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Greensboro, NC, Estados Unidos

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Academic year: 2021

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Como cultura e classe social influenciam o

desenvolvimento de crianças pequenas

Jonathan Tudge

Departamento de Desenvolvimento Humano e Estudos da Família, Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, EUA Professor Colaborador, Pós-graduação em Psicologia, UFRGS, Brasil

VII Seminário Internacional da Primeira Infância, PUC, Porto Alegre

23-24 de novembro de 2010

Introdução

Os contextos onde coletamos os dados Os participantes da pesquisa

A influência da cultura e classe social nas atividades e interações das crianças pequenas

A influência da cultura e do ambiente local nas atividades e interações das crianças pequenas

Onde eu faço minha pesquisa

Greensboro, NC, Estados Unidos

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Kisumu, Quênia

Kisumu, Quênia

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A questões centrais e os métodos

É possível mostrar a influência do contexto nas atividades e interações diárias?

cultura—país, raça e classe social contexto local—dentro e fora da creche Como a cultura tem influência?

Através de valores, crenças e “práticas culturais” (atividades e interações nas quais as crianças estão muito envolvidas nos lugares onde elas passam tempo). Como foi feito o estudo?

Cada criança observada por 20 horas, equivalentes a um dia, em blocos de 2 ou 4 horas, ao longo de uma semana.

O observador seguiu cada criança em qualquer lugar onde ela foi.

Participantes, colaboradores e assistentes

 169 crianças de 3 anos (tempo 1) e seus pais

 39 de Greensboro, NC, EUA (20 Brancas: Sarah Putnam, Judy

Sidden; 19 Negras: Fabienne Doucet, Nicole Talley)

 20 de Kisumu, Quênia (Dolphine Odero)

 20 de Porto Alegre (Cesar Piccinini, Rita Lopes, Tania Sperb; Giana

Frizzo, Fernanda Marques, Rafael Spinelli)—uma amostra que é uma

parte do Estudo Longitudinal de Porto Alegre (ELPA: Piccinini,

Tudge, Lopes e Sperb, 1998)

 22 de Obninsk, Rússia (Natasha Kulakova, Irina Snezhkova)  20 de Tartu, Estônia (Marika Meltsas, Peeter Tammeveski)  18 de Oulu, Finlándia (Marikaisa Kontio, Johanna Matinmikko)  12 de Suwon, Coréia (Soeun Lee)

 18 de Vadodara, Índia (Rachana Karnik)

Participantes (idade, classe social, creche)

Gbo Br Gbo Neg Kisumu POA CM idade 36.6 38.3 39.3 37.0 CM SES 52.1 50.2 57.3 55.2

CM creche 9 2 6 8

CT idade 36.9 39.8 40.8 36.1 CT SES 28.9 28.6 21.6 24.6

Atividades e interações enfocadas

Lições(4 subcategorias)

foco nesta apresentação emlições escolares, interperssoais e sobre “o mundo”

Trabalho (15 subcategorias)

Brincadeira(incluindo exploração e entretenimento) (12 subcategorias)

foco aqui embrincadeira de faz-de-conta e brincadeira com objetos escolares

Conversação(3 subcategorias)

foco aqui emconversação com adultos

(4)

Envolvimento em atividades

(lições, trabalho, brincadeira e conversação)

0 10 20 30 40 50 60 70 Gbo Br Méd Gbo Br Trab Gbo N Méd Gbo N Trab

Kis Méd Kis Trab POA Méd POA Trab

% o f o b s e rv a ti o n s Lições Trab. Brinc. Conv.

Pontos importantes (nível da cidade)

Crianças em Greensboro e Porto Alegre estavam bem mais envolvidas em conversações com adultos que as crianças em Kisumu

Crianças em Kisumu mais envolvidas em coisas escolares (lições escolares e brincadeira com objetos escolares) que crianças nas outras cidades

Crianças em Porto Alegre bem menos envolvidas em lições escolares e interpessoais que crianças nas outras cidades, mas mais envolvidas em brincadeira de faz de conta e conversação que crianças em outras cidades

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GBO KIS POA

% o f o b s Liç esc Liç int Liç mund Faz de c Brinc esc Conv ad

Envolvimento em atividades relevantes

Pontos importantes

(nível de classe social)

Em Greensboro, crianças brancas de classe média foram as que tiveram mais conversas com adultos.

Em Greensboro, crianças de classe média foram envolvidas em mais de quase todas as atividades, e os brancos mais que os negros.

Em Kisumu, crianças de classe média foram as que mais tiveram lições escolares e brincaram com objetos escolares. As crianças em Kisumu conversaram com adultos mais ou menos no mesmo que crianças em Greensboro (exceto de classe média branca).

