• Nenhum resultado encontrado

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

1

Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº3

A

VALIAÇÃO DAS

A

PRENDIZAGENS

C

RITÉRIOS DE

A

VALIAÇÃO

Ano Letivo 2020/2021

(2)

Conteúdo

E

NQUADRAMENTO

... 3

E

NQUADRAMENTO

L

EGAL

... 4

1.

O

BJETO DE AVALIAÇÃO

... 5

1.1.

Educação Pré-Escolar ... 5

1.2.

Escolaridade Obrigatória ... 5

2.

F

INALIDADES DA AVALIAÇÃO

... 6

2.1.

Educação Pré-Escolar ... 6

2.2.

Escolaridade Obrigatória ... 6

3.

M

ODALIDADES DE AVALIAÇÃO

I

NTERNA

... 6

3.1.

Educação Pré-Escolar ... 7

3.2.

Escolaridade Obrigatória ... 7

4.

I

NTERVENIENTES NO

P

ROCESSO DE

A

VALIAÇÃO

... 8

5.

C

RITÉRIOS DE

A

VALIAÇÃO

... 8

6.

C

ONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO E DE

A

PROVAÇÃO

... 9

6.1.

Perfil de transição para o 1.º ciclo ... 9

6.2.

Ensino Básico ... 10

6.3.

Ensino Secundário ... 10

(3)

Avaliar não é classificar, ainda que nos possa ajudar a fazê-lo com rigor, com sentido ético e com justiça. Avaliar é, acima de tudo, um processo pedagógico que tem a ver com a aprendizagem e com o ensino

(Fernandes, 2011, p. 86)1.

E

NQUADRAMENTO

No centro da atividade da escola está a promoção de um ambiente propício à aprendizagem e ao desenvolvimento de competências, cuja complexidade e diversidade implica uma forte articulação entre a avaliação, a aprendizagem e o ensino, que permita uma adequação às características e condições individuais de cada um, mobilizando-se os meios para que todos aprendam e participem na vida da comunidade educativa. De modo a garantir o direito de cada aluno a uma educação inclusiva que responda às suas potencialidades, expectativas e necessidades é necessário identificar as barreiras à aprendizagem com que o aluno se confronta e apostar na diversidade de estratégias de ensino, de aprendizagem e de avaliação, assentes numa abordagem multinível, levando todos e cada um ao limite das suas potencialidades (adaptado do Decreto-Lei n.º 54/2018 e do Decreto-Lei n.º 55/2018 de 6 de junho).

O presente documento estrutura-se com base na legislação em vigor, que evidencia e privilegia uma avaliação das aprendizagens sustentada por uma dimensão formativa que “assume caráter contínuo e sistemático, ao serviço das aprendizagens, e fornece ao professor, ao aluno, ao encarregado de educação e aos restantes intervenientes informação sobre o desenvolvimento do trabalho, a qualidade das aprendizagens realizadas e os percursos para a sua melhoria”2 (Port. 223-A/2018). E convoca para a operacionalização uma nova visão para a avaliação pedagógica3 que “passe a ser entendida como um processo multidimensional capaz de integrar todos os alunos, motivando-os e preparando-os para aprenderem ao longo da vida” e “que coloca no centro de toda a ação pedagógica o aluno e as aprendizagens que tem de desenvolver”. Resulta, assim, de uma reflexão acerca dos propósitos da avaliação e de uma decisão de dar continuidade ao processo de transformação que o Agrupamento iniciou ao nível da gestão do currículo visando

potenciar a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

No contexto de uma avaliação das aprendizagens dos alunos assente numa dimensão formativa, esta deve ser um processo integrado no desenvolvimento do currículo, com o objetivo central de ajudar os alunos a aprender melhor. Assim, o sistema de avaliação pode ser um elemento de transformação da prática pedagógica e do processo de ensino. Numa lógica de inovação pedagógica4, importa salientar a relevância dos seguintes aspetos da avaliação:

