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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – MotorPress – Men’s Health (Lisboa)

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(1)

IREI

folitécnico

Polytechnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Comunicação Multimédia

Ana Filipa Esteves Freire Saldanha

(2)

Escola Superior de Comunicação, Educação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ANA FILIPA ESTEVES FREIRE SALDANHA

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADA EM COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA

(3)

i

Ficha de identificação

Ana Filipa Esteves Freire Saldanha Nome

5007803 Nº de aluna

Instituto Politécnico da Guarda Instituição Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Unidade orgânica

Comunicação Multimédia Curso

Doutor. Joaquim Manuel Fernandes Brigas Orientador

MotorPress – Men’s Health / Gonçalo Claro e Nuno Oliveira Organizações R. Policarpo Anjos, n.º 4, 1495-742 Morada

+351 214 154 500 Telefone www.linkedin.com/company/motorpress-lisboa www.menshealth.com.pt www.pt.linkedin.com/in/pedro-lucas-77976414 www.goncaloclaro.com www.facebook.com/NunoOliveiraPhotography websites

Diretor Pedro Lucas Supervisor

Licenciatura em Sociologia, ISCTE Nível de formação

1 de setembro de 2015 Início de estágio

(4)

ii

Agradecimentos

“Nas nossas vidas diárias, devemos ver que não é a felicidade que nos faz agradecidos, mas a gratidão é que nos faz felizes.”

Albert Clarke

Não vejo a gratidão como um dever, muito pelo contrário, este acto reflete todo o agradecimento que tenho dentro de mim, às diversas pessoas, locais, e momentos, agradecimento esse que ao longo destes anos me roubou sorrisos, lágrimas mas que acima de tudo me deu coragem, me obrigou a crescer, me ensinou da melhor forma possível, a ser eu própria e a conquistar a meu lugar nesta vida. Posto isto deixo aqui o meu muito obrigada, de coração:

à cidade da Guarda, cidade onde nasci e me hospedou nos seus 5 F’s, cidade que me criou memórias ao longo de todos estes anos, cidade que me acolheu da melhor forma, cidade onde aprendi a ser quem sou, cidade académica mas, acima de tudo, cidade à qual tenho orgulho de chamar de minha;

ao Instituto Politécnico da Guarda e à minha escola, Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto, onde adquiri os mais diversos conhecimentos e com os quais vou desenvolver no futuro o meu trajecto profissional, e ainda onde tive a enorme sorte de conhecer as melhores pessoas, desde colegas, a professores, criando grandes amizades que de certo me irão para sempre acompanhar;

ao professor Joaquim Brigas, por ter aceite ser meu orientador de estágio, bem como por todo o apoio prestado ao longo destes meses, pela amizade que sempre me dedicou e que decerto se manterá;

à Men’s Health, com especial atenção aos fotógrafos Gonçalo Claro e Nuno Oliveira, ao meu supervisor Pedro Lucas e à fantástica equipa da qual tive o privilégio de fazer parte. Desde o primeiro dia acolheram-me como parte da pequena “família” e sem quaisquer impedimentos fizeram-me sentir em casa, transmitindo-me conhecimentos e auxiliando-me incondicionalmente;

(5)

iii ao Rui Campos, ex. professor, ex. colega e mais que isto, meu grande amigo, por todos os ensinamentos, por toda a ajuda e presença constante;

aos meus companheiros e amigos, que desde o início estiveram presentes. Duas pessoas que em momento nenhum me abandonaram, Rita e Vitor. Obrigada por me aturarem, por todos os puxões de orelhas, por estarem sempre que mais precisei, por todo o carinho e principalmente por todas as dores de barriga que me deram (por me fazerem rir até chorar). Foram vocês que quebraram a monotonia desta vida académica, é por pessoas como vocês que a amizade é indispensável e que a vida não faz sentido se não tivermos com quem a partilhar;

como não podia deixar de ser, a todos aqueles que, não me dando ao trabalho de chamar de inimigos, tiveram a preocupação constante de me criticar e de me querer ver cair, de me magoar e de me deixarem muitas vezes a questionar-me “porquê”. A esses agradeço com especial intenção. Foi assim que distingui os verdadeiros, os amigos que me apoiaram, me ajudaram a reflectir sobre as críticas e me calçaram as luvas brancas para dar a minha chapada final e sempre que um “porquê” aparecia estes estavam presentes para me ajudar a alcançar a resposta e a seguir de cabeça erguida;

à minha madrinha, Xana, minha segunda irmã, pelo carinho, protecção e palavras que nunca lhe faltaram ao longo dos meus 22 anos, e claro por toda a fralda que me trocou (prometi-lhe que mencionaria este pormenor). A ela devo muito, especialmente a coragem de fazer o que mais gosto porque só assim estarei completa. Sem esquecer a maluquice que nos une pois com isso percebemos o quão importante é partilharmos estes momentos, já dizia Osho: “ficar louco de vez em

quando é a necessidade básica para permanecer são”;

à minha cunhada, Vera, que mais que isso é como se fosse uma irmã para mim. Aos pais dela, meus segundos pais (Patrocínia e Pai Zé), por estarem presentes a qualquer hora do dia e me terem apoiado inteiramente em todos estes anos, não são de sangue mas o coração não é consciente disso;

a toda a minha família, que sempre me ajudou e me transmitiu força, dizendo que na vida nada é impossível e que a conquista está a um pequeno passo. Com especial

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iv atenção aos meus avós que com a sua sabedoria citavam Charles Chaplin dizendo que: “a persistência é o caminho do êxito”;

ao meu Irmão, o meu melhor amigo. Aquele que, incomparavelmente sempre será o melhor de todos, aquele que tem defeitos e que os assume, aquele que erra e que não foge da culpa, aquele que fala comigo não só como irmão, não só como amigo, mas sim como pessoa que já viveu e passou por muito. É isso que ele me ensina, é assim que ele me quer ver crescer. Ele quer o melhor para mim, e sei que nunca deixará que nada me falte. É ele quem mais deposita confiança em mim, e ao qual não irei falhar porque sei o quanto lhe devo. Para ele estas palavras não chegam, terei de juntar o melhor que há entre nós, o abraço, esse fala por si;

aos meus pais, pois os últimos são os primeiros, sei que a maior felicidade que lhes posso dar estará em breve concluída. A eles tudo lhes devo, são sem dúvida os meus maiores tesouros, os mais preciosos, são aqueles que me tiram as palavras por completo e me dão em troca sorrisos infindáveis e uma felicidade tão imensa que é impossível descrever sem ser por atitudes. Um enorme obrigada, por todos os “raspanetes”, todos os sonos perdidos, todos os debates, todos os conselhos, todas as preocupações, todos os sins e todos os nãos, todo o amor e toda a cumplicidade que nos unifica, por tudo e tudo e tudo. São únicos na minha vida, não por serem meus pais mas, por serem os melhores amigos, e as melhores pessoas que alguma vez conhecerei, e isso faz de mim a melhor pessoa aos meus olhos, porque amar assim é amar da maneira mais pura que existe. Obrigada por me terem ajudado a desenhar a vida a cores. Para mim vocês são eternos!

(7)

v

Resumo

Com o presente relatório de estágio, a estagiária pretende descrever toda a experiência vivida ao longo de três meses, como parte integrante do grupo de trabalho da Men’s Health Portugal, e do grupo de freelancers1 do qual fazem parte Gonçalo Claro e Nuno Oliveira, nos quais executou tarefas na área da fotografia, passando pelas suas diversas categorias, do retracto à paisagem, do comercial ao editorial, entre outras.

Este relatório de estágio encontra-se dividido por dois capítulos. No primeiro far--se-á uma inicial abordagem ao grupo Men’s Health Portugal, revista masculina, integrante no Grupo Motor Press Lisboa, é elaborada uma resumida e cuidada apresentação dos membros das duas equipas, das quais a estagiária fez parte. Desde o seu supervisor, director da revista, Pedro Lucas, aos fotógrafos conceituados, Gonçalo Claro e Nuno Oliveira, colegas de trabalho, que embora realizem produções em separado, executam juntamente toda a pós produção. Num segundo capítulo fornece-se ao leitor uma introdução teórica a todos os temas abordados, descrevendo cada uma das actividades levadas a cabo, bem como o cronograma referente às rotinas laborais da estagiária.

