheg8 Lôp$ lsabê| Pb.nA
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EsrúDas oE EcôNaMta, vaL \rx, N.r 4. AuÍaNÕ 1999
MODELTZAçÃO
DA MATRIZ DE CONTABILIDADE
SOCIAL.
APLTCAçÃO
A PORTUGAL
EM 1990 (-)
Susana Santos (".\
1 - Introdução
O presente
trabalho
constìtui
aquilo
a que podemos
chamar
uma primeira
abordagem
da forma como a matriz
de contabilidade
social
pode ser usada, a
nível global
e sectorial,
enquanto
ìnstrumento
de trabalho
de planêamênto
eco-nómico
e para a definição
de política
económica.
Trata-se
de um trabalho
que
foi feito na sequência
daquele
que intitulámos:
"O que é e como sê constrói
uma matriz
de cóntabilidadê
social.
Aplicação
a PoÌ1ugal
em 1990" (Sântos,
1995).
Ambos
foram elaborados
no âmbito
de um pÍojecto
mais vasto,
subordi
nado ao título:
.A matÍiz
de contabiìidade
social
enquanto
instrumento
de
tra-balho para a definição
de política
econÓmica.
Aplicação
a Portugal'
no perÍodo
'1986-1990,
com ênfase
para o sector
agro-industrialu
(Santos,
1999).
Partindo
da metodologia
bâse dos multiplicadores,
no ponto 2 fomÔs
fazêr
ensaìos
oue nos mostraram
maneiras
alternativas
de utilização
da matriz.
Assim,
começámos
por fazer dois ensaios:
um para a deÍinição
da pârte
endÓgena
da
economia
ê outro para a definição
do lado pelo qual a economia
seria
condu-zida. Tais ênsaios
fundamentaÍam
a nossa opção em termos
de tratamento
completo
dos multiplicadores
(que acabou por ser o tradicional),
mas
mostra-ram-nos
também que podem ser Íeitos outros tratamentos,
tudo dependendo
daqujlo
quê queremos
estudar.
O tratamento
completo
envolveu
o cálculo
de
multiplicadores
contabilísticos
e preço Íixo e suas componentes,
para uma
eco-nomia conduzida
pêla procura,
com 12 contas endógenas
e 13 exógenas.
A disponibilidâde
de inÍormação
para 1989 possibilitou-nos
o cálculo
directo
de
propensões
marginais
e consequentemênte
o cálculo
de multiplicadorês
preço
fixo para 1990, sem que houvesse
necessidade
de fazer estimativas
para
elas-ticidades
rendimento
dâs despesas,
como normalmênte
acontece
Tentámos
depois, no ponto 3, mostrar
até que ponlo os dados numéricos
da mâtriz
de contabilidade
social
podem
ser usados,
com credibilidade,
para a
descriçãÕ,
da economia
como um todo e de um sector êm particular'
em
ter-mos concretos
e em termos de efeitos de algumas intervenções
de política
economrca.
(') Veísão entreglre em MaÍço de 1999 e íevisÌa posìeÍiormente
r o,L '4 o aNaloag
No ponto 4 apontamos crÍticas e limitações ao trabalho realizado.
Conclu,Ímos defendendo as potencialidades da matriz de contabilidade social e, ao mesrno tempo, a necêssidade de continuar o trabalho, por um lado, do seu desenvolvimento do lado dos dados e conceptual e, por outro, da sua ins-Ìitucionalizacão.
2 - Metodologia de bâse; ensaios
Se êntendermos por modelo a especificação de um conjunto de relações
comportamentais, bem como de ìdentidades contâbilístìcas, representativas do
funcionamento do sistema económico, então a SAM poderá ser um meio de
representar as ìdentidades contabilísticas necessárias, com a panicularida.je de que, atÍavés da sua representação das contas, ela poderá ajudar a identificar os agentes e as variáveis que têm um interesse panicular'
A possibilìdade de integrar, de uma Íorma coerente, dados
microeconÓmi-cos, a nível das instituições e ou da produção, com dados macroeconÓmicos,
Íaz com que a SAM constitua uma base de dados para a modelização da
economia a um nível desagrêgado (Hanson & Robinson, 1991).
Sem qualquer intenção de dêÍesa de uma ou oulra correntê dã teoria
económica. tendo presentê o âmbito do nosso trabaìho, paÍtindo dos dados disponÍvêis, com base em alguns trabalhos que consultámos e em vários en-saios que fizemos, vamos trabalhar aquilo que, tal como S. Robinson (1986), julgamos poder considerar um ponto de partida para modelos mais complexos: os multiplicadorês.
Com eìes procuraremos analisar o impacte ou os efeìtos de alteÍaçóes
exógenas na pane que vamos definir como êndógena da economia
Tendo presentê a estrutura da SAM, que temos vindo a trabalhar (Santos, 1995 e 1996), póem-se-nos, à partida e êm simultâneo, duas questões;
'1.ê Oual deverá ser a parte endógena da economia?
2.ê Deveremos desenvolver uma metodologia de modelização em que a economìa é conduzida pela procura ou pela ofena?
Comecemos por sistematizar a metodologia base dos multiplicadores,
se-guindo, com algumas adaptações, a adoptada por G. Pyatt e A Boe, no seu
trabalho de 1977, que consideramos a base do que se Ìem feito desde entáo
soore o assunlo.
AdverÌimos para o facto de que, na sistematização que se segue, sempre que aparecerem palavras em lÍállco se reÍerirem à modelizaçáo cÕnduzida pela oferta, sendo, portanto, as palavras precedentes relativas à modelização con-duzÌda oela orocura.
f Da D I Ò\Òv" O
^a rg99
SAM agrupada por contas endógenas e exógenas:
Dè Dee.s rre.ei"s r
I
I En.róqenas
Y;'i"x+ ì''R A.yn- x'= (R- R'). i \')
(') Esla eqoaçáo eslabeleca que as somas em coona das conlas exógênas lêm de ser guas às somas em nha, o! seia, x.i + B.r= i + i é x"i + F.i = \' yn + F i é At yn- x.i = R'.i - B"i è At. yh- x. i = (B - R ). ì
onde:
N = matriz
n
.das transacçõês
entre contas endógenas.
