O USO DE MÁSCARA DE PROTEÇÃO FACIAL INFLUENCIA NO DESEMPENHO DE ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO DE KARATÊ

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O USO DE MÁSCARA DE PROTEÇÃO FACIAL INFLUENCIA NO

DESEMPENHO DE ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO DE KARATÊ

THE USE OF PROTECTIVE MASK FACIAL INFLUENCE ON THE

PERFORMANCE OF HIGH PERFORMANCE KARATE ATHLETES

Suellen Pontes Fontoura1

Fabrício de Souza2

1_{Acadêmica do Curso de Bacharel em Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina}–

UNISUL. E-mail: supontes96@hotmail.com.

2_{Doutor em Ciências da Saúde}_{– Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Professor da}

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Resumo: OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi analisar o impacto do uso de

máscaras de proteção facial, confeccionadas com material de algodão, no desempenho de atletas de alto rendimento de karatê. / MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal, com abordagem quantitativa, do tipo descritivo comparativo. A amostra foi constituída por 22 atletas profissionais de karatê, com idades entre 10 e 25 anos, de ambos os sexos. Para coleta de dados ocorreram avaliações antropométricas, testes de aptidão física (flexão de braços e abdominal), questionário de identificação e situação clínica, e um questionário de golpes específicos de karatê, com verificação da frequência cardíaca. / RESULTADOS: Dos atletas, 2 foram excluídos, não concluíram todas as etapas do estudo. Em relação a utilização das máscaras de proteção facial, pode-se observar aumento de 10,6% na escala subjetiva de esforço e redução de 7% em relação ao desempenho físico. / CONCLUSÕES: Conclui-se que a utilização da máscara de proteção facial piora a sensação relacionada a escala subjetiva de esforço e o desempenho físico dos atletas de alto rendimento de karatê. E a frequência cardíaca dos atletas, não sofreu alterações significativas.

Palavras-chave: Educação Física. Treinamento Físico. Máscara de Proteção Facial.

Artes Marciais. Covid-19. Teste de Aptidão Física.

Abstract: OBJECTIVES: The objective of this study was to analyze the impact of the

use of facial protection masks, made with cotton material, on the performance of high performance karate athletes. / METHODS: A cross-sectional study was carried out, with a quantitative approach, of a comparative descriptive type. The sample consisted of 22 professional karate athletes, aged between 10 and 25 years old, of both sexes. Anthropometric assessments, physical fitness tests (flexion of arms and abdominal), identification questionnaire and clinical situation, and a questionnaire of specific karate strokes, with heart rate verification were performed for data collection. / RESULTS: Of the athletes, 2 were excluded, they did not complete all stages of the study. Regarding the use of facial protection masks, an increase of 10.6% in the subjective scale of effort can be observed and a reduction of 7% in relation to physical performance. / CONCLUSIONS: It is concluded that the use of the face protection mask worsens the sensation related to the subjective scale of effort and the physical performance of high-performance karate athletes. And the athletes' heart rate has not undergone significant changes.

Keywords: Physical Education. Physical Training. Face Protection Mask. Martial

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1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional, o mais alto nível de alerta da organização, conforme previsto no regulamento sanitário internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia (PAHO, 2020).

O cenário mundial referente às principais causas de coronavírus, aponta que várias pessoas aglomeradas em um único lugar, geram o agente infeccioso que consegue se disseminar com mais facilidade e, dada a sua velocidade de proliferação, acarreta a infecção em mais indivíduos. Nesse sentido, toda e qualquer atividade que proporcione a aproximação das pessoas deve ser analisada e realizada com cautela (DASA, 2020).

Sabe-se que a prática de atividades físicas (AF) pode proporcionar diversos benefícios à saúde e, dessa forma, estar vinculada a diversos objetivos, destacando-se sua contribuição para a melhora do sistema imunológico. Entretanto, em tempos de pandemia, muitos cuidados devem ser tomados para evitar que a prática coloque em risco a saúde das pessoas, visto que, mesmo ao ar livre, pode-se aumentar os riscos de contágio, já que o vírus se propaga pelo ar e sobrevive em superfícies por diferentes períodos (BUSSOLOTTI, 2020). O perigo eminente está na proximidade em que as gotículas que permanecem no ar ficam suspensas, quando falamos, espirramos ou tossimos (VIVABEM, 2020).

