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Quando o assunto é a sua cor, uma coisa é certa: ela não precisa ser a mesma pra sempre!

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Academic year: 2021

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Quando o assunto é a sua cor, uma coisa é certa: ela não precisa ser a mesma pra sempre!

Porque a cor é a primeira coisa que a gente escolhe quando sente que precisa mudar, e a primeira coisa que a gente pensa na hora de planejar a próxima mudança. E quem consegue planejar sem se inspirar?

Se é pra achar referência, ter ideias, saber o que está rolando por aí, pronto: está aqui!

Encontramos as cores que vão fazer parte dos seus dias e que vão deixar os seus espaços cada vez mais seus. Mais próximos de você e das suas histórias. Mais próximos do que é a sua vida hoje.

Com a certeza de que, quando a vida mudar de novo e a sua cor for mudar junto, você já vai saber onde procurá-la.

Suvinil Revela

Descubra o que te colore.

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INTRODUÇÃO 04

As cores como antídoto 04

1. RESGATE

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Paleta 1: brancos orgânicos e pigmentados 10

Construindo um futuro regenerado 12

Paleta 2: amarelos dessaturados inspirados nas fibras naturais 14

Paleta 3: marrons amadeirados 16

Azuis como complemento 18

Paleta 4: cinzas esfumaçados, queimados e naturais 20

Resgate: paleta completa 22

Combinando cores da paleta Resgate 24

2. CONSCIÊNCIA

26

Paleta 5: vermelhos e terrosos 30

Paleta 6: azuis do céu 32

Combinações equilibradas 34

O corpo é um templo e a casa também 36

Paleta 7: cores de concentração e felicidade 38

A casa é viva e celebra a natureza 40

Paleta 8: verdes fervidos, filtrados, infusionados e temperados 42

Combinação equilibrada 44

Consciência: paleta completa 46

Combinando cores da paleta Consciência 48

3. CONEXÃO

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Universo sem limites 54

Paleta 9: rosas e lilases crepusculares 56

Paleta 10: acquas 58

Cores criativas 62

Paleta 11: pinceladas energéticas 64

Conexão: paleta completa 66

Combinando cores da paleta Conexão 68

COR DO ANO

70

Meia-luz 70 Tempo em cores 76

PALETA 2021

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Paleta 2021 completa 78 Infográfico 2021 80

Combinando cores da paleta 2021 82

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Vivemos uma época que ficará

marca-da em nossas memórias para o resto de nossas vidas. Máscaras, caos e iso-lamento social, ícones de uma pande-mia que atingiu a todos, mesmo que de maneiras diferentes, dividem espaço em nossas cabeças com redescobertas im-portantíssimas sobre o mundo e sobre nós mesmos. Todas essas mudanças nos trazem um aprendizado: é o momen-to de abandonarmos antigos hábimomen-tos e aprendermos um novo modo de vida.

Passamos a conviver mais com nossas casas e, nesta nova relação, percebemos algo importante: elas precisam se trans-formar, assim como nós estamos nos transformando. Estamos em metamorfo-se. Navegamos entre passado, presente e futuro com curiosidade. Neste proces-so, deixamos ir e deixamos vir. Olhamos para dentro de nós mesmos, e os nossos sentimentos, que ondulam como uma montanha-russa, nos ensinaram uma lição. Precisamos reaprender o sentido de uma palavra essencial: acolhimento.

Se abraçarmos o presente como ele é, teremos a chave para compreender a importância dos detalhes – que podem ser enormes aos olhos atentos. Meditar pela manhã ou tirar cinco minutos para colocar água nas plantas são atos que podem transformar um dia inteiro. Nes-se mesmo caminho, podemos aprender como as cores causam impacto direto em nós. Elas são energia pura e podem transmitir paz, serenidade, alegria, mo-vimento, luz e sombra. Se orquestradas para atingirem seu potencial, tornam-se protagonistas das mudanças que quere-mos realizar.

Nesse momento em que tudo foi ace-lerado, as cores funcionam como um antídoto. São a dose diária de presença, aconchego e energia que precisamos. Ao colorirmos nossas casas, o nosso espaço mais íntimo, colorimos os dias, os me-ses e as nossas vidas. Abrimos um novo universo de possibilidades e acolhemos nossas sensações e emoções, sejam elas quais forem. Dessa forma, nos fortalece-mos e encontrafortalece-mos o nosso santuário. A casa é nosso santuário.

as

c

como

o

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e

s

antídoto

A S CO R E S CO M O A N T ÍDO T O IN T R O D U ÇÃ O

DEFUMADOR @estudioorth, TAPETE @aveia.tapecaria, VASOS @alva_design, SOFÁ @wentz.design FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

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uando passamos por tempos difíceis, é comum olharmos para o passado em busca de segu-rança, repertório e acolhimento. Nesse mo-mento de crise global, no qual a hiperconexão nos faz sentir paradoxalmente desconectados, a simplici-dade e a inventivisimplici-dade dos humanos primitivos, ancestrais comuns a todos nós, se tornam grandes referências. Pensar que podemos transformar o mundo ao observar aqueles que nos trouxeram até aqui traz alívio e esperança. Então, nos permitimos olhar para trás e nos lançarmos ao resgate dessas sabedorias para seguirmos em frente.

Pense nas cavernas. Elas são símbolos universais do nascimento, da morte e também do renascimento. Num passado distante, serviam de proteção a ameaças exter-nas em dias de tempestade e, para alguém ferido, eram espaço de recuperação. O nosso imaginário é potente e, em tempos de pandemia, surge em nós um desejo in-consciente de transformar nossa casa em uma caverna. Não por acaso, observamos ao redor do globo criativos do design, arte, moda e arquitetura abraçarem referências primitivas, nômades e tribais em suas criações.

Nessa viagem no tempo, vemos o “eu caçador” que exis-te em nós – e que deseja conquistar o mundo – se transfor-mar no protetor da casa. Encontramos um novo lugar de presença em uma vida interiorizada. Estamos em busca de tornar o lar um espaço de proteção física e mental.

Q

A única viagem possível é em direção a um lugar

interior, sagrado, essencial e, para muitos, desconhe-cido. Nessa jornada podemos até não saber imediata-mente o que buscamos, mas sabemos que a busca é o primeiro passo. Para guiar esse caminho acendemos velas e incensos, tomamos banhos aromáticos longos e escolhemos playlists que nos conectam com nosso eu interior: redescobrimos rituais que transformam a atmosfera de um lugar, e que, nesse caminho, nos transformam junto.

Experiências de bem-estar dignas de spas e viagens migram para nossos lares de forma mais compacta e vão além das máscaras de beleza: óleos essenciais e aromaterapia, a cura pelo som e cristaloterapia estão cada vez mais presentes em nossos dias e permitem que nos sintamos mais conectados conosco e com o mundo, diminuindo o medo e a sensação de solidão.

Dessa forma, surge em nós um desejo de nos cercar-mos de cores primordialmente naturais e cruas, que nos conectam às nossas primeiras interações com a na-tureza. Um galho queimado, uma planta que secou ou uma pedra talhada que revela suas nuances se tornam inspiração para uma paleta ancestral, que traz simpli-cidade ao nosso caos interior e nos ajuda a cuidar de nós mesmos e abstrair, mesmo que por um instante, de qualquer problema de fora da nossa caverna.

RESGATE

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STILL NANI 2 - TEMA PRIMITIVO (FEITO NO AMBIENTE 1 - MÓVEIS

NICOLE E SÉRGIO? OSSO NA MESA COM TAÇAS ESTRANHAS?)

