1
Voluntariado
e Protecção Civil
26JUN2015 V Jornadas – NOVOS PARADIGMAS DA PROTEÇÃO
CIVIL cdos.porto@prociv.pt www.prociv.pt 2
1.Enquadramento Legal;
2. Responsabilidades;
3. O Voluntariado;
4. Síntese histórica do Voluntariado;
5. O Voluntariado em Proteção Civil.
3
Voluntariado está organizado,
legislado e tem um grande impacto
na Sociedade ultrapassando em muito
a vertente de caridade – vertente
muito desenvolvida pelo Cristianismo,
mas que hoje é transversal a
todas as áreas
.
Enquadramento Legal
Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro
Estabelece as bases do enquadramento jurídico do voluntariado
Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro
Regulamenta a Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro, criando as condições que permitam promover e apoiar o voluntariado
Resolução de Conselho de Ministros n.º 50/2000,
de 30 de Março (publicada no D.R., II série, n.º94)
Define a composição e o funcionamento do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado
5
Decreto-Lei n.º 40/89, de 12 de Fevereiro
Institui o seguro social voluntário, O seguro social voluntário foi objecto de adaptação ao voluntariado pelo Decreto-Lei n.º 389/99 de Setembro
Decreto-Lei n.º 176/2005, de 25 de Outubro
Altera o n.º 1 do art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro
Portaria n.º 87/2006, de 24 de Janeiro
Aprova o Modelo de Cartão de Identificação do Voluntário
Enquadramento Legal
6
É da responsabilidade de todos atuar em caso de catástrofe, bem como a prevenir.
Sistema Nacional de Protecção Civil (Lei de Bases) Prioridade (prossecução do interesse público) Prevenção (riscos considerados antecipadamente)
Precaução (medidas antecipadas q reduzam o impacto dos riscos) Subsidariedade (proximidade)
Cooperação (trabalho em rede, com todos, para todos) Coordenação (articulação na execução de ações) Unidade de Comando (Comando Único)
Informação (antes, durante e depois)
7
Gabinete de Cidadania e Conhecimento
Criar e dinamizar uma rede de voluntariado de Proteção Civil ;
Organizar e manter atualizado um registo de organizações de voluntariado de proteção civil e outros organismo da sociedade civil com relevância na prossecução dos fins da proteção civil;
Conceber, coordenar, desenvolver e implementar projetos educativos, dentro e fora do contexto escolar, com vista à sensibilização da população docente e discente infantil, juvenil, em ligação com os demais agentes no sector;
Estabelecer medidas de cooperação com serviços municipais de proteção civil e outras entidades para o desenvolvimento de projetos na área da educação para os riscos colectivos.
Responsabilidades
Responsabilidades de todos os cidadãos Informar e Ser informado Socorrer e Ser socorrido Alertar e Ser alertado Proteger e Ser protegido
Responsabilidades
9
Todos Nós – cidadão conscientes e solidários
As FAMÍLIAS organizadas de forma simples para prevenir riscos e responder a emergências
As EMPRESAS – planos de emergência internos (elaborados e praticados!).
A ESCOLA - Cultura “activa” de segurança: prevenção e protecção
Os Edifícios – Normas de sinalização, alerta, aviso e evacuação
COMUNICAÇÃO SOCIAL- Informação orientada
para a sensibilização, esclarecimento e formação das populações; Alerta das populações
Responsabilidades
10
O Voluntariado
Voluntariado é um conjunto de acções de interesse
social e comunitário realizadas, de forma gratuita e desinteressada, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas.
11
O voluntário é aquele que realiza acções de
voluntariado
no
âmbito
de
uma
organização
promotora
(“entidades
públicas de administração central, regional
e local ou de outras colectivas de direito
público
ou
privado,
legalmente
constituídas, que reúnam condições para
integrar voluntários e coordenar o exercício
da actividade”) [art.º 3.º, Lei n.º 71/98].
O Voluntariado
Ser Voluntario é ser solidário com os outros indivíduos, este conceito acompanhou a evolução dos tempos, hoje em dia esta actividade é globale individual.
É Global
Porque as Organizações Não Governamentais (ONG)
proliferam pelo mundo.
Em zonas de conflito e/ou catástrofe é por vezes mais
difícil coordenar estas Organizações do que o sinistro
propriamente dito.
13 É Individual porque o Homem está a ser o centro de todas as atenções. Com a globalização as fronteiras
passaram dos estados para o indivíduo, as
preocupações e finalidade dos Estados é garantir a
Segurança e bem estar das suas populações. Aqui a
segurança do grupo perde prioridade e ganha prioridade a segurança individual a todos os níveis.
Um Estado Social não consegue garantir essa função na sua plenitude, sendo este espaço naturalmente ocupado pela Sociedade Civil que se organiza respondendo ás suas necessidades, que não são cobertas pelos Estados. Através do VOLUNTARIADO
O Voluntariado
14 Princípios Princípios Princípios Princípios Participação Participação Participação Participação Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade Solidariedade Solidariedade Solidariedade Solidariedade Cooperação Cooperação Cooperação Cooperação Gratuitidade Gratuitidade Gratuitidade Gratuitidade Convergência Convergência Convergência ConvergênciaPrincípios orientadores do Voluntariado
15
A origem do trabalho Voluntário confunde-se
com
a
história
da
humanidade
e
da
organização do Homem como elemento de
uma Sociedade.
