CADEIA DE VALOR DA INDÚSTRIA DE GÁS NATURAL EM MOÇAMBIQUE

REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

AUTORIDADE TRIBUTÁRIA DE MOÇAMBIQUE

“CADEIA DE VALOR DA

INDÚSTRIA DE GÁS

NATURAL EM

MOÇAMBIQUE”

ENQUADRAMENTO - 1

•

Descoberta de ≈200 triliões de pés cúbicos (TCF) de gás

natural,



9 TCF na Bacia de Moçambique (Pande/Temane, produção

2004) e



≈ 190 TCF na Bacia do Rovuma (Cabo Delgado).

•

Estas reservas colocam Moçambique na lista das maiores

reservas de gás natural do mundo, por terem sido

identificadas características geológicas atractivas para pesquisa

de petróleo ou gás natural, que abrem perspectivas de um

rápido crescimento económico e industrialização do país.

•

O projecto de pesquisa e exploração da bacia do Rovuma é

liderado pelas empresas; Anadarko Petroleum, a Empresa

Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Moçambique e pela

Ente Nazionale Idrocarburi (ENI). Além das previamente

citadas, outras grandes companhias como a Sasol Petroleum

International, Petronas, Mitsui & Co. também estão envolvidas

no projecto.

ENQUADRAMENTO - 2

• O valor do investimento actual gira em torno de US$ 25 bilhões para o desenvolvimento de uma cadeia de valor que inclui desde implantação das indústrias à centros de gaseificação.

• Com as descobertas em quantidades comerciais de gás natural, o próximo passo para o seu desenvolvimento será a finalização de um acordo para o desenvolvimento (PoD) e a construção de instalações de gás natural liquefeito e de terminais de exportação.

LISTA DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO EM VIGOR

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Tipo de Data Contrato Efectiva

SPT Jazigo de Pande e Temane PPA 26/10/00 SPT(70%) + CMH(25%) + IFC(5%) Produção

SPM Blocos de Pande e Temane PSA 01/09/02 SPM (100%) Pesquisa

SPS Bloco 16 e 19 EPCC 01/07/05 SPS (50%) + ENH (15%) + PCMRB (35%) Pesquisa

Statoil Àrea 2 e 5 da Bacia do Rovuma EPCC 01/06/06 Statoil (65%) + Tullow (25%) e ENH (10%) Abandonada

EEA Àrea 4 da Bacia do Rovuma EPCC 01/02/07 EEA (42,5%) + CNPC (28,5%) + ENH (10%) + Galp (10%)+ KOGAS (10%) Pesquisa

AMA 1 Àrea 1 da Bacia do Rovuma EPCC 01/02/07 AMA 1 (26.5%) + Mitsui (20%) + ENH (15%) + BPRL (10%) + Oil India (10%) + ONGC Videsh (10%) + PTT (8.5%) Pesquisa

AMA 1 Àrea Onshore da Bacia do Rovuma EPCC 01/09/07 AMA 1(35.7%)+Wentworth(15.3%) + Maurel & Prom(24%) + ENH(15%) + PTT(10%) Pesquisa

SPS Bloco de Sofala EPCC 01/02/07 SPS (85%) + ENH (15%) Abandonada

BH Bloco de Buzi EPCC 01/04/09 BH (75%) + ENH (25%) Pesquisa

PCMRB Àrea Offshore 3 e 6 da Bacia do Rovuma EPCC 01/04/09 PCMRB (50%) + TOTAL (40%) + ENH (10%) Pesquisa

SPME Àrea A Onshore EPCC 01/06/11 Sasol (90%) + ENH (10%) Pesquisa

ROMPCO Temane (Moç.) a Secunda (RAS) 865 KM PLA 26/10/00 Sasol (50%) + Gov. Moç.(25%) + Gov.RAS (25%) Transporte de Gas

MGC Ressano Garcia a Matola PLA 28/04/04 ENH 30%+CDGM 30%+GIGA 40% Transporte de Gas

Fase LISTA DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO EM VIGOR

Operadores Área Concessionárias (Interesse Participativo)

CONCESSÕES PETROLÍFERAS

NOVAS ÁREAS ADJUDICADAS - 1

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FASES DA CADEIA DE VALOR DA INDÚSTRIA DO GÁS - 1

– Upstream;

– Midstream; e

– Downstream.

PROJECTO DE PANDE E TEMANE

A construção do empreendimento iniciou em 2002 e em 2004 entrou em pleno funcionamento;

3,59 Tcf de reservas provadas de gás natural (Produção, Transporte e Distribuição).

DESENVOLVIMENTO DE LNG

• A Americana Anadarko e a Italiana ENI pretendem, inicialmente, construir quatro fábricas de LNG (duas cada), com uma capacidade total de 20mtpa • A Anadarko, operador da Área 1 da Bacia do Rovuma, estima que os cerca

de 70+ TCF de gás natural descoberto na Área 1 são suficientes para a exportação de 50 milhões de toneladas métricas anuais (mmtpa) de LNG em 30 anos ou para responder a 20 por cento das actuais necessidades globais de gás.

• Anadarko prevê a construção das suas fábricas em terra, concretamente no Cabo Afungi, à cerca de 20 quilómetros Sul da vila sede de Palma.

• ENI pretende construir fábricas flutuantes de LNG no alto mar, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas por ano (cada uma), uma alternativa ainda a ser apreciada pelas autoridades nacionais.

