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Resumo. J Bras Nefrol 2003;25(4):

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Distribuição dos valores pressóricos e prevalência de hipertensão

arterial em jovens de escolas do ensino médio em Sorocaba, SP

Blood pressure distribution and hypertension prevalence in high school

students of Sorocaba, Brazil

Fernando Antonio de Almeida

a

, Alexandre Massao Yoshizumi

b

, Adriana Celi Mota

b,

*, Ana Paula

Marques Fernandes

b,

*, Alessandra Chinin Gushi

b

, Allyson Yukio Koda Nakamoto

b

, Fellipe

Mendes Xavier de Oliveira

b

, Fernanda Maria Santos

b,

**, Leandro Accardo Mattos

b,

**, Mariana

Napoli de Camargo

b,

**, Mônica Aparecida Reis

b,

** e Cibele Isaac Saad Rodrigues

a

a aa

aaDepartamento de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de SãoDepartamento de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de SãoDepartamento de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de SãoDepartamento de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de SãoDepartamento de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de São

P P P P

Paulo (PUC/SP). Sorocaba, SPaulo (PUC/SP). Sorocaba, SPaulo (PUC/SP). Sorocaba, SPaulo (PUC/SP). Sorocaba, SPaulo (PUC/SP). Sorocaba, SP, Brasil. , Brasil. , Brasil. , Brasil. , Brasil. bbbbbCurso de Medicina da FCurso de Medicina da FCurso de Medicina da FCurso de Medicina da FCurso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Paculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Paculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Paculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Paculdade de Ciências Médicas de Sorocaba da Pontifíciaontifíciaontifíciaontifíciaontifícia

Universidade Católica de São P Universidade Católica de São P Universidade Católica de São P Universidade Católica de São P

Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Sorocaba, SPaulo (PUC/SP). Sorocaba, SPaulo (PUC/SP). Sorocaba, SPaulo (PUC/SP). Sorocaba, SP, Brasilaulo (PUC/SP). Sorocaba, SP, Brasil, Brasil, Brasil, Brasil

*Bolsa de Iniciação Científica: PIBIC-CNPq-PUC/SP **Bolsa de Iniciação Científica: CEPE-PUC/SP

Pressão arterial. P r e v a l ê n c i a . A d o l e s c e n t e s . Hipertensão arterial. Blood pressure. Prevalence. Adolescents. Hypertension.

Resumo

Objetivo

A hipertensão arterial, assintomática e desconhecida pela maioria dos seus portadores, é importante fator de risco para complicações cardiovasculares e renais. A prevenção primária e a detecção precoce da doença são as formas mais efetivas de evitar tais complicações.

Métodos

Estudantes de Medicina foram preparados para realizar palestras a alunos do ensino médio sobre hipertensão arterial e outros riscos cardiovasculares associados, aplicar questionário epidemiológico e aferir a pressão arterial (PA) em amostra de 633 alunos.

Resultados

A média da idade foi 17,4±1,9 anos (SD); 50,1% eram homens; 76,2% caucasianos, 22,8% negros ou mulatos, 0,9% orientais e 13,7% fumantes. Foram encontrados índice

de massa corporal (IMC) entre 25 e 30 Kg/m2 em 9,9% e IMC>30 Kg/m2 em 1,4%. PA

sistólica elevada (≥140 mmHg) foi verificada em 9,6%, PA diastólica elevada (≥90 mmHg)

em 9,3%; 14,2% tinham PA sistólica e/ou diastólica elevadas. Outros 16,1% tinham PA na faixa “limítrofe”. A hipertensão arterial foi mais prevalente nos homens (21,5%) que nas mulheres (7%), p<0,0001, não havendo diferença entre negros ou mulatos (16,4%) e caucasianos (13,7%). Encontramos correlação positiva entre PA sistólica e IMC (r=0,3411, p<0,0001), bem como entre PA diastólica e IMC (r=0,3133, p<0,0001).

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Não observamos relação entre o fumo ou a inatividade física e prevalência de hipertensão.