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MESA DE CENTRO @estudiorain, VASOS @nicole_toldi, ESCULTURA dourada @estudioorth, POTE de madeira @osergiocabral, BANCO @inesschertel, na @herancacultural, ESTANTE @nicoletomazi e @osergiocabral com @diesendr.uk, TAPETE @aveia.tapecaria

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Apesar de uma caverna branca parecer um tanto paradoxal, ela domina o imaginário criativo: surge em versões verossímeis, em renders 3D que ganharam status de arte na internet e em projetos de interiores exces-sivamente essencialistas.

A caverna branca é onde todos queremos habitar em tempos tão confusos, pois ela traz um tom renovado, que busca referên-cia nos minerais, no pelo dos animais e nas pétalas das flores. O branco visto como cor padrão ou conveniente ganha novo status:

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SOFÁ @wentz.design, MESA DE CENTRO @estudiorain, VASOS @alva_design (à esquerda, no chão), @nicole_toldi (sobre a mesa e no chão) e @konsepta_design (no chão, à direita), DEFUMADOR e ESCULTURA dourada @estudioorth, ABAJUR e ESCULTURA de parede @danunziata, ESTANTES @nicoletomazi e @osergiocabral com @diesendr.uk, TAPETE @aveia.tapecaria | FOTO André Klotz @andreklotz

SONHO BOM PALITO DE PICOLÉ PELO DE COELHO TA M B ÉM FA ZEM PARTE DA PALETA RIO PAÍNE ÁGUA-DOCE

paleta 1

orgânicos e

pigmentados

ele tinge nossas paredes como uma escolha. Menos galeria de arte e mais santuário, os novos brancos são naturais, orgânicos, não tóxicos e levemente pigmentados, trazendo a sensação de serem texturizados enquanto abraçam a vibração, em baixíssimas propor-ções, de outras matizes.

Podemos visualizar quartos iluminados, sa-las de banho relaxantes e o que mais nossa voz interior intuir: são ambientes restauradores que nos estimulam a encontrar a importante conexão que devemos ter com nós mesmos.

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ESCULTURA do artesão Cícero da Ilha do Ferro, AL, CESTO @estudioavelos, na @feiranarosenbaum, LUMINÁRIA @nicoletomazi FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

Em seu livro O Amanhã não está à

ven-da (Companhia ven-das Letras, 2020), lançado

logo no início da quarentena no Brasil, o líder indígena Aílton Krenak expõe sua vi-são sobre o antropoceno – era em que os humanos se separaram do mundo natural. De acordo com ele, para sobrevivermos à pandemia, é preciso reencontrar formas de nos reconectarmos com a natureza, en-tendendo que somos parte de um todo e recuperando o sentimento de união.

Nesse processo de reconexão, reavalia-mos, também, o que consumimos. Além de desejarmos uma vida mais natural e sustentável, surge em nós o desejo de nos aproximar do lugar em que vivemos e va-lorizar o que é produzido localmente. Isso regenera nossos laços com a comunida-de, pois sabemos a origem dos produtos e reconhecemos que podemos ter impacto positivo na vida de alguém, como o pe-queno produtor. Não é por acaso que as feiras de produtos orgânicos ou de obje-tos artesanais e locais são cada vez mais

valorizadas – e com fronteiras fechadas, a apreciação pelo que é da nossa terra se tornou ainda maior.

A escola Futuro Possível, que oferece cursos focados na regeneração planetária, aponta que a localização é um dos passos para irmos além da sustentabilidade. “En-quanto essa forma de pensar ajuda a evitar futuros danos, focar em atitudes regenera-tivasé o que vai nos ajudar a devolver para terra mais do que retiramos”, explicam as idealizadoras do curso Caminhos Para um Futuro Possível.

Com essas novas práticas, ainda cola-boramos para a descolonização cultural e a emancipação do Sul global. Ao valori-zarmos e consumirmos a produção local, conquistamos a autonomia que nos foi negada em um passado de colonização. Acostumados a achar tudo que vem de fora melhor, invertemos os nossos valores e nos fortalecemos. Passamos a enxergar belezas que sempre estiveram aqui, e talvez nunca tenhamos dado a atenção merecida.

construindo

um futuro

regenerado

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Acostumados a passar horas olhando para o computador e celular, estamos desejosos de nos reconectar com nos-sas tradições. Nosnos-sas mãos sentem falta das sensações táteis, que nos trazem de volta ao mundo real.

As fibras naturais fazem parte das matérias-primas mais primordiais da humanidade – tanto que as cestarias são artefatos originários de todos os continentes do glo-bo. Hoje, pesquisadores buscam novas fibras e técnicas, em versões ainda mais sustentáveis: elas vêm do bagaço da cana-de-açúcar ou do tronco da bananeira. Da urtiga, vem o novo algodão. Do cânhamo, o novo linho. O cogu-melo se torna mobiliário. Enxergamos na natureza todas as respostas para nossas faltas e, em nossos ancestrais, a sabedoria. Nesse mesmo caminho, móveis de design e objetos feitos à mão, usando vime, palha ou rattan, ressurgem em nossas vidas, mesmo na cidade.

Assim, os amarelos dessaturados e amarronzados,

inspirados nessas fibras naturais, se transportam para paredes inteiras e tingem a casa com uma energia natural e relaxante. É com essas pinceladas que tanto salas de estar até ambientes mais enxutos, como corredores ou escadas, ganham uma vibe natural, estilo férias na praia.

dessaturados

inspirados nas

fibras naturais

paleta 2

amarelos

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ARMÁRIO @_yankatu_, BANCO @inesschertel, na @herancacultural, LUMINÁRIA PENDENTE e CESTOS @estudioavelos, na @feiranarosenbaum, MANTA @lolamuller, na @feiranarosenbaum, CADEIRA do artesão Boró, da Ilha do Ferro, AL, na @marco500design, XÍCARA com pires @heloisagalvaostudio, VIDROS @nicoletomazi e @osergiocabral, LUMINÁRIA @nicoletomazi, TAPEÇARIA @oiamodesign, na @feiranarosenbaum, TAPETE acervo, BOLSA @galeriaamazonica | FOTO André Klotz @andreklotz

PALMIER

TRIGO

BOLO DE NOZES

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O trabalho com a madeira também conta a nossa história como sociedade – e a nossa busca por significado pode ser observada no crescimento de pequenos ateliês e cursos de marcenaria. O uso sofisticado ou rústico da madeira, que dá forma aos móveis antigos de nossos avós ou até mesmo as cercas de madeira da zona rural, ativa em nos-sas memórias um sentimento de proteção e aconchego. O mesmo acontece quando vemos a cor marrom. Ainda que ela tenha sido pouco favorita nas últimas décadas, seu uso ganha força por sua reconexão com o mundo na-tural e com nossas lembranças mais primordiais: pense na primeira vez que viu o pelo brilhante de um cavalo, ou

paleta 3

MARRONS

amadeirados

na imagem da penteadeira antiga de alguém da família. O marrom também representa a Terra, o chocolate, o café, ou até mesmo o abraço do nosso ursinho de pelúcia. Esse tom nos protege e alimenta as nossas almas.

Em casa, essa paleta é usada de forma contemporânea e inédita ao cobrir paredes inteiras – e inclusive o teto! – de um ambiente. Com ela surgem quartos amadeira-dos, nos quais podemos nos deitar para um descanso devidamente nutritivo, ou salas ideais para resgatarmos memórias e mergulharmos em lembranças de pessoas amadas. Dentre os poderes das cores, eis mais um deles: romper as barreiras do tempo.

