• Nenhum resultado encontrado

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO"

Copied!
74
0
0

Texto

(1)

MATHEUS HENRIQUE JANNING

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

(2)

DOUGLAS APARECIDO BORTOLUSSI MATHEUS HENRIQUE JANNING

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso do Curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, exigido como requisito parcial para aprovação na disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica.

Orientadora: Profº Esp. Edina Carine de Souza Kinzler.

(3)

DOUGLAS APARECIDO BORTOLUSSI MATHEUS HENRIQUE JANNING

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.

Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob orientação do Professora Edina Carine de Souza Kinzler, considerado APROVADO pela Banca Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

____________________________________________________ Profª. Esp. Edina Carine de Souza Kinzler

Orientador - FASUL

_____________________________________________________ Prof. Esp. Sebastião Alves Queiroz

Avaliador

_____________________________________________________ Prof. Esp. José Domingos Nunes Correa

Avaliador

(4)

DEDICATÓRIA

(5)

AGRADECIMENTOS

(6)

“Cada sonho que deixas para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.”

(7)

RESUMO

Esta pesquisa pretende demonstrar a importância do planejamento tributário para uma organização, verificando a opção pelo regime de tributação menos oneroso e os possíveis ganhos financeiros que ela pode ter com a aplicação do planejamento para reduzir impostos, taxas e contribuições sem infringir a lei. A empresa pode aplicar os recursos economizados em outros setores, fazer investimentos ou até mesmo aumentar o seu o capital de giro. Essa pesquisa foi realizada em uma empresa do ramo de materiais de construção ampliou suas vendas e se tornou um alvo de cobranças de tributos em níveis altíssimos. No Brasil a carga tributária elevada pode equivaler a até 50% do faturamento de uma empresa e o alto nível de competitividade entre empresas pode levar empresários a tomar decisões precipitadas quanto à escolha do regime ou, até mesmo, sofrer multas e punições por conta da sonegação de impostos. Assim o planejamento tributário não pode ser visto como despesa e sim como um investimento uma vez que visa trazer benefícios para a empresa. Os resultados foram obtidos através de pesquisa bibliográfica e estudo de caso, aplicando a teoria à prática.

(8)

ABSTRACT

This research aims to demonstrate the importance of tax planning for companies and find what form of taxation is less costly and can bring financial benefits to the company. Tax planning can reduce taxes and contributions without breaking the law. The company can apply the resources saved in other sectors, make investments or even increase their working capital. This research was carried out in a building materials company that has expanded its sales and started paying high taxes. The results of this study were obtained from literature review and case study, applying theory to practice. In Brazil, the high tax burden may amount to up to 50% of the earnings of a company and the high level of competition between companies can lead entrepreneurs to make hasty decisions on choosing the type of tax or even fines and punishments for evading taxes. For this reason, tax planning cannot be seen as an expense but as an investment because it benefits the company.

(9)

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 –Tributação do IR...21

QUADRO 2 –Alíquotas do ITR...23

QUADRO 3 - Percentual de Redução da Base de Cálculo do ICMS nas Empresas do Estado do Paraná conforme Decreto PR 3.822...46

QUADRO 4 - Faturamento acumulado mensal dos últimos 12 meses...48

QUADRO 5 - Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias Sem Substituição Tributária com Base no Simples Nacional...48

QUADRO 6 - Tributos incidentes sobre a Receita com venda de mercadorias com substituição tributária com base no Simples Nacional...49

QUADRO 7 - Total de Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com Base no Simples Nacional...49

QUADRO 8 - Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Simples Nacional...50

QUADRO 9 - Total de Tributos Incidentes no Regime do Simples Nacional...51

QUADRO 10 - PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Presumido...54

QUADRO 11 - IRPJ com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio...55

QUADRO 12 - CSLL com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio...56

QUADRO 13 - Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Lucro Presumido...57

QUADRO 14 - Cálculo do ICMS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido e Lucro Real...58

QUADRO 15 - Total de tributos incidentes sobre receitas de venda de mercadorias com base no Lucro Presumido...59

QUADRO 16 - Total dos Tributos Apurados com Base no Lucro Presumido...61

QUADRO 17 - Demonstrativo de PIS/PASEP e COFINS do Lucro Real...63

QUADRO 18 - Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Lucro Real...64

QUADRO 19 - Apuração do IRPJ e CSLL no Regime de Tributação do Lucro Real...65

QUADRO 20 - Total de Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com Base no Lucro Real...66

(10)

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 –Representação de cada Tributo no Simples Nacional ...52

GRÁFICO 2 - Representação de cada tributo dentro do Lucro Presumido ... 62

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Art.- Artigo

BP - Balanço Patrimonial

CF - Constituição Federal

CFOP - Código Fiscal de Operações e Prestações

CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CPP - Contribuição Patronal Previdenciária

CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DR - Demonstração do Resultado

EPP - Empresa de Pequeno Porte

FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

IE - Imposto de Exportação

IGF - Imposto sobre Grandes Fortunas

II - Imposto de Importação

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operações Financeiras

IPI - Imposto sobre Importação

IPTU - Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores

IR - Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza

(12)

ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

ITBI - Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis

ITCM - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação

ITR - Imposto sobre Propriedade Territorial Rural

ME - Micro Empresa

n. - Número

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

p. – Página

PGDAS - Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional

PIB - Produto Interno Bruto

PIS/PASEP - Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

Prof. – Professor (a)

RAT - Risco de Acidente de Trabalho

R$ - Reais

SAT - Seguro de Acidente de Trabalho

SE - Salário-Educação

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviço Social do Comércio

SESI - Serviço Social da Indústria

SISA - Serviço de Impostos de Sua Alteza

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

(13)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 15

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 17

1.1 PLANEJAMENTO TRIBUTARIO ... 17

1.2 TRIBUTOS ... 18

1.2.1 Tributos Federais ... 18

1.2.1.1 Imposto sobre Importação - II ... 19

1.2.1.2 Imposto sobre Exportação – IE ... 20

1.2.1.3 Imposto de Renda – IR ... 20

1.2.1.4 Impostos sobre Produto Industrializados – IPI... 21

1.2.1.5 Imposto sobre Operações Financeiras – IOF ... 22

1.2.1.6 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR ... 23

1.2.1.7 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS ... 24

1.2.1.8 Programa de Integração Social – PIS ... 25

1.2.1.9 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL ... 25

1.2.1.10 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ ... 26

1.2.2 Tributos Estaduais ... 27

1.2.2.1 Imposto Sobre Circulação De Mercadoria E Prestação De Serviços – ICMS ... 27

1.2.2.2 Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD ... 28

1.2.2.3 Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA... 29

1.2.3 Impostos Municipais ... 29

1.2.3.1 Imposto sobre Serviço – ISS ... 30

1.2.3.2 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU ... 31

1.2.3.3 Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis – ITBI ... 32

1.3 SIMPLES NACIONAL ... 32

1.4 LUCRO PRESUMIDO ... 35

1.5 LUCRO REAL... 37

2 METODOLOGIA ... 39

2.1.OBJETIVOS ... 39

2.2 PROCEDIMENTOS DE COLETAS E AS FONTES DE INFORMAÇÕES ... 40

2.3 A NATUREZA DOS DADOS ... 41

3 ESTUDO DE CASO ... 43

(14)

