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(1)

EVOLUÇÃO DE FLAVONÓIDES NA SUBFAMÍLIA PAPILIONOIDEAE DE LEGUMINOSAE

ANA MARGARETH MANHÃES SEABRA DAN

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA ORGÂNICA

EVOLUÇÃO DE FLAVONÓlDES NA SUBFAMÍLIA PAPILIONOIDEAE DE LEGUMINOSAE

ANA MARGARETH MANHÃES SEABRA DAN

SOB A ORIENTAÇÃO DOS PROFESSORES DOUTORES

EUCLIDES LAMEIRAS BARREIROS E MARIA AUXILIADORA COELHO KAPLAN

Tese submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Química Orgânica Área de Concentração em

Siste-mática Química Vegetal. Itaguaí, Rio de Janeiro

(3)

EVOLUÇÃO DE FLAVONÓIDES NA SUBFAMÍLIA PAPILIONOIDEAE DE LEGUMINOSAE

ANA MARGARETH MANHÃES SEABRA DAN

APROVADA EM: 06/07/90

ROSA FUKS

EUCLIDES LAMEIRAS BARREIROS

(4)

iv.

À minha mãe (in memoriam)

(5)

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor EUCLIDES LAMEIRAS BARREIROS pela dedicada orientação, amizade, estímulo e apoio, que foram in-dispensáveis para a realização deste trabalho.

Professora Doutora MARIA AUXILIADORA COELHO KAPLAN pela dedicada orientação, amizade e estímulo.

Ao Professor Doutor OTTO RICHARD GOTTLIEB pelas va-liosas sugestões, amizade e estímulo.

Ao meu querido pai e amigo EDVALDO SEABRA que contri-buiu decisamente em minha formação profissional.

Aos meus irmãos pelo c o n s t a n t e incentivo.

Ao EDMIR DAN, meu companheiro de todas as horas, meus sinceros agradecimentos.

Aos meus filhos CRISTIANO, THYAGO e LOUIZE por serem a razão da m i n h a vida.

Ao Professor Doutor JOSÉ CARLOS NETTO FERREIRA pelo apoio.

Ao Professor Doutor LAERTE GRISI pela oportunidade concedida.

(6)

vi.

Aos meus ex-professores pela minha formação profis-sional.

Aos colegas do Departamento de Tecnologia Química, especialmente a LEONARDO DE GIL TORRES, pelo apoio.

Aos amigos MARCOS ANTONIO MARIA, JORGECÉIA DA SILVA BRANDÃO e MARCELO DA SILVA pela colaboração na confecção de gráficos e tabelas.

ÁUREA DE ALMEIDA e CÉLIA MARIA DE CARVALHO MENDES pela sincera amizade.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida.

A todos que de alguma forma contribuíram para a rea-lização deste trabalho.

(7)

B I O G R A F I A

Ana Margareth Manhães Seabra Dan, nascida em 19 de no-vembro de 1955 na Cidade de Campos, RJ, filha de Edvaldo Sea-bra e Nilce Manhães SeaSea-bra. Cursou o 1º e 2º Graus no Colégio Estadual Liceu de Humanidades de Campos, tendo sido graduada em Engenharia Química em 1981 pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ.

Aprovada em concurso público em 1985 para Professor Auxiliar do Departamento de Tecnologia Química do Instituto de Tecnologia, UFRRJ, ingressando em 1989 na carreira do magisté-rio, onde vem exercendo as suas atividades até apresenta data.

(8)

S U M Á R I O

P Á G I N A

ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ... xiv.

ÍNDICE DE TABELAS ... ix.

ÍNDICE DE FIGURAS ... xii.

RESUMO ... xvi.

ABSTRACT ... xviii.

1. INTRODUÇÃO ... 1.

2. METODOLOGIA QUIMIOTAXONÔMICA ... 11.

3. RESULTADOS ... 22.

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 233.

5. CONCLUSÃO ... 249.

(9)

ÍNDICE DE TABELAS

P Á G I N A

Tabela I - Espécies de Leguminosae economicamente

im-portantes ... 3.

Tabela II - Ocorrência, por espécie, de flavonas e fla-vonóis nos principais grupos da subfamília

Caesalpinioideae ... 238.

Tabela III - Ocorrência, por espécie, de flavonas e fla-vonóis nos principais grupos da subfamília

Mimosoideae ... 239.