R E S G AT E C A P.1 TER RA ARADA FUNGHI CASTANHO GALHO SECO TA M BÉ M F AZ PA RTE DA PALETA BOLO DE NOZES BANCO e ES CUL TUR A S de madeir a @n o emisa ga_ atelier , CABIDEIR O @lean dr ogar ciaar q, CORRENTE de madeir a @arte _jangolucas, LENÇO @ wildn es s_ studio , TAPETE @r o drigo ohtak e par a @punto efilo , BANQ UINHO S e MINICADEIR A S @mar cenaria_ quiari_, VA SO de cer âmica @r o salv a.arte, EST ANTE @nic oletomazi e @ o sergio cabr al com @ diesen dr .uk, P O TES de madeir a @ o sergio cabr al, R O UP A DE CAMA @tr amacasa, MES A L A TER AL @mar cusf err eir a par a @ carb on o _design, LUMINÁRIA @ caruso design par a @iten s_, ES CUL TUR A de m esa Zé B ezerr a p or @n o vo spar an o s, ES CUL TUR A de par ede @janic ep er ez | FOTO An dr é Klotz @an dr eklotz

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Nosso desejo por reconexão nos leva a ter a natureza como referência primordial. Ao observar as harmonias cromáticas de uma paisagem natural, percebemos que o azul, apesar de ser reconhecido como o pigmento mais raro, está sempre presente, graças à cor do céu e seu reflexo nas águas e folhas. Na paleta de 2021, o azul surge da mesma forma: em proporções menores, ele traz equilíbrio ao ser usado ao lado de nuances mais quentes.

como

complemento

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R E S G AT E

BANQUINHOS e MINICADEIRAS @marcenaria_quiari_, CABIDEIRO @leandrogarciaarq,

CORRENTE de madeira @arte_jangolucas, LENÇO @wildness_studio, VASO de cerâmica @rosalva.arte FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

TROVOADA ÁGUA-DOCE PELO DE COELHO C A P.1

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A fogueira é um símbolo de união ancestral – um momento em roda para tomar decisões, contar histórias ou se divertir e descansar no calor do fogo. A madeira queima e surge um símbolo sagrado de transformação e de fim, cujo caráter pu-rificador está conosco até hoje: o carvão.

Ele se tornou ingrediente essencial em produtos de beleza e até na comida, por ser desintoxicante. No universo holístico, carvão é a magia ideal para limpezas energéticas: acredita-se que, se colocado em um copo com água, pode ajudar a trans-formar a energia de um ambiente.

É por isso que os cinzas mais acromáticos, tão relacionados com a existência urbana, abrem espaço para nuances mais queimadas e pigmentadas. Essas cores servem de lembrete da comida feita no fogão à lenha, que também alimenta a alma, e da fumaça que tinge, durante anos a fio, as paredes com tons escurecidos.

Surgem, assim, ambientes que nos fazem mergulhar em nosso interior, como uma despensa repleta de alimentos nutri-tivos e ervas misteriosas. Por remeterem aos tons de sombra, podem cobrir, ainda, as paredes da cozinha ou da sala de jantar, evocando o vapor dos caldeirões ou dos pratos recém--servidos. Sai o nosso desejo por uma metrópole pulsante e entra a vontade de conexão com a simplicidade dos rituais que viam no desenrolar do tempo a verdadeira beleza da vida.

paleta 4

C

I

NZAS

esfumaçados,

queimados

e naturais

CIPÓ COCAR TA M B ÉM FA Z PARTE DA PALETA GAITA R E S G AT E C A P.1 LUMINÁRIA PENDENTE @labluz, CADEIR A @ edel__ stein, AP AR ADOR @r onald_ sas son_ par a @ clamioficial e, sobr e ele, vidr o @ formasc oloridas, na @mar co50 0 design. Na estante, P Á SSA ROS de B ento de Sum é p or @n o vo spar an o s, VA SO S @k on septa_ design, P R AT O S @luli_ atelie, na @ feir anar o senbaum, P OR TA-O V O S @atelier _muriqui, P ANO S e R AL ADOR @ilcasalingo , Q U ADR O @ 62p onto s, P ANO S @ estudio veste e demais p eças, ac er vo . No piso , da esquer da par a à dir eita, ES CUL TUR A de Zé B ezerr a p or @n o vo spar an o s, BANQ UINHO e CEST O de lã @in es sch ertel, na @h er an cacultur al, VA SO c er âmic o @k on septa_ design, P Á SSA ROS do Mestr e A b er aldo , da Ilha do Ferr o , AL, @mar co50 0 design | FOTO An dr é Klotz @an dr eklotz

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S U V IN IL R E V EL A 20 2 1 PALMIER FUNGHI TER RA ARADA TRIGO RIO PAÍNE PALITO DE PICOLÉ CASTANHO BOLO DE NOZES COCAR GAITA CIPÓ PELO DE COELHO TROVOADA ÁGUA-DOCE GALHO SECO SONHO BOM

resgate

* PALETA COMPLETA

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combinando

CORES DA PALETA RESGATE

RIO PAÍNE PALITO DE PICOLÉ PALITO DE PICOLÉ FUNGHI TRIGO GAITA BOLO DE NOZES GALHO SECO ÁGUA-DOCE TROVOADA PALMIER

Misturar cores pode parecer difícil, mas é um caminho divertido que nos ajuda a nos expressar. A paleta Resgate é composta de tons naturais e dessaturados que podem ser misturados sem medo, seja em harmonias tranquilas ou em contrastes ousados.

Combinar marrons mais profundos com tons azulados ou esverdeados é escolha cer-teira para ambientes mais leves, enquanto misturar apenas marrons traz uma atmosfera mais introspectiva e imersiva.

É interessante notar como as cores reagem de formas diferentes dependendo das combi-nações: Palito de picolé, por exemplo, parece mais escura e quente quando usada ao lado de Água-doce e Rio Paíne (um trio de brancos pigmentados que, juntos, colorem um am-biente com leveza). Já ao lado de Bolo de No-zes e Funghi, ela assume um brilho mais frio. Os cinzas, por serem levemente pigmen-tados, acabam se tornando mais coloridos dependendo da combinação. Quando juntos, por exemplo, Galho Seco fica esverdeado e Gaita, arroxeado.

Independentemente da escolha, o segredo é experimentar!

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epois de uma imersão no passado, repleto de cores ancestrais, já nos sentimos mais presen-tes. É hora de abrir a janela e deixar uma brisa fresca entrar. Com o vento, vem a certeza de que o momento pede consciência e cuidado com nós mesmos e com o planeta. Nessa travessia urgente, a mes-ma tecnologia que nos fez sentir desmes-materializados se torna aliada – e, por meio dela, aprendemos que viver com menos é também abrir espaço no coração para um novo jeito de viver.

NOVO MINIMALISMO

Se por muito tempo enxergamos o minimalismo como a simples prática de evitar excessos e focar nas linhas puras, o novo minimalismo vai além: passamos a observar os valores relacionados a tudo que possuímos. Visualmente, ele dá lugar a formas primitivas e esculturais, cheias de texturas que estimulam nossos sentidos. Mais do que ter menos, o foco é estar bem e presente, trabalhar a orga-nização emocional e se reencontrar espiritualmente na nova rotina em casa.

Em vez de trocar uma cadeira antiga por outra com linhas mais limpas, manter aquela peça é uma boa esco-lha: isso gasta menos recursos da Terra. Pintá-la de uma nova cor, por exemplo, pode ser a solução. Outro caminho é exercitar nosso olhar e observar a beleza na imperfeição.

