Diário Oficial do EXECUTIVO

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Diário Oficial do

E X E C U T I V O

Prefeitura Municipal de Wenceslau Guimarães - BA

Segunda-feira • 13 de novembro de 2017 • Ano I • Edição Nº 189

Q R C O D E

SUMÁRIO

NOTA: As matérias que possuem um asterisco (*) em sua descrição, indicam REPUBLICAÇÃO.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE ... 2

LICITAÇÕES E CONTRATOS ... 2

EXTRATO (CONTRATO Nº 168/2017) ... 2

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS ... 3

LICITAÇÕES E CONTRATOS ... 3

AVISO DE LICITAÇÃO (SRP) (PREGÃO PRESENCIAL Nº 051/2017) ... 3

DECISÃO DE RECURSO (TOMADA DE PREÇOS Nº 002/2017) ... 4

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ÓRGÃO/SETOR: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CATEGORIA: LICITAÇÕES E CONTRATOS

EXTRATO (CONTRATO Nº 168/2017)

PREFEITURA MUNICIPAL DE WENCESLAU GUIMARÃES GABINETE DO PREFEITO

CNPJ nº 13.758.842/0001-59

Rua Otaviano Santos Lisboa, 135, Centro, Wenceslau Guimarães, Bahia

EXTRATO DE CONTRATO

CONTRATO Nº 168-2017; PROCESSO ADMINISTRATIVO: 164-2017; PREGÃO

PRESENCIAL Nº 050-2017; FUNDAMENTO LEGAL: LEI 8666/93 E LE 10.520/02

CONTRATANTE: MUNICÍPIO DE WENCESLAU GUIMARÃES CONTRATADA: GRAFICA MATOS LTDA - ME, CNPJ: 40.472.243/0001-47; OBJETO:

CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAR SERVIÇOS COM A CONFECÇÃO DE MATERIAIS GRÁFICOS PARA A SUPRIR A NECESSIDADE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DESTE MUNICÍPIO DE WENCESLAU GUIMARÃES; VALOR: R$ 16.931,86 (DEZESSEIS MIL NOVECENTOS E TRINTA E UM REAIS E OITENTA E SEIS CENTAVOS) REFERENTE AOS ITENS DO PREGÃO ACIMA CITADO; COBERTURA

ORÇAMENTÁRIA: 1112; 2063/2055; 33903900; 0114000. DATA DA ASSINATURA: 13/11/2017. PELO CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE WENCESLAU GUIMARÃES - PREFEITO MUNICIPAL – CARLOS ALBERTO LIOTÉRIO DOS SANTOS.

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ÓRGÃO/SETOR: SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS CATEGORIA: LICITAÇÕES E CONTRATOS

AVISO DE LICITAÇÃO (SRP) (PREGÃO PRESENCIAL Nº 051/2017)

PREFEITURA MUNICIPAL DE WENCESLAU GUIMARÃES CNPJ nº 13.758.842/0001-59

AVISO DE LICITAÇÃO

O Pregoeiro torna público aos interessados que se realizará a licitação, Modalidade: Pregão Presencial n°. 051-2017-SRP, Tipo: Menor Valor Global, OBJETO: eventual contratação de empresa para prestar serviços de hospedagem com café da manhã no município de Wenceslau Guimarães. Abertura: 24/11/17, às 08hs. Edital disponível em:

http://pmwenceslauguimaraesba.imprensaoficial.org/. Maiores informações poderão ser obtidas pelo telefone (73) 3278-2117 ou na Prefeitura Municipal de Wenceslau Guimarães - Ba, localizada na Rua Otaviano Santos Lisboa nº 135, Centro. Wenceslau Guimarães. José Brito Cabral Neto – Pregoeiro.

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DECISÃO DE RECURSO (TOMADA DE PREÇOS Nº 002/2017)

PREFEITURA MUNICIPAL DE WENCESLAU GUIMARÃES

CNPJ nº 13.758.842/0001-59

TOMADA DE PREÇOS Nº. 002-2017 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 162-2017

