Publicação: Outubro de 2011 © DIREITOS RESERVADOS
DIRETORIA DE EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Silvio Cecchi
Corre spondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 2000, Valinhos, São Paulo
CEP. 13.278-181, Tel.: 19 3512-1700 PREPARAÇÃO GRÁFICA
Lusana Veríssimo
Renata Galdino
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
Para citar este texto:
BRESSAN, Maria Beatriz. Métodos e Técnicas de Pesquisa de Campo e Pesquisa Documental. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Valinhos, SP: Anhanguera Educacional, 2011.
PÓS-GRADUAÇÃO
–
2011
LEITURA FUNDAMENTAL
–
AULA 3
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
DE
CAMPO E
PESQUISA DOCUMENTAL
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA DE CAMPO E
PESQUISA DOCUMENTAL
1.
ORGANIZAÇÃO
DO
LEVANTAMENTO
BIBLIOGRÁFICO
1.1. PESQUISA DOCUMENTAL
A pesquisa documental é muito parecida com a pesquisa bibliográfica. A diferença está no tipo da fonte.
Antes de entrarmos nestas questões, o primeiro passo é definir documento. Este termo muitas vezes nos remete a algo oficial, registrado apenas de maneira escrita e arquivado em alguma entidade oficialmente instituída. Na verdade, este conceito é bem mais amplo.
Documento é toda informação organizada de maneira sistemática e registrada em material durável, podendo assumir várias formas de comunicação (oral, visual, escrita, gestual).
Assim, ao lado de comunicados à imprensa, livros de recortes, artigos de jornal, registros individuais e processos, os materiais que os sujeitos escrevem por si mesmo como autobiografias, diários e cartas pessoais também são documentos. (GONSALVES, 2001, p. 32).
Sendo assim, obras de arte, músicas, aulas e exposições orais, reportagens faladas, entrevistas tornam-se documentos quando transcritas em suporte material (Chizzotti, 1991, p. 109, citado por Gonsalves, 2001, p. 32).
Conforme vimos no início, os documentos podem variar em termos da natureza das fontes:
Documentos de FONTE PRIMÁRIA:
O que caracteriza este tipo de documento é a proximidade da fonte com o acontecimento registrado. Atas de reunião, fotos, gravações em áudio e vídeo são alguns exemplos.
Documentos de FONTE SECUNDÁRIA:
segunda mão”: fontes primárias e secundárias que já passaram pelo
entendimento de alguém, que atribuiu a elas determinado sentido, imprimiu-lhes “uma marca”. Artigos, livros, resenhas, depoimentos são exemplos de fonte secundária.
A pesquisa bibliográfica é um tipo de pesquisa documental que se utiliza principalmente de fontes secundárias. “Sua finalidade é colocar o investigador em contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa” (GONSALVES,
2001, p. 35), ao identificar e analisar dados em livros e artigos (impressos ou virtuais). Este procedimento poderá acompanhar sua pesquisa do princípio ao fim, norteando a construção e sequenciação de suas idéias, a apresentação dos conceitos, procedimentos e definições e a elaboração de suas considerações e conclusões. De acordo com a definição de documento apresentada no início, contatos diretos com pessoas que podem fornecer dados ou sugerir possíveis fontes de informação, também constituem fonte documental de pesquisa, na medida em que podem ser registrados em recurso material durável de variadas formas (áudio, vídeo, por escrito). A pesquisa documental é quase sempre a primeira etapa da pesquisa, uma vez que coloca o pesquisador em contato com o que já se produziu sobre seu tema. Por isso, é importante ter esse horizonte bem delimitado, para que a busca pelas fontes seja feita da maneira mais assertiva possível, evitando idas e vindas que podem ser muito prejudiciais em termos de aproveitamento do tempo disponível para entrega do artigo.
1.1.1 ORGANIZANDO INFORMAÇÕES
Essa primeira etapa do trabalho de pesquisa é fundamental para a elaboração do seu projeto e, posteriormente, do próprio artigo. Para evitarmos dilemas do tipo: onde foi mesmo que vi essa ideia? Quem disse isso? Onde procurar mais informações? É preciso se organizar e registrar o que for importante para seu estudo.
Para fazermos isso, vamos conhecer algumas técnicas: o fichamento, o resumo e a resenha.