Qualquer nível seguro de retorno às atividades esportivas rotineiras, ao treinamento ou competições, depende de rigorosos fatores e protocolos de contenção de riscos da doença, junto às recomendações da OMS. Dentre os protocolos de segurança, o uso de máscaras de proteção facial ganha grande importância, visto que diminui o risco de contágio (MEZZADRI; SCHMITT, 2020).

Estudos vem demonstrando que a prática de artes marciais pode proporcionar diversos benefícios (BU; HAIJUN; YONG; CHAOHUI; XIAOYUAN; SINGH, 2010), com poucos riscos à saúde dos praticantes (DESTOMBE; LEJEUNE; GUILLODO; ROUDAUT; JOUSSE; DEVAUCHELLE et al., 2006; CHYU; ZHANG; BRISMÉE; DAGDA; CHAUNG; BERGEN et al., 2013). Dessa forma, exercícios alternativos, como o karatê, podem ser sugeridos como forma de AF regular. O karatê é uma arte

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marcial que envolve o corpo, a mente e o espírito, características importantes na busca de um desenvolvimento integral dos praticantes (BARREIRA; MASSIMI, 2003). A prática de karatê é capaz de promover grande gasto energético (BUSSWEILER; HARTMANN, 2012; RAVIER; DUGUÉ; GRAPPE; ROUILLON, 2009), diminuição na pressão arterial (SALES; SOUSA; SAMPAIO; ERNESTO; BROWNE; MORAES et al., 2016), melhora no condicionamento aeróbio e anaeróbio (RAVIER; DUGUÉ; GRAPPE; ROUILLON, 2009) e auxilia no tratamento de transtornos de comportamento (PALERMO; DI LUIGI; DAL FORNO; DOMINICI; VICOMANDI; SAMBUCIONI et al., 2006). Além disso, o karatê oferece pouco risco de lesão e pode ser praticado por qualquer pessoa (DESTOMBE; LEJEUNE; GUILLODO; ROUDAUT; JOUSSE; DEVAUCHELLE et al., 2006).

Neste sentido, é preciso estimular a produção de estudos que investiguem as mais diversas formas de prevenção para o contágio de COVID-19 e qual o seu impacto na vida das pessoas.

Observa-se que poucos estudos investigaram os efeitos da utilização das máscaras de proteção facial durante a prática de AF e nenhum estudo investigou o efeito da utilização delas no esporte de alto rendimento de karatê, que contribui como característica importante para demarcar os valores de formação e desenvolvimento de habilidades sociais, com o intuito de demonstrar que prevenir o contágio e evitar a disseminação, acaba sendo a melhor forma de combater essa situação em que nos encontramos. Devido a isso, estudos que investiguem esses fatores são de suma relevância.

Dessa forma, este estudo se justificou pela contribuição que trouxe sobre o impacto dos cuidados de saúde em relação ao rendimento e saúde do atleta, sendo fundamental para o avanço dos conhecimentos científicos sobre esse assunto. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo analisar o impacto do uso de máscaras de proteção facial, confeccionadas com material de algodão, no desempenho de atletas de alto rendimento de karatê.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo de campo transversal, com abordagem quantitativa, do tipo descritivo comparativo. O estudo foi realizado em uma Associação Esportiva da cidade de Tubarão (SC).

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A população de estudo foi composta por atletas de alto rendimento de karatê, de ambos os sexos. São atletas de Karatê na faixa etária de 10 a 25 anos, totalizando uma amostra de 22 atletas. Sendo a amostra por conveniência, não foi realizado cálculo amostral. Foram excluídos do estudo os participantes que não concluíram todas as etapas do estudo, realizando o preenchimento de questionário para as estatísticas descritivas, de percepção subjetiva de esforço e os testes físicos.