= vector das somas em linha de N,
X = malriz das transacções entre contas êxógenas e endógenas
(in-jecções das primeiras nas segundas) [X': matriz transposta]. x= vector das somas em linha de X;
L = maltiz das transacções entre contas endógenas e exógenas
(Íu-gas das primeiras para as sêgundas).
/=vector das somas em linha de L;
R = matriz das transacções entre contas exógenas [Ê': rnatriz trans-postal.
r= vector das somas em linha de R;
y, = vector (coluna) das receitas ídespesas) das contas endógenas. yn'= veclor (linha) das despesas (receítas) das contas endógenas;
in= maldz (diâgonal) das receitas (despesas) das contas endógenas (in'1: inversa;;
yx= vector (coluna) das receitas ídespesas) dâs contas exógenas; yx'= vecior (linha) das despesas (rcceitas) das contas exógenas;
F'Õ EÒÒra Ò ' t1 o aa'"'
VeriÍica-se também que, em termos agregados, o total das injecçÕes das cgntas exógenas nas endógenas, ou seja, o somatório em coluna de "x,,, é ìgual ao total das Íugas das contas endógenas para as exógenas, ou seia, o somatório em coluna de .i,,:
x,,i=t,,i=i,,4,1"
Dito por outras palavras, aquilo que as contas endógenas recebem ípa-gam) das (às) exógenas é igual aquilo que lhes pagam (rccebem) com as palavras de Pyatt: "a SAM é um meio simples e eliciente de represêntar a lei
fundarnental em economia, segundo a qual para toda a receita existe uma
despesa correspondente' (Pyatt, 1988).
Estamos, pois, êm condições para dêduzìr doís tipos de multiplicadores, os quais nos vâo dar possibilidades complemêntares de análise, esÌando a di-terença entre eles implícita em Ane At
a) Dedução de multiplicàdores conlâbilísticos
Na estrutura
anterior:
An= Ãn= N.ïnr = matriz
(quadrada)
das propensôes
médias
a gastar
(recebeÒ
das contas endógenas
nas (das) conÌas endógenas
ou
para utilizar recursos
dêntro das contas endÓgenas;
1= Ãt= L.r,'l = matriz (não quadrada)
das propensões
médias a
gas-lat (recebe! das contas endógenas
nas ídas) contas êxógenas
ou para utilizar recursos
das contas endógenas
nas exÓgenas
yn= n + x= Ãnyn+ x= (LÃ,\1. x=Mc.x
Assim:
Temos, pois, a equação que nos dá as receitas (despesas) das contas endógenas (lzn), multiplicando as injecções "x', pela matriz de multipìicadores contabilísticos:
M"= (t-Ã,).1.
Da mêsma lorma: l= Ãt. yn= Ãt..(l.Ãn)r. x= Ã,, M". x.
Portanto, com os multiplicadores contabilísticos, o impacte das alterações nas receitas (despesas) é analisado no momento, admitindo que a estrutura de despesas (receitas) na êconomia não se altera. Estê tipo de metodologia dá--nos, pois, a possibilidade de Íazer uma análise estática.
b) Dedução de multiplicadores preço Íixo
Na estrutura inicial:
A,= A,= N^Ì,;1= matriz (quadrada) das propensões marginais a gastar (receber) das contas endógenas nas (das) contas endógenas ou para utilizar recursos dentro das contas endógenas;
EsruDas DE EcaNÕNia, roL \t\, N) I AlroNa 1999
At=Àt= L,i 1 = malriz (não quadrada) das propensões marginais a gastar
(.receber) dâs contas endógenas nas (das) contas exógenas ou
para utilizar rêcursos das contas endógenas nas exÓgenas.
Exprimindo a equação yn= n+ x em termos de alterações nas injecçòes:
':
dy,,=dn* dx=4, . dy"+ dx=(l- Ant' . dx Mt.. dx
sendo Mel a matriz de multiplicadores preço fixo.
Da mesma lorma : dl= Át . dy,= À, . (l- Met\'l ,dx= Àt. Mpt" dx.
Assim, com os multiplicadores preço fixo, o impacìe das alterações nas receitas ídespêsas) é analisado no momento, admitindo quë a esìrutura de
despesas (rcceÌtas) na economia se altera exactamente como se alterou em
rêlação ao período antêrlor e que os preços são fixos. Este tìpo de metodolo-gia dá-nos, pois, a possibilidade de lazer uma análise estática comparada.
Temos, portanÌo, definida a metodologia a adoptar, Podemos, pois, passar aos ensaios que nos ajudarão a ultrapassar as duas questoes postas inicial-mente.
Tendo em conta o íacto de termos dado ênfase à actividade de produção agro-industrial, considerámos imprescindível que, à partida, as contas "Píodu-çáo" fossem êndógenas. Considerámos igualmente importante endogeneizar parte das contas "lnstituições,, princ'palmente as associadas às submatrizes que contêm a intercepção com as contas "Produção", embora considerando sempre as "Administraçóês públicas" exógenas, já que nos propomos medir imDactes de polÍÌica.
Dadas as suas caracteísticas, considerámos também, logo de inÍcio, como exógenas as contas "Financeìra", "Reslo do mundo. e "Erros e omissões'.
Portanto, na respostâ à primêira das questões que pusemos iniciaìmente, a dúvida êstá na consideraçáo ou não das contas (Corrente e Capital das instÈ tuiçóes, excêpto das Administrações públicas", no grupo das contas endÓgenas.