RESUMO DOS GANHOS PARA O PAÍS

A expectativa é de que o empreendimento permita:

• Desenvolvimento de infra-estruturas;

• Desenvolvimento de competências técnicas aos Moçambicanos;

• Desenvolvimento de projectos integrados, nomeadamente combustíveis líquidos (GTL), produção de fertilizantes e geração de energia eléctrica;

• Desenvolvimento da indústria e empresas nacionais, em particular as indústrias de pequena e média dimensão;

• Aumento da capacidade de fornecimento de energia à população local;

• Melhoria nas condições do Distrito e consequentemente de vida da população.

CONTRIBUIÇÃO DOS SECTORES PETROLÍFERO E

MINEIRO DE 2010 À 2015

Exploração de Recursos Minerais 341,43 746,06 1774,88 2417,5 2270,96 1905,55

Contribuição na Receita Total 1,85% 1,95% 3,94% 4,72% 5,02% 5,56%

0.00% 1.00% 2.00% 3.00% 4.00% 5.00% 6.00% 1 2 3 4 5 6

Contribuição na Receita Total

REGIME FISCAL PARA O SECTOR PETROLÍFERO - 1

I. Imposto sobre a Produção de Petróleo

Base Tributável

• A base tributável do Imposto sobre a Produção do Petróleo (IPP) é o valor do petróleo produzido/extraido, que inclui as quantidades de petróleo eventualmente perdidas em resultado de deficiência de operação petrolífera ou negligência;

• A consideração do preço da última venda realizada pelo sujeito passivo com referência ao preço do mercado internacional, para efeitos de valoração

.

Taxas

• As taxas do IPP previstas na Lei nº27/2014, de 23 de Setembro, são as seguintes:

• a) 10% para o petróleo bruto, • b) 6% para o gás natural,

REGIME FISCAL PARA O SECTOR PETROLÍFERO - 2

II. Regras Especificas do Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Colectivas para o sector;

 Taxa : 32%

 Delimitação (ring fencing) por concessão petrolífera:

• Não comunicabilidade dos proveitos e custos entre as áreas cobertas pelo respectivo Contrato de Concessão para Exploração e Produção do Petróleo, detidas pela mesma entidade.

 Definição clara dos Custos Dedutíveis e dos Encargos não dedutíveis na liquidação do IRPC;

 Determinação dos custos com actividades a jusante;

 Taxas de Amortização específicas: (Despesas de Pesquisa e Avaliação 100%; Despesas de Desenvolvimento 25%; Activos de Produção 20%; Prémios pagos na aquisição de participações 10%; outros activos 10%).

 Tributação das mais-valias: Os ganhos obtidos por não residentes em

território moçambicano, com ou sem estabelecimento estável, resultantes da alienação onerosa ou gratuita, directa ou indirecta, de direitos petrolíferos em território moçambicano, são tributáveis como mais-valias, à taxa de

REGIME FISCAL PARA O SECTOR PETROLÍFERO - 3

III. Mecanismos de partilha de produção

•Mecanismos de recuperação dos custos incorridos na execução

das Operações Petrolíferas,

•Mecanismos de Partilha de Produção entre o Governo e a

Concessionária com base no Factor R, o qual reflecte a divisão

das receitas de venda de Petróleo lucro.

IV. Benefícios Fiscais

Compreende os direitos aduaneiros devidos na importação de

bens da classe k da Pauta Aduaneira e equiparados do Anexo II a

este Regime, excluindo-se o IVA, tendo em atenção o projecto de

adopção do IVA Liquido, com efeitos a partir de 2015, e a

natureza do IVA como imposto geral sobre consumo, bem como

o seu carácter de neutralidade. Exclui igualmente a isenção do

ICE, dada a sua incidência objectiva.

OBRIGADO!

Referente ao slide 4

SPT: Sasol Petroleum Temane, Limitada

SPM: Sasol Petroleum Mozambique, Limitada

SPSo: Sasol Petroleum Sofala, Limitada

EEA: ENI East Africa SPA

AMA 1: Anadarko Moçambique Área 1, Limitada

AMA 1: Anadarko Moçambique Área 1, Limitada

SPSe: Sasol Petroleum Sengala, Limitada

BH: BUZI Hydrocarbons

STATOIL: Statoil Oil & Gas Mozambique AS

PCMRB: Petronas Carigalli Mozambique Rovuma Basin, Limited

SPME: Sasol Petroleum Mozambique Exploration Limited

ROMPCO: Republic of Mozambique Pipeline Company

MGC, SA: Matola Gas Company, SA

CMH, SA: Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, SA IFC: International Finance Corporation

CNPC: China National Petroleum Corporation

ONGC Videsh Oil and Natural Gas Corporation Videsh (Ìndia)

Contratos de Concessão

EPCC: Contrato de Concessão para Pesquisa e Produção "na sigla inglesa"

PSA: Contrato de Partilha de Produção "na sigla inglesa"

PPA: Contrato de Produção de Petróleo "na sigla inglesa"

PLA: Contrato de Concessão de Gasoduto "na sigla inglesa"

Lista de Acrónimos Operadores

Referente ao slide 4

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ENH, EP: Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, EP Tullow: Tullow Mozambique Limited

Galp: Galp Rovuma

KOGAS: Korean Gas Corporation

Mitsui: Mitsui & Co. Limited

BPRL: Bharat Petroleum Resources Limited

Videocom: Videocom Mozambique Rovuma 1, Limited

PTTEP: PTT Exploration and Production Public Company, Limited

Wenthworth: Wenthworth Petroleos Moçambique, Limitada

Maurel & Prom: Les Establissements Maurel & Prom SA

CDGM: Companhia de Desenvolvimento de Gás de Moçambique, SA

GIGA: Gigajoule International (PTY)