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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS PENAS ...5

Sanção Penal ... 5

Princípios ... 5

Finalidade da Pena ...7

Função Social da Pena ... 8

Fundamentos da Pena ... 8

Classificação das Penas ... 8

2. ESPÉCIES DE PENA ...11

Pena Privativa de Liberdade ... 11

Regime Penitenciário ... 11

Fixação do Regime Inicial ... 11

Pena de Reclusão ...12

Detenção ...13

Execução das Penas ...13

3. REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PENA ...16

Regime Fechado ...16

Regime Disciplinar Diferenciado – RDD ...17

Regime Semiaberto ...17

Regime Aberto ...17

Prisão Albergue Domiciliar ...18

4. REGIME ESPECIAL, DIREITOS E TRABALHO DO PRESO E REMIÇÃO ...20

Regime Especial ...20

Direitos do Preso ...20

Deveres do Preso ...21

5. LEGISLAÇÃO ESPECIAL, SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL E

DE-TRAÇÃO ... 23

Legislação Especial ...23

(3)

Detração...23

6. DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ... 26

Características ... 26 Espécies... 26 Requisitos ... 26

7. CONVERSÃO DA PPL EM PRD ... 29

Regras de Substituição ... 29 Execução das PRDs ... 29

Reconversão Obrigatória e Facultativa ... 29

Espécies...30

8. PENA DE MULTA ...34

Aplicação ...34

Pagamento ...35

Fundo Penitenciário Nacional ...35

9. APLICAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE ... 37

Critérios para Aplicação da Pena ...37

Fase 1 – Fixação da Pena Base ...37

Fase 2 – Agravantes e Atenuantes ... 38

Concurso de atenuantes e agravantes ...43

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HABEAS DATA:

RESUMO PRÁTICO

1

INTRODUÇÃO AO

ESTUDO DAS PENAS

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1. Introdução ao Estudo das Penas

Sanção Penal

Sanção penal é a resposta do Estado ao responsável pela prática de um crime ou contravenção penal tida após o devido processo legal. É uma reação cujo direto subjetivo de manifestação pertence somente ao Estado, único possuidor do poder de polícia.

ESPÉCIES DE SANÇÃO PENAL

• Pena: aplica-se como punição ao agente; remete-se à culpabilidade da pessoa (e não na sua periculosidade); é destinada aos imputáveis ou semi-imputáveis. Trata-se de uma reação à violação das normas que estruturam a sociedade cuja finalidade seria punir o responsável pelo delito e promover sua reabilitação ao convívio social, e sempre consistirá na privação/limitação de um bem jurídico do condenado:

• Liberdade (pena privativas de liberdade)

• Patrimônio (multa, prestação pecuniária ou perda de bens de valores) • Vida (pena de morte)

• Outros direitos, de acordo com a ordem jurídica vigente (penas restritivas de direitos)

• Medida de segurança: não se considera punição. Trata-se de tratamento curativo; seu pressuposto é a periculosidade e não a culpabilidade; destina-se aos inimputáveis ou semi-inimputáveis. O inimputável não comete crime, mas

pode ser sancionado penalmente, aplicando-se-lhe medida de segurança, que se baseia no juízo de periculosidade, diverso, portanto, da culpabilidade. O autor de um fato típico e antijurídico, sem compreensão do que fazia, não merece ser considerado criminoso – adjetivação reservada a quem, compreendendo o ilícito, opta por tal caminho, sofrendo censura –, embora possa ser submetido a medida especial cuja finalidade é terapêutica, fundamentalmente. (Guilherme Nucci 2016, p. 268).

Princípios

1. Princípio da estrita legalidade: A pena só pode ser cominada por lei, e isto

fica bem reforçado no nosso ordenamento jurídico. É o princípio da nulla poena

(6)

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Art. 5º, XXXIX, CF: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Art. 1º, CP: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

2. Princípio de anterioridade: A lei que estabelece a pena precisa ser anterior à

ocorrência do crime. Nenhuma conduta será punida se cometida antes de en-trar em vigência hipotética lei que a vede. Nulla poena sine praevia lege.

3. Princípio da intranscendência: A pena não ultrapassa a pessoa do

condena-do. Isto significa que ninguém além do agente deve sofrer punições por conta do ilícito por ele praticado. Antigamente se poderia punir o filho de alguém que houvesse causado lesão ao filho de outrem, por exemplo, o que jamais seria aceito hoje.

Art. 5º, XLV, CF: Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

Exceção – Os efeitos da condenação (obrigação de reparar o dano e decretação

de perdimento de bens) podem ser transmitidos aos sucessores, até o limite do patrimônio transferido. Claro que isto só pode acontecer quanto aos bens materiais. Jamais passaria a descendente algum uma pena de reclusão.