1.1.2 FICHAMENTO
O fichamento bibliográfico é a forma mais elementar de registro de informações bibliográficas, servindo apenas como um guia de busca. Veja o exemplo logo abaixo (Figura 1):
Figura 1 – Exemplo de Ficha Bibliográfica
Ficha Bibliográfica
Título:___________________________________ Autor (a): ________________________________ _________________________________________ Anotações importantes
Podemos afirmar que essa é a primeira aproximação do assunto a ser tratado, o primeiro contato do pesquisador com seu tema. Nessa fase examinaremos prefácios, sumários, introduções e conclusões procurando selecionar as prováveis fontes que serão utilizadas para a elaboração do artigo final.
A ficha de leitura é um modelo mais elaborado, pois traz informações mais detalhadas que requerem um contato mais profundo com a obra analisada. Observe o modelo (Figura 2):
Figura 2 – Exemplo de Ficha de Leitura
Ficha de leitura
Título:___________________________________ Autor (a): ________________________________ Referência bibliográfica:____________________ Indicado para:_____________________________ Resumo de idéias
O resumo das idéias do autor consiste na apresentação da compreensão do texto de maneira sintética, podendo ser por tópicos, com vocabulário próprio. As citações importantes são transcrições ou indicações de trechos que merecem destaque. Ao fazê-las, lembre-se sempre de indicar a página de onde foram transcritas ou indicadas. Nos comentários, procure reconstruir o tema abordado na obra analisada da maneira mais livre possível, como se você estivesse dialogando com o autor, concordando ou questionando ideias e posições assumidas.
Perceba que este levantamento é inicial. No decorrer da pesquisa novas necessidades irão aparecer, o que torna esse exercício constante durante qualquer caminho metodológico escolhido.
1.1.3 RESUMO
Resumir, de acordo com as várias definições do Michaelis, é “dizer em poucas palavras o que se disse ou escreveu mais extensamente; abreviar; compendiar; sintetizar”. No caso do trabalho acadêmico-científico, que nos interessa especialmente, resumo é a síntese de um todo, entendendo-se por “todo” um livro, capítulo, artigo ou outro documento. Suas
principais características são: dar destaque às idéias essenciais do autor e ser fiel ao texto original.
Podemos classificar os tipos de resumo nessas três categorias básicas:
Resumo indicativo – não dispensa a leitura completa do texto original e faz referência às partes mais importantes, descrevendo a natureza, forma e objetivo do texto-base, através de frases curtas;
Resumo informativo – pode dispensar a leitura do texto-base. Seu objetivo é informar o conteúdo e as principais idéias do autor, destacando o objetivo, a metodologia e as conclusões, apresentando um conjunto de palavras-chave. Resumo crítico = resenha. Resumo informativo que apresenta um julgamento
Para qualquer tipo de resumo, atente para essas dicas:
Faça um cabeçalho com a referência bibliográfica completa;
Procure ser fiel ao texto original destacando os termos fundamentais e as idéias essenciais do autor, mesmo quando estiver escrevendo com suas próprias palavras;
Atenção para a estrutura do texto – encadeamento de idéias, linha de raciocínio, críticas e defesas de ideias, exemplos oferecidos;
Organize um esquema lógico para facilitar a visualização em posteriores consultas.
Ao finalizar seu artigo, um resumo do mesmo deverá ser elaborado e apresentado logo no início do trabalho (veja os artigos publicados no padrão SARE). Por se tratar de um resumo é a última parte a ser feita, pois este texto é a síntese do artigo como um todo, da introdução às considerações finais.
1.1.4 RESENHA
O termo indica um trabalho de síntese que pode ser seguido de apreciação crítica (julgamento). Esta crítica pode assumir pelo menos duas formas:
crítica externa – ressalta o contexto histórico, social, cultural e filosófico da obra;
crítica interna – exame e julgamento do conteúdo da obra.
Como não há uma receita, veja essa sugestão de roteiro para resenha oferecida por Gonsalves (2001, p. 44-5):
1. Referência bibliográfica – procure colocar as referências logo no início, indicando autor(es), título, local e data da publicação, editora ou site e também o número de páginas.
3. Conteúdo – resumo das principais idéias. Pergunte-se sobre o que diz a obra, se tem alguma característica especial, observe a forma como foi abordado o tema, enfim, estabeleça uma espécie de “conversa” com o texto.
4. Conclusões dos autores – se há ou não, em que momento do texto aparecem e quais são.
5. Apreciação – julgamento da obra. Pergunte-se sobre as contribuições dadas, as correntes teóricas que a fundamentam, se as ideias são originais e criativas, se propõem alguma novidade ou abordagem diferente, se a maneira de expor é clara, objetiva e coerente, se há lógica e equilíbrio entre as partes e a que público se dirige.