OBJETO: Contratação de empresa para execução de obra de construção do Campo de Futebol do Município

de Wenceslau Guimarães

RECORRENTE: SOMAZA SOUZA MOREIRA ENGENHARIA LTDA RECORRIDA: ENEIAS OLIVEIRA SANTOS EIRELI-ME

DECISÃO

O PREFEITO MUNICIPAL DE WENCELSAU GUIMARÃES, no uso de suas atribuições legais e em atenção ao atr. 109 da Lei nº 8.666/93 e do item 15.2. e seguintes do Edital, considerando que a Comissão Permanente de Licitação manteve a decisão emitida em dia 24/10/2017, à luz do Parecer Jurídico emitido pela Assessoria Jurídica deste Município, que passa a integrar esta Decisão como fundamento e motivação, DECIDE:

a) Receber o Recurso interposto pela empresa Recorrente, pois que o mesmo atender ao prazo previsto no art. 109, inciso I, leta a da Lei nº 8.666/93;

b) No mérito, negar-lhe provimento ao Recurso, vez que a empresa Recorrida logrou êxito em comprovar a sua Capacidade Técnico-Profissional tal como exigido o item 5.1.4.b. do Edital, comprovando possuir em seu corpo técnico, na data de abertura das propostas, profissional de nível superior detentor de atestado de responsabilidade técnica, devidamente registrado no CREA da região onde os serviços foram executados, acompanhado da respectiva certidão de Acervo Técnico – CAT, expedida por este Conselho, que comprove ter o profissional executado para órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta, federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal serviços com características técnicas similares às do objeto da presente licitação. A Empresa Recorrida demonstrou inequívoco vínculo com o profissional DIEGO HENRIQUE DA SILVA SANTOS. Ademais, não tendo o subitem b.1. do item 5.1.4. letra b previsto que o vínculo seria demonstrado com exclusividade pelos documentos relacionados, admitiu até mesmo que a Administração se valesse da faculdade prevista no item 3.11 do Edital, com a possibilidade de complementação da instrução processual em obediência ao art. 43, § 3º da Lei nº 8.666/93. No caso, sendo o profissional indicado o constante dos registros do CREA, que para vincular o profissional exige Contrato de Prestação de Serviços, coerente aceitar-se a como DECLARAÇÃO DE FUTURA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL DA EQUIPE TÉCNICA como suficiente a atender à exigência do item 5.1.4., letra b, item b.1. do Edital, mantendo-se a Recorrente habilitada.

c) Determinar o seguimento da licitação, na forma do edital e da Lei nº 8.666/93.

Wenceslau Guimarães (BA), 13 de novembro de 2017.

Carlos Alberto Liotério dos Santos Prefeito Municipal

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PARECER JURÍDICO (TOMADA DE PREÇOS Nº 002/2017)

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TOMADA DE PREÇOS Nº. 002-2017 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 162-2017

RECORRENTE: Somaza Souza Moreira Engenharia Ltda RECORRIDA: Eneias Oliveira Santos Eireli-Me

SOLICITANTE: Prefeito Municipal ASSUNTO: Habilitação. Recurso

PARECER JURÍDICO I – DO RELATÓRIO

Versa o presente processo sobre Recurso apresentado pela empresa Somaza Souza Moreira Engenharia Ltda contra a decisão que habilitou a empresa Eneias Oliveira Santos Eireli-Me nos autos da Tomada de Preços em epígrafe que tem por objeto a seleção de propostas visando à contratação de empresa para execução de obra de construção do Campo de Futebol do Município de Wenceslau Guimarães.

A empresa Recorrente protocolou seu Recurso no dia 31/10/2017.

A empresa Recorrida foi comunicada através de seu representante legal sobre a interposição do Recurso em 01/11/2017,não apresentando contrarrazões.

A Comissão Permanente de Licitações informa em cota no Processo Administrativo que mantém a decisão emitida de habilitar as empresas Eneias Oliveira Santos Eireli-Me e Somaza Souza Moreira Engenharia Ltda, pelos motivos que constaram do Parecer Jurídico anteriormente emitido.

O Prefeito Municipal, tendo recebido o processo administrativo para decisão sobre o recurso apresentado, solicitou que fosse o presente processo administrativo encaminhado a esta assessoria jurídica para que opinasse acerca dos mesmos e sobre a regularidade do Processo Administrativo.

É o relatório.

II – DA MANIFESTAÇÃO

a) Da Tempestividade e Recebimento do Recurso

Inicialmente, cumpre destacar que foi oportunizada a manifestação das licitantes no prazo de lei e a Recorrente apresentou Recurso Hierárquico no prazo legal, devendo, portanto, o recurso ser conhecido.