Em jeito de conclusão, apresentar-se-á uma reflexão final, acerca da experiência vivida ao longo de todo o estágio curricular, o primeiro contacto com o mercado de trabalho, o facto de se ser parte integrante de uma grande equipa, bem como todos os conhecimentos adquiridos em fotografia.

Palavras-chave: Comunicação, estágio, fotografia, Gonçalo Claro, Men’s Health

Portugal.

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vi

Índice Geral

Ficha de identificação ... i Agradecimentos ... ii Resumo ... v Índice de Figuras ... xi

Lista de Siglas e Acrónimos ... xiv

Introdução ... 1

Capítulo I ... 3

Nota Introdutória ... 4

1. História da empresa – Motor Press Lisboa, e das entidades – Men’s Health, Gonçalo Claro e Nuno Oliveira ... 5

1.1. Localização e o espaço físico ... 9

1.2. Estutura organizacional ... 10

1.3. Missão, visão e valores ... 11

1.4. Identidade Visual ... 13 1.4.1. A marca... 13 1.4.2. O Nome ... 14 1.5. Comunicação ... 14 1.5.1. Comunicação Interna ... 14 1.5.2. Comunicação Externa ... 14 1.6. Análise SWOT ... 16 Capítulo II ... 19 Nota Introdutória ... 20

(9)

vii

2. Enquadramento teórico ... 21

2.1. História da fotografia ... 21

2.2. Fotografia digital ... 22

2.2.1. Resolução de uma imagem ... 24

2.2.1.1.Pixels ... 24

2.2.2. Diferenças entre os formatos de arquivos... 24

2.2.2.1.JPEG ... 29

2.2.2.2.TIFF ... 29

2.2.2.3.RAW ... 29

2.3. Fotografia como forma de comunicação ... 25

2.3.1. O que a fotografia é e não é ... 25

2.3.2. Em que consiste uma boa fotografia? ... 27

2.3.3. Qualidades de uma boa fotografia ... 29

2.3.3.1.É habilidosamente montada ... 29

2.3.3.2.Provoca uma reacção ... 29

2.3.3.3.Tem contexto fotográfico ... 29

2.3.3.4.Contém uma ideia ... 30

2.3.3.5.Não imita ... 30

2.3.4. Como ler fotografias ... 31

2.3.4.1.As dez questões ao ler uma fotografia ... 31

2.4. Dominar a composição ... 33

2.4.1. Linhas e formas ... 34

2.4.2. Regra dos terços ... 35

2.4.3. Ponto focal ... 36

(10)

viii

2.4.5. Mudar de perspectiva... 37

2.4.6. Criar profundidade ... 38

2.5. Dicas de fotografia... 39

2.6. Iluminação, direcção de luz e sombras ... 40

2.7. Variáveis ... 44

2.8. Dominar a luz ... 46

2.8.1. Pintar com luz ... 46

2.8.2. Carácter da luz ... 47

2.9. Dominar a cor ... 48

2.9.1. Cores Digitais ... 49

2.9.2. A cor ... 49

2.9.2.1.Cores complementares e análogas ... 49

2.9.2.2.Significado das cores ... 53

2.10. Fotografia a preto e branco ... 54

2.10.1. Aprender a ver em mono ... 55

2.10.2. Moldar a forma ... 55

2.10.3. A luz na fotografia monocromática ... 55

2.10.4. Pós edição ... 57

2.10.5. O retrato a preto e branco ... 57

2.10.6. Fotografia paisagística a preto e branco ... 59

2.10.7. Na arquitectura ... 60

2.10.8. O nu ... 61

2.11. Fotografia de retrato ... 63

2.11.1. Expressão ... 64

(11)

ix 2.12. Fotografia de moda ... 64 2.13. Fotografia comercial ... 66 2.14. Fotografia editorial ... 66 2.15. Fotografia paisagística ... 68 3. O estágio ... 70 3.1. Cronograma ... 71 3.2. Software utilizado ... 73 3.3. Atividades ... 73

3.3.1. Making of e assistência técnica da sessão editorial para a revista Men’s Health Portugal– Best Fashion ... 73

3.3.2. Assistência técnica revista Men´s Health Portugal – Nelson Évora ... 74

3.3.3. “Street boy” ... 76

3.3.4. “Tranquilamente branca” ... 77

3.3.5. “Bolas Uva!”... 79

3.3.6. Assistência técnica e edição da produção: Tresemmé Elite Model Look Portugal 2015 ... 80

3.3.7. “Caminhando por aí” ... 81

3.3.8. Assistência técnica - Cristina Ferreira outono/ inverno 2015... 83

3.3.9. Edição – “Simple Sara” ... 84

3.3.10. “A força de um sorriso está nos olhos de uma sonhadora” ... 85

3.3.11. Assistência técnica – Colgate ... 86

3.3.12. Edição – Boticário ... 88

3.3.13. Assistência técnica – Eau de parfum Mickael Carreira ... 89

3.3.14. Assistência técnica - revista Saber Viver ... 90

3.3.15. Assistência técnica – revista Men’s Health Portugal... 91

(12)

x 3.3.17. “Se o poder fosse uma mulher” e “Estabilidade entre linhas” ... 92 3.3.18. “No verde te revejo” ... 94 3.3.19. “Majestic” e “Capuchinho vermelho” ... 95 3.3.20. “A magia está nos que sonham”, “Believe”, “Mentalizado não quer

dizer conformado”, “Azul Ganga” e “More than friends” ... 97 3.3.21. Edição – “A esperança pertence aos que sonham”, “Weakness”,

“Sweet woman” ... 98

Reflexão Final ... 99 Bibliografia ... 103 Anexos

(13)

xi

Índice de Figuras

Figura 1- Marca da Motor Press Lisboa ... 5

Figura 2- Motor Press Lisboa ... 6

Figura 3- Capa da Men’s Health, outubro de 2015 (nº172) ... 7

Figura 4- Grupo de trabalho Men’s Health Portugal ... 8

Figura 5- Localização geográfica da MPL ... 9

Figura 6- Estrutura organizacional ... 10

Figura 7- Marca – Men’s Health Portugal ... 13

Figura 8- Instagram Men’s Health Portugal... 15

Figura 9- Website Men’s Health Portugal ... 15

Figura 10- Facebook Men’s Health Portugal ... 16

Figura 11- Análise SWOT ... 17

Figura 12- “Entre vegetação” ... 23

Figura 13- Laura Morais em “Believe” ... 26

Figura 14- Vera Monteiro – Editorial Photoshoot ... 28

Figura 15- Cadela Uva em “Bolas Uva!” ... 30

Figura 16- Emanuel Louro em “Street boy” ... 32

Figura 17- Jardim das Amoreiras - Lisboa ... 33

Figura 18- Inês Portugal (linhas de força) em “Capuchinho vermelho” ... 34

Figura 19- Regra dos terços (aplicada) ... 35

Figura 20- Vera Monteiro (close up) em “Se o poder fosse uma mulher” ... 37

Figura 21- Monsanto ... 38

Figura 22- Estúdio da produção fotográfica da revista Saber Viver ... 41

Figura 23- Difusor Profoto D1 – 500Air ... 42

Figura 24- Ilustração sobre iluminação de estúdio ... 43

(14)

xii

Figura 26- Pôr do sol - Guarda ... 46

Figura 27- Mónica Rita em “A esperança pertence aos que sonham” ... 47

Figura 28- Auto retrato “A força do sorriso está nos olhos de uma sonhadora” ... 48

