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a África subsaariana, contou com 25 'startups', entre as quais quatro de Angola e uma de Cabo Verde, em diferentes

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d e J o a n e s b u r g o

DIRECTOR: R. Varela Afonso Telefones da Administração, Redacção e Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2018

Tel. 011 496-1650/7 * Fax 011 496-1810 * Director: seculo@oseculo.co.za / vafonso@oseculo.co.za

Redacção: edu@oseculo.co.za / michael@oseculo.co.za / luis@oseculo.co.za * Desporto: alfredo@oseculo.co.za * Publicidade: luis@oseculo.co.za

d e J o a n e s b u r g o

1828

Confiança

e Solidez

d e J o a n e s b u r g o

d e J o a n e s b u r g o

Depois de 35 anos de sólida experiência, oferecemos:

Soluções legais e avançadas na sua vida comercial; Controle e racionalização da massa trabalhadora; Reacção rápida e eficiente em circunstâncias traumáticas - disputas matrimoniais, falecimento de ente queridos, acidentes

de percurso, e ataques cerrados de Autoridades Reguladoras

Cambridge Office Park, Cnr. Kirby and Oxford St.

Bedfordview * Tel: +27 11 622 0960

Cell: +27 (0) 72 153 6760 * E-mail: tavio@roxolaw.co.za

Confiança

e Solidez

19967

O ministro dos Negócios Es-trangeiros, Augusto Santos Silva, assegurou no Parla-mento que o apoio aos luso-venezuelanos continua a ser uma prioridade do Governo

português, recusando qual-quer hesitação na resposta às necessidades da comunidade na Venezuela.

“Da mesma forma que, em 2018, a prioridade à situação na Venezuela foi absoluta em todas as áreas do Ministério

dos Negócios Estrangeiros, também em 2019 ela será, porque infelizmente nada faz prever qualquer evolução pos-itiva nesse país”, disse o mi-nistro numa audição das co-missões parlamentares de Or-çamento, Finanças e

Moderni-zação Administrativa e dos Negócios Estrangeiros e Co-munidades Portuguesas, no âmbito da discussão na espe-cialidade da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019.

Portugal e China vão criar em 2019 um laboratório tecnológi-co direccionado para a tecnológi- cons-trução de microssatélites e observação dos oceanos, um investimento público-privado

de 50 milhões de euros a cin-co anos.

O ministro da Ciência, Tecno-logia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, disse que o O continente africano ficou

praticamente de fora do uni-verso das cerca de 2000 'star-tups' presentes no Web Sum-mit em Lisboa, que se apre-senta como o maior evento tecnológico do mundo, tendo

a África lusófona estado re-presentada apenas por Ango-la e Cabo Verde.

Num levantamento feito pela Lusa através do site da Web-Summit a participação africa-na não foi além das 35

empre-sas, ficando abaixo de 2% do total.

Do Magrebe deslocaram-se a Lisboa dez equipas de empre-endedores (sete egípcias, uma da Argélia, uma da Tuní-sia e outra de Marrocos),

en-quanto a África subsaariana, contou com 25 'startups', en-tre as quais quatro de Angola e uma de Cabo Verde, em di-ferentes fases de desenvolvi-mento, de acordo com a clas-sificação dada pela Web

Sum-mit aos expositores. A cabo-verdiana Hybrid Sto-re, uma 'startup' de 'software' é uma "beta" (empresa já em fase de investimento), tal como a angolana Appy, ligada à área da saúde. Também de Angola foram as "alphas" ('startups' em fase de pré-in--vestimento), MyAppyLunch-Box e Sheshe Lda., ambas de comércio electrónico.

A Tupuca, a primeira platafor-ma electrónica angolana de entregas, de Luanda, está nu-ma fase de negócio nu-mais de-senvolvida e já se apresenta como "growth".

Em termos de presença nu-mérica da região subsaarina destacaram-se a África do Sul, com cinco 'startups', o Quénia e a Nigéria (quatro de cada país). Dos Camarões fo-ram duas 'startups'.

Também o Gana, a Etiópia, as Maurícias, o Sudão e a Costa do Marfim estiveram representados na Web Sum-mit de Lisboa, com um projec-to cada.

Entre as 'startups' africanas o comércio electrónico foi o sec-tor mais popular, seguido do

'fintech' (serviços financeiros) e da saúde.

A América latina contou com uma representação de peso por parte do Brasil com mais de 70 'startups', em diferens fases de desenvolvimento e acordo com a classificação dada pelo Web Summit: alpha beta (empresa já lançada com sucesso) e growth (empresas

Marcelo Rebelo de Sousa foi apresentado na quinta-feira, na Web Summit, em Lisboa, como “Presidente de Portu-gal”, aplaudido de pé pelos participantes durante 25 se-gundos, a quem pediu para ajudar “a criar um mundo me-lhor”.

“Levem essa mensagem”,

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse no sábado que se falou “muito de Portugal” no jantar oferecido pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, aos dirigentes mundiais que participaram nas celebrações do centenário do Armistício.

“Falou-se muito de Portugal, falou-se muito de Portugal na

Europa e em África e até na li-gação à América Latina”, dis-se Marcelo aos jornalistas portugueses após o jantar.

“E falou-se muito bem e muito do secretário-geral das Na-ções Unidas, António Guter-res”, acrescentou.

Segundo o Presidente, o cli-ma no jantar, realizado no Mu-seu do Quay d’Orsay, foi de

“celebrar a paz e não a guer-ra” e pautou-se por “uma dis-tensão” que “não faria imagi-nar, entre aqueles que ali estão, muitas das posições duras que de vez em quando têm, no dia a dia”.

“Hoje não havia isso e espero que amanhã também não haja”, afirmou, referindo-se às O Fórum de Investimento de

África, organizado de 7 e 9 de Novembro em Joanesburgo, terminou na sexta-feira com o painél das Instituições

Finan-ceiras de Desenvolvimento (DFIs na sigla em inglês) a louvar unanimemente a inicia-tiva única, que durante três dias reuniu no centro de

con-venções em Sandton, mais de 1.000 delegados, entre gover-nos, intituições financeiras, bancos comerciais e investi-dores para uma maratona de investimentos considerada excepcional que "superou todas as expectativas".

O presidente do Banco Afri-cano de Desenvolvimento (BafD), Akinwumi Adesina, disse no encerramento do evento que "a agulha está a mudar para a direcção certa, apontando agora para África”.

“Estou grato aos investidores pela confiança que têm em África. O continente cresceu.

África não será desenvolvida pela ajuda. Será desenvolvida por investimento e julgo que

SECRETÁRIA DE ESTADO PORTUGUESA DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E COOPERAÇÃO, TERESA RIBEIRO, NA CIMEIRA DE INVESTIMENTO AFRICANO NO CONVENTION CENTRE EM SANDTON

Maior evento tecnológico do Mundo

África do Sul teve cinco “startups” na Web Summit em Lisboa

* África lusofona representada apenas por Angola e Cabo Verde

* Empreendedores africanos dizem que cimeira pode ser mais divulgada neste Continente

“Por favor,

ajudem a criar um

mundo melhor”

- pediu Marcelo

no encerramento

da Web Summit

em Lisboa

(cont. na pag. 18) (cont. na pag. 18)

PRESIDENTE MARCELO DURANTE A SUA INTERVENÇÃO NO ENCERRAMENTO DA WEB SUMMIT EM LISBOA

Cimeira de investimento africano em Joanesburgo

Governo português anuncia 420 milhões de euros

para compacto de investimento do Banco Africano de

Desenvolvimento nos países africanos de língua portuguesa

* Iniciativa multilateral para os PALOP é “oportunidade extraordinária”

para as empresas portuguesas – secretária de Estado dos Negócios

Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro

* BAD concede 100 mihões de dólares ao IDC sul-africano

para desenvolvimento industrial e de infraestruturas em África

* BAD facilita 40,4 biliões de dólares em transacções directas de investimento

(cont. na pag. 7)

(cont. na pag. 18)

(cont. na pag. 19)

Cerimónias dos 100 anos do Armistício

Falou-se muito de Portugal no jantar

oferecido pelo Presidente da França em Paris

* Marcelo Rebelo de Sousa trocou algumas

palavras com Donald Trump

Governo português assegura que apoio

a luso-venezuelanos é prioritário

Com polos em Matosinhos e Peniche

Portugal e China criam laboratório

para o espaço e os oceanos

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PÁGINA 2 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 12 DE NOVEMBRO DE 2018

Coleccionador de momentos

O Meu Aparo!

por Michael Gillbee

É de Fátima em Portugal, que esta semana escrevo a missiva desta edição.

