Quinta do Fagundo
Casalito
PTRB4G2
LICENCIAMENTO ÚNICO DE AMBIENTE
PCIP
MEMÓRIA DESCRITIVA
Elaborado por:
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO... 3
2.
PROCESSO PRODUTIVO... 3
2.1 Cobrição e diagnóstico da gestação... 3
2.2 Maternidade ... 4
2.3 Recria... 4
2.4 Engorda... 5
3.
FLUXOGRAMA DE ACTIVIDADES E BALANÇO DE MASSAS .... 6
3.1 Efluente Líquidos... 7
3.2 Emissões gasosas ... 8
3.3 Resíduos... 8
3.4 Ruído ... 9
1. INTRODUÇÃO
O presente documento corresponde à memória descritiva do pedido de licenciamento de uma instalação existente, sita em Casalito, freguesia de Amor e concelho de Leiria.
Esta exploração pecuária é composta por um núcleo de produção de suínos em ciclo fechado com 1008 porcas, 1502 CN, a qual é pertença da empresa RAÇÕES VERÍSSIMO, S.A., no entanto foi celebrado um contrato de cedência de exploração
com a empresa MANUEL QUERIDO - PRODUÇÃO E COMÉRCIO DE SUÍNOS, LDA., actual
explorador.
2. PROCESSO PRODUTIVO
As instalações compostas por 8 pavilhões, cais, enfermaria, centro de inseminação e quarentena, destinam-se à produção intensiva de 1008 (mil e oito) porcas híbridas, as quais serão inseminadas com sémen produzido na exploração, obtendo-se desta operação leitões destinados a engorda na exploração, isto é 1502 cabeças normais.
O objectivo de produção anual é de 23500 leitões por ano, em que 3000 vão para o mercado externo, 500 são fêmeas F1, para reposição do efectivo reprodutor, e 20000 são engordados na exploração. Deste modo, a exploração tem uma capacidade para 1008 porcas reprodutoras, 4 varrascos, 3360 leitões com 7 a 20 kg e 7728 porcos de engorda com 20 a 110 kg.
Existem no local, para além dos edifícios mencionados instalações sanitárias, habitações dos trabalhadores, parques de resíduos, silos, necrotério e a ETAR. De seguida apresentam-se as descrições das várias fases do processo produtivo da instalação.
2.1 Cobrição e diagnóstico da gestação
O sector de cobrição e diagnóstico da gestação é onde se inicia o ciclo reprodutivo. É composto por 98 celas individuais que se destinam a alojar as fêmeas reprodutoras e um parque para 3 porcas (ou 4 marrãs), desde o desmame até aos 28 dias de gestação. Aqui ocorre a detecção de cio, a inseminação artificial e a fase
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sector, cada pavilhão tem capacidade para 101 porcas e 1 varrasco, totalizando 404 porcas e 4 varrascos nos quatro pavilhões.
É pretendido que as porcas sejam cobertas 5 dias após a chegada. Uma vez inseminadas as porcas permanecem nas jaulas por um período de 28 dias enquanto aguardam o diagnóstico de gestação. Uma vez a gestação confirmada passam para parques onde permanecem até 5 dias antes da data prevista para o parto.
O sector da gestação é constituído por 7 parques, em que cada um aloja 4 porcas (ou 5 marrãs), 10 parques que alojam 8 fêmeas reprodutoras (ou 11 marrãs) e 2 parques que alojam 6 fêmeas reprodutoras cada. Deste modo, para este sector, cada pavilhão tem capacidade para alojar 120 porcas, totalizando 480 porcas nos quatro pavilhões.
As fêmeas reprodutoras são deslocadas para a cobrição após o desmame, assim como as fêmeas nulíparas (que ainda não pariram) necessárias para a reposição do efectivo reprodutor, e posteriormente, é realizada a inseminação artificial.
2.2 Maternidade
É uma instalação que possui um equipamento relativamente mais complexo, que permite maior segurança aos leitões depois do nascimento e durante a lactação. Este sector é composto por 7 salas de maternidades. Seis destas salas possuem capacidade para 12 porcas e outra tem capacidade para 7 porcas. Este sector aloja na totalidade 79 reprodutoras e toda a sua descendência desde o parto até ao desmame, totalizando 316 porcas nos quatro pavilhões.
As reprodutoras entram na maternidade 5 dias antes do parto.O período de aleitamento terá uma duração média de 28 dias. Após este período as fêmeas são encaminhadas para o sector de cobrições.
As maternidades são imediatamente lavadas e desinfectadas no mesmo dia do desmame, mantendo-se um vazio sanitário de 9 dias, até à entrada do novo grupo.
