Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRJ
Instituto de Ciências Biomédicas
–
ICB
Programa de Graduação em Histologia
Kátia Arcanjo
Desenvolvimento do
Aparelho Faríngeo e
Aparelho Faríngeo - Introdução
Considerações:
•Desenvolvimento da região de cabeça e pescoço do embrião estende-se do início da vida embrionária até o final da
Aparelho Faríngeo
–
Introdução: Dobramento do Embrião
•No início da 4a. semana a
região cefálica se espessa para constituir o primórdio
encefálico
•Durante o dobramento longitudinal (na região cefálica) parte do saco vitelino é incorporado ao embrião como intestino anterior =
faringe primitiva
Aparelho Faríngeo
–
Arcos faríngeos
Arcos faríngeos: delimitam lateralmente a faringe primitiva: a partir da 4a. semana de desenvolvimento embrionário.
Embrião com 26 dias: 4a. semana
Arcos faríngeos
–
tecidos embrionários
Arcos faríngeos: ectoderma
•centro mesenquimal + células da crista neural •endoderma
Embrião com 28 dias Corte horizontal: soalho da faringe primitiva
Arcos faríngeos
–
migração de células da crista neural
Ectomesênquima =
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Arcos faríngeos
–
componentes
Final da 4a. Semana: 4 pares de arcos faríngeos bem definidos.
5o. e 6o. pares = rudimentares
Arcos faríngeos - componentes: •artéria
•cartilagem •músculo
Aparelho faríngeo : arcos, sulcos, membranas e bolsas
A diferenciação das estruturas que constituem o aparelho faríngeo contribuirão para a formação de importantes estruturas da cabeça e
pescoço do embrião.
Aparelho Faríngeo
•
Arcos faríngeos
•
Sulcos faríngeos
•
Membranas faríngeas
Sulcos (ectoderma) Bolsas (endoderma)
Dentro do arco:
mesenquima + células da crista neural = ectomesênquima
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
1o. par de sulcos faríngeos: origina
o meato acústico externo
1o. par de membranas faríngeas:
origina a membrana timpânica.
Destino dos sulcos e
membranas faríngeas:
Aparelho faríngeo : sulcos e membranas
5 semanas 6 semanas
A falta de obliteração do segundo sulco
faríngeo é rara e quando se abre na
parte lateral do pescoço gera anomalias
denominadas: “seio cervical externo”
e/ou fístula faríngea.
Seio cervical
Mal-formações : seio cervical externo e fístula branquial
5 semana
Fístula faríngea: Comunicação do seio cervical com a segunda bolsa faríngea
Seio cervical externo
*
Expansão do ectomesênquima do 2º. arcoSeio cervical / pescoço
Fístula faríngea completa. Radiografia com meio de contraste
Cisto faríngeo ou cervical:
remanescentes do seio faríngeo que formam cistos esféricos ou alongados
Desenvolvimento do Aparelho Faríngeo
Destino das bolsas faríngeas:
1o. par de bolsas faríngeas: origina a cavidade timpânica e tuba auditiva
2o. par de bolsas faríngeas : origina a tonsila palatina.
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Desenvolvimento do Aparelho Faríngeo
Derivados cartilaginosos e ósseos dos arcos faríngeos:
Cartilagem do primeiro arco:
cartilagem de Meckel;
Cartilagem do segundo arco:
cartilagem de Reichert;
Cartilagem do terceiro arco;
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Desenvolvimento do Aparelho Faríngeo
Principais derivados cartilaginosos e ósseos dos arcos faríngeos:
Primeiro arco / Arco mandibular: martelo, bigorna, mandibula, maxila, zigomático, parte do osso temporal, ligamentos anterior do martelo e esfenomandibular.
Segundo arco / Arco hióide: estribo, processo estilóide do osso temporal, ligamento estilóide, corno menor do osso hióide;
Desenvolvimento do Aparelho Faríngeo
Principais derivados musculares dos arcos faríngeos:
Mioblastos do primeiro arco : músculos da mastigação. Mioblastos do segundo arco : músculos de expressão facial Mioblastos do terceiro arco: músculo estilofaríngeo.
faringe esôfago laringe língua Cavidade nasal palato Glândulas salivares N. Trigêmeo N. Vago N. Glossofaríngeo N. Facial N. Trigêmeo
Desenvolvimento do Aparelho Faríngeo
Principais derivados nervosos dos arcos faríngeos:
Vista lateral / 4 semanas Vista lateral 20 semanas Corte sagital
O V NC (quinto nervo craniano) é o
principal nervo sensitivo da cabeça e
pescoço. É o nervo motor dos
músculos da mastigação.
Morfogênese da Face
Primórdios Faciais:
•
processo frontonasal
•
processos mandibulares
•
processos maxilares
(derivam dos processosmandibulares e juntos formam o primeiro arco)
4ª. Semana: 24º. ao 38
o. dia
Início da 4ª. semana
Proeminências
maxilar e
mandibular
gânglio trigêmeo
Morfogênese da Face
Morfogênese da Face
Morfogênese da Face
Saliências Nasais Laterais Saliências Nasais Mediais
Morfogênese da Face
5ª. Semana (35 dias):
Sulco nasolacrimal presente entre os processos maxilares e processos nasais laterais.
