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Nova gestão... novos desafios

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Academic year: 2021

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Nova gestão... novos desafios

Diretoria Estadual e regionais iniciam gestão com

o compromisso de promover a educação pública

Eleições de diretores

ESPECIAL 20 de novembro: entrevista com Joel Zito - pg. 10

Novas diretorias tomam posse

Movimento sindical e social em luta

Pg. 3 e 4

Negociações com o governo continuam

Implantação do plano dos funcionários

Pg. 4

APP na luta em defesa do Piso

Pg. 6

Pg. 7 e 8

Pg. 8

Pg. 11

Foto: Leandro T

(2)

Já tomaram posse todas as 29 diretorias dos núcleos sindicais, a nova diretoria da APP-Sindicato e os integrantes do Conselho Fiscal da APP-Sindicato, com a tarefa de encaminhar as lutas da categoria e de organizar nossa en-tidade neste mandato que se inicia e finda em outubro de 2.011.

As diretorias estadual e regionais da APP-Sindicato são compostas de 17 membros. Assim foram eleitos em todo o estado no último dia 25 de setembro 510 dirigentes. Somado a estes, também foram eleitos os nove titulares e nove suplentes para o Conselho Fiscal e um número expressivo de representantes de municípios. Isto só comprova a força de nos-sa entidade e a importância da democracia sindical.

A nova gestão da APP irá dar continuidade ao processo de mobilização e negociações a fim de manter e avançar em novas conquistas para a educação. Já de início temos alguns desafios importantes, entre estes a implemen-tação da hora-atividade prevista no PSPN e dos direitos conquistados pelo Plano de Carreira dos Funcionários.

Piso Salarial – No último dia 29 de outu-bro, cinco governadores ingressaram com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a Lei do PSPN. Entre eles, o governador do Paraná, Roberto Requião. Isto causou uma

enorme estranheza, visto que o governado já havia manifestado publicamente, por mais de uma vez, seu apoio ao Piso Salarial Profissional Nacional. Para defender a conquista do Piso, a mobilização da categoria será fundamental. A APP-Sindicato aguarda definição da data nacional de mobiliza-ção da CNTE em Brasília para organizar nossas caravanas.

Plano de Carreira dos Funcionários – O Plano de Carreira foi uma das conquistas mais importantes para a categoria no último período. Apesar de muitas informações desencontradas para minimizar esta conquista a maioria dos funcionários optou pelo enquadramento neste plano. Isto demonstrou a importância da união da categoria. A APP agora atua para que todos os benefícios trazidos pelo plano sejam implementados o mais rápido possível.

Outros desafios – Fora aos desafios já citados, a APP atua para que ainda neste ano ter a imple-mentação do cargo de 40 horas e a aposentadoria especial para diretores e pedagogos. Para o início do ano que vem reivindicamos a ampliação da hora-atividade, correção salarial prevista na Lei do PSPN e a equiparação salarial. Boa leitura! Direção Estadual

Geral

ED

ITO

R

IA

L

EXPEDIENTE

APP-Sindicato - Filiada à CUT e à CNTE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná - Rua Voluntários da Pátria, 475, 14º andar, CEP 80.020-926, Curitiba, Paraná - Fone (41) 3026-9822

Fax (41) 3222-5261 • Site: www.app.com.br • Presidente: Marlei Fernandes de Car-valho; Sec. Imprensa e Divulgação: Luiz Carlos Paixão da Rocha. Jornalistas: Andréa Rosendo (4962-PR), Edianês Vieira (7704-RS), Simone Giacometti (4441-PR) e Valnísia Mangueira (893-SE) - Projeto Gráfico: Rodrigo Augusto Romani - Impressão: Gráfica World Laser - Tiragem: 55 mil exemplares.

Gestão Independência, Democracia e Luta - 2008-2011

• Marlei Fernandes de Carvalho - Presidente • Isabel Catarina Zöllner - Secretaria Geral • José Rodrigues Lemos - Secretaria de Finanças • Janeslei A. Albuquerque- Secretaria Educacional • José Valdivino de Moraes - Secretaria de Funcionários • Miguel Angel Alvarenga Baez - Secretaria de Políticas Sindicais • Clotilde Santos Vasconcelos - Sec. Adm. e Patrimônio • Edilson Aparecido de Paula - Secretaria de Municipais • Luiz Carlos Paixão da Rocha - Sec. Imprensa e Divulgação • Áurea de Brito Santana - Secretaria de Assuntos Jurídicos • Tomiko Kiyoku Falleiros - Secretaria de Aposentados • Silvana Prestes Rodacoswiski - Secretaria de Políticas Sociais • José Ricardo Corrêa - Secretaria de Organização

• Maria Madalena Ames - Sec. de Formação Política Sindical • Mariah Seni Vasconcelos Silva - Secretaria de Sindicalizados • Lirani Maria Franco da Cruz - Sec. Gênero e Igualdade Racial • Idemar Vanderlei Beki - Secretaria de Saúde e Previdência

Tabela Salarial dos Funcionários

08/nov 08/nov 10 e 11 nov 11/nov 14/nov 14 e 15/nov 15/nov 15 e 16/nov 15 e 22/nov 16/nov 18/nov 18/nov 20/nov 20/nov 19 a 21/nov 21 e 22/nov 22/nov 22 e 29/nov 22/nov 22 e 23/nov 22/nov 28/nov 28 e 29/nov 28 e 29/nov 29/nov 29/nov 29 e 30/nov 01/dez 06/dez 05 e 06/dez 06 e 07/dez 08/dez 12 e 13/dez 15/dez 16/dez 18/dez 22/dez

Novembro

Dezembro

AGENDA

Tabela de Vencimentos dos Professores - Jornada 20 horas

Classes

NÍVEIS

OBS: AUXÍLIO TRANSPORTE (AT) por 20H - R$ 203,09

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

PDE Nível III 1.488,39 870,23 696,18 591,76 522,14 487,33 1.562,81 913,74 730,99 621,34 548,24 511,69 1.640,95 959,43 767,54 652,41 575,66 537,28 1.722,99 1.007,40 805,92 685,03 604,44 564,14 1.809,14 1.057,77 846,22 719,28 634,66 592,35 1.899,60 1.110,66 888,53 755,25 666,39 621,97 1.994.58 1.166,19 932,95 793,01 699,71 653,07 2.094,58 1.224,50 979,60 832,66 734,70 685,72 2.199,03 1.285,72 1.028,58 874,29 771,43 720,01 2.308,98 1.350,01 1.080,01 918,01 810.01 756,01 2.424,43 1.417,51 1.134,01 963,91 850,51 793,81 Especialização Nível II

Lic. Plena Nível I Lic. Curta

+ Adic. Nível Esp. III Lic. Curta Nível Esp. II Magistério Nível Esp. I

Nova gestão...novos desafios

Companheiros e companheiras de travessia,

Debate - Profuncionários, em Pitanga – NS Guarapuava. Curso de OLT – III etapa Gestão – NS Campo Mourão. Reunião para avaliação do resultado da Pesquisa Nacional da CNTE: "Como vivem os/as Aposentados/as", em Brasília. Curso de OLT – III etapa Gestão – NS Francisco Beltrão. Curso de OLT – III etapa Gestão – NS Curitiba Norte - NS Metro Sul – turma Araucária/Campo Largo - NS Umuarama. III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Cambará.

Curso de OLT – III etapa Gestão – NS Cascavel.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Para-navaí – Turma Loanda - NS Maringá.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Cu-ritiba Norte - NS Umuarama.

Campanha Nacional "Não vamos abrir mão – Piso Já". Assembléia do Fórum Paranaense do Idoso em Cornélio Procópio.

Curso de Extensão Universitária "Corpo, Gênero e Sexualidade na Educação" – II Etapa - NS Ivaiporã e UNIVALE.

Dia Nacional da Consciência Negra. Curso de OLT – III etapa Gestão – NS Irati.