E é também com um sen-timento de grande pesar porque cheguei à conclu-são que o emigrante por-tuguês – e qualquer outro para esse efeito – é um co-leccionador de medalhi-nhas de momentos. São eles os momentos, que fa-zem a nossa vida e o vol-tar a Portugal é sempre pejado desses momentos. O voltar e, mais que tudo, o tornar a partir para os países de acolhimento.

A minha situação é um tanto ou quanto estranha, porque sou de dois lados com os pratos da balança a pender mais para Portu-gal do que para a África do Sul. Mas chego à conclu-são de que partir não se torna cada vez mais fácil, aliás, muito pelo contrário. Apesar de eu estar habi-tuado a partir e a dizer “adeus” desde tenra idade, nem por isso se torna mais fácil para mim deixar Por-tugal. E tenho uma confis-são importante a fazer: desta vez não quero deixar Portugal. Vim aqui porque fez no dia 8 deste mês cin-co anos do falecimento da minha avó e, vim assinalar a data e estar presente com o meu avô e o meu tio. A minha mãe, infeliz-mente, não pode estar pre-sente.

Viemos mandar rezar uma missa por alma da minha avó e, hoje, estou em Fátima para acender uma velinha pela alma dela. E, o peso da saudade só tem aumentado e não me tem sido nada, nada fácil nesta data em particular poder estar aqui a celebrar e a recordar alguém que foi tão importante para nós.

A matriarca da família que era não só a pedra basilar da família mas também a cola e força motriz que movia a família. Hoje, con-tinuamos unidos como sempre, mas a falta que a minha avó faz é algo que é insubstituível.

E tudo me lembra a minha avó, não há dia que Deus deite ao Mundo que eu não pense nela, que não se fala nela e que não seja mencionada por qualquer um de nós na família. Como mãe era dura e rígi-da – à antiga, como se diz – e como esposa era de-vota e dedicada à casa, ao meu avô, aos filhos e mais tarde, como avó, era uma pessoa que impunha re-gras mas que mimava os netos sem medida.

Era uma senhora que im-punha regras, que impu-nha limites e que as coi-sas, cada uma delas, tinha um momento e um lugar. Por exemplo, se estáva-mos à mesa não havia brinquedos nem distrac-ções. Falávamos,

convi-víamos e interagiamos porque a hora da refeição, sempre à mesa, era sagra-da.

Ir à missa ao domingo, respeitar os mais velhos, os valores morais e sociais tinha sempre primazia. Não tínhamos licença de aceitar um doce que seja, a não ser que nos fosse oferecido três vezes. Aprendi com a minha avó a passar a ferro, a cozi-nhar, a pregar um botão e a limpar a casa.

Fui ensinado que “primei-ro está a obrigação e só depois a devoção” e que “Deus ajuda a quem se ajuda a si mesmo!” Para não me meter em traba-lhos a minha avó sempre me recomendava que “vra-te dos ares e eu te li-vrarei dos males!” Conse-lhos que ainda hoje estão comigo e que me guiam os passos.

O homem que sou hoje, para o bem ou para mal dos meus pecados, tudo aquilo que sou devo à mi-nha avó. Claro, o meu avô também é uma importante fonte de referência e guia, tal como os meus pais.

Mas a referência, o papel químico que me compõe, a matriz da minha maneira de ser é em maioria devida à minha avó! E meu Deus, as saudades que eu tenho dela. O tempo passa a voar tão rapidamente que já passaram cinco anos do seu falecimento. Passa-ram cinco anos que estou na África do Sul e já estou há três anos no Século de Joanesburgo.

E é aqui onde quero che-gar, vamos como emigran-tes, coleccionando meda-lhinhas que marcam estes momentos e o passar do tempo. As famílias enve-lhecem, os amigos amadu-recem, as crianças cres-cem e o tempo passa sem que dele demos conta até estes momentos e datas que notamos os passar do próprio tempo, uma mar-cha que não pára e não desacelera!

E desta vez, se talvez mais pela data, ou pelo meu próprio coração, dei-xar Portugal é algo que não quero mesmo fazer. Os passeios, os cafés, as conversas, as pessoas, os perfumes e aromas e até a própria cor do céu é única neste cantinho à beira-mar plantado.

Um povo de brandos cos-tumes, de tradição milenar cujas raízes remontam ao princípio dos tempos. Uma terra pejada de divindade e de espiritualidade, um país que se estendeu e se estende todos os dias em vários braços, que somos nós emigrantes.

Portugal continua aqui, cada vez mais moderno, cada vez mais tradicional e com uma simbiose entre as duas coisas únicas.

E eu, como emigrante lu-so, sinto cada vez mais or-gulho de ser Português, te-nho mais consciência do que é esta maravilhosa na-ção e povo único. E tenho cada vez mais saudades de Portugal!

Vendem-se T1, T2 e T3

2 0 3 2 9

Assembleia Geral Anual

do Luso South African Benefit Trust

Companhia registada na Secção 21 sob o n.º 86 01523/08

Ao abrigo do artigo 11.3.2 dos Estatutos do Luso South African

Benefit Trust é convocada uma Assembleia Geral Anual da

associ-ação, que tem como ponto principal da agenda de trabalhos a eleição

de novos directores, conforme o estatuído no artigo 12.1.4

O plenário dos membros do Luso South African Benefit Trust terá

lugar no próximo dia 29 de Novembro, pelas 18.30 horas, nas

insta-lações da Sociedade Portuguesa de Beneficência, sitas no n.º 219,

3rd Street, Albertskroon, em Joanesburgo.

A assembleia geral será liderada pelo presidente da Direcção em

exercício ou, no seu impedimento, pelo vice-presidente ou qualquer

outro membros da Direcção (artigo 12.5).

A data da reunião respeita os 14 dias de aviso requeridos pelos

Estatutos. No caso de ausência de quorum, uma nova assembleia

será marcada dentro de um prazo não inferior a 7 dias nem superior

a 21 dias, realizando-se nesse mesmo dia, meia hora depois da hora

marcada, com o número de membros presentes, caso continue a não

existir quorum (artigos 13.3 e 13.4).

Joanesburgo, 3 de Novembro de 2018

Adriano Leão

Presidente da Direcção do Luso South African Benefit Trust

20366 Um incêndio na Rota Jardim

(Garden Route), um trecho turístico da costa sul-ocidental da África do Sul, destruiu já 86 mil hectares e obrigou à retira-da de uma centena de resi-dentes, informou fonte da autoridade local.

"A área ardida na zona entre Outenique e De Vlugt esten-de-se a 86 mil hectares", dis-se em comunicado o Centro de Operações Conjuntas (JOC, na sigla em inglês).

Segundo a nota, citada pelo portal de notícias sul-africano News24, pelo menos 85 resi-dentes em Kransbos e Diep-walle foram retirados por pre-caução para áreas mais se-guras daquela província sul-africana.

No combate ao incêndio, que lavra já há uma semana, en-contram-se meios da Força Aérea Sul-Africana e dos bombeiros locais, escreveu o portal, adiantando que o fogo se aproximou das cidades de

Por ocasião da já tradicio-nal Festa do Magusto, no Lar Rainha Santa Isabel em Albertskroon, a Socie-dade Portuguesa de Bene-ficência organiza um Tor-neio de Sueca que tem iní-cio pelas 10.00 da manhã, no sábado, dia 24 de No-vembro.

Com castanhas e petiscos à disposição, cada jogador paga 300 randes pela ins-crição, havendo troféus para as equipas vencedo-ras do Torneio.

As inscrições podem ser feitas junto de Tó Rebelo pelo cel. 082 490 1502.

ÁFRICA DO SUL

Incêndio destrói 86 mil hectares

na zona turística do Garden Route

Mossel Bay e Herberstdale, arredores de George, no co-nhecido trecho turístico que liga a cidade de Port Elizabeth e o Cabo Agulhas (o pico sul de África).

Os serviços de emergência esperam que, as

tempera-turas mais baixas e possíveis chuvas ajudem no combate às chamas, que se têm propa-gado em várias frentes de fogo com longas distâncias.

Em 2017, um incêndio que deflagrou na mesma área queimou 22 mil hectares de

floresta, segundo as autorida-des.

