DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO
ESPIRITO SANTO
ESPIRITO SANTO
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A/C - - Exmo. Exmo. Senhor Diretor Senhor Diretor da da Ciretran Ciretran de de Linhares/ESLinhares/ES
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10/04/2013
10/04/2013
o o veiveiculculoo emEm ato continuo ao furto, o Sr. Disley confeccionou junto ao DPJ de Linhares/ES boletim de ocorrência comunicando o fato, documento este que também segue anexo.
O autor do furto delinquentemente conduziu o veiculo em velocidade superior a permitida nas vias da cidade, tendo sido o veiculo
BIZ multado conforme consta nas infrações anexo.
Cumpre frisar que a comunicação do furto ocorreu as 11h00m conforme se pode constatar no B.U, e as infrações de transito ocorreram após as 13h00m.
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Liminarmente requer a suspensão dos pontos lançados em sua CNH até que o mérito do presente recurso seja julgado em definitivo, preservando assim o seu direito a ampla defesa e contraditório, garantidos pela constituição da republica do Brasil de 1988.
Não sendo concedida a medida liminar, pode o requerente ser prejudicado com a suspensão de sua CNH, sendo o prejuízo de difícil reparação.
Portanto a concessão da medida liminar é medida necessária para garantia dos direitos do requerente.
PRELIMINARMENTE
Conforme se pode verificar, referidas autuações são de responsabilidade daquele que estava em posse do veiculo, conforme especifica o Art. 257 § 2º do CTB, sendo o Sr.
DI
SLEY ELVIS
DA SILVA
–
CPF
nº
084.
204.
377-
27
.Este à sua revelia não transferiu o veículo para seu nome, tendo ocorrido injustamente o lançamento das pontuações em nome do Sr.
FABI
O DE JESUS MENEZES
, o que poderá ocasionar a sua suspensão do direito de dirigir, sem que tenha participado ou concorrido para a ocorrência das autuações.Portanto, a pontuação referente às citadas multas deve ser declarada insubsistente em face deste recorrente e lançada na CNH do verdadeiro responsável, uma vez que sua aplicabilidade não o alcança, não podendo, portanto, ser considerada em seu desfavor,
UMA
VEZ
QUE
NÃO
SE
ENCONTRA
PRESENTE
a necessária solidariedadeexigida no § 1º do art. 257 do CTB.
DO DI
REITO
A própria Constituição Federal consagrou o princípio assegurando que a pena não passará da pessoa do infrator.
Assim, se a infração de trânsito é cometida no período em que o veículo
não está na posse do seu propri
etári
o
(comprovadamente),
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vo de f
urto ou roubo
, não há como impor-lhe sanções, porque não seria essa uma medida de efetivação da justiça.Devendo o mesmo comprovar tal situação, anexando, no mínimo, o Boletim de Ocorrência e a declaração de que o veículo ainda não foi recuperado pelas Polícias, ou o termo de reconhecimento e entrega do veículo, requisitos estes preenchidos pelo requerente.
Neste sentido é o entendimento da jurisprudência, se não vejamos:
ADMINISTRATIVO. MULTA DE TRÂNSITO. FURTO DE VEÍCULO. INFRAÇÃO PESSOAL COMETIDA PELO CONDUTOR/DELINQÜENTE. INEXIGIBILIDADE DO PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO FURTADO.- Estando comprovado nos autos que o veículo com o qual foram cometidas infrações pessoais de trânsito fora furtado de seu proprietário, as multas de trânsito respectivas não são de responsabilidade do proprietário, que em nada concorreu para as infrações cometidas. - Honorários advocatícios reduzidos, a teor do disposto no § 4º do art. 20 do CPC.
TRF-4 - AC: 11196 RS 2000.71.00.011196-3, Relator: VÂNIA HACK DE ALMEIDA, Data de Julgamento: 01/12/2005, TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 08/02/2006 PÁGINA: 390)
Corroborando a solicitação do requerente é também o julgado que segue:
Apelação cível. Ação declaratória. Veículo furtado. Inexigibilidade dos impostos, taxas e multas. Isenção conferida ao proprietário. Lei estadual nº 14.937, de 2003. Recurso não provido.