 é processo ao serviço da melhoria das aprendizagens;

 define-se a partir de referentes e critérios estabelecidos;

 permite determinar com elevados níveis de confiança o que os alunos sabem e são capazes de fazer;

 recorre a uma diversidade de processos de recolha de informação;

 dá lugar à participação dos alunos nos processos de ensino-aprendizagem-avaliação, promovendo a autorregulação;

 possibilita processos de distribuição de feedback de qualidade;

 sustenta-se numa seleção criteriosa de tarefas a propor aos alunos. A avaliação deve ser eticamente adequada, rigorosa, credível, plausível e útil.

Importa ainda salientar a importância da comunicação dos resultados a todos os interessados, tendo em vista proporcionar uma informação que seja clara, concisa e muito orientada para descrever o que os alunos conseguiram ou não aprender. Em particular aos alunos, fornecendo-lhes um feedback de qualidade, que os oriente, dando-lhes sugestões acerca dos esforços que necessitam de fazer para melhorarem as suas aprendizagens e/ou para ultrapassarem as suas dificuldades. O envolvimento dos alunos na avaliação desenvolve a consciência sobre as aprendizagens, a forma como as adquirem e promove a autonomia e a capacidade de reflexão. Para o desenvolvimento da autonomia e da autorregulação têm de ser dadas instruções claras e simples sobre os objetivos a atingir, com tarefas desafiadoras, mas concretas e significativas, com os recursos a utilizar, os momentos de ponto de situação e os prazos a cumprir.

1

Fernandes, D. (2011). Avaliar para melhorar as aprendizagens. Análise e discussão de algumas questões essenciais. In I. Fialho & H. Salgueiro (eds.), TurmaMais e sucesso escolar. Contributos teóricos e práticos (pp. 81-107). Évora, Universidade de Évora: CIEPUE.

2

Port. n.º223-A/2018, de 3 de agosto; Port. n.º226-A/2018, de 7 de agosto; Port. n.º235-A/2018, de 23 de agosto.

3

Fernandes, D. (2020). Para uma Fundamentação e Melhoria das Práticas de Avaliação Pedagógica, disponível em

https://www.researchgate.net/publication/339955916_Para_uma_Fundamentacao_e_Melhoria_das_Praticas_de_Avaliacao_Pedagogica

4

(4)

E

NQUADRAMENTO

L

EGAL

Despacho n.º 9180/2016 de 19 de julho - Homologa as orientações curriculares para a educação pré-escolar. Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007, de 17 de Outubro da DGIDC - Gestão do Currículo na Educação Pré-escolar. Circular n.º 4 /DGIDC/DSDC/2011 - Avaliação na educação de infância.

Decreto–Lei n.º 54 / 2018, de 6 de julho de 2018

estabelece os princípios e as normas que garantem a inclusão. Identifica as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, as áreas curriculares específicas, bem como os recursos específicos a mobilizar para responder às necessidades educativas de todas e de cada uma das crianças e jovens ao longo do seu percurso escolar, nas diferentes ofertas de educação e formação.

Lei n.º 116/2019, de 13 de setembro- Primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto-Lei n.º 54/2018, 6

de julho, que estabelece o regime jurídico da educação inclusiva.

Decreto–Lei n.º 55 / 2018, de 6 de julho de 2018

-

estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário, os princípios orientadores da sua conceção, operacionalização e avaliação das aprendizagens, de modo a garantir que todos os alunos adquiram os conhecimentos e desenvolvam as capacidades e atitudes que contribuem para alcançar as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto - procede à regulamentação das ofertas educativas do ensino básico,

definindo as regras e procedimentos da conceção e operacionalização do currículo dessas ofertas, bem como da avaliação e certificação das aprendizagens, tendo em vista o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

.