3.2 APURAÇÃO DOS IMPOSTOS A SEREM ARECADADOS NO REGIME DO

SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL ... 44

3.2.1 Apuração do Simples Nacional ... 45

3.2.2 Apuração do Lucro Presumido... 53

3.2.3 Apuração do Lucro Real ... 63

3.3 COMPARATIVOS ENTRE O SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL ... 68

3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 70

REFERÊNCIAS ... 72

(15)

INTRODUÇÃO

A Contabilidade Fiscal, conhecida como Contabilidade tributária, é, do ponto de vista geral, uma área de estudo e de aplicação da contabilidade Gerencial que se preocupa com a apuração e contabilização, utilizando lançamentos proporcionados pelas operações realizadas nas empresas para o fechamento do período. Estes lançamentos produzem o fato gerador dos tributos, que incide sobre o faturamento anual ou mensal da empresa.

O Planejamento tributário é o ato de se apurar documentos de uma empresa com informações verdadeiras. É uma forma de gestão que visa ampliar a economia da empresa de maneira a reduzir custos dentro da perspectiva da lei. Os custos que se busca reduzir estão relacionados ao recolhimento de tributos, visto que no Brasil há uma carga tributária com uma amplitude considerável, podendo equivaler a mais de 50% do faturamento de uma empresa.

Tendo isso em mente, fica evidente que o planejamento tributário tem uma grande e relevante importância para a economia de uma empresa, entretanto há, ainda, certo desconhecimento ou desinteresse por parte dos líderes das empresas em fazer um planejamento tributário. No atual cenário econômico, que se caracteriza por um mercado muito competitivo e por altos índices tributários legalmente exigidos das empresas, acredita-se que o planejamento tributário acredita-será uma das ferramentas mais procuradas e utilizadas.

Em pleno século XXI, em tempos de crise e de cargas tributárias elevadíssimas, qualquer grande organização não teria sucesso sem um bom planejamento tributário dentro da sua administração. Observa-se que a falta de planejamento tributário é o motivo da falência de muitas empresas, mas o uso desta ferramenta pode mudar essa historia. Não se pode negar que o país, atualmente, tem altos tributos e uma fiscalização bastante rigorosa em se tratando de recolhimento de impostos.

O planejamento tributário, também chamado de elisão fiscal, serve para encontrar brechas legais na lei para se pagar menos impostos, o que é, hoje, uma estratégia de suma importância para qualquer empresa, seja ela grande ou pequena, que pretenda ingressar no concorrido mercado que é, também, bastante dificultado por conta dos altos tributos. Nesse contexto, um bom Planejamento tributário custa, muitas vezes, um valor que nem todas as empresas estão dispostas a pagar, tal valor nem sempre é visto por todos empresários como investimento importante para suas empresas.

(16)

benefícios para a sociedade de forma geral e ao governo. A sociedade, com isso, ganha renda, pois os trabalhadores terão empregos, fazendo a economia local e regional girar.

De acordo com o que foi abordado até aqui, as dúvidas que serviram de pilar para o desenvolvimento desta pesquisa estiveram centradas em analisar se o Planejamento tributário, hoje, interfere diretamente na rentabilidade e lucratividade de toda e qualquer organização. Neste mesmo sentido, busca-se responder à seguinte questão norteadora: qual a importância do planejamento tributário na escolha do melhor regime por parte de uma empresa?

Entendendo que um planejamento tributário tem grande relevância na elaboração de um bom plano que vise reduzir tributos e, consequentemente, pode maximizar os rendimentos de uma empresa, fica evidente que este planejamento interfere de maneira positiva na economia da empresa, que pode obter entender sua real condição e permanecer ou não optando pelo regime tributário em que se encontra.

O objetivo geral desta pesquisa foi o de realçar e mostrar a importância do planejamento tributário, enfatizando quais seus principais benefícios e métodos. Busca-se, também, demonstrar os procedimentos passo a passo e apresentar as ferramentas e caminhos a seguir para elaboração de um bom plano tributário que permita a uma empresa reduzir tributos. Pretende-se, dessa forma, verificar se a empresa se enquadra no regime mais vantajoso que, consequentemente, possa maximizar seu lucro.

Os objetivos específicos da pesquisa foram os de mostrar a importância do planejamento tributário dentro de uma organização para se obter solvência e perpetuidade; demonstrar as diferentes características entre um regime e outro; buscar, por meio de apuração de informações cedidas pela empresa, se esta enquadrada no regime correto ou se pode alterá-lo, conforme seu faturamento e, por fim, verificar se as possíveis vantagens que o planejamento traz a empresa são relevantes no sistema econômico.

(17)

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1PLANEJAMENTO TRIBUTARIO

Diante da análise realizada por Zalunca (2015) "o planejamento tributário é um conjunto de procedimentos previstos em lei ou não vetados por ela que visam diminuir a carga tributária.” No Brasil, o contribuinte proprietário de empresas paga um a grande quantidade de impostos que, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, IBPT, está entre os mais altos do mundo e podem corresponder a mais da metade do lucro da empresa. Dessa forma, o planejamento tributário serviria para diminuir os tributos visando um resultado econômico melhor e maior ao final do exercício ou de determinado período.

Segundo Zalunca (2015) o planejamento tributário também pode ser chamado de elisão fiscal, conceito que se diferencia da evasão fiscal, uma vez que a elisão fiscal é a forma legal que não fere a lei quando se trata da diminuição de pagamento de imposto. A evasão fiscal, por essa vez, é uma forma ilegal e não planejada da diminuição de pagamentos dos tributos que leva a duras penas se o contribuinte for pego pelo fisco.