Assim, paftindo da metodologia anteriormente deÍinida para os multiplica-dores contabilÍsticos (como não valia a pêna estar a Íazer ensaios com os dois tipos de multiplicadores, optámos pelos mais Íáceis dê calcular e inÌerpretar),
Íizemos os ênsaios quê descrevemos a seguir.
a\ Ensaio pan a deÍinição da paíte endógena dâ economia
O Íacto de em todos os trabalhÕs a que tivemos acesso e que traìam os
multiplicadores as economias serêm conduzidas pela procura levou-nos a Íazer este ensaio numa situação idêntica.
<Pro-E.rDDÕs DE E.dtÒMt^ vòt. xtx t." t, AuÍa\o 1999
dução", .Correntes das instituições", excepto das "Administrações públìcas", e "Capital. das instituiçoes., excepto das "Administraçóes públicas..
Trabalhá-mos, portanto, 16 contas endógenas e I exÓgenas.
A partir dos multiplicadores deduzidos, Íomos, depois, determrnar os valo-res da SAI\y', após a dedução dos subsídios ao investimento. Ao analisarmos tais resultados surgiram-nos algumas dúvidas no tratamento da conta "Capital" como êndógená. Com eÍeito, num trabalho cujo âmbito é de curto/médio prazo, em que a modelizaÇão que nos propomos fazer parte do princípio que ou nào há qualquer alteração de estruÌura no sistema que estamos a trabalhar ou há apenas uma alteração ìdêntica à verificada em relação ao ano anterior, pare-ceu-nos pouco adequado sêmelhante tratamento Acabámos, assim, por consi-derar â parte endógêna da economia constituída pelas conÌas "Produção" e
"Correntes das instituições", excepto das "Administrações públicas', ou seja,
12 contas endógenâs e 13 exógenas.
b) Ênsaio paâ a delìnição do lado pêlo qual a econoúla será conduzicla pelos
multìplica-Considerando
as 12 contas
endógenas
deÍinidas
no ensaio
anterior
lomos
ensaiar
uma economia
conduzida
pela ofena, ou seja, deduzir
multiplicadores
contabilísticos
com as despesas
êm linha e as receitas
em coluna.
A partir dos multiplicadorês
deduzidos
fomos depois determinar
os valores
da SAIVI
com os ìmpostos
indirêctos
sobre as actividades
e produtos
agro--industriais
ao mesmo
nível do resto
da economìa
Chegámos
assim a valores
relativos
aos acréscimos
de receitas
que seriam necessários
parâ Íazer face
aos acréscimos
de despesas
associados
ao nivelamento
dos impostos
indirec-tos. É, sem dúvida, uma inÍormaçáo
impoftante
e interessante;
no êntanto' é
quase a única com interesse
que podemos
obter, no âmbjto do presente
traba-lho, iá que, de acordo com a metodologia
deÍinida,
a maltiz X, a que podemos
manipular,
além dos impostos
indirectos
sobre
as actividades
e os produtos,
é
composta
pelas "Remuneraçóes
de capital,
recebidas
pelas administrações
públicas",
"Transferências
correntes
das instituições
para as admìnistrações
públicas
e para o resto
do mundo",
"Poupanças
dâs instituiçÕes"
e
'lmporta-ções e margens
comerclals'.
Concluímos,
assim,
que Ìinha mais interessê
trabalhar
e modelizar
umâ
economia
conduzida
Pela Procura.
3 - Multiplicadores e suas componentes: intêrpretação e validação
Ultrapassadas as questões inìciaìs, procêdemos entáo aos cáìculos dos multiplicâdores contabilístìcos ê preço Íixo, com base na SAM que consÌrtrímos para o ano de 1990.
EsÍu1os DE Êcavoúta, voL. xrx, Ni 4, OuÍoNÒ 1999
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E.:túDÒs oE EcÒNoMta, vô1. ,tx, N' 4, OúrÒNo 1999
5endo:
Á ' ajustamenlo:
CF= consumo final;
C/ = consumos intermédios;
CÏ= custos totais; D - prócura agregada; Ex = exportações;
FBC = ÍoÍmação bruta de capital; F/ = fundos de invêstimento; / = investimento agregado; /m = importações;
/a = impostos sobre as actividades ; /p = impostos sobre os Produtos;
MC= mar9enS ComerclalS;
NF/C = necêssidades/capaoidades de financiamento das instituições na-cionals;
OF= operações financêiras entre instituições nacionais (saldo);
OFì e = operações Íinancêiras com o resto do mundo (dÍvidâs do resto do mundo às institúìções nacionais);
OFê e = operaçõês Íìnanceiras com o resÌo do mundo (dÍvidâs das ins-tituições nacionais ao resto do mundo);
P = Produçáo/valor da Produção; P/ = Poupança interna:
PN= Produto naclona
F = rêndimento agregado;
,gF = rendimento agregado dos Íactores de produção;
FF+ e = rendimento dê factores de produção pago ao resto do mundo; RF <- e = rendimento de Íactores de produção proveniente do resto do
mundo;
S= oferta agregada;
S t = saldo de créditos/débilos das operações financeiras entre a eco-nomia nacional e resto do mundo e as instituições nacionats;
SOF= saldo de opêrações financeiras;
tC = transÍerências corrêntes;
fC r e = Ìransferências correntes para o resto do mundo; IC <- e = transÍerèncias corrêntes do resto do mundo; IK= transferências de capital;
IK+e = transferências de capital para o resto do mundo;
ÏKee = transferências de capital do resto do mundo;
VA=valot acresceniado (VAB ao cuslo de Íactores);
VT --> e = valoÍ das Ìransacções pago ao resto do mundo;
yïee=valor das transacções recebido do resto do mundo'
E'ruDas DE EcaNoN\ Outa\a 1999
No quadro 1 têmos a matriz com os valores concretos.
