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Carta das Instalações Desportivas Artificiais Grupo Ocidental

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Academic year: 2021

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Carta das Instalações Desportivas Artificiais

Grupo Ocidental

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Ficha Técnica

Realização

FACULDADE DE LETRAS UNIVERSIDADE DE COIMBRA Largo da Porta Férrea 3049-530 Coimbra DIRECÇÃO REGIONAL DO DESPORTO Rua da Sé, n.º 158 9700-191 Angra do Heroísmo EQUIPA DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA Coordenação

António Manuel Rochette Cordeiro

Cartografia/Informática Paulo Jorge Caridade (coord.)

Luís Fernandes Gonçalo Carvalho Fernando Mendes Nuno Redinha

Análise/Diagnóstico Lúcia Costa (coord.) Fernando Alves Ângela Freitas Lúcia Santos João Nogueira

Análise Demográfica Rui Gama (coord.) Liliana Paredes Sandra Coelho

Trabalho de Campo André Paciência (coord.) Ângela Freitas António José Ferreira Fábio Cunha Gonçalo Carvalho Plataforma Dinâmica Intergraph Portugal PensarTerritório, Lda Geodinâmica, Lda Design Gráfico Hugo Campos

EQUIPA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

Direcção Regional do Desporto Presidente do Governo Regional dos Açores – Carlos Manuel Martins do Vale César

Secretária Regional da Educação e Formação – Maria Lina Pires Sousa Mendes

Director Regional do Desporto – Rui Alberto Gouveia dos Santos

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A concretização de um projecto de Desenvolvimento Desportivo num território com as características como as que apresenta o Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores apresenta-se como um desafio entusiasmante mas também muito complexo. Um projecto desta natureza, numa região insular, deve ter em consideração todas as particularidades do território. Se por um lado, a distância do Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores, ao Continente, é considerável, por outro, não é menos importante o próprio afastamento físico entre os grupos e as ilhas, o que levou a considerar uma análise à escala do grupo como a melhor abordagem que poderia ser realizada.

Porém, e mesmo tendo em conta que esta escala de análise possibilita alguma homogeneidade nas abordagens, na verdade, quando se analisam regiões insulares, cada ilha deve ser vista como um caso singular, já que, em termos de oferta de equipamentos colectivos aos diferentes segmentos de população, as respostas não podem ser uniformes, pelo que se devem analisar, individualmente, as duas ilhas que compõem o Grupo Ocidental: Flores e Corvo. Neste sentido, após o enquadramento e caracterização física e demográfica e a análise da rede de acessibilidades e transportes do território, o documento apresentado, incide sobre a avaliação das instalações desportivas artificias do Grupo Ocidental, passando-se, posteriormente, para um estudo à ilha, no qual se tem sempre presente o facto de não existir uma continuidade territorial. Este documento debruça-se, igualmente, sobre os resultados do cálculo dos Índices de Comunidade (por tipologia), tanto para o Grupo Ocidental, como para as suas ilhas. As questões ligadas ao enquadramento do Sistema Desportivo, à legislação desportiva, ao papel dos Poderes

Central, Regional e Local, bem como aos temas relacionados com o âmbito, natureza e objectos de uma Carta das Instalações Desportivas Artificiais Regional, encontram-se analisadas no volume referente ao todo da Região Autónoma – Volume I (é de salientar que existe também um volume referente ao Grupo Central e outro ao Grupo Oriental). Nesse primeiro volume, são ainda abordadas as questões de metodologia e técnicas utilizadas para a elaboração da Carta Desportiva, as quais se referem às terminologias, estrutura e hierarquia das instalações desportivas e ainda aos critérios de previsão e normas dessas mesmas instalações.

A Carta de Instalações Desportivas Artificiais do Grupo Ocidental, foi desenvolvido numa lógica de constituir um importante documento em termos de futuro planeamento, ordenamento e desenvolvimento socio-económico do grupo. Assume-se como um instrumento de planeamento estratégico, identificando e diagnosticando carências e assimetrias das instalações desportivas, reflectindo a própria política desportiva nas últimas décadas. Este documento pretende efectuar o diagnóstico das instalações desportivas artificias do Grupo Ocidental e a sua diferenciação tipológica para que, futuramente, se possa perspectivar e analisar as possibilidades de optimização, através da sua reabilitação/requalificação e adaptação, ou através de um processo de gestão adequado. Neste sentido, deve ainda ser equacionada, não só a criação de instalações desportivas codificadas para o apoio à prática desportiva federada, mas em especial, a definição de novos caminhos, nomeadamente no âmbito de instalações desportivas informais, numa lógica de satisfação plena da população.

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A. Enquadramento Territorial do

Grupo Ocidental

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1. Enquadramento e Caracterização Física

O Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores é constituído pelas Ilhas do Corvo e Flores, sendo esta última considerada, pela sua posição longitudinal, o extremo mais Ocidental do Arquipélago dos Açores e da Europa (Figura 1). O grupo é, deste modo, relativamente afastado das outras ilhas, já que a mais próxima, a Ilha do Faial, se encontra a cerca de 234 km. Por seu turno, a distância entre as duas ilhas que o integram, é de aproximadamente 18 km.

As Ilhas do Corvo e Flores localizam-se sobre a placa tectónica norte-americana, a Oeste do Rift da Crista Média Atlântica e emergem do mesmo banco submarino, de orientação NNE-SSO, encontrando-se separadas das outras ilhas dos Açores por uma

fossa de abatimento que ladeia a Crista (Medeiros, 1967). A geomorfologia actual da Ilha do Corvo assim como da Ilha das Flores não constitui uma expressão directa das estruturas vulcânicas que lhes deram origem, em virtude da acção erosiva, apresentando traços morfológicos bem diferenciados.

No que se refere ao clima, o grupo apresenta as características gerais definidas para todo o Arquipélago (Ferreira, 2005), ou seja, verifica-se a ocorrência de precipitação elevada durante todo o ano (registando-se valores médios anuais de 1479 mm na Ilha das Flores e de 1105 mm na Ilha do Corvo), as temperaturas médias rondam entre 12º C e 14º C no Inverno e entre 24º C e 26º C no Verão, sendo a amplitude térmica diurna e anual reduzida, e os valores de humidade atmosférica bastante elevados.

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Fonte – Selecções do Reader’s Digest, Atlas de Portugal, 1988.

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A morfologia da Ilha das Flores, apesar da sua origem vulcânica, reflecte, sobretudo, no presente, a acção erosiva do mar, dos cursos de água e dos movimentos de vertente. Esta acção erosiva é mais visível no sector Nordeste da Ilha, onde várias ribeiras apresentam vales profundos, com vertentes abruptas (Figura 2).

Por seu turno, no sector Ocidental, salienta-se a costa muito recortada e extremamente escarpada, chegando mesmo a atingir os 600 m de altura no extremo Noroeste da Ilha, caracterizado pelo difícil acesso e inexistência de povoamento.

O sector Central caracteriza-se por apresentar uma área de topografia acidentada, que se desenvolve entre os 600 m e os 900 m, sendo marcada por elevações, nomeadamente pelo ponto mais elevado da ilha, correspondente ao Morro Alto, que culmina aos 914 m de altitude. A acção erosiva das linhas de água tem vindo a provocar o desmantelamento dos antigos aparelhos vulcânicos, sendo possível encontrar, ainda, neste sector, várias crateras vulcânicas, sobretudo a partir dos 500 m de altitude, presentemente preenchidas por lagoas.

Em contraste, individualizam-se, no Litoral, as plataformas aplanadas onde assentam a Vila de Santa Cruz das Flores, a Este, e a povoação das Lajes das Flores, a Sudeste, sedes dos dois Municípios com o mesmo nome, e ainda as fajãs, nomeadamente a Fajã Grande e Fajãzinha, na costa Ocidental, onde se localizam as sedes das Freguesias homónimas.

Estas linhas gerais da morfologia reflectem-se no povoamento da ilha, na medida em que os aglomerados populacionais se encontram distribuídos ao longo do litoral, principalmente no voltado a Oriente, onde se desenvolvem também implantadas as melhores condições em termos de acessibilidades.

Em termos de património natural protegido, a Ilha das Flores apresenta quatro sítios Rede Natura 2000, nomeadamente, dois Sítios de Interesse Comunitário - a Zona Central-Morro Alto (2925 ha) e a Costa Nordeste -, esta última também classificada como Zona Especial de Protecção a par da Costa Sul e Sudoeste (230 ha).

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Fonte – Selecções do Reader’s Digest, Atlas de Portugal, 1988.

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A Ilha do Corvo ocupa uma superfície total de apenas 17,13

km2, apresentando 6,5 km de comprimento e 4 km de largura,

assumindo-se, deste modo, como a ilha mais pequena do Arquipélago dos Açores (Figura 3). Em termos administrativos e, em virtude das suas próprias características, integra apenas um Município, o qual corresponde também a uma só freguesia, a Freguesia do Corvo.

A Ilha do Corvo é a mais jovem do Arquipélago, sendo formada por uma única montanha vulcânica extinta, um grande cone vulcânico do tipo estrato-vulcão coroado com uma ampla cratera de abatimento chamada localmente de “Caldeirão”, com 3,7 km de perímetro e 300 m de profundidade, onde se podem observar várias lagoas, turfeiras e pequenas "ilhotas".

