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PRIMO, Michel Bertaiolli Graduandos no 3 ano do Curso de Enfermagem, CTESOP

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Academic year: 2021

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O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL SAMU OESTE/PARANÁ: UMA BREVE ANALISE DO FUNCIONAMENTO E NÚMERO DE ATENDIMENTOS

PINHEIRO, Marta de Souza martawpinheirog@hotmail.com

PRIMO, Michel Bertaiolli michel_bertaiolli@hotmail.com Graduandos no 3° ano do Curso de Enfermagem, CTESOP

DUTRA, Janaina Ultado

janaina_ud@hotmail.com Orientador, e professor do Curso de Enfermagem, CTESOP

INTRODUÇÃO

O Serviço de Atendimento Médico às Urgências, o SAMU, teve início a partir de um acordo bilateral entre França e Brasil, em que o modelo francês foi adotado para os atendimentos de urgência e emergência, por meio de viaturas e equipes especializadas, segundo Almeida; Pires (2007), o funcionamento e os chamados eram recebidos na central do Corpo de Bombeiros, pelo 193, que tinha uma ligação direta com o “sistema 192 da secretaria de Saúde”.

Mas, foi a partir de 2003, que o atendimento as urgências, essencial para os sistemas de saúde, tornou-se prioridade em nosso País, promulgando-se na Política Nacional de Atenção às Urgências – PNAU.

Esta implantação da política federal da atenção às urgências no Brasil, englobou três momentos que se sobressaíram: de 2000 a 2003: houve a regulação inicial; de 2004 a 2008: aumento da cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU); e a partir de 2009 frisou-se a implantação das bases da atenção pré-hospitalar e as Unidades de Pronto Atendimento – UPA 24 horas (BRASIL, 2003).

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No ano de 2013, o SAMU 192 já se fazia presente em todos os estados brasileiros, nesta época contavam-se com 175 Centrais de Regulação das Urgências que abrangiam em torno de 1955 municípios ou 65% da população brasileira, ainda neste quesito o Ministério da Saúde estima que em 2018 o SAMU cobrirá 100% dos cidadãos brasileiros. O custeio dessa política está estruturado da seguinte maneira: entre os entes federal (50%), estadual (25%) e municipal (25%) (IPEA, 2010).

A crescente demanda por serviços nesta área, devido ao aumento do número de acidentes e da violência, tem enfatizado a importância de qualificação e de ampliação do setor. O processo de trabalho no SAMU deve ser ágil, eficiente e integrado, numa dinâmica acelerada de trabalho, atendendo e acompanhando pacientes com risco eminente de morte. Para tanto, é preciso habilidade profissional, recursos tecnológicos, entrosamento da equipe e treinamento específico, os quais influenciarão diretamente na qualidade da assistência fornecida e no resultado do trabalho (ADRIANO et al., 2017).

Portanto, este serviço aqui pesquisado, SAMU, caracteriza-se por ser um modelo de assistência padronizado nacionalmente, com atendimento de urgência e emergência 24 horas nas residências, vias públicas, locais de trabalho, etc. Esse serviço tem como objetivo primordial executar a prestação do atendimento, o transporte adequado e o encaminhamento a um centro de referência de serviço do SUS – Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2011).

O socorro se inicia após chamada sem custo por telefone de qualquer localidade do Brasil para o número 192. Essa ligação é atendida numa Central de Regulação Médica que avaliará a situação e definirá a resposta mais adequada para cada caso, seja desde uma orientação, até envio de recursos como ambulâncias de suporte básico ou avanço de vida, ou ainda o serviço aéreo, apenas estes dois últimos citados contam com a presença do médico na equipe. Nota-se com este enredo que apesar de recente, esta política mostra-se bem estruturada e eficiente ao que se compromete em ofertar a população (BRASIL, 2002).

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METEDOLOGIA

Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de artigos científicos e documentários, também entendida como uma técnica que reúne e compendia o conhecimento produzido e informações disponibilizadas à público, por meio de uma análise evidenciando os resultados dos estudos primários utilizados.

Segundo Lakatos (2003, p.83) “o método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos a verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”.

Neste sentido, ao que diz respeito de método, a questão que orientou o estudo foi: após a implantação do Consórcio Intermunicipal Samu Oeste/PR houve aumento da demanda de ocorrências/acionamentos? Com base nesta questão, fundamentou-se o objetivo do trabalho que foi promover uma revisão dos estudos sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, e verificar se a demanda de ocorrências aumentou ou diminuiu desde sua implantação em novembro de 2013, equiparando-se dois anos distintos, no mesmo período: 2014 e 2017 respectivamente, de janeiro a junho.