Figura 29- Circulo cromático (complementares e análogas) ... 50

Figura 30- Vera Monteiro em “Estabilidade entre linhas” ... 51

Figura 31- Laura Morais em “A magia está nos que sonham” ... 52

Figura 32- Mónica Rita em “Weakness” ... 54

Figura 33- André Morais em “Mentalizado não quer dizer conformado” ... 56

Figura 34- Vera Monteiro em “Com medo ou sem coragem?” ... 58

Figura 35- Sé Catedral - Guarda ... 59

Figura 36- Jorge Reis em “Sem rumo” ... 60

Figura 37- Auto retrato “Linhas e curvas” ... 61

Figura 38- Auto retrato “The power of light” ... 62

Figura 39- Mónica Rita em “Sweet woman” ... 63

Figura 40- Sara em “Simple Sara” ... 65

Figura 41- Fotografia comercial (J Crew) Vs Fotografia de moda (Prada) ... 66

Figura 42- Gipsy photoshoot Men´s Health outubro, nº172 ... 67

Figura 43- Lagoa Azul - Sintra ... 68

Figura 44- Janela de edifício - Lisboa ... 69

Figura 45- Atividades semanais do mês de setembro... 71

Figura 46- Atividades semanais do mês de outubro ... 72

Figura 47- Atividades semanais do mês de novembro ... 72

Figura 48- Editorial Photoshoot Men’s Health Portugal– Best Fashion ... 74

Figura 49- Capa Men’s Health Portugal e fotografia captada no intervalo ... 75

Figura 50- Sessão para a revista Men’s Health Portugal com Nelson Évora ... 75

Figura 51- Sessão fotográfica a Emanuel Louro ... 76

(15)

xiii

Figura 53- Sessão fotográfica à cadela Uva ... 79

Figura 54- Tresemmé Elite Model 2015 - competition ... 81

Figura 55- Fotografia paisagem urbana em Lisboa - “Caminhando por aí” ... 82

Figura 56- Nova colecção Outono / Inverno - Cristina Ferreira... 83

Figura 57- “Simple Sara” ... 84

Figura 58- Auto retrato ... 85

Figura 59- Campanha Colgate com Jéssica Athayde ... 87

Figura 60- Campanha Boticário – Vera Kolodzig e Diogo Amaral ... 88

Figura 61- Campanha do Perfume de Mickael Carreira ... 89

Figura 62- Capa e sessão para a revista Saber Viver ... 90

Figura 63- Capa e sessão para a revista Men’s Health Portugal com João Sousa e modelo feminino ... 91

Figura 64- Capa para a revista Saber Viver ... 92

Figura 65- Sessão fotográfica a Vera Monteiro... 93

Figura 66- Monsanto ... 94

Figura 67- Sessão fotográfica a Inês Portugal ... 96

Figura 68- Sessão fotográfica a Laura Morais e a André Morais ... 97

(16)

xiv

Lista de Siglas e Acrónimos

IADE Instituto de Arte, Design e Empresa

ISCTE Instituto superior de ciências do trabalho e da empresa

ISO International Organization for Standardization JPEG Joint Photographics Experts Group

MF O Mundo da Fotografia

MFD O Mundo da Fotografia Digital

MPI Motor Press International MPIB Motor Press Ibérica

MPL Motor Press Lisboa

SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threat TIFF Tagged Image File Format

TMG Teatro Municipal da Guarda

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1

Introdução

O presente relatório de estágio, surge no âmbito da licenciatura em Comunicação Multimédia da Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda, sendo assim o término da licenciatura que teve início em 2012. O estágio curricular é uma oportunidade, concedida ao aluno e estagiário, de interacção com o mercado de trabalho. O estagiário tem a possibilidade de ingressar numa empresa e, durante esse tempo, pôr em prática determinados conhecimentos teóricos e práticos adquiridos ao longo do seu trajecto académico. Para além disso, desenvolve novas aptidões.

Este relatório é o resultado dos três meses de estágio, passados na Men’s Health Portugal, revista masculina internacional e no grupo de fotografia freelancer de Gonçalo Claro e de Nuno Oliveira, ambos com residência em Lisboa.

Esta experiência, permitiu à estagiária, desenvolver os mais diversos trabalhos de fotografia em colaboração com profissionais da área, experienciando produções fotográficas, tanto na linha editorial, como na comercial e de moda. Colaborou também na organização dos cenários, bem como na preparação dos conjuntos de iluminação de estúdio.

Foi, o facto de poder desenvolver conhecimentos dentro da área da fotografia, a sua grande paixão, que fez com que a estagiária optasse pelo estágio em questão. Foi-lhe possível aplicar diariamente os seus saberes, adquiridos durante os três anos da licenciatura em comunicação multimédia, e criar, bem como fortalecer, novos conhecimentos.

Deve assim, o presente relatório, possibilitar uma apreciação, levantando opiniões e questões acerca dos trabalhos realizados no estágio, pela equipa de grandes profissionais que a acolheu. Contudo deve ser ressaltada a relação entre a prática e os conceitos adquiridos ao longo do percurso académico.

O relatório encontra-se composto por dois capítulos. O primeiro capítulo contém uma breve apresentação do Grupo Motor Press, bem como da sua revista masculina de referência, Men’s Health. De referir também o supervisor dentro da entidade, Pedro

(18)

2 Lucas, e o grupo de fotógrafos freelancer, constituído por Gonçalo Claro e Nuno Oliveira, com os quais a estagiária teve o enorme prazer de trabalhar. Para além disto, este capítulo foca aspectos como a história, a missão, a visão e os valores, bem como uma análise SWOT, que determina o porquê da Men’s Health ser uma revista com enorme sucesso mundial. O segundo capítulo inclui uma contextualização teórica antecedente a todas as actividades desenvolvidas ao longo do estágio, que teve o seu início a 1 de setembro de 2015 e terminou no dia 30 de novembro de 2015. Atividades essas que foram realizadas de acordo com um plano de estágio (Anexo 1), desenvolvido pelo orientador e supervisor de estágio na revista.

Em jeito de conclusão a estagiária descreve uma reflexão final, que contém a sua opinião pessoal sobre o estágio elaborado, assim como todas as experiências vividas.

(19)

3

(20)

4

Nota Introdutória

Neste primeiro capítulo, é realizada uma abordagem relativa ao estágio, local, empresa e grupo de trabalho.

Inicialmente será feita uma abordagem à história da Men’s Health, referindo assim elementos relevantes sobre a revista desde o seu surgimento, lançamento, entre outros pontos importantes. Além disto, são referidos os dois fotógrafos que acompanharam a estagiária ao longo de todo o seu estágio curricular, Gonçalo Claro e Nuno Oliveira, focando as suas competências e alguns dos seus trabalhos mais conceituados no mundo da fotografia.

Seguidamente será constituída uma abordagem ao espaço físico da empresa, expondo também a sua estrutura organizacional.

Referem-se: a missão; a visão e os valores; e relacionam-se com a marca, apoiando-a assim teoricamente. Posteriormente a estes pontos, será realizada uma análise interna e externa, da Men’s Health, marca com reconhecimento internacional.

Finaliza-se este capítulo com a análise SWOT da marca, mostrando os seus pontos fortes e fracos bem como as suas forças e fraquezas.

(21)

5

1. História da empresa – Motor Press Lisboa, e das entidades –

Men’s Health, Gonçalo Claro e Nuno Oliveira

A Motor Press International (MPI), chefe de negócios da Motor Press Lisboa (MPL) marca representada pela figura 1, começou a sua carreira em Stuttgart (Alemanha) há mais de 50 anos.

Figura 1- Marca da Motor Press Lisboa

Fonte: Motor Press Lisboa

Introduziu-se no mercado com a publicação da revista “Auto Motor und Sport”, fazendo deste um modelo mundial e representativo de uma publicação objectiva, rigorosa, profissional e independente no mundo automóvel.

A MPI actualmente produz mais de 150 publicações anuais e tem presença em 12 países, são eles: Alemanha, Espanha, Argentina, Brasil, China, República Checa, França, Polónia, Portugal, Eslováquia e Suíça. Começou a expandir-se em 1975, depois de uma primeira implementação na Suíça, seguindo-se Espanha e por fim é criada a filial em Portugal.

Actualmente a MPI é líder em todos os mercados onde está presente, com um volume anual de negócios que atinge os 50.000 milhões de euros e um grupo de trabalho que chega aos 1.600 funcionários.