O ponto mais alto do território é o Morro dos Homens no bordo Sul da caldeira, com 718 m de altitude. Além desta elevação destacam-se ainda as da Lomba Redonda, da Coroa do Pico, da Coroinha, do Morro da Fonte, do Espigãozinho e do Serrão Alto, podendo, apesar da sua reduzida dimensão, ser dividido em três unidades morfológicas: o cone principal, o “Caldeirão” e a plataforma meridional (Medeiros, 1967).

A totalidade da Ilha, exceptuando no sector Sul, onde se

observa uma pequena plataforma, está cinturada por arribas altas e escarpadas, constituindo as vertentes do cone central do vulcão extinto. As vertentes encontram-se parcialmente preservadas nos flancos Sul e Leste (com altitudes entre os 150 m e os 250 m), sendo muito reduzidas pelo recuo das arribas litorais a Norte e completamente inexistentes a Oeste (com altitudes entre os 500 m e os 700 m) devido à forte erosão marinha e cuja arriba resultante chega atingir os 700 m de altitude.

No sector Meridional, sobressai a plataforma onde se fixou a Vila do Corvo, a única povoação da Ilha, que pela sua planura (com altitudes entre os 10 m e os 60 m), produz um vigoroso contraste com o resto da Ilha.

Estas linhas gerais da morfologia vão reflectir-se na existência de declives, muito acentuados nas vertentes do sector Norte e Oeste, notando-se um aumento gradual à medida que avançamos para o cimo do cone. Por outro lado, na plataforma Meridional da Ilha, devido à sua planura, os declives são quase inexistentes.

A Ilha do Corvo apresenta, em termos de património natural protegido, apenas um sector, referente ao Caldeirão, considerado pela Rede Natura 2000 como Zona Especial de Protecção e Sítio de Interesse Comunitário.

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Fonte – Selecções do Reader’s Digest, Atlas de Portugal, 1988.

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2. Caracterização Demográfica

2.1. Dinâmicas demográficas e território

As alterações na demografia traduzem processos de natureza diversa. Evidenciam, desde logo, transformações na economia ou na família, mas também nas acessibilidades ou nos estilos de vida, e, igualmente, nas condições de saúde ou no domínio político. Paralelamente, alterações no ritmo de crescimento da população, nas estruturas demográficas e na distribuição no espaço das populações direccionam os trajectos evolutivos de muitos dos aspectos de base daqueles processos. A leitura das alterações demográficas registadas nas últimas décadas deve ser assim integrada no contexto alargado da evolução dos respectivos sistemas sociais, culturais, económicos e políticos.

É tendo em atenção este pano de fundo que se pensa que o conhecimento da dinâmica demográfica se afigura como essencial para que se possa com antecedência e ponderação reflectir sobre as principais tendências que se prefiguram neste início de século, ordenando o espaço da forma mais adequada e no quadro de uma racionalidade que se pretende dinâmica, gerindo mais eficazmente recursos que, como bens escassos que são exigem alguma cautela e ponderação nas decisões a tomar, uma vez que os custos associados a uma má gestão terão efeitos duradouros e crescentemente elevados.

A caracterização demográfica apresenta alguns elementos relativos à distribuição, evolução e características da população

para a Região Autónoma dos Açores, considerando os três grupos de ilhas e os respectivos municípios, destacando os principais comportamentos para as décadas mais recentes (oitenta e noventa). Consideram-se ao mesmo tempo as alterações registadas nas freguesias mais importantes (com maior população) de cada município. Destacam-se em particular os elementos prospectivos da dinâmica da população, tendo em atenção o objectivo do presente estudo. Procura-se sempre apresentar os quadros de síntese salientando as principais tendências da evolução da população nos territórios analisados. Por último, são apresentados elementos que permitem conhecer os principais aspectos da geo-economia do território em análise.

Em termos metodológicos, a estratégia de investigação valorizou a tradução espacial das variáveis demográficas população residente, nascimentos, óbitos e migrantes (saldo migratório), resumidas através de alguns índices e evidenciando as tendências evolutivas que reflectem as alterações registadas nos padrões de comportamento da população em Portugal no quadro das mudanças sociais, culturais, económicas e políticas ocorridas na segunda metade do século XX.

Por outro lado, e dado o objectivo do estudo (validar e reorganizar de forma integrada a rede municipal de equipamentos desportivos existente na Região Autónoma dos Açores), utilizaram-se métodos de projecção da população para as primeiras décadas do actual século. No contexto da análise da população é importante conhecer com algum pormenor as tendências evolutivas, mesmo que isso possa significar cometer erros, que serão em todo o caso

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de menor amplitude tendo em atenção as opções a realizar no quadro das políticas a seguir e dos investimentos que as materializam. As premissas de base são em todo o caso bastante cautelosas, pelo que a evolução poderá sempre superar os valores projectados.

Assim, no sentido de antever os cenários futuros, utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades). Os resultados da aplicação deste método a populações particulares dá informações sobre o volume e a composição (segundo o sexo e as idades) da população em momentos futuros, não tendo em atenção acontecimentos de natureza excepcional (catástrofes, guerras, epidemias, etc.). Os resultados projectados para o futuro traduzem não só a composição (sexo e idades) populacional da população no presente, como têm que ser interpretados a partir das hipóteses assumidas sobre a evolução, ao longo do período prospectivo, dos comportamentos demográficos (mortalidade, fecundidade e movimentos migratórios).

O momento de partida utilizado foi a data do último recenseamento (12 de Março de 2001), projectando-se sucessivamente para períodos anuais (Município) e quinquenais (Freguesia) até 2021.

Os problemas relacionados com a escala geográfica de análise e com a qualidade dos dados, são aspectos que devem merecer uma especial atenção no cálculo e interpretação dos resultados da projecção. Em relação ao primeiro aspecto, privilegiou-se a desagregação por município como a escala principal, apresentando

também resultados para o nível freguesia. A fonte de dados estatísticos foi o Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos da População e Estatísticas Demográficas).

Como último elemento, importa sublinhar que os resultados da evolução da população traduzem apenas a consideração das variáveis responsáveis pela dinâmica natural das populações (mortalidade e fecundidade), já que é difícil obter dados sobre as migrações desagregados, por sexo e idades, para os níveis espaciais utilizados (município e freguesia). Mas, considera-se também na análise os resultados a componente migratória, tendo em atenção a equação da concordância e a repartição do saldo migratório a partir da estrutura por idade e sexo existente em 2001. Para os anos futuros, considerou-se o saldo migratório correspondente ao último período inter-censitário e a estrutura etária projectada. Contudo, pensa-se que os volumes do saldo migratório serão no futuro de menor amplitude dada a política de imigração dos diferentes países da União Europeia. Em paralelo, o saldo das migrações internas será de maior amplitude. De qualquer forma, como veremos, as consequências sobre as variáveis demográficas terão uma tradução pouco expressiva no quadro da evolução projectada. Foi com base nestes pressupostos e sublinhando que a população no tempo de partida reflecte desde logo os efeitos da dinâmica migratória que, para o período 2001-2021, se projectaram os valores de população por sexo e idades. Estes valores devem ser entendidos como tendências na hora de planear equipamentos e infra-estruturas e de tomar decisões no âmbito da apresentação de cartas educativas. A utilização de

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ferramentas informáticas no quadro dos Sistemas de Informação Geográfica possibilita prospectivar cenários futuros numa base espacial, introduzindo, desta forma, outras variáveis ao tomar decisões sobre a racionalização e utilização de equipamentos e da realização de investimentos.

2.1.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida

O Grupo Ocidental é constituído por duas ilhas (Flores e Corvo), aparecendo no contexto da Região Autónoma dos Açores como um território com expressão demográfica reduzida tendo em atenção os 4420 habitantes registados em 2001 (Quadro 1). Com efeito, representava neste ano apenas 1,8% dos residentes na Região (Figura 4) e esta relação é semelhante à registada dez anos antes aquando da realização do recenseamento populacional, sendo de destacar, no entanto, uma tendência no sentido de uma ligeira perda de peso no contexto regional, uma vez que em 1991 representava 2,0% do total de população da Região.

Considerando o tempo longo (segunda metade do século XX), sublinha-se o facto de o Grupo Ocidental registar uma perda do peso populacional no seio da Região Autónoma dos Açores. Em 1950 apresentava 8543 habitantes (2,7% dos habitantes da Região), data a partir da qual se regista uma perda contínua de população. Com efeito, em 1960 os residentes passaram a ser 7234 (2,2% dos habitantes da Região), em 1070 diminuíram para 6100 (2,1% do valor regional), sendo 4722 em 1981 e 1991 (com pesos regionais de 1,9% e 2,0%, respectivamente), ocorrendo o menor valor do período em análise em 2001 (4420 habitantes).

A análise dos valores que traduzem a distribuição da população por Grupo de Ilhas distingue o comportamento dos Grupos Oriental e Ocidental, ao mesmo tempo que evidencia o reduzido quantitativo populacional do Grupo Ocidental. A evolução por Município reflecte esta tendência, uma vez que residem em Santa Cruz das Flores apenas 2493 indivíduos (1,0% do total da Região), 1502 em Lajes das Flores (Municípios da Ilha das Flores) e apenas 425 no Corvo (Ilha do Corvo) A posição geográfica, a reduzida extensão e a história da Região ajudam a compreender a reduzida expressão populacional das Ilhas do Grupo Ocidental.