Em Porto Alegre, crianças de classe trabalhadora tiveram poucas lições escolares e brincaram pouco com objetos escolares.

Crianças de classe média, em geral, tiveram mais lições escolares e brincaram mais de faz-de-conta e com objetos escolares. 0 2 4 6 8 10 12 14

GBO Br Méd GBO Br Tra GBO N Méd GBO N Tra

% o f o b s e rv a ti o n s Liç esc Liç int Liç mund Faz de c Brinc esc Conv ad

Envolvimento em atividades relevantes (Greensboro: raça e classe social)

0 2 4 6 8 10 12 14

GBO Br Méd GBO Br Tra GBO N Méd GBO N Tra Kis Méd Kis Tra

% o f o b s e rv a ti o n s Liç esc Liç int Liç mund Faz de c Brinc esc Conv ad

Envolvimento em atividades relevantes (Greensboro e Kisumu, classe social)

(5)

0 2 4 6 8 10 12 14 GBO Br Méd GBO Br Tra GBO N Méd GBO N Tra

Kis Méd Kis Tra POA Méd POA Tra

% o f o b s e rv a ti o n s Liç esc Liç int Liç mund Faz de c Brinc esc Conv ad

Envolvimento em atividades relevantes (Greensboro, Kisumu, POA e classe social)

Enfocando apenas aquelas crianças que

frequentam creche

Greensboro: Uma maior percentagem de conversação fora da creche.

Uma maior percentagem de lições escolares e interpessoais na creche.

Mais lições sobre o mundo fora da creche que dentro. Uma maior percentagem de brincadeiras com objeto escolares dentro da creche.

Kisumu: Dentro da creche 35% de atividades ou lições escolares ou brincadeira com objetos escolares.

Bem mais lições interpessoais dentro da creche, e menos conversação.

Porto Alegre: muito poucas lições e brincadeiras com objetos escolares dentro da creche.

Envolvimento em atividades relevantes

para a escola dentro e fora da creche

(Greensboro)

0 2 4 6 8 10 12 14 16

GBO Br fora GBO Br dentro GBO N fora GBO N dentro

% o f o bs i n e ac h s et ti n g Liç esc Liç int Liç mund Faz de c Brinc esc Conv adult

Envolvimento em atividades relevantes

para a escola dentro e fora da creche

(Greensboro e Kisumu)

0 5 10 15 20 25

GBO Br fora GBO Br dentro

GBO N fora GBO N dentro

KIS fora KIS dentro

% o f o b s i n e a c h s e tt in g Liç esc Liç int Liç mund Faz de c Brinc esc Conv adult

Envolvimento em atividades relevantes

para a escola dentro e fora da creche

(Greensboro, Kisumu e Porto Alegre)

5 10 15 20 25 % o f o b s i n e a c h s e tt in g Liç esc Liç int Liç mund Faz de c Brinc esc Conv adult

A influência do contexto?

Claro que sim...

Atividades e interações estavam influenciadas pelas sociedades, classe social e ambiente (dentro ou fora de creche).

É necessário entender os valores e crenças de cada país, e é possível ver nos resultados as ideias do que é bom fazer com crianças no creche.

Em Greensboro tem a ideia de uma mistura de aprender e brincar.

Em Kisumu, a ideia de creche é preparar a criança para escola—então podemos ver a grande atenção para lições e

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Cuidado!

Não existe uma só medida de qualidade de desenvolvimento infantil.

Cada cultura tem seus valores e crenças e, portanto, suas práticas para “transmitir” estes valores e crenças. É perigoso aceitar considerações de qualidade ou competência importadas de outros países sem levar em consideração os seus valores e crenças.

Quero agradecer a vocês pela atenção!

jrtudge@uncg.edu

Tudge, J. R. H. (2008). The everyday lives of young children: Culture,

class, and child rearing in diverse societies. New York: Cambridge University Press.

Tudge, J. R. H., Lopes, R. S., Piccinini, C. A., Sperb, T. M, Chipenda-Dansokho, S., Marin, A. H., Vivian, A. G., Oliveira, D. S., Sonego, J., Frizzo, G. B., & Freitas, L. B. L. (under review). Parents’ child-rearing values in southern Brazil: Mutual influences of social class and children’s

development. Journal of Family Issues.

Tudge, J. R. H., Doucet, F., Odero, D., Sperb, T., Piccinini, C., & Lopes, R. (2006). A window into different cultural worlds: Young children’s

everyday activities in the United States, Kenya, and Brazil. Child

Development, 77(5), 1446-1469.

Vocês podem ler vários artigos sobre a teoria e a pesquisa no site:

http://www.uncg.edu/hdf/facultystaff/Tudge/Tudge.html

Referências

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