Portaria n.º 226-A/2018, de 7 de agosto - define as regras e procedimentos da conceção e operacionalização do

currículo dos cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Línguas e Humanidades e de Artes Visuais, bem como da avaliação e certificação das aprendizagens.

Portaria nº 235-A/2018, de 23 de agosto

procede à regulamentação dos cursos profissionais, define as regras e procedimentos da conceção e operacionalização do currículo, avaliação e certificação das aprendizagens, tendo em vista o perfil profissional associado à respetiva qualificação do CNQ, bem como o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Despacho n.º 6478/2017 de 26 de julho - homologa o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. É um

documento estruturado em princípios, visão, valores e áreas de competências, constitui, pois, um documento de referência para a organização de todo o sistema educativo e para o trabalho das escolas, contribuindo para a convergência e a articulação das decisões inerentes às várias dimensões.

Perfil dos alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória5 - Referencial para as decisões a adotar por decisores e atores educativos ao nível dos estabelecimentos de educação e ensino e dos organismos responsáveis pelas políticas educativas, constituindo-se como matriz comum para todas as escolas e ofertas educativas no âmbito da escolaridade obrigatória.

Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania6 - Integra um conjunto de direitos e deveres que

devem estar presentes na formação cidadã das crianças e dos jovens portugueses.

Aprendizagens Essenciais - Documentos curriculares que se constituem como referencial de base às

decisões tomadas pela escola relativas à adequação e contextualização nas várias dimensões do desenvolvimento curricular: o planeamento e a realização do ensino e da aprendizagem, bem como a avaliação interna e externa das aprendizagens dos alunos.

Despacho n.º 6944-A/2018, 19 de julho - Homologa as Aprendizagens Essenciais do Ensino Básico. Despacho n.º 8476-A/2018 , 31 de agosto - Homologa as Aprendizagens Essenciais do Ensino Secundário.

Despacho n.º 7414/2020, de 24 de julho- Homologa as aprendizagens essenciais das disciplinas das componentes de formação sociocultural e científica dos cursos profissionais.

5

Disponível em http://dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf

6

(5)

1. O

BJETO DE AVALIAÇÃO 1.1. Educação Pré-Escolar

A avaliação do progresso das aprendizagens na Educação Pré-Escolar centra-se nas áreas de conteúdo identificadas nas OCEPE (Formação Pessoal e Social, Expressão e Comunicação e Conhecimento do Mundo) e as orientações estabelecidas no Projeto Educativo do AERT3, no Plano de Inovação e/ou projeto curricular de grupo.

Figura 1 – OCEPE, 2016, pp.7

1.2. Escolaridade Obrigatória

O propósito de uma gestão do currículo é garantir que todos os alunos, independentemente da oferta educativa e formativa que frequentam, alcançam as competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Figura 2 – Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, 2017,pp.19

A avaliação incide sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos alunos, tendo por referência as Aprendizagens Essenciais, que constituem orientação curricular base, com especial enfoque nas áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, bem como nos cursos profissionais, os conhecimentos, aptidões e atitudes identificados no perfil profissional associado à respetiva qualificação.

A esta avaliação está subjacente a enunciação de:

 perfis de aprendizagens específicas para cada ano ou ciclo de escolaridade;

 descritores de desempenho, em consonância com as Aprendizagens Essenciais e as áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória; e, nos cursos profissionais os perfis profissionais e referenciais de formação associados às respetivas qualificações constantes no CNQ, bem como os demais documentos curriculares respeitantes a cada curso profissional, visando, quando aplicável, a consolidação, aprofundamento e enriquecimento das Aprendizagens Essenciais.

(6)

2. F

INALIDADES DA AVALIAÇÃO 2.1. Educação Pré-Escolar

A avaliação, enquanto processo contínuo de registo dos progressos realizados pela criança ao longo do tempo, utiliza procedimentos de natureza descritiva e narrativa, centrados sobre o modo como a criança aprende, como processa a informação, como constrói conhecimento ou resolve problemas.