Tabela IVa - Ocorrência, por espécie, de flavonas e fla-vonóis nos grupos predominantemente

(10)

X.

PÁGINA

Tabela IVb - Ocorrência, por espécie, de flavonas e fla-vonóis nos grupos predominantemente

arbus-tivos da subfamília Papilionoideae ... 241.

Tabela IVc - Ocorrência, por espécie, de flavonas e fla-vonóis nos grupos predominantemente

herbá-ceos da subfamília Papilionoideae ... 242.

Tabela 1 - Estrutura e ocorrência de Estilbenos ... 24.

Tabela 2 - Estrutura e ocorrência de Arilbenzofuranos 28.

Tabela 3 - Estrutura e ocorrência de Chalconas ... 32.

Tabela 4 - Estrutura e ocorrência de Flavanonas ... 52.

T a b e l a 5 E s t r u t u r a e o c o r r ê n c i a de B e n z i l b e n z o f u r a

-nos ... 69.

Tabela 6 - Estrutura e ocorrência de Estirenos ... 70.

Tabela 7 - Estrutura e ocorrência de

(11)

xi.

P Á G I N A Tabela 8 - Estrutura e ocorrência de Auronas ... 73.

Tabela 9 - Estrutura e ocorrência de Diidroflavonóis. 75.

Tabela 10 - Estrutura e ocorrência de Flavonóis ... 78.

Tabela 11 - Estrutura e ocorrência de Flavonas ... 143.

Tabela 12 - Estrutura e ocorrência de Flavanas ... 204.

Tabela 13 - Estrutura e ocorrência de

3-Hidroxiflava-nas ... 206.

Tabela 14 - Estrutura e ocorrência de

3,4-Diidroxifla-varias ... 209.

Tabela 15 - Estrutura e ocorrência de

4-Hidroxiflava-nas ... 212.

(12)

ÍNDICE DE FIGURAS

P Á G I N A

Figura I - Linhas de derivação para os principais

gru-pos da família Leguminosae (sensu Polhill) 8.

Figura II - Possíveis relações evolutivas entre as tri-bos da subfamília Papilionoideae, sensu Polhill ... 9.

Figura III - Possíveis relações evolutivas entre as tri-bos de Papilionoideae, sensu Jensen ... 10.

Figura 1 - Possível caminho mecanístico de formação do esqueleto isoflavonoídico a partir de

chalconas ... 12.

Figura 2 - Exemplos de alguns isoflavonóides que

(13)

xiii.

P Á G I N A

Figura 3 - Exemplos de alguns tipos de neoflavonóides que ocorrem em espécies da subfamília

Papi-lionoideae ... 15.

Figura 4 - Correlação dos valores AEG/AEM para as

tri-bos da subfamília Papilionoideae ... 243.

Figura 5 - Correlação dos valores AETA/AEG para as

tri-bos da subfamília Papilionoideae ... 244.

Figura 6 - Correlação dos valores AETA/AEM para as

tri-bos da subfamília Papilionoideae ... 245.

Figura 7 - Correlação dos valores AETA/AEP para as

tri-bos da subfamília Papilionoideae ... 246.

Figura 8 - Correlação dos valores AEG/AEP para as

tri-bos da subfamília Papilionoideae ... 247.

Figura 9 - Correlação dos valores AEM/AEP para as

(14)

ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

P r P r e n i l a . Ger Geranila. Glc Açúcar indeterminado. G l i G l i c o s i l a . Glic Glicuronila. Rha Ramnosila. A p i A p i o s i l a . Rut Rutinosila. Ara Arabinosila. Xil Xilosila. Gen Gentiobiosila. Gal Galactosila. Rob Robinosila. Neo Neohesperidosila. Bio Biosila. Sop Soforosila. Lat Latirosila.

(15)

XV. Suc Succinila. Cum Cumaroíla. Galao Galoíla. A c i A c i l a . A c A c e t i l a . M e M e t i l a . cv. cultivar. sp. espécie. ssp. subespécie. var. variedade.

(16)

R E S U M O

Os flavonóides da subfamília Papilionoideae de Legu-minosae foram estudados com a finalidade de evidenciarem as relações de afinidade e as tendências evolutivas em nível de tribo.

