• Nenhum resultado encontrado

CLIPPING DO IBRAC 2011 Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CLIPPING DO IBRAC 2011 Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional"

Copied!
53
0
0

Texto

(1)

CLIPPING DO IBRAC 2011

Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional

N.º 28 18 a 24 de julho de 2011

EVENTOS 2011 ... 3

8.º SEMINÁRIO SOBRE RELAÇÕES DE CONSUMO ... 3

26/9/2011 Hotel Golden Tulip, São Paulo SP ... 3

11.º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL ... 3

7/10/2011 Tivoli São Paulo Mofarrej Hotel, São Paulo SP ... 3

4º SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO DE BELO HORIZONTE ... 3

20/10/2011 Belo Horizonte/MG - UFMG ... 3

17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA ... 3

25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP... 3

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 18 DE JULHO DE 2011 ... 3

NENHUMA MATÉRIA FOI PUBLICADA NESTA DATA ... 3

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 19 DE JULHO DE 2011 ... 3

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA ... 3

PORTARIA No- 84, DE 15 DE JULHO DE 2011 ... 3

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ... 3

DESPACHOS DA SECRETÁRIA ... 3

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 20 DE JULHO DE 2011 ... 4

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ... 4

DESPACHO DA SECRETÁRIA ... 4

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 21 DE JULHO DE 2011 ... 5

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA ... 5

ATA ORDINÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO No- 645... 5

PAUTA DA 496ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO ... 6

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 22 DE JULHO DE 2011 ... 10

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ... 10

DESPACHO DA SECRETÁRIA ... 10

DESPACHO DA COORDENADORA-GERAL ... 10

FOLHA DE SÃO PAULO DE 18 DE JULHO 2011 ... 11

Máquina de Vendas negocia com Visa lançamento de cartão neste ano ... 11

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 18 DE JULHO DE 2011 ... 11

A trajetória discreta da Collins ... 11

A vida da Brasil Foods depois do Cade ... 12

Brasil Foods após o Cade ... 14

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 19 DE JULHO DE 2011 ... 14

TAM e Gol já têm fatia de 90% em grandes aeroportos ... 14

VALOR ECONÔMICO DE 19 DE JULHO DE 2011 ... 14

Uma revolução no setor de pratos prontos ... 14

Cade quer que BRF crie o vice-líder do mercado em 2012 ... 15

Brasil Foods inicia visita a fábricas ... 16

"Plano da Copa passa pela integração" ... 16

Cade aprova Brado, criada por ALL e Standard... 20

VALOR ECONÔMICO DE 20 DE JULHO DE 2011 ... 20

Ruiz, do Cade, pede apoio do governo a concorrentes da BRF ... 20

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 21 DE JULHO DE 2011 ... 21

Dobra multa para quem desrespeitar consumidor ... 21

Máquina de Vendas compra rede Eletro Shopping e retoma 2º lugar no varejo ... 22

A concentração no varejo avança ... 23

Decisão do Cade sobre BRF foi 'correta', diz Cardozo ... 23

VALOR ECONÔMICO DE 21 DE JULHO DE 2011 ... 24

BDO vai ao Cade contra aquisição feita pela KPMG ... 24

Máquina de Vendas faz nova fusão e deixa Sul para 2012 ... 25

(2)

FOLHA DE SÃO PAULO DE 22 DE JULHO 2011 ... 26

Sadia/Perdigão venderá Excelsior Alimentos em acordo com Cade ... 26

VALOR ECONÔMICO DE 22 DE JULHO DE 2011 ... 26

Quebra de sigilo dos consumidores ... 26

FOLHA DE SÃO PAULO DE 23 DE JULHO 2011 ... 27

Importação com licença falsa será investigada ... 27

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 23 DE JULHO DE 2011 ... 29

Vulcabrás forja empresa no Vietnã e irrita governo ... 29

ACOMPANHAMENTO LEGISLATIVO ... 31

PROJETO DE LEI DA CÂMARA N.º 06/2009 (PL Nº 3937/2004) ... 31

PROJETO DE LEI Nº 2731/2008 (PLS 75/2005) ... 31

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 265/2007 ... 31

PARECER Nº , DE 2010 Da COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA ... 33

(3)

EVENTOS 2011

8.º SEMINÁRIO SOBRE RELAÇÕES DE CONSUMO

26/9/2011 Hotel Golden Tulip, São Paulo SP

11.º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL

7/10/2011 Tivoli São Paulo Mofarrej Hotel, São Paulo SP

4º SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO DE BELO HORIZONTE

20/10/2011 Belo Horizonte/MG - UFMG

17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA

25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 18 DE JULHO DE 2011

NENHUMA MATÉRIA FOI PUBLICADA NESTA DATA

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 19 DE JULHO DE 2011

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA

PORTARIA No- 84, DE 15 DE JULHO DE 2011

O Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, no uso das atribuições que lhe é conferida pelo art. 8º, inciso IX da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994 e Decreto nº 7.133, de 19 de março de 2010, publicado no Diário Oficial da União de 22 de março de 2010, resolve: Art. 1º Tornar público o resultado da avaliação de desempenho institucional, no âmbito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, nos termos da Portaria CADE Nº 129, de 28 de dezembro de 2010, quanto ao cumprimento das metas estabelecidas na Portaria CADE Nº 128, de 16 de dezembro de 2010, relativo ao período de 01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010. Art. 2º A média da avaliação institucional do CADE é de cem por cento (100 %), conforme tabela abaixo.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

PLANO DE METAS - 1º Ciclo de Avaliação de Desempenho (GDPGPE) - Período 01/01/10 a 31/12/10

PROGRAMA AÇÃO META FÍSICA UNIDADE

DE MEDIDA PREVISTO EM 2010 REALIZAÇÃO DEFESA ECONÔMICA E DA CONCORRÊNCIA Disseminação da Cultura da Concorrência Medida Implementada Unidade 34 100%

Julgamento de Atos de Concentração e Processos Administrativos

Processos Julgados

Unidade 504 100%

Pontuação institucional referente ao 1º ciclo: 80 pontos Média do Percentual atingido pelas ações.

100%

FERNANDO DE MAGALHÃES FURLAN

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO

DESPACHOS DA SECRETÁRIA Em 18 de julho de 2011

A SECRETÁRIA DE DIREITO ECONÔMICO SUBSTITUTA, no uso das competências que lhe foram atribuídas pela Lei nº 8.884, de 11 de Junho de 1994, e com base no disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, opina pela:

(4)

Nº 539 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006810/2011- 11 em que são Requerentes: Trasmissora Aliança de Energia Elétrica S.A e Abengoa Concessões Brasil Holding S.A. Advs.: Marcel Medon Santos e Ana Cláudia Lobo Barreira.

No- 540 - Ref.: Processo Administrativo nº 08012.007189.2008-08. Representante: Bann Química Ltda. Representadas: Dystar Textilfarben GmbH e Dystar Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda.

Acolho a nota técnica de fls., aprovada pelo Diretor do DPDE, Dr. Diogo Thomson de Andrade, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n. 9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Decido, pois, pelo encerramento da fase instrutória, notificando-se as Representadas para a apresentação das alegações finais em 5 (cinco) dias, nos termos do art. 39 da Lei n. 8.884/94 e do art. 49 da Portaria MJ n. 456/2010.