Para a coleta de dados, ocorreram avaliações antropométricas. O peso foi aferido por balança digital da marca Tanita® modelo BF 680, com capacidade para 150 kg e sensibilidade de 100g. A estatura foi aferida com estadiômetro da marca Tonelli®, graduado em milímetros. A estatura foi verificada na ortostática utilizando como referência o plano de Frankfurt. E o Índice de Massa Corporal (IMC) foi obtido pelo cálculo da razão entre o peso e a estatura ao quadrado (kg/m2).

Todas as avaliações antropométricas foram realizadas utilizando técnicas convencionais descritas por Pollock e colaboradores (POLLOCK; SCHMIDT; JACKSON, 1980). Para realizar as avaliações antropométricas, os participantes deveriam estar de bexiga vazia e trajando roupas leves. Nas últimas 24 horas, não poderiam ter realizado exercícios físicos, ingerido bebidas alcoólicas ou fumado.

Foram realizados testes físicos para avaliar a aptidão física. A resistência muscular localizada foi avaliada por dois testes (flexão de braços e abdominal). Foi utilizado um cronômetro (CASIO HS-3®, Tokyo, Japão) com unidade de medida até 1/100 de segundo e um colchonete. O teste de flexão de braço consistiu em realizar o máximo de flexões de braço no período de um minuto. Os participantes do sexo masculino realizaram o teste em decúbito ventral, de forma que apenas os pés e as mãos tivessem contato com o solo (quatro apoios). As participantes do sexo feminino realizaram o teste em decúbito ventral de forma que apenas os pés, os joelhos e as mãos tivessem contato com o solo (seis apoios). O teste de abdominal consistiu em realizar o máximo de movimentos de flexão de tronco no período de um minuto. Os participantes iniciaram o teste em decúbito dorsal, joelhos flexionados e pés apoiados no solo segurados pelos avaliadores. As mãos permaneceram cruzadas por trás do pescoço. Na execução dos movimentos, o participante realizou a flexão de abdominais encostando os cotovelos nos joelhos e retornando à posição inicial (POLLOCK; WILMORE, 1993).

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Foi desenvolvido um protocolo de teste com movimentos específicos do karatê. O protocolo foi composto pelos seguintes exercícios: soco com braço que está à frente da postura de luta (kisami zuki), soco com braço que está atrás da postura de luta (guiaku zuki), soco duplo (nihon zuki), chute frontal (mae geri), chute lateral (sokuto geri), chute circular (mawashi geri), defesa baixa seguida pelo soco com braço que está atrás da postura de luta (gedan barai uke + guiaku zuki) e chute circular seguido de soco com braço que está atrás da postura de luta (mawashi geri + guiaku zuki). Todos os golpes foram realizados com aplicação em colchonete. O desempenho foi avaliado pela quantidade de golpes executados. Foi realizada uma série para cada exercício, com repetições de cada lado durante 15 segundos, com intensidades máximas. Foram utilizados intervalos de descanso de 30 segundos entre as séries e intervalos de 60 segundos entre os exercícios.

Tabela 1 – Protocolo de Golpes de Karatê

Foram feitas duas coletas de dados, de forma individualizada, com verificação da frequência cardíaca a cada exercício. Para isso, realizamos alguns procedimentos específicos, que visaram diminuir possíveis vieses. Inicialmente, foi efetuado um sorteio aleatório para formar dois grupos. O primeiro grupo realizou a primeira sessão de testes utilizando as máscaras de proteção facial, e a segunda sessão de testes sem a utilização das máscaras de proteção facial. O segundo grupo fez o procedimento inverso, realizando a primeira sessão de testes sem a utilização das máscaras de proteção facial e a segunda sessão de testes utilizando

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as máscaras de proteção facial. Entre a primeira e a segunda sessão de testes, houve uma semana de intervalo.

Os dados coletados foram inseridos no programa Epidata versão 3.1 (EpiData Association, Odense, Denmark) e exportados para análise estatística no software IBM SPSS Statistics for Windows, versão 21.0. (IBM SPSS Statistics, Armonk, NY).