A Rota Jardim, conhecida lo-calmente por 'Garden Route', é uma importante atracção tu-rística na África do Sul, situa-da entre as montanhas Oute-niqua e o Oceano Índico.

A pitoresca rota turística, com cerca de 300 quilómetros, es-tende-se ao longo da costa sudeste do país, com uma de-zena de reservas naturais e vários ecossistemas, que va-riam da floresta a reservas marinhas e recifes de corais.

Torneio de

Sueca no

Magusto da

Beneficência

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12 DE NOVEMBRO DE 2018 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 3

ÁFRICA DO SUL

A Academia do Bacalhau de Joanesburgo realiza no próxi-mo dia 23 de Novembro o Jantar de Natal, no Wande-rers Club, em Illovo, evento em que os fundos angariados se destinam a suportar as ne-cessidades do Lar de Idosos Rainha Santa Isabel, da So-ciedade Portuguesa de Bene-ficência.

Foi na promoção desta festa que o presidente da Acade-mia-Mãe, José Contente, cen-trou a sua intervenção no con-vívio semanal da tertúlia, que teve lugar na passada quinta-feira no Restaurante Belém, em Glenanda.

Com a promessa de ser privi-legiada a confraternização en-tre os participantes, suas fa-mílias e convidados e de não haver discursos, o custo da refeição foi fixado em 350 ran-des por pessoa sendo o car-taz musical da noite preenchi-do pela Banda 8th Avenue.

Também a habitual distribui-ção de Cabazes de Natal pelas famílias carenciadas, nesta época do ano, foi refe-renciada pelo presidente da

Academia, anunciando que a verba existia mas que faltava ainda a equipa para proceder à aquisição dos bens alimen-tares e para seleccionar os beneficiários, de forma a não haver duplicações de contem-plados com outras instituições doadoras. No passado e ao longo de muitos anos, essa tarefa foi assumida pelos compadres Manuel Silva, agora ausente em Portugal, e Vitor Salazar, com base em listas de pessoas necessi-tadas fornecidas pelas paró-quias de La Rochelle e Mal-vern East.

José Contente, que calcula que cada Cabaz de Natal não ficará actualmente por menos de mil randes, solicitou o em-penho de voluntários para que esta tradição de solidariedade social se cumpra.

No fim de semana seguinte ao Jantar de Natal da Acade-mia do Bacalhau, haverá a Festa do Magusto no Lar da Beneficência e para ela foi pe-dido o máximo empenho dos compadres e comadres da tertúlia.

A boa evolução do estado de saúde do presidente honorá-rio da Academia-Mãe, Adriano Leão, que se encontra instala-do no Lar Rainha Santa Isa-bel, foi saudada por todos os presentes no convívio da ter-túlia.

Com o tom do gavião de pe-nacho dado pelo anfitrião, compadre João Lourenço, e anedotas repescadas dos seus vastos reportórios pelos habituais contadores José Contente, João Carreira e Vi-tor Salazar, que também exer-ceu as funções de carrasco, o almoço, que teve como prato principal bacalhau cozido com todos, terminou sem multas por haver reservas suficientes de digestivos.

O próximo almoço da Acade-mia, na quinta-feira, dia 15 de Novembro, volta a realizar-se na Belém de Glenanda, desta vez com a particularidade de se celebrar o aniversário do presidente José Contente, que para o efeito endereçou um convite a todos os compa-dres e comacompa-dres.

20368

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Jantar de Natal da Academia do Bacalhau

é dia 23 no Restaurante do Wanderers

O PRESIDENTE JOSÉ CONTENTE ANUNCIANDO O JANTAR DE NATAL DA ACA-DEMIA, QUE SERÁ NO PRÓXIMO DIA 23 DE NOVEMBRO

COMPADRES CONTENTE, CARREIRA, OLIVEIRA, SALAZAR, NA QUALIDADE DE CARRASCO, E AREDE

GAVIÃO DE PENACHO COM QUE TERMINOU O CONVIVIO DA TERTÚLIA

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PÁGINA 4 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 12 DE NOVEMBRO DE 2018

PRETÓRIA

Com a presença de cento e vinte pessoas, teve lugar na tarde da última quarta-feira, 7 de Novembro, novamente no restaurante da ACPP, o almo-ço de convívio mensal da Aca-demia do Bacalhau de Pretó-ria, contando-se entre os pre-sentes o conselheiro da em-baixada, Eduardo Rafael, o presidente da Academia-Mãe, José Contente, e o seu vice-presidente Jorge Araújo, Má-rio Jorge e Manuel José, pela ACPP, Paula de Castro pelos Lusíadas, Nela Calado pela Liga da Mulher Portuguesa, Helena Rodrigues, conselhei-ra da Comunidade eleita por Pretória, Frei Lameque, páro-co da Igreja de Santa Maria e João Paulo de Sousa, do Mer-cantile Bank, desta mesma cidade.

A abrir o convívio usou ali da palavra o presidente desta Academia do Bacalhau,

co-mendador Mário Ferreira, para as boas-vindas e agra-decimento à presença de todos ali naquela tarde, diga-se em grande número, a quem apelou à colaboração de cada um com o que lhe fosse possível, uma vez que a receita que fosse conseguida, reverteria em auxílio à benefi-cência e a favor de famílias necessitadas, daí mais tarde serem anunciados R50.000 a Yolanda da Silva, viúva de Joel da Silva; R100.000 aos Lusíadas; e R150.000 a favor do gravemente enfermo José da Conceição.

Com essa finalidade foi ali lei-loada alguma bebida, que a juntar ao valor recebido de tendas propostas aos pre-sentes pelo comendador Má-rio Ferreira, respeitantes às suas seguintes ofertas, terão atingido valor que em princí-pio poucos acreditariam ser

possível:

Dez dias em acomodação de 5 estrelas em Plett in Sea-sons, com vista para o mar, excluindo comida e bebida;

Três dias em Midweek, de Zebula, com direito a jogar golfe em dois dias, “four balls” por dia e golf carts, excluindo comida e bebida;

Experiência para seis caça-dores em reserva de caça, de segunda a quarta-feira, e di-reito ao grupo poder abater no total 1 blou wildebeest, 1 bla-ck wildebeest, 2 blesbok, 1 zebra e 1 spingbok;

Dois bilhetes para assistir a jogo em Anfield, incluindo passagem aérea em classe económica para Manchester e hotel para uma noite, excluin-do comida e bebida;

Um “Mclaren” para fim-de-se-mana, excluindo fuel;

Um “Rolls Royce” para fim-de-semana, excluindo fuel;

Um “Aston Martin”, para fim-de-semana, excluindo fuel, valor que a juntar à receita do almoço terá ultrapassado os trezentos e cinquenta mil ran-des.

No decorrer desta confrater-nização foi pelo presidente da Academia-Mãe, José Conten-te, oferecida lembrança ao co-mendador Mário Ferreira, da Academia de Pretória, pela excelente colaboração dada ao recente Congresso Mun-dial das Academias do Baca-lhau, realizado em Outubro úl-timo, em que a organizadora comemorava simultaneamen-te o cinquensimultaneamen-tenário da sua fundação, em Joanesburgo.

Em relação ao espírito que a envolveu, diremos ter sido na verdade uma jornada de gran-de manifestação gran-de solida-riedade da comunidade, que mais uma vez voltou a corres-ponder ao pedido de ajuda ao seu semelhante em sérias di-ficuldades, a necessitar do apoio às grandes dificuldades que enfrenta, a juntar à atitu-de muito nobre atitu-de quem orga-nizou e promoveu esta jorna-da de grande amor ao próxi-mo a enfrentar dificuldades de que infelizmente ninguém está livre de poder vir a en-frentar no amanhã, e neste aspecto a Academia do Baca-lhau de Pretória, agora presi-dida pelo comendador Mário Ferreira, tem tido um papel digno dos maiores elogios.

Por último foram ali entre-gues por Mário Ferreira e Jo-sé Contente diplomas aos se-guintes novos compadres da Academia do Bacalhau de Pretória, Rui Ferreira, Emílio Moreira, Alfredo Ferreira, Brendon King e Chris Meteler-kamp.

No convívio mensal de Novembro

Academia do Bacalhau de Pretória ofereceu

300 mil randes aos Lusíadas e famílias necessitadas

OS DIRECTORES DA ACADEMIA DE PRETORIA E JOSÉ CONTENTE, DE JOANESBURGO, COM OS NOVOS COMPADRES A QUEM FORAM ENTREGUES DIPLOMAS DE FILIAÇÃO.