Conclusão

Embora seja preciso reavaliar a PA individualmente, preocupa a alta prevalência de hipertensão arterial nesta idade, intimamente relacionada ao sobrepeso. Há necessidade de se estabelecer instrumentos de avaliação precoce do risco cardiovascular e promover orientação preventiva para estes jovens.

Abstract

Objective

Hypertension is an asymptomatic and unnoticed disease for the majority of hypertensive individuals and an important risk factor for long-term cardiovascular and renal complications. Primary prevention and early detection are the most effective approach to avoid such complications.

Methods

Medical students were trained to lecture high school students on hypertension and other related cardiovascular risk factors, and to apply an epidemiological questionnaire and determine blood pressure (BP) in a sample of 633 students.

Results

Of all participants, mean age was 17.4±1.9 years (SD), 50.1% were male, 76.2% Caucasians, 22.8% blacks or half-black, 0.9% Asians, and 13.7% smokers. Body mass index (BMI) between 25 and 30 kg/m2 was found in 9.9% and BMI >30 kg/m2 in 1.4%.

High systolic blood pressure (SBP ³140 mmHg) was seen in 9.6 %, high diastolic blood pressure (DBP ³90 mmHg) in 9.3%, and 14.2% had elevated SBP and/or DBP. Another 16.1% had BP in the “high normal” range. Male students had a higher prevalence of hypertension (21.5%) than women (7%), but the prevalence in blacks or half-black (16.4%) was similar to that in Caucasians (13.7%). It was found a positive correlation of SBP (r=0.3411, p<0.0001) as well as DBP (r=0.3133, p<0.0001) with BMI. There was no relation of smoking or physical inactivity with hypertension prevalence.

Conclusion

Although BP has to be reevaluated individually, it is concerning the high prevalence of hypertension at this age group. There is a need to early detect cardiovascular risk and to promote preventive orientation to these young people.

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I n t r o d u ç ã o

Segundo dados epidemiológicos americanos, bra-sileiros e de diversos outros países, a hipertensão arterial é uma das doenças mais prevalentes entre os adultos.1-10 Tendo em vista seu caráter progressivo e

multifatorial, sua prevalência aumenta com a idade, chegando a acometer mais da metade dos indivíduos com idade superior a 60 anos.1-10 A doença é,

atual-mente, uma das principais preocupações das autori-dades de saúde, pois, embora tenha curso assinto-mático na maioria dos seus portadores, suas conseqüências a longo prazo são devastadoras. A hi-pertensão é considerada um dos principais fatores de risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares e renais.10-14 Dados do Sistema Único de Saúde

brasi-leiro (DATASUS) confirmam que, no Brasil, as doen-ças cardiovasculares constituem a principal causa de morte em adultos.15 As internações por doenças

car-diovasculares figuram em terceiro lugar na lista das principais causas de internação, superadas apenas pelas internações por partos e doenças respiratóri-as.15 Além disso, as doenças cardiovasculares são as

que consomem maiores recursos, necessitam perío-dos de internação mais prolongaperío-dos e apresentam o mais alto índice de mortalidade hospitalar.15

Em informe publicado recentemente, a Secretaria de Políticas Públicas do Ministério da Saúde reconhe-ce que a hipertensão está associada a 80% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) e a 60% dos ca-sos de doença isquêmica do coração.16 Entre nós é

também a causa mais comum de insuficiência renal crônica.13-14 Padrão semelhante é observado nos

paí-ses onde estes dados são apurados regularmente.12

Estas características tornam-se ainda mais importan-tes do ponto de vista de saúde pública, pois sabemos que, se a hipertensão arterial for controlada adequa-damente, grande parte das suas complicações podem ser prevenidas.17-19

Até hoje não temos um estudo nacional abrangente que avalie a prevalência da hipertensão arterial na população brasileira. Entretanto, registros epidemio-lógicos regionais apontam para o acometimento de 20 a 40% dos adultos.4-8 Dados epidemiológicos

bra-sileiros em faixas etárias menores são ainda mais es-cassos e relatam prevalência de hipertensão arterial em crianças e adolescentes entre 6 e 8%, enquanto estudos americanos referem valores entre 2 a 10% nesta faixa etária.20-23