As variáveis quantitativas foram descritas com medidas de tendência central e dispersão. Variáveis qualitativas foram descritas em números absolutos e proporções. Para verificar a normalidade dos dados, utilizamos o teste de Kolmogorov-Smirnov.

As variáveis independentes foram analisadas de maneira descritiva, por percentagens e proporções. As variáveis dependentes foram analisadas por teste t de Student (diferença entre dois grupos). Nos casos de distribuição não normal, foi utilizado o teste Wilcoxon.

O nível de significância estabelecido no trabalho foi de p< 0,05.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram das análises do estudo 20 atletas de alto rendimento de karatê com média de idade de 15,30 anos (DP=3,4), com média de 9,55 (DP=3,9) anos de estudo escolar, com média de peso de 53,82kg (DP=14,55), com média de estatura de 1,57cm (DP=0,14), com média de IMC de 21,14 (DP=2,7).

As análises das estatísticas descritivas foram através de questionário de percepção subjetiva de esforço. Dos atletas que foram analisados, 55% são do sexo masculino, 75% se autodeclarou ser de cor/raça branca. A situação conjugal foi de 100% para solteiro(a). Para emprego, 65% declarou não possuir um emprego, porém estar estudando. Ao serem questionados se já foram hospitalizados alguma vez na vida, 60% declarou que nunca foi hospitalizado. Questionados sobre como se sentiam na última semana que antecedia os testes, 45% dos participantes declararam se sentir bem e em boa forma física. Sendo que 40% se sentiu muito ativo fisicamente. E 55% declarou se sentir algumas vezes, com muita energia e disposição. Sendo que 60% dos participantes se disse bem humorado. E 50% disse se sentir algumas vezes pressionado ou estressado.

De acordo com o desempenho, Rondon et al. (1998) informou que o uso da máscara de proteção facial, é um fator importante para a interrupção do esforço,

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onde ocorreu fadiga respiratória pelo exercício e pelo uso da máscara, considerando a resposta da frequência cardíaca e pressão arterial atingida pelos avaliados no seu estudo. Mas em estudos parecidos Vaccaro e Soong (1996) investigaram a resposta do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e do limiar de lactato, com a utilização de dois tipos de máscara (alta resistência respiratória e baixa resistência respiratória), e concluíram que o que ocorre é uma diminuição significativa apenas no VO2max, na ventilação e na frequência respiratória, mas não na capacidade aeróbia (limiar de lactato). Portanto, neste estudo observou-se que o uso de máscara de proteção facial prejudicou o desempenho dos atletas, anunciando que a máscara dificulta a respiração, e mostra a limitação em situação onde há a necessidade de maior fluxo de ar.

Tabela 2 - Características de Golpes de Karatê Medidas de resultado Grupos Valor de P* n Com Máscara Média / DP n Sem Máscara Média / DP Flex Abd

Kisami zuki (e) Kisami zuki (d) Guiaku zuki (e) Guiaku zuki (d) Ninhon zuki (e) Ninhon zuki (d) Mae geri (e) Mae geri (d) Sokuto geri (e) Sokuto geri (d) Mawashi geri (e) Mawashi geri (d) Gedan guiaku (e) Gedan guiaku (d) Mawashi guiaku (e) Mawashi guiaku (d) 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 18,68/9,129 29,15/8,041 27,45/5,206 26,90/5,884 24,75/2,552 24,75/1,970 17,35/2,033 16,30/1,838 18,65/2,852 17,20/2,397 12,40/2,521 11,45/2,259 14,80/3,350 13,70/3,147 18,95/2,460 18,00/2,384 7,95/1,276 7,75/1,482 18 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 19 19 19 22,61/9,865 31,74/6,715 29,40/6,295 29,05/5,326 25,90/3,533 25,40/2,998 18,25/2,731 18,15/2,498 19,60/2,798 19,20/3,071 13,10/1,971 13,25/1,618 17,20/3,592 16,30/3,450 19,65/3,133 19,21/2,226 8,00/0,816 8,11/1,150 0,010#* 0,235# 0,074¶ 0,029#* 0,149# 0,301¶ 0,153¶ 0,008¶* 0,104¶ 0,021#* 0,179¶ 0,018¶* 0,047#* 0,008#* 0,438# 0,086¶ 0,670¶ 0,234¶ FLEX: Flexão de Braços; ABD: Abdominal; E: Golpe Lado Esquerdo; D: Golpe Lado Direito; *p < 0,05. ¶Teste não paramétrico Wilcoxon para amostras relacionadas. #Teste paramétrico T de Student para amostras em pares.