No- 541 - Ref.: Processo Administrativo nº 08012.002925/2009-12. Representante: Secretaria Especial de Portos da Presidência da República. Representados: Bandeirantes Dragagem e Construção Ltda.; Chec Dredging Co. Ltd.; Dragabras Serviços de Dragagem Ltda.; DEME - Dredging, Environmental and Marine Engineering N.V.; Dratec Engenharia Ltda.; DTA Engenharia Ltda.; EIT - Empresa Industrial Técnica S.A.; Enterpa Engenharia Ltda.; Equipav S.A.; Jan De Nul do Brasil Dragagem e Engenharia Ltda.; Sofidra S.A.; Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção S.A.; Somar Serviços de Operações Marítimas Ltda.; Van Oord Dragagens do Brasil Ltda.; Van Oord Dredging and Marine Contractors B.V. Advogados: Alessandra R. Bernardes Oshiro, Djenane Coutinho, Eduardo Humberto Dalcamim, Ewald Possolo Correa da Veiga, Fábio A. Figueira, Fabrício Paulo Bagueira Bandeira Neto, Heloísa Helena Monteiro de Lima, Leonardo Macedo de Carvalho, Maria Cecília Andrade, Maria Eugênia Del Nero Poletti, Mariana Villela, Mário Roberto Villanova Nogueira, Pedro. C. E. Vicentini, Stefanie Christine Schmitt, Tito Amaral de Andrade, Ubiratan Mattos, Maria Eugência Novis de Oliveira, Érica Sumie Yamashita, Carolina Maria Matos Vieira. Acolho a Nota Técnica, de fls., do Diretor do DPDE, Dr. Diogo Thomson de Andrade, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei nº 9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Decido, pois, pelo não acolhimento do Recurso Administrativo interposto pelos Representados Chec Dredging Co. Ltd., DTA Engenharia Ltda., EIT - Empresa Industrial Técnica S.A. e Equipav S.A., mantendo a decisão - disposta no Despacho nº 015/2011, da Coordenadora-Geral de Análise de Infrações no Setor de Compras Públicas - que indeferiu a produção de prova pericial.

No- 542 - Ref.: Averiguação Preliminar n.º 08012.000436/2001-61. Representante: Agência Nacional de Petróleo (ANP). Representados: Liquigás Distribuidora S.A., Nacional Gás Butano Distribuidora Ltda., Supergasbrás, Ultragás (Petrogaz) e Minasgás. Advs.: Bolívar Moura Rocha e outros; Tito Amaral de Andrade e outros; Elizete Ruth Gonçalves dos Santos e outros; Antonio Garbelini Junior e outros.

Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Diretor do Departamento de Proteção e Defesa Econômica, Dr. Diogo Thomson de Andrade e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n. 9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Tendo em vista que não constam nos autos indícios

suficientes a comprovar a prática de infração contra a ordem econômica tipificada no art. 20, inciso I, c/c art. 21, incisos I e V, ambos da Lei n.º 8.884/94, determino seu arquivamento, recorrendo-se de ofício ao CADE, nos termos do artigo 31 da Lei 8.884/94 e do artigo 44 da Portaria MJ nº 456/2010.

ANA MARIA MELO NETTO

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 20 DE JULHO DE 2011

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO

DESPACHO DA SECRETÁRIA Em 19 de julho de 2011

Nº 544 - Ref: Ato de Concentração nº 08012.06735/2011-81. Requerentes: Bayer S.A e Soytech Seeds Pesquisa em Soja Ltda. Advs.: Cristianne Saccab Zarzur e outros.

Pelos princípios da economia processual e da eficiência da Administração Pública, nos termos do § 1º do artigo 50 da Lei nº 9.784/99, e da Portaria Conjunta SEAE/MF e SDE/MJ nº 33/2006, concordo com o teor do parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, cujos termos passam a integrar esta decisão, como sua motivação. Opino, consequentemente, pela aprovação do ato sem restrições, devendo este processo ser encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, em cumprimento ao disposto no § 6º do art. 54 da Lei nº 8.884/94.

Nº 545 - Ref.: Procedimento Administrativo n.º 08012.013138/2010- 21. Representante: Ministério Público do Estado da Paraíba. Representados Distribuidoras e Revendedores de GNV de João Pessoa - PB.

Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Diretor do Departamento de Proteção e Defesa Econômica, Dr. Diogo Thomson de Andrade e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n. 9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Tendo em vista que a denúncia em análise é alcançável pelos

(5)

dispositivos da Lei n.º 8.884/94, e com vistas a garantir o seu exame pelo CADE em sede de recurso de ofício, determino a promoção de Averiguação Preliminar, nos termos do artigo 30 da Lei n.º 8.884/94. No entanto, considerando os fundamentos expostos na Nota Técnica exarada pelo Departamento de Proteção e Defesa Econômica, entendo que não foram observados indícios de infração à ordem econômica suficientes para a instauração de Processo Administrativo. Por esse motivo, determino o arquivamento da presente Averiguação Preliminar recorrendo de ofício ao CADE nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.884/94 e do art. 44 da Portaria MJ n.º 456/2010.

ANA MARIA MELO NETTO Substituta

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 21 DE JULHO DE 2011

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA

ATA ORDINÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO No- 645 Dia: 20.07.2011

Hora: 10h

Presidente Substituto: Olavo Zago Chinaglia

Secretário do Plenário: Clovis Manzoni dos Santos Lores

A presente ata tem também por fim a divulgação a terceiros interessados dos atos de concentração

protocolados perante o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, nos termos do art. 54 da lei n. 8.884/94. Foram distribuídos pelo sistema de sorteio os seguintes feitos:

Ato de Concentração nº 08012.007267/2011-61 Requerentes: FatWire Corporation, Oracle Corporation

Advogado(s): Gabriel Arruda Chueke, Amadeu Carvalhaes Ribeiro, Michelle Marques Machado Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.007268/2011-14

Requerentes: Merck Sharp & Dohme Corp, Nycomed GmbH

Advogado(s): Milena Fernandes Mundim, Francisco Ribeiro Todorov, Adriana Franco Giannini Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.007270/2011-85

Requerentes: K+S Aktiengesellschaft, TFF III Limited, Triton Managers III Limited Advogado(s): Paola Petrozziello Pugliese, Marina de Santana Souza

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia Ato de Concentração nº 08012.007342/2011-94

Requerentes: Commtest Instruments Limited, General Electric Company Advogado(s): Milena Fernandes Mundim, Francisco Ribeiro Todorov Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.007369/2011-87

Requerentes: Cymi Holding S.A., Lintran do Brasil Participações S.A. Advogado(s): Rafaella Ferraz, Andrea Fabrino Hoffmann Formiga Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Ato de Concentração nº 08012.007370/2011-10 Requerentes: Alcofina S.A/N.V, Trafigura Beheer B.V

Advogado(s): Érica Yamashita, Tito Amaral de Andrade, Carolina Vieira Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração nº 08012.007378/2011-78

Requerentes: Companhia Brasileira de Latas, Companhia Metalúrgica Prada, Elizabeth S.A. Indústria Têxtil, Taquari Participações S.A.

Advogado(s): Tercio Sampaio Ferraz Junior, Juliano Souza de Albuquerque Maranhão, Thiago Francisco da Silva Brito

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis OLAVO ZAGO CHINAGLIA

Presidente do Conselho Substituto

CLOVIS MANZONI DOS SANTOS LORES Secretário do Plenário

(6)

PAUTA DA 496ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO Dia: 27.07.2011

Início: 10h

Ato de Concentração nº 08012.008922/2009-84

Requerente: Mateus Supermercados Ltda. e Supermercados Liliane Ltda.

Advogados: Eneide Aparecida de Camargo Simon, Andrea Toniazzo, Rosimar Gonçalves de Arruda de Andrade e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia Ato de Concentração nº 08012.006712/2011-76

Requerente: WPP Comunicação Interative do Brasil Ltda. e Possible Worldwide Publicidade Ltda.

Advogados: Miriam de Lourdes Medeiros e Silva Machado, Tiago Machado Nogueira Dalla Pria Pereira, Eloy Rizzo Neto e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia Ato de Concentração nº 53500.025332/2008

Requerentes: Net Serviços de Comunicação S.A. e ESC 90 Telecomunicações Ltda.. Advogados: José Augusto Regazzini, Fabíola Cammarota de Abreu e outros

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo Ato de Concentração nº 08012.011720/2010-53

Requerentes: GBarbosa Comercial Ltda. e JM Santos Comercial de Alimentos Ltda. Advogados: Leopoldo Ubiratã Carreiro Pagotto, Bruno Oliveira Maggi e outros Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.000046/2011-62

Requerentes: Anhanguera Educacional Ltda. e Sociedade Educacional Plínio Leite S/S Ltda. Advogados: Sonia Maria Giannini Marques Döbler, Fávia Chiquito dos Santos e outros Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.005029/2011-11

Requerentes: Kinea I Real Estate Equity Fundo de Investimento em participações e SPE Brasil Incorporação 86 S.A

Advogados: Bárbara Rosenberg, José Carlos da Matta Berardo e outros Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.006430/2011-79

Requerentes: Takeda Pharmaceutical Company Limited e Nycomed A/S Advogados: Bruno De Luca Drago, Fabianna Vieira Barbosa Morselli e outros Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.006711/2011-21

Requerentes: WPP Comunicação Digital do Brasil Ltda. e FBZ Participações S.A. Advogados: Tiago Machado Cortez, Eloy Rizzo Neto e outros

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo Ato de Concentração nº 08012.010585/2010-29

Requerentes: Telefônica Data S.A. e Phorm Veiculação de Publicidade Ltda.