T€mos, assim, a sêguinte
matriz de lransaoções
entre contas endógenas:
A partir das submatrizes
da malriz acima podêmos
estabelêcêr
o seguinte
fluxo circular:
Sêndo os elementos não nulos de Án lpropensõ€s médias (Á) /marginais (li) a gaslar das @ntas endógsnas nas endógenasl submatrizss de êlêmentos nítl com:
I = 9, 10, 12, 't3 è j= 1,2, em APN; i= 1,2 e j= 3, 4, 5, em Ava;
i= 6,7,8 e j=3, 4, 5, em Act: i=3, 4, 5 e j=6, z, I, em Ap;
i=6,7, I e l= 9, 10, 12, 13, em AcF: I e l= 9, 10, 12, 13, em Arc.
lT vÁo o_l
N=O O PO
l0 c/ 0 cF]
LPN 0 0 rqj
lo Aro o o I lFFo o ol
Sabemos
também
que N=An,in=|o o Apo ll0 P00l
l0 4", o Á". -Jo 0 D0l
ljpruo 0 Árq-l L0 0 0 fl
EsrúDos DE EcaNÒMta. voL xtx, N." 1, Q!ÍôNo 1999
Os elementos
n/, e yl (somatório
em coluna de nil) são, no caso das
pro-pensóes.
inédias,
os valores
da SAM de 1990 e, no caso das propensòes
marginaìs,
a diferença
entre os valores
da SAM de 1990 e de 1989, por Íorma
a obtermos informação
sobre a alteração
da estrutura
de despesas de cada
conta de um ano para o outro
(ì).
Por seu lâdo, as injecções
"x,, (das contas exógenas
para as endógenas)
são constituídas
por "Rendimentos
de Íactores de produção
provenientes
do
resto do mundo", "Consumo
íinal das administrações
públicas.,
"Formaçâo
brúa
de capital", "Exportações"
e "TransfeÍências
correntes
para as tamíliâs,
socie-dades; instituiçóes
financeiras
e oúras provenientes
das administrações
públi-cas e do resto do mundo..
As fugas "/" (das contas endógenas
para as exógenas)
são constituÍdas
por "Bemunerações
de capital pagas às administrações
públicas", "lmpostos
indirectos
sobre as actividades
e os produtos",
"Poupanças",
"Rendimento
de
Íactorês de produção
pago ao resto do mundo", .lmponações",
"TransÍerên-cias correntes
das Íamílias, sociedades,
instituições
Íinanceiras
e outras para
as administrações
públicas
e para o resto do mundo" e "MaÍgens comer'ciais>.
Sê dêntro da nÌatriz
Á, isolarmos
a diagonal,
por exemplo,
numa matriz 8n,
de igual dimensão
e com todos os elementos
nulos, excepto os da diagonal,
que correspondêrn
aos da primeira,
podemos
dizêr que An= Bn+ c"' sendo q
uma matriz com a mesma dimensão,
de diaoonal
nula e com os restantes
ele-mentos de Á,.
Ou seia:
An= Bn+ Cn
Podemos êntáo decompor a matriz de multiplicâdores M (Mc' no caso dos
contabilisticos, e Mpt, no caso dos preço Íixo):
ln= A,rYn+ x= BoYn+ c,'1,+ x
Yn- Bn'Yn= cn'Yn + x
Y,= (t-9,\n. Cn ' Y,+ (t-B)1 .x Y,- (t'8,11 . c,. Y,= (t-B)'1 'x
y,. u-(t-8,).1
. cs=l-Bn)r. x
Y,=Lt-tB,)-l . cJ'1
. (/-8,)-r'
x
(1) Dispomos e disponibilizamos as matrizes das pÍopensóes médias e marginais a gastar' bem como dos multiplicaclorês contabilÍslicos e preço Íixo parâ Portugal em 1990 (que lambêm poderáo ser consuìtaclos ern Sanios, 19994).
424
:
s
o oo I
0 00 0 00 0 0 ÁrclAvt o
OA,
4", o
""0
o
:l
t*\
sendo: M3,M2=U-(t-8.\ 1 . Cnl.
ry=u-Bn\
1.
Sabe-se
que U-e"}'t
= r,* O" * ... + A"K'1)
. (f1"9'r. t"ndo K o número
de
grupos
de contas,
que no nosso
caso é 4, então:
(l - A")i - (l + A" + A'2 + A"\ . (l- A'4\'1
Associando
(l- B,l1 , C, a A"'
4. M2= Ít_ U _ Bn)u
. C,1'=
= ll+ l(t- B) 1 . c)+l(t-8,11 , C)z +l(t- B,)1 .c;3\.U-l(t-B.)n. CÃ4\'1.
Temos pois a mâtriz de multiplicadores
decomposta
em três partes:
. M = t9n)'1, matriz de eÍeitos próprios dirêctos, que representa o
impactê
de injecçõês
exógênas
em grupos
específicos
de contas
en-dógênas
nêsses
mesmos
grupos, ou sêja, representa
os eÍeitos
in-Ìragrupo;
. Mz= {l-Ilt- B)'' , CJa}'1,
matriz
dê efêitos
próprios
indirectos,
que
representa
o impacte
de injêcções
êxógenas
em grupos especííicos
de contas endógenas
nesses mesmos
grupos,
após as suas
reper-cussões se terem íeito sentir nos outros grupos e retornado
aos
primeiros,
ou seja, representa
os efeitos intergrupos.
Estamos
pe-rante efeitos circulares
completos
de injecções
de rêndimento
que
contornam
o sistema
e voltam
ao seu ponto
de origem;
. M"= | + lU - B,)', . C) + l(t- B): . C)2 + l(t- B,)'1 .413), matriz de
eÍeitos cruzados,
que representa
o impacte
de injecções
exógenas
em grupos
especÍficos
de contas
endógenas
nos outros
grupos
de
contas
endogenas,
ou sêja, representa
os eÍeitos
extragrupo.
Esta-mos perante
efeitos sem retorno.
A designação, quanto a nós muito elucidativa, de eÍeìtos intra, intêr e
extra-grupo de contas endógenas é de R. Stone (Stone, 1981 e 1985).
