• Nenhum resultado encontrado

Conselho de Segurança Nacional

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Conselho de Segurança Nacional"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Conselho de Segurança Nacional

A Guerra civil na Síria no Oriente Médio e o Sistema Internacional

Sumário

1. Apresentação do comitê……….02 2. A Guerra na Síria………..….03 3. Posicionamento das Nações………..04

(2)

1.Apresentação do Comitê

O Conselho de Segurança da ONU é um dos principais espaços decisórios da instituição, sendo considerado a sua instância mais importante.

O objetivo do Conselho de Segurança da ONU, ao menos em termos oficiais, é lutar por medidas e ações que visem à segurança internacional e à promoção da paz mundial. Por isso, tem o poder de mediar conflitos e aprovar resoluções que devem ser seguidas por todos os países-membros das Nações Unidas.

Nesse contexto, é importante destacar como esse organismo é formado. A composição do Conselho de Segurança da ONU é de quinze países-membros. Cinco deles são permanentes e dez são temporários, de modo a serem substituídos em um período máximo de dois anos. O conselho permanente é composto por algumas das principais potências econômicas e/ou políticas da atualidade, a saber: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. Com exceção do último país citado, todos os membros estiveram entre os vencedores da Segunda Guerra Mundial, conflito que precedeu a criação da própria ONU em 1945.

Vale lembrar que, nas reuniões do Conselho de Segurança da ONU, todos os países que o compõem possuem direito a voz e voto. Todavia, apenas os membros permanentes têm direito a veto. Isso significa que, para a aprovação de qualquer resolução, além de nove votos favoráveis, é necessária uma unanimidade entre o conselho permanente, o que gera muita dificuldade na resolução de medidas consideradas críticas e importantes.

(3)

2.A Guerra civil na Síria

A Guerra Civil Síria é um conflito que teve início após uma sucessão de grandes protestos da população, a partir do mês de janeiro de 2011. Um mês depois, o tom das manifestações ficou mais agressivo e elas se tornaram rebeliões armadas influenciadas pelas diversas revoltas que ocorriam ao mesmo tempo no Oriente Médio: a Primavera Árabe.

Os grupos de oposição, ao se manifestarem de forma incisiva, têm o objetivo de derrubar Bashar al-Assad, presidente do país, para iniciar um processo de renovação política e criar uma nova configuração à democracia da Síria. Porém, a situação acredita que as ações do Exército Sírio Oficial, que pratica ações violentas contra os manifestantes, são formas de combate aos terroristas que pretendem desestabilizar a nação. Devido a isso, teve início uma mobilização envolvendo os veículos de comunicação e a sociedade, que exigiram mais transparência dos políticos, liberdade de expressão e promulgação de um novo conjunto de leis.

Voltando ao ano de 1962, pode-se fazer uma análise da situação da Síria e descobrir o porquê do tom emergencial dos protestos. Naquele ano, foram suspendidas as medidas de proteção para os cidadãos do país que estavam previstas na constituição anterior. Considerado um ditador, Hafez al-Assad manteve-se no poder da nação durante três décadas, passando o posto para o seu filho Bashar al-Assad, que se mantém no poder com mão de ferro desde 2000.

Devido a esses fatores, as manifestações da população síria foram iniciadas em frente às embaixadas estrangeiras de Damasco (capital) e ao parlamento sírio. Para conter os protestos, o governo mandou as forças militares do país contra os motins. Então começaram os conflitos entre as população e os soldados sírios, que, ao longo dos protestos, já resultaram em centenas de mortes, sendo que a grande parte refere-se aos civis.

Porém, diversos militares demonstraram-se contrários às ações do exército para conter a população. Há relatos de soldados sendo expulsos das forças militares após se recusarem a atirar na população. Depois de diversas represálias governamentais contra os guerrilheiros rebeldes, um grupo de civis e desertores formaram uma ação conjunta e criaram o Exército Livre da Síria para lutar contra as ações violentas do governo. No segundo semestre do ano de 2011, os opositores reuniram-se em uma organização única que foi batizada pelo nome de Conselho Nacional da Síria.

A partir desse momento, a guerra civil tornou-se ainda mais brutal e teve início um processo de incursão das forças oficiais do governo em territórios controlados

(4)

pela oposição. Em 2012, os inúmeros conflitos foram categorizados como Guerra Civil pela Cruz Vermelha. Desta forma, foi aberto um atalho para o emprego de investigações referentes a crimes de guerra e a aplicação de medidas do Direito Humanitário Internacional e das decisões acertadas nas convenções de Genebra.