Advogados: Gabriel de Carvalho Jacintho, Camila Tedeschi de Toledo Tapias e outros Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.011496/2010-08

Requerentes: BRPG Alpha Administração e Participações S.A., Drogaria Guararapes Brasil Ltda., Rede Nordeste de Farmácias Ltda.

Advogados: Barbara Rosenberg, Marcos Antonio Tadeu Exposto Jr., Luis Bernardo Coelho Cascão e outros Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.011925/2010-39

Requerentes: Log & Print variáveis Ltda e Xerox Comércio e Indústria Ltda. Advogados: Barbara Rosenberg, José Carlos da Matta Bernardo e outros Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.013102/2010-48

Requerentes: Telefonaktiebolaget LM Ericsson e Optimi Corporation

Advogados: José Del Chiaro Ferreira da Rosa, Maria Augusta Fidalgo, Tatiana Lins Cruz e outros Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.004533/2011-02

Requerentes: Silgan Holdings Inc. e Graham Packaging Company Inc.

(7)

Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz Ato de Concentração nº 08012.005824/2011-18

Requerentes: AGV Logística S.A. e Arex Control Participações S.A.

Advogados: Lauro Celidonio Neto, Paula S. J. A. Amaral Salles, Gabriel Arruda Chueke e outros Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.006428/2011-08

Requerentes: Empresa Mineradora Charrua Ltda. e Empresa Mineradora Ijuí Ltda.

Advogados: Natalia Salzedas Pinheiro da Silveira, André Alencar Porto, Sérgio Varella Bruna e outros Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.006490/2011-91

Requerentes: Cielo S.A. e Braspag Tecnologia em Pagamento Ltda.

Advogados: Caio Mário da Silva Pereira Neto, Shermann Chrystie Miranda e Silva, Paulo Leonardo Casagrande e outros

Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz Ato de Concentração nº 08012.006642/2011-56 Requerentes: Fiat S.P.A e Chrysler Group LLC

Advogados: Lauro Celidonio dos Reis Neto, Renata Fonseca Zuccolo e outros Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.006649/2011-78

Requerentes: KLO Participações S.A., Tecsis Tecnologia e Sistemas Avançados S.A., BNDES Participações S.A., Unipar Participações S.A., Estater Gestão de Investimentos Ltda. e Estrutura III - Fundo de Investimento em Participações

Advogados: Bruno De Luca Drago e Marco Antonio Fonseca Júnior Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração n° 08012.003177/2011-00 Requerentes: LG Electronics Inc. e LS Mtron Co., Ltd.

Advogados: Barbara Rosenberg, Marcos A. T. Exposto Jr. e outros Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração n° 08012.003756/2011-44 Requerente: Brookfield Brasil Ltda.

Advogados: Gabriel Nogueira Dias, Francisco Niclós Negrão e outros Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração n° 08012.006625/2011-19

Requerentes: Monsanto do Brasil Ltda. e Milênia Agrociências S.A.

Advogados: José Inácio Gonzaga Franceschini, Cristhiane Helena Lopes Ferrero, Marcus Vinícius Bossa Grassano, Tiago Luiz Torres Costa e outros

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis Ato de Concentração 08012.008944/2008-63

Requerentes: Hypermarcas S.A. e Ceil comércio e Distribuidora Ltda..

Advogados: José Del Chiaro Ferreira da Rosa, Vivian Anne Fraga, Tatiana Lins Cruz e outros. Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração 08012.002820/2010-99

Requerentes: Publicis Groupe Holdings B.V. e Taterka Comunicações S.A. Advogados: Cristiane Romano Farhat Ferraz, Tito Amaral de Andrade e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração 08012.012406/2010-98

Requerentes: Hypermarcas S.A., IPH&C Indústria de Produtos de Higiene e Cosméticos Ltda., DPH Distribuidora de Produtos de Higiene Ltda. e Comercial Maripa Ltda.

Advogados: José Del Chiaro Ferreira da Rosa e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça Ato de Concentração 08012.004447/2011-91

Requerentes: Estácio Participações S.A. e Damásio Educacional S.A.

Advogados: Lauro Celidônio Neto, Márcio Dias Soares, Joyce Ruiz R. Alves, e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.004591/2011-28

Requerentes: Central Abril Participações Ltda., Curso P.H. Ltda. e Sistema P.H. de Ensino Ltda. Advogados: Tiago Machado Cortez, Eloy Rizzo Neto, e outros

(8)

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça Ato de Concentração nº 08012.004592/2011-72

Requerentes: Central Abril Participações Ltda. e Nice Participações S.A. Advogados: Tiago Machado Cortez, Eloy Rizzo Neto, e outros

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça Ato de Concentração nº 08012.004913/2011-39

Requerentes: Saleen Holdings, Inc. e Smart Modular Technologies, Inc..

Advogados: Lauro Celidonio Gomes dos Reis Neto, Carolina Maria Matos Vieira, Tito Amaral de Andrade e outros

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça Ato de Concentração nº 08012.004938/2011-32

Requerentes: Motorola Mobility, Inc. e SunUp Design Systems, Inc..

Advogados: Francisco Ribeiro Todorov, Milena Fernandes Mundim e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração 08012.004939/2011-87 Requerentes: Sophos Limited e Astaro Software Advogados: João Augusto Caleiro Regazzzini e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça Ato de Concentração nº 08012.006152/2011-50

Requerentes: Companhia de Tecidos Norte de Minas, Fazenda Cantagalo Ltda., Agrícola Estreito S.A. e GFN Agrícola e Participações S.A.

Advogados: Cristiane Saccab Zarzur, Lilian Barreira e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.006427/2011-55

Requerentes: Südzucker AG Mannheim/Ochsenfurt e ED&F Man HoldingsLtd..

Advogados: Daniel Andreoli, Vivian Anne do Nascimento, Cláudio Coelho Timm e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração 08012.006465/2011-16

Requerentes: Laboratórios Pfizer Ltda. e Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda. Advogados: José Inácio Gonzaga Franceschini, Custodio da Piedade U. Miranda e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.006699/2011-55

Requerentes: Alusa Engenharia S.A. e Green Luce Energy Participações Ltda.. Advogados: Vicente Bagnoli e Alexandre Augusto Reis Bastos

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça Ato de Concentração nº 08012.004479/2011-97

Requerentes: RA Catering Ltda., Comissária Aérea Brasília Ltda. e Comissária Aérea Brasil Ltda. Advogados: Rubens Decoussau Tilkian, Mirella da Costa Andreola de Almeida e outros

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo Ato de Concentração nº 08012.004996/2011-66

Requerentes: Carrefour Comércio e Indústria Ltda e Cetelem Holding Participações SA

Advogados: Cristianne Saccab Zarur, Marcos Pajolla Garrido, Daniela Zaitz, Juliana Oliveira Domingues e outros

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo Ato de Concentração nº 08012.005877/2011-21

Requerentes: Thomson Reuters Serviços Econômicos Ltda. e TSL - Tecnologia em Sistemas de Legislação S.A.

Advogados: Vivian Anne Fraga do Nascimento Arruda e Marcos Pajolla Garrido Relator: Conselheiro Marcos Paulo Veríssimo

Ato de Concentração nº 08012.005953/2011-06 Requerentes: Toshiba Corporation e Landis+Gyr AG

Advogados: Cláudio Coelho Souza Timm, Joana Temudo Cianfarani, Vivian Anne Fraga do Nascimento Arruda

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Veríssimo Ato de Concentração nº 08012.006695/2011-77 Requerentes: Basf S.E. e Geo Specialty Chemicals, Inc.

Advogados: André Cutait de Arruda Sampaio, Onofre Carlos de Arruda Sampaio, Yara M. A. Guerra Siscar e outros

(9)

Ato de Concentração nº 08012.006721/2011-67 Requerentes: Sharp Corporation e Mitsui & Co., Ltd

Advogados: Daniel Oliveira Andreoli, Vivian Anne Fraga do Nascimento, Isabela Braga Pompilio, Luiz Gustavo Rolim Rosa e outros.