ASPECTO GERAL DE CONVIVAS

MESA DE DIRECTORES DURANTE O CONVIVIO MENSAL DA ACADEMIA DO BACALHAU DE PRETÓRIA

JOSÉ CONTENTE OFERECENDO AO HOMÓLOGO DE PRETÓRIA, COMPADRE MÁRIO FERREIRA,UMA LEMBRANÇA EM

RECONHECI-MENTO AO APOIO RECEBIDO NO RECENTE CONGRESSO MUNDIAL DAS ACADEMIAS DO BACALHAU INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE MÁRIO FERREIRA

OS DIRECTORES COM UMA DAS FAMÍLIAS NECESSITADAS RECONHECIDA COM DONATIVO OS DIRECTORES DA ACADEMIA COM A PRESIDENTE DOS LUSÍADAS (C) E À ESQUERDA UMA SENHORA A QUEM FORAM ENTREGUES DONATIVOS

Texto e fotos de

Vicente Dias

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12 DE NOVEMBRO DE 2018 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 5

PRETÓRIA

Em acto religioso presidido pelo arcebispo da Arquidioce-se de Pretória, D. William Sla-terry, coadjuvado nas funções pelo pároco desta igreja de Santa Maria dos Portugueses, em Pretória West, Frei Lame-que André Michangula, e o vi-gário paroquial também em funções nesta mesma paró-quia, Frei Gilberto Teixeira, re-ceberam ali o Sacramento do Santo Crisma, na Eucaristia da tarde, do penúltimo sába-do, os seguintes jovens da nossa comunidade:

Jennifer Pereira Adrião, Mi-chaela Ponte Caldeira, Ga-briel Ponte Caldeira, Miguel Jeré da Silva de Oliveira, Leila Gonçalves Falcão e Keamo-getswé Rakolle, apresentados em púlpito, antes de serem crismados por Carla Rodri-gues.

Finda essa cerimónia religio-sa, diga-se de grande signifi-cado, seguiu-se em aposen-tos do imóvel contíguo à igre-ja, onde anteriormente funcio-nou a creche Imaculada Con-ceição, à semelhança do que em sacramentos de confirma-ção, primeira comunhão e co-munhão solene sempre tem acontecido em anos anteri-ores, um beberete de dife-rentes petiscos e guloseimas, nele participando todos os crismados, seus pais, padri-nhos, familiares e outras pes-soas da sua intimidade, com-ponentes do grupo coral e outros paroquianos, com des-taque para o catequista Frei Lameque, do prelado e do

sa-cerdote atrás referidos. Uma palavra de apreço pelo que presenciámos vai sem dúvida para o arcebispo D. William Slaterry, pela satisfa-ção que exteriorizou sempre que nessa cerimónia a que presidiu, se referiu aos jovens que ali foram crismados, e maneira simpática como se dirigiu aos presentes na euca-ristia, assim como mais tarde no beberete a que se asso-ciou, fazendo aí questão de cumprimentar individualmente os que nele participaram, para todos tendo palavras de estí-mulo, no fundo a revelarem a alegria deste encontro com a nossa comunidade, a par da simpatia e conceito que tem por esta paróquia de Santa Maria, em Pretória West, pelos seus sacerdotes e todos os seus paroquianos.

CAMPANHA DE NATAL NA IGREJA DE SANTA MARIA

Tal como já o havia feito no final da eucaristia de domingo anterior, em que nesta igreja outros jovens da comunidade fizeram a primeira comunhão e comunhão solene, também nesta agora onde o arcebispo D. William Slaterry adminis-trou o Santo Crisma, o pároco Frei Lameque voltou a lem-brar a campanha de Natal para recolha de alimentos, roupas e brinquedos para os mais pobres, apelando nesse sentido aos paroquianos, na oferta de artigos desse géne-ro que não lhes façam falta, o favor de os levarem à igreja, a fim de na altura própria e à se-melhança dos anos anterio-res, poderem ser distribuídos por quem mais precisa.

Confirmações na Igreja de

Santa Maria em Pretória West

COM O ARCEBISPO E OS SACERDOTES, OS JOVENS LUSO-DESCENDENTES DA COMUNIDADE QUE A 3 DE NOVEMBRO RECEBERAM O SANTO CRISMA NA IGREJA DE SANTA MARIA, EM PRETÓRIA WEST

OS JOVENS DA COMUNIDADE QUE NA IGREJA DE SANTA MARIA

FIZERAM A SUA PROFISSÃO DE FÉ. MOMENTO EM QUE O ARCEBISPO WILLIAM SLATERRY

ADMINISTRAVA O SANTO CRISMA. O ARCEBISPO WILLIAM SLATERRY LADEADO PELOS FREIS

GILBERTO E LAMEQUE NA CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

MESA DE JOSÉ DIAS RODA E RUI DOS SANTOS

MESA ONDE CONVIVEU A PRESIDENTE DOS LUSÍADAS, PAULA DE CASTRO

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PÁGINA 6 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 12 DE NOVEMBRO DE 2018

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1885 Na sua primeira visita à África

do Sul e à Universidade de Witwatersrand, em Joanes-burgo, o presidente do Ca-mões - Instituto da

Coopera-ção e da Língua Portuguesa, embaixador Luis Faro Ramos, proferiu na terça-feira, 6 de Novembro, naquele estabele-cimento universitário

sul-afri-cano, uma conferência subor-dinada ao tema “Português, uma língua para África, uma língua para o Mundo”.

A abertura da conferência foi

feita pela Secretária de Esta-do portuguesa Esta-dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, tendo estado também presentes o

embai-xador de Portugal, Manuel Carvalho, o coordenador do Ensino de Português, Carlos Gomes da Silva, a leitora de Português na Wits, Marta

Campos, e o director da School of Literature, Langua-ge and Media, Dan Ojwang.

No final da palestra, a secre-tária de Estado Teresa Ribeiro

teve um contacto informal com docentes e professores de português.

A Secretária de Estado por-tuguesa dos Negócios Estran-geiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, que chegou na terça-feira a Joanesburgo, partici-pou no dia seguinte, no Con-vention Centre em Sandton, na reunião do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) destinada a fomentar investimentos nos países afri-canos de língua portuguesa.

Na quarta-feira, Teresa Ribei-ro deslocou-se ao Botwsana, onde teve audiências com o

ministro dos Assuntos Interna-cionais e da Cooperação, mi-nistro das Finanças e Desen-volvimento Económico e com o vice-reitor da Universidade do Botswana. A governante portuguesa teve também um encontro com o delegado da União Europeia em Gaboro-ne.

O programa de sexta-feira foi preenchido com um pequeno almoço de trabalho com mem-bros do South African Institute for International Affairs, em

Pretória, onde almoçou de-pois, na residência da Embai-xada, com parceiros interna-cionais. Da parte da tarde, deslocou-se ao Ministério das Relações Internacionais e Co-operação e teve uma reunião de trabalho na Representação da ONU em Pretória.

O jantar na Embaixada con-tou com a presença do grupo de embaixador da Comunida-de Comunida-de Países Comunida-de Língua Por-tuguesa residentes na capital sul-africana.

Português para África e para o Mundo

Fotos de

Carlos Silva

Secretária de Estado portuguesa dos Negócios

Estrangeiros visita África do Sul e Botswana

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12 DE NOVEMBRO DE 2018 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 7

estamos a começar a con-statar precisamente isso”, afir-mou o responsável nigeriano do BafD.

O encontro reuniu represen-tantes de DFIs, investidores institucionais, fundos sobera-nos, fundos de pensões, e CEOs do sector privado de todo o continente para partici-par no primeiro Fórum de In-vestimentos em África basea-do em transações directas, cujas reuniões entre projectos e investidores demoraram em média entre 30 a 45 minutos por sessão.

Segundo o banco, até ao meio-dia de sexta-feira, ha-viam sido realizadas 61 tran-sações avaliadas em 40.4 mil milhões de dólares, dos quais 45 projectos no valor de 32 mil milhões de dólares tiveram in-vestimento garantido. O ba-lancete final será divulgado nos próximos dias.

O presidente do BafD des-creveu o resultado de 32 bi-liões em compromissos de in-vestimento como um “enorme sucesso”.

