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Procedimento de concurso público para a execução da empreitada designada Centro Escolar de Pontével JI+EB1

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Academic year: 2021

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Procedimento de concurso público para a execução da empreitada designada “Centro Escolar de Pontével – JI+EB1”

Exmos. Senhores,

Júri do Concurso

TECNORÉM –ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES,S.A., com o NIPC 502 519 533, com sede na Estrada Nacional 113, Moinho da Areia, 2490 – 444 Ourém, concorrente no concurso público acima identificado, notificada do teor do relatório preliminar realizado pelo Júri do Concurso, vem exercer o seu direito de

Audiência Prévia

o que faz ao abrigo do disposto no artigo 123º, n.º 1, ex vi artigo 147º, ambos do Código dos Contratos Públicos, nos termos e com os fundamentos seguintes:

Tendo presente o critério de adjudicação constante do programa de procedimento (proposta de mais baixo preço), veio o Júri do Concurso, no Relatório Preliminar, propor a seguinte ordenação propostas:

1º - Construaza – Construções e Projectos, Lda.; 2º - Tecnorém – Engenharia e Construções, S.A.;

3º - José & Augusto Empreiteiros de Construção Civil, Lda.; 4º - Cordovias – Engenharia, Lda.;

5º - Construções Corte Recto, Lda.;

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7º - Lado Renovado Construções, Lda.; 8º - Habitâmega, Construções, S.A.

Sucede que, uma correta interpretação das peças do procedimento e do Código dos Contratos Públicos (CCP), conduziria, necessariamente, a um resultado diferente daquele que é expresso pelo Júri do Concurso no Relatório Preliminar, porquanto,

Deveria o Júri do Concurso ter proposto a exclusão da proposta do concorrente Construaza – Construções e Projectos, Lda., pelos motivos que passamos a expor. Vejamos:

Nenhum dos documentos relativos ao planeamento que instruem a proposta do ora mencionado concorrente cumpre com os termos e condições relativos a aspetos do contrato não submetidos à concorrência pelo caderno de encargos, a saber, os termos e condições mencionados no ponto 9.1.6 do Programa de Concurso e 57º, n.º 2, al. b), do CCP.

Concretizando:

- O Plano de Trabalho apresentado pelo concorrente Construaza – Construções e Projectos, Lda.:

a) não fixa a sequência de cada espécie de trabalhos;

b) não assume a forma de gráfico de barras tendo a semana como unidade de tempo;

c) não se encontra subdividido em fases e frentes de trabalho, nem apresenta um número detalhado de atividades, com indicação da sequência das mesmas;

- O Plano de mão-de-obra do mesmo concorrente não indica as quantidades e a qualificação profissional da mão-de-obra necessária, em cada semana e para cada actividade;

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- Já no se refere ao Plano de Equipamentos não são indicadas as quantidades nem a natureza do equipamento necessários, em cada semana e para cada actividade.

Ora, prevê o ponto 9.1.6. do Programa de Concurso o seguinte: “9.1.6 - Programa de trabalhos, incluindo:

a) Plano de trabalhos com a fixação da sequência de cada espécie de trabalho, dos prazos parciais de execução de cada uma das espécies de trabalho, conforme artigo 361º do Código dos Contratos Públicos,

b) Plano de mão-de-obra que deverá indicar as quantidades e a qualificação profissional da mão-de-obra necessária, em cada semana e para cada actividade,

c) Plano de equipamento que deverá indicar as quantidades e a natureza do equipamento necessário, em cada semana e para cada actividade, tendo em conta que a consignação será efectuada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, após assinatura do contrato.

O plano de trabalhos deverá assumir a forma de gráfico de barras tendo a semana como unidade de tempo, subdividida em fases e frentes de trabalho, apresentando um número detalhado de actividades, com indicação da sequência das mesmas, através de ligações

do tipo fim/início.”