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo Ato de Concentração nº 08012.007000/2011-74

Requerentes: Frigorífico Regional Indústrias Alimenticias Reconquista S.A. e Cargill Agrícola S.A. Advogados: Onofre C. de Arruda Sampaio, André Cutait de Aruda Sampaio, Yara M. A. Guerra Siscar e outros

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Pedido de Reapreciação no Ato de Concentração nº 08012.004341/2009-73 Requerente: Shell Brasil Ltda. e Cosanpar Participações S.A.

Advogados: Tércio Sampaio Ferraz Junior, Maria da Graça Britto Garcia, Thiago Francisco da Silva Brito e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia Averiguação Preliminar nº 08012.001743/2002-40 Representante: João Carlos Ferreira da Silva.

Representadas: Editora Globo, Editora Nova Era, Editora Civilização Brasileira, Editora Record, Editora Moderna e Salamandra, Editora LTD, Editora Renovar, Editora Saraiva, Editora Rocco, Editora Revista dos Tribunais, Editora Nova Fronteira, Editora Lúmen Júris, LTC Editora, Editora Guanabara Koogan, Editora Forense, Editora Cortez, Editora Atlas e outras

Advogados: Sérgio Varella Bruna, Viviane N. Araújo Lima, Marcelo de Campos Bicudo, Juliano Souza de Albuquerque Maranhão, Tércio Sampaio Ferraz Júnior e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia Averiguação Preliminar nº 08012.004267/1999-80 Representante: Procon/AL

Representados: Sindicato de Varejo de Revendedores de Derivado de Petróleo (Sindicombustíveis/AL) e Postos Revendedores de Combustíveis do Município de Maceió/AL

Advogados: Denarcy Souza e Silva e outros

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo Averiguação Preliminar nº 08012.005350/2003-96

Representante: Secretaria de Direito Econômico - ex officio

Representados: Empresas Credenciadas pelo DETRAN para Fornecimento de Placas Automotivas Advogados: Não consta nos autos

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo Averiguação Preliminar nº 08012.002856/2008-58 Representante: Procuradoria Geral da República

Representados: Juntas Comerciais dos Estados e do Distrito Federal Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Averiguação Preliminar nº 08000.010175/2010-17 Representante: Tribunal de Contas da União

Representados: 2MM Eletro Telecomunicações Comércio

Representação Ltda., Aires Turismo Ltda., Amluz Comercial Ltda., Armazém Avenida Ltda., Capri Turismo Passagens e Excursões Ltda., Cavalheiros Materiais de Construção Ltda., Cefa-3 Comércio e Prestação de Serviços Ltda., Centerdata Análises de Sistemas e Serviços Ltda., Colatina Comércio e Serviços Técnicos Ltda., Comercial Vencini Ltda., Distak Agência de Viagens e Turismo Ltda., Fastport Soluções Logísticas Ltda., Hanna e Rose Serviço e Comércio Ltda., Its Viagens e Turismo Ltda., Le Soleil Turismo Ltda., Mondeo Coml e Distribuidora Ltda., Office Master Comércio e Prestação de Serviços Ltda., Premier Produtos

Alimentícios Ltda., Riograndense Distribuidora de Produtos e Serviços., Roberto Bezerra de Melo., Rochazardo Comércio e Distribuição Ltda., RQ Serviços Especializados Ltda., Rub Car Comércio de Auto Peças e Fundição Ltda., Sanda Produtos de Limpeza., Terra Viagens e Turismo Ltda. e WR2 Informática Ltda.

Advogados: Não consta nos autos

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo Averiguação Preliminar nº. 08012.011095/2006-63

Representante: CM Comercial e Distribuidora Ltda. e Transportes CEAM Ltda. Representada: Petrobras Distribuidora S.A

(10)

Averiguação Preliminar nº. 08012.007787/2008-79

Representante: Ministério Público do Estado de Minas Gerais

Representados: Postos de Revenda de Combustíveis dos Municípios de Diamantina/MG Advogado: Não consta nos autos

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Versissimo Processo Administrativo nº 08012.007412/1999-93 Representante: Union Carbide Química Ltda.

Representados: Alípio Gusmão dos Santos, Denver Indústria e Comércio Ltda., Denver Industrial e Comercial Importadora e Exportadora Ltda., Solimex Trading Company S.A., Hercules Inc., Hercules International Inc., Hercules do Brasil Ltda.

Advogados: José Inácio Gonzaga Franceschini, Edith Lucia

Miklos Vogel, Leonardo Maniglia Duarte, Paula A. Forgioni, João Batista Lira Rodrigues Junior e outros. Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Processo Administrativo nº 08012.005610/2000-81 Representantes: Viação Oliveira Torres

Advogados: Eduardo Arreguy Campos, Elizabete Martins Ribeiro, Pedro Etiente Arreguy Conrado e outro. Representados: Empresa Valadares de Transporte Coletivo Ltda., Prefeitura Municipal de Alpercata - MG e Prefeitura Municipal de Governador Valadares - MG

Advogados: Hudson Vinicius Monteiro Silva, Rodrigo Teixeira Veloso, Paulo Sérgio Santo André, e outros Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

OLAVO ZAGO CHINAGLIA Presidente do Conselho Substituto

CLOVIS MANZONI DOS SANTOS LORES Secretário do Plenário

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 22 DE JULHO DE 2011

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO

DESPACHO DA SECRETÁRIA Em 21 de julho de 2011

No- 547 - Referência: Processo Administrativo no 08012.006969/2000- 75. Representante: Comitê de Integração de Entidades Fechadas de Assistência à Saúde - CIEFAS (atualmente designado União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde - UNIDAS). Representados: Hospital Santa Lúcia S/A, Hospital Santa Luzia S/A, Hospital Anchieta, Hospital Daher Lago Sul, Hospital Santa Marta Ltda, Hospital Geral e Ortopédico, Hospital Santa Helena, Hospital São Francisco, Hospital São Lucas, Hospital Prontonorte Ltda, Hospital Brasília - LAF, Promédica Clínica Ltda, Sindicato Brasiliense de Hospitais - SBH, Associação de Médicos de Hospitais Privados do Distrito Federal - AMHPDF, Associação Médica de Assistência Integrada - AMAI, União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde - UNIDAS, e Centro Médico Hospitalar Renascer. Advogados: Flávio Dickson M. Ramos, Osmar Aarão Gonçalves de Lima Filho, Daniel Santos Guimarães e outros.

Considerando que não foram até o momento efetivadas as notificações das testemunhas arroladas pela AMAI, e tendo em vista a disposição do § 2º do artigo 26 da Lei nº 9.784/99, determino o cancelamento das oitivas agendadas para o dia 25 de julho de 2011, por meio do Despacho n. nº 508, publicado no DOU de 08 de julho de 2011. Intimo as Representadas para a realização das oitivas no dia 05 de agosto de 2011, segundo

cronograma a seguir: Roberto Walter Santos Valente (14h), Helena Cristina da Costa Cabral (15:30), Edleuza dos Passos da Silva (17h). As oitivas serão realizadas na Secretaria de Direito Econômico - Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Ministério da Justiça, 5º andar, sala 554, Brasília, DF. Intimem-se.