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O recurso tem como motivo exclusivamente a insurgência da Recorrente ao fato de que a CPL, acolhendo Parecer Jurídico, entendeu que era possível a aceitação da DECLARAÇÃO DE FUTURA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL DA EQUIPE TÉCNICA juntamente com a Certidão de Regularidade da Pessoa Jurídica serem satisfatórios ao cumprimento da exigência prevista no letra b.1, do item 5.1.4., letra b do Edital.

Alega a violação ao art. 41, bem como ao art. 3º todos da Lei nº 8.666/93, importando em afronta ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório aceitar-se documento não previsto no Edital.

Acerca da questão transcreve-se trecho do Parecer Jurídico que motivou a decisão da CPL:

A Certidão de Acervo Técnico (CAT) à qual o atestado está vinculado constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa jurídica somente se o responsável técnico indicado estiver ou venha a ser integrado ao seu quadro técnico por melo de declaração entregue no momento da habilitação ou da entrega das propostas. No caso, o profissional DIEGO HENRIQUE DA SILVA SANTOS, além de integrar o quadro de responsáveis técnicos da Licitante, ainda subscreveu DECLARAÇÃO DE FUTURA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL DA EQUIPE TÉCNICA.

Quanto ao documento apresentado para comprovação da capacidade profissional prevista no item 5.1.4. letra b, a empresa apresentou a CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICO COM ATESTADO Nº 32204/2016 e CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICO COM ATESTADO Nº 38762/2016, ambas do profissional DIEGO HENRIQUE DA SILVA SANTOS.

A CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICO COM ATESTADO Nº 32204/2016 emitido pelo Município de Gandu guarda similitude com o objeto licitado. O objeto da obra constante do edital é a obra de execução de um campo alternativo com alambrado, situado na Fazenda Bom Jardim, Rodovia BA 120 - KM, no município de Gandu.

A CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICO COM ATESTADO Nº 38762/2016, porém, refere-se execução de obra de reforma e conservação preventiva das escolas do Município de Gandu-BA, situado em diversos ruas e bairros no município de Gandu-BA. Esse Atestado não guarda semelhanças com a obra licitada.

A letra b.1, do item 5.1.4., letra b do Edital fixou que a comprovação de vínculo profissional se fará com a apresentação de cópia da carteira de trabalho (CTPS) em que conste a licitante como contratante do profissional ou através do contrato social da licitante em que conste o profissional como sócio ou ainda, através de contrato de prestação de serviço, com comprovação de vínculo na data do recebimento dos envelopes de Habilitação e de Preços.

Sabe-se que é irregular a exigência de comprovação de vínculo empregatício do responsável técnico de nível superior com a empresa licitante, uma vez que extrapola as

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exigências de qualificação técnico-profissional definidas no art. 30, inciso II e § 1º, da Lei 8.666/1993. Também sabe-se que

No que se refere ao cumprimento da letra b.1, do item 5.1.4., letra b, entende que está satisfeita a exigência pela previsão do profissional DIEGO HENRIQUE DA SILVA SANTOS no quadro de responsáveis técnicos do Licitante perante o CREA/BA e a DECLARAÇÃO DE FUTURA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL DA EQUIPE TÉCNICA, subscrita pelo profissional que consta que o mesmo “é integrante do quadro permanente na qualidade de Engenheiro civil, conforme Certidão de Registro e Quitação de Pessoa Jurídica em anexo, e compromete-se a participar do certame TP 002/2017, na qualidade de responsável técnico e acompanhar, caso a empresa vença o certame, os serviços dele decorrentes.

É como entende e orienta o TCU:

Para a comprovação do vínculo profissional do responsável técnico com a licitante, deve-se admitir a apresentação de cópia da carteira de trabalho (CTPS) , contrato social do licitante, contrato de prestação de serviço ou, ainda, de declaração de contratação futura do profissional detentor do atestado apresentado, desde que acompanhada da anuência deste. Acórdão 1447/2015-Plenário | Relator: AUGUSTO SHERMAN

Abstenha-se de exigir que os profissionais utilizados para fins de pontuação técnica estejam vinculados ao quadro efetivo da empresa por meio de contrato de trabalho, limitando-se à exigência de outras formas de comprovação de vínculo do profissional, como declaração de disponibilidade do profissional para alocação na execução contratual. Acórdão 165/2009 Plenário

Com relação aos requisitos de qualificação técnica, observa-se que o edital de licitação (...) buscou seguir as orientações do art. 30 da Lei 8.666/93.