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Quadro 1 – População residente por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 1950 e 2001.

RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal

Santa Maria Vila do Porto 11788 3,7 0,1 13233 4,0 0,1 9765 3,4 0,1 6500 2,7 0,1 5922 2,5 0,1 5578 2,3 0,1

Lagoa 13638 4,3 0,2 13944 4,3 0,2 13250 4,7 0,2 12849 5,3 0,1 12900 5,4 0,1 14126 5,8 0,1

Nordeste 11394 3,6 0,1 11180 3,4 0,1 8885 3,1 0,1 6803 2,8 0,1 5490 2,3 0,1 5291 2,2 0,1

Ponta Delgada 72631 22,9 0,9 74306 22,7 0,8 67975 23,9 0,8 63804 26,2 0,6 61989 26,1 0,6 65854 27,2 0,6

Povoação 15298 4,8 0,2 15064 4,6 0,2 12820 4,5 0,1 8458 3,5 0,1 7323 3,1 0,1 6726 2,8 0,1

Ribeira Grande 37034 11,7 0,4 39597 12,1 0,4 32165 11,3 0,4 28128 11,6 0,3 27163 11,4 0,3 28462 11,8 0,3

Vila Franca do Campo 14141 4,5 0,2 14596 4,5 0,2 13905 4,9 0,2 11866 4,9 0,1 11050 4,6 0,1 11150 4,6 0,1

175924 55,4 2,1 181920 55,6 2,0 158765 55,8 1,8 138408 56,9 1,4 131837 55,4 1,3 137187 56,7 1,3

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 9522 3,0 0,1 8669 2,6 0,1 7180 2,5 0,1 5377 2,2 0,1 5189 2,2 0,1 4780 2,0 0,0

Calheta 7632 2,4 0,1 7429 2,3 0,1 6130 2,2 0,1 4434 1,8 0,0 4512 1,9 0,0 4069 1,7 0,0

Velas 8768 2,8 0,1 8466 2,6 0,1 6130 2,2 0,1 5927 2,4 0,1 5707 2,4 0,1 5605 2,3 0,1

Faial Horta 23944 7,5 0,3 20281 6,2 0,2 16375 5,8 0,2 15489 6,4 0,2 14920 6,3 0,2 15063 6,2 0,1

Lajes do Pico 8434 2,7 0,1 8186 2,5 0,1 6605 2,3 0,1 5828 2,4 0,1 5563 2,3 0,1 5041 2,1 0,0

Madalena 8280 2,6 0,1 8359 2,6 0,1 6860 2,4 0,1 5977 2,5 0,1 5964 2,5 0,1 6136 2,5 0,1

São Roque do Pico 5622 1,8 0,1 5232 1,6 0,1 4660 1,6 0,1 3678 1,5 0,0 3675 1,5 0,0 3629 1,5 0,0

Angra do Heroísmo 39194 12,4 0,5 43374 13,2 0,5 39465 13,9 0,5 32808 13,5 0,3 35270 14,8 0,4 35581 14,7 0,3

Vila da Praia da Vitória 21414 6,7 0,3 28236 8,6 0,3 26035 9,2 0,3 20762 8,5 0,2 20436 8,6 0,2 20252 8,4 0,2

132810 41,9 1,6 138232 42,2 1,6 119440 42,0 1,4 100280 41,2 1,0 101236 42,6 1,0 100156 41,4 1,0

Lajes das Flores 4040 1,3 0,0 3376 1,0 0,0 2600 0,9 0,0 1896 0,8 0,0 1701 0,7 0,0 1502 0,6 0,0

Santa Cruz das Flores 3772 1,2 0,0 3177 1,0 0,0 3030 1,1 0,0 2456 1,0 0,0 2628 1,1 0,0 2493 1,0 0,0

Corvo Corvo 731 0,2 0,0 681 0,2 0,0 470 0,2 0,0 370 0,2 0,0 393 0,2 0,0 425 0,2 0,0 8543 2,7 0,1 7234 2,2 0,1 6100 2,1 0,1 4722 1,9 0,0 4722 2,0 0,0 4420 1,8 0,04 317277 100,0 3,7 327386 100,0 3,7 284305 100,0 3,3 243410 100,0 2,5 237795 100,0 2,41 241763 100,0 2,33 7921913 - 93,1 8292975 - 93,3 8123310 - 93,8 9336760 - 95,0 9375926 - 95,0 9869343 - 95,3 8510240 - 100,0 8889392 - 100,0 8663252 - 100,0 9833014 - 100,0 9867147 - 100,0 10356117 - 100,0 São Jorge Pico Portugal Grupo Ocidental Grupo Central Grupo Oriental 1981 1991 Unidade Geográfica Município Nº Nº Continente 2001 % 1950 1960 1970 Terceira São Miguel Flores

Região Autónoma dos Açores

%

Nº % Nº % Nº % Nº %

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0 1000 2000 3000 4000 5000 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Nº

Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo

Figura 4 – População residente por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre1950 e 2001.

A análise da dinâmica da população na década de noventa por Município permite distinguir no Grupo Ocidental, a evolução registada no Corvo (8,1%), devendo ter, no entanto, presente o reduzido número de habitantes do Município-Ilha (Quadro 2 e Figura 5). Os dois Municípios da Ilha das Flores registaram perdas expressivas de menos 5,1% e -11,7%, respectivamente em Santa Cruz das Flores e em Lajes das Flores. Nem mesmo os Municípios com maiores quantitativos de população revelam capacidade de fixar indivíduos.

A comparação com os dados de 1950 evidencia a forte perda populacional registada nos três Municípios do Grupo, sendo que Santa Cruz das Flores, Município do Grupo com mais residentes registou a menor perda, não obstante ter menos de 1/3 dos residentes em 2001, de -33,9% correspondendo a -1279 residentes (vide Quadro 2 e Figura 6). O Município de Lajes das Flores perdeu nestas cinco décadas quase 2/3 dos habitantes (-62,8% num total de 2538 indivíduos). O Município do Corvo apresenta também uma evolução muito desfavorável (-306 residentes com uma perda relativa de 41,9%).

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Quadro 2 – Variação da população residente por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre1950 e 2001.

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Santa Maria Vila do Porto 1445 12,3 -3468 -26,2 -3265 -33,4 -578 -8,9 -344 -5,8 -6210 -52,7

Lagoa 306 2,2 -694 -5,0 -401 -3,0 51 0,4 1226 9,5 488 3,6

Nordeste -214 -1,9 -2295 -20,5 -2082 -23,4 -1313 -19,3 -199 -3,6 -6103 -53,6

Ponta Delgada 1675 2,3 -6331 -8,5 -4171 -6,1 -1815 -2,8 3865 6,2 -6777 -9,3

Povoação -234 -1,5 -2244 -14,9 -4362 -34,0 -1135 -13,4 -597 -8,2 -8572 -56,0

Ribeira Grande 2563 6,9 -7432 -18,8 -4037 -12,6 -965 -3,4 1299 4,8 -8572 -23,1

Vila Franca do Campo 455 3,2 -691 -4,7 -2039 -14,7 -816 -6,9 100 0,9 -2991 -21,2

5996 3,4 -23155 -12,7 -20357 -12,8 -6571 -4,7 5350 4,1 -38737 -22,0

Graciosa Santa Cruz da Graciosa -853 -9,0 -1489 -17,2 -1803 -25,1 -188 -3,5 -409 -7,9 -4742 -49,8

Calheta -203 -2,7 -1299 -17,5 -1696 -27,7 78 1,8 -443 -9,8 -3563 -46,7

Velas -302 -3,4 -2336 -27,6 -203 -3,3 -220 -3,7 -102 -1,8 -3163 -36,1

Faial Horta -3663 -15,3 -3906 -19,3 -886 -5,4 -569 -3,7 143 1,0 -8881 -37,1

Lajes do Pico -248 -2,9 -1581 -19,3 -777 -11,8 -265 -4,5 -522 -9,4 -3393 -40,2

Madalena 79 1,0 -1499 -17,9 -883 -12,9 -13 -0,2 172 2,9 -2144 -25,9

São Roque do Pico -390 -6,9 -572 -10,9 -982 -21,1 -3 -0,1 -46 -1,3 -1993 -35,5

Angra do Heroísmo 4180 10,7 -3909 -9,0 -6657 -16,9 2462 7,5 311 0,9 -3613 -9,2

Vila da Praia da Vitória 6822 31,9 -2201 -7,8 -5273 -20,3 -326 -1,6 -184 -0,9 -1162 -5,4

5422 4,1 -18792 -13,6 -19160 -16,0 956 1,0 -1080 -1,1 -32654 -24,6

Lajes das Flores -664 -16,4 -776 -23,0 -704 -27,1 -195 -10,3 -199 -11,7 -2538 -62,8

Santa Cruz das Flores -595 -15,8 -147 -4,6 -574 -18,9 172 7,0 -135 -5,1 -1279 -33,9

Corvo Corvo -50 -6,8 -211 -31,0 -100 -21,3 23 6,2 32 8,1 -306 -41,9 -1309 -15,3 -1134 -15,7 -1378 -22,6 0 0,0 -302 -6,4 -4123 -48,3 10109 3,2 -43081 -13,2 -40895 -14,4 -5615 -2,3 3968 1,7 -75514 -23,8 371062 4,7 -169665 -2,0 1213450 14,9 39166 0,4 493417 5,3 1947430 24,6 379152 4,5 -226140 -2,5 1169762 13,5 34133 0,3 488970 5,0 1845877 21,7 1981-1991 1991-2001 1950-2001 Unidade Geográfica Município 1950-1960 1960-1970 1970-1981 Grupo Central São Miguel Grupo Oriental Continente Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores

Portugal São Jorge

Pico

Terceira

Flores

(23)
(24)
(25)

O dispositivo territorial observado no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores expressa um nítido fenómeno de concentração da população nos Municípios da Ilha das Flores, num quadro de perda populacional, quer considerando o tempo longo, quer mesmo a década de noventa.

