INFORME ECONÔMICO
11 de setembro de 2015RESENHA SEMANAL E PERSPECTIVAS
Mercado de trabalho norte-americano continua melhorando. No Brasil, a menor pressão dos alimentos beneficiou a inflação de setembro.
Nos EUA, indicadores do mercado de trabalho sinalizam novo recorde de vagas disponíveis e o núcleo do PPI registrou a terceira alta seguida. O número de postos de trabalho abertos e não
preenchidos atingiu 5,8 milhões em julho, sendo o maior patamar da série histórica. A taxa de abertura de vagas, que calcula o número de vagas abertas em relação ao emprego total da economia, acelerou de 3,6% para 3,9%, na passagem de junho para julho, sendo que esse patamar ultrapassou o recorde anterior observado em janeiro de 2001 (3,8%). Este indicador é defasado em um mês na comparação com o relatório (oficial) do mercado de trabalho, mas a presidente do FED, Janet Yellen, o considera um importante índice para avaliar a efetiva disponibilidade de vagas e, conforme exposto acima, os resultados de julho representam mais um elemento a favor do início da normalização de juros na reunião do FOMC em 17 de setembro (próxima semana). Em agosto, os preços no atacado (PPI) registraram estabilidade na margem e deflação de 0,8% em termos anuais. Esta deflação tem sido influenciada pelo comportamento dos preços de energia (-3,3%), refletindo principalmente a queda de preço da gasolina (-7,7%). Entretanto, quando excluímos os preços de energia, a inflação no atacado segue bastante firme: o núcleo do PPI (ex-alimentos e energia), registrou inflação de 0,3% em agosto na margem, e esta foi a terceira alta seguida deste indicador. Nos últimos três meses, o núcleo do PPI registrou alta de 3,4% em termos anualizados até agosto, e reverteu a forte deflação de 1,5% observada até março, na mesma base de comparação. Esta pressão altista vinda do núcleo dos preços atacadistas tem impacto na inflação de serviços, que registrou alta de 0,4% na margem.
3.1 4.6 2.1 5.8 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0
EUA - Postos de trabalho abertos (milhões de empregos disponíveis)
Fonte: Bloomberg 3.4 2.7 2.4 3.1 3.2 1.7 2.6 3.9 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5
Taxa de abertura de postos de trabalho (% sa)
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maior contribuição das exportações líquidas, que compensou o menor crescimento dos investimentos no segundo trimestre. As exportações registraram forte crescimento beneficiadas pela depreciação do euro dos meses anteriores, enquanto as importações registraram queda. A demanda doméstica desacelerou na passagem do primeiro para o segundo trimestre, e sua contribuição passou de 0,6 p.p. para 0,2 p.p. para o crescimento do PIB no período. Essa menor contribuição deveu-se a queda dos investimentos de 0,5%, em termos dessazonalizados. Os primeiros indicadores da indústria do terceiro trimestre trouxeram desempenho misto entre os países da Zona do Euro. A produção industrial de julho da Alemanha cresceu 0,7% na margem, e foi ligeiramente mais fraca que o esperado. Houve queda da produção de não duráveis e intermediários, mas crescimento da produção de bens duráveis e bens de capital. Em sentido oposto, a produção industrial da Itália surpreendeu positivamente e cresceu 1,1% na margem. O destaque foi para a produção de energia, que teve forte alta de 7,1% na margem em julho.
Na China, a inflação ao consumidor acelerou em agosto com a maior pressão de alimentos e o governo elevou a liquidez com novas medidas de redução dos compulsórios. A inflação ao
consumidor (CPI) acelerou de 1,6%, em julho, para 2,0%, em agosto, em termos anuais devido à maior pressão de preços de alimentos, que foi muito concentrada em itens como carnes. A inflação excluindo-se alimentos registrou alta de 1,1% em agosto, e indica que a tendência dos preços é de inflação moderada. Com a aceleração da inflação cheia e a queda da taxa de juros de depósito de 1 ano, a taxa de juros real ficou negativa pela primeira vez em 22 meses. Porém, como a meta de inflação chinesa é de 3,0% ao ano e o núcleo de inflação está bem comportado, o Banco Central tem espaço para continuar estimulando a economia através da política monetária. Com o objetivo de elevar a liquidez da economia, o Banco Central chinês alterou a regra de compulsórios para os grandes bancos e concedeu maior flexibilidade a exigência do patamar de compulsório dessas instituições, o que deve permitir que a taxa atual de compulsório de 18% seja reduzida em até 1,0% devido às novas regras de recolhimentos que entrarão em vigor a partir do dia 15 de setembro. Com essa medida, estima-se que cerca de US$ 190 bilhões de liquidez será disponibilizada para a economia.