Faz-se, entretanto, ressalva quanto à comprovação de vínculo trabalhista da equipe técnica com a licitante (item 5.4.4.3 do edital de licitação, folha 36) visto que o TCU ampliou a interpretação dada ao inciso I, § 1º do mesmo artigo por entender que essa exigência, no caso de profissionais técnicos qualificados, mostra-se excessiva e limitadora de eventuais interessados no certame.

De fato, não é necessário para a Administração que o profissional pertença ao quadro permanente da empresa, mas sim que este esteja em condições de efetivamente desempenhar seus serviços no momento da execução de um contrato. Transcreve-se a seguir trechos do Acórdão 2.297/05 - PL, onde é abordado esse assunto:

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“8. O artigo 30, § 1º, inciso I, da Lei 8.666/93, utiliza a expressão “qualificação técnico-profissional” para indicar a existência, nos quadros permanentes de uma empresa, de profissionais em cujo acervo técnico conste a responsabilidade pela execução de obras ou serviços similares àqueles aspirados pelo órgão ou entidade da Administração.9. Todavia, há que se atentar para o fato de que a Lei 8.666/93 não define o que seja “quadro permanente”. Assim, essa expressão poderia ser compreendida como o conjunto de pessoas ligadas à empresa de modo permanente, sem natureza eventual, por meio de vínculos de natureza trabalhista e/ou societária. Esse conceito, entretanto, reclama certa ampliação nas hipóteses em que a autonomia no exercício da profissão descaracteriza o vínculo empregatício sem afastar a qualificação do sujeito como integrante do quadro permanente, como é o caso dos profissionais da área de engenharia.

10. A exigência de que as empresas concorrentes possuam vínculo empregatício, por meio de carteira de trabalho assinada, com o profissional técnico qualificado mostra-se, ao meu ver, excessiva limitadora à participação de eventuais interessados no certame, uma vez que o essencial, para a Administração, é que o profissional esteja em condições de efetivamente desempenhar seus serviços no momento da execução de um possível contrato. Em outros termos, o sujeito não integrará o quadro permanente quando não estiver disponível para prestar seus serviços de modo permanente durante a execução do objeto licitado.

11. A regra contida no artigo 30, § 1º, inciso I, da Lei 8.666/93, não pode ser tomada em caráter absoluto, devendo-se sopesá-lo diante dos objetivos que se busca alcançar com a realização das licitações, quais sejam, a garantia de observância ao princípio da isonomia e a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração. 12. Assim, se o profissional assume os deveres de desempenhar suas atividades de modo a assegurar a execução satisfatória do objeto licitado, o correto é entender que os requisitos de qualificação profissional foram atendidos. Não se pode conceber que as empresas licitantes sejam obrigadas a manter profissionais de alta qualificação, sob vínculo empregatício, apenas para participar da licitação, pois a interpretação ampliativa e rigorosa da exigência de vínculo trabalhista se configuraria como uma modalidade de distorção.

13. Atender, no caso em tela, à letra fria desse dispositivo, sem considerar os objetivos da Administração e os limites de exigência de qualificação técnica, suficientes para a garantia do cumprimento das obrigações, seria desbordar para o formalismo que se basta em si mesmo, sem ter em vista qualquer outro objetivo consentâneo com o interesse público.”

Nesse sentido, segundo Altonian, é “válida a sugestão de que o edital estabeleça como condição para comprovação do vínculo: apresentação de cópia da carteira de trabalho do profissional que comprove a condição de que pertence ao quadro da licitante, de contrato social que demonstre a condição de sócio do profissional ou, ainda, da declaração de contratação futura do profissional responsável, acompanhada da anuência deste.”

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Além dessa restrição, o edital apena o licitante no julgamento técnico quando o profissional avaliado não for do quadro permanente da proponente (item 6.2.6.5, folha 42). Vê-se que tal punição é desnecessária e não encontra respaldo na Lei 8.666/93 e muito menos na jurisprudência do TCU.

Portanto, os termos do edital, no que se refere à qualificação técnica, não se coadunam com o art. 30, § 1º, inciso I, da Lei 8.666/93 e contribuíram também para restringir a competitividade da licitação.

Acórdão 1417/2008 Plenário (Relatório do Ministro Relator)

Depois é induvidoso que inequívoco o vínculo do profissional DIEGO HENRIQUE DA SILVA SANTOS com a empresa ENEIAS OLIVEIRA SANTOS EIRELI-ME admite o uso da faculdade prevista no art. 43, § 3º da Lei nº 8.666/93.