De acordo com dados de ativistas, a quantidade de mortes causadas pelo conflito é de mais de 100.000 pessoas, sendo que 130.000 teriam sido detidas pelo governo sírio através das forças armadas. Fora isso, cerca de 2 milhões de cidadãos buscaram refúgio em outros países. Grande parte dos refugiados encontra abrigo no Líbano, nação vizinha da Síria.

Forças militares que apoiam Assad receberam acusações de serem responsáveis por assassinatos e ações violentas contra civis. Entretanto, no período em que ocorreram as manifestações, os grupos de oposição, incluindo o Exército Livre da Síria, também foram acusados por grupos de direitos humanos de atrocidades e homicídios.

3. Posicionamento dos Países

3.1 EUA:

Durante os seis anos do conflito, completados no último mês de março, os Estados Unidos sempre criticaram o governo do presidente Bashar al-Assad, pedindo sua saída, mas limitavam seus ataques em território sírio às áreas dominadas pelos grupos terroristas Estado Islâmico (EI, ex-Isis) e Frente al-Nusra, braço da Al-Qaeda na Síria.

No entanto, desde que o atual presidente, Donald Trump, assumiu a Casa Branca, o discurso contra Assad foi amenizado e o foco era total contra o EI. Porém, um ataque químico supostamente cometido pelo regime de Assad, e que deixou mais de 80 mortos, foi uma nova peça no tabuleiro que parece ter mudado a postura do governo Trump.

3.2 Reino Unido:

O Reino Unido consideraria difícil recusar um pedido de assistência militar dos Estados Unidos se o presidente norte-americano, Donald Trump, decidir agir contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, devido ao uso de armas químicas. O ministro de relações exteriores, Boris Johnson, disse à imprensa mundial que o Reino Unido apoiou a reação norte-americana ao ataque químico, mas não se envolveu diretamente. Mas Johnson deu a entender que o governo britânico apoiaria Trump militarmente, se solicitado a fazê-lo, no caso de qualquer ataque futuro com armamento químico.

(5)

3.3 Rússia:

A Rússia é um país que desde o início do conflito, demonstrou total repúdio aos atos do Estado Islâmico e de todas as forças tratadas como terroristas pelo líder Bashar Al-Assad. A potência asiática oferece total apoio ao regime de Al-Assad e luta ao seu lado contra as forças que tentam tirá-lo do poder, como as frentes de resistência, tratadas como organizações terroristas, assim como demonstra total repúdio aos atos dos países da OTAN, liderados pelos EUA, que tentam derrubar o ditador sírio.

Os representantes russos nas Nações Unidas defendem ataques a áreas supostamente dominadas pelo Estado Islâmico dando suporte aéreo e marinho às investidas de Al-Assad contra as forças de resistência.

3.4 França:

A nação francesa estima que a intervenção contra a Síria deve envolver a ONU, se possível ir até o fim com as sanções contra Bashar Al-Assad e impedir novamente o uso de armas químicas, para que o regime não continue a massacrar seu próprio povo.

A França vê também nesse drama a possibilidade de retomar as negociações para permitir uma transição política na Síria. A França e seus parceiros europeus, juntamente com os Estados Unidos da América, vão liderar uma iniciativa para relançar o processo de paz.

3.5 China:

A China, maior potência econômica da Ásia e segunda maior do mundo, se mostra contrária às ações extremistas do Estado Islâmico, assim como repudia o uso de armas químicas por parte de quaisquer nações ou força militar, mas não se posiciona completamente contra a ditadura de Bashar Al-Assad.

A potência Asiática não se mostra extremista como sua parceira Rússia. A China está disposta a aderir aos princípios de não confrontação, respeito mútuo e benefício mútuo para com as nações ocidentais para promover a cooperação mútua entre todos.

3.6 Irâ:

O Irã é um dos principais aliados de Bashal Al-Assad juntamente com a Rússia. São extremamente contrários às investidas dos países da Otan contra o governo Sírio e apoiam diretamente as forças de Al-Assad contra os rebeldes.

3.7 Síria

O governo sírio afirmou que o ataque dos Estados Unidos à base militar de Al-Shayrat foi irresponsável e imprudente, segundo a Associated Press.

Talal Barazi, governador de Homs, cidade no oeste da Síria, próxima à base atacada, afirmou que o ataque dos EUA serve aos objetivos de “grupos terroristas armados e do Estado Islâmico”, segundo a agência Reuters.