Assim, concordamos com o Júri do Concurso quando conclui, no relatório preliminar, que os esclarecimentos prestados pelo concorrente visado não alteraram nem complementaram os atributos da proposta, o que, evidentemente, nem sequer poderia ser de outra forma, pois os esclarecimentos que lhe foram solicitados apenas se relacionam com termos e condições da proposta não submetidos à concorrência.

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Os termos ou condições da proposta relativos a aspetos da execução do contrato a celebrar não submetidos à concorrência pelo caderno de encargos, correspondem a pressupostos vinculados do juízo de admissão ou exclusão das propostas, na medida em que as propostas que violem ou não observem tais termos ou condições terão que ser excluídas.

Se, como acontece no procedimento dos autos, se conclui pela verificação de um motivo de exclusão definido na lei, a decisão neste sentido configura um momento vinculado de exercício da competência do Júri do Concurso. O “Programa de trabalhos, incluindo plano de trabalhos, tal como definido no artigo 361.º CCP, plano de mão-de-obra, plano de equipamentos e cronograma financeiro”, constituem documentos relativos a termos ou condições, relativos a aspetos da execução do contrato não submetidos à concorrência pelo caderno de encargos, conforme previsto no artigo 57º, n.º 1, al. c), do CCP.

Como tal, os concorrentes, têm, obrigatoriamente, que dar cumprimento aos termos e condições exigidos no Programa de Concurso e no CCP, designadamente, na elaboração dos planos de trabalho, de mão-de-obra e de equipamentos.

Os termos e condições para a elaboração daqueles planos estavam perfeitamente determinados no Programa de Concurso.

Equivale à falta do documento a ausência de conteúdo do mesmo, nomeadamente, a inobservância dos termos ou condições a cujo cumprimento o concorrente está obrigado na elaboração de tal documento.

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Os documentos em causa, nos termos em que foram elaborados, não cumprem, minimamente, as finalidades para que foram concebidos.

Mais, não é possível observar qualquer correspondência entre o teor daqueles planos, ainda que mínima ou imperfeitamente expressa, com o teor que se exige na lei e no programa de concurso para tais documentos.

O que justifica o formalismo de apresentação dos documentos, imposto pelo CCP, é a prossecução do princípio da transparência, que determina a colocação de todos os concorrentes e pé de igualdade, garantindo a efetiva concorrência e imparcialidade no tratamento que pela entidade adjudicante é dispensado na análise de cada proposta.

Note-se que:

No documento a que o concorrente chama Plano de Trabalhos não é fixada a sequência de execução de cada uma das espécies de trabalhos previstas. O Plano de mão-de-obra apresentado pelo mesmo concorrente não especifica os meio humanos necessários para cada atividade, em cada semana.

Por fim, o documento a que o concorrente Construaza – Construções e Projectos, Lda. apelida de Plano de Equipamentos nem sequer identifica as quantidades e a natureza do equipamento necessário para cada atividade. Conclui-se, pois, que os planos de trabalhos, de mão-de-obra e de equipamentos apresentados pelo já citado concorrente não cumprem, minimamente, com os termos e condições vinculativos a que estavam sujeitos, pelo que a respetiva proposta não poderia, nem poderá, ser admitida.

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Assim, a proposta do Concorrente Construaza – Construções e Projectos, Lda. terá que ser excluída por não ser constituída por todos os documentos exigidos, por força dos artigos 146º, n.º 2, al. d), e 57º, n.º 1, al. c), ambos do CCP.

Neste termos, deve o Júri do Concurso, no Relatório Final, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 148º do CCP, alterar as conclusões do Relatório Preliminar e, em consequência, deve:

a) Propor a exclusão da proposta do concorrente Construaza –

Construções e Projectos, Lda., nos termos e com os fundamentos supra

expostos;

b) Propor a reordenação das propostas e, em consequência, ser proposta a adjudicação da empreitada à ora concorrente Tecnorém -

Engenharia e Construções S.A., dando assim cumprimentos aos critérios

definidos no Programa de Concurso e na Lei.

