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EFEITO DOS RESTOS CULTURAIS DO ARROZ SOnRE A OCORR~NCIA DA. HMELA" E PRODUçAo DE FEIJÃO EM RIO 8RA"CO, AC1

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(1)

Q \'.'

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FL 2682

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ISStl 0101-6075

EMBRAPA

• Q\ UnIdade de Execução de Posqulsa

{J de Âmbito Estadual

PESQUISA

EM

ANDAMENTO

RUI! 5rrglpr. 216 Rio Br e nce - Acrr Penes: 214·3931 - 224.3Q32 - 221·)'131 . 2H-1035

rl'l 61, dez/Re, p.I-6

EFEITO DOS RESTOS CULTURAIS DO ARROZ SOnRE A OCORR~NCIA DA

HMELA" E PRODUçAo DE FEIJÃO EM RIO 8RA"CO, AC1

Ivandir Soares Campos2 F r a n c i s c o das C h a 9 a s fi. v i.la Paz 2 Tâmara Cláudia de Araújo Gomes3

INTRODUçAo

Produzir feijão Phaseolus tem. sido um grande desafio para o agricultor acreano. 'lr e b e lho realizado pela Comissão Estadual de Planejamento Agrícola do Estado do. Acre - CEPA (1987), mostra Que a ~rodutividade média do feijão Phas~ulu~, nesse Estado, desde 1980

não atinge 600 kg/ha. Um dos principais fatores da baixa produtivi-d a produtivi-d e é a o c o r r

ê

n ci a de"~' u r c h a d a t e ia Mic é1ic a " ou" Mel a do F e i-joeiro", doença causada pelo fungo Than~!~horus cucumerj~ (Franck)

Oon.

Segundo Cardoso

&

Cordeiro (1983), na forma assexuada (ThanÊteQhQr~~ cucu~eri~ - Basidiomicetos) esse fungo ocorre em to-dos os solos da Amazônia e, em condições de elevada umidade do ar,

precipitação e temperatura, torna-se um patógeno agressivo

à

maio-ria das leguminosas, inclusive ao feijoeiro comum e ao caupi. Car-dos o (I 9 8 O) r e1a t a Que a "~1eIa" c o n s t it u i - s e n o p r in c ipa l e n t r ave para a produção de feijão na Amazônia e Que a doença foi detectada ~fetando Q feijão na Região Tranzamazônica em 1973.

As lavouras plantadas no mês de março ou início de abril, Quando ainda S~ verifica um elevado índice pluviométrico sempre apr~

!Trabalho desenvolvido com recursos da EMBRAPA/UEPAE de Rio Branco, AC.

~EngO Agrº, M.Sc., Ef.1BRAPA/UEPAE de Rio Branco, Caixa Postal 392, CEP 69900, Rio

Branco, AC.

~Eng~ AgrO, B.Sc., EMBRAPA/UEPAE de Rio Branco, AC.

-

Efeito dos restos culturais do

1988 FL - 1 9 9 7O O 2 O 6

1111I11111111111111111111111111111111111111111111111 11111 1111111I111111111I

(2)

- --- PESQUISAEM

ANDAMENTO--!>A/61,UEPAE de Rio Branco, dez/88, p.e

';entam-se atacadas pela "MeIa". Entretanto. Quando o feijão é planta

-do tardiamente, as colheitas são prejudicadas por deficiência hí dric e.

°

controle eficiente da "MeIa do Feijoeiro" tem sido tentado

(om ênfase, nos ~Itimos anos embora os resultados obtidos ainda care

-~am de comprovação pr~tica e econ~mica (Cardoso

&

Oliveira, 1982).

°

liSO de fungicida em face de seus aspectos economicos e ecológicos pa

-t'a a amaz~nia, é ainda o método mais prático e mais eficiente no con

-trole das principais doenças do feijoeiro (Cardoso

&

Oliveira, 1982).

rconomicamente, o uso de fungicida. no controle da "MeIa", para a

otual condição de mercado e do agricultor acreano, constitui-se uma

pr~tica inviável.

Algumas práticas culturais como a cobertura morta do solo, a

ilduhação orgânica e alterações na época de plantio têm apresentado

(>ficiência relativa (Cardoso & Luz, 1981).

,

A cobertura morta evita o impacto da agua das chuvas no so

-lo. Que transporta partículas do mesmo para a parte aérea da planta,

possívelmente com o fungo da "MeIa" e mantem a umidade do solo nos

plantios mais tardios. Outra vantagem da cobertura morta é o controle

de invasoras, reduzindo o número de capinas.

