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GREVE - Perguntas frequentes

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Academic year: 2021

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GREVE - Perguntas frequentes

Por vezes, porventura procurando condicionar o direito à Greve, alguns serviços e/ou chefias informam incorrectamente os trabalhadores sobre os procedimentos a adoptar em dia de Greve. Para que não restem dúvidas sobre a forma de aderir à Greve e as suas consequências, respondemos a algumas das perguntas que mais frequentemente surgem:

1. Os trabalhadores têm de pedir autorização ou comunicar previamente a sua adesão à Greve?

- NÃO! Como é óbvio, a adesão à Greve não carece de autorização nem de comunicação prévia. Esta comunicação é feita pelos Sindicatos que, nos termos da Lei, entregam no Ministério, entre outros organismos, um Pré-Aviso de Greve.

Se as Chefias te perguntarem se “vais fazer greve ou não” não és obrigada(o) a responder ou podes dizer por exemplo “que estás a ponderar”.

Se as Chefias fizerem ameaças de qualquer tipo, deves contactar de imediato o Piquete de Greve ou o Sindicato, assim como para esclareceres dúvidas pontuais que possam na altura surgir.

2. Posso ser ameaçada(o) pelas chefias? Se for, o que devo fazer?

- NÃO, não pode haver ameaças! Caso aconteça, deve ser denunciado ao Sindicato ou à ACT, imediatamente, por forma a punir quem o está a fazer, inclusive com um processo-crime, conforme consta da Lei!

3. Tem de se ser sindicalizado para poder aderir à Greve?

- NÃO! De facto, só as organizações sindicais têm capacidade para convocar uma Greve; porém, fazendo-o, o Pré-Aviso entregue às entidades patronais abrange todos os profissionais, independentemente de serem ou não sindicalizados, ou de serem filiados noutro sindicato.

4. Posso ser prejudicada(o) pela Empresa por fazer greve ?

- NÃO! TODOS os trabalhadores incluindo os contratados a prazo, não podem ser alvo de manobras persecutórias, pois é nulo e de nenhum efeito o acto que implique coacção, prejuízo ou discriminação sobre qualquer trabalhador por motivo de adesão ou não à greve.

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5. Um trabalhador contratado a termo pode aderir à Greve?

- SIM! Qualquer trabalhador, qualquer que seja a sua situação profissional, pode aderir à Greve. Todos os trabalhadores sindicalizados ou não sindicalizados estão cobertos e protegidos.

6. É preciso assinar algum papel ou documento de adesão ou não à Greve?

- Ninguém tem que assinar qualquer papel ou documento, quer faça ou não greve. 7. Deve o trabalhador avisar antecipadamente a entidade empregadora da sua intenção de aderir a uma greve?

- NÃO, o trabalhador, sindicalizado ou não, não tem qualquer obrigação de informar o empregador de que vai aderir a uma greve, mesmo no caso deste lho perguntar. 8. Quem tem direito a fazer Greve?

- O direito à greve, consagrado na Constituição da República Portuguesa, é um direito de todos os trabalhadores, independentemente da natureza do vínculo laboral que detenham, do sector de actividade a que pertençam e do facto de serem ou não sindicalizados.

9. Um trabalhador pode decidir aderir à Greve apenas no próprio dia?

- SIM! Pode mesmo acontecer que o trabalhador já esteja no local de trabalho ou até tenha iniciado a actividade e, em qualquer momento, decida aderir à Greve.

10. O trabalhador tem de estar no local de trabalho durante o período de Greve? - NÃO! No dia de Greve o trabalhador não tem de se deslocar à Empresa. Nos locais de trabalho, só podem estar os elementos credenciados pelo sindicato para fazerem parte dos Piquetes de Greve.

11. O trabalhador tem de justificar a ausência ao serviço em dia de Greve?

- NÃO! No dia da Greve, só tem de justificar a ausência ao serviço quem tiver faltado por outras razões. Quem adere à Greve não deve entregar qualquer justificação ou declaração. Não prejudica também a antiguidade do trabalhador, designadamente no que respeita à contagem do tempo de serviço.

12. Pode alguém ter falta injustificada em dia de greve?

- NÃO! Os serviços são obrigados a presumir a adesão à greve de quem, tendo faltado, não tenha justificado a falta ao abrigo de qualquer outro motivo.

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13. Um trabalhador em greve pode ser substituído?