Reunião da Coordenação Estadual da MMM, em São Paulo. III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Foz do Iguaçu – turma Itaipulândia.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS União da Vitória e NS Irati.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Corné-lio Procópio - NS Mandaguari - NS Londrina e NS Curitiba Sul - NS Londrina.

III etapa do Curso de Formação da APP/CNTE/UFPR - do NS Apucarana.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Assis Chateaubriand - NS Cascavel - NS Foz do Iguaçu - NS Para-navaí e– NS Pato Branco.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Guarapuava.

Curso de Extensão Universitária "Corpo, Gênero e Sexualidade na Educação" - III Etapa – NS Ivaiporã e UNIVALE.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Fran-cisco Beltrão.

Reunião do Conselho Fiscal da APP-Sindicato.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Toledo. Curso de Extensão Universitária "Corpo, Gênero e Sexualidade na Educação" - IV Etapa– NS Ivaiporã e UNIVALE.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Guara-puava – Turma Pitanga - NS Paranavaí – Turma Paranacity – e NS Ponta Grossa.

Dia Mundial de Luta Contra a AIDS.

Curso de OLT – III etapa Gestão – NS Apucarana e NS Cornélio Procópio.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Campo Mourão e NS Ivaiporã.

III etapa do Curso de Formação APP/CNTE/UFPR – NS Parana-guá.

Formatura Profuncionários – turma 2007/2008, no Centro Convenções de Curitiba.

Reunião do Conselho e Assembléia Estadual da APP-Sindicato. Fim do prazo realização Assembléias Regionais - Representan-tes de Base.

Campanha Nacional "Não vamos abrir mão – Piso Já". Final do ano letivo.

(3)

APP

busca alteração dos critérios

do PDE

Nova diretoria se reúne com

secretária da Educação

Negociações

A nova diretoria realizou três audiências com a secretária da Educação Yvelise Arco-Verde nos meses de outubro e novembro. A APP tem como objetivo consolidar até o final do ano importantes itens da pauta de reivindicação da categoria. Entre estes, o cargo de 40 horas e a aposentadoria especial para diretores e peda-gogos. E ainda criar as condições políticas para que a categoria tenha já no início de 2009 a ampliação da hora-atividade e as promoções previstas no novo Plano de Carreira dos funcionários, entre outros.

Equiparação salarial – No início de 2009, a questão sala-rial estará na ordem do dia. A Lei 11.738, sancionada em 16 de julho deste ano, que instituiu o PSPN prevê em seu Artigo 5º a *obrigatoriedade da revisão anual do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.

Orçamento – A pedido da APP-Sindicato, o Dieese realizou um estudo sobre o investimento dos recursos da educação até o mês de setembro deste ano. A Constituição estadual (Emenda 21) determina que o Estado do Paraná invista no mínimo 30% da receita decorrente de impostos na área da educação. O

levanta-mento efetuado pelo Coordenador Técnico do Dieese, Cid Cordeiro demonstrou a necessidade de novos investimentos na educação nos últimos meses do ano para cumprir a legislação.

Os estudos foram debatidos em audiência com a Secretária da Educação. A APP reivindicou que a previsão de 200 milhões de sobra fosse aplicada na folha de pagamento. E criticou o fato de todo o ano, o governo afirmar que não há margem fiscal e financeira para reajuste e ao final os números demonstrarem o contrário.

O governo anunciou para os últimos meses do ano algumas ações de investimento na educação para dar cumprimento aos 30%. Entre estas, a construção e reformas de escolas, construção de quadras cobertas, a compra de 2 mil ônibus para transporte escolar, a aquisição de livros e materiais didáticos para as escolas.

A direção da entidade argumentou que vai iniciar o ano de 2009 reivindicando reajuste salarial, visto a realidade orçamen-tária atual, tendo como perspectiva a equiparação salarial.

PSPN - Na audiência do dia 06/11, a direção da APP-Sindicato apresentou a Secretária o estranhamento ao fato do governador do Paraná ser um dos cinco governadores assinantes da Adin contra a Lei do PSPN, visto que o Paraná foi um dos primeiros estados a implementar o Piso Salarial Nacional Pro-fissional. A secretária informou que ainda não havia conversado com o governador sobre o fato, mas que este tinha demonstrado contrariedade ao fato de uma Lei Nacional interferir na autonomia financeira dos estados e municípios. A direção da APP fez o comu-nicado oficial ao governo da campanha nacional organizada pela CNTE em defesa do PSPN. O ato dos governadores que assinaram a Adin está sendo reprovado por educadores de todo o país. A APP solicitou que o governo reveja a posição e demonstrou disposição para dialogar a finalização da implementação do PSPN no Paraná, com os 33% de hora-atividade. A secretária comprometeu-se em levar a questão ao governador.

Cargo de 40 horas, aposentadoria especial para diretores e pedagogos, ampliação da

hora atividade, implementação da carreira dos funcionários e equiparação salarial são

as principais reivindicações da categoria

(*Tramita no congresso nacional projeto de Lei para definir o critério para a revisão. A Lei do Piso estabelece como indicador o índice de atualização do cálculo custo-aluno do MEC. O projeto prevê a correção pelo INPC.)

Audiência realizada no dia 06/11

Foto: Edianês Vieira

O governo assumiu compromisso com a APP-Sindicato de implementar o Cargo de 40 ainda no segundo semestre de 2008. Uma comissão integrada por representantes do governo e do sindicato elaborou uma minuta de Resolução para a efetivação dos procedimentos e critérios para a oferta ao cargo de 40 horas. Esta foi submetida à Procuradoria Geral do Estado. Na audiência do dia 06 de novembro, a secretária de Educação Yvelise Arco-Verde afirmou que assim que receber o Parecer da PGE dará encaminhamentos à efetivação do cargo de 40 horas. Este será encaminhado à secretária até o dia 15 de novembro.

Professores participantes do PDE e educadores que desejam ingressar no programa têm apresentado a APP-Sindicato, em reuniões e através de abaixo- assinados várias preocupações. Entre estas, a forma de ingresso no PDE, a forma de enquadramento e de progressão no Nível III, um maior reconhecimento no programa dos professores com mestrado e doutorado, e a continuidade do programa. Todas estas preocupações estão presentes ou foram incorporadas nas reivindicações da APP. Estas têm sido analisadas e leva-das pelo sindicato ao governo. Os dirigentes da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, Luiz Carlos Paixão e José Lemos integram

uma comissão específica da SEED para debater alterações e a regulamentação do PDE. O governo já apresentou ao sindicato disposição de alterar os critérios de progressão no Nível III e confirmou que para a próxima turma haverá ampliação de vagas (2.000) e a mudança na avaliação da prova; esta passará a ser classificatória e não eliminatória.

Na última audiência realizada no dia 06/11, a APP fez a entrega dos abaixo-assinados dos professores PDE para a Secretária de Educação. Solicitou uma reunião com urgência da comissão do PDE para discutir as alterações no programa. A reunião deve acontecer nos próximos dias.

Principais itens defendidos pela APP-Sindicato: a) Que os critérios e a regulamentação do PDE sejam na forma de uma Lei Estadual, a fim de que este se consolide como um programa de estado e não de um governo;

b) Ampliação de vagas para que um maior número de profes-sores tenham possibilidade de participar do PDE;

c) Enquadramento imediato no nível III dos professores que concluíram o PDE 2007;

d) Alteração imediata dos critérios de progressão - de uma Classe para outra - no nível III. A APP defende que esta aconteça como nos outros níveis. Ou seja, a cada dois anos, o professor possa avançar até três classes;

e) Enquadramento dos professores PDE titulados na classe 3 do nível III;

f) Utilização dos professores com mestrado e doutorado para a ampliação do programa.

A APP continua defendendo que os professores com mestrado e doutorado sejam enquadrados no nível III.