2.1.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações na população observada na Região Autónoma do Açores, nos Grupos de Ilhas e nos respectivos Municípios relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos desportivos se torna elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume também como um factor decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade para 1991 e 2001 destaca o reduzido número de nascimentos para o Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores, inferior à meia centena desde 1992 e diminuindo na década de noventa e também desde o ano de 2001 (Quadro 3).

Os primeiros anos da década de noventa (entre 1991 e 1995) e 2001 registam o maior número de nascimentos desde 1991 (57, 49, 52, 45 e 48, respectivamente). Apresentando os Municípios uma

evolução semelhante, destaca-se o caso de Santa Cruz das Flores por ser aquele que regista mais nascimento no Grupo.

As taxas de natalidade traduzem esta tendência de diminuição do número de nascimentos, uma vez que para o Grupo evoluiu de 12,07‰ para 10,86‰ (Quadro 4 e Figuras 7 e 9).

Os Municípios apresentam uma evolução variável, sendo que Santa Cruz das Flores registou em 2001 menor taxa de natalidade por comparação a 1991 (11,23‰ contra 16,74%). Lajes das Flores apresenta uma taxa de natalidade maior em 2001 (11,32‰ contra 7,64‰). Sublinhe-se, ainda assim, o facto de as taxas de natalidade continuarem a ser nestes dois Municípios superiores às registadas em Portugal (10,89‰ em 2001).

A evolução observada no número de óbitos e na correspondente taxa de mortalidade destaca uma evolução diversa nos Municípios do Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores (vide Quadro 4, Quadro 5 e Figuras 8 e 9).

A leitura dos valores para estas variáveis destaca uma diminuição do número de óbitos, apresentando as taxas de mortalidade três tendências. Por um lado, o Município de Santa Cruz das Flores mantém a taxa de mortalidade na década de noventa (14,84‰), registando Lajes das Flores uma aumento e a maior taxa de mortalidade (de 14,11‰ para 17,31‰). O Município do Corvo regista uma diminuição desta taxa entre 1991 e 2001, passando de 15,27‰ para 9,41‰ (este valor deve ser interpretado no quadro do reduzido número de residentes).

A consideração do número de nados-vivos e de óbitos no Grupo Ocidental para o período entre 1991 e 2005 mostra uma

(26)

tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual reduzido (inferior à meia centena) e inferior ao dos óbitos na década de noventa do século passado e actual década (vide Quadros 3 e 5).

As taxas de mortalidade superam as taxas de natalidade no período considerado, sendo em 2001 a taxa de crescimento natural negativa nos Municípios do Grupo Ocidental, sendo de -2,35‰ no Corvo, -3,61‰ em Santa Cruz das Flores e -5,99‰ em Lajes das Flores (vide Quadro 4 e Figuras 7, 8 e 9)

Quadro 3 – Nados-vivos por Município na Região Autónoma dos Açores de 1991 a 2005.

Ilha Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total

Santa Maria Vila do Porto 77 87 92 83 78 80 82 60 70 80 59 65 53 58 56 1080

Lagoa 215 240 227 249 215 240 214 216 235 245 205 207 227 202 215 3352

Nordeste 69 71 79 61 58 63 77 76 57 61 61 68 53 59 56 969

Ponta Delgada 1154 1102 1111 1097 1074 1075 1076 1073 999 1052 914 892 902 864 897 15282

Povoação 109 102 101 97 121 99 96 104 85 90 87 77 71 68 83 1390

Ribeira Grande 570 566 546 545 573 530 531 556 509 544 501 509 487 495 491 7953

Vila Franca do Campo 209 209 211 214 177 199 175 160 189 162 146 129 141 137 143 2601

2403 2377 2367 2346 2296 2286 2251 2245 2144 2234 1973 1947 1934 1883 1941 32627

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 61 63 53 53 45 46 52 60 45 48 53 45 36 46 37 743

Calheta 60 46 50 38 38 36 38 36 40 32 37 44 49 37 37 618

Velas 85 62 64 67 64 55 54 55 76 55 61 67 46 43 43 897

Faial Horta 200 153 190 187 155 182 201 170 170 198 172 147 168 183 176 2652

Lajes do Pico 58 43 39 47 58 48 55 37 50 62 35 41 40 48 49 710

Madalena 67 57 63 69 46 63 58 62 53 61 51 60 54 46 54 864

São Roque do Pico 43 43 38 40 49 36 35 25 25 37 24 35 30 25 31 516

Angra do Heroísmo 492 486 509 473 444 443 430 462 473 432 426 384 462 430 383 6729

Vila da Praia da Vitória 316 294 274 289 259 323 292 251 234 265 249 259 253 238 234 4030

1382 1247 1280 1263 1158 1232 1215 1158 1166 1190 1108 1082 1138 1096 1044 17759

Lajes das Flores 13 16 24 15 10 13 10 12 18 16 17 10 9 9 12 204

Santa Cruz das Flores 44 28 25 30 25 20 23 22 30 17 28 24 16 17 20 369

Corvo Corvo 0 5 3 0 1 3 1 2 4 5 3 1 3 2 2 35 57 49 52 45 36 36 34 36 52 38 48 35 28 28 34 608 3842 3673 3699 3654 3490 3554 3500 3439 3362 3462 3129 3064 3100 3007 3019 50994 Grupo Central Grupo Ocidental Flores Grupo Oriental São Jorge Terceira São Miguel

Região Autónoma dos Açores Pico

(27)

Quadro 4 – Taxas de natalidade, mortalidade e crescimento natural por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores em 1991 e 2001. Natalidade (N) Taxa de Natalidade (TN) Mortalidade (M) Taxa de Mortalidade (TM) Crescimento natural (CN) Taxa de Crescimento Natural (TCN) Natalidade (N) Taxa de Natalidade (TN) Mortalidade (M) Taxa de Mortalidade (TM) Crescimento natural (CN) Taxa de Crescimento Natural (TCN)

Santa Maria Vila do Porto 77 13,00 65 10,98 12 2,03 59 10,58 66 11,83 -7 -1,25

Lagoa 215 16,67 107 8,29 108 8,37 205 14,51 113 8,00 92 6,51

Nordeste 69 12,57 50 9,11 19 3,46 61 11,53 69 13,04 -8 -1,51

Ponta Delgada 1154 18,62 566 9,13 588 9,49 914 13,88 618 9,38 296 4,49

Povoação 109 14,88 88 12,02 21 2,87 87 12,93 91 13,53 -4 -0,59

Ribeira Grande 570 20,98 273 10,05 297 10,93 501 18,00 244 8,77 257 9,24

Vila Franca do Campo 209 18,91 105 9,50 104 9,41 146 13,09 94 8,43 52 4,66

2403 18,23 1254 9,51 1149 8,72 1973 14,38 1295 9,44 678 4,94

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 61 11,76 71 13,68 -10 -1,93 53 11,09 86 17,99 -33 -6,90

Calheta 60 13,30 60 13,30 0 0,00 37 9,09 49 12,04 -12 -2,95

Velas 85 14,89 70 12,27 15 2,63 61 10,88 76 13,56 -15 -2,68

Faial Horta 200 13,40 196 13,14 4 0,27 172 11,42 168 11,15 4 0,27

Lajes do Pico 58 10,43 71 12,76 -13 -2,34 35 6,94 86 17,06 -51 -10,12

Madalena 67 11,23 90 15,09 -23 -3,86 51 8,31 91 14,83 -40 -6,52

São Roque do Pico 43 11,70 46 12,52 -3 -0,82 24 6,61 60 16,53 -36 -9,92

Angra do Heroísmo 492 13,95 467 13,24 25 0,71 426 11,97 406 11,41 20 0,56

Vila da Praia da Vitória 316 15,46 214 10,47 102 4,99 249 12,30 224 11,06 25 1,23

1382 13,65 1285 12,69 97 0,96 1108 11,06 1246 12,44 -138 -1,38

Lajes das Flores 13 7,64 24 14,11 -11 -6,47 17 11,32 26 17,31 -9 -5,99

Santa Cruz das Flores 44 16,74 39 14,84 5 1,90 28 11,23 37 14,84 -9 -3,61

Corvo Corvo 0 0,00 6 15,27 -6 -15,27 3 7,06 4 9,41 -1 -2,35 57 12,07 69 14,61 -12 -2,54 48 10,86 67 15,16 -19 -4,30 3842 16,16 2608 10,97 1234 5,19 3129 12,94 2608 10,79 521 2,16 Município 2001 1991 Grupo Central Flores Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores Terceira Grupo Oriental São Jorge Pico São Miguel Ilha Fonte: INE.