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Para a realização desta pesquisa, num primeiro momento, foi realizado a pesquisa bibliográfica, desenvolvida na base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO (Scientific Electronic Library Online. Foram utilizadas na busca bibliográfica. Foram adotados como critério de inclusão neste estudo, artigos científicos na língua portuguesa e completos, que tratassem do tema desta pesquisa. Os critérios de exclusão foram: artigos anteriores ao período de busca, artigos incompletos e que não retratavam o tema de interesse. Fizeram parte deste estudo todos os artigos que atendiam aos objetivos propostos já descritos anteriormente; e as informações do número de ocorrências atendidas pelo CONSAMU, disponibilizadas no site deste órgão.

Num segundo momento, procedeu-se uma leitura síntese dos títulos e dos resumos dos artigos para uma primeira aproximação do tema de pesquisa, e, por conseguinte a seleção dos manuscritos.

Num terceiro momento, adotou-se a leitura mais aprofundada dos artigos selecionados, e na sequência a construção das categorias para edificação desta pesquisa e posteriormente a análise dos números de ocorrências atendidas pelo Consórcio de 2014 e 2017 de janeiro a junho.

Após o terceiro momento, finalizou-se este trabalho com a construção dos resultados encontrados.

DESENVOLVIMENTO

Nesta pesquisa, especificadamente, abordaremos o CONSAMU, Consórcio Intermunicipal Samu Oeste/PR, que foi implantado em nossa região no ano de 2013, tendo 43 municípios participantes, somando uma população atendida de 866.127 habitantes, com 19 unidades de suporte básico (as Unidades de Suporte Básico atendem aos casos de menor complexidade e contam com equipamento básico de suporte à vida); 06 de suporte avançado (as USAs que são UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) móveis, equipadas com tecnologia de ponta que ajuda a salvar vítimas de doenças cardiovasculares graves, como infarto e arritmia) e um helicóptero, que é utilizado em atendimento inter-hospitalar (de hospital para

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automobilísticos graves e locais distantes onde o socorro terrestre demore a chegar. Isso traz agilidade e um grande benefício em locais de escassez de meios terrestres, o que diminui muito o tempo resposta aos atendimentos (CONSAMU, s.d.).

O trabalho nos serviços de emergência requer maior conhecimento acerca de situações de saúde e domínio dos profissionais envolvidos sobre o processo de trabalho, ou seja, do conjunto das necessidades inseridas no cotidiano assistencial. Este domínio envolve exigências como pensar rápido, ter agilidade, competência e capacidade de resolutividade dos problemas emergentes. Portanto, trata-se de um ambiente de trabalho em que o tempo é limitado, as atividades são inúmeras e a situação, seja ela, clínica ou traumática dos usuários, exige, muitas vezes, que o profissional faça tudo com agilidade para afastar o paciente do risco de morte iminente (ALMEIDA; PIRES, 2007).

Neste discorrer, se faz necessária a compreensão destes termos de emergência e urgência, para isso Giglio (2005, p.17) traz em seu artigo a seguinte definição:

Uma emergência corresponde a um ‘processo com risco iminente de vida, diagnosticado e tratado nas primeiras horas após sua constatação’. Exige que o tratamento seja imediato diante da necessidade de manter funções vitais e evitar incapacidade ou complicações graves. Representa situações como choque, parada cardíaca e respiratória, hemorragia, traumatismo crânio-encefálico etc.

Já a urgência significa ‘um processo agudo clínico ou cirúrgico, sem risco de vida iminente’. Nesse caso há risco de evolução para complicações mais graves ou mesmo fatais, porém, não existe um risco iminente de vida. Representa situações como fraturas, feridas lácero-contusas sem grandes hemorragias, asma brônquica, transtornos psiquiátricos, etc.

Assim, o processo de trabalho na emergência caracteriza-se por ter como sujeitos de trabalho, os usuários, portadores de casos traumáticos ou clínicos de extrema gravidade, com risco de morte e também aqueles usuários com quadros clínicos leves ou moderados que não conseguem atendimento na rede primária de cuidados (ALMEIDA; PIRES, 2007).

RESULTADOS

Nesta abordagem do processo de trabalho, os casos atendidos pelo serviço são computados nas estatísticas, conforme disponibilizado no site do Consórcio Intermunicipal SAMU Oeste/PR, o total de atendimentos regulados na central através do telefone 192, com

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ou sem envio de recurso, mas todos com orientação profissional do médico regulador na abrangência dos 43 municípios, tem-se de acordo com o quadro abaixo:

Tabela 1 - Total de atendimentos regulados através do telefone 192, com ou sem envio de recurso.