O entendimento dominante nos tribunais pátrios é que não cabe a inabilitação ou desclassificação de licitante em razão de ausência de informações que possam ser supridas por meio de diligência, facultada pelo art. 43, § 3º, da Lei 8.666/93, uma vez que caracterizaria afronta à isonomia entre os participantes e inobservância à jurisprudência do TCU.

O Tribunal de Contas da União admite a possibilidade de permitir que a empresa ofertante possa corrigir a informação apresentada durante o certame, inclusive afirma como um dever da Administração Pública. Entretanto, essa possibilidade não pode proceder em aumento do valor global já registrado e que serviu de parâmetro comparativo entre os Licitantes, vejamos:

“na condução de licitações, falhas sanáveis, meramente formais, identificadas na documentação das proponentes não devem levar necessariamente à inabilitação ou à desclassificação, cabendo à comissão de licitação promover as diligências destinadas a esclarecer dúvidas ou complementar o processamento do certame (art. 43, § 3º, da Lei 8.666/93). (Acórdão nº 3340/2015 – Plenário, Rel. Bruno Dantas, Sessão 09/12/2015).

Não cabe a inabilitação de licitante em razão de ausência de informações que possam ser supridas por meio de diligência, facultada pelo art. 43, § 3º, da Lei 8.666/93, desde que não resulte inserção de documento novo ou afronta à isonomia entre os participantes. (Acórdão 2873/2014 – Plenário)

Desta forma, opino pela aceitação do documento como DECLARAÇÃO DE FUTURA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL DA EQUIPE TÉCNICA como suficiente a atender à exigência do item 5.1.4., letra b, item b.1. do Edital, devendo a licitante ser habilitada, se outro motivo não sobrevier.

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Esta Assessoria entende que não houve qualquer descumprimento à regra prevista no Art. 41 e ao princípio da vinculação ao edital previsto no Art. 3º da Lei nº 8.666/93, uma vez que o subitem b.1., não previram que os documentos relacionados eram os únicos e exclusivos para satisfação do item 5.1.4. letra b.

Perceba-se que da leitura do dispositivo b.1. do item 5.1.4. letra b pode ser entendido como meramente exemplificativo. Entendimento diverso é excesso de formalismo. O entendimento sustentado pelo Recorrente somente poderia ser admitido se na redação do dispositivo apontado como descumprido, houvesse previsão de que somente aqueles documentos seriam aceiros, tendo a previsão de palavras como: apenas,

exclusivamente, somente, unicamente, só, meramente, não mais que, puramente, simplesmente, tão só, tão somente, etc.

Diz art. 44 da Lei nº 8.666/93 que no julgamento, a CPL deve levar em consideração critérios objetivos definidos no Edital, sendo proibido critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes, verbis:

Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.

§ 1º. É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes. § 2º. Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.

Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle. Logo, tendo sido apresentado provas da vinculação do profissional DIEGO HENRIQUE DA SILVA SANTOS ao quadro de responsáveis técnicos do Licitante perante o CREA/BA, a apresentação de um Contrato de Prestação de Serviços, desnecessário no caso ressalte-se já que este documento encontra-se arquivado no CREA/BA, poderia ser exigido ao licitante ou ao CREA/BA a sua apresentação, na forma do item 3.11. do Edital que permite a realização de diligência para complementar as informações tudo na forma do art. 43, § 3º da Lei nº 8.666/93.

A Resolução nº 389, de 27 de outubro de 1989 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia prevê: Art. 3º - O registro de pessoa jurídica é ato obrigatório de inscrição no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia onde ela inicia suas atividades profissionais no campo técnico da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia.

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§ 1º - O registro de pessoa jurídica enquadrada nas classes de que trata o artigo 1º será efetivado após análise e aprovação da documentação constante do artigo 8º, pagamento das taxas devidas e da anuidade do ano do registro, bem como da constatação da regularidade junto ao CREA de todos os profissionais do quadro técnico da empresa e/ou seção que exerça atividades nas áreas discriminadas no "caput" do artigo.

(...)

Art. 4º - A pessoa jurídica enquadrada em qualquer uma das classes do Art. 1º só terá condições legais para o início da sua atividade técnico-profissional, após ter o seu registro efetivado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Parágrafo único - A pessoa jurídica que não requerer o seu registro, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar do arquivamento de seus atos constitutivos nos órgãos competentes, será notificada para que, em 30 (trinta) dias, promova a sua regularização perante o CREA, sob pena da competente autuação por exercício ilegal da profissão.