A quantificação das informações referentes aos graus de proteção das hidroxilas fenólicas foi estabelecida do pon-to de vista de glicosilação, metilação e proteção pon-total. Um outro parâmetro evolutivo, transformação do anel A, foi tam-bém calculado. A correlação desses parâmetros químicos de avan-ço evolutivo permitiu estabelecer as linhas gerais de deriva-ção dentro da subfamília. A evoluderiva-ção dentro dos grupos lenho-sos se deu de duas maneiras: uma sem grandes modificações des-ses parâmetros, para as formas arbustivas e outra caracteriza-da por drástica diminuição caracteriza-da glicosilação e correspondente aumento de metilação, para os grupos arbóreos. Para os táxons herbáceos, a evolução se processou com leves modificações tan-to da glicosilação quantan-to da metilação.

(17)

xvii.

Comparação das três subfamílias de Leguminosae com base nesses dados, permite evidenciar uma relação mais próxi-ma em termos de afinidade para Caesalpinioideae - Mimosoideae, deixando Papilionoideae como um grupo a parte. Essa mesma me-todologia permite também confirmar as linhas gerais de deriva ção modernamente propostas para a família de acordo com dados m o r f o l ó g i c o s .

(18)

A B S T R A C T

The flavonoids of the subfamily Papilionoideae (fa-mily Leguminosae) were studied in order to establish affinity relationships and evolutionary trends on the level of tribes.

Quantification of the evidences referring to the le-vel of protection of phenolic hydroxyls was perfomed from the point of view of glycosylation, methylation and total protec-tion. Another evolutionary parameter, transformation of the A - ring, was also determined. Correlation of these chemical parameters of evolutionary advancement led to general lines of derivation within the subfamily. Evolution in the woody groups proceeded in two ways: one without significant modifi-cations of these parameters for shrubs and the other characte-rized by drastic diminution of glycosylation anda correspon-ding increase of methylation for trees. For herbs evolution proceeded accompanied by slight modifications of both, glyco-sylation and methylation.

(19)

xix.

Comparison of the three subfamilies of Leguminosae evidences a close affinity relationship for Caesalpinoideae - Mimosoideae, leaving Papilionoideae as a separate group, besides confirming the general lines of derivation recently proposed for the family on morphological grounds.

(20)

1. INTRODUÇÃO

As Leguminosae constituem indubitavelmente a mais im-portante família de plantas floríferas, não apenas por serem a terceira maior em número de espécies*, mas principalmente de vido à grande importância econômica de várias de suas espé-cies. A Tabela I fornece uma seleção de algumas espécies de Le-guminosae importantes do ponto de vista econômico2.

A família Leguminosae possui cerca de 650 gêneros com aproximadamente 18.000 espécies de ampla distribuição por to-do o munto-do. Segunto-do Polhill3, a família pode ser dividida em três subfamílias: Caesalpinioideae (152 gêneros com aproxima-damente 2.800 espécies), Mimosoideae (56 gêneros com aproxima damente 2.800 espécies) e Papilionoideae (440 gêneros com cer-ca de 12.000 espécies). Dentre essas três subfamílias, Papi-lionoideae apresenta o maior número de espécies economicamen-te importaneconomicamen-tes (Tabela I). Cerca de trinta gêneros de

(21)

2.

noideae contêm número de espécies maior ou igual a 100:

Ades-mia

(100-250),

Aeschynomene

(150-250),

Aspalathus

(150-250),

Astragalus

(1.500-2.000),

Crotalaria

(500),

Dalbergia

(100-300),

Dalea

(150-250),

Dolichos

(100-150),

Desmodium

(350-450),

Eriosema

(100-140),

Erythrina

(100-200),

Hedysarum

(100-150),

Indigofera

(750-800),

Lathyrus

(130),

Lonchocarpus

(100-150),

Lotononis

(100-110),

Lupinus

(100-200),

Machaerium

(100-150),

Millettia

(150-180),

Mucuna

(120-160),

Oxytropis

(300),

Ono-brychis

(120-130),

Phaseolus

(150-240),

Psoralea

(130),

Rhyn-chosia

(150-300),

Tephrosia

(300-400),

Trifolium

(300),

Vi-cia

(120-150) e

Vigna

(100-150).

A subfamília Papilionoideae possui distribuição geo-gráfica bastante ampla. A maioria de suas espécies lenhosas (árvores e trepadeiras) ocorre nos trópicos e no Hemisfério Sul, enquanto os representantes herbáceos e arbustivos distri-buem-se em regiões temperadas, com concentração especial na área do Mediterrâneo2.