Perceba como o exercício de organizar informações a partir de fontes documentais desenvolve a própria estrutura do artigo final. Ao conversar com obras e autores destacando ideias e teorias, entremeando com suas próprias reflexões, sua fundamentação teórica vai sendo aos poucos construída.
2.
PESQUISA
DE
CAMPO
E
ESTUDO
DE
CASO:
INSTRUMENTOS
E
PROCEDIMENTOS
A pesquisa de campo é um tipo de pesquisa segundo os procedimentos de coleta de dados, que promove o encontro direto do pesquisador com o objeto em estudo. É preciso estar no lugar onde o fenômeno que se quer observar ocorre (ou ocorreu) e documentar um conjunto de informações.
Pessoas, organizações, processos estão em interação num determinado contexto. Por isso, para os tipos de pesquisa tratados neste tópico, é preciso considerar o espaço da pesquisa. Convém, no entanto, fazermos uma breve distinção entre lugar e espaço da pesquisa:
• Lugar é o ponto de práticas sociais específicas, dominadas pela presença; é o local, familiar, concreto, específico;
• Espaço contempla muitos lugares e relações com locais distantes, ausentes.
2.1 A PRODUÇÃO DOS DADOS
Perceba que, na descrição de sua metodologia de pesquisa, não basta apenas citar procedimentos e instrumentos que serão utilizados para a efetivação dos objetivos. É importante deixar claro os critérios de escolha desses elementos, assim como que informações você pretende obter a partir da utilização deles. Também é interessante destacar como serão aplicados os instrumentos escolhidos (Gonsalves, 2001, p.72).
Pense no que significa “coletar” dados, informações. Estariam eles ali, prontos para serem colhidos, cabendo ao pesquisador o único trabalho de ir buscá-los? Ou seria este um trabalho de seleção de informações e construção de sentido?
A seguir, conheceremos alguns instrumentos que nos ajudam a produzir dados para uma pesquisa de campo ou estudo de caso:
Questionário; Entrevista; Observação;
Análise de conteúdo.
2.1.1 QUESTIONÁRIO
Conteúdo de um questionário
Carta explicação
Texto inicial, introdutório, sucinto e objetivo, que traz informações preliminares sobre o instrumento. A Carta Explicação deve conter:
– A proposta da pesquisa;
– Instruções de preenchimento;
– Instruções para devolução;
– Incentivo para o preenchimento e;
– Agradecimento.
Exemplo de carta explicação (veja o modelo em anexo):
1. Caro aluno
Este questionário tem a intenção de recolher a sua opinião sobre a escola neste ano de 2000. Seja sincero. Não deixe nenhuma questão em branco. Você não será identificado de forma nenhuma. O objetivo maior é avaliar o trabalho desta escola para que ela funcione cada vez melhor.
Muito obrigado pela contribuição!
Itens de identificação do respondente
Para que as respostas possam ter maior significação é interessante não identificar diretamente o respondente com perguntas do tipo NOME, ENDEREÇO, TELEFONE, a não ser que haja extrema necessidade, como para selecionar alguns questionários para posterior entrevista. Dependendo da pergunta, a pessoa que responde pode se sentir ameaçada em ser verdadeira, temendo qualquer tipo de constrangimento. Itens sobre as questões a serem pesquisadas
Formulário de itens sim-não, certo-errado e verdadeiro-falso
Ex.: Trabalha? ( ) Sim ( ) Não
Respostas livres, abertas ou curtas
Ex.: Bairro onde mora: ______________________________
Formulário de múltipla escolha
Ex.: Renda Familiar:
( ) Menos de 1 salário mínimo ( ) 1 a 3 salários mínimos ( ) 4 a 6 salários mínimos ( ) 7 a 11 salários mínimos ( ) Mais de 11 salários mínimos Questões mistas
Ex.: Quem financia seus estudos?
( ) Pai ou mãe ( ) Outro parente ( ) Outra pessoa ( ) O próprio aluno
Outro: _____________________________________
2.1.2 ENTREVISTA
Este substantivo nos remete à situação de interação entre duas ou mais pessoas através de perguntas e respostas sobre um determinado assunto. Ao utilizar este instrumento, procure ter clareza das informações a serem registradas e elabore um plano para a entrevista; assim evitamos correr o risco de dispersar a conversa, deixando passar o que é realmente relevante para a pesquisa.