Motor Press Ibéria (MPIB), produz anualmente 12 publicações semanais e mensais nas

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6

magazine, Ciclismo a fundo, Moto ciclismo), de desporto ( Men’s Health, Woman’s Health, Sport Life), e de estilos de vida (bebé d’hoje, Cosmopolitan, Pais e filhos, Super

Interessante). Além de Portugal, a MPIB dispõe de filiais no Brasil, México e Argentina.

Na figura abaixo (Figura 2) é representada a localização do grupo MPL.

Figura 2- Motor Press Lisboa

Fonte: Google maps

No que diz respeito à Men's Health, esta teve o seu primeiro lançamento em 1987 nos Estados Unidos, revista de serviços de saúde que foi orientada pelo editor e fundador Mark Bricklin. A revista evoluiu abrangendo os mais diversos temas: saúde, fitness, moda, nutrição, relacionamentos, viagens, tecnologia, inclusive finanças. Sob a liderança de Zinczenko's, a Men's Health esta foi nomeada para oitava National

Magazine Awards.

A revista mensal Men's Health, ilustrada pela figura 3, com edições em vários países, é a maior revista do género para homens. Conta com dezenas de edições em todo o mundo, onde é recorde de vendas entre todas as revistas masculinas disponíveis. Em

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7 Portugal foi publicada a primeira edição, pelo grupo Motor Press Lisboa, em Julho de 2001.

Figura 3- Capa da Men’s Health, outubro de 2015 (nº172)

Fonte: Gonçalo Claro

Pedro Lucas, licenciado em sociologia em 2000 pelo Instituto superior das ciências do trabalho e da empresa, desenvolveu um excelente percurso profissional, sendo actualmente director e editor da revista Men’s Health Portugal.

Gonçalo Claro, conceituado fotógrafo profissional. Trabalha em parceria com a Men’s

Health Portugal. Licenciado em Fotografia pelo IADE, Gonçalo é um modelo

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8 YSL, Anselmo Jewellery, Cristina Ferreira, Diogo Miranda, Luis Onofre, Boticário,

Colgate, Maxim, Playboy, Máxima, Saber Viver, Elle, Vogue, Happy, Woman, GQ,

entre outras. Desenvolve trabalhos dentro da linha comercial e editorial, tanto a nível nacional como internacional.

Figura 4- Grupo de trabalho Men’s Health Portugal

Fonte: Nélson Évora

Nuno Oliveira, dono da empresa Pixel Bunker, empresa do ramo audiovisual que surge da união entre os funcionários da Media Recording e da CincoPontoUm, com o objectivo de oferecer uma gama completa de serviços na área da produção e pós--produção. Trabalha como fotógrafo profissional e pontualmente realiza produções fotográficas nas quais se associa a Gonçalo Claro. Licenciado em Cinema pela Vancouver Film School, em Vancouver, prosseguiu os estudos em Los Angeles na

Gnomon, School of Visual Effects Games & Animation. Colabora com diversas marcas e

revistas, das quais: Balmain, WTF Shoes, Central Models, Elite Lisbon, We are models,

Vogue, Saber Viver, Edit Mag, entre outras.

Aparecem representados, na figura 4, alguns dos colaboradores da equipa de trabalho da

Men’s Health Portugal. À direita surge o fotógrafo Gonçalo Claro, seguido da estagiária

Filipa Saldanha e do modelo de capa Nelson Évora, bem como da maquilhadora Elodie e do director e editor da Men’s Health Portugal, Pedro Lucas.

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9

1.1. Localização e o espaço físico

A Motor Press Lisboa é uma pequena empresa situada na Dafundo / Cruz Quebrada, Lisboa.

Na figura 5 podemos visualizar a localização geográfica das instalações do grupo MPL, onde as escalas apresentadas, 200km, 5km, 1km e 100m, aparecem sequencialmente.

Figura 5- Localização geográfica da MPL

Fonte: Google maps com edição própria

Esta empresa dedica-se à criação, desenvolvimento e produção das revistas do grupo nacional e internacional Motor Press, bem como à manutenção das redes sociais relativas às várias publicações da empresa.

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10

1.2. Estrutura organizacional

Segundo Oliveira (2006:63), a “Estrutura organizacional é o instrumento

administrativo resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando o alcance dos objetivos estabelecidos pelos planeamentos das empresas”.

Os departamentos são unidades administrativas cujas funções são bem definidas, como por exemplo: redacção, maquetagem, fotografia, entre outros. Na figura seguinte é apresentado o organograma respectivo aos cargos ocupados dentro da empresa.

Figura 6- Estrutura organizacional

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11 A Motor Press é dirigida pelo director Volker Breid, assim como nos mostra a figura acima (Figura 6), e subdirigida pelo vice director João Ferreira, esta subdivide-se em diversos sectores, dos quais a revista Men’s Health Portugal faz parte. Esta é orientada pelo director e editor Pedro Lucas e consecutivamente dividida nos seus cinco departamentos, são eles: redacção, maquetagem, fotografia, stylist e edição online. Cada um destes departamentos é responsável por uma determinada função que leva a revista a obter o seu merecido mérito. Faz parte do departamento de fotografia, no qual a estagiária se inseriu, tratar de todas as imagens comerciais, editoriais e promocionais, respectivas à marca.

1.3. Missão, visão e valores

Uma empresa deve saber como conquistar clientes. Fazer uma boa prospecção de mercado e ser inovadora, para que assim, possa alcançar o sucesso e obter uma boa colocação no mercado. Para isto é necessário ter em conta três valias, são elas: a missão, a visão e os valores.

A missão, visão e valores de uma organização ou empresa, afirma Daychoum (2007), são os suportes que permitem definir uma direção a seguir, estabelecendo objectivos e orientações estratégicas. Estes suportes fundamentam a actuação da empresa, permitindo atingir o objetivo que pretende alcançar.

Missão

Conforme Valadares (2002), a missão de uma empresa é a explicação da existência da empresa e quais os seus objectivos e estratégias. O autor defende ainda que deve ser explícita e objectiva, para que possa ser entendida por todos os colaboradores de modo a ser um compromisso para todos.

A missão da marca Men’s Health Portugal, posto isto, é oferecer aos seus clientes a melhor informação acerca de saúde, fitness, moda, nutrição, relacionamentos, viagens, tecnologia, inclusive finanças.

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Visão

Segundo Mansilha (2008), uma boa visão leva à vantagem competitiva. A visão pode mobilizar uma organização e equipa de trabalho a alcançar os seus objetivos a longo prazo, inspirando os colaboradores a fazer o seu melhor de modo a satisfazer os seus clientes.

A visão de uma empresa permite-lhe sustentar uma orientação consciente do futuro, definindo onde a empresa quer chegar (Ribeiro, 2008).

Na marca Men’s Health Portugal a visão incide sobre o facto da revista ser uma referência mundial na área das publicações masculinas, pois atende às tendências actuais da sociedade.

Valores

De acordo com Machado (2009:s/p) os valores são os elementos que irão beneficiar as atitudes e determinações “executando a missão, em direção à visão”, procurando alcançar os objetivos.

A empresa Men’s Health Portugal segue os seguintes valores:

Confiança: o sucesso desta empresa resulta da confiança criada, assim sendo trabalha

bastante neste ponto fulcral, de forma a criar uma ligação com o público alvo;

Criatividade: sem dúvida um dos aspectos principais na revista Men’s Health Portugal,

a criatividade está presente desde a criação da marca e desde então foi-se desenvolvendo, mantendo-se actual com o passar dos anos. Ainda hoje um dos pontos principais com o qual a revista trabalha é o efeito surpresa: “Quem será a personalidade presente na capa deste mês?”;

Responsabilidade: cada página da revista é criada a pensar no mercado que esta vai

integrar e no sucesso que irá obter com o público que a adquirir, tem-se então a responsabilidade de preencher cada expectativa criada;

Ética: mantendo os valores da empresa presentes, o dever é sempre colocado em

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Profissionalismo: última mas não menos importante, bem pelo contrário, é a regra

fundamental para o sucesso de qualquer marca, levada com o máximo empenho e rigor para que seja possível obter o melhor resultado e superar as expectativas.