(28)

Quadro 5 – Óbitos por Município da Região Autónoma dos Açores de 1991 a 2005.

Ilha Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total

Santa Maria Vila do Porto 65 70 55 63 77 65 66 66 63 58 66 58 69 59 54 954

São Miguel Lagoa 107 93 119 99 101 113 91 134 133 95 113 111 132 100 117 1658

Nordeste 50 56 83 84 64 82 87 65 60 60 69 71 75 50 66 1022

Ponta Delgada 566 583 662 588 626 631 616 572 571 594 618 604 610 604 545 8990

Povoação 88 73 90 102 89 101 124 90 86 85 91 82 85 76 71 1333

Ribeira Grande 273 254 311 256 262 228 260 261 264 270 244 286 274 218 247 3908

Vila Franca do Campo 105 125 111 108 108 94 125 109 101 106 94 107 117 117 103 1630

1254 1254 1431 1300 1327 1314 1369 1297 1278 1268 1295 1319 1362 1224 1203 19495

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 71 86 118 79 92 86 115 91 83 74 86 87 76 91 70 1305

São Jorge Calheta 60 49 53 53 55 54 75 51 57 56 49 49 42 39 67 809

Velas 70 92 75 87 84 77 95 84 71 76 76 72 86 61 76 1182

Faial Horta 196 206 223 196 217 225 221 226 145 180 168 200 182 166 174 2925

Pico Lajes do Pico 71 80 90 73 81 102 83 84 86 84 86 72 76 83 82 1233

Madalena 90 89 81 94 81 84 92 92 73 91 91 96 72 66 97 1289

São Roque do Pico 46 46 54 35 49 51 45 51 62 43 60 56 42 43 52 735

Terceira Angra do Heroísmo 467 420 474 431 390 416 413 451 425 455 406 442 419 390 357 6356

Vila da Praia da Vitória 214 222 224 218 247 222 232 223 209 221 224 223 227 231 210 3347

1285 1290 1392 1266 1296 1317 1371 1353 1211 1280 1246 1297 1222 1170 1185 19181

Flores Lajes das Flores 24 29 31 26 34 29 21 22 34 20 26 17 19 28 20 380

Santa Cruz das Flores 39 43 42 40 32 56 46 37 47 33 37 30 45 27 28 582

Corvo Corvo 6 6 10 2 0 2 4 4 7 7 4 6 7 8 3 76

69 78 83 68 66 87 71 63 88 60 67 53 71 63 51 1038

2608 2622 2906 2634 2689 2718 2811 2713 2577 2608 2608 2669 2655 2457 2439 39714

Região Autónoma dos Açores Grupo Central Grupo Oriental

Grupo Ocidental

(29)

-20,00 -15,00 -10,00 -5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00

Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo

TN 1991 TM 1991 TCN 1991

Figura 7 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores em 1991.

-10,00 -5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00

Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo

TN 2001 TM 2001 TCN 2001

Figura 8 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores em 2001.

-20,00 -10,00 0,00 10,00 20,00 30,00 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 ‰

Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Taxa de Crescimento Natural

(30)

A consideração da dinâmica das migrações para a Região Autónoma dos Açores e para os Grupos de Ilhas vem reforçar o cenário identificado de evolução positiva da população na Região e nos territórios que revelam maior dinamismo demográfico e económico (Quadro 6 e Figura 10). Mas, se o crescimento natural é positivo na Região e no Grupo Oriental, o mesmo não se verifica nos Grupos Central e Ocidental. Ao mesmo tempo o saldo migratório apresenta também valores positivos na Região e naquele Grupo (3447 e 4672 pessoas, respectivamente). Registe-se ainda que os Grupos Central e Ocidental apreRegiste-sentam saldos migratórios negativos (-942 e -283, respectivamente). Esta evolução traduz-se, assim, num crescimento efectivo expressivo na última década do século XX na Região Autónoma (3968 indivíduos), resultado sobretudo do poder de atracção de população evidenciada pelo Grupo Oriental (5350 pessoas).

A dinâmica demográfica positiva apresentada pelo Região e pelo Grupo Oriental tem uma forte componente associada ao fenómeno migratório observado nos municípios de Ponta Delgada, Ribeira Grande e Lagoa. No caso do Grupo Central, e não obstante o crescimento efectivo negativo, o município de Angra do Heroísmo regista, quer crescimento natural quer saldo migratório, favoráveis (20 e 291 indivíduos, respectivamente). No Grupo Ocidental, o Município do Corvo apresenta um crescimento efectivo positivo (32 indivíduos), resultado da dinâmica migratória favorável (33 residentes). O regresso de emigrantes poderá justificar a evolução positiva, que deve ser enquadrada no reduzido peso populacional.

As razões que permitirão entender estes comportamentos devem ser procuradas no quadro quer da localização e posição geográficas, quer da história das ilhas deste Grupo.

(31)

Quadro 6 – Movimentos da População por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 1991 e 2001. Ilha Município Crescimento Natural (CN) Saldo Migratório (SM) Crescimento Efectivo (CE)

Santa Maria Vila do Porto -7 -337 -344

Lagoa 92 1134 1226

Nordeste -8 -191 -199

Ponta Delgada 296 3569 3865

Povoação -4 -593 -597

Ribeira Grande 257 1042 1299

Vila Franca do Campo 52 48 100

678 4672 5350

Graciosa Santa Cruz da Graciosa -33 -376 -409

Calheta -12 -431 -443

Velas -15 -87 -102

Faial Horta 4 139 143

Lajes do Pico -51 -471 -522

Madalena -40 212 172

São Roque do Pico -36 -10 -46

Angra do Heroísmo 20 291 311

Vila da Praia da Vitória 25 -209 -184

-138 -942 -1080

Lajes das Flores -9 -190 -199

Santa Cruz das Flores -9 -126 -135

Corvo Corvo -1 33 32

-19 -283 -302

521 3447 3968

Região Autónoma dos Açores Terceira São Miguel Grupo Oriental Flores Pico São Jorge Grupo Central Grupo Ocidental Fonte: INE.

(32)

-250 -200 -150 -100 -50 0 50

Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo

Crescimento natural Saldo Migratório Crescimento efectivo

Figura 10 – Movimentos da população por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 1991 e 2001.

2.1.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Consideram-se, para efeitos de análise, as pirâmides etárias relativas a 1991 e 2001 para o Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores, centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais. Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população. Conjuntamente

com os dados avançados para a dinâmica natural da população permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha a crescente tendência para o envelhecimento da população (Quadro 7).

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada dos grupos etários, verificamos que, no Grupo Ocidental, a população jovem-adulta (15-39 anos) e jovem-adulta (40-64 anos) sofreram um aumento desde 1991 (de 33,1% para 36,5% e de 26,4% para 29,0%, respectivamente). Por outro lado, a população jovem (0-14 anos)

(33)

registou nesta década uma diminuição de 21,4% para 16,5%, o mesmo acontecendo no caso da população idosa (mais de 65 anos), que passou de 19,0% para 18,0%. A evolução na estrutura etária traduz, assim, o duplo envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e que deve merecer uma reflexão sobretudo no caso português, dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida.

A evolução representa para o Grupo Ocidental uma perda de população jovem entre 1991 e 2001, de 27,9%, e, por outro lado,

um acréscimo com significado de população da metade mais jovem de activos (15 49 anos) e da metade mais idosa (40-64 anos), de 3% e 2,9%, respectivamente. Acresce que a população idosa sofreu uma forte quebra (-11,5%). A perda de jovens é maior do que a registada na Região Autónoma dos Açores, sendo o acréscimo nos restantes escalões etários menor. A análise por Município sublinha a diminuição da população jovem em todos os Municípios do Grupo e o decréscimo no escalão etário de 65 e mais anos (Quadro 8).

Quadro 7 – População residente por Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores, segundo os grandes grupos etários, em 1991 e 2001.

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % 0 - 14 anos 62857 26,4 51767 21,4 -11090 -17,64 38375 29,1 32406 23,6 -5969 -15,6 23471 23,2 18632 18,6 -4839 -20,6 1011 21,4 729 16,5 -282 -27,9 15 - 39 anos 89570 37,7 95983 39,7 6413 7,16 51669 39,2 56852 41,4 5183 10 36336 35,9 37519 37,5 1183 3,3 1565 33,1 1612 36,5 47 3 40 - 64 anos 55693 23,4 62694 25,9 7001 12,57 28074 21,3 32909 24 4835 17,2 26372 26,1 28502 28,5 2130 8,1 1247 26,4 1283 29 36 2,9 65 anos ou mais 29675 12,5 31253 12,9 1578 5,32 13719 10,4 15020 10,9 1301 9,5 15057 14,9 15503 15,5 446 3 899 19 796 18 -103 -11,5 Total 237795 100 241697 100 3902 1,64 131837 100 137187 100 5350 4,1 101236 100 100156 100 -1080 -1,1 4722 100 4420 100 -302 -6,4 Grupos etários

RAA Grupo Ocidental Grupo Central Grupo Ocidental

1991 2001 1991-2001 1991 2001 1991-2001 1991 2001 1991-2001 1991 2001 1991-2001

(34)

Quadro 8 – População residente por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores, segundo os grandes grupos etários, em 1991 e 2001. 2001