O núcleo básico da Sociedade é a família e
desde os tempos mais remotos é essa família que
cuidou dos mais fracos, doentes, órfãos, velhos, etc.
Síntese histórica do voluntariado
Com o evoluir das sociedades na Antiguidade, este apoio voluntário alargou-se – Há registos de leis no antigo Egipto, Índia, Grécia e China que
encorajavam o apoio social com trabalho voluntário.
Com os Judeus este conceito foi sendo mais enraizado já que estes promoviam a ideia que “os pobres tinham direitos e os ricos tinham
deveres”.
17
É pela mão do Cristianismo que nascem as primeiras
organizações de apoio aos necessitados e indigentes, (No Sec XIII em Veneza e no Sec XV em Portugal, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa).
A situação foi evoluindo até aos nossos dias onde o Voluntariado está organizado e legislado e tem um
grande impacto na Sociedade ultrapassando em muito a vertente de caridade – vertente muito desenvolvida pelo Cristianismo, mas que hoje é transversal a todas as áreas.
Síntese histórica do voluntariado
18
O Voluntariado tem um incremento em situações de crise, ou quando o Estado não dá resposta.
Em 1681 pela Câmara Municipal de Lisboa foi adquirido á Holanda a primeira bomba – os Homens que operavam a bomba, passaram a chamar-se BOMBEIROS
Como os meios e recursos eram escassos para socorrer a população, Guilherme Cossoul criou o primeiro Corpo de Bombeiros Voluntários – Lisboa para compensar as
dificuldades e responder às necessidades da população da Cidade.
19
Estes Corpos de Bombeiros Voluntários
foram proliferando pelo Pais até ao número
de cerca de 450 Corpos de Bombeiro
Num total de 58.226 bombeiros, sendo
Voluntários cerca de 45.000.
Síntese histórica do voluntariado
Comitê Internacional da Cruz Vermelha em 1863 – assistência aos feridos em batalha…
Escutismo – 1905 - Robert Baden-Powell, Lema: “Be Prepared” (Sempre Alerta!)
Misericórdias – Visão assistêncialista
Bombeiros – “O fogo sempre foi uma séria ameaça…” – AHBV de Lisboa ONG´s - anos 70, promoção de projectos de luta contra a pobreza; Projetos
História – O “voluntariado de protecção civil” centrado tradicionalmente na resposta;
21
Voluntariado no Mundo
A prestação de serviço por Voluntários no mundo, chega em alguns países, a ser 5% do PIB. Na Europa ocidental por ex: em 1995 ultrapassou os 500M€/ano nos EUA 650 M€ e no Japão 300 M€.
Em 1970 a ONU criou um programa para o Voluntariado, em 1981 a Comunidade Europeia promulgou os Estatutos do Voluntário, em 1985 a ONU instituí o dia 5 de Dezembro como o Dia Internacional do Voluntário.
O Voluntariado em Proteção Civil
22
Voluntariado no Mundo
Refiro as Organizações internacionais mais conhecidas Cruz Vermelha, Greenpeace, Amnistia Internacional, WWF.
Estima-se que em 2003, a titulo de exemplo, na Irlanda 33% da população desenvolve voluntariado, Peru 31%, Japão 26%, Holanda 24%, Argentina 20% e México 10%.
23
Em Portugal
Temos a criação dos Bombeiros Voluntários há mais de 600 anos e as Santas Casas de Misericórdias há cerca de 500.
Estima-se que existam 1,5 Milhoes de Voluntários sendo que 500 Mil estão sempre activos e 1 Milhão
colaboram ocasionalmente. Só nas IPSS colaboram 25.000 e ao serviço dos Bombeiros cerca de 45.000 no país.
No Instituto Português para o apoio ao desenvolvimento estão inscritas 160 ONG’S.
O Voluntariado em Proteção Civil
Bancos Locais de Voluntariado Total: 91 + 50 em fase de implementação Fonte: CNPV - 2011 2 7 2 1 11 9 3 6 6 4 5 3 6 1 14 1 5 1 4
25
Associações diversas com as mais variadas valências!
HOJE – O “voluntariado de protecção civil” Novas abordagens
socorrismo
rádio amadorismo
ciência / intervenção social resgate em montanha busca e salvamento cinotécnia salvamento aquático arquitectura sensibilização da população informação – escolas …
O Voluntariado em Proteção Civil
26 Inspirado na experiência da Estónia (2008), “Iniciativa exemplar pelo grau de mobilização coletiva em torno de uma causa ambiental…” (CNPV)
8 meses de preparação
280 coordenadores a nível nacional 1 dia de execução
27
Se é possível nos defendermos do frio ou do calor, se é possível desviar leitos de rios, fazer barragens, se é possível mudar o mundo que não fizemos, o da natureza, por que não mudar o mundo que fazemos, o da cultura, o da história, o da política?
(Paulo Freire, 2000)