Acredita-se que a família Leguminosae originou-se no Cretáceo e existem registros fósseis de espécies tropicais me nos especializadas de Mimosoideae e Caesalpinioideae do Cre-táceo superior e do Eoceno no Hemisfério Norte. A subfamília Papilionoideae é mais recente e existem registros fósseis de algumas de suas espécies do Eoceno próximo e do Oligoceno2 A Figura I mostra as principais linhas de derivação dentro da família Leguminosae. Segundo Polhill3, as Papilionoideae po-dem ser divididas em 32 tribos e organizadas

(22)

filogeneticamen-3.

te de acordo com o dendrograma apresentado na Figura II. A presente tese tem por objetivo usar os flavonóides propriamente ditos, substâncias amplamente difundidas na famí-lia Leguminosae, como marcadores sistemáticos da subfamífamí-lia Pa-pilionoideae. A abordagem empregada nos permitirá tecer consi-derações a respeito da evolução flavonóidica da subfamília Pa-pilionoideae comparativamente aos dendrogramas de Polhill (Fi-gura II) e Jensen (Fi(Fi-gura III), construídos com bases predomi-n a predomi-n t e m e predomi-n t e m o r f o l ó g i c a s .

Tabela I. Espécies de Leguminosae economicamente importantes. *Espécies da subfamília Papilionoideae.

1) Plantas alimentícias A r a c h i s hypogaea* - " P e a n u t " Cajanus indicus* - " P i g e o n p e a " Canavalia ensiformis* - " J a c k b e a n " Ceratonia siliqua - " C a r o b b e a n " Cicer arietinum* - " C h i c k p e a " Dolichos lablab* - " B o n a v i s t b e a n " Glycine max* - S o y a b e a n " Lens culinaris* - " L e n t i l " Phaseolus aureus* - " M u n g b e a n " P. coccineus - " R u n n e r b e a n " P. lunatus* - " L i m a b e a n " P. vulgaris* - "French bean"

(23)

4.

Pisum sativum* -"Garden Pea"

Stizolobium deeringion* -"Velvet bean"

Vicia faba* - " B r o a d b e a n "

Vigna unguiculata* -"Cowpea"

2) Plantas forrageiras

Anthyllis vulneraria* -"Kidney vetch"

Lathyrus sativus* -"Jarosse"

Lotus corniculatus* -"Bird's foot trefoil"

Lupinus luteus* -"Yellow lupin"

Lespedeza striata* -"Bush clover"

Medicago sativa* -"Lucerne (alfalfa)"

Melilotus alba* -"White melilot"

Onobrychis viciifolia* -"Sainfoin"

Pisum arvense* -"Field pea"

Trifolium pratense* -"Red clover"

T. repens* -"White clover"

T. subterraneum* -"Subterranean clover"

Tetragonolobus purpureus* -"Asparagus tea"

Vicia sativa* -"Common vetch"

3) Plantas fornecedoras de madeiras nobres

Acacia melanoxylon - "Australian blackwood"

Albizzia lebbeck - "East Indian walnut"

Dalbergia latifolia* - "Indian rosewood"

(24)

5.

Gleditsia triacanthos -"Honey locust"

Hymenaea courbaril -"West Indian locust" Pericopsis mooniana* -"Cabinet wood"

Pterocarpus santalinus* - "Red sandalwood" Robinia pseudoacacia* -"False acacia"

Sophora tetraptera* -"Four-wing sophora"

4) Plantas taníferas e corantes

Acacia catechu -"Khaki dye"

A. mearnsii -"Blackwattle" A. dealbata -"Silverwattle" A. pycnantha -"Golden wattle"

B a p h i a n i t i d a * - " C a m w o o d "

Genista tinctoria* -"Dyer's broon" Haematoxylon campechianum - "Logwood"

Indigofera tinctoria* -"Indigo-plant"

5) Plantas fornecedoras de gomas e resinas Acacia senegal -"Gum arabic" Astragalus gummifer* -"Gum tragacanth"

Copaifera demeusi -"Congo copal"

D a n i e l l a o g e a -"Acera copal"

Hymenaea courbaril -"West Indian locust"

Myroxylon balsamum* -"Balsam"

(25)

6.