As entrevistas podem assumir um caráter exploratório ou ser de coleta de informações. A de caráter exploratório é relativamente estruturada, ou seja, semi-aberta: há um roteiro prévio que permite flexibilidade ao se desenrolar a conversa. As que visam coleta de informações são altamente estruturadas, fechadas, o roteiro prévio é bem definido em termos de informações que devem ser coletadas e sua aplicação não abre para assuntos não previstos.
Veja em seguida sugestões para o planejamento de entrevistas. Quem deve ser entrevistado
Procure selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento necessário para satisfazer suas necessidades de informação.
Plano da entrevista e questões a serem perguntadas
Prepare com antecedência as perguntas a serem feitas ao entrevistado e a ordem em que elas devem acontecer.
Pré-teste
Procure realizar a entrevista com alguém que poderá fazer uma crítica de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de sua escolha.
Diante do entrevistado
• Estabeleça uma relação amistosa, evitando travar um debate de idéias.
• Evite que a entrevista assuma o caráter de uma inquisição ou de um interrogatório policial, ou ainda que se torne um "questionário oral". Na medida do possível, deixe que as questões surjam naturalmente.
• Seja objetivo, já que entrevistas muito longas podem se tornar cansativas para o entrevistado.
• Procure encorajar o entrevistado para as respostas, evitando que ele sinta que está falando sozinho.
• Vá anotando as informações necessárias sem deixar que a pessoa fique esperando sua próxima indagação, enquanto você escreve. Se a pergunta for sobre algo pessoal, que envolva emoções ou afetividade, deixe para fazer as anotações ao final da conversa, na ausência da pessoa que foi entrevistada. Anotar conteúdos de teor pessoal diante do entrevistado pode trazer a ele uma sensação de constrangimento e preocupação com a forma como o entrevistador está anotando, o que pode comprometer a veracidade das respostas.
• Caso queira usar um gravador, lembre-se que antes de realizar a entrevista é preciso pedir permissão ao entrevistado para tal. O uso do gravador pode inibir a pessoa, especialmente se ela for pega de surpresa.
Relatório
Mesmo tendo gravado procure fazer um relatório o mais cedo possível.
2.1.3 OBSERVAÇÃO
“1. Ato ou efeito de observar. [...] 6. Estudo o u e xa me minuc ioso de fenô menos ou
fatos físic os ou mo rais”, são algumas das definições de acordo com o dicionário
Michaelis. A segunda definição é a que nos interessa especialmente, pois estamos tratando da observação de fenômenos que envolvem pessoas, processos, espaços e lugares específicos. Mais que isso, nossa observação é sistemática, na medida em que serve ao propósito de uma pesquisa científica. Vejamos algumas orientações para a realização de uma observação.
Conhecimento prévio do que observar
Planejamento de um método de registro
Crie, com antecedência, uma espécie de lista ou mapa de registro de fenômenos. Procure estipular algumas categorias, dignas de observação.
Fenômenos não esperados
Esteja preparado para o registro de fenômenos que surjam durante a observação, que não eram esperados no seu planejamento.
Registro fotográfico ou vídeo
Para realizar registros iconográficos (fotografias, vídeos, gravações), lembre-se que há necessidade de permissão dos responsáveis e envolvidos. Se divulgar imagens é algo que está nos seus planos (colocar fotos no artigo, por exemplo), será preciso colher essa autorização por escrito.
Relatório
Procure fazer um relatório, registrando suas observações e reflexões o mais breve possível. Logo ao se ausentar do local é o melhor momento.
2.1.4 ANÁLISE DE CONTEÚDO
De acordo com a definição de Vergara (2008, p. 15), a análise de conteúdo é uma técnica para tratamento de dados que visa identificar o que está sendo dito a respeito de determinado tema.
São previstas três etapas para o desenvolvimento deste procedimento:
1. Pré-análise: seleção do material e definição dos procedimentos e instrumentos; 2. Exploração do material: realização dos procedimentos planejados;
O procedimento básico consiste em estabelecer categorias de análise de acordo com os propósitos da pesquisa. Veja as etapas (VERGARA, 2008, p.16):
• Definição do tema/problema;
• Revisão da literatura pertinente;
• Definição dos documentos para coleta de dados;
• Definição das categorias de análise (conceito, definição, crítica, defesa, proposta);
• Análise de conteúdo (estatística, interpretativa);
• Conclusão;
• Relatório da pesquisa realizada.