2.3 Recria
A recria é a fase do crescimento em que os animais já têm maior resistência, não necessitando de tantos cuidados, como na maternidade. Os leitões uma vez desmamados, com cerca de 7 kg, passam para salas específicas para os receber, designadas de salas de transição, onde permanecem até às 9 semanas de vida,
com cerca de 20 kg de peso vivo, saindo posteriormente para a engorda. Alguns saem mais cedo para abate com peso entre os 8 e 13 kg. Após saída as salas são limpas desinfectadas, ficando 7 dias em vazio sanitário até à chegada de outro lote. O sector do desmame é composto por 7 salas, cada sala é composta por 6 parques e cada parque aloja 20 animais. Cada pavilhão tem capacidade para 840 leitões, sendo a capacidade total do sector de recria de 3360 leitões.
2.4 Engorda
A engorda corresponde ao sector final, onde os porcos permanecem dos 20 kg (9 semanas de vida) até cerca de 110 kg de peso vivo (25 semanas), seguindo posteriormente para matadouro.
Cada um dos quatro pavilhões deste setor (7A ao 7D) é constituído por 7 salas que são compostas por 12 parques, com espaço para 23 porcos até 110 kg, pelo que cada pavilhão aloja 1934 porcos, totalizando 7728 porcos na exploração.
A duração do período de lavagem e vazio sanitário nas engordas é de 7 dias, sendo a lavagem e desinfecção efectuadas imediatamente após a saída dos porcos com 110 kg.
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3. FLUXOGRAMA DE ACTIVIDADES E BALANÇO DE MASSAS
Matérias primas Ração Água Matérias subsidiárias Energia Medicamentos Saídas Efluentes Líquidos Efluentes Gasosos Tamisados Chorume
Figura 1 - Fluxograma de Actividades e Balanço de Massas
As quantidades de matérias-primas e matérias subsidiárias consumidas anualmente são apresentadas na tabela seguinte:
Quantidades Anuais Ração 7800 t Matérias Primas Água 41785,6 m3 Energia 507545,5 Kwh Matérias
Subsidiárias Medicamentos 3000 unidades Recria ATMOSFERA ETAR - Actividade Não PCIP Gestação e Maternidades: actividade PCIP do Anexo I 6.6 c Engorda: actividade PCIP do Anexo I 6.6 b
3.1 Efluente Líquidos
Esta instalação origina águas residuais industriais que são tratadas na ETAR da exploração, segundo o diagrama seguinte:
Figura 2 – Diagrama da ETAR
As águas residuais são valorizadas no solo após tratamento, logo o seu impacte no meio receptor é minimizado. Como alternativa o chorume poderá ser enviado para ETAR colectiva. Escorrências ESGOTO BRUTO 1ª Lagoa Anaeróbia 2ªLagoa Anaeróbia 3ª Lagoa Anaeróbia Lagoa Facultativa
Valorização Agrícola e/ou ETAR Colectiva Lagoa de Maturação Tanque de Receção Bombagem Separador de Sólidos Tamisados 1.º Tanque de Sedimentação 2.º Tanque de Sedimentação 3.º Tanque de Sedimentação Valas
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3.2 Emissões gasosas
As emissões que existem, são denominadas emissões difusas, e estas têm origem na instalação e na ETAR.
A instalação possui ventilação natural e artificial que vai removendo alguns componentes gasosos e evitando subidas de temperatura dentro da exploração e consequentemente a formação de mais componentes gasosos. Este sistema possui também uma fossa de recolha de dejectos líquidos por debaixo, que vai reduzindo as emissões de amoníaco.
Na ETAR os tamisados são retirados com frequência, de forma a evitar a concentração de odores e formação de moscas e mosquitos. As lagoas estão dimensionadas de modo a permitir uma fácil degradação da matéria orgânica, evitando a emissão de acentuados odores.
Relativamente ao impacto no meio receptor, os odores não são sentidos intensivamente devido às técnicas de remoção de chorume controlo das temperaturas dentro da instalação e também devido à existência de uma cobertura vegetal na zona circundante da exploração que absorve os poucos odores existentes.
3.3 Resíduos
Os resíduos gerados na instalação podem ser considerados como: • Resíduos industriais banais;
• Resíduos perigosos (resíduos hospitalares); • Resíduos de embalagem
• Resíduos sólidos urbanos (resíduos orgânicos resultantes da actividade humana).
Estes resíduos possuem uma operação de gestão efectuada correctamente por empresas devidamente autorizadas que procedem à sua valorização ou eliminação. Criar uma zona de armazenamento única para os resíduos perigosos separando-os através de contentores devidamente identificados faz parte do programa de melhoria contínua da gestão dos resíduos.
3.4 Ruído
O ruído emitido por esta instalação não é significativo tendo origem no sistema de limpeza, sistema de alimentação, animais, e movimentação de veículos de transporte de animais, matérias-primas e subprodutos.
Não se prevê incomodidade para o exterior, pois num raio inferior ou igual a 1 km a partir do limite da instalação, não existem alvos sensíveis ao ruído (hospitais, escolas, casas de repouso, etc.).
4. LISTAGEM DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIAS
• Sistema de ventilação forçada;
• Sistema de aquecimento e de arrefecimento, através de sondas que controlam a temperatura ambiente;
• Sistema de alimentação e abeberamento automático; • Equipamento de lavagem (4 maquinas de lavar); • Programa de gestão de produção.