Em relação a escala subjetiva de esforço, de acordo com Borg (2000) a percepção subjetiva de esforço, tem como conceito um trabalho muscular intenso, envolvendo uma tensão sobre os sistemas musculoesqueléticos, cardiovascular e

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pulmonar, diretamente ligado com a intensidade do exercício. Um estudo de Martins da Silva et al. (2011), teve como objetivo avaliar o comportamento da frequência cardíaca (FC) e sua relação com a percepção subjetiva de esforço (PSE) em atletas de Jiu-Jitsu Brasileiro (JJB), de acordo com os resultados, foi possível verificar que os lutadores mantiveram a frequência cardíaca elevada durante toda a luta, correspondendo a uma alta intensidade de esforço, assim como a PSE, que apresentou classificação próxima à PESADA.

Tabela 3 - Características de Percepção de Esforço dos Golpes de Karatê Medidas de resultado Grupos Valor de P* n Com Máscara Média / DP n Sem Máscara Média / DP Flexpse Abdpse

Kisami zuki (epse) Kisami zuki (dpse) Guiaku zuki (epse) Guiaku zuki (dpse) Ninhon zuki (epse) Ninhon zuki (dpse) Mae geri (epse) Mae geri (dpse) Sokuto geri (epse) Sokuto geri (dpse) Mawashi geri (epse) Mawashi geri (dpse) Gedan guiaku (epse) Gedan guiaku (dpse) Mawashi guiaku (epse) Mawashi guiaku(dpse) 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 8,74/1,485 9,00/1,170 4,20/1,852 5,30/1,418 6,30/1,455 7,00/1,338 7,60/1,501 8,10/1,553 7,90/1,373 8,10/1,276 8,20/1,542 8,65/1,387 8,80/1,105 9,10/0,912 9,30/0,865 9,50/0,607 9,25/0,786 9,60/0,598 18 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 19 19 19 8,11/1,491 8,11/1,663 3,60/1,536 4,45/1,468 5,95/2,012 6,00/1,947 6,40/1,984 7,10/1,861 7,15/1,843 7,50/1,933 7,70/2,296 7,80/1,989 8,15/1,631 8,45/1,638 8,75/1,743 8,53/1,775 8,68/1,493 8,74/1,327 0,180¶ 0,012#* 0,064¶ 0,022¶* 0,477# 0,032¶* 0,031¶* 0,014#* 0,096¶ 0,025¶* 0,315¶ 0,038¶* 0,103¶ 0,041¶* 0,103¶ 0,043¶* 0,118¶ 0,009¶* FLEXPSE: Percepção Subjetiva de Esforço da Flexão de Braços; ABDPSE:

Percepção Subjetiva de Esforço da Abdominal; EPSE: Percepção Subjetiva de Esforço Físico Lado Esquerdo; DPSE: Percepção Subjetiva de Esforço do Lado Direito; *p < 0,05. ¶Teste não paramétrico Wilcoxon para amostras relacionadas. #Teste paramétrico T de Student para amostras em pares.

Verificou-se neste estudo, que a PSE relacionada ao cansaço aumentou com o uso de máscara de proteção facial, pois declinou a disposição do atleta, durante a execução dos golpes, demonstrando falta de energia para realizá-los, consequentemente uma diminuição na capacidade de desempenho do atleta.