A decomposição da matriz de multiplicadores também se pode fazer na
Jorma adiÌiva:
Eç-lroq ,E Ër odo&h \or. xtx, N.' .1, OuÍa\o 1999
Temos pois:
M=U-U-Bn)-1 .C;-1 . (t-B) 1 = Me. Mz. Mt
r LôMta ÒL
^r \o4 O \ô ôoo
em que / representa urna injecçáo unitária e as resÌantes componentes os efeitos adiÒionais associados, respectivamente, às três componentes acima reÍeridas (2).
Considerando todo o trabaÌho desenvolv do até aqui, Ìentemos agora tes-tar a afirmaçáo: <a esÌrutura SA[,4 pode, por um lado' dar uma 'Íotografia' do sistema económico, num momento particular' ao descrever as relações tuncio-nais e institucionaìs que nele ocorrem e, por ouÌro, servir de base para a
cria-ção de um modelo capaz de analisar o funcìonamento desse mesmo sistema e
simular os efeiÌos das intervenções de política tendentes a alterálo''
Não iremos descrever exaustivamente as relações funcionais e institucio-naÌs que ocorreram na economia portuguesa em 1990, pois sairíamos do âm-bito do prêsente trabalho Tentaremos, sim' mostrar as possibiìidadês de
análi-se que os dados SAM nos dão, não só a nÍvel da economÌa como trm Ìodo
mas também a nível de um sector êspecíÍico e do seu enquadrâmento na
pri-ri.reira,
Com base nos valores nominais das transacções êntrê as várias contas'
endógenas e exógenas, ou seja, nos valores da SAÌú (que poderão ser os do quad;o 1), podemos estudar, por exemplo, a composição e estrutura dê algu-mas rubricas e agregados (totaìs das contas), podendo assim analisar a impor' tância relativa dos valores sectonals'
Por seu lado, podêmos anaìisar a estrLJtura de despesas de cada conta
através da matrìz Á. Assim, quando uma conta recebe dinheìro' gasta-o nas
oroporcões dadas pelas propensões, ou seja, pela matriz Á' que inclui a matnz ,a,, 0". prop"n"o". medias (Á") ou marginais (1,) a gastar das Yt-as:l:-:" gánua nu" contas endógenas, e a matriz Á/, das propensóes médias ou
margr-nais a gastar das conlas endÓgenas nas exÓgenas
Co-m as propensôes médias estamos a admitir que' com recertas adicio'
nais'aesiruturadedespesasdacontaemcausanáosoÍrequa|queralteração; com as propensões marginais estamos a admìtir que sê altera exâctamente como
se alterou do momento (no nosso caso, ano) anterior para o actual' ou seia' de 1989 Para 1990.
Se quisermos ânalisar os eteitos ou impacte de alterações exogenas nas receitas das conÌas endÓgenas na economia utilìzamos os multiplicadorês As-sim, se admitirmos que, com essas alterações' a estrutuÍa de dêspesas oa conta
em causa não sofrê qualquer aìteração, devemos uÌilìzar os multìplicadores
contâbilÍsticos (Mc); se admiÌìrmos que a estrutura de despesas da conta em causa se altera exactamente como se alterou do ano antêrior para o aciual' devemos utilizar os multipìicadores preço fixo (MpD'
('?) Dispornos e disponlbllizamos a decomposição' segundo os métodos mulÌìplicatìvÔ e adllivo
dosmìrltip|ìcaclorescontal]||sÌ|cosepÍeçoÍ]Xo,paraPoÌluga|ern1990(queïambémpoderãoSer consultados ern SanÌos, 19994).
E também importante ter presenÌe que, de acordo com a modelizaçào que desenvolvemos, as alterações de rendimento, ou seja, as injecções exógênas ("x") nas contas endógenas, podem ser as sêguinÌes:
. Fìendimentos de laclores de produçáo provenientes do resto do mundo = no grupo de contâs (Factores de produção";
. Consumo final das administracões oúblicasì
. trnrrnâcâô bnrtâ .lê .âoital L - no grupo de conlas
. Exportações Í 'Produtos"
. TransÍerências correntes para as famílias, ìociedades, instituições Íinanceiras e outras provenientês das administrações públicas e do resto do mundo + no grupo de "Contas correntes das instituiçõês, excepto administrações públicas".
Estamos, pois, "limitados" a medidas de polÍtica quê afectem aquêlas rubricas.
Quanto às componentes dos multiplicadores, conforme também vimos,
temos: uma que mede os efeitos intragÍupo de contas (M1)t outra que medê os
efeitos
intergrupos
de contas
(Mz),
e outra que mede os eÍeitos
exÌragrupo
de
contas (M3).Cada multiplicador é a soma da injêcção dê rêndimento e dos efeitos
adicionais associados a cada uma daouelas comoonentês,
Tendo presente o tipo de alteraçòes que podêmos fazer, vejamos um caso concreto e tentemos interpretáio. Admitamos a implementação de medidas de política económica que vão fazer aumentar as exportações de produtos agríco-Ìas e agro-industriais em 1990, no valor de 1000 contos (3). Temos, portanto, um acréscimo na procura de produtos agrícolas, a que podemos associar uma injecção dê rendimento, no valor de'1000 contos, cujos eÍeitos podem ser ana-lisados através dos valores SAM, relativos à conta (n.e 6) "Produtos da agricul-tura e actividades relacionadas", em 1990, do quadro 2.
Assim, um aumento da procura por produtos âgrícolas a agro-industriâÌs
em 1990, no valor de '1000 contos, teÍá os efeitos que descreveremos a sêguir. Á) Admitindo que a estrutura de empregos ou despesâs da conta não soÍre qualquer altêrâção com esse acréscimo de recursos ou receitas Ívamos, por-tanto, Íazer a leitura das propensões médias a gastar (pme) e dos mulÌiplicado-res contabilísticosl.
A nível da conla produtos agrícolas e agro-industriais (n.e 6), verificar-se--ão, à partida, os seguintes acréscimos (a):
.708 contos na produção pela agricultura e actividades relacionadas dos produtos respectivos;
EsfLDÒs DE EÒaìraúÀ, vaL. ttx, ú. /1, OoÍÒNa 1999
(3) Pâra acompanhar o ÍacocÍnio, rêcomendamos a consulta da SAN,4 êsqLrêmátrcâ, agrLtpa-da por conlas endógenas e exógenas, apresentaagrLtpa-da atÌás.