Como a doença é assintomática, a determinação periódica da pressão arterial deve ser ensinada como a forma mais efetiva de estabelecer o diagnóstico pre-coce e sua prevenção.2-3,10,23,24 A prevenção primária terá

maior impacto se realizada numa faixa etária em que a doença é ainda incomum. Acreditando que a popula-ção alvo mais propícia para um trabalho de detecpopula-ção precoce e prevenção seja formada pelos adolescentes em idade escolar, passamos a realizar um trabalho educativo em escolas do ensino médio. Este trabalho vem sendo realizado por estudantes de Medicina e consiste em palestras, dirigidas aos alunos do ensino médio, em que são abordados o conceito de hiperten-são arterial, seus riscos a longo prazo e os hábitos de vida mais adequados para a prevenção da doença.27

Neste sentido, a determinação periódica da pressão arterial (PA) é uma das atitudes mais efetivas. Assim, no final de cada palestra, ainda em sala de aula, aferi-mos a PA de todos os interessados. Paralelamente, em amostra formal e aleatória dos estudantes, realizamos um inquérito epidemiológico e a determinação da PA com o objetivo de avaliar a distribuição desta variável nesta faixa etária, identificando os possíveis fatores de influência. Os resultados desta avaliação são apre-sentados neste estudo.

M é t o d o s

O estudo foi realizado por alunos do curso de Me-dicina dos 4º, 5º e 6º anos da Faculdade de Ciências

Médicas de Sorocaba da Pontifícia Universidade Cató-lica de São Paulo, sob orientação dos docentes da dis-ciplina de Nefrologia. A preparação técnica, psicológi-ca e pedagógipsicológi-ca foi realizada previamente para que pudessem visitar escolas públicas e particulares do ensino médio do município de Sorocaba (SP), escolhi-das aleatoriamente. Em momento previamente agen-dado, dentro de um período de aula habitual, os estu-dantes de Medicina realizam palestras informativas com duração de 20 a 25 minutos com o objetivo de infor-mar os alunos do ensino médio como se determina a PA, o que é hipertensão arterial, suas conseqüências, os fatores predisponentes (de risco) e as formas mais efetivas de prevenção. Para tanto, são utilizados mate-rial audiovisual, diapositivos ilustrativos e explicati-vos em linguagem acessível e atraente aos jovens. O projeto de pesquisa e o termo de consentimento livre e esclarecido seguem os preceitos da Resolução 196/

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96 do Conselho Nacional de Saúde e normas comple-mentares e foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências Médicas e Biológicas de Sorocaba – PUC/SP.

Questionários

Como forma de estimular a participação e o inte-resse dos alunos, antes de serem realizadas as pales-tras, é aplicado um questionário onde são colhidos os dados de identificação, demográficos e epidemiológi-cos. Além disso, procuramos identificar através de per-guntas simples o conhecimento que os alunos têm so-bre a hipertensão arterial e seus fatores predisponentes. A mesma folha de resposta contém o termo de consen-timento livre e esclarecido.

Amostra para aferição da pressão arterial

Ao final de cada apresentação, selecionamos de forma aleatória, pelo número de chamada, uma parce-la de aproximadamente 20% dos alunos que tiveram a pressão arterial aferida. Neste estudo, apresentamos os resultados de 633 alunos cujos dados demográficos e epidemiológicos estão completos. Esta amostra equi-vale a 2,1% da população estimada nesta faixa etária na cidade de Sorocaba, aproximadamente 30.500 indi-víduos (censo de 2000 – IBGE). Segundo o censo 2000 a população masculina e feminina são semelhantes e não há variação percentual entre 15 e 20 anos. Determinação da pressão arterial