E.D.

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_________________________________________________________________________________________________ CONSTRUAZA, CONSTRUÇÕES E PROJECTOS, LDA – Rua Teodoro José da Silva, 39, 2050-335 Azambuja, Portugal

Tel. +351 263 403 628 | Fax: +351 263 403 628 | E-mail: geral@construaza.com | Site: www.construaza.com Capital Social: 600.000,00 € | Registado na C.R.C. da Azambuja | NIF: 502 507 160 | Alvará de Construção n.º 20057

Vossa referência Nossa referência Empreitada Data

- Doc 2016/0052 - 09/12/2016

Assunto: Resposta a pedido de esclarecimento do dia 07/12/2016 17:46:46

Exmos. Senhores,

Serve o presente documento para apresentar a resposta ao pedido de esclarecimento colocado pelo Município do Cartaxo no dia 7 de Dezembro de 2016, às 17h46, na plataforma Saphety, relativa ao procedimento designação Centro Escolar de Pontével – JI+EB.

Pedido de Esclarecimento Justificação

1. Qual a razão de, no plano de mão de obra, de as quantidades virem inscritas em percentagem;

O plano de mão-de-obra foi elaborado com base nas afetações relativas de trabalho. Isto é, cada unidade de trabalho corresponde a 100%, que por sua vez corresponde a uma unidade de mão-de-obra.

Como tal, quando aparece numa dada semana uma quantidade de 300% do tipo de mão-de-obra ‘X’, significa que se encontram 3 unidades do tipo de mão-de-obra ‘X’ em obra.

O motivo pelo qual optámos por colocar em termos percentuais e não em termos absolutos é para que se possa atribuir duas atividades a um tipo de mão-de-obra. Veja-se o exemplo da primeira semana de trabalhos, apresenta-se o Manobrador de Máquina a deapresenta-sempenhar 50% da sua atividade no grupo de tarefas “ESTALEIRO” e os restantes 50% do seu tempo no grupo “DEMOLIÇÕES”. Entendemos que seria mais correto colocar em termos percentuais para que se entenda que apenas irá estar um Manobrador de Máquina em obra nessa semana, mas que irá dividir o seu trabalho em duas atividades. Caso fizéssemos o plano de mão-de-obra em termos absolutos, teríamos que colocar uma unidade em cada uma das atividades, que poderia levar V. Exas. a admitir que estariam dois Manobradores em obra, situação que efetivamente não se irá verificar.

MUNICÍPIO DO CARTAXO

Praça 15 de Dezembro

2070-050 Cartaxo

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Pedido de Esclarecimento Justificação

2. Qual a razão de, no plano de pagamentos, serem apresentados 13 meses, quando no plano de trabalhos constam 12 meses;

O plano de pagamentos foi efetuado tendo como principio que cada auto seria realizado no final de cada mês do ano civil. Como a obra atravessa 13 meses diferentes (de Fevereiro de 2017 até Fevereiro de 2018), obtemos então 13 pagamentos diferentes.

Porém, podemos alterar o nosso plano de trabalhos, baseado não nos meses civis, mas sim nos meses de trabalho, nesse caso iriamos obter como V. Exas. referiram 12 pagamentos de medição.

3. O plano de trabalhos deverá ter a semana como unidade de tempo, (n.º 9.1.6 do Programa de procedimento). Queira esclarecer sobre as unidades apresentadas na vossa proposta.

O plano de trabalhos foi efetuado numa escala que permitisse uma impressão de apenas uma folha, ou seja, a escala foi colocada para que V.Exas. tivessem uma melhor perceção de todos o plano de trabalhos. No entanto podemos retificar o mesmo e colocar como base a unidade de tempo pretendida.

Sem mais assunto de momento nos despedimos com os melhores cumprimentos e votos de bom trabalho. Atentamente,

Referências

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