2.2. Escolaridade Obrigatória

A avaliação, sustentada por uma dimensão formativa, é parte integrante do ensino e da aprendizagem, tendo por objetivo central a sua melhoria baseada num processo contínuo de intervenção pedagógica, em que se explicitam, enquanto referenciais, as aprendizagens, os desempenhos esperados e os procedimentos de avaliação. As informações obtidas em resultado da avaliação permitem ainda a revisão do processo de ensino e de aprendizagem Enquanto processo regulador do ensino e da aprendizagem, a avaliação orienta o percurso escolar dos alunos e certifica as aprendizagens realizadas, nomeadamente os conhecimentos adquiridos, bem como as capacidades e atitudes desenvolvidas no âmbito das áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

As diferentes formas de recolha de informação sobre as aprendizagens realizadas no âmbito da avaliação interna, da responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão pedagógica da escola, prosseguem, de acordo com as suas finalidades, os seguintes objetivos:

a) Informar e sustentar intervenções pedagógicas, reajustando estratégias que conduzam à melhoria da qualidade das aprendizagens, com vista à promoção do sucesso escolar;

b) Aferir a prossecução dos objetivos definidos no currículo; c) Certificar aprendizagens.

3. M

ODALIDADES DE AVALIAÇÃO

I

NTERNA

A avaliação deve corresponder a uma atitude crítica e renovadora que permita à Escola assumir a sua dimensão humanística, pelo que terá necessariamente por objetivo conseguir que todos os alunos adquiram os instrumentos de pensamento e de comunicação correspondentes a objetivos educativos fundamentais. Para tal, terá de instituir processos de avaliação que permitam adaptar o ensino às necessidades individuais manifestadas na aprendizagem. Assim sendo, a avaliação deverá indicar ao aluno até que ponto os seus esforços estão no caminho certo, a distância a que se encontra das metas estabelecidas, que obstáculos deve ultrapassar e como deve ultrapassá-los. Neste contexto, a avaliação visa apoiar o processo educativo de forma a sustentar o sucesso dos alunos. Na avaliação final, em que é feito o balanço da vida escolar do aluno durante o ano letivo, não é a comparação interindividual que importa, mas a comparação do resultado de cada um com critérios estabelecidos.

Avaliar não pode, porém, ser concebido como um processo a incidir apenas no aluno. Para além de permitir verificar em que medida cada uma das competências foi atingida, as atividades avaliativas fornecem dados que permitem ao professor interrogar-se sobre a forma como atua e sobre as técnicas que utiliza, de modo a poder adaptar o ensino às características e necessidades dos alunos.

Deve-se sublinhar a importância do Português como veículo da aquisição e transmissão de conhecimentos. Assim, no sentido da nobilitação da língua portuguesa, todos os professores devem incentivar e fomentar nos alunos o desenvolvimento das competências de comunicação oral e escrita.

As áreas de confluência de trabalho interdisciplinar e de articulação curricular (DAC) resultarão do exercício de gestão de flexibilidade curricular para o qual se convocam as várias disciplinas. O planeamento, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem decorrem conjuntamente, sendo mobilizados para as disciplinas de origem, designadamente, através da classificação a atribuir a cada uma delas autonomamente.

A componente de Cidadania e Desenvolvimento é uma área transversal onde se cruzam contributos das diferentes disciplinas, através do desenvolvimento e concretização de projetos pelos alunos. Constitui-se como um espaço potenciador da valorização para uma abordagem interdisciplinar, sempre que se verifique a interrelação curricular ao nível das aprendizagens.

No 1.º ciclo e no ensino secundário, esta componente não é objeto de avaliação sumativa e é implementada através do desenvolvimento de temas e projetos no âmbito das diferentes disciplinas. No 2.º e 3.º ciclo constitui-se como uma

(7)

disciplina lecionada por um dos professores da turma. O processo deve integrar e refletir as componentes de natureza cognitiva, pessoal e social desenvolvidas para cada aluno e refletidas nos domínios da autonomia curricular.