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Tabela 4 - Características de Frequência Cardíaca dos Golpes de Karatê Medidas de resultado Grupos Valor de P* N Com Máscara Média / DP n Sem Máscara Média / DP Flexfc Abdfc

Kisami zuki (efc) Kisami zuki (dfc) Guiaku zuki (efc) Guiaku zuki (dfc) Ninhon zuki (efc) Ninhon zuki (dfc) Mae geri (efc) Mae geri (dfc) Sokuto geri (efc) Sokuto geri (dfc) Mawashi geri (efc) Mawashi geri (dfc) Gedan guiaku (efc) Gedan guiaku (dfc) Mawashi guiaku(efc) Mawashi guiaku(dfc) 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 132,00/23,333 148,20/27,479 143,15/23,840 150,40/25,879 156,25/26,471 161,60/25,683 159,90/23,140 161,90/26,799 144,45/25,255 152,70/26,780 143,60/27,035 154,10/25,809 148,55/23,100 155,55/22,626 157,70/21,092 163,55/24,462 148,00/24,168 160,65/26,964 18 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 19 19 19 123,89/25,060 146,21/23,869 138,70/31,633 149,90/34,119 154,00/26,127 164,15/24,162 161,95/21,348 165,70/22,212 151,45/24,958 151,25/25,053 148,30/25,313 152,60/26,100 153,25/25,692 155,55/23,180 165,00/15,499 162,53/18,121 156,58/22,650 159,89/16,583 0,118¶ 0,717¶ 0,549# 0,944# 0,808¶ 0,658¶ 0,840¶ 0,421# 0,081# 0,773# 0,220# 0,740# 0,258# 1,000# 0,053¶ 0,587¶ 0,074¶ 0,920¶ FLEXFC: Frequência Cardíaca da Flexão de Braços; ABDFC: Frequência Cardíaca da Abdominal; EFC: Frequência Cardíaca de Esforço Físico Lado Esquerdo; DFC: Frequência Cardíaca Lado Direito; *p < 0,05. ¶Teste não paramétrico Wilcoxon para amostras relacionadas.

#Teste paramétrico T de Student para amostras em pares.

Em estudos anteriores Milanez et al. (2012), avaliaram as respostas da Frequência Cardíaca na modalidade de karatê durante protocolos elaborados pelos pesquisadores que simularam o treinamento, através do monitoramento da FC, investigaram a distribuição da intensidade durante uma sessão de treinamento de karatê (ST) com a validade ecológica preservada. E concluíram que a intensidade da ST de karatê atende às recomendações do Colégio Americano de Medicina de Esportes (ACSM) com relação à intensidade, duração e frequência semanal, apresentando-se como uma interessante alternativa de exercícios físicos para promoção da aptidão cardiorrespiratória. Em contrapartida com a autora, Viero (2010), verificou-se que a FC quando se faz a utilização da fórmula de Karvonen e sua classificação, verificou-se nos Kata Heian Shodan e Tekki Shodan um trabalho de pouco menor de 50% chegando a 70% e quase a 80% da FC máxima

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respectivamente, e no Kumite um trabalho inicial de 50% a quase 100% da FC máxima, o que se observa a predominância de esforços anaeróbios aláticos.

Porém a frequência cardíaca dos atletas deste estudo não sofreu alteração significativa.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os resultados apresentados neste estudo, pode-se observar que a utilização da máscara de proteção facial promoveu diminuição no desempenho físico e aumento na escala de percepção subjetiva de esforço, apontando que o uso de máscara de proteção facial promoveu a sensação de cansaço nos atletas, mesmo que as alterações de frequência cardíaca destes, tenham sido insignificantes.

Este estudo foi capaz de produzir novas discussões e estratégias que colaboram com a sociedade, para melhorar o rendimento de atletas de diversas modalidades, além de ter buscado outras possibilidades de contribuir e desenvolver novas opções para o cenário atual e pós pandemia.

Constata-se que esta pesquisa auxiliou significativamente com a ciência, trazendo novos dados acerca dos fatos citados anteriormente, contribuindo para o aprimoramento no controle dessa doença.