4. Princípio da inderrogabilidade: Quando existem os requisitos necessários

para a condenação, a pena não pode deixar de ser aplicada e de ser cumprida integralmente. Decorre do princípio da estrita legalidade.

Mitigação – há situações em que a pena não é aplicada normalmente: prescrição,

perdão judicial, sursis, etc.

5. Princípio da intervenção mínima: A pena só deve ser aplicada para tutelar

bens jurídicos penalmente reconhecidos.

6. Princípio da humanidade ou humanização das penas: A pena sempre deve

respeitar os direitos fundamentais do condenado, não podendo violar sua integ-ridade física ou moral. São vedadas no Brasil as penas cruéis, forçadas, de bani-mento e a pena de morte.

7. Princípio da proporcionalidade: A pena aplicada deve ser justa e

proporcion-al ao ilícito que está sendo punido, e também deverá servir para prevenir a práti-ca deste.

8. Princípio da individualização da pena: Consiste na ponderação das

circun-stâncias objetivas e subjetivas (relativas ao condenado) na aplicação da pena. Este princípio pede que se avaliem os fatores que acompanham o agente em

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questão para que se obtenha a melhor forma de punição para ele, a mais cabív-el ao caso. Trata-se de um prezo pcabív-ela real justiça, que precisa atender ao in-divíduo “personalizadamente”, e não se aplicar de forma generalizada.

Art. 5º, XLVI, CF: A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos.

Finalidade da Pena

Atualmente, há três teorias distintas reconhecidas para explicar o fim último da sanção penal.

1. Teoria absoluta e a finalidade retributiva: A pena é a resposta justa do

Esta-do a um mal injusto praticaEsta-do pelo condenaEsta-do. Nesta ótica, não há finalidade prática na pena: seu objetivo é apenas a retribuição à conduta ilícita, e não a reabilitação social do criminoso.

2. Teoria relativa e a finalidade preventiva: Considera que a função da pena é

prevenir a prática de novos ilícitos penais, como uma forma de intimidação do Estado. Assim, não importaria qual a condenação aplicada, mas somente que ela fosse aplicada.

Duas formas de prevenção:

• Geral: Busca o controle da violência, para diminuí-la ou evitá-la. Mostra à sociedade o que acontece com quem age ilicitamente.

• Negativa – Desencoraja a prática de novos ilícitos penais por meio da coação psicológica a potenciais criminosos;

• Positiva – Reafirma a existência e validade do Direito Penal e o poder que tem o Estado.

• Especial: Destinada ao condenado, e não ao restante da sociedade. • Negativa – Desencoraja e evita a reincidência.

• Positiva – Promove a ressocialização do condenado por meio de um juízo de contraprestação.

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3. Teoria mista e a dupla finalidade: Aqui, unem-se as finalidades de punição do

condenado pela prática do ilícito e prevenção da prática de novos ilícitos. É a teoria adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro.

Art. 59, caput, CP: [...] conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.

Teoria agnóstica ou negativa: Nova concepção que questiona as teorias da pena e o

poder punitivo do Estado. Advinda da observação da prática, principalmente no que diz respeito à função de ressocialização da pena, a nova teoria considera que este fim não pode ser integralmente alcançado. Considera que, na realidade, a finalidade da pena é apenas a neutralização do condenado, afastando-o da sociedade.

Função Social da Pena

A pena não deveria ser apenas uma retribuição ao ilícito; deveria ser eficaz para atender mais amplamente aos interesses da sociedade, promovendo a tutela dos bens jurídicos e a manutenção e o desenvolvimento do indivíduo e da coletividade.

Fundamentos da Pena

• Retribuição: A pena aplicada ao condenado deve retribuir (proporcionalmente) o mal causado na infração cometida.

• Reparação: Deve haver o ressarcimento, à vítima do crime, pelo mal causado. • Denúncia: Reforça-se a reprovação social à prática do crime.

• Incapacitação: Pretende-se retirar o condenado do meio social, por meio da privação da liberdade, incapacitando-o de agir mal novamente.

• Reabilitação: A pena deveria recuperar o condenado, tornando-o útil e apto para o convívio social.

• Dissuasão: Deseja-se desencorajar o condenado e a sociedade de praticar ilícitos.

Classificação das Penas

As penas podem ser classificadas em 4 espécies, de acordo com o bem jurídico do condenado que será atingido:

1. Pena Privativa de Liberdade – PPL: Retira o direito de locomoção do

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Atenção! É vedada a prisão perpétua pelo ordenamento jurídico brasileiro. O tempo máximo da pena é de 30 anos, para crimes; e de 5 anos, para

contra-venções penais.

2. Pena Restritiva de Liberdade – PRL: Restringe o direito de locomoção do

condenado, mas não o priva da liberdade. Exemplo: proibir que o condenado frequente determinados locais de moral duvidosa; deportação; extradição, etc.