Na avaliação devem ser utilizados procedimentos, técnicas e instrumentos diversificados e adequados às finalidades, ao objeto em avaliação7, aos destinatários e ao tipo de informação a recolher, que variam em função da diversidade e especificidade do trabalho curricular a desenvolver com os alunos.

3.1. Educação Pré-Escolar

Na Educação Pré-Escolar a avaliação assume uma dimensão marcadamente formativa, desenvolvendo-se num processo contínuo e interpretativo que procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, reconhecendo-lhe o direito de ser ouvida nas decisões que lhe dizem respeito, através de um papel ativo no planeamento e avaliação do currículo, constituindo-se esta participação, uma estratégia de aprendizagem.

A avaliação tem caráter formativo e assenta nos seguintes princípios:

• Caráter holístico e contextualizado do processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança;

• Coerência entre os processos de avaliação e os princípios subjacentes à organização e gestão do currículo definidos nas OCEPE;

• Utilização de técnicas e instrumentos de observação, portfólios e registos diversificados; • Valorização dos progressos da criança;

• Promoção da igualdade de oportunidades e equidade.

A avaliação na educação pré-escolar não envolve a classificação da aprendizagem da criança, centrando-se na análise do registo de informação do processo, em diversos suportes, e na descrição da sua aprendizagem, de modo a valorizar as suas formas de aprender e os seus progressos.

3.2. Escolaridade Obrigatória

A avaliação compreende, de acordo com a finalidade que preside à recolha de informação, as seguintes modalidades: a) Formativa

 assume caráter contínuo e sistemático, ao serviço das aprendizagens, recorrendo a uma variedade de procedimentos, técnicas e instrumentos de recolha de informação, adequados à diversidade das aprendizagens, aos destinatários e às circunstâncias em que ocorrem;

 é a principal modalidade de avaliação e permite obter informação privilegiada e sistemática nos diversos domínios curriculares, devendo, com o envolvimento dos alunos no processo de autorregulação das aprendizagens, fundamentar o apoio às mesmas, em articulação com dispositivos de informação dirigidos aos pais e encarregados de educação;

 fundamenta a definição de estratégias de diferenciação pedagógica, de superação de eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua integração escolar e de apoio à orientação escolar e vocacional, permitindo aos professores, aos alunos, aos pais e encarregados de educação e a outras pessoas ou entidades legalmente autorizadas obter informação sobre o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, com vista ao ajustamento de processos e estratégias.

b) Sumativa

 traduz-se na formulação de um juízo global sobre as aprendizagens realizadas pelos alunos, tendo como objetivos a classificação e certificação;

 o juízo global conducente à classificação não prejudica o necessário reporte, assente em pontos de situação ou sínteses, sobre as aprendizagens realizadas pelos alunos, a qualidade das mesmas e os percursos para a sua melhoria;

 mobiliza técnicas, instrumentos e procedimentos diversificados e adequados;

 traduz a necessidade de, no final de cada período letivo, informar alunos e encarregados de educação sobre o estado de desenvolvimento das aprendizagens;

 traduz ainda a tomada de decisão sobre o percurso escolar do aluno.

7

Disponibilizam-se no “Manual de Apoio para a Implementação da Avaliação Pedagógica” rubricas de avaliação elaboradas nos Departamentos, a implementar, de acordo com as opções pedagógicas e tarefas de aprendizagem e de avaliação selecionadas por cada docente. Rubricas de avaliação apresentam-se sob a forma de um quadro que explicita a tarefa; as dimensões do trabalho a desenvolver e que são relevantes – critérios, bem como a descrição dos diferentes níveis de desempenho da realização da tarefa.