O alto custo tributário existente em nosso país e também os custos de conformidade que são os gastos acessórios relacionados às exigências do fisco, se não equacionados, podem provocar a extinção de um bom número de empresas despreparadas para esse novo desafio. O planejamento tributário tem um objetivo à economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário (ZALUNCA, 2015).

(18)

1.2TRIBUTOS

Carga tributária é o conjunto de impostos, taxas e contribuições (federais, estaduais e municipais) que, direta ou indiretamente, incidem sobre qualquer atividade econômica (indústria, comércio e serviços), encarecendo o custo e o preço final de um produto. No Brasil, a média geral da carga tributária corresponde a 39% sobre o preço de tudo que pagamos.

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Segundo Fabretti (2009) um tributo é caracterizado pelos seguintes elementos:

Fato Gerador, Contribuinte ou Responsável e a Base de Cálculo. Para que venha a existir uma obrigação tributária, é preciso que exista um vínculo jurídico entre um credor (Sujeito Ativo) e um devedor (Sujeito Passivo), pelo qual o Estado, com base na legislação tributária, possa exigir uma prestação tributária positiva ou negativa (Fabretti, 2009, p.74).

Com base neste conceito, pode-se entender melhor, o que é um planejamento tributário quais são seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas para uma organização empresarial. O Planejamento Tributário se torna uma grande ferramenta para conhecer as possibilidades de pagamento de impostos exigidos por lei e um marco para o desenvolvimento de uma empresa, pois resulta no pagamento dos valores exatos que esta tem o dever de contribuir com o fisco.

1.2.1 Tributos Federais

A União tem a competência para instituir sete impostos, no entanto, segundo

Alexandre (2010, p. 583) “no Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF a União não utilizou de

(19)

1.2.1.1 Imposto sobre Importação - II

O Imposto sobre Importação é gerado no momento da importação de produtos estrangeiros para o território nacional e possui função, acima de tudo, extrafiscal, pois visa proteger a indústria brasileira. O fato gerador deste imposto é à entrada de produtos estrangeiros no território nacional, ficando a mercadoria retida até o momento da apresentação ou registro da Declaração de Importação (SABBAG,2011).

O Imposto sobre Importação é o tributo cobrado em cima da operação que trata da comercialização nacional de um produto importado denominado internacional. Esse imposto é cobrado com a finalidade de realçar as vendas de produtos produzidos no território nacional. Sua base de cálculo, de acordo com Sabbag (2011, p. 1061) será:

•A quantidade de mercadoria: expressa na unidade de medida indicada na Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB), quando a alíquota for especifica.

•A expressão monetária do produto importado: valor aduaneiro do produto, sendo expressa pela fatura comercial com o custo das despesas de frete e seguro, alíquota ad valorem.

•O preço de arrematação: bem adquirido em licitação, ou seja, quando o produto é abandonado ou apreendido e vai a leilão.

Conforme edição da Decisão n. 22 do Conselho de Mercado Comum (apud SABBAG, 2011) os países do Mercosul possuem tarifas próprias para seus participantes e outras alíquotas para o comércio com outros países. Sabbag (2011, p.1062) argumenta que as tarifas podem ser:

Específicas: valor em dinheiro que uma unidade de medida prevista em lei, pode referir-se à metragem, peso, etc. Ad valorem: aplicação de alíquota sobre determinado valor de operação.

Mista: combinação das duas formas acima.

(20)

1.2.1.2 Imposto sobre Exportação – IE

O Imposto sobre Exportação é o imposto exigido através de produtos nacionais e seu contribuinte é qualquer pessoa que exporte produtos do território brasileiro. Segundo Sabbag

(2011, p.1064) “o fato gerador do imposto é a saída de produtos do território nacional para o exterior, porém o momento em que se concretiza é quando ocorre a expedição da guia de exportação”. Logo, o Imposto sobre Exportação se refere a um produto produzido no território nacional que é comercializado em território internacional cuja fatura só é exigida legalmente no momento em que se concretiza a compra do produto, quando é gerada uma guia de exportação que serve de parâmetro para a exigência do tributo.

A base de cálculo do imposto de exportação será a quantidade de mercadoria exportada; o preço normal de venda em condições de livre concorrência no mercado internacional; e o preço da arrematação do produto adquirido em licitação e as alíquotas estão previstas na TAB (Tarifa Aduaneira do Brasil) e podem ser específicas ou ad valorem. Atualmente a alíquota mínima do IE é de 30% e máxima de 150%, podendo o Poder Executivo alterar as alíquotas, se atendidas às condições estabelecidas em lei (SABBAG,2011, p. 1064).

Dessa forma, há um processo que deve ser observado para a elaboração do percentual a ser cobrado no qual é necessário elaborar um cálculo que serve de base para definir o imposto e o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, no momento da exportação, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, para fins legais de tributação.

1.2.1.3 Imposto de Renda – IR

O Imposto de Renda é o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza. O contribuinte é a pessoa física e jurídica titular de renda ou provento e o fato gerador desse imposto é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos. A disponibilidade econômica pode ser entendida como a obtenção da capacidade de usar ou dispor de dinheiro ou bens, possuindo o fato concretamente, enquanto que a disponibilidade jurídica é a obtenção de direitos de créditos representados por documentos de liquidez e certeza (SABBAG, 2011).

(21)

contribuintes que pratiquem o fato; universalidade, o cálculo do gravame abrange quaisquer rendas do contribuinte; e progressividade, variação positiva da alíquota do imposto à medida que há aumento da base de cálculo.

A Lei n. 11.945 de 04 de junho de 2009 alterou a tributação para o Imposto de Renda (IRPF) de modo que, anualmente, ocorre um reajuste na referida tributação de acordo com a inflação medida durante o ano. Abaixo, o quadro 01 apresenta dados da tributação do Imposto de Renda já reajustado em 2015 conforme proposto pelo governo.

QUADRO 1- Tributação do IR

Base de cálculo mensal em R$ Aliquota % Parcela a deduzir do imposto m R$

Até 1.787,77 - -

De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08

De 2.679,30 até 3.572,43 15,0 335,03

De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96

Acima de 4.463,81 27,5 826,15

Fonte: Receita Federal do Brasil (2015).