"Não poderia estar mais feliz mas a responsabilidade que recai sobre nossos ombros é enorme. Este é apenas o co-meço”, sublinhou Adesina.

O responsável adiantou que a presença de sete Chefes de Estado e de Governo africa-nos contribuiu também para “assinalar aos investidores globais que as lideranças em África estão empenhadas em criar um ambiente de negó-cios propício ao investimento que assista numa aterragem suave da sua entrada no con-tinente”.

Os presidentes Cyril Rama-phosa da República da África do Sul; Sahle-Work Zewde da Etiópia, Alpha Conde da Re-pública da Guiné; Macky Sall

do Senegal; o Presidente Na-na Dankwa Akufo-Addo, do Gana, marcaram presença no Fórum.

Entre outros governantes es-tiveram o vice-presidente da Nigéria, Yemi Osinbajo; os primeiros-ministros de Ruan-da, Edouard Ngirente e dos Camarões, Philémon Yang, bem como os ministros do Reino de Marrocos, Costa do Marfim, Tanzânia, Níger, Ga-bão,

Da lusofonia, participaram delegações lideradas pela se-cretária de Estado dos Negó-cios Estrangeiros e Coopera-ção de Portugal, Teresa Ribei-ro; o ministro das Finanças de Moçambique, Adriano Maleia-ne; o ministro da Economia e Planeamento de Angola, Pe-dro Luís Fonseca; o vice-pri-meiro ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Avelino Garcia Correia e ainda o ministro das Finan-ças de São Tomé e Príncipe, Américo D'Oliveira dos Ra-mos.

A Chefe de Estado da Etiópia, Sahlework Zewde, a primeira mulher presidente a ocupar este cargo naquele país do leste africano, disse na aber-tura do encontro que "o Fórum de Investimento para África é fundamental para mudar a narrativa sobre África”.

“Olhar para África apenas através das lentes da paz e da segurança não nos leva a lu-gar nenhum. Temos que abor-dar a percepção sobre o risco (de investir no continente) e mudar essa mentalidade", afirmou.

As oportunidades de investi-mento em projectos bancá-veis nos sectores da energia, particularmente renováveis, nas infraestruturas, alimenta-ção, habitação e agronegó-cios atraíram um elevado

ní-vel de interesse por parte de investidores globais e africa-nos, que segundo o BafD, po-sicionou o Fórum como “a próxima grande fronteira de investimento”.

Segundo o Banco Africano de Desenvolvimento, “o investi-mento de África em África emergiu como uma impor-tante contribuição do Fórum”. O governador da província de Gauteng, David Makhura, destacou a assinatura de um conjunto de acordos sul-afri-canos assinados no valor de 6.000 milhões de dólares, e o memorando de entedimento de 2,6 biliões de dólares assi-nado com Gana para a con-strução do metropolitano de superficie “Skytrain” na capital Accra.

"Estamos muito orgulhosos por vêr as empresas sul-afri-canas a investir em outros países africanos. Isso é muito gratificante", afirmou David Makhura.

O Banco Africano de Desen-volvimento organizou a pri-meira edição do Fórum de In-vestimentos para África, em parceria com o Governo de Gauteng, com o Banco Africa-no de Importação e Exporta-ção, África Finance Corpora-tion, África50, Banco de De-senvolvimento da África Aus-tral, Banco Europeu de Inves-timento, Banco Islâmico de Desenvolvimento e Banco de Comércio e Desenvolvimento, reunindo investidores globais e do continente, líderes do sector privado, instituições fi-nanceiras de desenvolvimen-to e diversos jovens empreen-dedores de tecnologia.

Ezekiel Odiogo, um dos res-ponsáveis do banco, precisou que evento atraiu a partici-pação de 350 investidores de 53 países, incluindo da África do Sul, nomeadamente Emi-rados Árabes Unidos (UAE), Reino Unido, França, Estados Unidos, Índia, Japão, China, Suíça, Argentina, Áustria, Ca-nadá, Alemanha, Coreia do Sul, Portugal e Malta.

"De África, tivémos países com as 12 maiores delega-ções aqui presentes no Fórum de Investimento para África 2018: África do Sul, Nigéria, Ghana, Costa do Marfim, Quénia, Angola, Egipto, Tuní-sia, Marrocos, Gabão, Maurí-cias e Moçambique", disse Odiogo.

O Banco Africano de Desen-volvimento estima no relatório "Perspectiva Económica Afri-cana 2018" que o financia-mento das necessidades de desenvolvimento do continen-te ascende a cerca de 700.000 milhões de dólares por ano.

A próxima edição do Fórum de Investimento da África está prevista para Novembro de 2019 em local a anunciar. BAD PROMOVE FINANCIA-MENTO SUPERIOR A 4,3 BILIÕES DE EUROS PARA OS PALOP

Em destaque nesta primeira edição do Forum de Investi-nentos do Banco Africano de Desenvolvimento esteve a promoção de 65 projectos pri-vados avaliados em mais de 5.000 milhões de dólares no âmbito de um compacto de

in-vestimento anunciado pelo BafD para os países lusó-fonos em África.

O acordo de entendimento visa "acelerar o crescimento económico inclusivo, susten-tável e diversificado do sector privado" e foi assinado na quarta-feira em Joanesburgo entre o Banco Africano de De-senvolvimento, Portugal e quatro dos seis países africa-nos de língua oficial portugue-sa (PALOP) - Angola, Moçam-bique, Cabo Verde e São To-mé e Príncipem, em represen-tação dos países lusófonos.

"Hoje é um dia de Luz porque iluminou-se uma parte de Áfri-ca que frequentemente não recebe a atenção que merece e que são os países lusófo-nos", declarou o presidente do BafD, Akinwumi Adesina, na cerimónia de assinatura. Segundo Adesina, a ideia do compacto para os países lu-sófonos em África surgiu após uma visita oficial que efectuou a Portugal de 13 a 14 de No-vembro de 2017 onde foi acordado um plano de ação com o Governo português para o reforço da cooperação bilateral.

"O que temos hoje é um con-junto de projectos no valor de 5.000 milhões de dólares para serem desenvolvidos e, colec-tivamente, o banco juntamen-te com o governo português e o governo brasileiro irá dis-ponibilizar instrumentos de garantia financeira por forma a viabilizar o risco de investi-mento nestes países", adian-tou.

"Como Banco Africano de De-senvolvimento estamos igual-mente muito empenhados em garantir maior visibilidade à lusofonia e espero que dentro de um ano possa pessoal-mente saber dizer mais do que muito obrigado", concluiu o nigeriano Akinwumi Adesi-na.

O presidente do BafD anun-ciou ainda que a nova iniciati-va multilateral da lusofonia se-rá coordenada pelo recém-no-meado vice-presidente do banco, o moçambicano Ma-teus Magala.

De acordo com uma curta apresentação feita pelo banco no início da cerimónia, "o pro-cesso de consultas realizado nos seis PALOP identificou mais de 65 projetos no sector privado assim como poten-ciais Parcerias Público-Priva-das (PPP), avaliados em mais de 5.000 milhões de dólares, que poderão ser apoiados pelo Compacto".

Segundo o BafD, os sectores de actividade económica e as áreas de prioridade identifi-cadas são o agronegócio, no-meadamente pescas, energia, em particular renováveis; água e saneamento, infraes-truturas, turismo, banca e tec-nologias de informação.

"Além disso, reconhecendo que quatro dos PALOP (Cabo Verde, Guiné Equatorial, Gui-né-Bissau e São Tomé e Prín-cipe) têm economias e popu-lações relativamente peque-nas, o Compacto irá contem-plar explicitamente projectos abrangidos pelo limite mínimo de financiamento que o BafD concede ao investimento pri-vado", referiu.

De acordo com o banco, a nova iniciativa multilateral pre-tende facilitar o acesso a fi-nanciamento de longo prazo, particularmente para peque-nas e médias empresas (SME na sigla em inglês); promoção de emprego jovem em sec-tores como o agronegócio e turismo; e promover investi-mentos domésticos no agro-negócio e manufaturação com vista a reduzir a dependência das importações.