- NÃO! É ilegal a substituição de qualquer trabalhador em greve por outro que nesse dia não adira à greve.

14. A adesão à Greve fica registada no Processo Individual do trabalhador?

- NÃO! É expressamente proibida qualquer anotação sobre a adesão à Greve, designadamente no Registo Biográfico dos trabalhadores. As faltas por adesão à greve, a par de outras previstas na lei, são apenas consideradas para efeito estatístico.

15. Pode ser feito algum tipo de levantamento ou listagem nominal de adesão à greve? - NÃO! Tal é expressamente proibido e constituiria uma grosseira violação da lei e da própria Constituição da República Portuguesa, obviamente punível.

16. Há alguma penalização na carreira pelo facto de um trabalhador ter aderido à Greve?

- NÃO! A adesão à Greve não é uma falta, mas sim a quebra do vínculo contratual durante o período de ausência ao serviço, encontrando-se "coberta" pelo Pré-Aviso entregue pelas organizações sindicais. Daí que não haja qualquer consequência na contagem do tempo de serviço para todos os efeitos legais (concursos, carreira ou aposentação), nas bonificações previstas na lei ou no acesso a todas as regalias e benefícios consagrados. Única consequência é o não pagamento do vencimento desse dia e do subsídio de refeição pela entidade patronal.

17. O dia não recebido é considerado para efeitos de IRS?

- NÃO! No mês em que for descontado esse dia de Greve (deverá ser no próprio mês ou, na pior das hipóteses, no seguinte) o cálculo de desconto para o IRS e restantes contribuições será feito, tendo por referência o valor ilíquido da remuneração processada, portanto, não incidindo no valor que não é recebido.

18. Quem pode constituir piquetes de greve?

- Os piquetes de greve são organizados pelos sindicatos e são constituídos por um número de membros a determinar pelos respectivos sindicatos para cada empresa. 19. Quem pode integrar os piquetes de greve?

- Podem ser integrados por trabalhadores da empresa e representantes das associações sindicais, mas sempre indicados pelos sindicatos respectivos.

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20. Que competências têm os piquetes de greve?

- Os piquetes de greve desenvolvem actividades tendentes a persuadir os trabalhadores a aderir à greve, por meios pacíficos e sem prejuízo do reconhecimento da liberdade de trabalho dos não aderentes à greve.

21. Os piquetes de greve podem desenvolver a sua actividade no interior da empresa? - Sim. Desde que não ofendam ou entravem a liberdade de trabalho dos não aderentes. 22. O empregador pode por qualquer modo coagir o trabalhador a não aderir a uma greve ou prejudicá-lo ou discriminá-lo pelo facto de a ela ter aderido?

– Não. É absolutamente proibido coagir, prejudicar e discriminar o trabalhador que tenha aderido a uma greve. Os actos do empregador, que impliquem coacção do trabalhador no sentido de não aderir a uma greve e/ou prejuízo ou discriminação pelo facto de a ela ter aderido, constituem contra-ordenação muito grave e são ainda punidos com pena de multa até 120 dias (art.ºs 540.º e 543.º do CT, respectivamente).

SOBRE OS SERVIÇOS MÍNIMOS

Os trabalhadores têm de ser convocados por escrito (não vale email, telefone ou sms) e têm de comparecer no local de trabalho estritamente para fazer o voo (ou os voos) referentes aos serviços mínimos, mas não são permitidas trocas de horários, nem horas extraordinárias e não podem ser convocados em gozo de folga.

No entanto, tal como consta do Código do Trabalho, os trabalhadores só podem ser designados para o cumprimento dos serviços mínimos SE E SÓ SE esses serviços não forem assegurados pelos não grevistas.

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Qualquer trabalhador convocado para serviços mínimos tem legitimidade para recusar esse serviço se constatar que estão trabalhadores não grevistas a trabalhar, ou seja as empresas não se podem aproveitar das convocatórias dos serviços mínimos para assegurar os restantes serviços através dos não grevistas.

As empresas só poderão convocar trabalhadores para os serviços mínimos nas últimas 24 horas antes da greve (Sexta, dia 26). Relembramos que essa convocatória tem que ser por carta escrita e nunca por email, telefone ou sms.

Na dúvida, contacta sempre o SITAVA!

BOA GREVE! UNIDOS SOMOS MAIS FORTES!

Referências

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