-0.4 -0.2 0.4 0.2 0.2 0.2 0.1 0.3 0.4 0.5 0.4 0.4 0.4 -0.6 -0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 D ec -12 Ma r-13 Ju n-13 Se p-13 D ec -13 Ma r-14 Ju n-14 Se p-14 D ec -14 Ma r-15 Ju n-15 Se p-15 D ec -15
Zona do Euro - PIB (% T/T)
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Na América Latina, o Banco Central do Peru (BCRP) surpreendeu o mercado e elevou a taxa de juros em 25p.b. O BCRP elevou a taxa básica de juros de 3,25% para 3,50%. A inflação
persistentemente acima da meta e o recente movimento de desancoragem das expectativas inflacionárias no médio prazo foram os elementos motivadores da elevação. O Peru é o primeiro país andino a iniciar o processo de normalização dos juros. Chile e Colômbia já deram sinais de que o aumento de juros é muito provável nas próximas reuniões. Outro dado relevante foi a divulgação do PIB do 2º trimestre na Colômbia que indicou expansão de 3% da economia em termos anuais, levemente acima do consenso (2,9%) e do resultado anterior (2,8%). A despeito do choque do petróleo, a desaceleração da economia colombiana tem se mostrado mais gradual do que o esperado, o que tende a manter a inflação pressionada no país.
No Brasil, a inflação ao consumidor de agosto recuou como esperado devido à sazonalidade favorável de alimentos. O IPCA de agosto registrou alta de 0,22%, em linha com a nossa
expectativa que era alta de 0,23%. As deflações de alimentos e transportes foram os principais itens que explicam essa desaceleração. Os núcleos de inflação desaceleraram, mas mantiveram-se em patamares elevados na comparação anual e registram alta de 7,8%. A inflação de serviços também não registrou maiores alterações e permanece em alta de 8,3% na comparação anual. Nossa expectativa é que o IPCA de setembro registre alta de 0,45%.
9.53% 15.75% 7.68% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 8 8 9 9 0 0 l-1 1 2 2 3 13 14 5 5 Brasil - IPCA (12 meses)
(decomposição) Fonte: IBGE, BCB 6.1% 6.4% 6.8% 7.8% 6.0% 6.5% 7.0% 7.5% 8.0%
Brasil - IPCA (Média dos Núcleos A/A)
Fonte: IBGE, BRAM 15.50 21.50 20.00 18.50 18.00 13.50 19.50 18.00 16.50 16.00 11.00 13.00 15.00 17.00 19.00 21.00 ag o -08 fe v-09 ag o -09 fe v-10 ag o -10 fe v-11 ag o -11 fe v-12 ag o -12 fe v-13 ag o -13 fe v-14 ag o -14 fe v-15 ag o -15
China - Taxa de Depósito Compulsório Grandes vs. Pequenas e Médias Instituições
Grandes Instituições Pequenas e Médias Instituições
Fonte: CEIC -8.0 -6.0 -4.0 -2.0 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 ja n-10 m ai -10 se t-10 ja n-11 m ai -11 se t-11 ja n-12 m ai -12 se t-12 ja n-13 m ai -13 se t-13 ja n-14 m ai -14 se t-14 ja n-15 m ai -15 se t-15 China - Inflação PPI (% A/A) CPI (% A/A) Meta Oficial (2015 = 3,0%)
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cenário de referência, e indicam que, apesar da piora dos preços dos ativos e a deterioração do balanço de riscos, uma reação do banco central ainda não parece iminente. A possível explicação para a projeção de 2016 ter recuado, apesar da grande depreciação do câmbio, é o maior hiato do produto estimado após a divulgação da contração da economia no segundo trimestre. Esse maior hiato deve ter compensado os efeitos inflacionários da depreciação do câmbio entre as reuniões. Já as projeções de inflação para 2015 registraram elevação na comparação com a reunião anterior, em ambos os cenários, e continuam acima do centro da meta. O cenário de referência baseou-se no câmbio a R$ 3,55 / US$ e taxa Selic estável em 14,25% a.a. No cenário de mercado, a projeção para 2016 manteve-se estável e acima do centro da meta. Em resumo, manteremos nosso cenário base de estabilidade da taxa Selic até o final de 2015 (14,25% ao ano), mas, conforme o exposto acima, o risco de aumento da taxa Selic nas próximas reuniões se elevou e está condicionado à resposta fiscal que o governo dará para reequilibrar o superávit primário.