3. Pena Restritiva de Direitos – PRD: Aplicada em substituição à pena privativa

de liberdade, retira um ou mais direitos do condenado.

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RESUMO PRÁTICO

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2. Espécies de Pena

Pena Privativa de Liberdade

Sanção penal que retira o direito de locomoção do condenado por tempo determinado.

PREVISÃO DO CP

• Para crimes

• Reclusão (tempo máximo de 30 anos) • Detenção

• Para contravenções penais

• Prisão simples (tempo máximo de 5 anos)

Regime Penitenciário

É o meio pelo qual se efetiva o cumprimento da pena.

Art. 33, §1º, CP: Considera-se:

a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;

b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;

c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.

Fixação do Regime Inicial

Para determinar o regime inicial, são determinantes os seguintes fatores: • Reincidência

• Quantidade de pena aplicada ao sujeito • Circunstâncias judiciais

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Art. 33, §2º, CP: As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:

a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;

b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;

c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.

Art. 33, §3º, CP: A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.

Observação: O STJ não considera a gravidade do crime como critério suficiente para definir que o cumprimento da pena terá início no regime fechado.

O regime inicial da pena será determinado pelo juiz sentenciante, mas a execução da pena

privativa de liberdade é competência do juízo de execução penal. Se o juiz sentenciante fixar o regime inicial de forma equivocada, este não poderá ser alterado pelo juiz de

execução.

Crimes hediondos – São os elencados no art. 1º da Lei 8.072/90 (rol taxativo), e os

equiparados a hediondos, previstos no art. 5º, XLIII da CF. Para estes, independentemente das circunstâncias, a lei prevê como regime inicial de cumprimento o regime fechado. Entretanto, o STF reconheceu a inconstitucionalidade do art. 2º, §1º da Lei de Crimes Hediondos, considerando ofensa aos princípios da proporcionalidade e individualização da pena!

Pena de Reclusão

O regime inicial poderá ser fechado, semiaberto ou aberto.

SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

• Reincidente: Início em regime fechado, independente do tempo de pena cominado.

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Atenção! De acordo com a súmula 269 do STJ, “é admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a

quatro anos, se favoráveis as circunstâncias judiciais”.

• Primário condenado a pena superior a 8 anos: Início em regime fechado.

• Primário condenado a pena superior a 4 anos e inferior a 8 anos: Início em regime semiaberto.

• Primário condenado a pena igual ou inferior a 4 anos: Início em regime aberto.

Detenção

A pena terá seu cumprimento iniciado em regime semiaberto ou aberto. Não é admitido o regime inicial fechado.

SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

• Reincidente: Início em regime semiaberto.

• Primário condenado a pena superior a 4 anos: Início em regime semiaberto. • Primário condenado a pena igual ou inferior a 4 anos: Poderá ter início em regime

aberto.

PRISÃO SIMPLES

O condenado pela prática de contravenção penal irá cumprir a pena privativa de liberdade em:

• Estabelecimento especial; ou

• Seção especial de prisão comum (sem rigor penitenciário e separado dos presos que estão cumprindo pena de reclusão e detenção).

Atenção! Não há regime fechado na prisão simples.

Execução das Penas

A execução penal inicia-se com a expedição da guia de recolhimento (documento que dá início ao processo de execução).

(14)

www.trilhante.com.br 14 As penas mais graves sempre deverão ser executadas primeiro, independentemente da ordem da expedição ou de chegada das guias.

PROGRESSÃO DE REGIME

É a transferência do condenado para um regime menos gravoso do que aquele em que ele se encontra.

Para que ela possa ocorrer, são exigidos dois requisitos cumulativos, um objetivo e um subjetivo:

Objetivo – tem que ter havido o cumprimento de, no mínimo, 1/6 da pena pelo condenado. • Para crimes hediondos:

• Condenado reincidente – pelo menos 3/5 da pena cumprido • Condenado primário – pelo menos 2/5 da pena cumprido Subjetivo – o condenado tem que ter bom comportamento carcerário.

Atenção! A progressão não pode se dar por salto – do regime fechado direto para o aberto sem passar pelo semiaberto. No entanto, a regressão de regime

poderá dar-se do aberto diretamente para o fechado.

REGRESSÃO DE REGIME

É a transferência do condenado para um regime de cumprimento de pena mais gravoso do que aquele em que ele se encontra

Hipóteses – Art. 118 da Lei de Execução Penal:

• Prática de fato definido como crime doloso ou falta grave (art. 50, LEP);

• Nova condenação, por crime anterior, cuja pena somada ao restante da pena em execução torne incabível o presente regime.

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RESUMO PRÁTICO

3

REGIMES DE

CUMPRIMENTO DE

PENA

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OPS....

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