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Academic year: 2021

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Novidades do Mercado

Por Diego Meneghetti

De sensor curvo a leitor biométrico, as patentes registradas pelas empresas

do setor incluem produtos e recursos inovadores e com grandes chances de

chegarem ao mercado a médio prazo. Conheça os principais projetos

novas tecnologias

saiba o que Pode Mudar Na

FotograFia coM as

Das novidades, o sensor curvo é a que pode provocar uma revolução na fotografia sh ut te rs to ck

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C

om a proximidade da Pho-tokina 2018, feira programa-da para ocorrer de 26 a 29 de setembro, em Colônia, Ale-manha, o universo em tor-no do mercado fotográfico se enche de expectativa do que vem por aí. Mas, além do que será apresenta-do na tradicional feira – que a partir de 2018 passa a ocorrer anualmen-te –, muita coisa pode ser adiantada quando se avalia as patentes regis-tradas pelas empresas e pelos con-sequentes rumores que pululam na internet. Uma das mais comentadas é o sensor curvo, alvo de estudos de Sony, Canon e Nikon.

A novidade mais próxima de ser concretizada são as câmeras

mir-rorless com sensor full frame de Ca-non e Nikon – inédito para as duas marcas, pois a experiência de Sony e Fujifilm de alguns anos mostra que o padrão é um caminho bem acertado. Do lado da Canon, ain-da há pouca definição: uma paten-te registrada pela marca no Japão em junho deste ano mostra o proje-to de um novo encaixe híbrido, com sete contatos eletrônicos e compa-tível com lentes EF e EF-M (um tan-to estranho, sugerindo uma com-patibilidade entre sensor full frame e as lentes da atual linha mirrorless da empresa).

Relatos de um possível protó-tipo de câmera também circulam na internet, reportando que o no-vo corpo mirrorless da Canon difere das linhas existentes, tem um LCD superior semelhante ao da Leica SL e disparo contínuo de pelo me-nos 10 imagens por segundo. Mas como o roadmap da empresa para 2018 não traz algo desse tipo, po-de ser que a mirrorless full frame da Canon chegue só em 2019. O cer-to é que eles têm direcionado esfor-ços para esse padrão.

LCD superior como o da Leica SL (foto mais abaixo)

Fo to s: d iv ul ga çã o

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Novidades do Mercado

Ao lado, projeções do que poderia ser a nova série de câmeras mirrorless da nikon, projeto com um novo encaixe de lentes

Durante uma conferência me-ses atrás, o CEO da Canon, Fu-jio Mitarai, afirmou que a empre-sa pretende expandir as vendas no segmento mirrorless para ajudar na arrojada meta de conquistar 50% de market share de todo o merca-do de câmeras de lentes intercam-biáveis. Projetos para isso não fal-tam: só em 2017 a Canon registrou 3.285 patentes nos EUA, atrás ape-nas de IBM e Samsung – há déca-das a Canon figura no ranking déca-das 10 empresas com mais registros de patentes no mercado norte-ameri-cano. Segundo o relatório de 2017 da IFI Claims, no ranking de mais registros nos EUA a Ricoh ficou em

28º lugar, a Fujifilm em 47º e a

Ni-kon em 163º .

Mesmo com poucos pedidos de registros (204 em 2017), a Nikon apa-renta ter planos mais bem definidos. Após uma reorganização de suas fi-nanças, a empresa voltou a dar lucro e, pelas suas recentes patentes, dá sinais de que tem direcionado bas-tante pesquisa e desenvolvimento para lançar uma mirrorless avançada – aos moldes da Sony a7 III.

Os projetos sugerem que o mo-delo utilizará um novo encaixe de len-te (que len-tem sido chamado de monta-gem “Z”) com flange de 16 mm (um pouco mais curto que o encaixe Sony E), sensor full frame de 24 ou 48 MP (é possível que a Nikon apresente du-as câmerdu-as com resolução diferen-tes, antes mesmo da Photokina), cor-po similar ao da Sony a7 III, mas com melhor empunhadura, estabilização de imagem no sensor, visor eletrôni-co de alta definição e eletrôni-compatibilidade com cartões XQD e CF Express. Com a câmera, a Nikon sinalizou que irá apresentar um adaptador para o en-caixe F com total compatibilidade de recursos, como autofoco e diafragma eletromagnético.

Nos próximos meses a Nikon

Fo to s: d iv ul ga çã o

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há a expectativa de que a nikon apresente as lentes de novo encaixe este ano, na Photokina – ao lado, um estudo de como poderão ser

também deve apresentar lentes com o novo encaixe: projetos de uma 24-70 mm f/4, uma 35 mm f/1.4 e uma 50 mm f/1.4 já foram patenteados pela empresa. Aliás, em maio de 2018 a Nikon registrou a marca “Noct” na União Europeia, dando sinais de que a série de len-tes de abertura super clara pode voltar à ativa, agora para o padrão

mirrorless – já que a Nikon possui duas patentes de objetivas nesse estilo, uma 52 mm f/0.9 e uma 36 mm f/1.2. No mesmo mês, a em-presa também registrou o proje-to de uma lente retrátil com obtu-rador embutido para câmera

mir-rorless de lentes intercambiáveis – algo que deixaria o produto ainda mais portátil.

quALiDADe De iMAgeM

Outras patentes de objetivas registradas pela Nikon nos últi-mos meses revelam também o de-senvolvimento de um sensor cur-vo, tecnologia que ainda não che-gou ao mercado de câmeras com lentes intercambiáveis. Em 2017, a empresa registrou projetos de uma lente 35 mm f/2.0 e uma 20 mm f/2 para uma câmera full

fra-me de sensor curvado. As patentes

ainda detalhavam que o sensor se-ria retroiluminado e com um siste-ma duplo de obturador, siste-mas não trouxeram detalhes.