(6)

"Este ataque não nos impedirá de continuar a lutar contra o terrorismo. Não estamos surpresos ao ver a América e Israel apoiar este terrorismo", disse Talal Barazi, governador de Homs.´´

3.8 Alemanha:

A Alemanha mantém um posicionamento firme e muito parecido com diversos outros países europeus e divide quase que as mesmas ideologias da França quando o assunto é “Guerra Civil na Síria”. A nação germânica é completamente contra o regime ditatorial de Bashar Al-Assad considerando um total desrespeito à Carta dos Direitos Humanos os atos praticados pelo mesmo, e mantém seu total apoio às iniciativas Americanas como um recado à Rússia e Coreia do Norte, mostrando que o modo de negociação no Oriente Médio agora é outro.

Em uma nota conjunta com a França, a chanceler alemã Ângela Merkel fez um comunicado em relação ao ditador sírio Bashar Al-Assad afirmando que o mesmo tem plena responsabilidade pelos ataques químicos contra civis de sua própria nação.

3.9 Coreia do Sul:

A Coreia do Sul se mantém relativamente neutra em relação aos ataques na Síria, assim como todo o conflito em si, entretanto mantém, apoio aos Estados Unidos e aos outros países europeus por conta do atual momento de tensão que vive com a vizinha Coreia do Norte.

Em relação ao atual momento entre Coreia do Norte e Estados Unidos da América, sua posição não muda muito, a Coréia do Sul permanece com apoio total ao país americano por questões pessoais e ainda teme um ataque dos vizinhos que vem testando cada vez mais seu poderio bélico nuclear e assustando não só a Coreia do Sul, mas todo o mundo.

3.10 Arábia Saudita

Potência sunita e grande rival do Irã, a Arábia Saudita integra desde o início a coalizão liderada pelos EUA para atacar o EI.Em recente cúpula em Nova York, o governo saudita reiterou a necessidade de retirar Assad do poder.O ministro de Relações Exteriores saudita, Adel al Jubeir, disse considerar a possibilidade de intervenção militar para derrubar Assad do poder.Ele alertou que, caso não haja acordo nesse sentido, está disposto a aumentar o envio de armas e o apoio dos rebeldes.Arábia Saudita é, sem dúvida, um dos fornecedores chave dos rebeldes, incluindo grupos mais linha dura.Riad nega a acusação do Irã de que esteja apoiando o EI diretamente, e já expressou sua preocupação sobre eventual influência dos radicais sobre movimentos de oposição ao regime saudita.Contudo,

(7)

multimilionários sauditas já enviaram doações ao grupo extremista e calcula-se que cerca de 2,5 mil cidadãos sauditas tenham se incorporado ao EI.Também integram a coalizão liderada pelos EUA: Bahrein, Jordânia, Catar e Emirados Árabes Unidos, todos em linha com a atuação saudita.

3.11 Turquia

Turquia, de maioria sunita, é outra potência da região. Seu envolvimento no conflito do país vizinho começou ao apoiar ao Exército Livre da Síria, um dos principais movimentos rebeldes contra Assad.

O país acolheu vários opositores de Assad. E recentemente lançou ataques aéreos contra militantes curdos no norte do Iraque, perto da fronteira com a Síria.Os ataques haviam sido anunciados contra o EI, mas logo se soube que atingiam também os curdos, que também são inimigos do EI.

A batalha dos curdos contra o EI, que se dá sobretudo no Iraque, conta com apoio dos EUA.Embora as relações entre Turquia e Síria tenham sido amistosas ao longo dos anos, houve uma deterioração desde o início da guerra.O ponto de ruptura foi em junho de 2012, quando sírios derrubaram um caça turco.

3.12 Irã

Uma das potências da região, o Irã é aliado histórico do governo de Assad, a quem fornece armas, apoio militar e financeiro.

‘’Acreditamos que os americanos estarão cometendo um erro sobre a Síria e definitivamente pagarão o preço se atacarem o país" diz aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, em setembro de 2013

Kha Para o Irã, a subordinação de Assad é chave para impor freio à influência de seu grande rival na região, a Arábia Saudita.Mas a potência xiita tem um inimigo comum com a Rússia e os EUA: o EI, milícia sunita que vê os persas como hereges que devem morrer.

3.13 Japão

O governo do Japão apoia a decisão dos EUA sobre não perdoar jamais o uso e a disseminação de armas químicas”, afirma Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão,

(8)

em suas declarações de apoio à ação de Washington, avaliando que “o ataque serviu para impedir o agravamento da situação”.

O Japão apoia as interferências do presidente Donald Trump em relação à paz e segurança dos países aliados e a preservação da ordem mundial, em referência às ofensivas militares como forma de retaliação às ameaças de armas de destruição em massa, um argumento que serviu também como “mensagem” para a Coreia do Norte.