E;rúas rÈ E.avaütll uoL. t,:, l: 1.9!!!!:!9
. 2 contos nas vendas residuais de produtos da agricultura e activida-'des relacionadas provenientes dos ramos não mercanÌis das
admì-nistraçóes Públicas e Privadas:
.28 contos no pagamento de lVA, onerando os produtos da agricul-tura e acti\4dades relacionadas mais impostos ligados à importação, à excepção do lVA, desses produtos, que constituem Íeceita das administraçóes oúblicas;
. 123 contos na importação de produtos da agricultura e actìvidades relacionadas e parcela cobrada pelas instituiçÓes comunitárias euro-peias relativa a impostos ligados à importaçáo e IVA sobre esses proouÌos;
. l4O contos em margens comerciais associadas à comêrcialização dê produtos da agrìcultura e actividadês relacÌonadas
A nível global da economia nacional (ondê se inclui a conta de produtos da agriculÌura e actividades relacionadas), veriÍìcar-se-ão os seguinles acrés-cimos:
. 703 contos na remuneração de factores de produção \424 em lra'
balhQ e 280 em capital);
. 1831 contos no valor da produçáo das actividades (1204 da agricul-tura e actividades relacionadas,3T da silvicultura e actividades rela-cionadas e 591 de outras actividades);
. 2459 contos na procura de produtos (1701 de produtos da agricul-tura e actividadês relacionadas, 49 de produtos da silvicultura e actividades relacionadas e 708 de outros produtos);
. 698 contos no rendimento das instituiçóes (517 das famílias' 118 das sociedades, 46 das instituiçõês Íinanceiras e 16 de outras institui-çóes, excêpto administraçóes públicas)
Conforme se pode ver pelos valores das componentes dos
multiplicado-res, os acÍéscimos veriÍicados, a nível global, estão associados a efeìtos; . InÌergrupos e êxtragrupo de contas, no caso da remuneração dos
factores de produçáo e procura de produtos:
. Só extragrupo, no caso do valor de produção e rendlmenÌo das Ins-tituições.
g) Sê admitlrmos que, com aquele acréscimo de recursos ou receilas' a estrutura de empregos ou despesas da conta se altera exactamente como se
alterou de 1989 para 1990 e que os preços são íixÕs lestamos a pensar em
iêrmos de propênsões marginais a gasÌar (pma) e de multiplicadores preço fixol a interpretação é ìdêntica à que fizemos para os multiplicadores contabìlíslicos'
só o pressuposto é que é diferente
EsrrDós DÉ Ed.dóMk. vt\. ,r, Nr 4 OútoNo 1999
Alertamos para o facto de este pressuposto poder conduzir a decréscimos. em vez de acréscimos, o que, no caso da conta "Produtos da agricultura e actividades relacionadas", apenas se verifica, a nível da própria conta, nas (ven-das residuais de produtos da agrjcultura e âctividades relacionadas pfovenien-Ìes dos ramos não mercantis da administraçáo pública e privada", e não a nívei
global da economìa nacionaÌ.
Pelo que acabámos de reÍerir, podemos ver a "riqueza" da informaçáo que a SAN4 nos pode Íornecer e ao mesmo tempo as possibilidades de trata-mento que temos, o qual poderá ser orientado em função da análise que nos orooomos realtzar.
Sugerimos assim a seguinte estratégia para análise, depois de deÍinido o objectivo de estudo e depois de já termos as matrizes construÍdas:
1 ç Sê1ê..âô dâe cì rbmâtÍizes/( blOCOS" COm maior interessÊ
2,4 Conhecimênto exacto das características e do conteúdo das célu-las da partê sêleccionada em 1.4;
3,4 Tratamento do€ valores SAM (onde se inclui a modelizaçào);
4.4 Análise.
Pelo que vimos até aqui, julgamos ter mostrado a utilidade da SAI\.4 enquanto instrumento de trabalho na descrição das relações funcionais e institucionais ocorri-das na economia portuguesa, em geral, e ao sector agro-industrial, êm particular, em 1990. Por outro lado, quando abordámos os valores das propensões e dos multiplicadores, veriÍicámos não só que a SAM podia servir de base para a cria-Ção de um modelo capaz de analisar, embora com algumas limitaçóes, o Íuncio-namento da êconomia ponuguesa, mas tâmbém a possibilidadê de simulação dos efeitos de intêrvenções de política económica que se traduzam em ìnjecçóes/fu-gas de rendimento enì/de partes êspecÍíicas (endógênas) da economia,
Pegando no último aspecto refêrido no parágrafo anterior, procurámos, de certa forma, validar a modelizaçáo que desênvolvemos. Para tal, êstimámos valores pâra
as despesas da parte endógena da economia em '1990, com âs recêitas
exóge-nas verificadas na realidade e os multiplicadores calculâdos oara 1989. Considerá-mos, pois, que se chêgássemos a valores próximos dos veriÍicados na realidade, ou seja, dos valores da SAI\il que construímos, estávamos, de Íacto, a demonstÍar que a modelização que desenvolvemos nos poderá ajudar, com credibilidade, a
simular eÍeitos dê injecções de rendimento na parte endógena da economia.
Efectuámos cálculos com multiplicadores contabilísticos e preço tixo e che-gámos a valores cujas diferenças percentuais em relação aos valores da SAM que construimos são os que se apresentam nos quadros 3 e 4 (as células não preenchidas, reÍerêm-se â células com valor 0 na SAI\,4).