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) decidiu exercer o viés negativo e rebaixar o rating soberano do Brasil. Com a decisão da agência, o país perdeu a classificação de
grau de investimento para o rating da dívida externa. Assim, a nota de crédito passou de BBB- para BB+ com viés negativo, o que significa que há o risco de novas reavaliações no período de 6 a 12 meses à frente. A agência S&P justificou o rebaixamento da nota devido à deterioração fiscal exposta no envio de um orçamento deficitário para 2016 pelo governo, o que significaria três anos consecutivos de déficits primários e dívida pública crescendo se novas medidas de receitas e despesas não forem tomadas. É importante lembrar que as demais agências de risco (Moody’s e Fitch) ainda mantém o Brasil na classificação de grau de investimento. A resposta do governo à questão fiscal deverá definir a evolução da nota de classificação de risco pela S&P e as demais agências, e assim torna-se primordial o encaminhamento de novas medidas fiscais que garantam o equilíbrio orçamentário e a geração de superávits primários condizentes com a sustentabilidade da dívida pública no médio prazo.
Na próxima semana, o grande destaque da agenda internacional é a reunião do FED, que anunciará a decisão na quinta-feira. A nossa expectativa é que o início do processo de
normalização das taxas de juros ocorra nessa reunião. Apesar do aperto, acreditamos que o FED será muito cauteloso em transmitir uma mensagem de aperto gradual, e que será condicionado pela evolução dos dados econômicos. Além da reunião do FED, serão divulgados os dados das vendas do varejo, produção industrial, da inflação (CPI) e das novas construções referentes todos ao mês de agosto. Na Zona do Euro, serão divulgados a produção industrial de julho e a prévia da inflação ao consumidor de agosto. Na China, serão divulgados a produção industrial, as vendas do varejo e os investimentos referentes ao mês de agosto. No Brasil, o destaque da agenda é a divulgação das vendas do varejo de julho, que estimamos contração de 0,9%, na margem, para vendas excluindo-se automóveis.
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INDICADORES DE MERCADO
14.46 15.16 15.11 14.50 15.04 15.01 14.0 14.2 14.4 14.6 14.8 15.0 15.2 15.4DI Jan16 DI Jan17 DI Jan21
Estrutura a Termo de Juros no Brasil (Vértices DI) - % 11-set-15 4-set-15 6.76 7.54 7.50 7.58 6.2 6.4 6.6 6.8 7.0 7.2 7.4 7.6 7.8 NTN-B 2017 NTN-B 2024 Yield da NTN-B (%) 11-set-15 4-set-15
Cotação Variação Semanal Mês Ano 12 Meses
Franco Suíço 0.97 0.25% -5.3% 2.5% -3.5% Euro 1.13 1.68% 0.4% -6.3% -12.3% Libra 1.54 1.69% 2.4% -1.0% -5.1% Dolar Canadense 1.33 0.20% 4.0% 12.3% 16.8% Dolar Australiano 0.71 2.58% -8.7% -13.3% -22.1% Rublo Russo 67.83 0.98% 2.4% -11.7% -80.7% Iene (Japão) 120.58 -1.34% -2.6% -0.7% -12.6% Yuan (China) 6.37 -0.30% -2.0% -2.7% -4.0% India 66.54 -0.11% -7.6% -5.5% -9.2% Real 3.88 -0.99% -44.7% -46.1% -68.9% Peso Chileno 688.11 0.61% -8.4% -13.5% -16.7% Peso Mexicano 16.82 0.73% -12.3% -14.0% -27.1% Peso Colombiano 3043.00 2.66% -24.7% -28.0% -53.6% Sol Peruano 3.21 0.19% -4.9% -7.7% -12.3% Lira Turca 3.05 -1.29% -24.8% -30.5% -38.5% Bangladesh Taka 77.78 0.03% -0.4% 0.2% -0.5%
Cotação Variação Semanal Mês Ano 12 Meses