Morfogênese da Face
Placóide olfatório
Proeminência Nasal Medial
Proeminência Nasal Lateral
proeminência nasal medial + proeminência nasal lateral
+ proeminência maxilar = desenvolvimento normal do lábio
Final da 6ª. Semana (42 dias):
Morfogênese da Face
Formação do Segmento
Intermaxilar
Entre a 7ª. e 10ª. Semana: fusão completa entre as
Proeminênciais nasais mediais
6ª. Semana:
Morfogênese da Face
Segmento Intermaxilar:
•
Filtro do lábio
•
Gengiva associada (acima dos
incisivos superiores)
Morfogênese da Face
Processos Maxilares:
•
Lábio superior (porções
laterais)
•
maxila (maior parte)
•
Palato secundário (processo
palatino lateral)
Processos Mandibulares:
•
mandíbula (maxilar inferior)
•
lábio inferior
•
parte inferior da face
Morfogênese da Face
–
Malformações da Mandíbula
Morfogênese da Face
–
Malformações da Mandíbula
Micro ou retrognatismo
Morfogênese da Face
–
Malformações da Mandíbula
Agnatismo
–
Agnata (ausência de formação de
Morfogênese da Face - Língua
Início: final da 4ª. Semana
Região entre o 1º. e 2º. arcos: brotamento lingual mediano (tubérculo impar) e
brotamentos laterais
Região entre o 2º. e 3º. arcos: : cópula
Região entre o 3º. e 4º. arcos: : saliência hipofaríngea
A saliência hipofaríngea também originará a EPIGLOTE
porção oral da língua
2/3
1/3
Forame cego
Morfogênese da Face - Língua
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Morfogênese da Face
–
Malformações da Língua
Anquiloglossia
frênulo curto da língua
Microglossia
geralmente associada ao micrognatismo
Língua bífida
Macroglossia
Morfogênese da Glândula Tireóide
–
24º. dia (4ª. Semana)
•
região ventro-medial da faringe
primitiva;
•
seus primórdios (proliferação de
células endodérmicas) surgem como um
divertículo na região do “foramen
cecum”;
•
ocorre uma migração mais caudal
(movimentos descendentes).
Cortes sagitais
4ª. semana
5ª. semana
Primeira glândula endócrina a se
Morfogênese da Glândula Tireóide
•
por um intervalo curto de tempo a
glândula tireóide em formação fica
conectada à língua por um “tubo”: o
Ducto Tiroglosso
• o divertículo se bifurca e origina os lobos direito e esquerdo da tireóide (unidos pelo
ístmo)
• na 7ª. semana a tireóide tem sua forma definitiva no local definitivo)
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Morfogênese da Face - Palato
Início: final da 5a. Semana Término: 12a. semana
• palato primário ou processo palatino mediano:
Desenvolve-se a partir do segmento intermaxilar da maxila
•palato secundário ou processos palatinos laterais :
Desenvolve-se a partir de projeções dos processos maxilares
corte sagital 6a. semana
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Morfogênese da Face - Palato
Malformações Congênitas da Face
Anomalias Crânio-Faciais Mais Comuns
Fendas Labiais e Palatinas
–
Herança Multifatorial:
A
- Genéticos
–
aberrações cromossômicas características de determinadas
síndromes
B- Não-Genéticos
–
ocasionadas por fatores ambientais, agentes
infecciosos ou utilização de drogas com efeito teratogênico
(anticonvulsivos)
Causam distúrbios na migração de células da crista neural para
os primórdios faciais
Tipos de Fendas Labiais e Outras malforma
ç
ões:
A – Fenda medial de lábio superior
B – Fenda medial de lábio inferior
C – fenda labial bilateral associada a sulco naso-lacrimal bilateral (fenda
oblíqua)
D- Macrostomia
E - Microstomia e Narina única
F - Fenda medial de lábio superior e nariz bífido
(fusão incompleta dos processos nasais medianos)
Embriologia da Fenda Labial Unilateral Completa
A/B – embrião de 5 semanas. Processos maxilares se fundindo com processos nasais medianos
C/D – embrião de 6 semanas com sulco labial persistente do lado esquerdo
E/F – embrião de 7 semanas
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Malformações de Palato e Lábio
A – lábio e palato normais
B – úvula fendida
C – fenda unilateral de palato secundário
D – fenda bilateral de palato secundário
E – fenda unilateral de palato primário associado a fenda unilateral labial
F – fenda bilateral de palato primário associado a fenda bilateral labial
G – fenda unilateral de palato secundário associado a fenda bilateral de palato
primário associado a fenda bilateral labial
H – fenda bilateral de palato secundário associado a fenda bilateral de palato
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Anomalias Congênitas de Palato e Lábio
Fenda labial unilateral esquerda associada a fenda palatina
Anomalias Congênitas de Palato e Lábio
Fenda unilateral de lábio e palato
Anomalias de palato:
1 a cada 2.500 nascimentos
Anomalias de l
á
bio:
Malformações de Lábio
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier
Anomalias Congênitas de Palato e Lábio
fenda unilateral completa de lábio e
palato
Fenda bilateral completa de lábio associada a fenda
palatina
Fotografia intra-oral – fenda bilateral completa de palato
Downloaded from: StudentConsult (on 8 August 2011 05:36 PM) © 2005 Elsevier