Da análise dessês valores chegámos às seguintes conclusões:
verifica-EiuDas DE EcÒNaNra, ú1. w, N' 4 OúM 1gg9
dos na realìdade, sendo essa proximidade positiva. Podemos' pois, ' dizer que ao estimarmos despesas num ano admitindo que a
es-trutura de despesâs do ano anÌerior se mantem, ou seia' que as
oropênsóes médias a gastar se mantêm, não seremos
conduzl-dos a erros multo signiflcalivos (s,:
2.ê Os valores estimados a panìr dos multiplicadores preço fixo estáo, de uma maneira geral, mais afastados dos verificados na reâlida-de que os valores estimados a partir dos multiplicadores contabi-lísticos, sendo esse alastamento de sinal negaÌivo;
3.4 Pelo que referimos até aqui, podemos, pois, dizer que ao estimar-mos despesas num ano t, admitindo que a estrutura de despêsas
se alteÍa exactamente com se alterou do ano t-2 pata o ano È1,
ou seia, que as propensões marginais a consumir se mantêm' e que os preços são Íixos, seremos conduzidos a erros mais
sìgni-iicativos que aqueles a que serêmos sê consloerarmos a
manu-tençâo das Propensõês médias;
4.e No âmbito da modelização que desenvolvemos, podemos
simu-lar, com alguma credibìlidade, eÍeitos de injecções de rendÌmento na parte endógena da economia, sendo essa credibilidade maior com os multiplicadores contabilístìcos que com os multiplicadores oreco Íixo.
4 - Críticas e limitações ao trabalho realizado
São muiÌas
as crÍticas
que temos a Íazer ao trabalho
que realizámos
Foram
muitas
as limitações
quê sentimos
ao longo do seu desenvolvimenÌo'
Julgamos
ter dado um passo
para dêmonstrar
a importância
e utilidade
de
uma estrutura
SAM e quê os passos seguintes
têrão necêssariâmente
de lr ao
êncontÍo das crítìcas
e limitações
que passaremos
a referÌr'
A nível da concepção
e implementação
da matriz,
Íoram muitas as
limita-ções que sentimos
em termos
de compatibilidadê
das nomenclaturas
usadas
pelas várias
Íontes
de informação,
o que impediu
a desagregação
de algumas
contas,
nomeadamente
dos sectores
institucionais
Assim,
a ênÍase que nos
oroDusemos
dar ao sector
agro-industriaì
só pôde ser feita â nível das conÌas
"Produção..
Êelativamente
à formação
bruta de capital,
consÌderamos
Ìambém
limita-tivo o iacto de apenas
sabermos
as insÌituições
que investêm
e os prooulos
oue são procurados
para tal, desconhecendo
as actividades
de produção
em
(5) Porque não usâr dilêrenças peÍcentuâis do dispuseÍmos de informaÇão paÍâ anos conseculvos)
430
E.:rúDÒs DE EcawÚrÁ, vÒL \rx, N' 4 QútaN.t 1999
que o investÌmento é Íeilo. Como se sâbe, as despesas de investimento das instituiÇões sáo canalizadas através das actividades de produção, em que o in-vestimênto é Íeito, para os produtos que são procurados para o eleìto (Keunjng & Ruiitêr, 1988). No entanto, não conseguimos ultrapassar tal limitação
A nÍvei de conteúdo da informação que a SAI\,4 nos dá, as crÍÌicas que ternos a Íazer alãrgam-se às contas nacionais e à metodologia que lhes esta subjacente. São iríticas que já foram feitas por outros auÌores, que também trabalharam em SAlvl, e são basicamente duas.
A primeira tem a v9r com o facto de o sistema de informaçáo ser inÌeira-mente deÍinÌdo em terrnos de tluxos, não sendo dada qualquer jmponância ao conceito de stock (Pyatt & Foe, 1977). Assim, a estrutura SAM, embora nos dê lnformaçáo sobre a disÌribuigão do rendimento dos factores dê produção (sub-matriz "Produto nacional"), não dá qualquer informaçâo sobre a distribìuiçáo de activos próprios ou riqueza, o que dificulta o estudo da distribuição do rendi-mento (Pyatt & Roê, 1977; Chander & outros, 1980; Dionizio, '1983)
A segunda prende-se com a náo consideração de uma parte, que se julga substancial. da actividade êconómica. Estamos a falar em fluxos (escond dos> (terminologia de Adelman & outros, 1991) como:
. A produÇão dos agricultores de subsistência, que nunca chega ao mercado e que é antes usada para alimentar a prÓpria Íamília (em-bora iá sejam feitas estimativas em têrmos de autoconsumo, julga-mos que ainda ficâ muito de fora);
. Os serviçcs domésticos náo remunerados associados à contribuição dâs mulheres no sêio das Íamílias;
. O trabalho não remunerado, parã além do reíerido anteriormente (b); . Todos os fluxos que intêgram a economia subterrânea e as actlvi-dades ilegais (estamos a pensar, por exêmplo, no negócio da droga); . Todo o crédito intormal no seio dos mercados Íinanceiros.