Este é um estudo inédito, portanto, contribuiu com a comunidade científica e com o desenvolvimento regional, trazendo novas informações para difundir o conhecimento acumulado na produção acadêmica nacional e internacional acerca dos efeitos ocasionados pelo vírus aos treinamentos esportivos.

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REFERÊNCIAS

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(14)

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Universidade do Sul de Santa Catarina Comitê de Ética em Pesquisa – CEP UNISUL TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a), como voluntário(a), a participar da pesquisa: “O USO DE MÁSCARA DE PROTEÇÃO FACIAL INFLUENCIA NO DESEMPENHO DE ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO DE KARATÊ.” DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA/TUBARÃO, que tem com o objetivo “analisar o impacto do uso de máscaras de proteção facial, confeccionadas com material de algodão, no desempenho de atletas de alto rendimento de karatê.”. Trata se de um método não invasivo e de baixo custo, capaz de contribuir e desenvolver novas opções para o cenário atual e pós pandemia.

Participação do estudo - A minha participação no referido estudo será de

“responder um questionário afim de identificar se o uso de máscara de proteção facial afeta no desempenho do atleta de alto rendimento de karatê”, onde levará aproximadamente 2 (duas) semanas; irei realizar a pesquisa “na Sede de

Associação Esportiva de Karatê, da cidade de Tubarão/SC”.

Riscos e Benefícios - Fui alertado que, através da realização desta pesquisa posso

obter como benefício “saber o resultado da pesquisa”, assim terei informações sobre o desempenho dos atletas profissionais de karatê. Recebi, também a informação de que é possível acontecer determinados desconfortos ou riscos “como algum tipo de constrangimento durante a aplicação do questionário”, porém será realizada

individualmente.

Sigilo e Privacidade - Estou ciente de que a minha privacidade será respeitada, ou

seja, meu nome ou qualquer dado ou elemento que possa, de qual quer forma, me identificar será mantido em sigilo. O pesquisador se responsabiliza pela guarda e

(15)

confidencialidade dos dados fornecidos, bem como a não exposição dos dados da pesquisa.

Autonomia - É assegurada a assistência durante toda a pesquisa, bem como me

garantindo o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação. Declaro que fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem

precisar justificar e, se desejar sair da pesquisa, não sofrerei qualquer prejuízo à assistência que venho recebendo.

Ressarcimento e Indenização - No entanto, caso eu tenha qualquer despesa

decorrente da participação na pesquisa, tais como transporte, alimentação entre outros, haverá ressarcimento dos valores gastos da seguinte forma “de transferência bancária”. De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da minha

participação no estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei. Todos os ressarcimentos, caso houver, ficarão sob responsabilidade do

pesquisador.

Contatos – Pesquisador Responsável: Fabrício de Souza

Telefone para contato: (48) 999504004

E-mail para contato: fabricio.souza@unisul.br

Pesquisador: Suellen Pontes Fontoura Telefone para contato: (51) 9983571761

E-mail para contato: supontes96@hotmail.com

Comitê de Ética - O Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) é

composto por um grupo de pessoas que estão trabalhando para garantir seus direitos como participante sejam respeitados, sempre se pautando da Resolução 466/12 do CNS. Ele tem a obrigação de avaliar se a pesquisa foi planejada e se es tá sendo executada de forma ética. Caso você achar que a pesquisa não está sendo realizada da forma como você imaginou ou que está sendo prejudicado de alguma forma, você pode entrar em contato com o Comitê de Ética da UNISUL pelo telefone

(16)

(48) 3279 1036 entre segunda e sexta-feira das 9 às 17 horas ou pelo e-mail cep.contato@unisul.br.

Declaração - Declaro que li e entendi todas as informações presentes neste Termo

e tive a oportunidade de discutir as informações dele. Todas as minhas perguntas foram respondidas e estou satisfeito com as respostas. Entendo que receberei uma via assinada e datada deste documento e que a outra via será arquivada por 05 (cinco) anos pelo pesquisador. Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, eu manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou pagar, por minha participação.