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Santa Maria Vila do Porto 1590 26,8 1156 20,7 2288 38,6 2218 39,8 1382 23,3 1503 26,9 662 11,2 701 12,6 5922 100 5578 100

Lagoa 4104 31,8 3564 25,2 5038 39,1 6116 43,3 2646 20,5 3158 22,4 1112 8,6 1288 9,1 12900 100 14126 100

Nordeste 1290 23,5 1041 19,7 1969 35,9 1976 37,3 1274 23,2 1326 25,1 957 17,4 948 17,9 5490 100 5291 100

Ponta Delgada 17124 27,6 14532 22,1 25009 40,3 27503 41,8 13706 22,1 16709 25,4 6150 9,9 7110 10,8 61989 100 65854 100

Povoação 1897 25,9 1449 21,5 2719 37,1 2631 39,1 1676 22,9 1678 24,9 1031 14,1 968 14,4 7323 100 6726 100

Ribeira Grande 9153 33,7 7912 27,8 10258 37,8 11874 41,7 5098 18,8 5977 21 2654 9,8 2699 9,5 27163 100 28462 100

Vila Franca do Campo 3217 29,1 2752 24,7 4388 39,7 4534 40,7 2292 20,7 2558 22,9 1153 10,4 1306 11,7 11050 100 11150 100

38375 29,1 32406 23,6 51669 39,2 56852 41,4 28074 21,3 32909 24 13719 10,4 15020 10,9 131837 100 137187 100

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 1066 20,5 816 17,1 1622 31,3 1591 33,3 1454 28 1359 28,4 1047 20,2 1014 21,2 5189 100 4780 100

Calheta 1117 24,8 715 17,6 1502 33,3 1436 35,3 1218 27 1181 29 675 15 737 18,1 4512 100 4069 100

Velas 1280 22,4 999 17,8 1966 34,4 2072 37 1581 27,7 1571 28 880 15,4 963 17,2 5707 100 5605 100

Faial Horta 3464 23,2 2682 17,8 5276 35,4 5926 39,3 3797 25,4 4200 27,9 2383 16 2255 15 14920 100 15063 100

Lajes do Pico 1057 19 797 15,8 1809 32,5 1702 33,8 1621 29,1 1553 30,8 1076 19,3 989 19,6 5563 100 5041 100

Madalena 1211 20,3 1011 16,5 1949 32,7 2228 36,3 1724 28,9 1718 28 1080 18,1 1179 19,2 5964 100 6136 100

São Roque do Pico 791 21,5 613 16,9 1228 33,4 1321 36,4 957 26 1024 28,2 699 19 671 18,5 3675 100 3629 100

Angra do Heroísmo 8477 24 7028 19,8 13073 37,1 13398 37,7 8931 25,3 10076 28,3 4789 13,6 5079 14,3 35270 100 35581 100

Vila da Praia da Vitória 5008 24,5 3971 19,6 7911 38,7 7845 38,7 5089 24,9 5820 28,7 2428 11,9 2616 12,9 20436 100 20252 100

23471 23,2 18632 18,6 36336 35,9 37519 37,5 26372 26,1 28502 28,5 15057 14,9 15503 15,5 101236 100 100156 100

Lajes das Flores 334 19,6 241 16 588 34,6 506 33,7 442 26 458 30,5 337 19,8 297 19,8 1701 100 1502 100

Santa Cruz das Flores 607 23,1 434 17,4 854 32,5 935 37,5 701 26,7 706 28,3 466 17,7 418 16,8 2628 100 2493 100

Corvo Corvo 70 17,8 54 12,7 123 31,3 171 40,2 104 26,5 119 28 96 24,4 81 19,1 393 100 425 100 1011 21,4 729 16,5 1565 33,1 1612 36,5 1247 26,4 1283 29 899 19 796 18 4722 100 4420 100 62857 26,4 51767 21,4 89570 37,7 95983 39,7 55693 23,4 62694 25,9 29675 12,5 31319 13 237795 100 241763 100 1847544 19,7 1557934 15,8 3503128 37,4 3633054 36,8 2741604 29,2 3049759 30,9 1283650 13,7 1628596 16,5 9375926 100 9869343 100 1972403 20 1656602 16 3693146 37,4 3826486 36,9 2858854 29 3179536 30,7 1342744 13,6 1693493 16,4 9867147 100 10356117 100 Ilha Município

0 a 14 anos 15 a 39 anos 40 a 64 anos 65 anos ou mais Total

1991 2001 Portugal 2001 São Miguel Grupo Oriental São Jorge Pico Terceira 1991 2001 1991 2001 1991 1991 Grupo Central Flores Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores

Continente

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

A análise das pirâmides etárias para o Grupo Ocidental no ano de 2001 reflecte, comparativamente a 1991, um envelhecimento da população, que se traduz por um estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 11). Mas, a observação do perfil das pirâmides traduz comportamentos demográficos diversos, uma vez que para o sexo masculino, se se exceptuar as idades entre os 20 e os 29 anos, os 35 a 59 anos e os 80 e mais

anos onde se registam mais indivíduos em 2001, as restantes idades apresentam menos indivíduos em 2001.

A evolução para o sexo feminino é ainda mais desfavorável, sendo que apenas nos anos de 25 a 34 e 40 a 49 anos existiam mais pessoas em 2001.

(35)

Um último comentário sublinha o facto de os escalões etários até aos 29 anos, no caso dos homens, e até 34 anos, no caso das mulheres, terem sucessivamente menos indivíduos que o escalão seguinte 2001, facto que pode indiciar uma evolução no sentido da tendência de envelhecimento registada em Portugal.

Figura 11 – Pirâmide etária da população residente no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores de 1991 a 2001.

Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que para o Grupo Ocidental da Região

Autónoma dos Açores evoluiu de 88,9% em 1991 para 109,2% em 2001 (Quadro 9). Trata-se de valores superiores aos observados em Portugal, já que esta relação era no todo nacional de 68,1% em 1991, passando para 102,2% em 2001. Estes resultados significam que por cada 100 jovens existiam cerca de 89 e 109 idosos, respectivamente em 1991 e 2001. A relação era de 100 para 68 e 100 para 102 em Portugal nestes dois anos. Tratar-se, no caso do Grupo, de valores que caracterizam já em 2001 uma população de em processo de envelhecimento. Os valores do índice de juventude expressam este comportamento, uma vez que a relação jovens idosos era em 1991 de cerca de 1 para 1, evoluindo em 2001 para uma relação ligeiramente desfavorável (para cada idoso existiam 0,9 jovens). Esta evolução reflecte o início da inversão da relação, no sentido da diminuição de jovens na população e do envelhecimento da população do Grupo Ocidental.

Os Municípios do Grupo, revelando os mesmos

comportamentos, apresentam algumas diferenças. Com efeito, os Municípios do Corvo e de Lajes das Flores distinguem-se de Santa Cruz das Flores por apresentarem índices de envelhecimento expressivos e superiores a 100, tendo mesmo aumentado entre 1991 e 2001. O Município de Santa Cruz das Flores regista ainda em 2001 um índice de envelhecimento inferior a 100 (96,3%).

(36)

Quadro 9 – Índice de juventude e índice de envelhecimento por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores em 1991 e 2001.

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001

Santa Maria Vila do Porto 294,2 198,7 201,6 140,1 240,2 164,9 34,0 50,3 49,6 71,4 41,6 60,6

Lagoa 444,9 336,8 311,3 231,3 369,1 276,7 22,5 29,7 32,1 43,2 27,1 36,1

Nordeste 157,5 133,1 117,9 92,0 134,8 109,8 63,5 75,1 84,8 108,7 74,2 91,1

Ponta Delgada 354,9 275,6 227,5 160,5 278,4 204,4 28,2 36,3 44,0 62,3 35,9 48,9

Povoação 230,6 176,6 151,3 129,8 184,0 149,7 43,4 56,6 66,1 77,0 54,3 66,8

Ribeira Grande 425,5 363,0 287,6 242,6 344,9 293,1 23,5 27,5 34,8 41,2 29,0 34,1

Vila Franca do Campo 347,5 273,2 229,1 168,2 279,0 210,7 28,8 36,6 43,7 59,4 35,8 47,5

349,1 277,2 231,3 174,4 279,7 215,8 28,6 36,1 43,2 57,4 35,7 46,3

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 120,7 103,5 87,1 64,0 101,8 80,5 82,9 96,6 114,8 156,3 98,2 124,3

Calheta 185,6 102,6 150,1 91,9 165,5 97,0 53,9 97,5 66,6 108,8 60,4 103,1

Velas 180,9 122,7 120,1 89,4 145,5 103,7 55,3 81,5 83,3 111,8 68,8 96,4

Faial Horta 172,2 150,7 125,1 97,9 145,4 118,9 58,1 66,3 79,9 102,2 68,8 84,1

Lajes do Pico 102,3 93,5 94,3 69,8 98,2 80,6 97,8 106,9 106,0 143,2 101,8 124,1

Madalena 131,5 99,0 96,7 75,3 112,1 85,8 76,0 101,0 103,4 132,9 89,2 116,6

São Roque do Pico 127,1 103,6 100,8 81,3 113,2 91,4 78,7 96,5 99,2 123,0 88,4 109,5