Ano Mês

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

2014 3.265 3.781 4.300 4.396 4.559 4.508

2017 5.592 5.215 6.047 5.884 6.238 5.993

Após a implantação deste serviço especializado, equiparando-se os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho dos anos de 2014 e 2017 respectivamente, observa-se um grande aumento na demanda dos atendimentos que o serviço presta para a população. Fato este que é possível identificar pelos números de atendimentos disponibilizados, comparando o ano de 2014 e 2017. De janeiro 2014 se comparado a janeiro de 2017 houve um aumento em 2.327 atendimentos, já nos meses de fevereiro, março, abril, maio e junho: 1.431, 1.747, 1.488, 1.679, 1.485 respectivamente.

Tais números evidenciam-se o fato de que o conhecimento/papel educativo das mídias, nas escolas, nos centros de saúde, entre outros, sobre o Samu é imprescindível para que a população faça bom uso e se beneficie desse serviço, conhecendo como agir ao presenciar uma ocorrência que necessite de atendimento médico de urgência. Porém, é importante destacar que, em muitos casos a própria população em geral não compreende a dinâmica do serviço, acarretando no mau uso ou disfunção desse tipo de serviço, o que também acarreta em aumento nas ocorrências (FERNANDES et al, 2014).

Infelizmente, o site do Consamu, não disponibiliza o tipo e nem a gravidade destes atendimentos via telefone 192, para ter-se uma breve ciência da realidade para afirmar

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emergência está sendo consciente suprindo a necessidade dos cidadãos com este aumento perceptível, ou se, nestes números elevados há o mal-uso, seja com trotes ou com atendimentos que permeiam para a saúde pública.

CONCLUSÃO

Este estudo que teve como tema o Atendimento Pré-Hospitalar, mais precisamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Consórcio Intermunicipal do Oeste/PR, é um sistema complexo de grande estima social, que tem como meta o atendimento de vítimas no local da ocorrência, diminuindo o número de óbitos, o tempo de internação e as seqüelas decorrentes pela falta de atendimento imediato. Sabe-se que o impacto ocasionado pelo SAMU no Sistema Único de Saúde, em que o socorro à vítima no local da ocorrência reduz um grande gargalo para o Sistema Único de Saúde (SUS), pois além dele não ter condições de executar este tipo de atividade, a assistência precoce à vítima aumenta as chances de sucesso na sua recuperação, encurtando o tempo e a infra-estrutura de dedicação do SUS sobre o paciente (GERBER, 2010).

E, que mesmo sabendo da importância do SAMU como um sistema de proporções nacionais, relevante e indispensável para a qualidade de saúde da população, é necessário que este sistema de trabalho seja mais pesquisado/investigado, e que os gestores deste serviço possam disponibilizar dados à público como tipo de ocorrências, trotes, entre outros, para que as investigações de cunho cientifico possam identificar se estes altos índices de atendimentos, são atendimentos que permeiam urgência e emergência, ou se, a prestação deste, está equivocada pela população. Isso, provavelmente permitirá avanços significativos no que tange a urgência e emergência não apenas do Oeste do Paraná como do Brasil.

PALAVRAS- CHAVE: atendimento, SAMU, urgência.

REFERÊNCIAS:

ADRIANO, F.P.S; ALMEIDA, R.M; RAMALHO, L.P.P; COSTA, P.I; ASCIMENTO, S.R.A: MORAES, O.C.J. Estresse Ocupacional em Profissionais da Saúde que Atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Cajazeiras - PB Revista Brasileira de Ciências da Saúde. Volume 21 Número 1 Páginas 29-34 2017. Disponível em:

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<http://periodicos.ufpb.br/index.php/rbcs/article/viewFile/16924/16432>. Acesso em: 30 jul. 2017.

ALMEIDA, P.J.S.; PIRES D.E.P. O trabalho em emergência: entre o prazer e o sofrimento. Revista Eletrônica de Enfermagem; 9(3): 617-629; Set-Dez 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção às urgências. 1. Serviços Médicos de Emergência. 2. Legislação Sanitária. I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Título. III. Série. – Brasília: Ministério da Saúde, 228 p.: il. 2003.– (Série E. Legislação de Saúde). BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1600, de 7 de Julho de 2011. Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 jul. 2011.

CONSAMU. Consorcio Intermunicipal SAMU Oeste – Parana. S. D. Disponivel:< http://www.consamu.com.br/atendimentos>

FERNANDES, C. R. et al. Conhecimento de estudantes de medicina sobre o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Rev. bras. educ. med. [online]. 2014, vol.38, n.2, pp.253-260. ISSN 0100-5502. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022014000200012.

GERBER, A. S. Análise dos sistemas de trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU sob a ótica sociotécnica [Dissertação de Mestrado]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2010.

GIGLIO-JACQUEMOT, A. Definições de urgência e emergência: critérios e limitações. In: Urgências e emergências em saúde: perspectivas de profissionais e usuários [online]. Rio de

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LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia cientifica. 5. Ed. São Paulo: Atias, 2003. 288 p., 24 cm.

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Referências

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