(...)

Art. 8º - O requerimento de registro deve ser instruído com os seguintes elementos:

I - Instrumento de constituição da pessoa jurídica, devidamente arquivado, registrado em órgão competente, bem como suas modificações subseqüentes até a data da solicitação do Registro no CREA.

II - Indicação do ou dos responsáveis técnicos pelas diversas atividades profissionais, bem como dos demais profissionais integrantes do quadro técnico da pessoa jurídica.

III - Prova do vínculo dos profissionais referidos no item anterior com a pessoa jurídica, através de documentação hábil, quando não fizerem parte do contrato social.

IV - Comprovante de solicitação da ART de cargos e funções de todos os profissionais do quadro técnico da pessoa jurídica.

(...)

Art. 17 - A responsabilidade técnica de qualquer profissional por pessoa jurídica fica extinta, devendo o registro ser alterado, a partir do momento em que:

I - for requerido ao Conselho Regional, por escrito, pelo profissional ou pela pessoa jurídica, o cancelamento desse encargo;

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III - mudar o profissional de residência para local que, a juízo do Conselho Regional, torne impraticável o exercício dessa função;

IV - tiver o profissional o seu registro cancelado;

V - ocorram outras condições que, a critério do CREA, possam impedir a efetiva prestação da assistência técnica.

É bem verdade que a busca pela ampliação do número de empresas autorizadas a prestar o serviço licitado não pode justificar o descumprimento das normas regulamentares e editalícias, em face do princípio constitucional da legalidade e dos princípios norteadores das licitações, notadamente o da vinculação ao instrumento convocatório.

Ocorre que no caso, não se permitir a apresentação do documento apresentado – amplamente aceito pelos tribunais pátrios como suficiente – importa em excesso de formalismo e violação ao princípio da legalidade e também do julgamento objetivo, que impede que a CPL valha-se de critérios subjetivos ou não previstos objetivamente no edital para julgar um licitante.

O conjunto dos aspectos jurídicos e fáticos peculiares do caso singular, entre eles a ausência de previsão de exclusividade dos documentos a serem aceitos para demonstração do vínculo entre o licitante e o profissional apresentado e a apresentação do documento diversos dos textualmente previstos (Contrato Social, Contrato de Prestação de Serviços e CTPS), dá ensejo à ponderação de princípios, em favor da segurança jurídica, como medida de aplicação do melhor direito e realização da justiça material.

É como recomenda o Tribunal de Contas da União, em diversas decisões, veja-se:

O disposto no caput do art. 41 da Lei 8.666/1993, que proíbe a Administração de descumprir as normas e o edital, deve ser aplicado mediante a consideração dos princípios basilares que norteiam o procedimento licitatório, dentre eles o da seleção da proposta mais vantajosa. Acórdão 3381/2013-Plenário | Relator: VALMIR CAMPELO

A observância das normas e das disposições do edital, consoante o art. 41, caput, da Lei 8.666/93, deve ser aplicada mediante a consideração dos princípios basilares que norteiam o procedimento licitatório, dentre eles os da eficiência e da seleção da proposta mais vantajosa. Diante do caso concreto, e a fim de melhor viabilizar a concretização do interesse público, pode o princípio da legalidade estrita ser afastado frente a outros princípios. Acórdão 119/2016-Plenário | Relator: VITAL DO RÊGO

Assim, pois, entendo que deve ser mantida a habilitação da Recorrida, pois que a DECLARAÇÃO DE FUTURA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL DA EQUIPE TÉCNICA e a Certidão de Regularidade da Pessoa

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Jurídica perante o CREA/BA, demonstram inequivocamente a vinculação do profissional DIEGO HENRIQUE DA SILVA SANTOS, para fins de cumprimento da exigência prevista no item 5.1.4., letra b, item b.1. do Edital.

III – DA CONCLUSÃO

Pelo exposto, em atendimento ao exigido pelo Parágrafo Único do art. 38 da Lei nº. 8.666/93 e suas alterações e não vislumbrando vício de forma ou qualquer defeito no procedimento que contrarie as disposições do Edital, opina-se pela manutenção da habilitação das empresas ENEIAS OLIVEIRA SANTOS EIRELI-ME,

SOMAZA SOUZA MOREIRA ENGENHARIA LTDA, pelos motivos acima expostos.

É o parecer, s.m.j.

Wenceslau Guimarães (BA), 13 de novembro de 2017.

ANDREIA PRAZERES