1.4. Identidade Visual

A identidade visual é utilizada pela organização para se auto representar no mercado, com isto consegue situar-se no mercado da maneira exata como quer ser vista.

1.4.1. A marca

Citando a American Marketing Association, “a marca é um nome, termo, sinal, símbolo

ou design ou a combinação deles, com o objetivo de identificar produtos e serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores, e diferenciá-los dos concorrentes”. “Nome de marca é aquela parte da marca que pode ser pronunciada, ou pronunciável.” (AMA, 2014:s/p).

Figura 7- Marca – Men’s Health Portugal

Fonte: Men’s Health Portugal

A Men’s Health Portugal é já uma marca reconhecida a nível mundial (Figura 7), é o que se considera como uma marca focada que sabe o que é, porque é diferente, e as pessoas desejam-na (Neumeier, 2008).

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1.4.2. O Nome

O nome foi desenvolvido a partir da ideia principal que a revista queria passar com o mesmo, a saúde do corpo masculino e tudo o que lhe fornece bem estar físico e psicológico, surgindo daí, Men’s Health - saúde masculina.

1.5. Comunicação

O processo da comunicação é indispensável na sobrevivência humana, e como tal, é fundamental na composição de uma empresa. Esta desenvolve-se através do emissor, originado uma mensagem, enviada por canal, recebida por um recetor surgindo daí o

feedback. Segundo Marchiori (2006:19), “Um ponto básico e sem questionamento na condução da comunicação é o de que ela precisa ser entendida, estimulada, observada, acompanhada e avaliada por profissionais que saibam conduzir os processos”.

A comunicação cria a evolução e a evolução gera a aprendizagem.

1.5.1. Comunicação Interna

A Men’s Health Portugal, bem como toda a empresa que a envolve, Motor Press, tem como regra de ouro, uma comunicação interna como sendo uma comunicação aberta e informal, para que se torne eficaz todo o seu propósito. Este tipo de comunicação é feito cara a cara, e quando esta não é de todo possível, recorre-se ao e-mail e até mesmo ao uso de mensagens de texto por telemóvel particular. Dado que todos os membros são amigos e bastante cúmplices, e sendo esse um fator benéfico para a boa interação da equipa, isso não é de todo um problema, bem pelo contrário, apenas uma desculpa adicional para se falarem mais vezes ao dia.

1.5.2. Comunicação Externa

A comunicação externa numa empresa é essencial, precisa de ser desenvolvida e transportada para os média com o intuito de atingir assim um público alvo mais extenso.

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15 A Men’s Health Portugal, não é excepção, utiliza sobretudo, para além da televisão, as redes sociais para o fazer, tal como nos é demonstrado pelas figuras 8, 9 e 10, isto com o intuito de conquistar: dos jovens aos adultos, dos mais aos menos saudáveis, dos desportistas aos sedentários.

Figura 8- Instagram Men’s Health Portugal

Fonte: www.instagram.com/menshealthportugal - acedido em 16.12.2015

Figura 9- Website Men’s Health Portugal

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16 Figura 10- Facebook Men’s Health Portugal

Fonte: www.facebook.com/menshealthportugal/?pnref=lhc - acedido em 16.12.2015

Apostando fortemente no facebook, no instagram e no website oficial da marca (Men’s

Health Portugal), esta revista bate recordes de vendas entre as revistas do mesmo género

e a nível mundial. Reconhecida por todas, tem dado que falar com as suas evoluções crescentes entre edições.

1.6. Análise SWOT

Toda a empresa deve definir a sua própria estratégia de marketing. Esta envolve diferentes passos de análise, tais como: a análise do meio envolvente, do mercado, dos clientes, da concorrência e da própria empresa.

Tendo por base o livro Mercator XXI, Teoria e Prática do Marketing de Lindon et al. (2011), todo o diagnóstico acrescenta valor suplementar à análise, preparando a organização para as decisões operacionais e estratégicas. Consiste em elaborar uma síntese das análises interna e externa. De um lado, apresentam-se os principais aspectos que a diferenciam os seus concorrentes no mercado considerado, identificando os pontos fortes e os pontos fracos da empresa. Do outro lado, identificam-se perspetivas

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17 de evolução do mercado, as principais ameaças e as principais oportunidades. Este diagnóstico apresenta-se sob a forma de dois quadros, um para as forças e fraquezas da empresa, e outro para as oportunidades e ameaças, identificadas ao longo da análise de mercado e da concorrência. Aos dois quadros reunidos, dá-se nome de análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats).

No quadro que se segue, figura 11, é representada a análise SWOT da Men’s Health Portugal, que resultou de uma pesquisa por parte da estagiária ao longo dos seus três meses de estágio curricular. Esta avaliação foi desenvolvida tendo em conta diversas conversas com os membros dos diversos setores.

Figura 11- Análise SWOT

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18 A Men’s Health Portugal tem diversos pontos fortes com os quais a empresa beneficia. A integração de estagiários nos diversos sectores da empresa é um deles. Ao favorecer a sua integração na equipa, possibilita a troca de novas e criativas ideias aos projectos desenvolvidos. A boa relação entre os elementos da equipa de trabalho. O facto da equipa ser constituída por profissionais, com uma vasta experiência e maturidade, cria uma grande capacidade organizacional, onde todos os colaboradores da empresa dão o seu melhor nas tarefas a realizadas, transmitindo motivação ao grupo. O reconhecimento internacional, que com os seus prémios e diversos reconhecimentos dentro da área, projectam e credibilizam a empresa, criando uma vasta carteira de clientes, já fidelizados. Ser a revista que está presente em todas as bancas do país facilita a sua aquisição. A inovação constante da marca, que a leva a responder a todas as exigências impostas pela sociedade atual, concedendo-lhe uma boa reputação devido aos seus excelentes resultados.

Quanto aos pontos fracos destacam-se aspectos a ter em conta. Como, o facto de se repetirem temas mencionados nas diversas publicações. Isto por ser uma revista masculina, com um objectivo concreto e muito definido de focar a saúde, acaba assim por restringir a informação e faz com que os temas se tornem demasiado idênticos. No mundo online, a marca acaba por ter poucos conteúdos fornecidos e o seu desenvolvimento nas redes sociais torna-se fraco. Existem limitações para trabalhos criativos, sendo que a maior parte do conteúdo é fornecido à Men’s Health Portugal pela

Men’s Health “mãe”, esses artigos são apenas traduzidos sem dar qualquer

possibilidade ao trabalho criativo.

Com o surgimento de empresas do mesmo ramo, a revista Men’s Health Portugal encontrar-se ameaçada por outras revistas masculinas dentro do mesmo género.

Por outro lado, surgem oportunidades, dadas, por exemplo, pelas novas tecnologias, que permitem divulgar os mais diversos conteúdos multimédia e permitem captar a atenção e fidelizar à marca novos clientes. A ineficácia dos concorrentes que tendem em aparecer no mercado. A aliança a marcas e a personalidades bem conhecidas da sociedade, tal como a Nike ou a Hugo Boss, por exemplo, e personalidades como: Nelson Évora, Lourenço ortigão, entre outros. Sem dúvida que a abertura de novas vagas para estágios é uma das maiores oportunidades.

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Nota Introdutória

Sendo o estágio uma das unidades curriculares inseridas na licenciatura, é de extrema importância esse ser utilizado como reforço de conhecimentos. Dando a possibilidade de um primeiro contacto com o mercado de trabalho e preparando assim os alunos para um melhor desempenho profissional no futuro.

A opção da estagiária, relativamente ao estágio, foi ponderada, e selectiva, tendo em conta diversos factores, entre os quais: a equipa de trabalho, o local, e a área em questão.

Neste segundo capítulo, é realizado um enquadramento teórico, interligando a teoria à prática realizada no estágio curricular efetuado na Men’s Health Portugal e na equipa de trabalho do Gonçalo Claro e do Nuno Oliveira, ou seja, é feita uma pequena abordagem ao tema da fotografia e sua evolução ao longo da história. São abordados conceitos da fotografia digital e das várias vertentes que a incluem.