1.2.1.4 Impostos sobre Produto Industrializados – IPI

O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre os produtos industrializados e é um imposto de interesse fiscal que possui alíquotas seletivas, ou seja, os bens de maior necessidade têm tributação mais baixa e os bens supérfluos recebem tributação mais elevada (SABBAG, 2011).

O contribuinte do IPI é o importador, industrial, comerciante e também o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão (SABBAG, 2011).

O fato gerador desse imposto, segundo Sabbag (2011, p. 1069) “ocorre na importação de industrializados, na saída de estabelecimento industrial ou aquisição em leilão de produtos apreendido ou abandonado. Industrializado é todo produto que sofreu algum tipo de

modificação em sua natureza ou finalidade”.

(22)

A base de cálculo do imposto varia conforme a incidência, podendo ser: o valor da operação de saída do produto do estabelecimento do contribuinte (preço do produto, acrescido de frete e outras despesas); o preço normal, acrescido do imposto de importação das taxas aduaneiras e dos encargos cambiais; e o preço de arrematação, para produtos apreendidos ou abandonados e levados a leilão. E as alíquotas do IPI variam de forma constante, em função da grandeza econômica tributada. As alíquotas variam de 0% a 365,63%. A maior parte de arrecadação desse imposto é oriunda de bebidas, cigarros e veículos (SABBAG, 2011, p. 1067).

Observa se que a base do cálculo varia, não seguindo um único padrão, contudo engloba o processo desde a saída do produto até a chegada ao comprador de modo que os custos que esse processo acarreta na fabricação são acrescidos às taxas exigidas na aduana e às taxas de câmbio e essas taxas sofrem alterações constantes devido à economia tributada.

1.2.1.5 Imposto sobre Operações Financeiras – IOF

O Imposto sobre operações financeiras ocorre nas operações realizadas por instituições financeiras, ou seja, sua arrecadação ocorre nas operações realizadas em lojas de câmbio, empresas de seguros privados, bancos, caixas econômicas entre outros.

O contribuinte do IOF pode ser qualquer pessoa envolvida em operações financeiras, como compradoras e vendedoras de moeda estrangeira, adquirentes de títulos ou pessoas físicas e jurídicas tomadoras de crédito (SABBAG, 2011). O fato gerador, conforme consta no art. 63 do CTN e de acordo com o Decreto n. 6.306/2007 (apud SABBAG, 2011, p. 1051) será:

•quanto às operações de crédito, sua efetivação pela entrega total ou parcial do

montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;

•quanto às operações de câmbio, sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou

estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à disposição por este;

•quanto às operações de seguro, sua efetivação pela emissão da apólice, ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;

•quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão,

pagamento ou resgate desses, na forma de lei aplicável. Saliente-se que, se na operação vierem as três situações supramencionadas, o IOF será cobrado tão somente uma única vez.

A base de cálculo do IOF, conforme art. 63 do CTN e Decreto n. 6.306/2007 (apud SABBAG, 2011, p. 1051) será definida segundo os seguintes critérios:

(23)

• quanto às operações de câmbio, o montante da operação em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;

• quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;

• quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: o valor nominal mais ágio,se houver;o preço, o valor nominal ou o valor da cotação em bolsa, como determina a lei;o respectivo preço.

As alíquotas desse imposto são proporcionais às operações, de modo que nas operações de crédito ou nas relativas a títulos ou valores imobiliários a alíquota máxima é de 1,5% ao dia, já nas operações de câmbio e de seguro, a alíquota máxima é de 25%. Nas operações com ouro, a alíquota é de 1% do preço de aquisição do ouro, paga uma vez, na primeira comercialização após a extração (SABBAG, 2011).

1.2.1.6 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR

O ITR é o Imposto sobre propriedade territorial rural e já foi de competência dos Estados e Municípios, mas hoje compete à União instituí-lo. Para Sabbag (2011), o contribuinte do ITR é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor.

Conforme Sabbag (2011) o fato gerador deste tributo é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município e a base de cálculo do ITR é o valor de mercado da terra livre das construções, instalações, pastagens ou florestas.

As alíquotas do ITR são proporcionais e progressivas de acordo com o grau de utilização da área rural e sua fixação se dá segundo os critérios do art. 34 do Decreto n. 4.382/2002 (apud SABBAG, 2011), como se pode notar no quadro logo abaixo.

QUADRO 2- Alíquotas do ITR ÁREA TOTAL DO

IMÓVEL

(em hectares) GRAU DE UTILIZAÇÃO (em %)

Maior que

80

Maior que 65

até 80

Maior que 50

até 65

Maior que

30 até 50 Até 30

Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00

Maior que 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00

Maior que 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30

(24)

Maior que 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60

Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00

Fonte: Receita Federal do Brasil (2014).

No caso de imóveis acima de 5.000 hectares que não alcancem 30% de utilização, poderá haver confiscação no prazo de cinco anos. No entanto, mesmo considerando o desestímulo à manutenção de propriedades improdutivas, a tributação elevada da propriedade rural não poderá ter caráter confiscatório, sob pena de violar o princípio constitucional que veda o tributo com efeito de confisco (art. 150, IV, CF apud SABBAG, 2011, p.146).

1.2.1.7 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS

Segundo o portal tributário (2015) A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social é uma contribuição social aplicada sobre o valor bruto apresentado por uma empresa. Como o próprio nome indica, a COFINS tem como o objetivo financiar a Seguridade Social, ou seja, áreas fundamentais como a Previdência Social, Assistência Social e Saúde Pública. Segundo o Portal Tributário (2015):

COFINS– Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991.

A contribuição COFINS, atualmente, é regida pela Lei 9.718/98, com as alterações subsequentes.

São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (LC 123/2006).

A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/98, a base de cálculo da contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

COFINS: a alíquota geral é de 3% (a partir de 01.02.2001) ou 7,6% (a partir de 01.02.2004) na modalidade não cumulativa. Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada (veja tópicos específicos sobre alíquotas de determinados setores, no Guia Tributário On Line).

(25)

1.2.1.8 Programa de Integração Social – PIS

Segundo o Portal Tributário (2015), o Programa de Integração Social, é uma contribuição tributária de caráter social que tem como objetivo financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades, tanto para os trabalhadores de empresas públicas, quanto privadas. De acordo com o Portal Tributário (2015):

São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Nacional (LC 123/2006). A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/1998, a base de cálculo da contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

A alíquota do PIS é de 0,65% ou 1,65% (a partir de 01.12.2002 - na modalidade não cumulativa - Lei 10.637/2002) sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha de salários, nos casos de entidades sem fins lucrativos.