Nome e assinatura do pesquisador responsável: _______________________ Nome e assinatura do pesquisador que coletou os dados: _____________________

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse estudo como sujeito. Fui informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador _____________________________ sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita, os benefícios e os possíveis riscos decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.

Nome por extenso: ______________________________________________

RG: _______________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

Assinatura: _______________________________________________

(17)

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO E SITUAÇÃO CLÍNICA

1. Número: |___|___|___|___|___|

2. Data da entrevista: |___|___| / |___|___| /2020

3. Data de nascimento: |___|___| / |___|___| / |___|___| 4. Sexo |___| 1. Masc 2. Fem

5. Qual é sua cor ou raça: branca, negra, mista, índia ou outra? |___| 1. Branca 2. Mista/Mulata 3. Negra 4. Oriental 5. Índia

6. Negra+Índia 7. Mulata+Índia 10. Branca+Índia 11. Outra ___________ 6. Qual é sua situação conjugal? |___|

1. Solteiro(a)/nunca casou 2. Casado(a) 3. Mora com companheiro(a) 4. Divorciado(a)/separado(a) 5. Viúvo(a) 6.Outro ____________________ 7. Quantos anos completados de estudo você possui? _____

8. Você possui emprego?|___|1. Sim 2. Não 9.Se não está trabalhando: qual é a sua situação? |___|

1. Desempregada(o) que está procurando emprego 2. Estudante

3. Aposentada(o) 4. Pensão/ Benefício 8. Outro ____________________ 10. Você já foi hospitalizada(o) alguma vez na vida? |___| 1. Sim 2. Não

Pensando na última semana, responda:

11. Você se sentiu bem e em boa forma física? |__|

(1) Nada (2) Pouco (3) Moderadamente (4) Muito (5) Totalmente 12. Você é ativo/a fisicamente? |__|

(1) Nada (2) Pouco (3) Moderadamente (4) Muito (5) Totalmente

13. Você se sentiu com muita energia/disposição? |__|

(1) Nunca (2) Raramente (3) Algumas vezes (4) Frequentemente (5) Sempre 14. Você se sentiu de bom humor? |__|

(1) Nunca (2) Raramente (3) Algumas vezes (4) Frequentemente (5) Sempre 15. Você se sentiu pressionado (“estressado”)? |__|

(18)

AVALIAÇÃO FÍSICA Estatura (cm)

Altura1 l___l___l___l , l___l Altura2 l___l___l___l , l___l Altura3 l___l___l___l , l___l

Peso (kg)

Peso1 l___l___l___l , l___l Peso2 l___l___l___l , l___l Peso3 l___l___l___l , l___l

Flexão de Braços (n)

FC l___l___l___l / PSE |___l___l / Qtd: |_________l

Resistência Abdominal (n)

FC l___l___l___l / PSE |___l___l / Qtd: |_________l

Kisami Zuki (n)

Lado Esquerdo: FC l___l___l___l / PSE |___l___l / Qtd: |_________l Lado Direito: FC l___l___l___l / PSE |___l___l / Qtd: |_________l

Guiaku Zuki (n)

Nihon Zuki (n)

Mae Geri (n)

Sokuto Geri (n)

Mawashi Geri (n)

(19)

Gedan Barai Uke + Guiaku Zuki (n)

Mawashi Geri + Guiaku Zuki (n)

(20)

AGRADECIMENTOS

Às Memórias de Osvaldo Pires Pontes, Maria Terezinha Peres Valentim e Benevenuto Ari Fontoura. Aos meus pais, minha avó Maria, meus dindos, padrasto e todos aqueles que acreditaram, colaboraram e foram incentivadores do meu sonho. Ao meu orientador Fabricio de Souza por todo o ensinamento.

Obrigado a todos que trilharam está caminhada junto comigo, foram força, parâmetro e o alicerce da minha escolha. Cada letra desse trabalho tem o tempo de dedicação de vocês a mim, sou e serei para sempre grata.