6) Plantas oleíferas e aromatizantes

Acacia farnesiana -"Popinac"

Arachis hypogaea* -"Peanut"

Dypterix odorata* -"Tonka bean"

Glycine max* -"Soyabean"

Tamarindus indica -"Tamarind"

Trigonella foenum-graecum* -"Fenugreek"

Voandzeia subterranea* -"Bambarra groundnut"

7) Plantas medicinais

Cassia acutifolia - "Alexandrian senna"

C. angustifolia - "Indian senna"

Coronilla emerus* - "Scorpion senna"

Galega officinalis* - "Goat's rue"

Glycyrrhiza glabra* - "Liquorice"

Ononis spinosa* - "Restharrow"

8) Plantas inseticidas

Derris elliptica* - "Derris"

Lonchocarpus nicou*

Paehyrrhizus erosus*

(26)

7.

9) Plantas ornamentais

Acacia dealbata -"Florists' mimosa"

Cercis siliquastrum -"Judas tree"

Colutea arborescens* -"Bladder senha"

Cytisus scoparius* -"Broom"

Erythrina crista-galli* -"Coral tree"

Laburnum anagyroides* -"Laburnum"

Lathyrus odoratus* -"Sweet pea"

Lupinus polyphyllus* -"Garden lupin"

Mimosa pudica -"Sensitive plant"

Sophora japonica* -"Pagoda tree"

Wisteria chinensis* -*Wisteria

(27)
(28)
(29)
(30)

2. METODOLOGIA QUIMIOTAXONÔMICA

Os flavonóides constituem a principal classe de meta-bólitos secundários que caracterizam a família Leguminosae e é importante ressaltar que nenhuma outra classe possui ocor-rência tão geral dentro da família. Essa ocorocor-rência geral as-sociada a uma grande variabilidade estrutural fazem dos fla-vonóides os marcadores quimiossistemáticos por excelência pa-ra esse grupo vegetal. A subfamília Papilionoideae, objeto da presente tese, mais que qualquer uma das outras duas subfamí-lias de Leguminosae, é muito bem caracterizada por uma diver-sidade estrutural flavonóidica digna de nota. Essa subfamília além de acumular flavonóides propriamente ditos, que são de ocorrência geral em toda a família Leguminosae, possui adicio-nalmente a capacidade de biossintetizar isoflavonóides. Pos-tula-se que o esqueleto rearranjado dos isoflavonóides origi-na-se oxidativamente das chalconas via um intermediário espi-rodienônico (Figura I). Os isoflavonóides de Papilionoideae possuem uma grande diversificação em termos do número de

(31)
(32)

13.

queletos formados" isoflavonas, pterocarpanos, cumestanos, ro-tenóides, etc ... (Figura 2). Os neoflavonóides (Figura 3), por outro lado, possuem ocorrência restrita à tribo Dalbergieae e não possuem grande diversidade estrutural.

Muitos dos flavonóides propriamente ditos dos grupos mais evoluídos das subfamílias Caesalpinioideae e Mimosoideae diferem do padrão biossintético comum e não possuem função oxi-genada na posição 5, enquanto outros possuem oxigenação adi-cional em 8. A ocorrência de flavonóides com oxigenação em 8 é pouco comum em plantas e, portanto sistematicamente relevan-te. Por outro lado, na subfamília Papilionoideae é bastante comum a ocorrência de C - prenilação como principal caracte-ristica modificadora do anel A dos seus flavonóides propria-mente ditos. Para os isoflavonoides, a transformação oxidati-va do anel A é n o v a m e n t e importante.

Glicosilações, metilações e dioximetilenações são ou tras características estruturais também bastante comuns em fla-vonóides de espécies de Leguminosae. Algumas dessas caracte-rísticas dos flavonóides propriamente ditos serão a seguir quan-tificadas e posteriormente empregadas na sistematização e es-tudo e v o l u t i v o da s u b f a m í l i a P a p i l i o n o i d e a e .

(33)
(34)
(35)

16.

2.1. Quantificação do grau de proteção das hidroxilas fenóli-cas dos flavonóides

Dentre as estratégias desenvolvidas pelas plantas pa-ra efetuar a desativação das hidroxilas fenólicas dos flavo-nóides, a eterificação por reação com S - adenosilmetionina (me-tilação) é considerada por Harborne como uma característica evoluída em comparação com a acetalização com açúcares (glico-silação). As informações referentes a esses métodos de prote-ção foram quantificados através da determinaprote-ção dos índices de glicosilação, metilação e proteção total (glicosilação + metilação).