Ao realizar a análise propriamente dita, é possível lançar mão de pelo menos dois tipos de procedimento:
procedimentos quantitativos, que buscam apoio na estatística e privilegiam a ocorrência de determinados termos ou palavras-chave. A análise de freqüência é um exemplo.
procedimentos qualitativos mantém foco nas peculiaridades e nas relações entre elementos, enfatizam o que é significativo, relevante, informações que não precisam ser necessariamente freqüentes no documento em análise. Embora colocados aqui neste texto de maneira didaticamente separada, deixando a impressão de assimetria, os procedimentos acima descritos podem ser utilizados de forma complementar.
3.
TÉCNICAS
PARA
LEITURA
E
FICHAMENTO
DE
MATERIAL
BIBLIOGRÁFICO
Nesta sessão serão oferecidas orientações para leitura e registro de material bibliográfico. Ao buscar informações em livros, artigos, revistas e sites, atente para essas orientações:
Livros e revistas:
em primeiro lugar, consulte o sumário e observe a descrição e organização dos capítulos ou artigos;
analise os títulos e veja se há algo de relevante para sua pesquisa;
se houver algo interessante, procure anotar a referência em forma de fichamento bibliográfico.
Artigos:
artigos científicos sempre apresentam um resumo inicial; leia esse texto com atenção, procurando confirmar se o tema tratado realmente atende às suas necessidades de pesquisa;
mesma orientação quanto a livros e revistas: havendo informações relevantes para sua pesquisa, anote a referência em forma de fichamento bibliográfico. Sites:
prefira sites que ofereçam referências quanto ao seu conteúdo;
cuidado com o Google e Wikipédia, pois contêm informações não confiáveis;
prefira o Google acadêmico, mesmo assim, verifique o endereço e as fontes de referência oferecidas;
Procure armazenar essas informações num mesmo “lugar”. Hoje, a forma mais corriqueira é o arquivo digital, até porque fazemos um bem para o planeta ao não usarmos papel. Crie uma pasta “Fichamento” em seu pen-drive ou em seu computador pessoal; copie os modelos de fichamento oferecidos na primeira sessão deste texto para arquivos de seu programa editor de textos (Word é o mais usado). Registre as informações e salve em arquivos separados, nomeando-os de forma a serem rapidamente acessados posteriormente.
3.1 ANÁLISE TEXTUAL
Primeira abordagem do texto com vistas à preparação da leitura. O objetivo maior é entender o texto como um todo, a fim de compreender a lógica, o esquema de exposição das idéias, assim como o raciocínio do autor (SEVERINO, 1996, p. 52). Neste primeiro contato, procure assinalar os conceitos principais que o autor está utilizando e como os define. Utilize o dicionário, dicionários especializados ou outras obras de referência quando encontrar palavras e conceitos desconhecidos. Anote ao lado de cada parágrafo a idéia central que foi desenvolvida ali (sempre a lápis no caso de textos impressos! Veja a possibilidade de inserir caixas de texto nos textos virtuais). Este exercício preliminar pode ser encerrado com uma esquematização do texto, cuja finalidade é apresentar uma visão de conjunto da unidade de leitura analisada.
Aqui também vale a orientação dada anteriormente: procure armazenar essas informações num mesmo “lugar”, podendo ser na mesma pasta “Fichamento” que
3.2 ANÁLISE TEMÁTICA
Esta seria a segunda leitura, cujo objetivo é aprofundar o entendimento do texto. Trata-se, basicamente, de “fazer ao texto uma série de perguntas cujas respostas fornecem o conteúdo da mensagem” (SEVERINO, 1996, p. 54).
Veja abaixo as perguntas orientadoras para este exercício:
Sobre o que o autor está falando?
Qual a questão que pretende responder? Frente a esta questão, qual a sua resposta?
Como fundamenta as suas afirmações e suas respostas? Seus argumentos são convincentes?
Existem outras idéias que compõem o texto?
Anote suas respostas procurando elaborar um resumo sobre a unidade de leitura analisada. Mais uma vez: guarde essas informações na pasta “fichamento” que você
criou. Procure dar organicidade aos arquivos dentro dessa pasta, criando subpastas conforme o tipo de arquivo.
4.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação a pesquisa científica. Campinas: Alínea, 2001.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1996.
VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2008.
5.
