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1. Trabalho de pesquisa realizado na Sub-Bacia do Rio Pato Roxo Acadêmico de Engenharia Civil Fábio Preis (2009)

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1. Trabalho de pesquisa realizado na Sub-Bacia do Rio Pato Roxo – Acadêmico de Engenharia Civil Fábio Preis (2009)

ESTUDO DE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS BIODIGESTORES, EM PROPRIEDADES DA BACIA HIDROGRAFICA

DO RIO PATO ROXO Introdução

Neste trabalho foi realizado um levantamento das propriedades rurais na Sub-Bacia do Rio Pato Roxo, com a finalidade de levantar dados para implantação de um sistema para armazenar o biogás a fim de ser aproveitado como fonte de energia para a propriedade. Como a suinocultura é a principal fonte de renda na maioria das propriedades nesta Sub-Bacia, são produzidos grandes quantidades de dejetos, o que compromete a água subterrânea se não for feito tratamento adequado.

O estudo em questão foi desenvolvido, tendo em vista o potencial suinícola, em especial, dos produtores da Sub-Bacia do Rio Pato Roxo, onde os produtores possuem sistemas de coleta e armazenagem dos dejetos em esterqueiras, sem, no entanto utilizarem a energia possível de ser gerada por meio do biodigestor.

O presente trabalho identificou as propriedades da Bacia do Pato Roxo, que possuem potencial para substituir o atual sistema de armazenamento dos dejetos (esterqueiras), pela implantação de biodigestor, obtendo como benefícios o fertilizante e a possibilidade do biogás como fonte de energia dentro da propriedade.

Área de Estudo

A Sub-Bacia do Rio Pato Roxo, encontra-se quase que em sua totalidade no município de Lacerdópolis, e contando também com áreas nos municípios de Joaçaba, Ouro, Jaborá e Erval Velho, com área de 51,43 Km², tendo como principais rios o Rio do Burro, e o Rio Caciano, que ao se encontrar formam o Rio Pato Roxo que deságua no Rio do Peixe.

A maioria das propriedades se encontra nas proximidades dos rios formadores desta bacia, e isto se torna um grave problema para a região, visto a quantidade de dejetos suínos produzidos. Todos produtores querem permanecer na atividade suinícola, uma vez que esta representa a principal fonte de renda das famílias, ao mesmo tempo que querem obedecer a legislação ambiental existente. Segundo os próprios agricultores a intenção é melhorar a qualidade das águas dos rios da região, sem diminuir o potencial produtivo das propriedades.

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Figura 1 – Sub-Bacia do Rio Pato Roxo

Metodologia Aplicada

Identificadas as propriedades, foi elaborada uma entrevista, que foi feita aos suinocultores in loco, juntamente com a entrevista foi realizado um registro fotográfico, com fotos de cada propriedade, bem como da esterqueira encontrada em cada uma.

Foi realizada a compilação de dados, para obtenção das informações necessárias para avaliação do estudo de viabilidade de implantação de sistemas biodigestores nas propriedades visitadas.

Realizou-se um estudo juntamente com a EPAGRI Lacerdópolis, onde o teve-se auxílio no processo de teve-seleção das propriedades para estudo. Levou-teve-se em consideração pontos críticos no ponto de vista ambiental, bem como a proximidade da esterqueira com o rio, e o tamanho do plantel de suínos de cada propriedade, a partir destes critérios foram selecionadas as seguintes propriedades representadas abaixo.

Para obtenção dos dados da pesquisa, visitou-se 18 propriedades. Analisou-se dimensões da propriedade, distância do da esterqueira até o rio, número de suínos, gado de leite e de corte, área de lavoura e pastagem, integrantes da família, consumo de gás e consumo de energia elétrica ao mês.

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Para não comprometer os proprietários, cada propriedade será representada por um número, o qual irá varia de 1 a 18, a mesma representa a ordem de propriedade visitada. Na figura 3 está representada a posição as propriedades da Sub-Bacia do Rio Pato Roxo.

Figura 3 – Posição das propriedades na Sub-Bacia

Na tabela 3 estão representadas as propriedades em sua comunidades

Tabela 2 – Propriedades e sua localização

N° da ordem de visita Comunidade

1 São Roque 2 São Roque 3 São Roque 4** São Roque 5 São Roque 6 São Roque 7 São Braz 8 São Braz 9 Santo Antônio 10 Santo Antônio 11 Santo Antônio 12 Santo Antônio 13 Santo Antônio 14 São Roque 15 São Braz 16 São Braz 17* São Roque

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** Propriedade com dois pontos marcados pontos “4ª” e “4B”.

Levantamento e compilação de dados

A figura 4 está representado o tamanho das propriedades. As propriedades visitadas são de pequeno porte, com média de 32ha.