CRB 406.3 0.41% -4% -7% -16%
CRB (em Reais) 1563.9 0.57% 38% 34% 40%
Petróleo BRENT 48.2 -2.88% -19% -26% -55%
Libor USD 3m 0.34 0.00 8% 8% 10%
Libor EUR 3m -0.04 0.00 -9% -11% -12%
Título 10 anos Itália 1.83 -0.04 24% -6% -63%
Título 10 anos Alemanha 0.65 -0.02 35% 11% -39%
Título 10 anos EUA 2.18 0.06 54% 1% -37%
CDS Brasil 5 anos 395 16 168.07 197.77 256.71
VIX 24.2 -3.6 3.22 8.27 11.39
Cotação Variação Semanal Mês Ano 12 Meses
Moedas¹
Commodities, Juros e Risco
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CALENDÁRIO E PROJEÇÕES
Data Evento País Período BRAM Consenso Anterior
13/9 até 18/9
- Criação de empregos formais - CAGED Brasil Ago -- -- -158 mil
- Arrecadação Federal Brasil Ago -- -- R$ 104,87
- IBC-Br (M/M) Brasil Jul -- -- -0.58%
- IBC-Br (A/A) Brasil Jul -- -- -1.20%
Domingo 13-set
02:30 Vendas no Varejo (A/A) China Ago -- 10.60% 10.50%
02:30 Produção Industrial (A/A) China Ago -- 6.30% 6.00%
02:30 Investimento em ativos fixos urbanos (A/A) China Ago -- 11.20% 11.20%
Segunda 14-set
06:00 Produção Industrial (M/M s.a.) Z. Euro Jul -- 0.20% -0.40%
Terça 15-set
06:00 Índice ZEW de Sentimento Econômico Z. Euro Set -- -- 47.60
08:00 IGP-10 (M/M) Brasil Set -- 0.49% 0.34%
09:30 Vendas no Varejo (M/M) EUA Ago -- 0.40% 0.60%
09:30 Empire Manufacturing EUA Set -- 0.00% -14.92
10:15 Produção Industrial (M/M a.s.) EUA Ago -- -0.20% 0.60%
10:15 Utilização da capacidade instalada EUA Ago -- 77.80% 78.00%
Quarta 16-set
06:00 Preços ao Consumidor - CPI Núcleo (A/A) Z. Euro Ago -- 1.00% 1.00%
09:00 Vendas no Varejo (M/M) Brasil Jul -0.90% -1.00% -0.40%
09:00 Vendas no Varejo (Y/Y) Brasil Jul -2.80% -3.80% -2.70%
09:30 Preços ao Consumidor - CPI (M/M) EUA Ago -- -0.10% 0.10%
Quinta 17-set
09:30 Construção de casas novas EUA Ago -- 1155 mil 1206 mil
09:30 Novos Pedidos Seguro-Desemprego (Jobless Claims) EUA Set -- -- 275 mil
11:00 Sondagem Industrial - Filadélfia EUA Set -- 6.00 8.30
15:00 FOMC - Decisão da Taxa de juros EUA Set -- 0.25% 0.25%
Sexta 18-set
11:00 Indicadores antecedentes (M/M) EUA Ago -- 0.20% -0.20%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
PIB (% ao ano) 7.6% 3.9% 1.8% 2.7% 0.1% -2.5% -0.8%
Taxa de Inflação - IPCA (% a.a.) 5.9% 6.5% 5.8% 5.9% 6.4% 10.4% 6.3%
Taxa de Inflação - IGP-M (% a.a.) 11.3% 5.1% 7.8% 5.5% 3.7% 8.6% 6.4%
Taxa Selic (final do ano) 10.75% 11.00% 7.25% 10.00% 11.75% 14.25% 13.75%
Taxa Selic (média do ano) 10.00% 11.75% 8.46% 8.44% 11.02% 13.58% 14.21%
R$/US$ média do ano 1.76 1.67 1.95 2.16 2.35 3.32 3.93
R$/US$ final do ano (Média - Mês de Dezembro) 1.67 1.83 2.08 2.35 2.64 3.85 4.00
Exportações (US$ bilhões) 201.9 256.0 242.6 242.2 225.1 198.1 215.8
Importações (US$ bilhões) 181.6 226.2 223.1 239.6 229.0 186.5 190.3
Balança Comercial (US$ bilhões) 20.3 29.8 19.5 2.6 -3.9 11.6 25.5
Balanço em Conta-Corrente (US$ bilhões) -47.4 -52.6 -54.2 -81.2 -90.9 -65.0 -46.0
Balanço em Conta-Corrente (% do PIB) -2.3 -2.0 -2.2 -3.4 -4.2 -3.7 -2.9
Superávit Primário (% PIB) 2.6 2.9 2.2 1.8 -0.6 -0.2 0.5
Dívida Líquida (% PIB) 38.0 34.5 32.9 31.5 34.1 38.1 42.0
Dívida Bruta (% PIB) 28.1 29.6 35.5 36.1 36.7 64.5 68.6
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Tel.: 2178-6600
FERNANDO HONORATO BARBOSA
Economista-chefe
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