Da mesma maneira, tudo aquilo que adquirimos pre-cisa trazer mais funções e durar mais tempo: uma ajuda para uma vida mais fluida. É aqui que a tecnologia brilha. Gadgets com inteligência artificial, como o Google Home Hub, ou ajudantes virtuais como a Alexa, da Amazon, tornam mais fácil a hora de cozinhar ou organizar as com-pras, contribuindo para uma casa conectada. Suas vozes

são, inclusive, novas moradoras e companheiras em tem-pos de isolamento. Uma boa dose de ficção científica, de um jeito que nunca havíamos imaginado.

Os gadgets que já estavam conosco também foram redescobertos. A televisão, por exemplo, diversificou suas atividades: de manhã, ela transmite a aula de ioga. À tarde, mostra cursos ou palestras para os estudantes. Já de noite, a tela retoma seu potencial receptivo durante uma reunião virtual de amigos.

Os espaços vazios e os móveis leves, tão difundidos no minimalismo que já conhecemos, ganham nova função junto à tecnologia: permitem que os ambientes se tornem híbridos e recebam as mais diversas atividades em um só lugar. Assim, a casa flui no ritmo de seus donos.

ECONOMIA DESMATERIALIZADA

Menos para nós, mas muito para o planeta: com a di-minuição dos recursos naturais, quanto mais atividades um aparelho, um espaço ou um objeto puder realizar, mais sustentável e regenerativo ele será. De acordo com pesquisadores, a desmaterialização é a antítese da eco-nomia baseada nos descartáveis. Mesmo que algumas necessidades nunca possam ser substituídas por bits, outras que imaginávamos ser essenciais — como ir para a academia, fazer reuniões ou ir para o trabalho — podem ser transformadas.

MAS COMO AS CORES SE CONECTAM A ISSO TUDO?

Além de trazer a natureza para dentro de casa, tons me-dianos, dessaturados, calmantes, orgânicos e menos vi-brantes nos levam a reconhecer que não existe separação entre nós e a natureza, e que cuidar do planeta e cuidar de nós mesmos podem – e devem – ser a mesma coisa.

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CONSCIÊNCIA

capítulo dois

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MESA LATERAL e VASO @giacomotomazzi_, no @flowerbarsp, LUMINÁRIA @wentz.design FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

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FLOR-DE-ANIS C O N S CI Ê N CI A C A P. 2

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Como em uma refeição apimentada na medida certa, os vermelhos e terrosos trazem calor e nos lembram que es-tamos vivos. Remetem ao solo, ao barro e aos pisos feitos de terra – mesmo quando aplicados em paredes ou em superfícies tecnológicas. Esses tons ancestrais, em versões menos vibrantes e saturadas do que a nossa imaginação pinta ao ouvir a palavra “vermelho”, trazem uma energia poderosa, porém sutil e ritualística, ideal para quem quer se sentir presente e com os pés aterrados no chão.

Imagine terraços aconchegantes, ou até salas de estar confortáveis em uma tarde de calor. Nesse tempo fora de eixo, esses tons nos lembram a sensação de criar com as mãos um vaso de cerâmica: a prática nos conecta com o presente e com o tempo real da vida.

paleta 5

vermelhos

e terrosos

MES A L A TER AL e VA SO @giac om otomazzi_, LUMINÁRIA @ w entz. design, BANCO @ estudio dentr o , Q U A D ROS da artesã Neia, de Taiob eir as, MG, na @br asileirinh otir adentes | FOTO An dr é Klotz @an dr eklotz

BAR RO VER MELHO

TAMARINDO ROSA SECR ETO TA MB ÉM FAZ PARTE DA PALE TA GALHO SECO C O MB INA COM ES SA PALE TA

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LUZ DA LUA TA M B ÉM FA ZEM PARTE DA PALETA PIRINEUS AZUL-INFINITO ANOITECER

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Poder olhar para o céu nunca foi tão importante. Quando abrimos a janela para observar o mundo além do nosso ni-nho, a visão enquadrada do azul marca nosso imaginário. Assim como o dia vira noite, nós também mudamos com o passar das horas. E os diferentes tons de azul dessa paleta são capazes de nos presentear com diferentes vibrações. Quando claros e atmosféricos, trazem leveza para o ambiente e nos conectam à luminosidade e à energia do período diurno. Também são tons complementares perfeitos para as cores predominantemente quentes da paleta 2021.

Já aqueles azuis mais profundos e introspectivos como a noite, nos levam para um mundo só nosso, onde podemos escutar nossa própria voz. Com eles, as paredes se trans-formam em portais de reflexão, ideais para uma pausa na profusão de cores e informações.

paleta 6

AZUIS

do céu

MESA LATERAL @bianca_barbato, SABONETEIRA @alva_design, SABONETES @saboariabrasil, na @feirarosenbaum, LUMINÁRIA @noemisaga_atelier, TAPETE @traposefiapos, BANQUINHO acervo, TOALHAS e CESTO @estudiovelos, na @feirarosenbaum, VASO e PLANTA @floateliebotanico, ESPELHO @giacomotomazzi_, na @casabravo. Na janela, CERÂMICA @casa.baro, na @feiranarosenbaum, e CASTIÇAIS de madeira @apartamento61 | FOTO André Klotz @andreklotz

C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A C O M B IN AM COM ESSA PALETA BOLO DE NOZES FLOR-DE- -ANIS

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FRUTEIRA e CERÂMICAS @casa.baro, na @feiranarosenbaum, PRATO de madeira @osergiocabral, CADEIRA @sergiojmatos, APARADOR @ronald_sasson_ para @clamioficial PRATO @atelie_muriqui FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

Ao misturar os vermelhos e terrosos com tons de azul, sejam eles mais claros ou escuros, equilibramos o calor de uma nuance com o frescor de outra. Para criar um caminho sutil entre opostos, entram na dança pinceladas de cores neutras e dessaturadas, em um mix elegante que nos conecta com o passado, o presente e o futuro.

combinações

equilibradas

C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A ANOITECER TAMARINDO BAR RO VER MELHO FLOR-DE-ANIS LUZ DA LUA

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Se antes o autocuidado era resguardado a práticas de beleza, agora sua parte ho-lística ganha protagonismo e nos faz rever nossos conceitos de resiliência. Uma nova abordagem da nossa capacidade de reagir aos desafios da vida nos faz colocá-los em uma balança e ver que não precisamos dar conta de tudo. Ao abraçarmos a resiliência equitativa, incluímos a possibilidade de pausa e de acolhida das emoções. Assim, pequenos rituais em casa se tornam um antídoto essencial em tempos incertos. Um escalda-pés tomando um chá, o prepa-ro do prato favorito ou uma pausa para

mindfulness são ações essenciais que nos

trazem segurança e felicidade no dia a dia. Ao pensar em nossas casas, buscare-mos criar espaços zen – mesmo que se-jam apenas um cantinho – que reflitam nosso desejo de nos cuidarmos de dentro para fora. De acordo com uma pesquisa da firma de inteligência Sensor Tower, apli-cativos de meditação (como o Headspace e o Calm) viram seus downloads aumen-tarem quase 2 milhões de vezes em abril de 2020 em comparação a janeiro, um mês pré-pandêmico na maioria dos países. Em diferentes medidas, todos precisavam de um momento para respirar.

VIVER MAIS DEVAGAR E COM MENOS

O culto à produtividade e ao desejo de con-quistar o mundo tem aberto espaço para a aceitação radical: deixamos de querer sempre mais e percebemos que somos mais felizes num modo de vida mais simples, menos es-tressante e mais equilibrado.

Como consequência, as escolhas do dia a dia são feitas com mais sabedoria e pas-samos a ver beleza na assertividade. Dessa forma, o compartilhamento de serviços, de ambientes de trabalho (coworking) e de casas

(cohousing) não pára de crescer. Não possuir e

realizar trocas de bens e serviços são práticas baseadas na confiança e que fortalecem a comunidade e a nossa conexão. Diminuímos nosso impacto no mundo e ainda nos senti-mos melhores com isso.