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu no último dia 29 de outubro o julgamento da Ação Direta de Inconstitucio-nalidade (ADI) 3772, proposta contra o artigo 1º da Lei Fede-ral 11.301/06, que estabeleceu aposentadoria especial para especialistas em educação que exerçam direção de unidade escolar, coordenação e assessoramento pedagógico. Por seis votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a am-pliação da licença especial prevista na Lei 11.301/06. Desta forma caiu por terra o argumento de vários governadores e prefeitos de que a lei seria inconstitucional.

Agora, não há mais justificativas para a não implemen-tação da aposentadoria especial para diretores, coordena-dores e pedagogos. A diretoria da APP-Sindicato cobrou na audiência do dia 06 de setembro a efetivação imediata deste direito da categoria. A Secretária de Educação Yvelise afirmou que tomou conhecimento do resultado do julgamento da Adin do Supremo Tribunal e que em seguida iria encaminhar a questão junto a PRPrevidência e ao governador.

Cargo de 40 horas

será implantado

antes da posse dos

novos concursados

Aposentadoria Especial para diretores e

pedagogos é constitucional

Foto: Arquivo APP

Valdivino de Moraes, Marlei Fernandes (APP), Ana Denise Ribas de Oliveira - presidente do Sismmac, e José Rodrigues Lemos acompanharam votação no STF

(4)

APP busca o atendimento

às reivindicações da categoria

Negociações

Há mais de 10 anos funcionários e pro-fessores organizados pelo sindicato lutavam pela criação de uma carreira específica para os funcionários na área da educação, por entenderem o papel educativo que estes têm no ambiente escolar. Após uma série de mo-bilizações, paralisações, caminhadas, greves e um intenso processo de negociação este sonho foi concretizado com a assinatura da Lei Complementar 123 no dia 09 de setembro deste ano.

Em 2004 conquistamos o Plano de car-reira dos professores, neste ano o plano para os funcionários. Este trouxe uma série de con-quistas para a valorização dos funcionários e para a educação do Paraná. A diferença já começa pela denominação dos cargos. Os antigos agentes de apoio ou de execução se tornaram os agentes educacionais I e II. O pla-no trouxe um pla-novo conceito profissional para o trabalho do funcionário de escola.

Em todas as audiências realizadas a direção da APP tem debatido vários itens da reivindicação da categoria. A seguir, destaca-se:

Hora–atividade – A Lei do PSPN institui a obrigatoriedade de 33% de hora-atividade. O governo havia sinalizado ao sindicato a disposição de implantar este percentual de forma gradativa, uma parte em janeiro de 2009 e outra em janeiro de 2009. Estranhamente, o governador Roberto Requião e mais quatro governadores ingressou no último dia 29 com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a Lei do Piso. Um dos argumentos utilizados é a dificuldade para efetivar os 33% de hora-atividade. Na audiência realizada no dia 06 de novembro, a Secretária de Educação Yvelise Arco-verde afirmou que debaterá o tema com o governador.

Pagamento dos avanços – O governo con-firmou o pagamento das promoções em atraso desde o mês de março para a folha do mês de novembro. Em relação às progressões que deve-riam ter sido pagas na folha de outubro, a Seed disse que houve atrasos operacionais e que está atuando para que o mesmo aconteça na folha de novembro, retroativo a outubro. A diretoria da APP não vê justificativas para estes atrasos. A secre-tária Yvelise garantiu ao sindicato que o atraso da progressão não prejudicará os professores que querem concorrer a uma vaga no PDE.

Promoções de Jaboticabal – O sindicato so-licitou também o enquadramento de professores aposentados que concluíram Pós-Graduação nas faculdades de Assis, Jaboticabal e outras no Nível II da carreira, como já efetuado aos professores da ativa e parte dos aposentados. A alegação apresentada anteriormente pela secretaria era de que havia um questionamento da Procuradoria geral do Estado. No entanto, este questionamento não foi apresentado a ninguém. A APP cobra a regularização da situação.

Posse dos concursados – A posse dos

concursados de 2007 está prevista para o início de 2009. O governo publicará nos próximos dias convocação de professores aprovados no concur-so de 2004 para exame médico. Cerca de 500 educadores das disciplinas de sociologia, filosofia e línguas estrangeiras serão chamados.

Funcionários - A APP continua cobrando do governo a publicação dos editais de ampliação de vagas dos dois últimos concursos realizados para agente de apoio e agente de execução. A Seed está encaminhando o tema junto a Seap.

Municipalização - Na audiência do dia 06/11, a APP voltou a solicitar da Seed a sus-pensão do processo de municipalização de escolas de 1º a 4° séries. A municipalização tem desagradado estudantes, a comunidade e professores. A Secretária Yvelise afirmou que não tomará nenhuma medida sem escutar a comunidade escolar. Para tanto, a Seed está realizando reuniões com as comunidades das escolas envolvidas neste processo. Este não acontecerá de forma impositiva.

Eleições de diretores – Mais uma vez a intervenção da APP-Sindicato foi fundamental para a garantia do direito de participação da ca-tegoria nas eleições para diretores de escolas. A atuação da entidade garantiu que os professores PSS que aguardam a posse do concurso de 2007 e os professores PDE pudessem candidatar-se nas eleições que acontecem no próximo dia 21 de novembro.

Contracheque – A direção sindical continua cobrando do governo a imediata alteração da forma de apresentação da hora-atividade nos contracheques dos educadores. Até o momento esta aparece como se fosse uma gratificação e não parte integrante do cargo do professor. Esta forma de apresentação pode trazer prejuízos no futuro para a aposentadoria dos professores. Já houve a decisão favorável do governo. No entanto, falta a sua operacionalização.

Implementação do Plano – A categoria e a APP aguardava que já no mês de outubro o pagamento de gratificações previstas no plano. Isto não ocorreu. O governo alegou que só poderia efetuar o pagamento destas após o prazo de 60 dias previsto no plano para que os funcionários que porventura não quisessem ficar no novo plano fizessem a opção pelo QPPE (Quadro Próprio do Poder Executivo). Este prazo venceu no último dia 07 de novem-bro. A APP reivindicou para a Secretária de Educação em reunião realizada no último dia 06/11 a efetivação de pagamentos previstos no plano na folha do mês de novembro. A Seed argumentou que está debatendo com a Seap uma folha complementar, visto que as folhas de novembro e dezembro já estão sendo rodadas. A APP cobra que o pagamento do auxílio e das gratificações tenha como base a data de 09 de setembro.

Foto: Guilherme Artigas

Aprovação do Plano na Assembléia Legislativa

Plano de Carreira dos

Funcionários: um sonho

que virou realidade

No dia 09 de setembro foi sancionada e

publicada a Lei Complementar nº 123,

que instituiu o Plano de Carreira

• Auxílio transporte - 20% sobre Classe I, do Nível I do Agente Educacional II.

Em valores de hoje R$ 188,80 para todos. • Gratificação de período noturno – 20% sobre as horas trabalhadas a partir das 18 horas, considerando-se para o cálculo da gratificação o valor correspondente ao nível e à classe em que se encontra na carreira.

• Gratificação para secretárias de escola - 30% do vencimento inicial, classe 1, do nível I, do Agente Educacional II. Hoje, corresponde a R$ 283,20.

• Progressão - avanço de classes mediante avaliação de desempenho e formação continu-ada. Acontecerá a cada dois anos, no mês de agosto. O funcionário poderá progredir até duas classes, sendo uma correspondente a avaliação de desempenho e outra relacionada à atividade

de qualificação e capacitação (com no mínimo de 40 horas).

• Promoção – avanço de classes mediante apresentação de certificados. Acontecerá a partir de janeiro de 2009. Ela pode ser feita a qualquer tempo, desde que respeitado o interva-lo de um ano entre uma promoção e outra.