Na UEPAE de Rio Branco se obteve produtividade de 1.200 Kg/

I,a, em 1987 e I. 4 00 K g / h a em L9 8 8, c o m p Ia n t ios d a c u 1t iva r R o s in h a,

110 verao, com irrigação por infi ltração, em areas de produção de

se-mentes. Neste sistema de cultivo não tem ocorrido a "MeIa". No Pr

i-meiro teste com irrigação por aspersão, com plantio efetuado no iní

-c io de junho de 1988, não foi observada a presença de "MeIa". No

en-tanto, estas práticas ainda são inacessíveis para.os produtores: de

lfeijão no Acre.

Este trabalho tem' como objetivo avaliar o comportamento veg

tativo e produtivo de feijão Phaseolus vulgaris, L. em cultivo a

lan-ço e plantio direto sobre os restos culturais do arroz.

HATERIAL [ MtTODOS

°

experimento foi instalado no campo experimental da UEPAE

Ide Rio Branco, em um Podzólico Vermelho Amarelo com pH 5,0, 2 ppm de

r,

73 ppm de K, 0,22 meQ/IOO ml de AI e 3,34 meQ/IOO ml de Ca + Mg.

(l plantio foi realizado no dia 20/04/88 e a colheita se deu em 12/07

/88, resultando num ciclo vegetativo ~e 83 dias.

(3)

-PESQUISA EM ANDAMENTO-~

PA/61, UEPAE de Rio Branco, dez/88, p.3

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com

10 tratamentos e 4 repetições. Avaliou-se a incidência da "Nela",

pr odut iví d ade das cultivares e determinou-se os teores de umidade

dO.solo de O aS cm e 5 alO cm de profundidade, nos 5 sistemas de

plantio. Foram utilizadas as cultivares Rosinha e CarioQuinha em

plantio direto sobre a palha do arroz trilhado, tombado com terçado

(facão), roçado mecanicamente e plantio

à

lanço dentro dos restos

da cultura do arroz após a colheita

à

meia palha.

RESULTADOS PARCIAIS

A análise de variância dos dados de produtividade apresen

-tados na Tabela J, mostrou diferenças estatísticamente

significati-'/a s e n t r e o s t r a ta me n tos. O P Ia n t io d ir e to d a c u Itiv a r R o s in h a so

-I)re a palha do arroz tombado e o plantio à lanço da mesma cultivar

,jentro dos restos culturais do arroz, foram os sistemas que mais se

1estacaram. Embora não tenha havido diferenças estatísticamente

sig-~ificativas entre estes tratamentos e o plantio direto do feijão

qosinha sobre a palha do arroz tri lhado, este último tratamento

apre-sentou algumas desvantagens de ordem e conêa ic a . entre elas está a

necessidade de mão-de-obra para transporte da palha e germinação das

sementes de arroz que nao se desprenderam da panícula, implicando na

necessidade de capinas.

Acredita-se que, a não ocorr~ncia de "MeIa" em todos os

tratamentos, inclusive na testemunha, deve-se ao período em Que foi

conduzido o experimento. Como pode se observar na Tabela 2, a

ocor-r5ncia de chuvas só foi maior na fase inicial de ~rescimento do

cul-tivo (entre 20/04 e 05/05). A redução e a descontinuidade das

chu-vas podem ter criado um clima desfavorável ao desenvolvimento e

pro-liferação do fungo causador da "MeIa".

A maior capacidade de retenção da umidade

ter sido o fator que contribuiu para as diferentes

apresentadas pelos tratamentos.

Com base nesses resultados será instalado em 1989, um

ex-perimento onde serão incluídas várias épocas de plantio, e

avalia-ções relativas aos efeitos da cobertura sobre as características do

solo. Serão também incluídos tratamentos com restos culturais do

mil h o e u t i I iz a r - se - á a p e nas a c u It i~'ar R o si n h a .

(Tabela I) pode

produtividades

..

.'

(4)

PESQUISAEM ANDAMENTO--.,

PA/61, UEPAE de Rio Branco, dez/88, p.4

REf

EntNc

IAS

C~RDOSO, J.E. Eficiência de três fungicidas no controle da murcha

da teia mic~lica do feijoeiro no Acre. Rio Branco, EMBRAPA-UEPAE

de Rio Branco, 1980. 4p. (EMBRAPA.UEPAE de Rio Branco.

Comu-nicado Técnico, 13).

CARDOSO, J.E.

&

CORDEIRO, Q.S. Bibliografia da meIa do feijoeiro.

Rio Branco, EMBRAPA-UEPAE de Rio Branco, 1983. 235p.