0 20 40 60 80 100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 (h á) Propriedade

Tamanho das Propriedas

Figura 4 – Tamanho das Propriedades

Na figura 5, é demostrado a distância da propriedade até as margens do rio mais próximo. Percebe-se que em algumas propriedades a distância bem próxima ao rio. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 (m ) Propriedade

Distância da Esterqueira até o Rio

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Algumas propriedades possuem criação de suínos para matriz e engorda, porém, a principal atividade é de engorda como pode ser observado na figura 6. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 (u n id ad e ) Propriedade

Número de Suínos

Matriz Engorda

Figura 6 - Número de suínos em cada propriedade

Além da produção suína, muitas propriedades possuem atividade voltada a criação de gado, tato para produção leiteira como para corte. A maioria delas usa essa atividade para gado de leite e dessa forma aumentando a renda familiar. A distribuição está representada na figura 7

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 (u n id a d e ) Propriedade

Número de Gado

Gado de Leite Gado de Corte

Figura 7 - Número de criação de gado em cada propriedade

A figura 8 representa a relação entre área total e área destinada ao uso de pastagem e lavoura.

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0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 (h a) Propriedade

Área de Lavoura e Pastagem

Áreas total

Áreas lavoura e pastagem

Figura 8 – Área de total de lavoura e pastagem de cada propriedade

O consumo de gás liquefeito de petróleo nas propriedades em geral é pequeno, na maioria não chegando a 0,2m³/mês, como representado na figura 9. 0 0,2 0,4 0,6 0,81 1,2 1,4 1,6 1,82 2,2 2,4 2,6 2,8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 (m ³/ m e s) Propriedade

Consumo de gás GLP ao mês

Figura 9 – Consumo de gás GLP ao mês em cada propriedade

O gráfico 10 demostra o consumo de energia elétrica ao mês por propriedade, varia de 190 a 1500 Kwh/mês, tirando a propriedade 11 que o consumo é mais elevado.

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0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250 2500 2750 3000 3250 3500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 (K w h /m e s) Propriedade

Consumo de energia elétrica ao mês

Figura 10 – Consumo de energia elétrica ao mês em cada propriedade

De posse de todos os levantamentos, fez-se uma simulação para o calculo de equivalência de biogás em comparação com energia elétrica. A figura 11 representa o comparativo entre o potencial de produção de biogás e o consumo de energia elétrica em cada propriedade. Percebe-se que a relação é maior que um e chegando até a valore de 70,3. Dessa forma além de suprir o consumo próprio pode ser usado para abastecer a concessionária local de energia elétrica. 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0 75,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Propriedade

Relação entre potencial de Geração de

Enegia Elétrica por cosnumo atual

Figura 11 – Relação entre o potencial de geração de biogás e o consumo de energia elétrica em cada propriedade

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Conclusão

A suinocultura na sub-bacia do Pato Roxo, município de Lacerdópolis – SC., está totalmente atrelada aos sistemas de integração das agroindústrias, causando com isso uma dependência econômica e mesmo a definição do tamanho das criações por parte das agroindústrias e não pelo produtor.

Com a grande concentração de suínos por propriedade, faz-se necessário também, a adequação da propriedade na legislação ambiental, viabilizando assim a atividade.

A suinocultura ainda é a principal fonte de renda da maioria dos estabelecimentos pesquisados, de forma que deve haver um perfeito equilíbrio entre o sistema de produção, o uso da mão de obra familiar e as questões ambientais, caso contrário a atividade não se viabiliza, podendo promover o êxodo rural.

Os sistemas de criação de suínos atualmente utilizados, quer seja, ciclo completo, produção de leitões ou terminação, são todos de médias a grandes, comparando com o tamanho médio das propriedades da região. Estas criações produzem uma quantidade de dejetos muito grande, ou seja, em muitos casos, maior que a disponibilidade de lavoura para lançar os biofertilizantes.

Os sistemas de armazenagem utilizados, esterqueiras, servem apenas de depósito, não possibilitando o uso da energia, possível de ser gerado, caso estivesse instalado um biodigestor.

A implantação de biodigestores é viável em todas propriedades visitadas e pode contribuir, para equilibrar o meio ambiente, produzir energia para ser utilizada na propriedade, proporcionando assim um maior retorno econômico , promovendo um melhor bem estar da família no meio rural, uma melhor saúde e satisfação das pessoas que trabalham na atividade.Somente desta forma as propriedades rurais serão auto-sustentáveis em relação a energia utilizada quer seja, principalmente a elétrica, gás.

Pelas visitas realizadas nas propriedades, pode-se afirmar que na sua totalidade, seus proprietários, querem o mais breve possível, resolver os problemas ambientais, sendo o biodigestor um grande aliado. Além do ganho com a energia produzida deve-se considerar o ganho ambiental, pois a queima do biogás reduz a quantidade de gases que causam efeito estufa, pela emissão de metano na atmosfera.

Propõe-se ainda, que os agricultores, busquem junto aos fomentos das agroindústrias, maiores informações e subsídios em relação aos programas existentes, tanto programas das próprias agroindústrias, como do governo, pois assim estariam sendo minimizados os custos de implantação de biodigestores. Propõe-se a transformação das esterqueiras em biodigestores, por apresentar viabilidade técnica e econômica, e assim podem contribuir para transformar o problema dos dejetos suínos em um beneficio, que é a produção de energia.

Referências

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