Angra do Heroísmo 214,8 172,7 149,8 115,4 177,0 138,4 46,6 57,9 66,7 86,6 56,5 72,3

Vila da Praia da Vitória 237,7 174,2 180,8 134,0 206,3 151,8 42,1 57,4 55,3 74,6 48,5 65,9

182,6 144,1 135,2 102,7 155,9 120,2 54,8 69,4 74,0 97,4 64,2 83,2

Lajes das Flores 116,3 101,7 86,7 67,2 99,1 81,1 86,0 98,4 115,3 148,7 100,9 123,2

Santa Cruz das Flores 135,6 114,1 125,5 95,1 130,3 103,8 73,7 87,7 79,7 105,1 76,8 96,3

Corvo Corvo 100,0 72,2 52,7 62,2 72,9 66,7 100,0 138,5 189,7 160,7 137,1 150,0 125,2 105,5 102,2 80,8 112,5 91,6 79,9 94,8 97,8 123,8 88,9 109,2 255,2 205,2 179,7 137,2 211,8 165,3 39,2 48,7 55,6 72,9 47,2 60,5 177,1 116,7 120,3 80,4 143,9 95,7 56,5 85,7 83,1 124,3 69,5 104,5 180,9 119,7 122,7 82,1 146,9 97,8 55,3 83,6 81,5 121,8 68,1 102,2 Município Índice de juventude (%) Ilha São Miguel Grupo Oriental São Jorge Pico Terceira Grupo Ocidental Continente Índice de envelhecimento (%) H M HM H M HM Portugal Grupo Central Flores

Região Autónoma dos Açores

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

A leitura dos resultados do índice de dependência dos jovens, dos idosos e total ajuda também a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população (Quadro 10). Para o Grupo ocorreu uma diminuição do valor deste coeficiente entre 1991 e 2001, de 67,9% para 52,7%, o que

significa que para cada 100 potencialmente activos existiam cerca de 53 não activos, o que traduz uma diminuição da importância dos não activos (jovens e idosos) para os activos (existiam em 2001 cerca de 2 potencialmente activos para 1 inactivo). Por sexo registam-se valores superiores nas mulheres, tendência que traduz

(37)

as diferenças de esperança média de vida à nascença e a maior mortalidade do sexo masculino. Os Municípios registam comportamentos semelhantes não ocorrendo diferenças no Grupo. A título de comparação, os valores de Portugal reflectindo a mesma realidade, revelam tendências semelhantes no sentido da dependência dos não activos ser menor em relação aos

potencialmente activos. Esta leitura deve ser realizada com algum cuidado, já que diminuindo o número de jovens, não se verifica uma evolução no mesmo sentido dos idosos, facto que condicionará as políticas sociais a privilegiar o maior peso deste grupo aquando da elaboração de estratégias territoriais de desenvolvimento.

Quadro 10 – Índice de dependência por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores em 1991 e 2001.

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001

Santa Maria Vila do Porto 44,5 31,5 42,2 30,6 43,3 31,1 15,1 15,9 20,9 21,8 18,0 18,8 59,6 47,4 63,1 52,5 61,4 49,9

Lagoa 55,7 39,7 51,1 37,1 53,4 38,4 12,5 11,8 16,4 16,0 14,5 13,9 68,2 51,5 67,5 53,1 67,9 52,3

Nordeste 39,3 32,8 40,3 30,3 39,8 31,5 25,0 24,6 34,2 32,9 29,5 28,7 64,2 57,4 74,4 63,2 69,3 60,2

Ponta Delgada 45,8 34,1 42,7 31,7 44,2 32,9 12,9 12,4 18,8 19,7 15,9 16,1 58,8 46,4 61,4 51,4 60,1 49,0

Povoação 44,0 33,4 42,3 33,8 43,2 33,6 19,1 18,9 28,0 26,1 23,5 22,5 63,1 52,4 70,3 59,9 66,6 56,1

Ribeira Grande 59,9 45,3 59,3 43,3 59,6 44,3 14,1 12,5 20,6 17,9 17,3 15,1 73,9 57,7 80,0 61,2 76,9 59,4

Vila Franca do Campo 49,7 39,7 46,6 37,9 48,2 38,8 14,3 14,5 20,3 22,5 17,3 18,4 64,0 54,2 66,9 60,4 65,4 57,2

49,4 37,2 46,8 35,0 48,1 36,1 14,2 13,4 20,2 20,1 17,2 16,7 63,6 50,6 67,0 55,1 65,3 52,8

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 35,6 29,5 33,7 25,8 34,7 27,7 29,5 28,4 38,7 40,4 34,0 34,4 65,0 57,9 72,5 66,2 68,7 62,0

Calheta 40,1 28,0 42,0 26,7 41,1 27,3 21,6 27,3 28,0 29,0 24,8 28,2 61,7 55,2 70,0 55,7 65,9 55,5

Velas 37,5 27,4 34,7 27,4 36,1 27,4 20,7 22,4 28,9 30,7 24,8 26,4 58,2 49,8 63,6 58,1 60,9 53,9

Faial Horta 39,1 26,2 37,3 26,8 38,2 26,5 22,7 17,4 29,8 27,4 26,3 22,3 61,7 43,6 67,1 54,2 64,4 48,8

Lajes do Pico 31,0 25,4 30,6 23,5 30,8 24,5 30,3 27,2 32,5 33,7 31,4 30,4 61,3 52,6 63,1 57,2 62,2 54,9

Madalena 34,5 25,2 31,5 26,1 33,0 25,6 26,2 25,5 32,5 34,6 29,4 29,9 60,7 50,7 64,0 60,7 62,4 55,5

São Roque do Pico 38,3 25,7 34,1 26,6 36,2 26,1 30,2 24,8 33,8 32,7 32,0 28,6 68,5 50,5 67,9 59,4 68,2 54,8

Angra do Heroísmo 39,2 29,8 37,8 30,1 38,5 29,9 18,3 17,3 25,3 26,1 21,8 21,6 57,5 47,1 63,1 56,1 60,3 51,6

Vila da Praia da Vitória 39,5 29,2 37,5 28,9 38,5 29,1 16,6 16,8 20,8 21,5 18,7 19,1 56,1 46,0 58,3 50,4 57,2 48,2

38,2 28,3 36,6 28,2 37,4 28,2 20,9 19,6 27,1 27,4 24,0 23,5 59,2 47,9 63,7 55,6 61,4 51,7

Lajes das Flores 30,8 24,1 34,2 26,0 32,4 25,0 26,5 23,7 39,4 38,7 32,7 30,8 57,2 47,7 73,6 64,8 65,1 55,8

Santa Cruz das Flores 38,5 26,2 39,6 26,7 39,0 26,4 28,4 22,9 31,5 28,1 30,0 25,5 66,8 49,1 71,1 54,9 69,0 51,9

Corvo Corvo 36,3 16,0 25,4 21,9 30,8 18,6 36,3 22,2 48,2 35,2 42,3 27,9 72,6 38,3 73,7 57,0 73,1 46,6 35,4 24,4 36,5 26,1 36,0 25,2 28,3 23,1 35,7 32,3 32,0 27,5 63,7 47,5 72,2 58,3 67,9 52,7 44,3 33,2 42,2 32,0 43,3 32,6 17,4 16,2 23,5 23,3 20,4 19,7 61,7 49,4 65,7 55,4 63,7 52,4 31,0 24,3 28,2 22,4 29,6 23,3 17,5 20,8 23,4 27,8 20,6 24,4 48,6 45,0 51,6 50,2 50,1 47,7 31,6 24,6 28,7 22,7 30,1 23,6 17,5 20,6 23,4 27,7 20,5 24,2 49,1 45,2 52,0 50,4 50,6 47,8 Ilha Município

Índice de dependência dos jovens (%) Índice de dependência dos idosos (%) Índice de dependência total (%)

H M HM H M HM H M HM Continente Portugal São Miguel Grupo Oriental São Jorge Pico Terceira Grupo Central Flores Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores

(38)

Em síntese e como se procurou demonstrar, a população do Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores apresenta características que permitem pensar que estão em curso mudanças

estruturais, uma vez que foram identificados alguns

comportamentos no sentido do início de um processo de envelhecimento populacional, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado segundo os especialistas não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra, quer para os espaços de maior importância político-administrativa, quer para o Continente ou ainda para o estrangeiro.

2.1.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de

evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

A análise dos resultados indica uma diminuição da população no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadro 11). Com efeito, o Grupo terá menos 462 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001, sendo de -10,45% (Figura 12). Este resultado deverá ser entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos).

Esta perda deve ser analisada no contexto da evolução descrita para a década de noventa do século XX.

Por outro lado, este decréscimo resulta do comportamento registado em todos os Municípios do Grupo. Com efeito, Santa Cruz das Flores terá uma diminuição de residentes de cerca 241 indivíduos (-9,66%) e Lajes das Flores verá a sua população diminuída em 201 pessoas (-13,35%). Por outro lado, o Corvo registará uma diminuição menor (menos 4,87% correspondendo a menos 21 sobreviventes).

(39)

Quadro 11 – Variação da população residente e sobreviventes por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 2001 e 2021.