É conferida isenção das taxas, impostos e multas ao proprietário de veículo automotor que venha a ser furtado, conforme art. 3º Lei estadual nº 14.937, de 2003. 2. A isenção prevalece entre a data de ocorrência do furto até a devolução do bem subtraído ao
proprietário, se recuperado. 3. O termo inicial da isenção é a data da comunicação do fato à autoridade policial. 4. Apelação cível conhecida e não provida, mantida a sentença que acolheu parcialmente a pretensão inicial.
(TJ-MG - AC: 10694100023449001 MG, Relator: Caetano Levi Lopes, Data de Julgamento: 13/08/2013, Câmaras Cíveis / 2ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/08/2013)
No mesmo sentido já decidiu este Tribunal:
Ementa: Tributário. IPVA. Veículo roubado. Isenção. A norma do art. 3º, inciso VIII, da Lei nº. 14.937/03, isenta do pagamento de IPVA a propriedade de veículo roubado, furtado ou extorquido, no período entre a data da ocorrência do fato e a data de sua devolução ao proprietário. Assim, devem ser devolvidos ao contribuinte os valores indevidamente pagos relativos ao tributo (Apelação Cível nº 1.0024.08.170722- 6/001 - 6ª Câmara Cível - Rel. Des. Antônio Sérvulo - j. em 30.04.2013
Outra decisão que corrobora a solicitação do requerente vem do tribunal de justiça da Paraíba, segue in verbis:
APELAÇÃO CÍVEL. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO. VEÍCULO TOMADO POR ASSALTO. REGISTRO DA OCORRÊNCIA POLICIAL. RECURSO ADMINISTRATIVO IMPROVI DO. CONDICIONAMENTO DO LICENCIAMENTO ANUAL AO PAGAMENTO DA MULTA. DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO PUNITIVO. REPARAÇÃO PELOS
DANOS MORAIS SOFRIDOS. PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO. IRRESIGNAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA CAPAZ DE
REFUTAR O PROFERIDO EM PROCESSO ADMINISTRATIVO. BOLETIM DE OCORRÊNCIA POLICIAL. DECLARAÇÃO UNILATERAL DE VONTADE. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO. TESE RECHAÇADA. LAVRATURA DO B.O. POR AUTORIDADE POLICIAL REGULARMENTE INVESTIDA NO CARGO. MANUTENÇÃO. AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. IMPOSSIBILIDADE. DANOS MORAIS EVIDENCIADOS. DEVER DE INDENIZAR DEVIDAMENTE DEMONSTRADO. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. OBSERVÂNCIA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. NECESSIDADE DE MINORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. MANUTENÇÃO DO DECISUM. DESPROVIMENTO DO APELO.Não pode a autarquia municipal considerar o ato administrativo por ela proferido como de superior credibilidade e detrimento do produzido pela Polícia Civil do Estado da Paraíba 2 (Poder Judiciário Tribunal' de Justiça do Estado da Tara-1'6a gabinete da Desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cava franti Ap. n° 001.2009.012389-2 /001 Diante do que dispõe o §3° do art. 257 da Lei n° 9503/97 — Código de Trânsito Brasileiro', não se pode admitir a responsabilidade do proprietário do veículo pela infração cometida pelos assaltantes que estiverem empreendendo fuga, tratando-se claramente de um 'caso fortuito, excludente de responsabilidade.
Tendo, portanto o requerente juntado a este recurso, copias do Termo de comunicação de Venda, Boletim de Ocorrência, satisfaz assim o necessário para solicitar que as multas sejam canceladas, e não sendo este o entendimento deste diretor, que a pontuação seja então lançadas ao atual proprietário do veiculo, no caso em tela o Sr.
DI
SLEY ELVI
S
DA SILVA –
CPF nº
084.
204.
377-27.
DOS
PEDI
DOS
Diante do exposto requer:
a)
Seja recebido o presente recurso e ao final julgado procedente em sua totalidade.b)
Seja concedida a Medida Liminar para suspender a supressão dos pontos da CNH o requerente.c)
Sejam anuladas as multas em desfavor deFABIO DE JESUS
MENEZES.
d)
Que se ao final não for o entendimento para anulação das multas que os pontos então sejam lançados em desfavor do Sr.DI
SLEY
ELVIS
DA SILVA –
CPF nº
084.
204.
377-27.
Termos em que Pede deferimento.
Linhares, 17 de junho de 2016.
MARCOS SOARES MARQUES Advogado