A pressão arterial (PA) foi determinada de acordo com a padronização proposta pelas IV Diretrizes Bra-sileiras de Hipertensão Arterial considerando-se a pressão sistólica a fase I e a diastólica a fase V dos sons descritos por Korotkoff.2-3,10,23,25 A circunferência

braquial foi medida no terço médio do braço não dominante imediatamente antes da determinação da pressão arterial, que foi realizada com esfigmomanô-metros de coluna de mercúrio, aferidos periodicamen-te, com manguito padrão de 13 X 26 cm. Com o indi-víduo sentado confortavelmente há pelo menos 30 minutos (ao final da palestra), a pressão arterial foi determinada por 3 (três) vezes consecutivas, com in-tervalo entre as medidas de pelo menos 1 minuto. Quando os valores de pressão sistólica ou diastólica diferiram entre si em 6 mmHg ou mais, estas medidas foram desprezadas e três novas medidas realizadas. Para fim estatístico, consideramos a pressão arterial de cada indivíduo como a média das 3

determina-ções. Quando a circunferência braquial foi inferior a 25 cm ou superior a 32 cm, os valores foram corrigi-dos de acordo com uma tabela construída a partir das fórmulas propostas por Maxwell.26

Padronização dos parâmetros demográficos e epidemiológicos

A idade foi considerada em números inteiros, sen-do arresen-dondada para o valor inteiro mais próximo. Peso e altura foram determinados em balança antro-pométrica, com vestimenta padrão, sem agasalhos e descalço. O índice de massa corporal (IMC) foi calcu-lado como sendo a razão entre o peso (Kg) e o qua-drado da altura (m2). Do ponto de vista étnico

classifi-camos os indivíduos como “caucasianos”, “negros”, “mulatos” e “orientais”. Quando havia dúvida, dois outros pesquisadores eram solicitados para dar sua opinião e fazíamos a classificação de acordo com a opinião de pelo menos 2/3. Consideramos como fu-mante o indivíduo que fizesse uso regular de qual-quer quantidade de cigarros. O indivíduo foi conside-rado como tendo atividade física regular se praticasse esporte ou realizasse atividade física aeróbica pelo me-nos duas vezes por semana por um período mínimo de 30 minutos. Consideramos como “presente” o ante-cedente familiar de hipertensão arterial quando qual-quer dos pais, avós ou irmãos fosse sabidamente por-tador desta doença, e “ausente” quando nenhum destes soubesse ter hipertensão ou quando o indivíduo des-conhecesse a existência de tal doença na família.

A pressão arterial foi classificada de acordo com as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial e con-siderada “normal” se a PA sistólica fosse <130 mmHg e a diastólica <85 mmHg; “limítrofe” se a PA sistólica estivesse entre 130 e 139 mmHg e/ou a diastólica entre 85 e 89 mmHg; “hipertensão arterial leve” (estágio 1) se a PA sistólica estivesse entre 140 e 159 mmHg e/ou a diastólica entre 90 e 99 mmHg; “hipertensão arterial moderada” (estágio 2) se a PA sistólica estivesse entre 160 e 179 mmHg e/ou a diastólica entre 100 e 109 mmHg e “hipertensão arterial grave” (estágio 3) se a PA sistó-lica fosse igual ou superior a 180 mmHg e/ou a diastó-lica igual ou superior a 110 mmHg.10

Análise estatística

A análise estatística foi realizada pelo programa “Instat for Windows” versão 3.05, GraphPad Softwa-re. Utilizamos o teste exato de Fisher para compara-ção entre proporções e o coeficiente de correlacompara-ção de

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Pearson quando correlacionamos variáveis contínuas. Estabelecemos o nível de significância de 5% para re-jeição da hipótese de nulidade. Entretanto, o nível de significância para cada análise em particular está expresso no texto e gráficos.

R e s u l t a d o s

A experiência inicial deste trabalho comunitário realizado pelos estudantes de Medicina junto aos alu-nos do ensino médio, foi objeto de recente publica-ção.27 Nele avaliamos o conhecimento pré-existente

sobre a hipertensão arterial, suas conseqüências e for-mas de prevenção, bem como o conhecimento acumu-lado durante as palestras. Neste texto relatamos os dados epidemiológicos obtidos.

Características da população estudada

Em nossa amostra de 633 alunos avaliados, 317 eram homens (50,1%) e 316 mulheres (49,1%). A idade variou entre 15 e 25 anos, com média de 17,4±1,9 (des-vio padrão) anos. Quanto à etnia, 467 eram caucasia-nos (76,2%), 62 negros (10,2%), 78 mulatos (12,6%) e 6 orientais (0,9%). A porcentagem total de fumantes foi de 13,7%, não diferindo significativamente entre os homens (13,8%) e mulheres (13,6%). Com relação ao IMC, 89,7% tinham valores abaixo de 25 Kg/m2, 9,9%

tinham sobrepeso (IMC entre 25 e 30 Kg/m2) e 1,4%

eram obesos (IMC>30 Kg/m2).