Não ter, mas compartilhar, também abre as portas para o desejo nômade que existe em nós: mais do que viajar sem fronteiras, o novo nomadismo é uma tecnologia interna, que nos faz priorizar móveis, objetos e acessórios que tenham um design portátil. Peças meno-res e mais leves ganham prioridade, para que possamos, nós mesmos, transformar nosso espaço da forma que necessitarmos. Se um móvel pode servir tanto na cozinha quanto na sala de estar ou no escritório, melhor!

o corpo

é um

e a casa

também

templo,

C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A

POLTRONA @studiomassa, LUMINÁRIA no piso @melkawahara, TAPETE @rodrigoohtake para @puntoefilo, MESA LATERAL @estudio_iludi, na @marco500design, CERÂMICAS @heloisagalvaostudio

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LUZ DE INVER NO PELO DE COELHO

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paleta 7

CORES

de concentração

e felicidade

GALHO SECO LUZ DA LUA TA M B ÉM FA ZEM PARTE DA PALETA C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A

ESCRIVANINHA @mr.melinaromano para @moveisricco. Sobre ela, CADERNOS @wildness_studio e LUMINÁRIA @mauricioarruda

para @bertolucci.iluminacao, CADEIRAS @studiomassa, LUMINÁRIA no piso @melkawahara, TAPETE @rodrigoohtake para @puntoefilo,

MESA LATERAL @estudio_iludi, na @clamioficial, CERÂMICAS @heloisagalvaostudio | FOTO André Klotz @andreklotz

PIRINEUS

Em tempo recorde, cozinhas, salas de estar ou quartos de hóspedes precisaram se transformar em home offices – e mesmo aqueles que já existiam passaram a ser mais usados do que nunca. O nosso novo formato de vida trouxe, para muitos, dificuldade em encontrar o ambiente ideal para produzir no próprio lar.

As cores de concentração e felicidade emitem vibração baixa, trazem brilho e cor para os nossos olhos, sem tirar o foco do trabalho que precisa ser feito. Tons dessaturados, mas que nutrem a visão, nos lembram delicadamente de prazeres simples, como comer um doce, e ancoram o olhar que passou o dia todo em conexão com as telas. Mais uma vez, as cores podem funcionar como um antídoto para que as horas trabalhadas em casa sejam mais agradáveis e calmas – e também para que os intervalos de descanso sejam restauradores.

S U V IN IL R E V EL A

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20 2 1 ANOITECER C O M B IN A C OM ESSA PALETA

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a casa é viva

e celebra a

Já faz um tempo que falamos de selva urba-na (ou urban jungle) e vemos nossas casas se encherem de plantas – e essa vontade de ter a natureza por perto só cresce. Mas se antes eram espalhadas aos poucos nos ambientes, observa-se, agora, um desejo de colocá-las todas juntas, em um único lugar, e criar um verdadeiro oásis particular. Essas salas de plantas permitem uma imersão com o mun-do natural, como se estivéssemos em uma floresta – além de serem altamente instagra-máveis – e formam um espaço de descom-pressão tão necessário.

A cozinha, que já havia tomado para si o tí-tulo de coração da casa, também ganha mais importância. Nossa relação com os alimentos que ingerimos está em busca de redescobrir o essencial. Diminuímos o consumo de alimen-tos processados e observamos os ingredientes do que preparamos, pois eles têm poder de cura e de nos fazer mais saudáveis. Se antes a cozinha estrelava jantares e momentos de

interação social, hoje se tornou um ambiente terapêutico. Em suas bancadas e mesas re-descobrimos o prazer de fazer pão, e pessoas que nunca haviam cozinhado se aventuraram fazendo bolos, testando receitas de família ou inventando as próprias. Cozinhar, além de ser um ato de empoderamento, em que se-lecionamos aquilo que nos faz bem, se torna um ato de criatividade e bem-estar. Viven-ciamos freneticamente a busca pela cura em todos os aspectos, e ela se inicia pela cozinha. Esse olhar mais cuidadoso para a nossa ali-mentação acaba inspirando, naturalmente, as cores de nossas casas. Saber a origem dos ingredientes, se importar com os produtores e relembrar tradições alimentares são grandes conquistas desse momento que vivemos. Não por acaso, cozinheiros amadores e profissio-nais se tornaram verdadeiros rockstars através da internet, compartilhando ensinamentos que antes pertenciam a chefs, padeiros e con-feiteiros especialistas em suas áreas.

C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A

MESA @wentz.design, TÁBUAS @tokodesignutilitario, na @feiranarosenbaum, COLHERES de madeira @artetribalbrasil, na @feiranarosenbaum, CADEIRA @obanista FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

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TOMILHO

BABOSA SALGUEIRO

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paleta 8

Uma boa sopa de vó é cura física e emocional para quem está doente. Um suco verde pode transformar um dia in-teiro e melhorar nosso sistema imunológico. Um chá verde traz energia, substitui o café e permite que durmamos bem de noite. O azeite é capaz de deixar qualquer refeição mais interessante e faz bem pra saúde. Da mesma forma que folhas, sucos e óleos que consumimos, os verdes dessa paleta têm capacidade nutritiva.

Diferente dos verdes que vimos em coleções anteriores, inspirados nas folhas e florestas, os tons de 2021 são fervi-dos, filtrafervi-dos, infusionados e temperados e nos conectam com a natureza por meio das nossas ações. Com saturação e luminosidade mediana, ora mais quentes, ora mais frios, trazem vitamina para nossas paredes e podem resultar em salas, cozinhas ou até mesmo quartos que exalam o poder da vida. S U V IN IL R E V EL A

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20 2 1 CAPIM-DE- - CHEIRO GALHO SECO TA M B É M F AZ EM PARTE DA PALETA CAPIM-SECO C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A

CADEIRAS @oebanista (esq.) e @bittencourtgustavo na @herancacultural (dir.), MESA @wentz.design. Sobre ela, TÁBUAS @tokodesignutilitario, na @feiranarosenbaum,

e CERÂMICAS @casa.baro, na @feiranarosenbaum. No piso, ESCULTURAS de Geraldo Caboeta por @novosparanos. Sobre a pia, LUMINÁRIA @alealvarengadesign, na @marco500design, POTE e COLHERES de madeira @artetribalbrasil, na @feiranarosenbaum. Na janela, TÁBUA @ori.interiores. LUMINÁRIA PENDENTE @ananeute para @itens_, BANCO @marcenaria_quiari_ e, sobre ele, FILTRO @maos.movimento | FOTO André Klotz @andreklotz

E S S A CO R F OI APLIC ADA NA GELAD EIRA !

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CADEIRA @sergiojmatos, CERÂMICAS @oliveceramica, BANDEJA @osergiocabral, SUPORTE @ilcasalingo, PLANTAS e VASOS @floateliebotanico FOTO André Klotz @andreklotz

Misturar os verdes filtrados, infusionados e temperados com os ver-melhos e terrosos é uma combinação fácil e prazerosa. Mais uma vez, a fonte para criar paletas harmoniosas está na observação da natureza: assim como as plantas nascem na terra, essas duas paletas parecem ter sido feitas uma para a outra e podem inspirar áreas internas ou externas cheias de energia. A apreciação por to-nalidades naturais que observamos nos criativos mais importantes da atualidade eleva essa combinação a um status de sofisticação.

combinação

equilibrada

C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A TAMARINDO CAPIM-DE- - CHEIRO

BAR RO VER MELHO RIO PAÍNE

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consciência

* PALETA COMPLETA

TAMARINDO BABOSA LUZ DE INVER NO FLOR-DE-ANIS AZUL INFINITO PIRINEUS ROSA SECR ETO LUZ DA LUA SALGUEIRO TOMILHO RIO PAÍNE CAPIM-SECO GALHO SECO BAR RO VER MELHO PELO DE COELHO CAPIM-DE- CHEIRO

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As cores da paleta Consciência são tons des-saturados que, combinados, passam a sen-sação de sofisticação. Mas os olhos atentos perceberão que a inspiração dessa paleta vem da natureza: um galho de frutas vermelhas sob o céu azul inspira ambientes elegantes e agradáveis com mix de azul, verde e vermelho.