3.14 Itália

A Itália não tem intenção alguma de se juntar à coalizão liderada pelos Estados Unidos que ataca o Estado Islâmico na Síria, afirmou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, acrescentando que a ofensiva aérea só trará mais caos à região.

"A posição da Itália é clara e sólida. Nós queremos exterminar os terroristas, não agradar os especialistas. A única coisa que não precisamos é multiplicar as reações no local do confronto, sem uma visão estratégica", disse o ministro italiano.

3.15 Vaticano

O Vaticano parte de uma pressuposição à respeito da guerra: a guerra só pode ser o último recurso, depois que todas as outras possibilidades se esgotaram. Primeiro deve-se tentar a diplomacia e reconciliação. Mas o “último recurso” não significa “nunca”.

Fazer guerra exige uma causa justa, tal como defender-se ou defender alguém de uma agressão injusta. Mas nem toda causa justa é desculpa para o uso do poder militar. Além de uma causa justa, a intervenção militar deve causar menos danos do que uma não intervenção. Não devemos destruir uma aldeia para salvá-la. O uso da força militar deve ser proporcional, e todo o possível deve ser feito para evitar casualidades civis. Papa Francisco se opôs a qualquer intervenção americana na Síria porque não achou que essas ações preenchiam os critérios exigidos pela doutrina da guerra justa. Pediu um cessar fogo, negociações, diplomacia e reconciliação. Os papas acreditavam que a intervenção militar iria apenas tornar as coisas piores do que já estavam.

(9)

A Coreia do Norte critica o envio de um porta-aviões dos Estados Unidos e sua frota à península coreana, advertindo que o governo de Kim Jong-un está preparado para responder com "a poderosa força das armas, se for necessário.... ‘’

"A República Democrática Popular da Coreia está preparada para reagir a qualquer forma de guerra desejada pelos Estados Unidos", afirmou Pyongyang, segundo a KCNA. "Tomaremos as medidas mais severas contra os provocadores para nos defendermos com a poderosa força das armas", completou o porta-voz da Chancelaria norte-coreana.

3.17 Líbano

A nação do Líbano juntamente com Irã e Iraque, gastam bilhões de dólares amparando o governo de Bashar Al-Assad e oferecendo equipes de elite para trabalhos de inteligência e de treinamento militar. Por mais que oficialmente a nação libanesa afirme permanecer neutra perante o conflito sírio.

O Líbano ainda conta com o apoio do grupo político militar denominado Hezbollah, que externamente é visto como um grupo terrorista, principalmente nos EUA.

3.18 Iraque

O Iraque juntamente com Irã e Líbano, investem bilhões de dólares amparando o governo Sírio e oferecendo equipes de elite para trabalhos de inteligência e de treinamento militar. Além do Iraque fazer fronteira com o território Sírio, o que deixa-o sempre na zdeixa-ona mais cdeixa-onflitudeixa-osa da regiãdeixa-o, sua pdeixa-opulaçãdeixa-o é de maideixa-oria xiita, enquanto a Síria é de maioria sunita, o que ocasionou conflitos no passado entre os dois países, mas que atualmente foram restabelecidas as relações diplomáticas entre eles.

Referências

Documentos relacionados

Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada para pacientes com insuficiência renal grave (vide “Posologia e modo de usar” e “Advertências e

Os testes de desequilíbrio de resistência DC dentro de um par e de desequilíbrio de resistência DC entre pares se tornarão uma preocupação ainda maior à medida que mais

O presente trabalho quantifica a ocorrência ao longo do ano da batuíra-de-bando na Ilha Comprida, e evi- dência a importância da Ilha como ponto de parada durante a rota

e l final de Una Política Pública : análisis del ciclo Político del Proyecto destinos indUctores Para el desarrollo tUristico regional (didtr) – b rasil ...496 María Belén

General: Knowing the conceptual and methodological foundations of the main projective methods; Identify and understand the operational concepts of projection and distress; Identify

Quando a temperatura ambiente alcançar a temperatura definida para o modo de aquecimento, o abastecimento de capacidade por parte da unidade de exterior parou e a unidade de

Positiv o Matéria B 02/03/ 21 NoMinuto.c om Site Natal R N Entidades do comércio pedem medidas para minimizar impactos da pandemia no turismo Positiv o Matéria A 02/03/

II - os docentes efetivos, com regime de trabalho de 20 (vinte) horas semanais, terão sua carga horária alocada, preferencialmente, para ministrar aulas, sendo o mínimo de 8 (oito)