(8)

No final do ano letivo, a avaliação sumativa, dá origem a uma tomada de decisão:

 no ensino básico sobre a transição e a aprovação, respetivamente, para o ano e ciclo de escolaridade subsequente, sobre a conclusão do nível básico de educação e/ou a reorientação do percurso educativo dos alunos;

 nos cursos científico -humanísticos, sobre a aprovação em cada disciplina, a progressão nas disciplinas não terminais, a transição para o ano de escolaridade subsequente ou a reorientação do percurso educativo dos alunos, e a conclusão do nível secundário de educação;

 nos cursos profissionais, a avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a aprovação em cada disciplina, módulo ou UFCD, a progressão, ou a reorientação do percurso educativo dos alunos, e a conclusão do nível de educação e qualificação profissional correspondente, ocorrendo no final de cada módulo ou UFCD.

Provas de aptidão profissional

Aavaliação dos alunos nos cursos profissionais integra a prova de aptidão profissional (PAP) que implica um Júri que integra personalidades externas.

4. I

NTERVENIENTES NO

P

ROCESSO DE

A

VALIAÇÃO

Na avaliação das aprendizagens intervêm todos os elementos com competência no processo, designadamente professores, formadores, tutores e membros de júris, assumindo particular responsabilidade o professor titular de turma, no 1.º ciclo, e os professores que integram o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário.

Aos professores e outros profissionais intervenientes no processo de avaliação compete, designadamente, através da modalidade de avaliação formativa, em harmonia com as orientações definidas pelos órgãos com competências no domínio pedagógico-didático:

A participação informada dos alunos e dos pais e encarregados de educação no processo de avaliação das aprendizagens é assegurada através da partilha de informações, o envolvimento e a responsabilização dos vários intervenientes através de:

 divulgação, no início do ano escolar, dos critérios de avaliação em diversos momentos formais (acolhimento aos alunos, 1ª aula de cada disciplina e UFCD, reuniões com EE) e em suportes digitais;

 participação em reuniões intercalares de feedback com o DT, o aluno e EE;

 participação dos alunos na avaliação da sua progressão nas aprendizagens ao longo do ano e em momentos formais de autoavaliação;

 participação dos alunos em avaliação interpares;

 reuniões de DT com EE individuais e no final do semestre;

 espaço de DT/AA para reflexão sobre gestão de expectativas, percurso escolar, autorregulação individual e de grupo turma, e métodos e hábitos de trabalho; esclarecimento e reorientação vocacional.

5. C

RITÉRIOS DE

A

VALIAÇÃO

A definição de um sistema de avaliação pressupõe, hoje, a elaboração e a utilização de critérios de avaliação. Os critérios são as características ou os atributos que o desempenho dos alunos deve ter quando estão a trabalhar numa dada tarefa de avaliação e permitem avaliar a qualidade das aprendizagens, mas não fazem quaisquer referências acerca dessa qualidade. Esta função cabe às descrições dos níveis de qualidade, de desempenho ou de consecução. Os critérios de avaliação e a descrição dos níveis de desempenho são relevantes para que os alunos compreendam o que é expectável que aprendam e o que é tido em conta na avaliação do seu trabalho. É a partir dos critérios e da descrição dos níveis de desempenho que se pode distribuir feedback de elevada qualidade a todos os alunos. Consequentemente, os critérios contribuem para melhorar as aprendizagens porque definem as qualidades que professores e alunos procuram e que evidenciam as aprendizagens desenvolvidas.

Os critérios de avaliação não são distribuições de ponderações ou de pesos por temas ou subtemas de um dado domínio ou unidade do currículo. Não são meios para atribuir classificações ou critérios de classificação. São indicações claras acerca do que é importante aprender e, consequentemente, avaliar através de uma ou mais tarefas.