CARDOSO, J.E.

&

LUZ, E.D.I1.N. Avanços da pesquisa sobre a meia do

feijoeiro no Estado do Acre. Rio Branco, EMBRAPA-UEPAE de Rio

Branco, 1981. 29p. (EMBRAPA.UEPAE de Rio Branco. Boletim de

Pesquisa, 1).

CARDOSO, J.E.

&

OLIVEIRA, E.B. Controle da meIa do feijoeiro

atra-vés de fungicida. Peso Agropec. Bras., Brasília, 17

(12):1811--13, dez. 1982.

COttISSÃO ESTADUAL DE PLANEJAMENTO AGRfCOLA 00 ESTADO 00 ACRE. CEPA.

Contribuição do Estado do Acre para o 00 Simpósio Brasileiro de

Alimentação e Nutrição - SIBAN. Rio Branco, 1987. 12p.

(5)

'"'O »

-

0'\ TABELA 1 - Dados de produtividade e umidade do solo obtidos nos diferentes sistemas d~

plan-tio do feijão. Rio Branco, AC, 1988.

c:: rn '"'O » rTI 0 -ro ::o Produtividade kg/ha Umidade do Solo (X) De O a 5 em De 5 a 10 em Tratamento

1- Plantio direto sobre a palha do arroz tombado (Rosinha) 2- Plantio

à

lanço dentro da palha do arroz em pé (Rosinha) 3- Plantio direto sobre a palha do arroz trilhado (Rosinha) 4- Plantio direto sobre a palha do arroz trilhado (Carioqüinha) 5- Plantio direto sobre a palha do arroz tombado (Carioquinha) 6- Plantio

à

lanço dentro da palha do arroz em pé (Carioquinha)

7- Plantio direto sobre a palha do arroz roçado mecanicamente (~inha) 8- Plantio direto sobre a palha do arroz roçado mecanicamette (~i~inha) 9~ Plantio convencional (Carioquinha)

10- Plantio convencional (Ros inhal

1.155 a 17,29 17,81 18,71 18,71 17,29 .17,81 17.34 17,34 16,38 16,38 16,00 15,99 14,95 14,95 16,00 15,99 15,56 15,56 11.77 11,77

_.

o CD '"1 !li ::::I n o 1.082 a 907 ab 827 bc 827 bc 815 bc 670 bcd 640 cd 585 cd 537 d 0 -ro N

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804

c.v.

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12.63

Médias dê produtividade seguidas por letras distintas diferem entre si pelo teste de Tukey

à

(6)

•• ,:..'1 PCSQUISA EM ANDAMENTO ----, PA/61, UEPAE de Rio Branco, dez/08, p.6

TABELA 2 - Precipitação pluviom~trica (mm) di~ria occrrida no

perí6-do em Que foi desenvolvido o experimento. Rio Branco,

AC,1988.

nia Março Abril Maio Junho Julho

01 0,0 0,0 0,0 0,0 9,4 02 0,0 27,3 0,0 0,0 0,0 03 5,0 2,2 6,3 0,0 0,0 04 0,0 . 'I ,0 20,0 ~O,O 0,0 05 0,0 20,4 22,4 0,0 35,2 06 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 07 0,0 0,4 0,0 0,0 I ,4 OS 18,0 4 ,1 0,0 0,0 0,0 09 23,7 17,0 0,0 0,0 0,0 10 0,0 5,0 0,0 0,0 0,0 J 1 1 ,6 0,0 0,0 0,0 0,0 12 31 ,O 0,0 0,0 0,0 0,0 13 19,6 26, I 6,0 0,0 0,0 14 0,0 6,0 0,0 0,0 0,0 15 10,0 1 ,6 0,0 0,0 0,0 16 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 17 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 18 0,0 0,0 0,0 II ,3 0,0 19 0,0 0,0 0,0 4,8 0,0

~o

56,5 0,0 1 ,2 0,0 0,0 ;'1 0,0 0:0 29,4 0,0 0,0 ;~2 1 , 1 0,0 0,0 0,0 0,0 ?3 0,0 2,6 0,0 0,0 0,0 24 0,0 50,2 0,0 0,0 0,0 ;~5 0,0 4,0 10,0 0,0 0,0 ?6 3,2 0,0 0,0 0,0 0,0 27 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20 30,0 12,0 0,0 0,0 0,0 29 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

ao

2,0 0,0 0,0 0,0 0,0

:

n

46,2 0,0 0,0 Total 250,3 179,9 96. 1 16, I 46,0 Média 8,07 5,99 3,10 0,53 1,48

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