,i nível de mÕdelizaçáo são evidentes as limitações do desenvolvimento
que fizemos, de entre as quais destacamos:
. Os multiplicâdores, que calculámos, apenas nos permìtem lazer uma análise estática (contabilísticos) ou estática comparada (preço Íixo). mêdìante pressuposÌos bastante restritivos: no primeìro caso, admÈ tindo que a estrutura de despesas (rêceitas) nãÕ se altera; no se-gundo, adrnitindo que a estrutura de despesas (receitas) se aìtera exactarnente como sê alterou do período anterior para o actual e que os preÇos são Íixos;
t\r!Do\ DÉ tcdoMr4qlr u t
-. Só se pode <mexer, numa parte especítica da economia e o pouco
.que se pode Íazer em termos de simulaçõeslprevisoes de efeitos
'de variações de Íluxos de rendimento (despesa) e apenas num prazo muito cufto, deixando-nos a dúvida se é o suficienÌe para que os eleitos se esgoÌem Por si PrÓPrios:
. A economia pode ser conduzida pela procura ou pela oÍerta' mas
nunca em simultâneo Pelas duas;
. As componentes dos multiplicadores dizem-nos muito pouco sobre
as relaçÓes que se estabelecem entre as várias contas da SAM'
após uma altêraçào nas receitas/despesas:
. Náo fìcamos a saber nada sobre êteitos de escala' externalidades' efeitos substituição no consumo, produçáo, importações' exponações' etc. Nem sobre o que é Íeal e o que é nominal'
. GostaÍíamos de recordar aqui os cinco ingredientes' apontados por R Stone
11981), para a construção de um modelo económico ou social' representãtivo
do mundo real:
1.e Dados, que meçam as variáveis e que nos permitam descreveÍ e' na medida do possívê|, explicar o funcronamento do processo em que estamos interessados;
2.e TeoÍias, ou seja, hipÓteses sobrò a Íorma como as variáveis es-tão relacionadas entre sl;
3.e Métodos de estimação' ou sêja, rÍteios de derivar' dos dados'
esti-mativas dos pârâmetros desconhecidos' que entram na nossa
teoria;
4.a Métodos de solução, ou seja, meios de resolvêr o conjunto de
equações que constituem o modelo (por outras palavras' meios
de exprimir as variáveis endógênas em termos das variáveis exó-genas);
5.e l\,4étodos dê controlo, ou seja, métodos que nos assêgurem que as soluçóes satisfazem certas condiçóes ou restriçÕês
Ouanto a nós, com algumas melhorias, que vão ao encontro das crÍticas
elimitaçõesquereferimosatrás,látemosol.singrediente,aoqualiuìgamos poder associar uma certa consistência e credìbiìidadê Já nãÕ Íalta tudo!
5 - Conclusõês
Análises baseâdas em mairizes de contabilidade social (SAM) possibilitam o estudo, a vários níveis, de aspêctos impÔÍtantes da êstrutura de uma econo-mia, em geral, e de um sector, de actividade ou institucional' em panicular' bem como das suas Ìnterrelações EspeciÍicações compoftamentais inerentes à
Ês-!Dú\ r'€ E otuoüa r,r r)x, Na 4 aúÍÒNo 1999
zação daquelas matrizes contribuem para o conhecimento do impacte quantita, tivo de vários. tìpos de intervenções, tendentes a alterar os fluxos de fundos, com efeitos, directos ou indirectos, a nÍvel sectoriai.
Definidos os objectivos do estudo que pretendemos realìzar, podemos pro-ceder à construção das SAM com uma classiÍicação das contas orienÌada para tal. A partir.dos trátamentos dados aos valores SAlVl, onde incluímos a modê-lização, poderemos então proceder à análise, que nos ajudará a alcançar tais obiectivos.
Julgamos ter demonstrado, minimamente, o que acabámos de reierir, com o trabalho que desenvolvemos em torno da SAIVI de 1990.
Procurámos mostrar a (riqueza' da informação que tais mâtrizes nos po-dem fornecer e, ao mesmo tempo, as possibilidades de tratamento que temos.
Assim, dando alguma ênfase à modelização, com base numa metodologia de
multiplicadores, procedemos a ensaios que nos mostraram as várias
possibili-dades de definiçáo da parte endógena da economia, bem como do lado pelo
qual a êconomia poderá ser conduzida pelos multiplicadores. A validação da modelização que desenvolvemos permitiu-nos avaliâr a credibilidade do
tratâ-mento que demos aos nossos dados. Destê modo, com a economia po(uguesa
conduzida pela procura e com as contas "Produção,, e (Corrêntes das institui-ções, excepto administÍações públicas", endógênas, concluímos ser possível si-mular, com alguma credibilidade, efeitos de alterações de rendimento na parte êndógena da economia, sêndo êssa credibilidade maior com os multiplicadores contabrìísticos que com os multiplicadores preço fixo.
Por se tratar de um sistema de informação que pode ser harmonizado e
articulado dê acordo com as necessidades, consideramos que o mesmo tem
muitas potencialidades para ser um bom suporte para a concepção e deÍinição
de polÍtica económica a qualquer nível; mais do que peças de informação inde-pendentes sobre aspectos particulares. PaÍa tal, o trabalho subsequentê deve-ria ser desenvolvido a dois níveis:
1.q Ao nÍvel do desenvolvimento do lado dos dados e conceptual, indo ao encontro das críticas e limitações reÍeridâs no ponto 4, que deveria ser acompânhado por um processo de divulgação ê apli-cação da metodologlâ SAM. Estamos no "espaço, académico, em que nos situamos;
2.q Ao nível do "ajustamenÌo" das áreas de informação estatística, me-dianÌe a implementação de sistemas de informação próprios, que
poderiam muito bem ser os que já existem e ou eventualmente
outros, corn metodologias e nomenclaturas ajustadas à metodola-gia SAI\il. Estamos no (êspaço. do Instituto Nacional de Estatística.
tr,JDo, Dt Eca\aqra, ,;L ,,t ú" 4. oúrc\a lgqo
Em suma: a maÌriz de contabilidade
social é um instrumento
de trabalho
muito válido a nível de planeamento
económico
e um bom apoio para a
defini-çáo de política econÓmica,
a qualquer
nível. Há, no entanto,
que a apedeiçoar
e instituciônalizar.
Ouanto a nós, um bom trabalho
de planeamento
económico,
a qualquer
nível, passa, ehtre outros aspectos,
pêla disponibilidade
de um bom sistema de
informação,
ou seja, um sistema
de inÍormação
quê, em vez de conÍundir,
apoie
os deíinidores
dê política
êconómica.
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MODELIZAÇÃO DA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL. Aplicação a Portugal em 1990
Resumo
O estudo da Matriz de Contabilidade Social surge da necessidade de enquadrar sectores na economia, bem como da de conhecer os efeitos de políticas macroeconómicas a nível sectorial e de políticas sectoriais a nível macroeconómico.
Procura-se avançar um pouco a nível de modelização, o que passa pela dedução e decomposição de multiplicadores contabilísticos e preço-fixo.