A dica aqui é equilibrar. Para vermelhos mais fortes, misture verdes ou azuis mais le-ves, e vice-versa. Mesclar tons mais frios com mais quentes evidenciam a beleza de cada uma das cores, enquanto fazer combinações entre tons mais dessaturados pode resultar em ambientes tranquilizantes, apesar de co-loridos. Mais uma vez, o segredo é deixar a criatividade fluir e experimentar!

C A P. 2 C O N S CI Ê N CI A

combinando

CORES DA PALETA CONSCIÊNCIA

ROSA SECR ETO

CAPIM-SECO LUZ DE INVER NO FLOR-DE-ANIS LUZ DA LUA TAMARINDO AZUL-INFINITO TAMARINDO PIRINEUS BAR RO VER MELHO CAPIM-DE- - CHEIRO

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iver em um mundo ultraconectado influenciou a criação de narrativas quase mitológicas sobre o impacto da tecnologia nas experiências huma-nas. Em uma visão não dualista, nada é só ne-gativo ou só positivo. Da mesma forma que a digitalização das nossas vidas pode ter lados ruins, podemos virar nosso olhar para um aspecto otimista do uso dos computadores. Mais do que nunca, passamos a habitar o ciberespaço, e nossa presença em ambientes virtuais pode ajudar pessoas ao redor do mundo a se manterem conectadas, inspiradas e colaborativas, mesmo em tempos de pandemia. Através desse olhar, encontramos em alguns universos das redes um clima de euforia e de encanto, e nos tornamos capazes de imaginar um futuro otimista.

A EMANCIPAÇÃO DOS RENDERS

Os renders, por exemplo, são imagens digitais 3D de am-bientes que foram muito usadas no planejamento de re-formas, mas que extrapolaram a arquitetura e se tornaram ferramentas para construir um mundo de sonhos. Se antes esses protótipos serviam apenas como uma representa-ção gráfica, hoje eles incorporam um refúgio utópico e idealizam imagens artísticas de arquiteturas impossíveis, naturezas exuberantes, templos futuristas e todo tipo de espaço imaginário que encanta através dos olhos. Suas cores, formas e texturas, reimaginados da vida real sob um filtro de sonho, pareciam estar desde sempre dentro de

nós, aguardando a possibilidade de serem materializadas. Não importa que esses renders não sejam construídos. O que importa é que eles nos permitem sonhar.

REAL E IMAGINÁRIO

Assim como o mundo onírico dos renders, que enganam nossos olhos e se passam por imagens reais, outras variá-veis do contemporâneo dissolvem os limites entre o que é real e o que não é. Enquanto a carne vegetal já é uma rea-lidade nas prateleiras do supermercado, interagimos com pessoas de todo o globo através de avatares em universos digitais e videogames. Ao mesmo tempo em que pesquisa-dores já conseguem criar tecidos e materiais por meio da manipulação de microorganismos, somos atendidos por ro-bôs em sites de compras. Não importa se estamos falando do mundo material ou do mundo digital, a tecnologia e a imaginação do impossível colaboraram para criar soluções dignas de ficção científica para problemas da realidade.

Contemplar as boas possibilidades que o futuro nos reserva é uma escolha que traz esperança e, no mesmo caminho, podemos nos inspirar nas paletas que colorem essa terceira plataforma, sempre abertas e otimistas, e somar a elas aqueles tons que nos trazem memórias bem vívidas de felicidade, como as cores de um sorvete numa tarde de domingo. Assim, construímos para nós mesmos uma realidade adocicada, mas com uma intensidade que ativa os nossos sentidos.

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V

CONEXÃO

capítulo três

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MESA @alva_design, e, sobre ela, VASO @bianca_barbato e CERÂMICA @heloisagalvaostudio, VASOS transparentes @nicoletomazi e @osergiocabral FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

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Imagem criada pelo time do estúdio sixnfive objects com direção de Ezequiel Pini

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sem limites

Nas criações do designer de produto Artur de Menezes (@artur.de.menezes), nascido em Londrina, PR, o real e o imaginário se misturam. “Gosto de exprimir sentimen-tos em formas, texturas e cores”, conta ele sobre a criação de um sofá rosado e re-chonchudo. A peça foi inspirada em uma sensação comum, que muitos podem res-gatar nas memórias infantis: se deleitar com pequenas pedras nas mãos, achadas durante um passeio na praia.

Hoje seus sonhos de criança se torna-ram carreira e o levatorna-ram para Barcelo-na: ele é diretor de objetos do Six N. Five (@sixnfive), estúdio criativo responsável pelas imagens e vídeos em 3D mais po-éticos e aclamados do momento. Por lá, os limites do universo se expandem e sur-gem renders de paisagens místicas, céus arroxeados com uma lua cheia (ou duas!) e muito mais. “A foto de uma cadeira não precisa ser normal. Ela pode estar voando

ou flutuando, sem custos!”, descreve ele, ao explicar porque temos nos inspirado tanto no universo digital. “O 3D é só uma ferramenta, mas ele pode ser a plataforma para que artistas se expressem”.

“O universo digital pode expandir nossos limites”. No início da carreira, Artur usava o 3D apenas para apresentar ideias de forma palpável. Mas se antes esse universo digi-tal parecia ser limitante por estar dentro das telas do computador, hoje o processo criativo fica muito mais enriquecido com a imaginação livre, sem amarras. E essa potência do infinito também tem nos feito desejar traçar o caminho inverso: nos ins-piramos nas criações digitais, sejam elas de ambientes, mobiliário ou até filtros de Ins-tagram, para sonharmos um novo mundo concreto. “O digital e o 3D te deixam sem limites. Você consegue adicionar o surreal. É tipo uma massinha de modelar: esse uni-verso te libera e te expande”, finaliza Artur.

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S U V IN IL R E V EL A 20 2 1 VELA AROMATIZADA VIOLETA QUEIMADO BODEGA ROSA SECR ETO

paleta 9

O millennial pink anoiteceu. O rosa mais delicado, que chegou de surpresa, se tornou unanimidade e, ao perder saturação, se posicionou como um dos mais populares tons neutros do momento, encontrou a paleta dos lilases que vem aparecendo lentamente nas tendências. O que surge dessa evolução é um dégradé crepuscular, digno de um momento que todos nós olhamos com poesia: o pôr do sol. Assim se materializa uma paleta de tons suaves e felizes, introspectivos e otimistas, assim como as cores do céu que conectam um dia que acaba e a noite que começa.