Distribuição da pressão arterial

A distribuição da pressão arterial sistólica é apre-sentada em valores percentuais na Figura 1 (A) e a pressão diastólica na Figura 1 (B). Observe que na amostra estudada, tanto a PA sistólica como a PA dias-tólica têm distribuição normal (Gaussiana). Estes da-dos mostram que 9,6 % da-dos jovens têm PA sistólica ≥140 mmHg e 9,3% têm PA diastólica ≥90 mmHg. Con-siderando uma ou outra condição, apuramos que 14,2% dos jovens com idade média de 17,4 anos são porta-dores de hipertensão arterial em medida casual da pres-são arterial. Nesta faixa etária, esta condição está pre-sente predominantemente em homens (75,6%). A prevalência de hipertensão arterial em homens é de 21,5%, enquanto nas mulheres é de 7% (p<0,0001). Esta diferença não pode ser explicada pela presença de outros fatores de risco como idade, etnia ou IMC.

De acordo com a classificação diagnóstica das IV

Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial,3 a

maio-ria dos jovens hipertensos avaliados (76,7%) tem a for-ma “leve” de hipertensão arterial, 20% a forfor-ma “mode-rada” e 3,3% hipertensão grave. Além destes, outros 16,1% dos jovens têm PA situada na faixa “limítrofe”, ou seja, PA sistólica entre 130 e 139 mmHg e/ou dias-tólica entre 85 e 89 mmHg.

Antecedentes familiares para hipertensão estavam presentes em 83,3% dos indivíduos com valores de pressão arterial acima dos limites normais, em 76,5% daqueles com pressão “limítrofe” e em 68,8% dos nor-motensos, mostrando tendência à agregação familiar (P<0,02 para tendência).

Figura 1 - Distribuição dos valores da pressão arterial sistólica (1A) e diastólica (1B) em amostra de alunos do ensino médio (idade de 15 a 25 anos, média=17,4 anos). Pressão sistólica (140 mmHg ocorreu em 9,6%), pressão diastólica (90 mmHg em 9,3% e uma, outra ou ambas em 14,2% dos alunos). Neste gráfico de freqüências, as barras claras representam os valores pressóricos dentro da faixa de normalidade, as barras cinza claras representam valores considerados normais limítrofes e as barras cinza escuras os valores de pressão arterial considerados elevados.

0 5 10 15 20 25 30 35 < 90 90 a 99 100 a 109 110 a 119 120 a 129 130 a 139 140 a 149 150 a 159 160 ou >

Pressão Arterial Sistólica (mmHg)

Freqüência (%) n= 633 1A 0 5 10 15 20 25 < 55 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 a 84 85 a 89 90 a 94 95 a 99 100 a 104 105 ou >

Pressão Arterial Diastólica (mmHg)

Freqüência (%)

n= 633 1B

(6)

A predisposição étnica também já começa a ser verificada nesta idade, pois a prevalência de hiperten-são entre negros ou mulatos (16,4%) tende a superar a observada nos indivíduos de origem caucasiana (13,7%), diferença não significante (p=0,41).

Observamos, ainda, que nesta faixa etária o exces-so de peexces-so já é um fator predisponente importante. Há correlação significante entre os valores do IMC e a PA sistólica (r=0,3411, p<0,0001) e IMC e PA diastólica (r=0,3133, p<0,0001). No gráfico 2, é possível obser-var que a prevalência de hipertensão arterial é cres-cente de acordo com os quartis de IMC (p<0,0001 para tendência). No primeiro quartil (IMC<19,5 Kg/m2) a

hipertensão ocorre em 6,4% dos alunos, no segundo quartil (IMC entre 19,5 e 21 Kg/m2) em 12,1%, no

ter-ceiro quartil (IMC entre 21 a 23 Kg/m2) em 14,6% e no

quartil mais alto (IMC>23 Kg/m2) em 24,8%.