Este imposto tem como principal finalidade, financiar as futuras necessidades que, muitas vezes, são imprevistas no âmbito da sociedade, abrangendo a dimensão social no sentido de transformar o que foi arrecadado em programas que auxiliam a sociedade, um exemplo é o seguro desemprego e seus afins.

1.2.1.9 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

Segundo o Portal Tributário (2015), A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido é uma contribuição criada pela Lei 7.689/1988 para que todas as Pessoas Jurídicas (PJ) e as equiparadas pela legislação do Imposto de Renda (IR) possam apoiar financeiramente a Seguridade Social. Segundo o Portal Tributário (2015):

A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída pela Lei 7.689/1988. LUCRO REAL

A base de cálculo para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real é o lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação.

As empresas que recolhem a CSLL por estimativa mensal, a partir de 01.09.2003, devem considerar a nova base de cálculo da CSLL de 32% para as seguintes atividades:

a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transporte; b) intermediação de negócios;

c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;

(26)

e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo 57).

Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), também pela forma escolhida.

Uma empresa optante pelo Lucro Presumido deverá recolher a Contribuição Social de acordo com este regime, ou seja, feita a opção, esta abrangerá tanto do IRPJ quanto da CSLL, não sendo possível, por exemplo, optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL pelo lucro presumido.

1.2.1.10 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica é um tributo federal e quem tem a competência de pagar esse tributo são as pessoas jurídicas não imunes/isentas, optantes pelo regime tributário do Lucro Real sobre seu faturamento real após as adições e exclusões efetuadas sobre os lançamentos constantes do Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real) ou sobre o Faturamento ou Receita Bruta. Já nos casos em que a empresa é optante pelo pagamento do IR por Lucro Presumido, seu percentual de presunção oscilará entre 1,6% e 32%, conforme a natureza da atividade da empresa.

Instituído no Brasil no ano de 1922, o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ é administrado pela Receita Federal do Brasil que tem como base de cálculo o Lucro Líquido das empresas (OLIVEIRA, 2012, p.157).

As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo.

A base de cálculo deste imposto determinada, segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração. Segundo o Portal Tributário (2015):

O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o lucro real também pode ser apurado por período anual.

Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento.

(27)

A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento.

O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural.

Observa-se assim, que o imposto será determinado com base no regime tributário em que se enquadra durante os períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. Caso o contribuinte opte pelo lucro real, também poderá ser apurado por período anual.

1.2.2 Tributos Estaduais

Os Estados têm competência para instituir três impostos, os Impostos sobre Circulações de Mercadorias e Prestações de Serviços, Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações e Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores.

1.2.2.1 Imposto Sobre Circulação De Mercadoria E Prestação De Serviços – ICMS

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, de acordo com o art. 4º da Lei Complementar n. 87/96 (apud SABBAG,2011, p.1005) tem como contribuintes:

•pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias;

•importadores de bens de qualquer natureza;

•prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal; •prestadores de serviços de comunicação.

O fato gerador do ICMS, de acordo com Sabbag (2011, p. 1007) é a “circulação de

mercadorias, a prestação de serviços de transporte (interestadual e intermunicipal) e a

prestação de serviço de comunicação”. Logo, caracteriza-se a geração desse tributo pelo fato de um produto ser transportado de um estado para outro ou, como citado anteriormente, incide sobre diversos tipos de serviços, como telecomunicação, importação, e prestação de serviços.

(28)

a) Alíquota de 7%: para operações interestaduais que destinarem mercadorias ou serviços a contribuintes dos Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste e para o Espírito Santo;

b) Alíquota de 12%: para operações interestaduais que destinarem mercadorias ou serviços a contribuintes dos Estados das regiões Sul e Sudeste;

c) Alíquota de 17% ou 18%: para operações de importação.

O ICMS, assim como outros impostos indiretos, é passível de restituição, contando que o comprador ou consumidor da mercadoria tenha prova da sua transferência e se apresente devidamente autorizado a recebê-la.

1.2.2.2 Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD

O Imposto sobre Transmissão de Causa Mortis e Doação é definido como doação de

quaisquer bens e direitos, “são sujeitos passivos desse imposto, herdeiros ou legatário

(transmissão de causa mortis) qualquer das partes adstritas à doação (doador ou donatário), na

forma da lei” (SABBAG, 2011, p. 1036).

O fato gerador do ITCMD é a transmissão de propriedade de quaisquer bens, tanto imóveis quanto móveis e, a transmissão de direitos em decorrência de falecimento do titular ou transmissão e cessão gratuitas.

A transmissão é a passagem jurídica da propriedade ou bens e direitos de uma pessoa para outra. É uma ação de caráter não oneroso, tanto no caso de morte quanto no de doação.

Para Sabbag (2011, p. 1038), “o momento do fato gerador do ITCMD no caso de

imóveis doados é o respectivo do Registro Imobiliário, pois a partir disso já se tem consenso pleno entre as partes, autorizando a recolha do tributo, e é o legislador estadual que elegerá o

responsável tributário”. Percebe-se assim, que esse imposto é gerado a partir do momento em que ocorre a transmissão de qualquer bem ou direito havido, por sucessão legítima ou testamentária, inclusive a sucessão provisória, ou por doação.

A base de cálculo do ITCMD será o valor de mercado dos objetos de transmissão: “o cálculo é feito sobre o valor de venda na data de avaliação do bem, de acordo com a alíquota vigente na data de abertura da transmissão. As alíquotas do ITCMD são fixadas pelo Estado, sendo a taxa máxima fixada de 8%” (SABBAG, 2011, p. 1038).

(29)

1.2.2.3 Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, segundo Sabbag (2011, p.

1030) “é exigido no dia 1º de janeiro de cada ano, sendo devido no local onde o veículo está

registrado e licenciado perante as autoridades de trânsito, independente do local de domicílio

do proprietário ou possuidor”.

Muitos acreditam que o IPVA o valor arrecadado com esse imposto seja aplicado em melhorias de rodovias, pavimentações e coisas afins, no entanto, ele não deve ser confundido com taxa, pois não existe contraprestação direta no setor de conservação das rodovias. Assim como o ICMS, o IPVA é destinado a qualquer finalidade social.