Presentes na assinatura do acordo, além do presidente do Bafd, estiveram a secretária de Estado dos Negócios Es-trangeiros e Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, o mi-nistro das Finanças de Mo-çambique, Adriano Maleiane;

o ministro da Economia e Pla-neamento de Angola, Pedro Luís Fonseca; o vice-primeiro ministro e ministro das Finan-ças de Cabo Verde, Olavo Avelino Garcia Correia e ain-da o ministro ain-das Finanças de São Tomé e Príncipe, Américo D'Oliveira dos Ramos. GOVERNO PORTUGUÊS ANUNCIA 420ME PARA COMPACTO DE INVESTIMENTO LUSÓFONO DO BAD Na cerimónia de assinatura da iniciativa multilateral de in-vestimento, o Governo portu-guês anunciou ter acautelado 400 milhões de euros de ga-rantias no orçamento de Esta-do para 2019 para alocar ao Banco Africano de Desenvol-vimento (BafD).

“Por outro lado, o nosso ban-co desenvolvimento, a Sofid, prevê também garantir 20 mi-lhões de euros para além do instrumento financeiro de um aumento de capital que está em curso de finalização em linha com o compacto”, disse a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Co-operação, Teresa Ribeiro.

A iniciativa multilateral será operacionalizada em 1 de Ja-neiro de 2019.

Em declarações à Agência Lusa, à margem da cerimónia de assinatura do acordo de in-vestimento, a governante pre-cisou que “são as propostas que constam do orçamento de Estado para 2019. Esse é um esforço muito grande da parte do Governo português, por-tanto as garantias podem ír até 400 milhões porque po-dem não haver projectos sufi-cientes para essa dimensão em termos de garantias mas há aqui um forte compromisso de Portugal com este com-pacto”.

A governante sublinhou que a iniciativa representa uma “ex-traordinária oportunidade” para o desenvolvimento dos países e “para de uma forma consistente, coordenada e articulada, conseguirmos tam-bém colocar as nossas em-presas neste compacto, o que é naturalmente muito impor-tante para Portugal”.

“Nós aquilo que queremos é que todo este movimento do compacto se faça tendo como polo o sector privado e natu-ralmente a mobilização do sector privado português para investir nos países lusófonos do compacto onde obvia-mente já temos uma

activi-dade muitíssimo relevante que é protagonizada pelas nossas empresas”, declarou.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Co-operação portuguesa adian-tou que a mobilização e arti-culação de esforços de natu-reza financeira é decisivo para “dar uma outra escala à internacionalização das nos-sas emprenos-sas nos países lu-sófonos e desse ponto de vista, como aqui foi dito hoje que é um momento histórico, por vários ministros dos país-es lusófonos, é algo que nos faz olhar com enorme optimis-mo para este instrumento financeiro”.

“Precisamos da ajuda ao de-senvolvimento sem dúvida ne-nhuma mas precisamos de in-vestimento privado e pre-cisamos de promover o co-mércio pois isso é a única ma-neira de propíciar desenvolvi-mento nestes países”, afirmou Terea Ribeiro.

BAD CONCEDE 100 MIHÕES DE DÓLARES AO IDC PARA DESENVOLVI-MENTO INDUSTRIAL E DE INFRAESTRUTURAS EM ÁFRICA

Por seu lado, a IDC, a Cor-poração de Desenvolvimento Industrial da África do Sul, assinou um acordo de 100 mi-lhões de dólares com o Banco Africano de Desenvolvimento para financiar projectos indus-triais e de infraestruturas em vários países africanos.

"Trabalhamos com o IDC desde 2010 e tem sido um grande parceiro no apoio à industrialização de África e à

agenda ‘High 5s' do Banco. No futuro, gostaríamos de aprofundar a nossa colabo-ração ao nível do subprojeto, para promover ainda mais a industrialização na África do Sul e no continente", disse em conferência de imprensa, Pierre Guislain, vice-presiden-te para o sector privado, infra-estruturas e industrialização do BAD.

O acordo foi assinado a 7 de Novembro durante o Fórum de Investimento Africano em Joanesburgo.

Segundo o banco, uma avali-ação do impacto do financia-mento anterior (200 milhões de dólares) indicou que a co-laboração entre o BAD e o IDC resultou na criação e retenção de mais de 15.000 empregos em sectores espe-cíficos como agroindústrias, logística, transporte e outras infraestruturas industriais em vários países como o Sene-gal, Zimbabwé, Moçambique e Suazilândia, entre outros.

Por seu lado, o director finan-ceiro do IDC, Nonkululeko Dlamini disse que a instituição "espera aproveitar este tercei-ro empréstimo com o Banco Africano de Desenvolvimento para alcançar a ambiciosa meta de investir mais de 100 biliões de randes (6,2 biliões de euros) para impulsionar a industrialização e estimular a criação de emprego nos próxi-mos anos".

Cimeira de investimento africano em Joanesburgo

(cont. da 1.ª pag.)

Texto de

Carlos Henriques

e fotos de

Carlos Silva

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PÁGINA 8 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 12 DE NOVEMBRO DE 2018

COMUNIDADE

Teve lugar neste último fim de semana a festa anual de São Martinho nos terrenos do Lu-so África, em Primrose, que também é conhecida pela Festa da Castanha.

Falámos ontem com o presi-dente do Luso África, Joaquim Melo, que nos disse que este ano de 2018, a festa da cas-tanha foi um grande sucesso comparado aos anos ante-riores, com mais barracas a vender vários artigos portu-gueses, bem como as barra-cas com vários pratos de culinária portuguesa, sendo a mais concorrida a das bifa-nas, pregos e espetadas.

No sábado, houve um torneio bem disputado de sueca com várias equipas, tendo a dupla dos irmãos Jorge e Carlos Lo-pes, saido vencedora.

Este ano houve uma expo-sição de carros clássicos, tendo um Fiat 1500, de 1954, em estado original, recebido mais atenção.

Como não podia deixar de ser, nesta festa de São Mar-tinho, houve muita castanha assada, que foi importada de Portugal.

Um parque bem montado para as crianças divertirem-se, acolheu centenas de jo-vens.

O som esteve a cargo de Paulo dos Sound GR8, que mais uma vez demonstrou ser um bom profissional em som ao ar livre.

O palco, no centro do festival, recebeu vários artistas da nossa comunidade, Roberto Adão, Katia de Ponte, Lean-dro Coimbra, Diana-Lee, Mi-guel Pregueiro, Jason da Cos-ta, o acordionista Cláudio Alho e ranchos folclóricos locais.

O D.J. da festa foi o jovem Tiago.

O cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo, Francisco Xavier Meireles, que este ano não pode comparecer à festa

por motivos de saúde, dele-gou a representação na sua assistente, Madalena Páscoa. A farmácia de serviço esteve sempre muito movimentada, o que contribuiu para muitos casais dançarem alegremente na pista de dança à frente do palco.

De salientar o apoio que mui-tos membros da ACP de Pre-tória e dos Lusiadas deram, com a sua presença.

Festa de São Martinho com muita

castanha no Luso África

* Irmãos Jorge e Carlos Lopes venceram o torneio de sueca

Texto e fotos de

Luis Peixoto

EM FRENTE AO PALCO MUITAS MESAS FORAM MONTADAS AO AR LIVRE

PRESIDENTE HONORÁRIO COMENDADOR JAIME MARGARIDO

MESA DE JOÃO E TRUDY DE FREITAS COM AMIGOS

MESA DE PRETÓRIA,, VENDO-SE MÁRIO

FERREIRA AO FUNDO E PAULA DE CASTRO (D) VÁRIAS BARRACAS COM PRODUTOS À VENDA

MANUEL DA MOTA FOI O ASSADOR DA TARDE OS AMIGOS PORTUGUESES DE JOANESBURGO

WENDY FERREIRA DO TERRAS DO NORTE FERRARIS DOS MAIS MODERNOS O FIAT 1500 DE 1954

DAMIÃO DE FREITAS PARQUE PARA AS CRIANÇAS

CLÁUDIO ALHO OS CAMPEÕES DA SUÉCA, IRMÃOS JORGE

E CARLOS LOPES KÁTIA DE PONTE E ROBERTO ADÃO À ESQUERDA MADALENA PÁSCOA, DO CONSULADO-GERAL

DE PORTUGAL EM JOANESBURGO

WALTER NUNES (SEGUNDO À ESQUERDA) COM SUA FILHA GISELA ALMEIDA NUNES, RECÉM-CHEGADA DE LONDRES GRUPO DE SENHORAS NO FESTIVAL LUIS MAGALHÃES, CASAL AREDE E FAMÍLIA CONTENTE

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12 DE NOVEMBRO DE 2018 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 9

PORTUGAL

O Ministério da Saúde está a fazer uma análise jurídica à greve prolongada dos enfer-meiros em preparação em vários blocos operatórios, assumiu a ministra da Saúde.