(9)

Os critérios de avaliação constituem referenciais comuns na escola, sendo operacionalizados pelo conselho de turma No início do ano letivo, o conselho pedagógico da escola, enquanto órgão regulador do processo de avaliação das aprendizagens, definiu, no âmbito das prioridades e opções curriculares, e sob proposta dos departamentos curriculares, os critérios de avaliação, tendo em conta, designadamente:

a) O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória; b) As Aprendizagens Essenciais;

c) Os demais documentos curriculares, de acordo com as opções tomadas ao nível da consolidação, aprofundamento e enriquecimento das Aprendizagens Essenciais.

Nos critérios de avaliação deve ser enunciado um perfil de aprendizagens específicas para cada ano ou ciclo de escolaridade, integrando descritores de desempenho, em consonância com as Aprendizagens Essenciais e as áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Os critérios de avaliação devem traduzir a importância relativa que cada um dos domínios assume nas Aprendizagens Essenciais, designadamente no que respeita à valorização da competência da comunicação e à dimensão prática e ou experimental das aprendizagens a desenvolver.

Os critérios de avaliação definidos por disciplina/ciclo de escolaridade, sob proposta dos departamentos curriculares e aprovados em Conselho Pedagógico organizam-se na tabela proposta (figura 3) e são divulgados pelo diretor de turma ficando também disponíveis para consulta no centro de recursos e página de Internet do Agrupamento, em http://www.aert3.pt/. Cada professor explicitará, no início do ano letivo, e nas turmas que leciona, os critérios de avaliação da respetiva disciplina, devendo ficar exarado em sumário.

Figura 3 – Modelo de apresentação dos Critérios de Avaliação

6. C

ONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO E DE

A

PROVAÇÃO 6.1. Perfil de transição para o 1.º ciclo

É importante proporcionar experiências e oportunidades de aprendizagem que permitam à criança desenvolver as suas potencialidades, fortalecer a sua autoestima, resiliência, autonomia e autocontrolo, criando condições favoráveis para que tenha sucesso na etapa seguinte.

O desenvolvimento pessoal e social enquanto área integradora do processo educativo tem a ver com a forma como a criança se relaciona consigo próprio, com os outros e com o mundo, num processo que implica o desenvolvimento de atitudes e valores, atravessando as áreas de expressão e comunicação e de conhecimento do mundo. Assim ao completar a frequência no jardim de infância, a criança deverá reunir um perfil de competências sociais e pessoais definidas em Departamento.

(10)

6.2. Ensino Básico

No ensino básico a avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou a retenção do aluno, expressa através das menções, respetivamente, de Transitou ou de Não Transitou, no final de cada ano, e de Aprovado ou de Não Aprovado, no final de cada ciclo. A decisão de transição para o ano de escolaridade seguinte reveste caráter pedagógico, sendo a retenção considerada excecional. A decisão de retenção só pode ser tomada após um acompanhamento pedagógico do aluno, em que foram traçadas e aplicadas medidas de apoio face às dificuldades detetadas.

Há lugar à retenção dos alunos a quem tenha sido aplicado o disposto nas alíneas a) e b) do n.º 4 do artigo 21.º da Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro.

A decisão de transição e de aprovação, em cada ano de escolaridade, é tomada sempre que o professor titular de turma, no 1.º ciclo, ou o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, considerem que o aluno demonstra ter adquirido os conhecimentos e desenvolvido as capacidades e atitudes para prosseguir com sucesso os seus estudos, sem prejuízo do número seguinte.

No final de cada um dos ciclos, após a formalização da avaliação sumativa, incluindo, sempre que aplicável, a realização de provas de equivalência à frequência, e, no 9.º ano, das provas finais do ensino básico, o aluno não progride e obtém a menção de Não Aprovado, se estiver numa das seguintes condições:

 no 1.º ciclo, tiver obtido:

i) Menção Insuficiente em Português ou PLNM ou PL2 e em Matemática;

ii) Menção Insuficiente em Português ou Matemática e, cumulativamente, menção Insuficiente em duas das restantes disciplinas;

 no 2.º e 3.º ciclo, tiver obtido:

i) Classificação inferior a nível 3, nas disciplinas de Português ou PLNM ou PL2 e de Matemática; ii) Classificação inferior a nível 3 em três ou mais disciplinas.