O fato gerador desse imposto é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie, não sendo cobrado pela mera detenção do veículo, uso ou posse. A propriedade comprova-se pelo CRV – Certificado de Registro de Veículo referente ao ano anterior.

Por veículo automotor entende-se qualquer veículo aéreo, terrestre ou aquático que circula com força motriz própria, exceto embarcações e aeronaves, pois o imposto sobre esses meios são de competência da União (SABBAG, 2011).

A base de cálculo do IPVA é o preço comercial de tabela do veículo, porém poderá ocorrer a fixação legal do valor venal do veículo no fim do ano, e essa modificação serem aplicada no 1º dia do ano seguinte. As alíquotas para cobrança deste imposto podem ser variadas, em função do tipo e utilização do veículo, existindo apenas uma alíquota mínima estipulada pelo Senado Federal (SABBAG, 2011, p. 1031).

O IPVA é repartido entre o estado e o município de origem do licenciamento do veículo, sendo 50% para cada um. Os veículos utilizados em atividades socioeconômicas, como transporte público, agroindústria e terraplanagem, por exemplo, ou veículos públicos, como os de prefeituras e aqueles que tiverem mais de vinte (20) anos desde a data de fabricação, ficam isentos do imposto.

1.2.3 Impostos Municipais

(30)

quando a arrecadação é destinada ao governo federal, estaduais quando se destina a arrecadação ao governo estadual e municipal quando o valor arrecadado for para o governo municipal.

Os impostos municipais são Imposto Sobre Serviços, Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana e Imposto sobre Operações Inter Vivos de Bens e Imóveis. A seguir, será relatada a importância e a competência de cada um destes impostos, levando em consideração o seu fato gerador.

1.2.3.1 Imposto sobre Serviço – ISS

O Imposto sobre serviços é pago por empresas, prestadoras de serviços ou profissionais autônomos, com ou sem estabelecimento. vDe acordo com o art. 2º, II, da Lc n. 116/2003 (apud SABBAG, 2011, p. 990) “os trabalhadores que prestam serviços como empregados, os trabalhadores avulsos e diretores e membros de Conselhos Consultivo ou

Fiscal de Sociedades não são considerados contribuintes”.

O fato gerador deste imposto é a prestação de serviços anexa à Lei Complementar n. 116/2003, que enumera aproximadamente 230 serviços. Dentre eles:

II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;

III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;

IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa; V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;

VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa;

VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;

VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;

(31)

1.2.3.2 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU

A instituição do Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana é de competência dos Municípios, no entanto se houver territórios não divididos em Municípios, a instituição de imposto compete à União (SABBAG, 2011).

Este imposto tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. A propriedade corresponde o proprietário que é pleno de uso; domínio útil que é um dos elementos que usufruem juridicamente da propriedade plena; e posse caracteriza-se quando alguém age como se fosse titular do domínio útil, juridicamente perfeita, caracterizada como usucapionem. O locatário e comodato, não são contribuintes do IPTU (SABBAG, 2001. p.981).

O fato gerador deste imposto fica caracterizado como o bem imóvel de posse de uma pessoa física para própria utilização, locação ou afins, que se localize na área urbana e que seja apto ao uso, ou domínio. Entendendo estes fatores de caráter judicial, deve-se caracterizar que uma pessoa física, mesmo não tendo posse legal do bem, mas que o usufrui do mesmo, pode se caracterizar como usucapionem, ou seja, o sujeito passa a ter o direito de posse deste bem urbano

O conceito de zona urbana está escrito nos §§ 1º e 2º do art. 32 do CTN (apud SABBAG, 2011, p. 983).

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.

§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.

(32)

O fato gerador ainda possui dois elementos, o elemento espacial é o território urbano do Município e elemento temporal é o momento de apuração, ou seja, anual.

Para Sabbag (2011), a base de cálculo do IPTU será o valor de mercado do imóvel, sem contar os bens móveis contidos no imóvel. A atualização do valor monetário da base de cálculo não implica em aumento do tributo, podendo ser feita por meio de ato infralegal, no entanto, quando atualizado, não poderá conter índices acima da correção monetária do período, pois será considerada majoração e esta só será possível por meio de lei.

Assim, fica caracterizado que para a base de cálculo deste imposto, deve-se levar em consideração o valor de mercado do imóvel atribuído para venda, desconsiderando os bens que nele estão agregados.

1.2.3.3 Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis – ITBI

O Imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis era, até a Constituição de 1988, de competência estadual. A partir de então, passou a ser municipal (SABBAG, 2011).

O ITBI incide sobre os bens imóveis por natureza, imóveis que se formaram pela natureza; bens imóveis por acessão física, tudo o que o homem incorporar ao solo; direitos reais sobre bens imóveis, rendas expressamente constituídas sobre os imóveis; e cessão de direitos, acordo entre cedente de cessionário. O sujeito passivo deste imposto é qualquer uma das partes de transmissão de bem imóvel, ou seja, tanto o transmitente quanto o adquirente, mas geralmente é o adquirente (SABBAG, 2011, p. 999).

O ITBI tem sua base de cálculo no preço de venda atribuído em condições normais de mercado dos bens imóveis transmitidos ou direitos reais cedidos. Sendo assim, suas alíquotas são estabelecidas em lei municipal, com percentagem única sobre as bases de cálculo.

1.3 SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional, enquanto regime tributário, pode ser definido como “um regime

compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de

2006” (RECEITA FEDERAL, 2015).

(33)

se viam incomodadas com pagamentos de vários tributos em várias datas diferentes. Com o surgimento do simples nacional, ou super simples, teve início o documento de arrecadação do simples nacional (DAS), que possibilitou, de forma uniforme, o pagamento de tributos em datas iguais que seriam distribuídos de forma própria para cada esfera do país.

A finalidade do Simples Nacional é a de simplificar a burocracia e as rotinas e obrigações mensais das empresas. Além de uma carga tributária reduzida e unificada, que sempre foi uma das grandes reclamações das empresas, este sistema de tributação incorporou vários tributos a serem pagos em varias datas diferentes e os tributos passaram a ser pagos todos em uma única data, facilitando assim o controle do pagamento.