Seguidamente, e segmentando as atividades realizadas, surgem os cronogramas de trabalho divididos pelos três meses de estágio curricular, correspondentes a setembro, outubro e novembro.

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2. Enquadramento teórico

2.1. História da fotografia

Como nos refere Mary Bellis (2015), a fotografia deriva das palavras gregas: photos ( " luz " ) e graphein ( " desenhar" ), e por isso de utiliza a expressão “fotografar é desenhar com luz.”. A palavra fotografia foi utilizada pela primeira vez pelo cientista Sir John FW Herschel, em 1839. Tal como a sua derivação indica, este é um método de gravação que utiliza a acção da luz, ou qualquer outra radiação aplicada para criar as mais belas imagens.

A primeira câmara, chamada de Pinhole, foi inventada por Alhazen. Mas foi Joseph Nicéphore Niepce, que em 1827 fez a primeira fotografia com uma câmara escura, contrariando a típica utilização que era dada a esta câmara, pois apenas servia, até então, para fins de desenho.

A fotografia moderna nasceu pelas mãos de Louis Daguerre, que inventou o primeiro processo prático de fotografia. E foi no ano de 1829, que se associou a Niepce para melhorar todo o processo desenvolvido até então.

No ano de 1839, após diversos anos a aperfeiçoar a técnica, Daguerre desenvolve um método melhorado que apelida por daguerreótipo. Foi este processo que criou a primeira imagem perdurável mesmo exposta à luz. Ganhou popularidade rapidamente e em 1850, alcançava Nova Iorque com mais de setenta estúdios deste processo já famoso.

Henry Fox Talbot, contemporâneo de Daguerre, inventou o primeiro processo de negativo para positivo. Em 1841, este aperfeiçoou o seu processo de papel negativo e chamou-lhe um Calotype, origem grega para “bela imagem”.

Em 1856, Tintypes é patenteado por Hamilton Smith, outro sinal que marcava o nascimento da fotografia. Neste processo era utilizado uma folha fina de ferro que fornecia uma base para o material que era sensível à luz, e assim se obtinha uma imagem positiva.

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22 Frederick Scoff Archer, escultor, inventou em 1851, o prato molhado negativo, desde então a fotografia avançou consideravelmente, pois concluiu-se que os materiais sensíveis poderiam ser revestidos por uma placa de vidro.

A placa seca foi inventada em 1879. A partir deste ponto eram necessários técnicos para criar as fotografias.

Em 1889, George Eastman inventa algo que até então era dado como impossível, um filme com uma base flexível, inquebrável, e possível de ser enrolada, atributos que até então não passavam de possibilidades inalcançáveis.

Foi então que, no início de 1940, a cor nas fotografias começou a ser utilizada.

No seu livro “Como ler uma fotografia”, Richard Salkeld (2014:134) cita Sandra Philips, “Não podemos culpar a câmara pelo que ela nos tem feito. Entretanto, ela fez

que algumas preferências humanas se tornassem mais fáceis de satisfazer. […] A fome humana de ver o proibido não mudou; o que mudou foram as tecnologias que facilitam essa acção,”

2.2. Fotografia digital

A fotografia digital tornou-se uma prática admirável com o passar dos anos. Sendo hoje adquirida por todos como prática usual do dia a dia, mundialmente falando. É a fotografia que permite gravar momentos, com grande valor sentimental, momentos esses que passam de gerações em gerações, e para além de se poderem congelar, é possível revivê-los ao longo dos tempos.

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23 Figura 12- “Entre vegetação”

Fonte: Captação e edição própria

Apesar de todos os avanços e de todas as evoluções em torno da fotografia, a fotografia digital parte do mesmo princípio básico das máquinas analógicas, que utilizavam filmes sensíveis à luz.

“[A fotografia é] tão simples que chega a ser ridícula… Afinal, é só olhar para as

coisas. Todos nós fazemos isso. É simplesmente uma maneira de gravar o que você vê – aponte a câmara para a cena e aperte um botão. Quão difícil é isso? ... É difícil porque está em toda a parte, em todo lugar, o tempo todo, inclusive agora. Mas, se está em toda parte o tempo todo e se é tão fácil de ser feita, então, o que é valioso? Que imagens realmente importam?”, esta citação de Paul Graham foi descrita por Richard

Salkeld em seu livro (2014:5).

Podemos ver um exemplo de uma fotografia digital na figura 12, onde foi captada a ponte sobre o Tejo, sob a fabulosa vegetação do parque natural de Monsanto.

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24

2.2.1. Resolução de uma imagem

A fotografia digital gira em torno da palavra resolução. Tem-se que a resolução de uma máquina digital é feita pelos chamados pixels. Cada imagem é composta por uma matriz de pixéis representados em forma de linhas e colunas, podendo-se assim considerar que quantos mais pixels a imagem possuir, maior nitidez esta terá e mais detalhes serão possíveis de ser gravados na mesma.

2.2.1.1. Pixels

Uma imagem digital é constituída por pixels, e o sensor de uma máquina fotográfica captura a imagem utilizando uma matriz destes elementos sensíveis à luz. Como refere José Ramalho (2004:12), “O pixel não possuí dimensão física nem formato.”.

A palavra “Pixel” vem de “Elemento de imagem”, sendo “pix” uma abreviatura para a palavra picture. Este elemento pode receber a informação que lhe confere cor, sendo que uma imagem a preto e branco é identificada nessa mesma escala de cor pelas diversas tonalidades de cinza que a podem compor.

O arquivo digital numa imagem fotográfica digital não armazena o pixel fisicamente, apenas armazena informações concretas e necessárias acerca das características da imagem, como a quantidade de pixels tanto horizontais como verticais, além disto informações desde a cor à luminosidade. Podendo-se assim afirmar que o pixel é o menor ponto que forma a imagem digital mas o mais valorativo da mesma.

2.2.2. Diferenças entre os formatos de arquivos 2.2.2.1. JPEG

Este padrão define imagens compatíveis com a web. O JPEG é um formato de compressão que reduz significativamente o tamanho do ficheiro, apesar de apresentar algumas perdas na informação total da imagem, esta compressão permite lidar com tantas cores como as que a fotografia apresenta.

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2.2.2.2. TIFF

Uma imagem em TIFF não é compactada e mostra o detalhe total sem perda de qualidade. Dado isto, as imagens em TIFF ocupam muito espaço quando salvas.

2.2.2.3. RAW

Esta imagem é a mais pura de todas. É salva directamente a partir do sensor de imagem da máquina fotográfica para o cartão. Os outros formados partem de dados brutos e são convertidos posteriormente para JPEG ou TIFF, mas com o RAW os dados são capturados em bruto e são salvos assim, sendo depois possíveis de alterar em programas de edição próprios.

2.3. Fotografia como forma de comunicação

Actualmente, as fotografias digitais podem ser alteradas para se parecerem com ilustrações. Cabe então à arte contemporânea pegar nas mesmas e criar um produto final que se distinga do usual. Muitos são contra a pós produção das imagens captadas, mas não é pela sua possível alteração que a imagem vai perder a sua legitimidade, o seu valor, mas vai, contrariamente ao que se julga, ganhar uma expressão própria, falar pelo seu autor, vai ganhar a sua própria linguagem, tornando-se única.

Como nos diz Michael Freeman (2013:9), “fotografia agora é o meio de expressão

criativa mais popular em todo o mundo.”.

2.3.1. O que a fotografia é, e o que não é

A fotografia é mais que uma imagem representativa de uma cena real, objecto ou pessoa. É uma mensagem que pode ser lida sob diferentes circunstâncias e diferentes formas de interpretação.

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26 Figura 13- Laura Morais em “Believe”

Fonte: Captação e edição própria

Tal como retratado na imagem acima (Figura 13), a expressão da modelo nesta fotografia pode ser lida e interpretada de diferentes formas, por diferentes pessoas ou até pela mesma pessoa.