ANA MARIA MELO NETTO Substituta

DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO E DEFESA ECONÔMICA

COORDENAÇÃO-GERAL DE ANÁLISE DE INFRAÇÕES NO SETOR DE COMPRAS PÚBLICAS

DESPACHO DA COORDENADORA-GERAL Em 21 de julho de 2011

No- 18 - Ref.: Processo Administrativo nº 08012.002925/2009-12. Representante: Secretaria Especial de Portos da Presidência da República. Representados: Bandeirantes Dragagem e Construção Ltda.; Chec Dredging Co. Ltd.; Dragabras Serviços de Dragagem Ltda.; DEME - Dredging, Environmental and Marine

(11)

Engineering N.V.; Dratec Engenharia Ltda.; DTA Engenharia Ltda.; EIT - Empresa Industrial Técnica S.A.; Enterpa Engenharia Ltda.; Equipav S.A.; Jan De Nul do Brasil Dragagem e Engenharia Ltda.; Sofidra S.A.; Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção S.A.; Somar Serviços de Operações Marítimas Ltda.; Van Oord Dragagens do Brasil Ltda.; Van Oord Dredging and Marine Contractors B.V. Advogados: Alessandra R. Bernardes Oshiro, Djenane Coutinho, Eduardo Humberto Dalcamim, Ewald Possolo Correa da Veiga, Fábio A. Figueira, Fabrício Paulo Bagueira Bandeira Neto, Heloísa Helena Monteiro de Lima, Leonardo Macedo de Carvalho, Maria Cecília Andrade, Maria Eugênia Del Nero Poletti, Mariana Villela, Mário Roberto Villanova Nogueira, Pedro. C. E. Vicentini, Stefanie Christine Schmitt, Tito Amaral de Andrade, Ubiratan Mattos, Maria Eugência Novis de Oliveira, Érica Sumie Yamashita, Carolina Maria Matos Vieira. Acolho a Nota Técnica da CGCP de fls., do Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Dr. Felipe Leitão Valadares Roquete, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei nº 9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Decido, pois, (i) pelo deferimento do pedido de dispensa de oitiva do Sr. Carl Jozef Rogier Heiremans, qualificado nos autos às fls. e (ii) pelo deferimento do pedido de dispensa da apresentação de estudo econômico, restando preservado o direito de produção deste tipo de prova durante a instrução do presente Processo Administrativo. Ficam as Representadas notificadas da presente decisão. FERNANDA GARCIA MACHADO

FOLHA DE SÃO PAULO DE 18 DE JULHO 2011

Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

MÁQUINA DE VENDAS NEGOCIA COM VISA LANÇAMENTO DE CARTÃO NESTE ANO A gigante varejista de móveis e eletrodomésticos Máquina de Vendas, resultado da associação entre Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar, está em negociação com a Visa para assumir a bandeira de seu cartão de crédito. O plástico deve ser lançado ainda neste semestre.

O banco emissor, o HSBC, é aliado da companhia na MV Shop, primeira ação da parceria da Máquina de Vendas com a HSBC/Losango, assinada no início deste ano, com sede na Bahia e atuação nacional. A financeira foi inaugurada com base na carteira de 15 milhões de clientes da holding Máquina de Vendas. O MV Card, cartão que tem foco nos clientes da nova classe média, foi idealizado com o objetivo de oferecer financiamentos para viagens, carros, motos e imóveis, entre outros benefícios.

A estimativa é que a emissão de cartões alcance 1,5 milhão de unidades até o fim deste ano.

Além do MV Card, a MV Shop pretende oferecer aos clientes do grupo outras opções, como carnês, cheques pré-datados e pagamento por meio de débito em conta-corrente bancária. Procuradas, a Visa e a Máquina de Vendas não confirmaram as negociações.

No final da última semana, a SDE (Secretaria de Direito Econômico), do Ministério da Justiça, recomendou a aprovação da fusão das varejistas Ricardo Eletro e Insinuante. O processo segue agora para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que deverá emitir o parecer definitivo.

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 18 DE JULHO DE 2011

A TRAJETÓRIA DISCRETA DA COLLINS

Alvo de investigação sobre trabalho escravo, empresa nascida no bairro do Bom Retiro (SP) virou uma rede de 92 lojas próprias em 20 anos

Naiana Oscar - O Estado de S.Paulo

Por trás do nome britânico escolhido para batizar a rede de lojas de moda feminina Collins, está uma família ultra reservada, de origem coreana, que se cerca de cuidados para não aparecer. Nada de fotos em eventos sociais nem entrevistas para a imprensa. Entre os imigrantes, poucos se dispõem a falar do empresário que começou com uma loja de roupas no bairro do Bom Retiro em São Paulo e hoje é dono de 92 unidades em cinco Estados.

Sem falar uma palavra de português, Won Kyu Lee chegou ao Brasil, sozinho, aos 29 anos. Abandonou o curso de direito na Coreia do Sul e o emprego numa auditoria para vender tecidos em São Paulo - de ônibus. A necessidade, e a vontade de dar certo, típica dos imigrantes, fez Lee desenvolver dois talentos: o de estilista autodidata e o de empreendedor. "Ele foi um dos primeiros coreanos a se instalar no Bom Retiro. Ergueu um prédio numa rua que não tinha potencial para o comércio de roupa", lembra a jornalista e "porta-voz" da comunidade coreana no Brasil, Yoo Na Kim. "Foi considerado um louco naquela época."

Do comércio de atacado, Lee migrou discretamente para o varejo, como também fizeram outras marcas do bairro. A rede abriu a primeira loja no shopping Interlagos no início dos anos 90 e deslanchou na última década com lojas de rua e em centros comerciais menos badalados.

(12)

Com os três filhos em cargos de gerência, "seu" Lee, como é chamado até pelos familiares, é o cérebro e o coração da Collins. É ele quem desenha os modelos e entrevista as gerentes de loja. Mas poucos no mundo da moda sabem disso. "A Collins é uma incógnita", descreveu a executiva de uma grande rede de confecções do País.

Aos 58 anos, Won Kyu Lee era até pouco tempo um quase desconhecido do Google. Algumas das primeiras referências a ele começaram a aparecer em maio deste ano, quando veio à tona o resultado de uma

investigação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, que constatou o uso de mão de obra escrava em oficinas clandestinas de costura na capital paulista. Os trabalhadores eram bolivianos, sem documentos nem registro na carteira de trabalho, com remuneração de R$ 1 por peça produzida.

Todos moravam e trabalhavam no mesmo lugar - um sobrado com poucas janelas, uma cozinha e um único banheiro, onde funcionavam sete oficinas de costura e um alojamento para homens, mulheres e crianças. Na casa, além de roupas com etiquetas da Collins, os investigadores encontraram coletes de recenseadores do IBGE e etiquetas da rede Pernambucanas, que geraram outros dois inquéritos. "Desde a revolução industrial, se escraviza gente para produzir roupa", diz Luís Alexandre Faria, auditor fiscal da SRTE/SP. "O que vemos hoje é uma escravidão contemporânea: essas pessoas são aliciadas em seus países de origem e já começam a trabalhar em dívida com o empregador."

Ele mesmo lembra que isso não é exclusividade da Collins. Já virou prática corriqueira no setor de

confecções. Um dos casos de maior repercussão descobertos no ano passado foi o da Marisa. A C&A, que recentemente assinou um pacto contra o trabalho escravo, também já foi alvo de investigação.

Trabalho escravo. No caso da Collins, os contratos de prestação de serviço eram firmados diretamente com o dono da oficina - geralmente, um boliviano com CNPJ. A Superintendência estima que entre janeiro de 2009 e junho de 2010, período em que foi realizada a investigação, 800 trabalhadores produziram cerca de 1,8 milhão de peças de roupas para a empresa, em 78 oficinas clandestinas como a que foi descoberta na Zona Norte de São Paulo.

Cade. As constatações fizeram a Defensoria Pública da União em São Paulo ajuizar uma ação civil pública contra a rede de Lee. "Por vários indícios, consideramos que a Collins tinha conhecimento daquela estrutura subumana", explica o defensor Marcus Vinícius Rodrigues Lima, responsável pela ação. Ele relaciona o crescimento acelerado da empresa nos últimos anos ao início da contratação de oficinas clandestinas. "É abuso do poder econômico." Por considerar um caso de "concorrência desleal", Lima chegou a comunicá-lo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Para não ter de arcar com as multas, a Collins assinou no mês passado um termo de ajustamento de conduta e se comprometeu a fiscalizar seus prestadores de serviços. "Não tínhamos conhecimento de nada disso, foi um susto para todos nós", diz um dos filhos de Lee, que pediu para não ter seu nome revelado.

Ele nega que a empresa tenha crescido à custa do trabalho de bolivianos, como afirma a defensoria. Segundo ele, a estratégia da Collins está baseada em algumas poucas premissas: compra de pontos de vendas baratos, produtos de "qualidade um pouco mais baixa" que podem ser vendidos a preços competitivos, margem menor e volume. "O importante é fazer a mercadoria girar."