Como a avaliação foi feita em indivíduos dentro de uma faixa etária muito estreita, não encontramos correlação entre os valores da PA e a idade ou dife-renças na prevalência de hipertensão arterial em re-lação à idade. Também não há diferenças na preva-lência de hipertensão entre fumantes e não fumantes ou entre aqueles que dizem realizar atividade física regularmente e os que não têm atividade física satis-fatória.

D i s c u s s ã o

A amostra do nosso estudo deve ser representati-va dos alunos nesta faixa etária, pois é relatirepresentati-vamente grande, selecionada aleatoriamente e tem distribui-ção normal, como é esperado para a pressão arterial. Causa certa surpresa a prevalência relativamente alta de hipertensão arterial nesta idade (14,2%), pois se contrapõe aos dados americanos mais recentes.22,23

Es-tudos de prevalência que reavaliaram a pressão arte-rial em jovens, em um segundo momento, encontra-ram menor porcentagem de hipertensos, embora o padrão de pressão arterial elevada tenha sido confir-mado em medidas subseqüentes na maioria dos indi-víduos.22,28 Nosso objetivo foi avaliar indivíduos

nes-ta faixa etária por existirem apenas dados regionais para a população brasileira.20,21 A prevalência de

hi-pertensão arterial encontrada em nosso estudo é su-perior àquela observada em indivíduos de menor ida-de em estudo do Rio ida-de Janeiro.21 É também superior

à observada em estudo realizado na década de 70 na

cidade de Botucatu (SP) em amostra populacional de 16 a 25 anos.20 Neste estudo, os autores

estratifica-ram os valores pressóricos por faixa etária e por sexo e, como era recomendado naquela ocasião, utiliza-ram critérios de classificação que diferem dos atuais, o que dificulta a comparação.20 Nossos dados são

semelhantes a dois levantamentos epidemiológicos recentemente realizados em jovens mexicanos e ar-gentinos da mesma faixa etária, cujo padrão socioe-conômico aproxima-se do brasileiro.29-30 Também a

população jovem americana, nas avaliações realiza-das nas décarealiza-das de 1960 e 1970, apresentava preva-lência de hipertensão elevada, próxima a 10%.21-23

Assim, esta prevalência mais elevada de hipertensão pode estar associada ao menor padrão socioeconô-mico dos países latino-americanos, comparável ao norte-americano de 3 a 4 décadas atrás.

Nossos dados também confirmam as mesmas ca-racterísticas epidemiológicas observadas em adultos, qual seja, maior prevalência de hipertensão em ho-mens (21,5%) que em mulheres (7%) nesta faixa etá-ria, correlação positiva da pressão arterial com o ín-dice de massa corporal e tendência à agregação familiar.1-10 Desta forma, sexo, presença de

sobrepe-so ou obesidade e predisposição familiar parecem ser os principais determinantes da elevação pressórica nesta faixa etária. Tais observações reforçam a idéia de que a doença é um contínuo e que já apresenta suas conhecidas características epidemiológicas na adolescência. Embora a maioria dos alunos com pres-são elevada tenha familiares diretos portadores da doença (83,3%), a regra é desconhecerem os valores da própria pressão arterial, o que revela a falta de informação sobre as características da doença; por esta razão, não tomam qualquer atitude preventiva ou de tratamento.

A prevalência de hipertensão em homens e mulhe-res em nosso trabalho é, em tudo, semelhante à obser-vada em um estudo realizado em estudantes de Medi-cina argentinos, com idade média de 21 anos (20% em homens e 6% em mulheres).30 Tal diferença entre os

sexos pode ser explicada pelo efeito protetor do estro-gênio natural em mulheres na menacme.