Foi no mundo digital que nos demos conta de como as cores desse espetáculo diário podem nos fazer bem. Durante a quarentena, milhares de fotos de céus rosados

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C O N E X ÃO C A P. 3

ROSAS

e lilases

crepusculares

tomaram conta, todos os dias, das redes sociais. Aqueles poucos minutos fugazes, congelados através da tecnologia em imagens contemplativas, se tornaram símbolo de uma geração apressada que redescobriu a poesia na contem-plação do simples. Esses tons crepusculares, às vezes tão próximos que não conseguimos categorizá-los entre rosas e lilases, carregam o sabor dos nossos sonhos mais doces – e, talvez, por isso tenham se tornado a paleta preferida dos artistas digitais. São tons que nos permitem ir além da nossa realidade. Ficou provado, nesta pandemia, que o ser humano tem uma capacidade de adaptação maior do que imaginávamos. Nesse caminho, também nos descobrimos seres naturalmente otimistas com o futuro.

SEGUNDO SOL

MEIA-LUZ

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PIRINEUS BOLINHA DE GUDE C O N E X ÃO

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paleta 10

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Como transportar otimismo para dentro de casa em tempos tão incertos? Existe algo nos tons que vagam entre o azul e o verde que traz vivacidade para nossas vidas. Estão nas cores de mares paradisíacos, nas cenas de videogame e dos filmes sobre tecnologia. Independentemente da referência, os acquas nos tra-zem vontade de viver e de ser feliz.

Em tonalidades mais aguadas, pincelam em nossas casas arroubos de felicidade. Muito vistos em pisos e tapetes que remetem a espelhos-d’água em casa, os acquas também podem tingir cômodos inteiros, que se tornam vivos como uma lagoa. Esses verdes--azulados (ou azuis-esverdeados) são das cores mais otimistas que existem e, mesmo em doses menores, cumprem seu papel de trazer para nós um sentimen-to muisentimen-to importante: a esperança.

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BODEGA C O N E X ÃO

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C A P. 3 MEIA-LUZ 21

MESA @alva_design, e sobre ela, VASO @bianca_barbato, CADEIRA @humbertodamata, MESAS LATERAIS @lucas.recchia para @firmacasa (azul,

na frente) e @julianalimavasconcellos (branca, atrás), e, sobre ela, LUMINÁRIA @estudiorain. ESTANTE @biancabarbato (atrás), VASOS transparentes @nicoletomazi e @osergiocabral, ESTANTE azul @cultivadoemcasa (na frente), CROCHÊ @nicoletomazi e @osergiocabral | FOTO André Klotz @andreklotz

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20 2 1 BOLINHA DE GUDE VIOLETA QUEIMADO SEGUNDO SOL ROSA SECR ETO

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Se já aprendemos na prática o que significa a sigla DIY (do

it yourself, ou faça você mesmo, em português), durante

a quarentena ela se tornou ainda mais presente. Um impulso criativo tomou conta de muitos de nós e nos lançou em novos projetos em casa, feitos com as próprias mãos, explorando o prazer sensorial. Nas redes sociais acompanhamos amigos se aventurando em novas ha-bilidades, aprendendo a fazer tricô, crochê, cerâmica, colagem ou qualquer outra técnica que também pode ser considerada diversão.

Sem medo de errar – ou melhor, com coragem de ex-perimentar – tons inéditos nas casas de muitos passaram

cores

CRIATIVAS

C O N E X ÃO

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C A P. 3

a tingir paredes com painéis artísticos, dar vida nova a móveis reformados ou decorar almofadas e objetos de arte. Em versões mais tradicionais ou mais inusitadas, essas cores imprimiram personalidade no lar.

Depois de navegarmos por nuances mais dessaturadas e orgânicas, propícias à busca de paz interior, agora nos preparamos para ver arroubos de ousadia. Assim como somos luz e sombra, nós necessitamos de calma e de energia – e nossas casas também! A última paleta de 2021 a ser revelada nos lembra uma importante lição: não precisamos permanecer no lugar-comum. O futuro está em nossas mãos e existe um artista em cada um de nós.

LUMINÁRIA, BANCO-MESA e MURAL @ori.interiores FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

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20 2 1 TOPÁZIO BRUTO ALFACE- -AMERICANA

paleta 11

PINCELADAS

energéticas

Contrastes cromáticos despertam nossa criatividade e acordam nossa alma para as possibilidades. Em um mundo onde os limites do orgânico e do tecnológico se fundem, e que observamos tons de néon convivendo com tons terrosos, nossa alma pede por estímulos. Aqui, encontramos cores com atmosfera digital ideais para pontuar energia na decoração majorita-riamente natural. Não precisamos estar no passado, no presente ou no futuro: quando estamos conectados, os conceitos de tem-po se dissolvem. ES CUL TUR A e CADEIR A de Mestr e Jas son, na @ espac oann es so , BANCO e VA SO v erm elh o @humb erto damata, BAR CO @ estudio celma, na @ espac oann es so , L UMINÁRIA, BANCO-MES A e MUR AL @ ori.interior es FOTO An dr é Klotz @an dr eklotz C O N E X ÃO

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C O N E X ÃO C A P. 3 VIOLETA QUEIMADO

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PIRINEUS

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C O N E X ÃO C A P. 3

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conexão

* PALETA COMPLETA

ANOITECER BOLINHA DE GUDE SEGUNDO SOL VELA AROMATIZADA TOPÁZIO BRUTO BODEGA ALFACE- -AMERICANA LUZ DA LUA ÁGUA-DOCE RIO PAÍNE LUZ DE INVER NO ROSA SECR ETO PALMIER VIOLETA QUEIMADO MEIA-LUZ 21

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Universos que misturam os sonhos à reali-dade, o delírio à consciência e o virtual com o material. Todas essas e muitas outras pos-sibilidades podem surgir das combinações entre as cores da paleta Conexão. Aqui, a dica é deixar os tons mais vibrantes em menores proporções – mas se quiser ousar, não exis-tem limites!

combinando

CORES DA PALETA CONEXÃO

BOLINHA DE GUDE VELA AROMATIZADA ALFACE- -AMERICANA BODEGA VIOLETA QUEIMADO PIRINEUS LUZ DE INVER NO TOPÁZIO BRUTO SEGUNDO SOL ÁGUA-DOCE ROSA SECR ETO MEIA-LUZ 21

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FOTO Nani Rodrigues e Marcos Lôndero @brejo.co

COR

DO ANO

Dia e noite. Céu e terra. Real e virtual. Antes e depois. A nossa cor do ano nos leva a um lugar entre mundos. Ela representa tudo aquilo que será, mas que, ao mesmo tempo, já não é mais como antes.

Esse é o lugar onde nos encontramos. Observando um pôr do sol, que separa o dia e a noite, e que nos prepara para o amanhã. Por sorte, a natureza nos presenteia, todos os dias, com um show de cores que nos ajuda a ver beleza na impermanência. E bem no meio desse dégradé crepuscular, mora o tom que escolhemos para 2021. Ou será que ele nos escolheu?

Vimos o pôr do sol se transformar em um símbolo de esperança durante a pandemia. Compartilhado milha-res de vezes através das redes sociais, ele nos fez parar e contemplar até mesmo nossa existência. Com nossos smartphones nas mãos, desejamos congelar essa imagem e guardar para nós aquele momento mágico que havía-mos nos esquecido de apreciar.

Então, estamos em meia-luz. Nostálgicos, um pouco

apreensivos, mas naturalmente otimistas. Nesse proces-so, mesmo que doloroproces-so, aprendemos a buscar pequenas belezas na vida. E se aquela cor, no meio do pôr do sol, pudesse estampar esperança nas nossas paredes?

Meia-luz é um elo entre os sonhos e a realidade. O último rosa da paleta dos rosas, antes de passarmos aos lilases, ele carrega em si a vibração de ambas. Com o passar do dia, o sol o torna mais quente e mais frio, ora mais rosa, ora mais roxo. Com seu caráter mutável, ele fala sobre nós: não somos apenas uma coisa, não sabemos para onde vamos, mas sabemos que queremos ser felizes.