Da seguinte forma:

Agente Educacional I

Ensino Médio: sete classes

Pró-funcionário ou Curso Área 21: seis classes

Agente Educacional II

Pró-funcionário ou Curso Área 21: seis classes Ensino Superior: cinco classes

Principais benefícios trazidos pelo novo Plano:

O ministro da Educação, Fernando Haddad, indicou a necessidade de uma complementação pedagógica para garantir o reconhecimento dos diplomas dos professores que concluíram o Pro-grama de Capacitação para Docentes, oferecido pela Faculdade Vizivali, em parceria com a empre-sa Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino (Iesde). A idéia foi lançada na audiência realizada dia 5 de novembro, em Brasília, para a Comissão Especial criada para defender a regularização dos diplomas. Ficou definida ainda a formação de um grupo de trabalho para determinar a maneira como será realizada a complementação pedagógica dos professores.

A audiência em Brasília contou com a pre-sença do deputado estadual Péricles de Mello (PT), do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT); da secretária de Educação do Paraná, Yvelise Arco-Verde; do presidente do CEE/PR, Romeu Gomes de Miranda; do diretor da APP-Sindicato, professor José Rodrigues Lemos; do diretor da Vizivali, Paulo Fioravante; entre outros participantes.

Segundo o professor José Lemos, a Comis-são formada no Paraná para tratar do assunto junto ao Ministério da Educação está otimista quanto à possibilidade de êxito ao atendimento da reivindicação levada ao Governo Federal, embora não tenha havido resposta positiva do ministro, conforme era esperado naquele momento.

O presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE-PR), professor Romeu Gomes de Miranda propôs ao ministro que o MEC delegasse competência ao Conselho Estadual, mais à Seti e à Seed, para resolver a situação. O ministro não aceitou, pois disse que isso abriria um precedente perigoso ao país, disse.

O deputado paranaense Péricles de Mello considera que o resultado da reunião foi positivo, já que o ministro deu uma resposta mais concreta sobre a forma de como os diplomas podem ser regularizados. “O objetivo é consolidar uma pro-posta que respeite a realidade de cada grupo de alunos nas diferentes regiões do Estado”.

Vizivali:

MEC pode exigir

complementação

Colégio Estadual do Paraná

A direção da APP-Sindicato tem recebido várias reclamações de professores, funcionários e estudantes sobre a gestão do Colégio Estadual do Paraná. Segundo estes instalou-se no Colégio um clima de desolação e insatisfação. Histori-camente a APP tem defendido a realização de eleições para diretores no Colégio Estadual do Paraná, e em todas as escolas públicas do Paraná. Por iniciativa da APP tramita um projeto de Lei do deputado Mauro Moraes para instituir as eleições no Colégio. Infelizmente, apesar da cobrança da APP o projeto não entrou em vota-ção. O governo argumenta que aquele colégio tem um regime especial de funcionamento, com orçamento próprio. Por isto não quer as eleições lá.

O Colégio Estadual do Paraná sempre foi uma referência política e pedagógica para a comunidade paranaense. Esta marca não pode ser jogado fora. Assim, a direção da APP tem reivindicado providências a Secretária de Educação, Ivelyse Arco-Verde.

Comissão - Na reunião do dia 06/11, a secretária de educação anunciou ao sindicato a constituição de uma comissão para discutir o regime especial e a gestão democrática do colégio. Esta terá um caráter consultivo e será composta pela Seed, APP, Conselho Estadual de Educação, Assembléia Legislativa, conselho escolar, grêmio estudantil, representantes dos professores e funcionários e da direção da escola. No dia 21/11, o grêmio da escola realizará um plebiscito sobre a instituição de eleições no Colégio.

Processos administrativos - A APP tem solicitado a Seed o imediato arquivamento dos processos administrativos contra educadores do colégio. O tema está sendo analisado pela Secretária.

(5)

Educacional

Profuncionário receberá 200 novas turmas no Paraná

APP acompanha reformulação do Ensino Médio noturno

Formação profissional será integrada a modalidade da EJA

Os debates estão em torno da proposta que inclui a divisão do ano letivo em dois semestres

De acordo com o secretario de Funcio-nários da APP-Sindicato, Valdivino de Moraes, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) enviou um processo para o Conselho Estadual do Paraná (CEE-PR) solicitando a abertura, no inicio de 2009, de 200 novas turmas para o Profuncionário - Programa Nacional de valori-zação de funcionários de escolas em Educação Básica dos Sistemas Públicos de Ensino do Ministério da Educação (MEC).

As seis mil vagas serão ofertadas para todos os profissionais que integram a área profissional de serviços de apoio escolar, co-nhecida como Área 21, em todo o Estado.

Segundo Valdivino, no próximo ano haverá descentralização nos cursos técnicos do Pro-funcionário nas escolas da rede estadual de educação básica já autorizadas, possibilitando que os municípios do Paraná tenham acesso ao curso de formação. "Já estão sendo abertas turmas em conjunto com a Seed e a rede muni-cipal. No próximo ano haverá atendimento aos funcionários da rede municipal de Arapongas, Apucarana, Fazenda Rio Grande, Medianeira, Pontal do Paraná, Paranaguá, Palmas, Pato Branco, Imbituva", elenca.

Projetos – Outra novidade do programa é a ampliação do perfil profissiográfico dos tra-balhadores pertencentes à área 21, incluindo os cursos de Biblioteconomia Escolar e Secre-tariado Escolar. Juntamente com o processo para a abertura de vagas a Seed encaminhará ao CEE-PR o processo de autorização para o

Entre os dias 31 de setembro e 01 de outu-bro a Secretaria de Estado da Educação (Seed) promoveu mais uma discussão para apresentar e debater a proposta de reformulação do ensino médio noturno. A reunião técnica da Seed con-tou com a participação de aproximadamente 50 pessoas, entre elas representantes da APP-Sindicato, Fórum Paranaense em Defesa da Escola Pública, direções de escolas, chefias de núcleos e Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR). A nova proposta inclui divisão do ano letivo em dois semestres, sendo

estes compostos por blocos concomitantes de seis disciplinas.

Na ocasião, a Seed apresentou a sistemati-zação do que teriam sido os debates realizados pelos/as professores/as nas escolas e em todos os Núcleos Regionais de Educação. A necessi-dade de se discutir o tema foi motivada pelos altos índices de evasão no período noturno, notadamente nos primeiros anos, que chega a 47%. Segundo dados levantados pela Seed, nos anos seguintes, a reprovação retém ou exclui mais ou menos 25% dos/as educandos. curso de biblioteconomia. E para atender os que não concluíram o ensino médio e preten-dem se profissionalizar na área de técnico de infra-estrutura escolar e alimentação escolar, outro projeto da Seed visa ofertar o Profuncio-nário integrado à modalidade de Educação de

Jovens e Adultos (EJA) por meio Programa de Integração da Educação Profissional à Educa-ção Básica na Modalidade EducaEduca-ção de Jovens e Adultos (PROEJA).

Formatura – Para este ano está prevista a formatura de cerca de 1400 pessoas das 48

turmas do Profuncionário do Paraná. Em 2007, o programa graduou 1023 funcionários de es-colas. A meta da Secretaria da Seed para 2010 é atender no mínimo 50% do funcionalismo.

O Programa - Começou a ser executado, em 2005, com um projeto-piloto em cinco estados, e atendeu 9.223 servidores, numa parceria entre a Secretaria da Educação Básica (SEB/MEC) e Universidade de Brasília (UnB). O programa é uma política pública determi-nada pelo Ministério da Educação (MEC) com parceria dos governos estaduais com objetivo de fazer a formação técnica dos funcionários de escola. É destinado a trabalhadores que já tenham formação de nível médio. Os cursos, com que têm duração de um ano e meio, têm uma carga horária de 1.260 horas, sendo 360 horas de formação pedagógica, 600 horas de formação técnica na área específica de atuação do funcionário e 300 horas de prática supervi-sionada, desenvolvida nas escolas onde cada aluno atua. São ofertadas quatro habilitações que atendem à maioria das funções desempe-nhadas pelos servidores nas escolas: Gestão Escolar, para os funcionários das secretarias das escolas; Multimeios Didáticos, para os funcionários da área audiovisual que trabalham em bibliotecas, laboratórios de informática; Alimentação Escolar para os funcionários que trabalham nas cantinas com a merenda escola e Infra-estrutura e Ambiente Escolar, para os funcionários que trabalham com elétrica e hidráulica nas escolas.