O excesso de peso está claramente associado ao aumento da pressão arterial nos jovens que avalia-mos. Encontramos correlação positiva entre os valo-res da PA sistólica e diastólica e o índice de massa corporal (IMC). Da mesma forma, a prevalência de hipertensão cresce progressivamente do quartil

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infe-rior do IMC para o quartil supeinfe-rior (Figura 2). Essa evidência alerta para uma medida preventiva muito importante: a redução do peso corpóreo. Esta redu-ção, mesmo que discreta, contribui de forma efetiva para o controle não farmacológico e a prevenção pri-mária da hipertensão arterial.10,23,24

Não observou-se relação entre a idade e os valo-res da pvalo-ressão arterial. Isto se deve, provavelmente, à faixa etária estreita em que foi realizado o estudo. A ausência de correlação entre a prevalência de hiper-tensão e a inatividade física pode ser explicada por hábitos de vida mais ativos nesta faixa etária. Da mes-ma formes-ma, o hábito de fumes-mar não guarda relação com a elevação da pressão arterial, possivelmente pelo curto período de uso do cigarro. Porém, é preocupante que, nesta idade, 13,7% dos jovens fumem.

Finalmente, deve-se ressaltar que um outro grupo de jovens merece atenção especial, aqueles com va-lores de pressão arterial na faixa “limítrofe” (PA sis-tólica entre 130 e 139 e/ou PA diassis-tólica entre 85 e 89 mmHg). Em nosso grupo, constituem um contingente

de 16,1% de indivíduos que têm maior chance de tor-narem-se hipertensos em futuro próximo. Tal obser-vação foi confirmada em estudo muito recente na população de Framingham.31,32

Em conclusão, encontramos em nosso estudo alta prevalência de hipertensão arterial em jovens que fre-qüentam as escolas de ensino médio. Embora estes dados devam ser confirmados individualmente, por determinações repetidas da pressão arterial, as ca-racterísticas epidemiológicas desde grupo asseme-lham-se, em tudo, à hipertensão arterial primária dos adultos, chamando a atenção para a necessidade de que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, pois só com tratamento adequado e contínuo serão evitadas suas complicações tardias e o elevado custo social. Outro grupo importante para identificação e intervenção é formado pelos indivíduos com pressão arterial na faixa limítrofe, alvos preferenciais da pre-venção primária.10,23,24 Ainda mais importante é criar

nas escolas instrumentos para detecção precoce da hipertensão arterial e outros fatores de risco cardio-vascular e, ao mesmo tempo, fornecer orientação pre-ventiva a estes jovens.

A g r a d e c i m e n t o s

Agradecemos o apoio recebido nas escolas visita-das e os programas de bolsas de iniciação científica PIBIC/CNPq-PUC/SP e CEPE-PUC/SP. Aos alunos de iniciação científica que, mesmo sem bolsa formal, par-ticiparam do projeto com igual empenho e entusias-mo, nosso reconhecimento e agradecimento: Anali Hernandez, Eduardo Soares Machado Gomes, Isabela Mateus da Costa Santana, Josiane Rowe de Almeida e Theodora Karnakis. 6,4 12,1 14,6 24,8 0 5 10 15 20 25 30 < 19,5 19,5 a 21 21 a 23 > 23 P<0,01 (tendência) Preval ê ncia de Hipertens ã o Arterial (%) IMC (Kg/m2)

1o. Quartil 2o. Quartil 3o. Quartil 4o. Quartil

Figura 2 - Prevalência de hipertensão arterial em alunos do ensino médio (idade média de 17,4 anos) de acordo com os quartis do índice de massa corpórea (IMC, Kg/m2). Análise estatística por tendência (p<0,01).

R e f e r ê n c i a s

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Endereço para correspondência: Endereço para correspondência:Endereço para correspondência: Endereço para correspondência:Endereço para correspondência: Fernando Antonio de Almeida Fernando Antonio de Almeida Fernando Antonio de Almeida Fernando Antonio de Almeida Fernando Antonio de Almeida Praça José Ermírio de Moraes, 290 Praça José Ermírio de Moraes, 290 Praça José Ermírio de Moraes, 290 Praça José Ermírio de Moraes, 290 Praça José Ermírio de Moraes, 290

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E-mail: faalmeida@globo.com E-mail: faalmeida@globo.com E-mail: faalmeida@globo.com E-mail: faalmeida@globo.com E-mail: faalmeida@globo.com Recebido em 6/3/2003. Aprovado em 30/8/2003.

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Referências

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