Seja nas paredes de nossos quartos ou salas, ateliês ou despensas, jardins ou corredores, a nossa cor de 2021 nos lembra que podemos carregar nossos sonhos para onde quer que andemos. Mesmo que, por hora, nossas andanças ainda sejam nos cômodos de nossas casas, muito em breve, elas nos levarão a lugares mais lindos do que ousamos sonhar.

ME IA-L U Z

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CO R DO A N O

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TAPEÇARIA @brunaoctaviano, POLTRONA Jorge Zalszupin, na @etel.design, CABIDEIRO @studiomassa, ARANDELA @ananeute para @itens_, VASOS transparentes @nicoletomazi e @osergiocabral, MESA LATERAL @alva_design, e, sobre ela, LUMINÁRIA @danunziata, TAPEÇARIA @alexroccadesign, na @feiranarosenbaum, TAPETE @lolamuller, BANCO @julianalimavasconcellos | FOTO André Klotz @andreklotz

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A coleção de vasos Metades Inteiras, de Nicole Tomazi e Sergio Cabral, produzida pela Cristais de Gramado, traduz a energia da nossa cor do ano, Meia-luz. Duas partes de vidro translúcido se unem e criam dégradés espalhando suas cores nas paredes, banhando os espaços com novos encontros

ME IA-L U Z

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CO R DO A N O S U V IN IL R E V EL A

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em cores

TEMPO

Os tons eleitos como cor do ano contam histórias. Elas representam a forma como nos sentimos e nos comportamos em determinada época. Olhe para a nossa linha do tempo cromática e se pergunte: onde você estava? O que você fazia? Como você se sentia? O que mudou no mundo durante essa década? Com certeza as vibrações dessas cores trarão memórias!

VER DE- -LIMÃO QUENTÃO CORTINA DE TEATRO 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 MEIA-LUZ 21 T E MP O E M C O R E S CO R DO A N O MANTRA 20 19 TER RA ROXA 18 17 ÁGUA MARINHA 16 ÍNDIGO BLUE 15 CURAÇAU BLUE 14 13 PÉTALA LARANJA 12 PETIT GATEAU 11 MATA ATLÂNTICA 10

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20 2 1 C O MP LE TA

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P A LE TA 2 0 2 1

paleta 2021

COMPLETA

LUZ DE

INVER NO PALMIER TRIGO TOPÁZIO BRUTO

SONHO BOM GAITA ROSA SECR ETO TAMARINDO VELA

AROMATIZADA PALITO DE PICOLÉ

BOLO DE NOZES LUZ DA LUA BODEGA COCAR TROVOADA BOLINHA DE GUDE AZUL-INFINITO ANOITECER ÁGUA-DOCE BABOSA TOMILHO PIRINEUS CAPIM-DE- - CHEIRO CAPIM-SECO GALHO SECO ALFACE- -AMERICANA CIPÓ PELO DE COELHO SALGUEIRO FLOR-DE- -ANIS FUNGHI SEGUNDO

SOL VER MELHOBAR RO MEIA-LUZ

21 VIOLETA QUEIMADO RIO PAÍNE TER RA ARADA CASTANHO

As cores desta paleta podem sofrer alteração por se tratar de uma impressão em papel.

Consulte as cores em uma das ferramentas da Suvinil: Leque de Cores, Teste sua Cor - versões tinta ou adesivo.

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IN F O GR Á FI C O

81

P A LE TA 2 0 2 1

81

S U V IN IL R E V EL A

80

20 2 1

2021

As cores são categorizadas por suas

ma-tizes. Porém, mais importante que isso é a sensação que elas passam. No info-gráfico ao lado, podemos encontrar os tons da paleta 2021 de acordo com suas classificações. Entretanto, nas páginas deste catálogo, demos protagonismo a como elas nos fazem sentir. Às vezes, um

marrom pode parecer mais amarelado perto dos amarelos. Ou um cinza pode parecer mais azulado ou mais averme-lhado de acordo com a composição. Isso acontece porque as cores são influencia-das pelos tons ao seu redor, pela luz e pela sombra. Por isso é também impor-tante testá-las nas nossas casas.

AM ARE LOS LARA NJAS ROSAS VERMELHOS VIOLETAS A ZU IS VERDES MARRON S C INZ AS Cla ras e s uave s Cla ras e s uave s Acen tuad as e a colhe dora s Claras e s uaves Intensas e vibr antes Acentuadas e acolhedoras Neutras e c lássicas Brancas e l eves Acentu adas e a colh edo ras Ac entu ad as e a colh ed oras N eu tras e c lá ssic as Bran cas e l eves Clar as e s uave s Neutr as e c lássic as Acentuadas e acolhedoras Neutras e c lássicas N eu tras e c lás sic as LUZ D E IN VER N O PALM IER TOPÁ ZIO BR UTO TRIG O TAMA RIND O ROSA SE CRETO SEGUND O SOL BARRO VERMELH O MEIA-LUZ BODEGA SONHO B OM VELA A RO MA TIZ ADA VIOLE TA-QU EIM ADO AN OITE CER AZU L-I NF IN ITO LUZ D A L UA TRO VOA DA PIRI NEUS ÁGUA-D OC E ALF ACE-A MERI CANA BOLI NHA D E GUD E BABO SA CAPIM-D E-CHE IRO CAPIM-SE CO RIO PAÍNE SALGUEIRO TOMILHO BOLO DE NOZES CASTANHO COCAR FLOR-D E-A NIS FUN GHI GALH O SE CO PA LITO D E P IC OLÉ TE RRA A RA DA C IPÓ GA ITA PE LO D E C O ELH O

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S U V IN IL R E V EL A

82

20 2 1 T E MP O E M C O R E S

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P A LE TA 2 0 2 1

As cores da nossa paleta de 2021 foram pensa-das para serem facilmente combinapensa-das entre si. Olhe para a natureza ao redor e inspire-se: lembre-se que a criatividade é o limite e que todas as respostas já existem dentro de nós!

combinando

CORES DA PALETA 2021

SONHO BOM PALITO DE PICOLÉ PALMIER LUZ DA LUA FOTO Nani R o drigues e Mar co s Lôn der o @br ejo .c o MEIA-LUZ 21

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85

84

S U V IN IL R E V EL A 20 2 1 SEGUNDO SOL TROVOADA BOLO DE NOZES PELO DE COELHO TRIGO CAPIM- -SECO CAPIM-DE- CHEIRO RIO PAÍNE ALFACE- -AMERICANA CIPÓ VIOLETA QUEIMADO LUZ DE INVER NO MEIA-LUZ 21 COCAR T E MP O E M C O R E S P A LE TA 2 0 2 1

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PESQUISA, CONCEITO, DIREÇÃO CRIATIVA E EDIÇÃO

Michell Lott @lottlott

CONSULTORIA DE PESQUISA

Lili Tedde e studio Edelkoort Brasil @lilitedde

DESIGNERS CONSULTORES

Nicole Tomazi e Sergio Cabral @nicoletomazi e @osergiocabral TEXTO Julia Anadam @julia.anadam PRODUÇÃO EXECUTIVA Vitória Mazzoni @vimabi_

PROJETO GRÁFICO E DESIGN

Paula Bustamante @paula_bustamante

FOTOS

André Klotz @andreklotz

Nani Rodrigues e Marcos Lôndero (Brejo) @brejo.co ASSISTÊNCIA DE FOTOGRAFIA Wesley Emes @wesleydiegoemes REVISÃO Marley Galvão @marleygalvaojornalista

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TIPOGRAFIAS Telegraf e Sunivil Sans TIRAGEM 5.000

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Referências

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