A vantagem em relação ao con-vencional sensor plano seria a me-lhor qualidade de imagem princi-palmente nas áreas periféricas do quadro, evitando problemas ópti-cos, que atualmente são minimi-zados com a adição de elementos nas objetivas. Na prática, o sen-sor curvo também permitiria len-tes com projetos mais simples e, consequentemente, mais baratas e acessíveis.

A Canon também possui proje-tos em sensor curvo, que seguem por caminhos diferentes. Ainda em 2016, a empresa registrou no Japão duas patentes: a primeira é de um sensor com apenas as bordas cur-vas, o que poderia eliminar proble-mas com vinheta; a segunda é mais inovadora e traz a ideia de um sen-sor que pode ser curvado eletronica-mente. Isso porque, em tese, o raio de curvatura do sensor precisaria ser compatível com a distância focal da lente e o controle da curvatura do sensor poderia ampliar a compatibi-lidade focal – ou ainda provocar efei-tos criativos na imagem.

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Novidades do Mercado

A Sony (que é um dos fornece-dores de sensor para a Nikon) tem projetos nesse sentido desde 2012, quando avaliou que um sensor cur-vo pode duplicar o aproveitamen-to da luz na borda da imagem. Em 2014, a marca chegou a apresentar um protótipo de 2/3 de polegada e, em 2017, registrou uma patente no Japão de uma objetiva 400 mm f/2.8 para um sensor curvo médio

for-Fo to s: d iv ul ga çã o Segundo pesquisas do setor, o sensor curvo possibilitaria a criação de conjuntos ópticos mais simples, mais luminosos e imagens mais bem definidas

Dos fabricantes, a Sony parece ser a mais adiantada no projeto do sensor curvo

ria sincronizar com flash em qual-quer velocidade. Nesse projeto da Sony, cada pixel carrega seu pró-prio conversor analógico-digital, o que resolveria também o proble-ma de rolling shutter em vídeos (um sensor CMOS convencional proces-sa as informações linha por linha).

A Panasonic também tem um projeto de sensor com obturador global, anunciado no mesmo mês da patente da Sony. Nesse caso, o projeto propõe uma camada orgâ-nica fotossensível sobre o circuito CMOS de 8K (pequeno ainda para foto, mas muito útil para vídeo), al-go semelhante à tecnologia de sen-sor orgânico que a empresa anun-ciou ainda em 2013, em colabora-ção com a Fujifilm – mas que até agora não saiu do papel.

ReCuRSoS

É certo que a maioria das pa-tentes da indústria não chega a se tornar um produto comercial, mas a amplitude de projetos em uma mesma área mostra que há po-tencial de mercado – como é o ca-so do senca-sor curvo. A Canon, pro-lífera em patentes, mostra que seu lado inovador ainda está ativo, pelo menos em projetos. Uma das ideias mato, semelhante ao 645 (que seria

maior que o sensor da Fuji GFX-50s e da Hasselblad X1D-50).

Já em fevereiro de 2018 a em-presa anunciou a pesquisa de outra tecnologia, um sensor em cama-das que pode processar a informa-ção de todos os fotodiodos simulta-neamente, possibilitando um obtu-rador eletrônico global que dispen-saria a cortina mecânica e

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pode-mais intrigantes é a de adicionar um leitor biométrico em câmeras e objetivas, se-melhante ao que se tem hoje em dia nos

smartphones. Uma patente da Canon regis-trada nos EUA descreve um aparato ele-trônico para autenticação com a digital dos dedos. Além de ser usado para destravar o equipamento, um leitor biométrico poderia carregar automaticamente ajustes confi-gurados previamente pelo fotógrafo.

Mesmo com tantas patentes no pa-drão mirrorless, alguns projetos da Ca-non sugerem que a DSLRs ainda têm um futuro garantido – pelo menos a médio prazo. Um dos passos mais simples pode ser a adição de botões retroiluminados no corpo de DSLRs intermediárias, como mostra uma recente patente da empresa (esse recurso só está disponível em mo-delos topo de linha, como na Nikon D850). Outra adição que pode chegar à DSLR é a ideia de um monitor LCD articulado que cobre toda a parte de trás do corpo e, ao ser articulado para cima e para os la-dos, adquire a praticidade de um monitor externo de 7 polegadas – muito útil para o modo de vídeo. Pela patente registrada no Japão no final de 2017, o corpo da câ-mera continuaria com alguns botões físi-cos, mas certamente a interface

touchs--creen tomaria um lugar predominante no controle da DSLR. Se a ideia é práti-ca ou não, só o merpráti-cado poderá avaliar.

Patentes registradas nos euA

As quatro empresas do setor fotográfico com mais projetos apresentados

Leitor biométrico na câmera (acima, numa simulação) é para o futuro; botões iluminados (ao lado) já existem

2013 2014 2015 2016 2017

Nikon Canon Fujifilm Ricoh

400 348 250 220 869 747 699 224 695 1471 932 1634 1629 1412 1145 3829 4056 4134 3665 3285

Referências

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