2.1.1. Cálculo do índice de glicosilação (IG)

Esse parâmetro numérico pode ser determinado através da relação entre o número de grupos O - glicosilados e o núme-ro total de oxigrupos presentes no esqueleto flavonóidico.

(36)

17.

Exemplos:

2.1.2. C á l c u l o do índice de m e t i l a ç ã o (IM)

Esse parâmetro numérico pode ser determinado através da relação entre o número de grupos O - metilados e o número total de o x i g r u p o s p r e s e n t e s no e s q u e l e t o f l a v o n ó i d i c o .

E x e m p l o s :

(37)

1 8 .

2.1.3. Cálculo do índice de proteção total (IP)

Esse parâmetro numérico pode ser determinado através da relação entre a proteção total (O - glicosilação + O - me-tilação) e o número total de oxigrupos presentes no esqueleto f l a v o n ó i d i c o .

Exemplos:

2.2. Quantificação do grau de transformação do anel A

Postula-se que devido a razões biossintéticas a si-tuação primitiva de substituição de oxigrupos no anel A dos flavanóides (derivado da rota do acetato) se refere ao padrão 5,7. Portanto, atribui-se o valor zero para as moléculas que

(38)

19.

possuem essa feição estrutural. Cada modificação dessa situa-ção pode ser acompanhada através da atribuisitua-ção de 1.0 ponto, constituindo portanto um avanço evolutivo. Para cada grupo adi-cional em 6 ou 8, atribui-se o valor 1.0 e, em 6 e 8, o valor 2. Para a ausência de oxigrupo em 5, atribui-se o valor 1.0.

(39)

20.

2.3. Determinação dos parâmetros de avanço evolutivo referen-tes à glicosilação, metilação, proteção total e trans-formação do anel A

Esses parâmetros podem ser determinados através do cálculo das médias ponderadas dos índices de avanço das subs-tâncias que ocorrem em um determinado táxon, segundo as se-guintes equações:

onde: IG = índice de glicosilação. IM = índice de metilação.

IP = índice de proteção total.

ITA = índice de transformação do anel A.

AEG = parâmetro de avanço evolutivo referente à gli-c o s i l a ç ã o .

(40)

21.

AEM = parâmetro de avanço evolutivo referente à meti-l a ç ã o .

AEP = parâmetro de avanço evolutivo referente à pro-teção total.

AETA = parâmetro de avanço evolutivo referente à trans-f o r m a ç ã o do anel A.

a,b,c,....,n = número de ocorrências de substâncias com um determinado índice, por espécie.

(41)

3. RESULTADOS

A aquisição dos dados acumulados a respeito da quími-ca flavonoídiquími-ca da subfamília Papilionoideae se deu através do levantamento bibliográfico no "Chemical Abstracts" de 1907 até 1987 (inclusive). As informações aqui apresentadas foram obti-das através da análise dos resumos do "Chemical Abstracts" e dos artigos originais indicados por esses resumos. Os artigos das publicações disponíveis nas principais bibliotecas do país foram obtidos através do sistema de comutação bibliográfica (COMUT).

As tabelas numeradas de 1 a 16 fornecem informações a respeito da estrutura, ocorrência, índices de avanço (glicosi-lação, meti(glicosi-lação, proteção total e transformação do anel A) e referências bibliográficas* dos flavonóides propriamente ditos

*As referências bibliográficas apresentadasnas tabelas são constituídas de dois campos (volume do "Chemical Abstracts": número do resumo). Essa maneira de fornecer referências bibliográficas pode ser justificada em função da enorme quantidade de artigos periódicos consultados e que os prórpios resumos do "Chemical Abstracts" são auto-suficientes no tocante

(42)

23.

que ocorrem em Papilionoideae. Esses índices foram utilizados na determinação dos parâmetros de avanço evolutivo (AEG, AEM, AEP, AETA) para as tribos de Papilionoideae. Esses parâmetros foram utilizados na construção de diagramas de correlação (Fi-guras 4 a 9) que forneceram subsídios para a avaliação das ten-dências evolutivas das tribos da subfamília Papilionoideae de Leguminosae.

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