Conforme indica a Receita Federal do Brasil, para enquadramento no simples nacional a empresa deve, obrigatoriamente, ser uma microempresa (ME) ou uma empresa de pequeno porte (EPP). Até o ano de 2011 entendia-se como ME as empresas que tivessem faturamento anual de até R$ 240.000,00 e EPP as que atingissem faturamento maior que R$ 240.000,00 e igual ou menor a R$ 2.400.000,00. Para o eventual caso da empresa entrar no regime no mesmo ano calendário de início de suas atividades, deve-se fazer o cálculo proporcional, de maneira a auferir o valor de R$ 20.000,00 e R$ 200.000,00 para ME e EPP, respectivamente, multiplicados pelos meses decorrentes do início da atividade até o final do ano calendário.

Ainda sobre a mesma ótica citada acima, a partir do ano de 2012, para fins de definição do simples nacional, ficou acordado que seria considerado como ME a empresa que tivesse faturamento anual de ate R$ 360.000,00 e EPP empresas que ultrapassem o valor de R$ 360.000,00 e seja menor ou igual a R$ 3.600.000,00. Para cálculo de proporcionalidade, será considerado para ME e EPP, respectivamente, o valor de R$ 30.000,00 e R$ 300.000,00 multiplicados pela quantidade de meses entre o início das atividades e o fim do ano calendário (RECEITA FEDERAL, 2015).

(34)

pessoa jurídica poderá regularizar sua situação ou cancelar seu pedido, caso já não tiver sido deferido (CENOFISCO, 2014).

Seguindo a ideologia citada pelo CENOFISCO, o cálculo dos tributos é realizado utilizando o faturamento e aplicando a devida alíquota sobre o mesmo. A Resolução CGSN nº 94/11 destinou cinco tabelas (anexos I a V) divididas por forma de atividade da empresa em são apresentadas as alíquotas totais para cálculo, juntamente com o destacamento de cada um dos tributos a serem pagos. A partir do ano de dois mil e quinze (2015), houve a inserção do anexo VI para empresas como medicina, laboratoriais e de enfermagem, além de medicina veterinária, odontologia; psicologia, psicanálise, fonoaudiologia e clínicas de nutrição, arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, desenho e agronomia; representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros. Percebe-se que muitas empresas passaram a ser tributadas pelo simples nacional, contudo, antes do surgimento desse anexo, essas empresas e várias outras não citadas tinham de ser tributadas através do lucro presumido.

FIGURA 01– Tabela Anexo I, referente a Comercio.

Receita Bruta em 12 meses

(em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

(35)

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

Fonte: Cenofisco (2014)

A tabela acima se refere à área do comércio, visto que a empresa a ser utilizada para este trabalho é uma loja de materiais de construção e essa está inserida nesse anexo referente ao comercio e varejo, conforme detalharemos a seguir.

1.4 LUCRO PRESUMIDO

Segundo o SEBRAE (2015) o Lucro Presumido é uma forma tributaria para uma determinação mais clara e simplificada do cálculo base do imposto de renda (IR) e da contribuição social sobre o lucro (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem cadastradas

no simples e nem com apuração no lucro real e conforme analisa o serviço “[...] No lucro

presumido a apuração tanto do imposto de renda como da contribuição social é efetuado em períodos trimestral, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de

dezembro [...]”.

O lucro presumido será o montante determinado pela aplicação de porcentuais variáveis, conforme o ramo de atividade da pessoa jurídica sobre a receita bruta auferidas em cada trimestre do ano calendário, já referidos no calculo do IRPJ por estimativa [...] exceto as instituição financeiras, seguradoras, entidades de previdência privada e as empresas de factoring que estão obrigadas à apuração do imposto com base no lucro real. (OLIVEIRA, 2009, p. 110).

Segundo Oliveira (2009) a empresa que pagar a primeira DARF de maneira específica, manifesta-se optante pelo regime do Lucro Presumido e deverá manter, segundo o autor:

(36)

documentos e demais papeis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal.

As empresas que poderão optar pelo lucro presumido segundo o que avalia o SEBRAE (2013) são:

a) cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior, e

b) que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

As empresas que poderão optar pelo lucro presumido deverão estar sempre atentas às legislações, pois, como já citado, há constantes modificações. Até o ano de 2015, muitas empresas de prestações de serviço tinham de ser tributadas pelo lucro presumido e hoje, com as mudanças ocorridas, muitas já podem ser tributadas pelo simples nacional.

Há empresas que ficam vedadas de inclusão no lucro presumindo e, dessa forma, ficam por ser inclusas no lucro real, as vedações ao lucro presumido segundo o que informa o SEBRAE (2015) são:

a) cuja receita total no ano anterior tenha sido superior a R$ 48.000.000,00.

b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; d) que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda;

e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal com base em estimativa;

f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

(37)

1.5 LUCRO REAL

O lucro real é o lucro líquido do exercício, entretanto, este regime tributário tem base no faturamento mensal ou trimestral da empresa e incide apenas sobre seu lucro efetivo, ou seja, não há a possibilidade de pagamento maior ou menor do que é devido. Trata-se de um tributo que se serve de regra para apuração do (IR) conforme consta no Portal Tributário (2015):

O lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica.

Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo.

Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela legislação fiscal, conforme esquema a seguir:

Lucro (Prejuízo) Contábil

(+) Ajustes fiscais positivos (adições) (-) Ajustes fiscais negativos (exclusões) (=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período.

Ainda segundo enfoque do Portal Tributário (2014) incidem sobre esse regime tributário dois tributos: o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, IRPJ, cuja alíquota é de 15%, e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, CSLL, cuja e alíquota varia entre 9% a 12%. Em casos em que não houver lucro no período não haverá incidência sobre esses dois impostos, no entanto o PIS e a COFINS são cumulativos, incidindo sobre o resultado entre a soma dos créditos menos os débitos, ou seja, o resultado do período e quem vai mostrar o saldo do imposto a ser pago.

O período de apuração do Imposto de Renda das pessoas físicas sobre o Lucro Real poderá ser dividido em trimestres, encerrando as apurações no dia 30/31 de cada mês que corresponde ao final de cada trimestre, ou seja, Março, Junho, Setembro e Dezembro e o recolhimento se dá por estimativa mensal, assim como a apuração, no final do ano.

A base de cálculo é estabelecida sobre o Lucro Real, segundo a lei vigente na data da ocorrência do fato gerador. Como regra geral, incluem-se na base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, indiferente da sua origem de natureza, denominação ou da existência do título ou contrato escrito (PORTAL TRIBUTARIO, 2015).