Foto: Arquivo APP

Foto: Andréa Rosendo

Valdivino foi orador da primeira turma do Profuncionários do Paraná

Índice de evasão no período noturno, notadamente nos primeiros anos, chega a 47%

Números

- Segundo a secretaria, uma recente pesquisa do Núcleo de Políticas, Gestão e Financiamento da Educação da Universidade Federal do Paraná (NuPE/UFPR), com base nos dados do MEC/INEP e do IBGE, indicam que no período entre 2001 e 2006 havia 561 mil adolescentes entre 15 e 17 anos no Paraná. Destes, 330 mil estavam matriculados nas três séries. A pesquisa mostra que apesar de as ma-trículas apresentarem uma taxa de crescimento de 31% no período, a população potencial para o Ensino Médio representa quase o dobro dos alunos matriculados. Enquanto 81% dos jovens de 15 anos estavam matriculados no Ensino Médio, apenas 36% dos com 17 anos ainda freqüentavam o curso, o que comprova um dos mais graves problemas da educação básica no estado: a evasão no ensino médio.

Novo Modelo

- De acordo com a se-cretaria Educacional da APP-Sindicato Janeslei Albuquerque, esses dados de evasão exigem mudanças na organização do ensino médio noturno, uma vez que o problema do Ensino Médio não parece ser o acesso, mas se concen-tra na permanência na escola até a conclusão do 3º ano.

A APP-Sindicato não vê problemas na proposta, no entanto entende que as mudanças não podem ser impostas, necessitam de amplos debates e devem ser feitas de forma gradativa. “Não

aceita-No dia 08 de outubro o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O docu-mento normatiza a duração, a idade, a certificação e questões relacionadas à Educação a Distancia (EAD). Os sistemas de ensino terão até 2013 para desenvolver políticas educacionais específicas para os adolescentes de 15 a 17 anos e, a partir deste mesmo ano, a EJA só poderá ser ofertada para pessoas a partir de 18 anos.

A decisão do CNE foi respaldada por três

audiên-cias públicas realizadas em parceria com o Ministério da Educação (MEC) em diferentes regiões do Brasil. Estas foram amparadas por amplos debates realiza-dos pelos Fóruns de EJA em torealiza-dos os estarealiza-dos, com a participação decisiva da APP-Sindicato e culminou com a aprovação de uma moção no Xº Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (ENEJA). De acordo com os posicionamentos da APP, cabe ao CEE-PR fazer valer essas Diretrizes para a EJA em todo o Estado.

mos nenhuma precarização e nem a diminuição de carga horária da matriz curricular. Queremos debates sistemáticos nas escolas sobre o tema, com reuniões, assembléias, porque não é pos-sível fazer alteração sem a participação de toda a comunidade escolar interna, ou seja, apenas com decisões de gabinete. A nova proposta não pode ser realizada de cima para baixo. Ela só é possível de ser concretizada com êxito se tiver o efetivo envolvimento dos/as professores/as e se, no conjunto, as escolas possam optar se querem aderir ou não ao novo modelo”, defende a secretária da pasta, Janeslei Albuquerque.

Formação

- Segundo ela, o ensino médio diurno como o noturno têm demandas pedagógi-cas específipedagógi-cas, que precisam ser amplamente discutidas e resolvidas, conjugando a busca de um ensino público que atenda ao direito à educação desses/as estudantes. E isso deve ser pensado no sentido da formação intelectual e do avanço progressivo dos estudos.

A discussão abarcou a grade curricular, grade horária, ensino profissional entre outros. A APP-Sindicato ressaltou a necessidade de formação continuada para os/as docentes no sentido de superar esse desafio da evasão. E defendeu que uma nova organização das disciplinas precisa ser acompanhada de uma profunda reflexão e revisão das práticas pedagógicas, para que dêem conta de acolher e incluir de fato esses/as estudantes.

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PSPN e Municipais

Posição do

governador

desagrada

educadores

de todo o país

A APP-Sindicato estranhou a notícia veiculada pela imprensa, no último dia 29 de outubro, informando que o governador Roberto Requião ingressou, juntamente com outros quatro governadores, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN 4167) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra dispositivos da Lei federal 11.738, de julho 2008, que institui o Piso Salarial Nacional dos Professores.

A presidente da APP-Sindicato, Mar-lei Fernandes de Carvalho, lembra que a entidade recebeu várias manifestações de apoio do governador ao piso salarial na-cional, inclusive com declarações de apoio à Lei na imprensa estadual e nacional. Por isso, a surpresa da mudança de posição do governador. “São mais de 180 anos de luta pelo piso dos professores e mais de um ano e meio de debates com prefeitos e governadores para a elaboração da Lei, que agora é contestada desta forma, como se ela tivesse sido imposta sem debates”, diz Marlei Fernandes de Carvalho.

No Paraná, o Piso Salarial foi instituído com o reajuste ocorrido em setembro de

2008 e os educadores aguardavam somen-te a efetivação dos 33% de hora atividade, conforme previsão da lei.

Para garantir a efetivação da lei que criou o Piso Salarial de R$ 950 para profissio-nal com formação de nível médio (jornada de até 40 horas) e da hora atividade, entidades ligadas aos trabalhadores de educação em todo país definiram realizar mobilizações e atos públicos sempre no dia 16 de cada mês até o final do ano, seguindo um ca-lendário nacional de mobilização da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).

Com a Adin, as mobilizações serão fortalecidas no próximo dia 16 de novembro em todo o país. As manifestações fazem parte das atividades programadas para acontecer em todo país, sempre no dia 16 de cada mês. A data foi definida em virtude da Lei do Piso ter sido sancionada pelo pre-sidente Lula no dia 16 de julho deste ano. A APP também aguarda a definição de uma data de mobilização nacional em Brasília. A entidade pretende organizar caravanas para defender o Piso.

Diante da tentativa dos governado-res de impedir a implantação da Lei nº 11.738/08 - que institui o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica -, conclamamos a comunidade educacional e a sociedade brasileira a promover um amplo movimento em defesa da educação e de seus profissionais.

Ao decidir impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI contra a Lei, antes mesmo de sua concretização, os governadores:

• negam aos estudantes, especial-mente aos oriundos das classes populares, o direito à educação de qualidade para o qual concorre o profissionalismo dos educadores;

• invertem as prioridades das polí-ticas públicas e as responsabilidades do Estado em promovê-las;

• caminham na contramão do per-curso civilizatório baseado no acesso igualitário aos bens materiais e culturais

Secretaria de Municipais fecha o ano com balanço positivo

CNTE divulga manifesto em defesa da valorização

dos profissionais da educação

Mais de 100 municípios interligados na troca de informações

Conhecer a realidade de quem vive longe das grandes cidades do estado, de quem na maioria das vezes tem seus direitos privados, mesmo ga-rantidos por lei, faz parte da rotina da Secretaria de Municipais da APP Sindicato. Além disso, esti-mular a organização e apoiar os educadores para reivindicar e lutar pelos seus direitos é o marco do trabalho realizado. O secretário de municipais Edílson Aparecido de Paula conversou com a reportagem do 30 de Agosto sobre as conquistas e desafios desta secretaria em 2008 e como será o trabalho em 2009.

30 de Agosto – Qual o balanço das atividades de 2008?

