• Nenhum resultado encontrado

Roteiro para práticas de Microscopia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Roteiro para práticas de Microscopia"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Rede de estudos e colaboração para inclusão social e

desenvolvimento da cultura científica

Projeto nº: 67049. Aprovado pelo Edital 055/2012 do Programa Novos Talentos da Capes

Roteiro para práticas de Microscopia

Despertando a curiosidade

No tempo dos gregos, já se sabia que os seres vivos eram formados por órgãos, contudo o mundo celular ainda não era conhecido. Não havia meios para conhecê-los, ao longo do desenvolvimento da humanidade foram criadas técnicas e tecnologias, como o microscópio, que nos permitiram observar os fatos de outra perspectiva, a perspectiva microscópica!

É difícil dizer quem criou o microscópio. Mas, acreditase que a primeira pessoa a construir e usar microscópios foi um holandês chamado Anton Leeuwenhoek. Ele viveu na Holanda do século XVII e era comerciante. Como vendia coisas miúdas teve interesse em desenvolver meios de ver esse mundo. Ele polia e cortava pedaços de vidro a fim de criar lentes, então criou o microscópio. Ao longo de sua vida foram mais de 240, em sua maioria eram objetos pequenos que

contavam com lentes extras.

Na mesma época, na Inglaterra, Robert Hooke também desenvolvia microscópios. Antes de cientista, ele queria ser pintor. Por isso, fez desenhos precisos baseados no que via pelo microscópio. Com suas experiências, Hooke aprendeu muito sobre física e inventou instrumentos como o barômetro, que nos

(2)

ajudam a medir mudanças de pressão até hoje. Ele percebeu que uma lente convexa ampliava mais o objeto

observado. Desenvolveu um aparelho ainda mais capaz com duas lentes ajustadas nas extremidades de um tubo de metal. E por possuir duas lentes, a ocular e a objetiva, ficou conhecido como microscópio composto. Com isso, novas pesquisas foram realizadas e a tecnologia aprimorada. Ele observou pequenos objetos, além de animais e plantas que ele mesmo representava em fiéis ilustrações.

A ilustração ao lado pertence ao livro que ele publicou em 1665, intitulado

Micrographia, reunindo seus desenhos e

descrições fisiológicas, é neste livro que pela primeira fez se usa a descrição “little boxes

orcells”, ‘ pequenas caixas ou celas’ para

denominar os alvéolos observados, surge assim o termo ‘célula’.

Vimos nesses dois cientistas exemplos de pesquisadores que com sua curiosidade e método de trabalho empreenderam grandes avanços da ciência. O interesse na morfologia das coisas, isto é, como elas são compostas fez que tanto na Holanda quanto na Inglaterra dois homens se tornassem homens de ciências com seus aparelhos revolucionários. O microscópio revolucionou a Ciência e a Biologia. Sem a ajuda das lentes não poderíamos entender como funciona uma célula ou diagnosticar doenças. Não só em objetos sofisticados como microscópios, as lentes estão presentes na nossa realidade em instrumentos comuns como óculos e lupas. Quando você observa um pássaro através de um binóculo, está sendo ajudado pelas lentes! Estes objetos tão importantes, nossas amigas lentes, são estudados por uma parte da Física chamada Ótica.

Mãos a obra

Este assunto é muito abrangente. São inúmeros usos das lentes e aplicações da ótica que podemos pensar. Os alunos devem se organizar em grupos e cada grupo deverá discutir em sala sobre os assuntos: Microscópios, Lentes e Ótica. Sugerimos que reflitam sobre os usos possíveis, sobre as curiosidades que têm

(3)

a respeito, o que gostariam de descobrir. Então, em casa, cada integrante do grupo deve realizar uma pesquisa individual buscando esclarecer os questionamentos levantados em sala. Em outro momento, após realizarem a pesquisa individual, os alunos deverão reunir os materiais pesquisados e escrever um texto em conjunto sobre o assunto abordado.

Aprendendo a utilizar um microscópio óptico

Despertando a curiosidade

O microscópio é um importante instrumento de análise para o pesquisador empenhado. Nesta atividade pretendemos identificar as partes do microscópio óptico e aprender a utilizá-lo corretamente.

Experiência 1: Primeiros passos

O professor deve orientar os alunos ensinando-os como mexer no microscópio da escola. Material Microscópio óptico Letras impressas Água Pinça Pipeta Tesoura Bécker Lâmina Lamínula Mãos a obra  Os alunos devem recortar as letras.

 Com ajuda da pinça deve colocar uma letra sobre a lâmina; com a pipeta pingar uma gota de água; e novamente com auxilioda pinça colocar a lamínula em um ângulo de 45°, deixá-la cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas.

(4)

 As laminas prontas e aprovadas pelo professor devem ser observadas no microscópio, ajustar o foco e observar nas diferentes objetivas.

Observação de células de

revestimento da cebola

Ao lado podemos observar células do revestimento da cebola. Nesta prática vamos aprender a fazer uma lamina de cebola e observar a morfologia das células epidérmicas, além de induzir experimentalmente a plasmólise e deplasmólise.

Material: Pincel, pinça, lâmina, lamínula, bécker, gilete, água e sal. Mãos a obra

Para a observação da morfologia

 Com a gilete fazer um pequeno quadrado na cebola e retirar com a pinça a película interna. Atenção, tome cuidado neste passo!

 Colocar o material sobre a lâmina, pingar uma gota de água; colocar a lamínula em um ângulo de 45°, deixá-la cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas

 Levar ao microscópio, ajustar o foco e observar nas diferentes objetivas.

Para a observação de plasmólise:

 Preparar a solução hipertônica e a solução hipotônica.