No final do 3.º ciclo do ensino básico, a não realização das provas finais por alunos do ensino básico geral implica a sua não aprovação neste ciclo.

As disciplinas de Educação Moral e Religiosa e de Oferta Complementar, no ensino básico, bem como o Apoio ao Estudo, no 1.º ciclo, não são consideradas para efeitos de transição de ano e aprovação de ciclo. No 1.º ano de escolaridade não há lugar a retenção. Um aluno retido nos 1.º, 2.º ou 3.º anos de escolaridade pode integrar a turma a que pertencia por decisão do diretor, sob proposta do professor titular de turma.

6.3. Ensino Secundário

No ensino secundário a aprovação do aluno em cada disciplina depende da obtenção de uma Classificação Final de Disciplina (CFD) igual ou superior a 10 valores e a classificação anual de frequência no ano terminal das disciplinas plurianuais não pode ser inferior a 8 valores.

A transição do aluno para o ano de escolaridade seguinte verifica-se sempre que a classificação anual de frequência ou final de disciplina não seja inferior a 10 valores a mais do que duas disciplinas, sem prejuízo do disposto nas alíneas seguintes:

a) Os alunos que transitam para o ano seguinte com classificações anuais de frequência inferiores a 10 valores, em uma ou duas disciplinas, progridem nesta(s) disciplina(s), desde que a(s) classificação(ões) obtida(s) não seja(m) inferior(es) a 8 valores;

b) Os alunos não progridem nas disciplinas trienais em que tenham obtido consecutivamente nos 10.º e 11.º anos classificação anual de frequência inferior a 10 valores;

c) São também consideradas, para os efeitos de transição de ano, as disciplinas a que o aluno tenha sido excluído por faltas ou anulado a matrícula;

d) No caso de disciplina com mais do que uma classificação anual de frequência inferior a 10, a mesma conta, apenas uma vez, para efeitos de transição;

e) A disciplina de Educação Moral e Religiosa, quando frequentada com assiduidade, não é considerada para efeitos de progressão de ano;

f) Os alunos excluídos por faltas na disciplina de Educação Moral e Religiosa realizam, no final do 10.º, 11.º ou 12.º ano de escolaridade, consoante o ano em que se verificou a exclusão, uma prova especial de avaliação, elaborada a nível de escola;

g) A aprovação na disciplina de Educação Moral e Religiosa, nas situações referidas na alínea anterior, verifica -se quando o aluno obtém uma classificação igual ou superior a 10 valores.

h) Nos cursos profissionais a aprovação depende de uma classificação igual ou superior a 10 em cada módulo, nas UFCD, na FCT e na PAP. O aluno progride se realizar 90% dos módulos/UFCD de cada componente de formação.

(11)

Referências

Documentos relacionados

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Segundo XRD, em todos os nanocompósitos houve intercalação em 2θ=2,70°, e de acordo com as imagens de transmissão o nanocompósito com 5% de PPMA apresentou a melhor distribuição

Trata-se de um relato de pesquisa e experiência prática, de natureza descritiva, sobre a vivência em um projeto de extensão universitário multidisciplinar realizado na

Combinaram encontrar-se às 21h

a) “O velho dá um passo à frente, três passos atrás, dois passos à frente” _________________. b) O velho estava desorientado

a) Realizar entrevistas com duas empresas importadoras, sendo uma de equipamentos médico-hospitalares, para identificação de requisitos para desenvolvimento de um protótipo de

Como hipótese, assumiremos que o desenvolvimento de um modelo matemático diferente do tradicional poderia, por permitir a criação de personagens com comportamentos adaptáveis a