A investigação do Ministério Público do Trabalho já mexeu com a trajetória de crescimento da Collins. A empresa passa agora por uma total reestruturação, que inclui a contratação de executivos para cargos ocupados pelos filhos de Lee e o estudo de um novo modelo de produção, que pode ser uma fábrica própria ou na China. Por enquanto, as oficinas irregulares estão sendo descredenciadas e substituídas por outras, legalizadas, em outros Estados. "Está sendo um desafio pra gente", diz o filho.

Os reflexos das mudanças já aparecem no ritmo de inauguração das lojas. Em 2010, a Collins abriu 12 lojas. Neste ano, foram três. "Estamos no momento de dar um passo para trás para avançar no futuro", diz o gerente de marketing, Douglas Wolff.

A VIDA DA BRASIL FOODS DEPOIS DO CADE

Após ter a fusão aprovada pelo Cade, a BRF enfrenta o desafio de integrar Sadia e Perdigão e abrir mão de R$ 1,5 bi em ativos

Raquel Landim e Melina Costa - O Estado de S.Paulo

Na última quinta-feira, os funcionários da Sadia receberam novos crachás. Eles agora fazem parte,

oficialmente, da Brasil Foods (BRF), a empresa criada depois da fusão entre Sadia e Perdigão. O negócio foi fechado em maio de 2009, mas só na semana passada o Cade (Conselho Administrativo de Defesa

Econômica) autorizou a junção das duas companhias.

O aval do Cade deu a largada para um processo de integração que promete ser acelerado. Na sede da

(13)

já começa a ser realocado hoje. Nos próximos meses, será a vez de unir a produção, a distribuição e a área comercial das empresas.

A BRF agora vai colocar em prática um plano de 223 ações desenhado pela consultoria McKinsey, que está pronto há mais de um ano e inclui desde medidas simples - como escolher uma única seguradora para toda a companhia - até a nova distribuição da produção pelas várias fábricas. A parte mais complicada deve ser a integração comercial. Os times de vendedores das marcas Sadia e Perdigão serão mantido em separado, mas a operação financeira será uma só.

Até agora, um documento firmado com o Cade restringia a integração em várias áreas. Na semana passada, esse impedimento finalmente deixou de existir. Depois de intensas negociações, os conselheiros do Cade aprovaram a fusão - mas com algumas restrições. A BRF terá de vender um grupo de 12 marcas populares e outros ativos, como 10 fábricas, oito centros de distribuição e quatro abatedouros, além de suspender temporariamente as marcas Perdigão e Batavo em um grupo de produtos.

José Antonio do Prado Fay, presidente da nova companhia, embarca nesta semana em uma maratona. Com o jatinho da empresa, ele vai visitar as fábricas a serem vendidas. A Brasil Foods mantém sigilo sobre a localização dessas plantas, porque o processo de transferência ao novo dono promete ser traumático. Em cidades pequenas, a vida da população praticamente gira em torno da companhia. "O foco agora é comunicar aos nossos funcionários o que está ocorrendo", diz Fay.

Para dar conta de tudo que precisa ser feito, a BRF criou um "comitê interno de reconfiguração", com 80 pessoas de áreas como marketing, produção e distribuição. Até o início de agosto, esse grupo precisa traçar planos em duas frentes: definir as novas estratégias diante dos compromissos assumidos com o Cade e organizar os ativos a serem vendidos em uma nova empresa. É preciso, por exemplo, concentrar a produção das marcas populares nas fábricas à venda.

O objetivo final desse processo é capturar as sinergias da fusão - que podem chegar a R$1 bilhão por ano, segundo estimativa do banco Credit Suisse. A empresa é mais conservadora e espera atingir metade disso. Independentemente do número, o mercado recebeu com otimismo a decisão do Cade. Analistas veem um potencial de alta nas ações da BRF. A margem Ebitda (uma medida importante de rentabilidade) deve chegar a 14,5%, contra a média de 11% dos últimos dez anos.

Boa parte da receptividade do mercado se deu porque o acordo com o Cade foi mais brando que o previsto. No mês passado, o relator do processo, Carlos Ragazzo, votou pela reprovação da fusão. "Foi um resultado muito positivo para a BRF, já que as restrições não foram tão onerosas como poderiam ter sido", disseram os analistas do banco HSBC em relatório.

Perdigão. Das restrições impostas pelo Cade, a mais dura é a suspensão, entre três e cinco anos, da marca Perdigão em oito categorias. Mas o impacto é relativo: apenas 8% do faturamento total. Provavelmente, a empresa só terá grandes dificuldades com a concorrência nos mercados de presunto e linguiça, que apresentam maior volume.

Além disso, a marca Perdigão será mantida em uma série de produtos, sem restrição de investimentos em marketing. "A marca se mantém totalmente ativa e íntegra, presente na vida dos consumidores", diz Nildemar Secches, presidente do conselho de administração da BRF e um dos principais responsáveis pelo crescimento da Perdigão.

Se tem uma coisa que preocupa, de fato, os executivos dentro da empresa é como atender a crescente classe C do País praticamente sem marcas populares. A estratégia principal é manter a marca Perdigão um pouco mais barata, enquanto a Sadia segue com posicionamento premium.

Nos segmentos em que a Perdigão será suspensa, os analistas dizem que uma alternativa seria reduzir sutilmente o preço da Sadia para atrair os consumidores emergentes da classe C. O grande temor da companhia é que essa redução acabe arranhando a principal marca. "Esse é um assunto complexo. Honestamente ainda não sei como vamos fazer", diz Fay.

Ao todo, o impacto das marcas suspensas e dos ativos a serem vendidos chega a 13% da receita da Brasil Foods - um cálculo feito com base nas vendas de 2010. "Acredito que metade dessa receita será retomada até o fim do ano. Em dois anos, a empresa já deve ter recuperado tudo", diz Gabriel Andrade Vaz de Lima, analista do Santander.

O principal caminho para chegar lá é a inovação. Pelas determinações do Cade, a empresa não pode lançar marcas. Então, a saída para crescer será criar produtos diferentes. Por exemplo: a BRF vai colocar em breve no mercado um queijo Sadia.

Concorrentes. Ao mesmo tempo em que une Sadia e Perdigão, a Brasil Foods será obrigada pelo Cade a, literalmente, "criar" uma empresa e entregá-la a um concorrente. Resultante da junção de todas as marcas e fábricas a serem vendidas, essa companhia pode valer no mercado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,2 bilhões, na avaliação do banco Credit Suisse. O faturamento estimado da novata é de R$ 1,7 bilhão, com capacidade de processamento de 730 mil toneladas de carne.

(14)

Três concorrentes - Marfrig, JBS e Tyson - já entraram em contato com a Brasil Foods, interessados no negócio, além de dois fundos de private equity. Nesta semana, a BRF vai contratar um banco para organizar a venda. Executivos do mercado acreditam que o mais beneficiado com a compra seria o Marfrig.

Isso ocorre porque a empresa já controla a Seara, que atua no setor de frango e suínos. Se levasse o espólio da Brasil Foods, a Seara mais que dobraria de tamanho, podendo atingir um faturamento de quase R$ 3 bilhões. Apesar disso, ainda seria apenas 30% do negócio da BRF no mercado interno de carnes, excluindo as exportações.

Os concorrentes avaliam que a venda não mudará significativamente o equilíbrio de forças no setor. Segundo um dos prováveis candidatos, as marcas em jogo são pouco relevantes, com exceção da margarina Doriana, e já existe grande oferta de fábricas de alimentos processados no País. O que interessa mesmo é o know-how de vendas da BRF - que não está no pacote.

"Estamos vendendo as nossas fábricas e toda a nossa eficiência de produção. Ou seja, o comprador vai conseguir produzir ao mesmo custo que a BRF, o menor do mercado", disse Wilson de Mello Neto, vice-presidente de assuntos corporativos da empresa. A BRF não divulga o prazo para a venda dos ativos, mas o Estado apurou que não deve passar de meados do ano que vem. Até lá, as negociações serão intensas e o esforço de integração da empresa, brutal. Só depois disso a fusão de Sadia e Perdigão, anunciada em 2009 e articulada desde muito antes, estará finalmente concluída.