Em declarações aos jornalis-tas no final de mais de seis horas de debate parlamentar sobre o orçamento para a saúde para 2019, Marta Te-mido afirmou que tem de ser

avaliada “a legitimidade de greve na forma” como está a ser desenhada, sublinhando que “há questões jurídicas que têm de ser acauteladas”.

Questionada sobre se estaria em causa a legalidade da gre-ve, a ministra optou por referir que o que tem de ser avaliado é a legitimidade da paralisa-ção nos moldes em que está a ser pensada.

“Teremos de ver os moldes em que a greve é decretada. E que o direito à greve não se sobrepõe ao direito à saúde”, afirmou, ressalvando, contu-do, que respeita o direito legí-timo a uma greve.

Marta Temido já tinha assumi-do perante os deputaassumi-dos a sua preocupação com a greve dos enfermeiros que, a partir de dia 22 deste mês, ameaça paralisar blocos operatórios em cinco hospitais públicos até ao fim do ano.

A ministra considera que a greve tem “medidas extre-mas” e que é “extraordinaria-mente agressiva”.

Aos jornalistas, Marta Temido voltou a considerar que a

gre-ve a ser equacionada tem as-pectos extremos e que estão a ser “analisadas as implica-ções do pré-aviso” da parali-sação e de que forma é que o exercício do direito à greve entra ou não em conflito com os direitos dos doentes.

Além de prolongada no tem-po, uma vez que a greve está programada para durar mais de um mês, esta greve de en-fermeiros apresenta um as-pecto inovador em paralisa-ções em Portugal, uma vez que um grupo de enfermeiros constitui um fundo para finan-ciar os trabalhadores que cumpram a greve.

Trata-se de um fundo aberto a qualquer pessoa que queira contribuir com dinheiro, uma questão sobre a qual Marta Temido escusou comentar.

Até hoje já foram angariados mais de 350 mil euros, sendo que a meta era conseguir 300 mil para cumprir greve em três blocos operatórios: Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, São João, no Porto, e Santa Maria, em Lisboa.

O movimento de enfermeiros prolongou a recolha de fundos para alargar a paralisação a mais dois blocos operatórios: Setúbal e Centro Hospitalar do Porto.

Os enfermeiros reclamam no-meadamente melhores remu-nerações e uma carreira digna, notando que não pro-gridem há 13 anos.

Os dois sindicatos que emiti-ram o pré-aviso que permite esta paralisação, que inicial-mente partiu de um movimen-to de enfermeiros espontâ-neo, indicam que a greve será de dia 22 de Novembro até final de Dezembro.

A Comissão Europeia propôs um corte de 14% nos totais admissíveis de capturas (TAC) de pescada e arinca, a proibição de pescar bacalhau e um aumento de 64% no ca-rapau para 2019 em águas portuguesas.

Segundo a proposta de pos-sibilidades de pesca no Atlân-tico e Mar do Norte, são pro-postas reduções nos TAC em 22 unidades populacionais, incluindo a pescada em águas continentais e dos arquipéla-gos (-14%, para as 7.963 to-neladas), a arinca (-14%, para as 5.937 toneladas), o lagos-tim (-26%, para as 281 to-neladas), propondo-se ainda a proibição da pesca de ba-calhau em águas ibéricas, en-tre outras zonas.

Os TAC de carapau em águas ibéricas podem aumen-tar, segundo a proposta que será discutida pelos Estados-membros em 17 e 18 de De-zembro, 69% em 2019, para um total de 94.017 toneladas. A pesca de tamboril em águas ibéricas pode subir 2%

para as 4.023 toneladas e para os TAC de areeiro é pro-posta uma subida de 35% (para as 1.872 toneladas).

Segundo a proposta do exe-cutivo comunitário, que têm em conta pareceres científi-cos do Conselho Internacional de Exploração do Mar, 62 TAC mantêm-se ou aumentam.

A fim de pôr termo ao desper-dício que consiste nas devo-luções ao mar de pescado, a partir de 01 de janeiro de 2019 a obrigação de desembarque aplicar-se-á integralmente a todas as frotas de pesca da União Europeia, implicando que todas as capturas a bordo (incluindo as acessórias) de espécies comerciais regula-mentadas devem ser desem-barcadas e imputadas às quo-tas respetivas de cada Esta-do-membro.

Na proposta, a Comissão Europeia já deduziu das cap-turas preconizadas as quanti-dades correspondentes às isenções à obrigação de de-sembarcar.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, anunciou no Parlamento que o Governo vai apoiar a substi-tuição de eucaliptos por espé-cies resilientes ao fogo.

“O Governo decidiu apoiar fi-nanceiramente a retirada de plantações de eucaliptos”, dis-se Luís Capoulas Santos, du-rante uma audição parlamen-tar conjunta com a Comissão de Agricultura e Mar e a Co-missão de Orçamento, Finan-ças e Modernização Adminis-trativa.

Apesar de não revelar mais detalhes, o governante disse que a "portaria vai beneficiar despesas de arranque desde que na mesma área seja colo-cada uma espécie resiliente ao fogo”.

A 25 de Outubro, o Ministério da Agricultura anunciou que a compra de plantas de euca-lipto vai passar a exigir uma autorização prévia e os propri-etários de plantações ilegais serão multados com coimas entre os 3.700 euros e os 44 mil euros.

A decisão foi tomada durante uma reunião de Conselho de Ministros, na Tapada de Ma-fra, e foi anunciada pelo mi-nistro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, que afirmou que passa a ser “obri-gatório a quem compra plan-tas de eucalipto a um viveiris-ta ter uma autorização pré-via”.

Quem não cumprir com a nova regra e decidir avançar para plantações ilegais de eucaliptos será penalizado: “Estão previstas coimas no máximo de 3.700 euros para os cidadãos e de 44 mil para as entidades coletivas”, expli-cou, na altura, Capoulas San-tos.

O combate à plantação ilegal de eucaliptos faz parte de um conjunto de normas que res-ponsabilizam os produtores e os viveiristas, disse, à data, o governante, recordando algu-mas das medidas que em bre-ve se poderão traduzir numa redução de zonas de eucali-pto.

Desde o início do ano, é proi-bido plantar em determinas áreas e “por cada hectare reti-rado de uma área onde é ina-dequado que esteja em

ter-mos de reordenamento flores-tal” pode-se plantar apenas “meio hectare numa outra área sujeita a ordenamento”.

Capoulas Santos acredita que, com esta medida, “a área do eucalipto ficará limitada e poderá ainda regredir um pouco”, mas tal não irá “preju-dicar a quantidade global de matéria-prima necessária para alimentar uma indústria que é importante para o país e representa muitos postos de trabalho”.

A taxa de desemprego man-teve-se nos 6,7% no terceiro trimestre, igual ao trimestre anterior, mantendo o valor mais baixo da série iniciada no primeiro trimestre de 2011, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este valor é inferior em 1,8 pontos percentuais ao do tri-mestre homólogo de 2017.

Ministério da Saúde vai fazer análise

jurídica à greve prolongada dos enfermeiros

MINISTRA DA SAÚDE MARTA TEMIDO

Governo vai apoiar substituição

de eucaliptos por outras espécies

Bruxelas quer baixar capturas

de pescada e proibir pesca

do bacalhau em águas ibéricas

O coordenador do Observa-tório da Emigração defendeu que Portugal “precisa deses-peradamente" de imigrantes e, para resolver o problema de falta de mão de obra, deve facilitar a entrada de estran-geiros e fazer campanhas de recrutamento no exterior.

Para o também sociólogo Rui Pena Pires, o problema de-mográfico que Portugal e a Europa enfrentam de falta de mão de obra em alguns sec-tores só se resolve com mais imigração. Um caminho que tem de ser feito rapidamente sob pena de se não o fizerem estarem a caminhar para "o suicídio", alertou.

"É um tema hoje complicado de gerir, face aos movimentos nacionalistas que estão a nas-cer um pouco por toda a Euro-pa, mas se não tiverem mais imigrantes, Portugal e a Euro-pa estão a suicidar-se", afir-mou, em declarações à Lusa. O país "precisa desesperada-mente de imigrantes" e passa "demasiado tempo a falar dos problemas da natalidade", considerou.