A fotografia digital tem um crescer constante ao longo dos anos. O material evolui e são criadas novas ferramentas de trabalho. Assim, a captura dos momentos é também realizada com mais facilidade e com outras condições totalmente diferentes.

Como mencionou Freeman (2013:10) no seu livro, citando a ideia da fotógrafa Lisette Model, “a fotografia é a mais fácil das artes, o que talvez faça dela a mais difícil.”. Qualquer um pode tirar uma fotografia, mas não é isso que faz dele um fotógrafo. Só é fotógrafo quem é artista. Não são as partilhas nas redes sociais ou o reconhecimento entre os seus que farão de você um fotógrafo, mas sim o reconhecimento mundial que tenda em persistir mesmo depois da sua morte. O seu trabalho tem de ser intemporal.

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27 Só quem conseguir isso pode ser considerado fotógrafo, pois só esse conseguiu surpreender com a sua arte, quebrar as suas próprias barreiras, “gritar” nas suas imagens, só esse permanecerá intacto com o passar do tempo, e merece ter o seu devido reconhecimento.

Citando Nancy Foote, Richard Salkeld (2014:168) refere que: “Para cada fotógrafo que

reclama ser considerado um artista, há um artista que corre o grave risco de se converter em fotógrafo.”

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2.3.2. Em que consiste uma boa fotografia?

Uma boa fotografia é conseguida quando se supera o comum, o medíocre, resumindo a fotografia tem de “gritar”. Se forem tiradas conclusões gerais, a maioria das fotografias não são de todo boas, são mais do mesmo, por isso não “gritam”. Para uma boa fotografia é preciso o mesmo que para a realização de todas as outras formas de arte. Se para a pintura, para a escultura, para a dança, para a música, é necessário praticar, trabalhar, dedicar tempo e muito esforço, para a fotografia não será diferente. É necessária a mesma dedicação e, é necessário aprender à cerca dela para depois aprendermos com ela.

O objectivo da fotografia seguinte (Figura 14) é deixar o espectador a pensar, superando o banal e falando por si. A própria imagem pergunta: “quando eu não te vejo o que vês tu em mim?”.

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28 Figura 14- Vera Monteiro – Editorial Photoshoot

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“O analfabeto do futuro, disse alguém, não será aquele que não souber ler e escrever, e sim aquele que não souber ler uma fotografia. Mas um fotógrafo que não sabe ler as suas próprias imagens não é pior que um analfabeto? A legenda não se tornaria a parte mais importante da fotografia?”, Walter Benjamin citado por Salkeld (2014:8).

2.3.3. Qualidades de uma boa fotografia 2.3.3.1. É habilidosamente montada

As qualidades empregues na fotografia são essenciais, nomeadamente: a focagem que tem de ser programada para resultar nítida, a exposição que deve ser sempre regulada, a composição cuidada, e sobretudo a escolha de um tema que passe uma mensagem, que prenda o observador e que cause discussão. É necessário saber cumprir estas regras para as podermos quebrar, não por ignorância mas sim com inteligência. Como por exemplo, a utilização do efeito desfoque, que pode ser realizado propositadamente para criar dinamismo à imagem.

2.3.3.2. Provoca uma reacção

Só a fotografia que gera críticas e troca de opiniões do público é tida como um bom resultado. Se se tenciona ser apontado pelas imagens que se criam, tem de se dar ao espectador algo sobre o que pensar. Só assim se sobressai.

2.3.3.3. Tem contexto fotográfico

Para ser possível elaborar uma boa fotografia, é necessário ser-se conhecedor dos trabalhos já existentes dentro da área. Apenas assim, é possível superar o dito banal e marcar pela diferença.

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2.3.3.4. Contém uma ideia

Como qualquer outro tipo de arte, a fotografia também precisa de um trabalho prévio, bem estruturado e organizado, para que seja possível maravilhar pelo seu resultado final. Esta imagem até pode surpreender pelo seu resultado, mas tudo o que está por de trás de uma grande edição é, nada mais nada menos que, uma grande base de trabalho, e é a partir dessa mesma base que pode ser criada uma edição marcante. Antes de uma imagem ser capturada, a ideia que se quer passar com ela já teve de ter sido desenvolvida e bem estudada. Para isso pode-se usar uma simples folha e lápis, pois antecedente a toda a obra de arte está um rascunho, ao qual o resultado final deve todo o seu mérito.

Joel Santos (2010:17) cita Aristóteles, “o objectivo da arte não é representar a

aparência exterior das coisas, mas o seu significado”.

2.3.3.5. Não imita

Com base nas palavras de Clement Greenberg, Freeman (2013:22) refere que “a área de

competência única e apropriada a cada arte” reside no que “é único na natureza da sua mídia”.

Figura 15- Cadela Uva em “Bolas Uva!”

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31 Citação que não passa de uma referência à pintura mas que serve de igual forma para a fotografia. Posto isto, tem-se que, a fotografia não imita outras formas de arte, ela purifica-se mantendo-se ela mesma, explorando-se (Figura 15).

2.3.4. Como ler fotografias

Saber como ler uma fotografia, ajuda a saber como a captar e vice versa. Aprende-se a técnica para se aprender a tirar conclusões sobre a técnica. Isto porque quanto mais se aprende sobre a fotografia e todo o seu processo, melhor se entende o lado do fotografo, o porquê do seu trabalho, a mensagem que queria passar e a técnica utilizada para o fazer.

Para saber ler uma fotografia tem que se reconhecer primeiro o que o autor se propôs fazer e como ele sugeriu destacar-se dos restantes. Em seguida qual foi o estilo que se sugeriu a utilizar e por fim como o utilizou. Tem-se então, posto isto, que a sequência base para a elaboração de uma fotografia é: intenção, estilo e processo.

Se a informação que a imagem passa não é suficiente para se concluir o essencial desta sequência, então tem de ser o observador a reconstruir os objectivos, a personalidade e as técnicas da pessoa que fez a imagem. Tudo isto, tendo em conta as evidências presentes e uma pesquisa sobre o autor e suas outras obras.

Como criador de uma imagem segue-se o processo acima descrito. Como leitor, tende--se em ler por ordem inversa, iniciando pelo resultado que está à vista de todos os observadores.

2.3.4.1. As dez questões ao ler uma fotografia

Num primeiro contacto com uma imagem fotográfica existe a tendência em querer lê-la. Para isso, tal como referido anteriormente, quanto maior e melhor for a técnica, mais frequentes serão as perguntas e mais exatas as respostas que se fazem corresponder. Posto isto, são colocadas as seguintes dez questões, sendo as mais frequentes e necessitadas de respostas, para assim ser compreendido o trabalho que estas defendem.

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32 Figura 16- Emanuel Louro em “Street boy”

Fonte: Captação e edição própria

Pode utilizar-se como exemplo a imagem da figura 16 para responder às seguintes questões propostas por Freeman (2013:36):

1. Qual a minha primeira impressão da fotografia? 2. Qual é o género representado na fotografia? 3. Qual o objetivo pretendido com a fotografia? 4. Qual a situação em que a fotografia foi capturada? 5. A fotografia foi planeada?

6. Quais os detalhes técnicos evidentes na fotografia? 7. A fotografia tem algum estilo concreto aplicado? 8. Qual foi o propósito da fotografia?

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9. A fotografia tem falta de informação adicional? 10. A fotografia funciona?

2.4. Dominar a composição

Dominar a composição é essencial, é o que distingue uma fotografia amadora de uma fotografia de excelência. Com base na revista MFD2 (2005), as máquinas fotográficas de hoje em dia e os softwares de processamento de imagem, permitem ter um controlo das mais diversas funções, tais como a exposição e o equilíbrio, mas se todo o trabalho envolvido na criação de uma fotografia não for coeso, esta não terá sucesso. Como se verifica na figura 17, a imagem apresentada é ilustrativa de um ambiente equilibrado entre algumas das regras básicas, tais como: as linhas guia verticais, definidas pelos troncos das árvores, candeeiros, e vedação de jardim, bem como o dinamismo criado por um cotidiano ativo representado por pessoas caminhando.