 Com a gilete fazer um pequeno quadrado na cebola e retirar com a pinça a película interna

 Colocar o material sobre a lâmina, pingar uma gota de solução hipertônica; colocar a lamínula em um ângulo de 45°, e deixá-la cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas

 Levar ao microscópio, ajustar o foco e observar nas objetivas diferentes objetivas.

(5)
(6)

 Para observação de desplasmólise:

 Lavar o material biológico com solução isotônica

 Colocar o material sobre a lâmina, pingar uma gota de solução hipotônica; colocar a lamínula em um ângulo de 45°, e deixá-la cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas

(7)
(8)

Observação de células do Reino Vegetal

Aconselha-se que antes desta experiência o professor já tenha dado em aula o conteúdo de Botânica, com ênfase na estrutura

celular vegetal. Nesta prática vamos observar e identificar células do Reino Vegetal através do microscópio!

Material:

Folhas de diferentes espécies de plantas, pipeta Pasteur, lâmina, lamínula, pinça, gilete.

Metodologia:

 Com o gilete retirar finas camadas das folhas

 Colocar sobre a lâmina; pingar uma gota de água; colocar o material sobre a lâmina, pingar uma gota de água; colocar a lamínula em um ângulo de 45°, e deixá-la cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas

 Levar ao microscópio, ajustar o foco e observar nas objetivas de 4x, 10x, 40x e 100x.

Desenhe o que você viu no microscópio.

Observação de outras células do Reino Vegetal

Nesta prática vamos observar outras células do reio vegetal. Como, o pistilo de uma flor e plantas aquáticas.

Material: Lâmina, lamínula, pinça, pipeta pasteur, água e flores Mãos a obra:

(9)

Observando flores

 Com a gilete retirar finas amostras da epiderme superior e da epiderme inferior da pétala da flor e colocar com a pinça sobre a lamina

 Retirar o pistilo da flor; colocar sobre a lâmina e pingar uma gota de água

 Colocar a lamínula em um ângulo de 45°, deixá-la cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas

 Levar ao microscópio, ajustar o foco e observar nas diferentes objetivas

Os alunos devem desenhar em seus diários de campo o que observaram pelo microscópio, com riqueza de detalhes. Além disso, devem pesquisar em casa ou na sala de aula com o professor as partes de uma flor. Depois, fazer um desenho de uma flor e suas partes, ao lado do outro desenho.

Observando material biológico de vegetação aquática

Junto com o professor os alunos devem procurar algum local que tenha água acumulada com formação de lodo.

Material: Lâmina, lamínula, pinça, pipeta Pasteur, becker, água e flores

 Com o auxílio de uma colher, o aluno deve pegar um pouco do lodo acumulado na água e colocar no Becker (objeto presente na ilustração ao lado). Levar o material para o laboratório

 Retirar uma fina camada da epiderme de vegetação aquática; colocar a lamínula em um ângulo de 45°, deixála cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas

(10)

Observação de cultura de microrganismos

Nesta experiência vamos preparar uma cultura de micro-organismos! Isso mesmo, tudo isso para observar através do microscópio como é o comportamento celular desses seres vivos expostos a temperaturas diferentes.

Material

2 Recipientes de vidro para cada grupo Água Alface Grãos de arroz Pipeta pasteur Lamina Lamínula Mãos a obra

 É preciso preparar a cultura de microrganismos com antecedência, antes da observação no microscópio. Os alunos devem se reunir em grupos para fazer as culturas, em dois recipientes de vidro coloquem água, alface e alguns grãos de arroz. É importante saber que a temperatura a que as culturas são expostas influencia em seu desenvolvimento. Portanto, cada pote de vidro deve ser exposto a uma temperatura diferente durante 5 ou 7 dias. Um deve ficar em temperatura ambiente e o outro a uma temperatura de 10°c, ou dentro de uma geladeira.

 De cada pote de vidro os alunos devem fazer uma lamina.

 Para a realização desta lâmina, com uma pipeta pingar uma gota de cada cultura em lâminas, colocar a lamínula em um ângulo de 45°, deixá-la cair e pressionar com suavidade o material para evitar a formação de bolhas; levar ao microscópio, ajustar o foco e observar nas diferentes objetivas  O que aconteceu com as culturas expostas às temperaturas diferentes?

(11)

Pense nisso. Os alunos devem anotar suas observações com precisão.

Atividade complementar

Após a atividade, os alunos devem se reunir em grupo e elaborar uma pequena redação respondendo “Qual foi a diferença no desenvolvimento das duas culturas?”. Para tal, utilize suas observações e conclusões. Atenção, lembre-se de se expressar com clareza e detalhadamente. Na ciência, até os menores detalhes são muito importantes!

Referências

Documentos relacionados

O termo extrusão do núcleo pulposo aguda e não compressiva (Enpanc) é usado aqui, pois descreve as principais características da doença e ajuda a

Principais mudanças na PNAB 2017  Estratégia Saúde da Família/Equipe de Atenção Básica  Agentes Comunitários de Saúde  Integração da AB e Vigilância 

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

Para esse fim, analisou, além do EVTEA, os Termos de Referência (TR) do EVTEA e do EIA da Ferrogrão, o manual para elaboração de EVTEA da empresa pública Valec –

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

Por último, temos o vídeo que está sendo exibido dentro do celular, que é segurado e comentado por alguém, e compartilhado e comentado no perfil de BolsoWoman no Twitter. No

Tais restrições, sendo convencionais, operam efeitos entre o loteador e os que vão construir no bairro, enquanto não colidentes com a legislação urbanística ordenadora da cidade e