Brasil Foods após o Cade Suspensão de marcas

Pelo acordo assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a BRF será obrigada a suspender - entre cinco e três anos - produtos das marcas Perdigão e Batavo, entre eles presunto, linguiça, lasanha e pizza congelada

12 marcas

terão de ser vendidas, como Rezende, Doriana, Escolha Saudável, Fiesta e Light Ellegant

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 19 DE JULHO DE 2011

TAM E GOL JÁ TÊM FATIA DE 90% EM GRANDES AEROPORTOS AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Numa reversão do recente processo de pulverização do mercado doméstico de aviação, a compra da Webjet pela Gol pode levar o País a níveis extremos de concentração em um segmento já marcado pela forte presença de duas gigantes. É o que mostra um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) a pedido do jornal O Estado de S. Paulo.

Se efetivado o negócio, a Gol/Webjet passará a concentrar 61,4% das operações domésticas no aeroporto do Galeão (RJ); 57,8% em Confins (MG) e 51,2% em Curitiba (PR). O alto nível de concentração para o qual o mercado se direciona fica ainda mais evidente somando-se as participações da Gol/Webjet e da TAM. Os dois maiores grupos da aviação nacional responderiam por mais de 98% das operações no aeroporto internacional do Rio; 93,4% no de Brasília; e 92,9% em Congonhas.

Ex-conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a atual coordenadora de estudos de regulação do Ipea, Lucia Helena Salgado, é categórica ao criticar a operação. ?Se eu estivesse no Cade agora, a minha primeira atitude seria editar um ato suspendendo a operação. E, se fosse a relatora, não a aprovaria e aguardaria a alteração no CBA (Código Brasileiro de Aeronáutica). Se a Webjet tiver de ser vendida, que seja para um terceiro?, diz. Lucia Helena foi a relatora de um dos casos mais emblemáticos já julgados pelo órgão: o da compra da Kolynos pela Colgate-Palmolive, em 1996. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

VALOR ECONÔMICO DE 19 DE JULHO DE 2011

Alimentos: Com cautela, concorrentes da BRF avaliam impacto das marcas Perdigão, Batavo e Rezende UMA REVOLUÇÃO NO SETOR DE PRATOS PRONTOS

Lílian Cunha | De São Paulo

Com vendas de aproximadamente R$ 1 bilhão e um crescimento na casa dos 20% entre 2009 e 2010, o mercado de pratos prontos e de pizzas congelados está prestes a passar por uma grande reviravolta. Dona das marcas Sadia, Perdigão, Rezende e Batavo, a BRF -Brasil Foods terá que tirar do mercado vários de seus produtos nesse segmento, por decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério

(15)

da Justiça. Diante desse cenário, os concorrentes estão atônitos. "É a primeira vez que acontece algo tão expressivo assim no setor", diz o vice-presidente da Coopercentral Aurora, Neivor Canton.

Pela decisão do Cade, anunciada na semana passada, a BRF terá de tirar do mercado por cinco anos as lasanhas e pizzas congeladas da marca Perdigão. A Batavo (com exceção dos produtos lácteos) será suspensa por quatro anos. Além disso, a companhia terá de vender a marca Rezende e não pode criar uma nova marca. A decisão do Cade afeta só lasanhas e pizzas. Linhas como a Perdigão meu Menu, de massas como penne e fettucine, continuam no mercado.

As três marcas têm linhas de pratos e pizzas congeladas. Por isso, no mercado de pratos prontos - no qual as lasanhas são 91% do volume, conforme dados Nielsen publicados pela revista "Supermercado Moderno" - será aberta uma lacuna correspondente a 37% do total vendido em unidades. Esta é a fatia da marca Perdigão, estimada pelo mercado. Batavo e Resende teriam cerca de 1% das vendas em volume.

A marca Sadia, também da BRF, lidera com cerca de 48% das vendas. Em pizzas prontas congeladas, a fatia da BRF é grande: a Sadia tem cerca de 44% das vendas em volume. Perdigão, Rezende e Batavo, juntas somam pouco mais de 35%. É essa parcela que deverá ser retirada do mercado a partir de março de 2012. A Aurora tem cerca de 2% do mercado de pizzas prontas congeladas e 1% do segmento de pratos congelados. A Seara, da Marfrig, fica com 4%. Nos dois segmentos, marcas regionais têm grande participação. Em São Paulo, por exemplo, a Mezzani Massas e a Massa Leve são expressivas.

"Com certeza, abre-se um campo de crescimento nesse mercado, mas isso não significa que as marcas rivais irão necessariamente absorver essas vendas ou adquirir ativos que a BRF terá de vender", diz o

vice-presidente da Aurora. "Não sabemos qual será a reação do consumidor. Incrementar nossa capacidade de produção em virtude da saída dessas marcas é arriscado. Em vez de migrar para nossa linha, o consumidor pode concentrar suas compras na marca Sadia", diz ele. "Por isso está todo mundo muito cauteloso ainda", afirma.

A Aurora, que tem três fábricas em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, produz pratos prontos congelados e pizzas. A linha de massas fica a cargo de uma fábrica em São Paulo, terceirizada. O acordo feito com o Cade prevê a venda de dez unidades de alimentos, dois abatedouros de suínos, dois abatedouros de aves, além de granjas, incubatórios e oito centros de distribuição. Até a venda, "a BRF

continuará operando normalmente estas unidades", disse a companhia. "O setor está muito curioso sobre esses ativos, mas ainda não se sabe se eles serão vendidos fracionados ou não", diz o executivo da Aurora.

O grupo JBS, que vende pizza e massas frescas com a marca Vigor, informou que "avalia todas as propostas disponíveis no mercado, mas não está participando de nenhuma negociação no momento". A concorrente Marfrig preferiu não se pronunciar.

A Nestlé, que tem várias marcas de pratos congelados fora do Brasil (Stouffer's, Hot Pockets, Lean Cuisine), chegou a atuar nesse segmento no país com a marca Findus, que mais tarde virou Maggi. A linha saiu do mercado na década de 90. Sobre a possibilidade de voltar a atuar com esses produtos ou de adquirir ativos da BRF, a empresa prefere não se pronunciar.

A Dr. Oetker, do Grupo Oetker da Alemanha, vende no Brasil misturas para sobremesas, gelatinas e bolos. Atua também no mercado de pizzas congeladas, com a marca Ristorante. A Dr. Oetker se opôs abertamente à compra da Sadia pela Perdigão, que formou a BRF.

O percentual dos lares que compravam regularmente esses produtos, em 2008, era de 17,1%. Em 2010, segundo a revista "SuperHiper", essa fatia passou a 30,5%.

Conforme a BRF, as lasanhas e pizzas prontas são fabricadas em diferentes fábricas, todas próprias. "A BRF vai reorganizar sua estrutura de produção, de modo a permitir que o futuro comprador das marcas a serem vendidas também conte com matéria-prima, abatedouros, fábricas e centros de distribuição", disse a empresa, por meio da assessoria de imprensa.

CADE QUER QUE BRF CRIE O VICE-LÍDER DO MERCADO EM 2012 Juliano Basile | De Brasília

Os mercados de pratos prontos e congelados foram considerados críticos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça e, por isso, sofreram condições mais severas no acordo assinado com a BRF para a aprovação da compra da Sadia pela Perdigão.

Dos ativos que serão vendidos a apenas um concorrente (fábricas, abatedouros e granjas), a maior parte atende a esses mercados em que Cade verificou que há problemas sérios de concorrência.

A suspensão da marca Perdigão foi maior nos segmentos de pratos prontos. Neles, a BRF não vai poder usar a Perdigão por cinco anos a contar da data da venda dos ativos. A expectativa é que a venda ocorra no início do ano que vem, pois o prazo final para fazê-lo é março de 2012. A marca Perdigão será suspensa para lasanhas, pizzas, quibes, almôndegas e "frios saudáveis" até 2017. No caso de salames, a Perdigão pode voltar em 2016.

(16)

Para outros alimentos como presunto suíno cozido, lingüiças, paios, apresuntados e afiambrados, a volta é prevista para 2015.

"Quanto mais fraca a competição, por mais tempo tiramos a marca Perdigão", diz o conselheiro Ricardo Ruiz, que conduziu as negociações com a BRF. As marcas Sadia e a Perdigão têm competidores mais fracos no setor de pratos prontos. Por isso, a suspensão da Perdigão foi maior nesse setor.