Figura 17- Jardim das Amoreiras - Lisboa

Fonte: Captação e edição própria

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34 Segundo Arlindo Machado (2015), a fotografia é um texto como outro qualquer, que se produz através de uma articulação simples ou complexa dos seus elementos expressivos.

2.4.1. Linhas e formas

As linhas e formas dentro de uma cena são essenciais para criar uma mensagem. Elas são indispensáveis, pois enriquecem a fotografia.

Figura 18- Inês Portugal (linhas de força) em “Capuchinho vermelho”

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35 Quando se observam linhas horizontais é transmitida estabilidade, calma, e serenidade. O contrário acontece com as linhas verticais, estas transmitem dinamismo e conferem altura à imagem. Apesar disto, são as linhas diagonais que concedem força, cortam a perspectiva linear e conduzem os olhos observadores, transmitindo a sensação de profundidade e movimento, criando vida naquela que era, até então, uma imagem de plano liso (Figura 18).

2.4.2. Regra dos terços

Regra utilizada para criar uma história na fotografia, utiliza pontos de força e leva o observador a percorrer a imagem, contrariando a colocação do motivo no centro do enquadramento (Figura 19).

Figura 19- Regra dos terços (aplicada)

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36 Esta regra, foi desenvolvida por pintores já há séculos e continua actual nos dias de hoje. A ideia é, imaginar a fotografia dividida em nove secções iguais entre si, divididas por duas linhas horizontais e duas verticais. Se o motivo for colocado num dos pontos onde estas linhas coincidem, chamado de ponto de força, os olhos do observador são conduzidos na imagem e a composição torna-se mais equilibrada.

Nem toda a boa fotografia tem de estar em conformidade com a regra dos terços, referida no ponto anterior. As regras são para ser quebradas, mas para serem quebradas com sucesso têm de se saber cumprir com perfeição.

2.4.3. Ponto focal

É importante definir o ponto de interesse da sua imagem e não querer de todo adicionar elementos em demasia, pois a imagem pode acabar por ficar sobrecarregada e o ponto focal perde a ênfase.

2.4.4. Preencher o enquadramento

O importante é preencher o enquadramento, aproximação seguida de aproximação, sendo essencial para criar uma imagem imponente que fale por si só. Utiliza-se este padrão especialmente em retratos, pois foca-se, em close up, o rosto do modelo, intensificando-se o olhar e a expressão, gerando um grande dramatismo. Exemplo definido a seguir pela figura 20.

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37 Figura 20- Vera Monteiro (close up) em “Se o poder fosse uma mulher”

Fonte: Captação e edição própria

Costuma-se dizer, em fotografia, que quando não é possível fazer uma coisa boa, há que fazê-la grande.

2.4.5. Mudar de perspetiva

Pode dizer-se que é fácil conseguir uma fotografia com efeito dramático, inclinando a objectiva, sem que seja necessário muito esforço, captando o céu em demasia ou colocando em primeiro plano uma cena com detalhe. As teleobjetivas desenvolvem melhor trabalho no que diz respeito a captar perspectiva de uma forma diferente, ajudando a reduzir elementos desnecessários e captando apenas os mais importantes. Quanto ao tripé, o seu uso é obrigatório na composição de grandes perspectivas.

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38 Referindo a ideia de Jeremy Webb (2010), citada em seu livro “O design da fotografia”, o poder da comunicação de uma imagem pode mudar com um simples ajuste de posicionamento, distância ou ângulo.

2.4.6. Criar profundidade

Ao ser criado um sentido de profundidade na fotografia, o observador segue as linhas condutoras que passam uma noção de vida numa imagem, que seria bidimensional e não conseguiria à partida transpor essa sensação.

Figura 21- Monsanto

Fonte: Captação e edição própria

Uma simples linha consegue passar a sensação de profundidade se for utilizada de forma correta, por exemplo, dirigindo-se da margem da fotografia até à zona central da mesma. Na figura 21 é criada profundidade pelas linhas diagonais traçadas pelos caminhos de luz.

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2.5. Dicas de fotografia

Toda a arte tem os seus amantes, e todos os amantes têm as suas próprias regras e dicas, como é mencionado por Joel Santos (2012), em seu livro “A visão do fotógrafo”, tais como:

1. Toda a fotografia inicia o seu processo criativo, antes mesmo da oportunidade surgir.

Por isso tome atenção e configure a sua máquina. Terá que estar preparado para quando esse momento surgir. Até lá, disfrute das suas ideias e faça uma mistura equilibrada de tudo aquilo que quer representar na sua imagem.

2. Ao contrário do que toda a gente alega, os amantes de fotografia sabem que, mau

tempo é sinal de bom tempo. Pode parecer contraditório mas, para fotografar é preferível quando o tempo se encontra um pouco encoberto, pois estabiliza a luz e aumenta o dramatismo à imagem.

3. Todo o fotógrafo deve ter o reflector como seu melhor amigo. Os flashes e a

iluminação auxiliar não são obrigatoriamente necessários, mas quando falta o bom e sempre amigo reflector, falta parte importante de qualquer produção fotográfica. Pode-se construir um recorrendo a uma simples folha de alumínio.

4. Se a situação que pretende fotografar é realmente única, não faça apenas um registo,

poderá arrepender-se mais tarde.

5. Pode tirar-se partido das longas exposições, por exemplo, quando se quer desenhar

com luz fazendo com que a pessoa não apareça na imagem final. Para isso é necessário baixar a sensibilidade ISO3, diminuindo a abertuda (isto é, aumentando o valor de f/). 6. Se o que tenciona é registar o máximo de informação possível, então utilize sempre o

formato RAW em vez do formato JPEG4, assim ao exportá-la poderá extrair o máximo

de potêncial possível, pois a fotografia estará representada a “cru”.

3

ISO é a sigla de International Organization for Standardization, ou Organização Internacional para Padronização, em português. É a medida que indica a sensibilidade do sensor da câmara à luz do ambiente, ou seja, quanto maior o ISO, maior a sensibilidade do sensor à luz, e quanto menor o ISO, menor será luz percebida pelo sensor da câmara.

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40

7. Pode parecer contraditório o seguinte aspeto, numa máquina o estabilizador de

imagem é sempre importante estar ligado, pois ajuda a evitar imagens tremidas. Contudo, quando a máquina se encontra colocada num tripé, é necessário desligar este modo, pois poderá originar as imagens tremidas que deveria estar a evitar.

8. Quando a máquina fotográfica é colocada na vertical, deve-se sempre assegurar de

que a mão direita fica por cima, para garantir maior controlo e estabilidade.

9. Se pretende fotografar um retrato nunca pode esquecer o plano de fundo, pois esse é

tão importante quanto o rosto que estamos a captar sobre ele.

10. Verifique sempre se, nenhuma das margens da fotografia, corta indesejadamente o

motivo principal.

11. O fotógrafo deve contrariar o vício de fotografar sempre na horizontal e com o plano

ao nível dos olhos, atreva-se e crie novos pontos de vista.

12. Ser paciente é uma das maiores virtudes do fotógrafo. A luz não é a melhor? Volte

outro dia. Falta-lhe um elemento humano? Para a próxima leve consigo um amigo ou espere que alguém apareça. Está a chover? Espere uns minutos.

2.6. Iluminação, direcção de luz e sombras

A comunicação é feita através de luz, por isso se ouve constantemente a tão utilizada expressão entre fotógrafos: “fotografar é desenhar com luz”. Sem a existência de luz seria necessário aumentar o ISO, diminuir a velocidade e abrir o diafragma ao máximo para que a exposição melhorasse. Não é uma opção completamente viável, dado que devemos evitar aberturas extremas do diafragma, porque estas tendem em comprometer a nitidez da imagem. Assim sendo a iluminação veio contribuir positivamente no desenvolvimento de trabalhos fotográficos, pois até então dependia-se sempre da luz natural que nem sempre era favorável. Em estúdio, esta iluminação é controlada por posicionamento e quantidade, de forma a obter os resultados expectados. Na figura 22 é apresentado o estúdio preparado para a produção fotográfica da revista Saber Viver.

Referências

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