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Santa Maria Vila do Porto 5578 5594 5612 5625 5611 16 0,29 18 0,32 13 0,23 -14 -0,25 33 0,59

Lagoa 14126 14661 15172 15613 15968 535 3,79 511 3,49 441 2,91 354 2,27 1842 13,04

Nordeste 5291 5261 5229 5199 5164 -30 -0,57 -32 -0,61 -29 -0,56 -35 -0,68 -127 -2,4

Ponta Delgada 65854 67507 69015 70201 70919 1653 2,51 1508 2,23 1186 1,72 718 1,02 5065 7,69

Povoação 6726 6729 6766 6810 6843 3 0,05 37 0,54 44 0,64 34 0,49 117 1,75

Ribeira Grande 28462 29940 31566 33219 34765 1478 5,19 1626 5,43 1654 5,24 1546 4,65 6303 22,15

Vila Franca do Campo 11150 11422 11702 11955 12162 272 2,44 280 2,45 253 2,16 207 1,73 1012 9,07

137187 141114 145061 148623 151432 3927 2,86 3947 2,8 3561 2,46 2809 1,89 14245 10,38

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 4780 4608 4444 4277 4112 -172 -3,6 -164 -3,57 -167 -3,76 -165 -3,85 -668 -13,98

Calheta 4003 3946 3872 3784 3695 -57 -1,44 -74 -1,87 -88 -2,28 -88 -2,33 -308 -7,68

Velas 5605 5539 5472 5390 5289 -66 -1,19 -66 -1,19 -83 -1,51 -101 -1,87 -316 -5,65

Faial Horta 15063 15064 15014 14886 14683 1 0 -50 -0,33 -127 -0,85 -203 -1,37 -380 -2,52

Lajes do Pico 5041 4849 4671 4495 4310 -192 -3,81 -178 -3,66 -176 -3,77 -186 -4,13 -731 -14,51

Madalena 6136 5990 5848 5688 5515 -146 -2,39 -142 -2,36 -160 -2,74 -173 -3,04 -621 -10,13

São Roque do Pico 3629 3497 3372 3254 3131 -132 -3,63 -126 -3,59 -118 -3,49 -123 -3,77 -498 -13,71

Angra do Heroísmo 35581 35613 35616 35533 35308 32 0,09 3 0,01 -84 -0,23 -225 -0,63 -273 -0,77

Vila da Praia da Vitória 20252 20414 20546 20602 20545 162 0,8 132 0,65 55 0,27 -56 -0,27 293 1,45

100090 99519 98855 97907 96587 -571 -0,57 -664 -0,67 -948 -0,96 -1320 -1,35 -3503 -3,5

Lajes das Flores 1502 1451 1401 1354 1301 -51 -3,43 -49 -3,39 -48 -3,41 -52 -3,86 -201 -13,35

Santa Cruz das Flores 2493 2431 2377 2320 2252 -62 -2,48 -54 -2,23 -57 -2,41 -68 -2,91 -241 -9,66

Corvo Corvo 425 420 416 409 404 -5 -1,12 -4 -1,01 -7 -1,63 -5 -1,2 -21 -4,87 4420 4302 4195 4083 3958 -118 -2,67 -107 -2,5 -112 -2,66 -125 -3,05 -462 -10,45 241697 244936 248111 250613 251977 3239 1,34 3176 1,3 2502 1,01 1364 0,54 10280 4,25 2001-2021 Ilha Município 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 Flores Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores São Miguel Grupo Oriental São Jorge Pico Terceira Grupo Central (2001* - INE, Censos 2001)

(40)

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 2001 2006 2011 2016 2021 Nº

Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo

Figura 12 - População residente e sobreviventes por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 2001 e 2021.

Tendo em conta também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório registado na década de noventa do século XX, significa que a população do Grupo Ocidental terá um decréscimo mais expressivo, uma vez que o saldo migratório revelou um comportamento desfavorável entre 1991 e 2001, de -283 residentes

(Quadro 12). Se perda populacional na década de noventa foi de 6,4% (-302 residentes), nas duas primeiras décadas do actual século será de -11,5% e -6,0%, respectivamente (passando os residentes a ser 3912 e 3675, sendo que em 2001 o valor era de 4420 indivíduos).

(41)

Quadro 12 – Variação da população residente e sobreviventes por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores, com saldo migratório, entre 2001 e 2021.

Nº % Nº % Nº %

Santa Maria Vila do Porto 5578 5275 5274 -303 -5,4 -1 0 -304 -5,4

Lagoa 14126 16306 17102 2180 15,4 796 4,9 2976 21,1

Nordeste 5291 5038 4973 -253 -4,8 -64 -1,3 -318 -6

Ponta Delgada 65854 72584 74488 6730 10,2 1904 2,6 8634 13,1

Povoação 6726 6173 6250 -553 -8,2 77 1,3 -476 -7,1

Ribeira Grande 28462 32608 35807 4146 14,6 3199 9,8 7345 25,8

Vila Franca do Campo 11150 11750 12210 600 5,4 460 3,9 1060 9,5

137187 149733 156104 12546 9,1 6370 4,3 18917 13,8

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 4780 4068 3736 -712 -14,9 -332 -8,2 -1044 -21,8

Calheta 4003 3441 3264 -562 -14 -177 -5,1 -739 -18,5

Velas 5605 5385 5202 -220 -3,9 -184 -3,4 -403 -7,2

Faial Horta 15063 15153 14822 90 0,6 -331 -2,2 -241 -1,6

Lajes do Pico 5041 4200 3839 -841 -16,7 -362 -8,6 -1202 -23,9

Madalena 6136 6060 5727 -76 -1,2 -333 -5,5 -409 -6,7

São Roque do Pico 3629 3362 3121 -267 -7,4 -240 -7,1 -508 -14

Angra do Heroísmo 35581 35907 35599 326 0,9 -309 -0,9 18 0

Vila da Praia da Vitória 20252 20337 20336 85 0,4 -1 0 84 0,4

100090 97913 95645 -2177 -2,2 -2268 -2,3 -4445 -4,4

Lajes das Flores 1502 1211 1111 -291 -19,3 -100 -8,3 -391 -26

Santa Cruz das Flores 2493 2251 2126 -242 -9,7 -125 -5,5 -367 -14,7

Corvo Corvo 425 449 437 24 5,7 -12 -2,6 12 2,9 4420 3912 3675 -508 -11,5 -236 -6 -745 -16,9 241697 251558 255424 9861 4,1 3866 1,5 13727 5,7 2001* São Miguel Ilha Município 2011 2021 2001-2011 2011-2021 2001-2021 Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores

Grupo Oriental São Jorge Pico Terceira Grupo Central Flores (2001* - INE, Censos 2001)

(42)

As alterações registadas nos Municípios do Grupo, considerando a dimensão migratória, reforçam o comportamento descrito, sendo que as perdas terão significado nos Municípios de Santa Cruz das Flores e Lajes das Flores (menos 367 e menos 391 sobreviventes, respectivamente). Pelo contrário, projecta-se para o Município do Corvo um acréscimo de 12 sobreviventes em 2001.

A consideração da dimensão dinâmica natural permite, assim, compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, é importante analisar no contexto da reorganização da rede de equipamentos desportivos os nascimentos projectados até 2021. A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa prospectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade. A evolução do número de sobreviventes por período quinquenal para o Grupo Ocidental sublinha o aprofundamento da tendência de diminuição do número de nascimentos projectados por comparação ao registado no ano de 2001 (Quadro 13). Em 2011 existirão menos 8 nascimentos dos que os registados em 2001, para um total de apenas 40 nascimentos, projectando-se para a segunda década do actual século uma nova diminuição (-7). Não se verificam diferenças de comportamento por Município.

Quadro 13 – Nados-vivos por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 2001 e 2021.

Ilha Município 2001* 2006 2011 2016 2021

Santa Maria Vila do Porto 59 69 70 69 64

Lagoa 205 221 222 215 207

Nordeste 61 64 63 60 56

Ponta Delgada 914 959 952 905 847

Povoação 87 86 87 86 82

Ribeira Grande 501 540 575 585 577

Vila Franca do Campo 146 148 151 150 145

1973 2087 2119 2070 1978

Graciosa Santa Cruz da Graciosa 53 50 50 47 43

Calheta 37 39 40 38 35

Velas 61 62 61 58 52

Faial Horta 172 171 166 154 141

Lajes do Pico 35 46 45 42 37

Madalena 51 57 56 53 49

São Roque do Pico 24 32 31 30 28

Angra do Heroísmo 426 416 416 406 383

Vila da Praia da Vitória 249 259 257 247 232

1108 1131 1122 1075 1000

Lajes das Flores 17 14 14 13 12

Santa Cruz das Flores 28 23 23 22 19

Corvo Corvo 3 3 3 3 2 48 40 40 37 33 3129 3258 3281 3182 3011 Pico São Miguel Grupo Oriental São Jorge Terceira Grupo Central Flores Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores

(2001* - INE, Censos 2001)

A evolução das taxas de natalidade expressa esta evolução no número de nados-vivos e de sobreviventes (Quadro 14). Com efeito, o Grupo Ocidental registará uma diminuição nesta taxa, passando 10,86‰ em 2001 para 8,43‰ em 2021. A evolução por Município traduz esta alteração. Com efeito, em Santa Cruz das Flores a taxa de natalidade passará de 11,23‰ para 8,52‰ entre 2001 e 2021, em Lajes das Flores de 11,32‰ para 8,98‰ e no Corvo de 7,06‰ para 6,13‰.

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