Segundo a Receita Federal do Brasil (2014), estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, as pessoa jurídicas que:

(38)

exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da IN SRF nº 38, de 1997, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses; b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996; f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços ( factoring).

De modo geral, as empresas inseridas no lucro real são empresas muito grandes e com enorme faturamento e capacidade de investimentos, as quais têm suas ações em bolsas onde as transações não ficam restritas somente ao Brasil, mais ao mercado internacional, ou seja, empresas que tenham proporções mundiais e que tenham transações no comercio exterior.

Ao optar pelo Lucro Real, o empreendedor deve estar ciente em assumir uma obrigatoriedade de escrituração comercial e fiscal rigorosa e adequada, propiciando uma melhor organização na empresa para estar sempre a par do seu estado financeiro real.

(39)

2 METODOLOGIA

A metodologia de um trabalho científico consiste na descrição técnica dos passos e procedimentos metodológicos que foram seguidos para o desenvolvimento do trabalho, ou seja, os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento (DEMO, 1987).

Neste item, pretende-se mostrar a forma e os métodos utilizados para se chegar ao resultado final desta pesquisa, os quais permitiram a construção do conhecimento e as análises aqui apresentadas.

2.1.OBJETIVOS

Este trabalho teve por objetivo levantar dados junto à empresa em estudo que pudessem ser úteis analisar questões pertinentes ao planejamento tributário de uma empresa. Nesse processo, utilizou-se de duas formas de pesquisas: a pesquisa descritiva e a pesquisa exploratória, com as quais foi possível articular conhecimento teórico e aos dados coletados.

Esta pesquisa é descritiva no sentido de que descreve algumas características da empresa e avalia as variáveis que estão relacionadas à continuidade e bem estar da empresa (GIL, 2010). A descrição forneceu dados importantes informações que contribuíram para a leitura de uma realidade já conhecida, mas que precisa ser mais aprofundada. Também possui um caráter exploratório por sua própria natureza, que envolve levantamentos bibliográficos, entrevistas com pessoas que tiveram e tem conhecimento na área a fim do trabalho, visando à partilha de informações que possam contribuir com o conhecimento. O trabalho executado e essa pesquisa, na maioria das vezes, assumiu a forma de estudo de caso ou pesquisa bibliográfica (GIL, 2010).

Dois teóricos foram de grande importância para o desenvolvimento da pesquisa, Oliveira e Sabbag. O primeiro, com seu método contemporâneo, atualizado e de fácil entendimento, proporcionou conhecimento e profundas reflexões na área de contabilidade tributária, e Sabbag tem formação em direito e nos proporcionou reflexões no âmbito do direito tributário, demonstrando a clareza dos assuntos, as razões das obrigações de pagamentos e tributos de toda natureza, favorecendo a busca por respostas pertinentes a esta pesquisa.

(40)

2.2 PROCEDIMENTOS DE COLETAS E AS FONTES DE INFORMAÇÕES

O procedimento a ser utilizado nesse trabalho é o estudo de caso, através de dois procedimentos de pesquisa auxiliares que foram, respectivamente, a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental.

O estudo de caso “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível

mediante outros delineamentos já considerado” (GIL, 2010, p.37). Conforme o autor, o estudo de caso é importante, pois não se limita a proporcionar informações exatas, mas sim uma visão do todo, para que se possa chegar a determinados problemas apontar possíveis soluções que também não são dadas como as melhores, mas que, ao menos, proporcionam a detecção de problemas e a busca pela resolução. Diante do exposto, fica clara a importância do estudo de caso e também a flexibilidade, pois o mesmo pode avaliar exaustivamente uma informação como, ao mesmo tempo, pode averiguar muitas outras.

A pesquisa bibliográfica é aquela realizada em cima de fontes já escritas e publicadas e que são utilizadas para quase todo tipo de trabalho acadêmico, pois se propõem a apresentar diversas formas e posições acerca de um problema. Segundo Gil (2010, p. 30), “em algumas áreas do conhecimento, a maioria das pesquisas é realizada com base principalmente em material obtido em fontes bibliográficas.” Isso revela a lógica deste tipo de pesquisa que é a

de inteirar o pesquisador sobre fatos já estudados e apurados:

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço (GIL, 2010, p.30).

A pesquisa documental pode ser definida como “aquela realizada a partir de

documentos, contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos (não fraudados)” (PÁDUA, 2000, p.65). Ou seja, documentos como declarações, contratos, balanços, e relatórios pelos quais esta pesquisa buscou junto à empresa e que serão utilizados para análise da problemática proposta.

Imagem

FIGURA 01  –  Tabela Anexo I, referente a Comercio.
FIGURA 02  –  Tabela Anexo I, referente a Comercio.
GRÁFICO 1  –  Representação de cada Tributo no Simples Nacional.
GRÁFICO 2  –  Representação de cada tributo dentro do Lucro Presumido.
+2

Referências

Documentos relacionados

Folhas 5,5-19,5cm de comprimento x 3,6-7,6cm largura; elípticas, obelípticas, oblanceoladas, lanceoladas ou obovadas; ápice acuminado, ocasionalmente cuspidado; base cuneada,

intensificando nos municlpios contando com a participação dos técnicos do Idam que, em conjunto com os agricultores, procuram identificar os principais problemas e interesses

Como hipótese, assumiremos que o desenvolvimento de um modelo matemático diferente do tradicional poderia, por permitir a criação de personagens com comportamentos adaptáveis a

Conhecidos como euestresse e diestresse.(2) Quando o diestresse está presente, a nível de sistema nervoso central temos uma acentuação do funcionamento do sistema nervoso autônomo,

Maria da Penha foi o nome dado a lei brasileira de proteção à mulher como homenagem e como reconhecimento a uma mulher que usou sua tragédia como impulso

Esta dissertação assume como principal objectivo avaliar a intervenção urbana mais recente na vertente Este da cidade do Porto, o Plano de Pormenor das Antas, e averiguar o

A produção de Energia Solar Fotovoltaica em pequenas instalações caracteriza-se pela instalação de sistemas fotovoltaicos de baixa potência (até 5 kWp). Estes sistemas são de

3.5.1 Os candidatos habilitados na fase de Dinâmica de Grupo ou Entrevista Comportamental e habilidades serão convocados para a etapa de Entrevista Técnica, que