Edílson Aparecido de Paula - Foi um ano de mui-tas atividades, nós aumentamos bastante nossa representação enquanto entidade nos municípios. Muitas pessoas nos procuraram por causa da repercussão das conquistas garantidas através do trabalho da Secretaria de Municipais da APP-Sindicato, divulgadas em notícias pela imprensa ou dialogando uns com os outros. Para se ter uma idéia, temos hoje 65 municípios totalmente organizados e sendo representados legitimamente pela APP. Mas não atendemos somente esses municípios. Nós interagimos com outros municípios que ainda não fazem parte da nossa organização, repassando aos educadores informações referen-tes a questões educacionais e funcionais(carreira). Temos um canal aberto, é só entrar em contato com a gente. Além disso, conseguimos fazer a discus-são, trabalhar o debate e promover a reestruturação de 60 Planos de Carreira neste ano. Desses 60, nós conseguimos aprovação de 50. E nós fomos além disso, porque ao conseguirmos aprovar estes pla-nos, se levarmos em consideração as discussões com base na pauta da categoria, nós avançamos em outros pontos importantes. Para dar exemplos, nós fechamos em torno de 60 acordos de reajuste com grandes avanços nos itens da pauta. Outro ponto que não deve ser esquecido é a implemen-tação em vários municípios da eleição direta para

direção de escola, que era um sonho daqueles educadores. Também consideramos muito im-portante a aprovação em alguns municípios do Plano Municipal de Educação, que é uma discussão que merece destaque e tem recebido nossa atenção com as-sessoria jurídica e apoio técnico. A Secretaria de Municipais faz ainda o debate sobre os proble-mas referentes a carreira do professor e a defesa dos educadores nos

pro-cessos administrativos, análise da documentação para concessão de aposentadoria e tantas outras demandas que precisaríamos de um jornal especí-fico para detalhar. Enfim, para resumir, a gente vem fazendo muito e queremos fazer ainda mais. 30 de Agosto - Quais foram as maiores dificuldades para colocar em prática as metas da SM? Edílson Aparecido de Paula - As dificuldades que a gente encontra são praticamente as mesmas. Ou são prefeitos que não dialogam e não recebem a categoria e o sindicato, ou outros que recebem, mas não encaminham os assuntos debatidos. E há também aqueles que além de não receber, não fornecem a documentação necessária, blindam os números da prefeitura como se fossem pro-priedade privada e daí não tem como encaminhar o trabalho. Quando isso acontece partimos para a mobilização, para a organização da categoria. Resistência mesmo, até furar esse bloqueio. E a outra dificuldade é a própria categoria porque em muitos lugares, a pessoa acha que uma vez sindi-calizada a APP encaminhará tudo, sem que haja a mobilização e participação deles. O problema é que essa falta de envolvimento faz com que os

resulta-dos não aconteçam de forma rápida e isso gera uma ansiedade muito grande. Essa ansieda-de acaba atrapalhando um pouco o andamento das negociações. Para que os resultados sejam mais rápidos, tem que existir a boa vontade do executivo, mas também tem que haver a par-ticipação da categoria como coadjuvante neste trabalho, para mostrar à prefeitura que há des-contentamento, que há organização, que há re-sistência e sendo assim, o prefeito terá que olhar com outros olhos para a categoria. É necessário a participação efetiva da categoria para que pos-samos avançar na negociação. Toda e qualquer espera, quando morosa, gera um mal estar e isso não faz bem a ninguém.

30 de Agosto - Qual a expectativa do crescimento dessa base para 2009?

Edílson Aparecido de Paula -A expectativa vem acompanhada de uma preocupação. Se nós sair-mos a campo para expandir nossa base, nós iresair-mos muito longe e vamos chegar a todos os pequenos municípios onde não há sindicato organizado e que anseiam por esta realização. Mas para que isso aconteça temos que ter condições, porque simplesmente sindicalizar as pessoas sem oferecer uma perspectiva de resolução dos problemas, além de não resolver, pode criar frustração e a falsa ex-pectativa de resolução dos problemas da categoria. Não é essa nossa intenção. Precisamos expandir com responsabilidade e qualidade.

30 de Agosto - E como isso pode ser feito? Edílson Aparecido de Paula - Isso pode ser feito

de duas maneiras: aumentando a estrutura de organização da APP Estadual e a participação dos Núcleos Sindicais de modo que eles possam se tor-nar referência de organização. Nós temos que fazer com que a base enxergue nos Núcleos Sindicais uma referência de resolução de problemas e para isso é preciso investir na estrutura e na formação dos dirigentes que estão nos núcleos.

30 de Agosto – Quais são os planos da Secretaria de Municipais para 2009?

Edílson Aparecido de Paula – Entre os principais planos para 2009, está a tentativa de fazer um casamento entre a formação e a estruturação, conforme já citei. E trazer também como grande desafio, para dentro da organização da APP, os funcionários das escolas municipais. Para colocar essa meta em prática, é preciso mexer na atual estrutura e fazer com que os núcleos dêem as pri-meiras orientações necessárias à categoria. Para o ano que vem nós temos que incluir de maneira efetiva os funcionários das escolas em todas as discussões que envolvem a APP. Este é um assunto totalmente novo, mais um motivo que reforça a idéia de melhores condições para trabalhar. Volto a reforçar: reconhecimento da base para com núcleo sindical, estrutura e formação. Estes são os princi-pais desafios. E a formação que estou dizendo terá que ser dada aos dirigentes sindicais com objetivo de incluir os funcionários das escolas municipais na organização da APP.

30 de Agosto - Como fica a Secretaria de Munici-pais nesta nova diretoria?

Edílson Aparecido de Paula - Não há mudança na ideologia de trabalho, mesmo porque a gente vai continuar a frente da secretaria, com a mesma equipe. Nós vamos trabalhar com os mesmos eixos e debatendo novos assuntos referentes aos educadores, como por exemplo o Piso Salarial Na-cional e o Plano de Carreira para os funcionários de escolas municipais.

Foto: Simone Giacometti

Edílson Aparecido de Paula Secretário de Municipais da APP-Sindicato

produzidos pela humanidade.

O Brasil ainda tem dívidas educacio-nais incompatíveis com um projeto de de-senvolvimento socialmente justo, inclusivo e baseado em uma soberania solidária. O analfabetismo, o baixo percentual de oferta de educação infantil, média e profissional, a insuficiência e a desproporção de vagas nas universidades públicas são apenas al-guns exemplos dos desafios deste período histórico.

Para superar este descompasso, o país precisa ampliar o financiamento, apro-fundar a gestão democrática e valorizar os profissionais da educação, promovendo sua formação, instituindo carreiras e permitindo sua dedicação exclusiva à educação, por meio de salários dignos.

Se os estados e os municípios brasilei-ros não puderem honrar o um compromisso tão modesto com esta geração de estudan-tes, precisam, urgentemente, repensar o papel do Estado e dos governos para com a sociedade.

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Eleições APP-Sindicato

APP-Sindicato elege nova Diretoria Estadual

e dos Núcleos Regionais

Confira os nomes dos integrantes da Diretoria Estadual e dos presidentes eleitos dos Núcleos

Regionais e os membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal eleitos para o triênio 2008/2011

No dia 25 de setembro os sindicalizados da APP foram às urnas para escolher os seus representantes na Diretoria Estadual, nas diretorias dos 29 Núcleos Sindicais, além de 18 representantes do Conselho Fiscal da entidade. No processo

eleitoral também foram eleitos representantes de municípios. Concluída a apuração dos votos da Eleição da APP-Sindica-to os resultados mostraram a vitória da Chapa 1- Independência, Democracia e Luta, para a Direção Estadual, com 77,57% dos votos. A Chapa 02 – APP para Tod@s/ Em Defesa da Escola Pública obteve 17,65% dos votos e a Chapa 03 – APP de Luta e pela Base/Oposição Alternativa, 4,78%.