Porém, Pena Pires defendeu que é necessário "criar condi-ções para que os pais possam cuidar dos seus filhos", sendo certo de que não será através de políticas para a natalidade que se vai resolver de imedia-to um problema de falta de mão de obra já existente em muitos setores.

"As dinâmicas demográficas da natalidade e da

mortalida-de não têm consequências a curto prazo", frisou.

Para atrair imigrantes, o país precisa, segundo o professor e sociólogo, de colocar menos obstáculos à entrada de es-trangeiros, mas também de "ter políticas ativas de recruta-mento lá fora".

Considerando os problemas actuais que os países enfren-tam, de movimentos naciona-listas face a grandes fluxos de imigração, Pena Pires aponta exemplos positivos do Cana-dá e da Austrália. "Têm um peso de 30% da imigração com grande estabilidade e viáveis em todos os aspetos. São países prósperos e pací-ficos".

Na opinião de Vítor Antunes, director executivo da Manpo-wer, responsável pelo recruta-mento para trabalho tempo-rário, e uma das mais antigas a operar no mercado portu-guês nesta área, Portugal pre-cisa "de mão de obra, em ge-ral, e de talentos".

Para combater o problema tem de o fazer, "não só pela via do regresso de alguns emigrantes, mas também pela via da imigração", considerou. Os perfis especializados, ou seja, eletricistas, soldadores, mecânicos, e os técnicos, como motoristas, engenhei-ros, informáticos, professores, pessoas para as áreas de apoio ao cliente, advogados e investigadores, gestores de projeto e alguns administra-tivos, são as classes profissio-nais com mais escassez de recursos humanos, relatou.

Informação sustentada por um estudo que a Manpower lançou recentemente, o "Ta-lent Shortage Survey", que in-dica que 46% das empresas nacionais revelaram dificul-dades acima da média para recrutar o talento certo para o que precisavam, o maior aumento desde 2016, e 35% admitiu que os candidatos não têm as competências necessárias para os lugares, "o que tem vindo a dificultar o processo de recrutamento e selecção".

O 'ranking' dos perfis mais procurados, segundo o mes-mo documento, é liderado pelos profissionais especiali-zados e técnicos, motoristas e engenheiros.

"São profissões que estão em

constante mutação e cujo desempenho obriga a alguns conhecimentos técnicos e também tecnológicos", disse Vitor Antunes.

O empresário António Mota, dono da Mota-Engil, empresa com negócios em vários paí-ses no sector da construção, um dos afectados pela falta de mão de obra, prevê que se o desenvolvimento em Por-tugal continuar a verificar-se, o país vai "precisar de mão de obra semiespecializada e es-pecializada".

"Portugal precisa de muita mão de obra e precisa que re-gressem os seus quadros que emigraram", defendeu o em-presário.

Para o sector da construção, "falta pessoal e está-se a im-portar mão de obra de várias origens", afirmou.

Segundo Pena Pires, “Portu-gal tem de ter outra política de entradas. Porque o país (...) precisa de imigração regular”. “Para isso temos de colocar menos obstáculos aos pro-cessos de entradas, mas tam-bém de tomar a iniciativa de fazer recrutamento em vários países", considerou.

"Os imigrantes do espaço lu-sófono têm sempre uma van-tagem que é a da língua, que facilita em muito a integra-ção", mas há outras origens onde Portugal hoje pode re-crutar, concluiu o sociólogo.

Uma rua pavimentada com mármore alentejano, no âm-bito de uma intervenção urba-na, foi inaugurada em Lon-dres, com o objectivo de pro-mover o uso de matéria-prima considerada excedentária e também de dar visibilidade à indústria portuguesa.

A intervenção, descrita como "um tapete de mármore reci-clado", foi feita com exceden-te da pedra que é rejeitada por empreiteiros, arquitectos e designers devido a falhas, descoloração ou imperfeições e que normalmente é enviado para escombreiras, os aterros das pedreiras.

O projecto foi desenvolvido pelo designer Michael Anas-tassiades para o programa Primeira Pedra, da Associa-ção Portuguesa dos Indus-triais dos Mármores, Granitos e Ramos Afins (ASSIMA-GRA), e a associação cultural experimentadesign, em

par-ceria com o Festival de De-sign de Londres.

Enquanto que normalmente o Festival faz intervenções tporárias junto de locais em-blemáticos da capital britâni-ca, esta é a primeira vez que é realizada uma obra com ca-rácter permanente, adiantou o director do evento, Ben Evans.

"É uma forma de contribuir para a comunidade e tornar distintiva uma área que não é uma parte nobre da cidade, dando um motivo de orgulho aos moradores, e, ao mesmo tempo, celebrar o mármore e mudar a percepção de que aquele que não é usado não tem qualidade", vincou.

Mint Street é uma pequena rua no município de South-wark, no sul de Londres, nu-ma área bastante pobre ao longo de vários séculos, onde viveu o escritor Charles Di-ckens, mas que está a ser

al-vo de uma regeneração urba-na, protegendo os edifícios históricos típicos da era vito-riana, do final do século XIX.

O bairro foi sugerido por Anastassiades, designer ci-priota conhecido pelo trabalho em mobiliário, iluminação e joalharia, que vive perto e que valorizou o facto de a rua ser uma das vias de entrada para um parque público.

Na obra foram usadas 40 to-neladas de mármore em vá-rios tons de rosa e azul, trans-portados em dois camiões a partir de Estremoz, no Alente-jo.

Guta Moura Guedes, presi-dente da experimentadesign, que desenvolveu o projeto em parceria com o Festival do Design de Londres, destacou a mensagem transmitida da importância da economia cir-cular e da colaboração entre indústria e designers.

"No fundo, este mármore é tão bom como o mármore que classificamos como sendo de maior qualidade para o mer-cado, são apenas os requisi-tos de quem o compra que o tornam mais ou menos impor-tante. A criatividade permite uma reutilização de um mate-rial que, se não fosse assim, não seria utilizado e seria per-dido".

Miguel Goulão, presidente da ASSIMAGRA, espera que esta intervenção aumente a visibilidade da rocha orna-mental portuguesa, cuja in-dústria representa um volume de negócios anual de 1,2 mil milhões de euros e exporta-ções de 350 milhões de euros, dos quais 21 milhões de euros para o Reino Unido. "Quando conseguimos que estes grandes designers e arquitectos que trabalharam connosco no projecto Primeira Pedra se despertem para o in-teresse daquilo que é o nosso

produto, estas coisas podem acontecer. E, no futuro, não tenho a menor dúvida de que elas acontecerão em muito maior escala, porque isto é dar a visibilidade que a nossa pedra merece e já merecia há muito tempo", defendeu.

Primeira Pedra é um progra-ma internacional desenvolvido desde 2016 pela experimen-tadesign, cofinanciado pela União Europeia e enquadrado no PORTUGAL 2020, que ex-plora o potencial da pedra portuguesa associando a in-dústria ao design através do desenvolvimento de utiliza-ções inovadoras da matéria-prima.

Michael Anastassiades já ti-nha colaborado anteriormente com a experimentadesign nu-ma outra iniciativa que mobili-zou arquitetos e designers nacionais e internacionais, como os britânicos Peter Sa-ville e Jasper Morrison, os portugueses Eduardo Souto de Moura, Paulo David, Mi-guel Vieira Baptista e Jorge Silva, o chileno Elemental e a dupla austríaca e norte-ameri-cana Sagmeister & Walsh, a produzir peças com calcário e mármore portugueses.

Vinte destas peças estiveram na exposição "Set In Stone", no Museu do Design de Lon-dres, em 2017, no âmbito do Festival de Design de Lon-dres, e foram expostas em Veneza, Milão, Weil am Rhein (Alemanha) e São Paulo.

Para 2019 e 2020, estão pre-vistas novas ações da iniciati-va Primeira Pedra, que vão também associar artistas plásticos e cujo resultado será apresentado em Veneza, Pa-ris e EUA, culminando numa exposição retrospetiva, em Lisboa, de todos os projetos e peças desenvolvidas desde o lançamento.

Rua em Londres pavimentada com mármore português

Portugal precisa de imigrantes para

combater falta de mão de obra

Taxa de

desemprego

mantém-se

nos 6,7%

O MINISTRO DA DEFESA NACIONAL, JOÃO GOMES CRAVINHO, DURANTE A INAUGURAÇÃO DAS NOVAS INSTALAÇÕES DO ARQUIVO HISTÓRICO MILITAR (AHM), EM LISBOA(Foto Lusa)

Referências

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