DESCRITORES
DOS
LINKS
Dicionário Michaeli s
Com mais de 500.000 definições distribuídas em mais de 200.000 verbetes e subverbetes, o
Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa foi planejado com extremo rigor
lexicográfico, procurando-se registrar o maior número possível de vocábulos e seus sentidos, tanto da linguagem escrita quanto da oral. A obra contou com a colaboração de especialistas em diversas áreas do saber e está atualizada com neologismos, gírias e regionalismos. Além disso, traz a etimologia da palavra, detalhando sua origem e formação.
Disponível no endereço:
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php Google
A missão do Google é organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal. Como primeira etapa, para atender a esse objetivo, os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, desenvolveram uma nova abordagem para a pesquisa on-line, que começou a surgir em um dormitório na Universidade de Stanford, e rapidamente se espalhou para os pesquisadores de informações no mundo todo. Hoje em dia, o Google está consagrado como o maior mecanismo de pesq uisa do mundo – um serviço gratuito, fácil de usar, que geralmente retorna resultados relevantes em uma fração de segundo.
Para saber mais sobre o portal acesse:
http://www.google.com.br/intl/pt-BR/corporate/ Para realizar pesquisas acesse:
www.google.com.br
Google acadêmico
O Google Acadêmico fornece uma maneira simples de pesquisar literatura acadêmica de forma abrangente. Você pode pesquisar várias disciplinas e fontes em um só lugar: artigos revisados por especialistas (peer-rewiewed), teses, livros, resumos e artigos de editoras acadêmicas, organizações profissionais, bibliotecas de pré-publicações, universidades e outras entidades acadêmicas. O Google Acadêmico ajuda a identificar as pesquisas mais relevantes do mundo acadêmico
http://scholar.google.com.br/intl/pt-BR/scholar/about.html
Para realizar pesquisas acesse:
http://scholar.google.com.br/
Wikipedia
A Wikipédia é uma enciclopédia multilíngue online livre colaborativa, ou seja, escrita
internacionalmente por várias pessoas comuns de diversas regiões do mundo, todas elas voluntárias. Por ser livre, entende-se que qualquer artigo dessa obra pode ser transcrito, modificado e ampliado, desde que preservados os direitos de cópia e modificações, visto que o conteúdo da Wikipédia está sob a licença GNU/FDL (ou GFDL) e Creative Commons
Attribution-ShareAlike (CC-by-SA) 3.0.[6][7] Criada em 15 de janeiro de 2001, a Wikipédia baseia-se no sistema wiki (do havaiano wiki-wiki = "rápido", "veloz", "célere").
Para saber mais sobre o portal acesse:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia
Para realizar pesquisas acesse:
6. ANEXO
EXEMPLO DE QUESTIONÁRIO
1. Nome da Instituição
2. Caro aluno
Este questionário tem a intenção de recolher a sua opinião sobre a escola neste ano de 2000. Seja sincero. Não deixe nenhuma questão em branco. Você não será identificado de forma nenhuma. O objetivo maior é avaliar o trabalho desta escola para que ela funcione cada vez melhor.
Muito obrigado pela contribuição!
1. Para você, o que é um bom professor?
_____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2. Qual a matéria que você mais gosta? Assinale apenas uma.
Português Ciências
Matemática Química
História Física
Geografia Biologia
Inglês Educação Física
Educação Artística
Por que você gosta desta matéria?
3. E qual a matéria que você não gosta? Assinale apenas uma.
Português Ciências
Matemática Química
História Física
Geografia Biologia
Inglês Educação Física
Educação Artística
Por que você não gosta desta matéria?
_____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________
4. O que acontece nas aulas que, na sua opinião, prejudica seu aprendizado?
_____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________
5. Qual a matéria mais difícil para você? Aponte somente uma.
Português Ciências
Matemática Química
História Física
Geografia Biologia
Inglês Educação Física
Educação Artística
Por que essa matéria é difícil para você?
6. Para você, para que servem as provas? Assinale apenas uma.
Só para passar de ano.
Para mostrar que o aluno aprendeu. Para perturbar a vida do aluno. Não servem para nada.
7. Na sua opinião, como o aluno deveria ser avaliado pelo professor?
_____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________
8. Os professores comentam com vocês os resultados das provas? Assinale apenas uma.
Todos os professores comentam a correção das provas. A maioria dos professores comenta a correção das provas. Poucos professores comentam a correção das provas. Nenhum professor comenta a correção das provas.
9. Você gostaria de escrever alguma coisa sobre esta escola que não foi perguntada? Escreva aqui.