Dos 29 Núcleos Sindicais, a Chapa 02 – APP para Tod@s/ Em Defesa da Escola Pública venceu em dois: Curitiba Sul e Paranavaí. A Chapa 4 – Educação em luta: por um sindicato independente e de classe – venceu em um Núcleo: Foz do Iguaçu. A Chapa 1- Independência, Democracia e Luta, venceu em 26: Apucarana, Arapongas, Assis Chateaubriand, Cambará, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Metropolitana Norte, Metropolitana Sul, Curitiba Norte, Francisco Beltrão, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Laranjeiras do Sul, Londrina, Mandaguari, Maringá, Paranaguá, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama, e União da Vitória.

O mandato dos eleitos será de três anos: 2008 a 2011. Após a divulgação da finalização do escrutínio pela Comissão Eleitoral Estadual, a então Direção Estadual da APP-Sindicato fez agradecimento especial aos sindicalizados que participaram na

eleição e a todos os que trabalharam para viabilizar o pleito. A listagem completa dos eleitos está publicada no portal da APP-Sindicato: www.app.com.br.

Professores e funcionários foram às urnas no dia 25 de setembro para escolher seus novos dirigentes.

A contagem dos votos ocorreu até a madrugada do dia 26 de setembro

Foto: Andréa Rosendo

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Posse da nova diretoria

Desafios

da nova gestão

da

APP-Sindicato

Eleições de diretores acontecem no dia 21

A nova Diretoria Estadual da APP-Sindicato, gestão Independência, Democracia e Luta, assu-me para o mandato 2008 a 2011 com o desafio de garantir as conquistas da categoria e ampliar a luta através de mobilizações e negociações. A presidente eleita, Marlei Fernandes de Carvalho, destaca que a nova direção pretende dar continui-dade ao processo de defesa da escola pública, do salário e das condições de trabalho dos educadores do Paraná.

“O elemento central da nossa luta é a defesa da categoria como um todo, por meio de negociações e mobilização, caminho este que tem tido êxito e poderá fazer com que os educadores avancem cada vez mais na busca de seus direitos”, diz Marlei.

Todos os itens da pauta de reivindicação da categoria, como equiparação salarial, cargo de 40 horas, implementação do plano de carreira dos funcionários, entre outros, são prioridade para o sindicato, mas alguns são especialmente desafiadores. Entre estes, a nova presidente da APP destaca a defesa do piso nacional, que sofre atualmente grave ataque de vários governadores, entre eles o do Paraná.

Outro tema desafiador é a saúde dos

trabalha-Aproxima-se o dia das eleições para a Dire-ção das Escolas Públicas do Paraná. Este é um momento importante para o debate da valorização da escola pública e da gestão democrática que queremos.

A democracia é um ponto central na con-solidação da cidadania de um povo e por este motivo ela deve, além de fazer parte do dia-a-dia da escola, ser o seu princípio norteador. Há déca-das, juntamente com a luta pela democratização do país, lutamos pela constituição da democracia em nossas escolas. A escola é uma parte

impres-cindível de democratização da sociedade. A administração das escolas tem se estrutu-rado, nas últimas décadas, a partir dos modelos de organização empresarial, colocando o diretor no papel de gerente/administrador e reforçando uma posição hierárquica e individualista, onde prevalecem os inte-resses particulares na administração da coisa pública. Sob o discurso da eficiência, produtividade, eqüidade, otimização e captação de recursos, desconsidera-se a especificidade do trabalho escolar, justificando-se a prática administrativa em detrimento de uma gestão participativa e verdadeiramente democrática.

Contrapor-se a este modelo significa entender a Escola Pública como o espaço de socialização do conhecimento, destinado aos filhos da classe trabalhadora.

Neste sentido, o diretor é o articulador político-pedagógico da construção coletiva do projeto de esco-la e a sustentação deste projeto exige que a gestão da escola seja construída a partir de um projeto político defendido por um coletivo.

O exercício da GESTÃO DEMOCRÁTICA possibilita a divisão do poder e permite que as decisões sejam tomadas coletivamente e as tarefas assim definidas,

assumidas também pelo coletivo. Todas as deci-sões (políticas, pedagógicas e administrativas) da Escola devem ser tomadas coletivamente, através do debate e do diálogo permanente.

A disputa de projeto e não de individualida-des deve prevalecer.

Assim, a APP orienta a categoria a analisar e debater os projetos que cada candidatura apresenta para a gestão da escola a fim de que possamos dar mais um passo em direção a gestão democrática.

dores na educação. É preciso substituir este modelo por um que atenda a categoria. É uma grande luta, que não envolve só a APP, mas todos os sindicatos envolvidos com o servidor público, lembra Marlei. Também ligados à saúde do trabalhador em edu-cação estão a redução de alunos por turma e a ampliação da hora-atividade.

Além das reivindicações da categoria, da defe-sa da escola pública e das questões pedagógicas, a APP-Sindicato tem a função de dar continuidade ao debate de temas centrais da sociedade como um todo, como democracia, ética e solidariedade, cujos desdobramentos refletem na vida do povo e da própria categoria.

Secretarias – Para contribuir no enfrentamen-to dos desafios, a APP-Sindicato conta, nesta gestão, com duas novas secretarias: a de Gênero e Igualdade Racial; e de Saúde e Previdência.

A primeira secretária de Gênero e Igualdade Racial, Lirani Maria Franco, diz que o desafio desta secretaria é trazer, através da educação, contri-buições para a superação do racismo presente na sociedade brasileira, buscando estabelecer relações sociais justas e igualitárias, desvelando as ideologias de dominação fundadoras da reali-dade brasileira.

Também é meta da Secretaria dar visibilidade às lutas das mulheres na história, combatendo a pobreza, as injustiças sócias e defendendo a parti-cipação política nos espaços de poder, buscando a superação das desigualdades de gênero.

O secretário de Saúde e Previdência da APP, professor Idemar Vanderlei Beki, diz que o desafio da nova pasta vai além da questão salarial. A saúde dos servidores reflete diretamente na atuação dos servidores, sendo que elas passam pelas péssimas condições de trabalho, ou seja, são decorrentes das salas superlotadas e da carga horária excessiva além de outros.

O desafio da nova Diretoria Estadual, portanto, será canalizar todas as reivindicações da categoria de forma a propiciar a melhor maneira possível de atendimento a elas, tendo em vista o objetivo maior de todos: a educação pública de qualidade.

Após a posse, os integrantes da Diretoria Estadual eleita conversaram com os funcionários da sede sobre os planos para a gestão.

Foto: Andréa Rosendo

Baile marca posse da nova diretoria

Realizado dia 24 de outubro, no Clube Três Marias, em Curitiba, o Baile para come-morar o Dia do Professor (15 de outubro) e do Funcionário Público (28 de outubro) também foi de solenidade especial para o sindicato. Na ocasião, a nova Diretoria Estadual da APP-Sindicato e dos Núcleos Regionais de Curitiba e Região Metropolitana tomaram posse para o exercício no próximo triênio – 2008 a 2011.

A Direção Estadual da APP conta agora com a participação de dezessete

educa-dores. A presidência passou do professor José Rodrigues Lemos à professora Marlei Fernandes de Carvalho. A solenidade con-tou com a participação de parlamentares paranaenses, professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), representantes da Confederação Nacional dos Trabalha-dores em Educação (CNTE) e Central Única dos Trabalhadores, além de integrantes de diferentes movimentos sociais e sindicais, professores, diretores e funcionários de escolas.

Solenidade de posse teve início com a execução do Hino Nacional Brasileiro

Fotos: Leandro T

aques

Mais de 1.600 pessoas acompanharam a posse e participaram do baile de confraternização Presidente eleita do NS Curitiba Norte, Tereza

Lemos (ao centro), em confraternização no baile

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Saúde e Aposentados

APP busca melhorias na saúde dos trabalhadores em educação

Secretaria

de Aposentados faz balanço e

realiza

atividades

Ações da nova secretaria de Saúde e Previdência visam ampliar trabalhos relacionados

às condições de trabalho dos educadores

Vários problemas nos locais de trabalho afetam a saúde dos educadores e, nos últi-mos anos, o sindicato fez sua parte: organizou cursos, seminários e palestras sobre o tema, conscientizando os educadores sobre os efei-tos nocivos à saúde ocasionados pelas condi-ções inseguras dentro dos estabelecimentos de ensino. Na nova gestão a APP-Sindicato priorizou o tema e criou a secretaria de Saúde e Previdência.

A proposta da nova secretaria foi acolhida pela categoria no X Congresso Estadual da APP, no final de 2007. De acordo com o secretário da pasta, o professor Idemar Vanderlei Beki, a questão da saúde dos servidores é tão impor-tante quanto à luta por melhores salários. “ A saúde é a preocupação de todos no interior das escolas. Os problemas de saúde dos edu-cadores passam pelas péssimas condições de trabalho, ou seja, são decorrentes das salas super lotadas e inadequadas, da carga horária excessiva, do contato com materiais tóxicos, entre outros”, destaca.

Para Beki, o principal desafio é fazer a conscientização da categoria sobre seus di-reitos e benefícios, pois muitos desconhecem a legislação que implica sobre a saúde dos servidores. Segundo ele, a Assembléia Legis-lativa aprovou três projetos de lei propostos pela APP-Sindicato que tratam da saúde dos educadores. A Lei 14939/06 (Lei da Saúde Vocal), cria o Programa Estadual de Saúde Vocal Preventiva para professores da rede, a Lei 14.992/06, institui o Programa de Saúde

A Secretaria de Aposentados da APP-Sindicato fecha a gestão fazendo um balanço das atividades realizadas nos últimos anos. A ex-secretária Sabina da Silva Turbay despede-se da pasta comemorando o bom andamento dos trabalhos realizados desde 2005, mas ainda com o sentimento de que há muito o que fazer.

“Lutar pela melhoria da educação é uma trabalho permanente dos professores compromissados com a educação pública de qualidade, e por isso deixar a secretaria não significa deixar a luta”, diz Sabina.

Sindicalizada há mais de 50 anos e com participação ativa durante todo esse período, a professora destaca como trabalhos mais relevantes do seu período a participação da Secretaria em todo o processo de criação do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Curitiba, assim como de vários outros municípios do Estado.

Sabina lembra que o trabalho desenvolvido junto aos municípios para a criação dos con-selhos foi de fundamental importância para o crescimento político da categoria, que poderá atuar mais ativamente junto a estes novos órgãos nos municípios do Estado.

Também merece destaque a participação da Secretaria nos eventos dos Núcleos Sindi-cais de todas as regiões do Estado, onde foi realizada uma significativa integração com a categoria. A APP-Sindicato definiu no último Congresso Estadual a realização de Encontros Estaduais em todos os anos pares e encontros

regionais nos anos ímpares, ou seja, em 2009 serão realizados os encontros regionais.

O Encontro Estadual de 2008 foi um dos mais importantes eventos da categoria nos últimos anos, comemora Sabina. Dos dias 1º a 3 de julho, na Praia de Leste, mais de 250 representantes dos Núcleos Sindicais do Es-tado, discutiram vários assuntos de interesse dos aposentados, como a obtenção de melhor qualidade de vida para todos.

Finalizando, Sabina cita a importância da pesquisa realizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e Dieese: “Onde anda você?” No Paraná, a pesquisa foi coordenada pela Secretaria dos Aposentados da APP nos 29 Núcleos Sindi-cais. A pesquisa revelou que os aposentados se mantém engajados na luta sindical; são sindicalizados (97,1%), militantes (46,7%) e participam frequentemente das atividades da APP (65%).

Próximas atividades - A nova secretária de Aposentados, Tomiko Kiyoku Falleiros, está se ambientando na nova função, mas já tem agendadas várias atividades de importância para a categoria. Ela participa do Coletivo Nacional de Aposentados, em Brasília, nos dias 10 e 11 de novembro, onde fará apresentação da análise da pesquisa da CNTE realizada no Paraná. Na ocasião

novembro, em Cornélio Procópio, da V As-sembléia do Fórum Paranaense do Idoso. De acordo com Tomiko, este final de ano será de cumprimento da agenda já estabelecida na gestão anterior. A partir da especificação das diretrizes da nova gestão, que deverá ser definida no final de novembro, será divulgado o programa básico da Secretaria de Aposen-tados para os próximos anos.

será feito uma análise geral da pesquisa em nível nacional.

De 19 a 23 de novembro, a Secretaria estará representada no Encontro Regional de Aposentados do Núcleo Sindical Curitiba Norte, em Itapoá. De 17 a 23 de novembro o Encontro Regional de Aposentados será do Núcleo Sindi-cal de Umuarama, que acontece em Guaratuba. A secretária também participa, no dia 18 de Mental Preventiva para professores, ainda não

foi sancionada, e a de redução de jornada de trabalho para os servidores responsáveis por pessoas com deficiências (Lei 15000/06), que beneficia mães ou responsáveis com metade da carga horária, sem prejuízo da remuneração, voltada para a dedicação ao acompanhamento do deficiente.

No entanto lembrou que projetos impor-tantes foram vetados. “O governo impediu a redução do número de alunos por turma. Ele vetou o projeto de lei 486/05 da deputada Luciana Rafagnin. O projeto, que previa o limite de 20 alunos por sala para a educação infantil; 25 para 2ª as 4ª series, 30 para 5ª a 8ª series e 35 para o ensino médio, reduziria muitos problemas de saúde, mas foi engave-tado”, finaliza.

Outra ação que ganhará foco é a prevenção dos problemas. A nova secretaria contará com o trabalho do Técnico em Segurança do Trabalho da APP-Sindicato, Edevalter Bueno, que já tem feito atividades referentes ao tema em vários municípios. De acordo com Bueno, as doenças nos profissionais de educação afetam em maior parte os professores. São problemas de ordem psicológica como estress, depressão, síndrome de Burnout. “A pessoa que está depressiva pode trabalhar legal? Não. O seu mal estar prejudica a eles e aos alunos, mas por conta da pressão social, do compromisso com o trabalho a pessoa vai postergando o tratamento e quan-do vê esta numa depressão profunda, ou seja, com a chamada síndrome de Burnout e passa

a ver tudo de forma negativa”, aponta. O técnico diz que, apesar de a Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores em EducaConfedera-ção (CNTE) apontar dados de que 37% das vitimas do Bournout são professores, não há um diagnóstico da doença. “Ninguém detecta. E se diagnosticar a síndrome como doença do trabalho, os processos não são reconhecidos legalmente”, constata.

Outra questão apontada é a falta de infor-mação dos educadores sobre a Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT). Nos locais onde faz o curso, Bueno coletou informações de que apenas 78 pessoas que sabiam da necessida-de necessida-de registrar o CAT “Esses problema ocorrem porque nem todo lugar tem conhecimento do procedimento que deve tomar. As escolas também não informam porque quanto mais se sabe mais, mais se cobra”, afirma.

De acordo com o Bueno, um levantamento registrado em dezembro de 2007 apontou que 1800 trabalhadores da educação estão afas-tados para tratamento de saúde. “Considero um número baixo, mas seria muito maior se não fosse o medo dos educadores em pegar atestado, licenças médicas. Elas procuram trabalhar doente para não submeter às licenças que são de direito”, afirma.

Síndrome de Burnout - termo que na gíria inglesa significa “combustão completa” é também um termo psicológico utilizado para descrever a exaustão – física mental e emocio-nal - prolongada e a diminuição de interesse, sobretudo em relação ao trabalho. Ganhou

es-paço na literatura médica na década de seten-ta, em estudos feitos nos Estados Unidos com profissionais de saúde, e indica uma resposta emocional e física ao estresse ocupacional crônico. Estes e outros esclarecimentos sobre as doenças dos trabalhadores em educação estarão registrados em uma cartilha que a APP lançará em breve.

Cartilha orientará educadores sobre a questão da saúde

Foto: Guilherme Artigas

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