Segundo Ruiz, a venda de ativos vai dar a um concorrente 1/3 da BRF em 14 mercados, que são os considerados problemáticos. Nessa lista estão os seguintes produtos: carne "in natura" de peru, presuntos, salsicha, linguiça defumada, os chamados "kit festa" aves e suínos - pacotes que envolvem uma série de produtos -, quibes, almôndegas, lasanhas, pizzas congeladas e pratos prontos.

O Cade verificou que a BRF atua em mercados muito maiores, mas o foco da decisão se deu nesses segmentos em que a concorrência com a Sadia e a Perdigão é menor.

O Cade não considerou a produção da BRF voltada à exportação em sua decisão. Com isso, os ativos da BRF voltados ao mercado externo foram preservados.

Ao fim, Ruiz calcula que a alienação de ativos da BRF para um concorrente corresponde a 10% da

companhia. Para chegar a essa conta, ele partiu da produção total da companhia: 5,7 milhões de toneladas de alimentos por ano. Desse total, 2,7 milhões de toneladas abastecem o mercado interno. O Cade verificou, em seguida, quanto dessas toneladas envolve mercados com problemas de competição. A análise identificou 14 mercados. Foi decidido mandar vender a produção equivalente à marca de menor participação de mercado. Por exemplo, se o produto Sadia tinha 30% de um segmento e o Perdigão tinha 20%, o Cade mandou vender o equivalente aos 20% da Perdigão. O objetivo foi o de criar um vice-líder de mercado para competir com a BRF.

Esse vice-líder será escolhido pela própria BRF, que se comprometeu a vender seus ativos. Se a empresa descumprir o termo, a compra da Sadia será desfeita. "A empresa tem que vender os seus ativos, senão o negócio será desfeito", diz o conselheiro Olavo Chinaglia, que presidiu o julgamento. "Ela será a maior interessada em efetivar a venda."

BRASIL FOODS INICIA VISITA A FÁBRICAS Júlia Pitthan | De Florianópolis

A diretoria da BRF Brasil Foods, resultado da compra da Sadia pela Perdigão, inicia uma semana de visitas às suas unidades no país para comunicar aos funcionários sobre as próximas etapas da fusão. A união foi

aprovada semana passada, com restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o Valor apurou, a partir de amanhã a presidência fará visitas a unidades de Mato Grosso, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A assessoria de imprensa da BRF confirma o início das visitas, mas não detalha a agenda. Segundo a empresa, a principal preocupação no momento é comunicar aos funcionários das fábricas sobre a decisão do Cade. Serão visitadas unidades da Sadia e Perdigão. O cronograma prevê reuniões tanto em plantas que deverão ser alienadas quanto em fábricas que serão preservadas, informa a companhia.

Em Santa Catarina, a unidade de Videira é a única com previsão de visita na agenda da presidência da BRF. A cidade é considerada o berço da Perdigão.

Segundo Defendente Tomazoni, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados, Indústrias de Alimentação e Afins de Videira (Sintricavi), representantes dos trabalhadores de Capinzal, Herval do Oeste, Salto Veloso e Lages, além de Itajaí, e da Federação Trabalhadores na Indústria de Alimentos de SC (Fetiaesc) devem acompanhar o encontro, previsto para sexta.

Tomazoni disse que equipes administrativas que trabalhavam em Videira já foram reduzidas e muitas funções foram transferidas para Curitiba e Itajaí. O representante sindical não descarta que a unidade, em

funcionamento desde a década de 60, esteja na lista de ativos à venda pela BRF.

"Se alguém comprar, pode até investir. A tendência é até crescer", afirma. Segundo o Sintricavi, a unidade de Videira tem cerca de 3,5 mil trabalhadores e abate 350 mil aves por dia em três turnos de produção. O abate de suínos, realizado em dois turnos, é de 3,5 mil animais por dia.

Em Concórdia, no oeste catarinense, a expectativa dos trabalhadores é que a unidade da BRF seja preservada. Segundo Valdir Azeredo e Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Sintrial), a operação inclui linhas de aves, suínos, industrializados e lácteos e emprega cerca de 6 mil

trabalhadores. "Se vão manter a marca Sadia, acho difícil vender a fábrica de Concórdia, cidade onde o Attilio Fontana cravou os pés", diz Silva, referindo-se ao fundador da Sadia.

Entrevista: José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, diz que legado do Mundial será segurança mais unificada

(17)

Raymundo Costa | De Brasília

José Eduardo Cardozo: "Poder de polícia não se delega. Mas em vários países do mundo se usou o sistema das parcerias público-privadas (PPPs) para presídio"

Nos próximos dias, a presidente Dilma Rousseff vai baixar um decreto criando uma secretaria especial de segurança para a Copa do Mundo, que vai coordenar todas as forças federais e estaduais, civis e militares de segurança durante o maior evento de futebol do planeta. Está para sair também medida provisória, projeto de lei ou decreto criando um sistema nacional de informação. Esse sistema será a base de um plano nacional de combate à violência cujo modelo será o mesmo adotado na Copa do Mundo e tem na "integração" sua palavra-chave.

"A segurança da Copa do Mundo é importante, mas é preciso que o plano deixe um legado", disse ao Valor o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em sua primeira entrevista no cargo. Esse "legado" é justamente a tentativa da integração das forças e a institucionalização do papel da União na segurança pública, uma atribuição que a Constituição de 88 concedeu aos Estados.

Trata-se de um vespeiro que o governo federal pretende enfrentar com a principal arma de que dispõe: o dinheiro. Só receberá equipamentos, treinamentos e recursos o Estado que efetivamente participar do sistema nacional de informações (para se ter uma ideia da precariedade das informações com que trabalha o Ministério da Justiça, basta dizer que os dados sobre o número de homicídios no Brasil são do SUS, bons para a saúde, mas de pouca valia para a segurança, como diz Cardozo).

Num ministério que trata "da toga à tanga", ou seja, da relação com o Judiciário e a Funai, a pasta da Justiça acaba de aprontar um marco regulatório da internet, "sem constrangimento, sem supressão da liberdade", segundo o ministro. Ele já se prepara também para mudar o perfil da Secretaria de Direito Econômico, que passará a cuidar mais do consumidor, quando passar a lei que cria o Super-Cade.

Valor: Faltam 36 meses para a Copa do Mundo e a percepção é que o governo está atrasado nas

providências necessárias. Hoje talvez menos que antes, a violência é o grande problema para o turista que pensa em viajar ao Brasil. O que está sendo feito de concreto para resolver essa questão a tempo?

"Nunca houve uma efetiva integração das forças policiais, não apenas no âmbito estadual. Também dos próprios entes"

José Eduardo Cardozo: Estamos trabalhando em duas vertentes. Uma questão é a ação de segurança pública no sentido permanente. Essa é uma prioridade da presidenta Dilma, o combate à violência, ao crime

organizado e ao tráfico de drogas. Essa prioridade passa por ações que o ministério vem desenvolvendo ordinariamente. A outra questão é a da segurança da Copa do Mundo. Embora as questões estejam obviamente ligadas, nós não podemos deixar de ter a compreensão de que a segurança da Copa envolve as especificidades de um grande evento. Por isso nós decidimos criar uma unidade específica do Ministério da Justiça que vai cuidar da segurança da Copa. O decreto ainda não saiu por uma mera questão de análise burocrática. Valor: Como será essa unidade?

Cardozo: Já funciona e será formalizada nos próximos dias uma Secretaria Especial para a Segurança da Copa, que já está sendo comandada pelo delegado Botelho, da Polícia Federal, um especialista da PF na questão das próprias relações internacionais de polícia. Nós estamos fazendo um plano bastante detalhado sobre a Copa do Mundo, sobre aspectos específicos.

Valor: É um projeto isolado do programa ordinário de segurança?

Cardozo: A segurança da Copa do Mundo é importante, mas é preciso que o plano deixe um legado. Aquilo que for feito não deve se perder no evento da Copa, mas deve ser, do ponto de vista de aquisição de

equipamentos e da definição de estratégias, algo que fique posteriormente e se incorpore às políticas permanentes de segurança pública.

Valor: A secretaria será um órgão de coordenação ou também de execução?

Cardozo: De coordenação e de execução. O Brasil tem uma característica diferente de outros países que fizeram a Copa do Mundo porque nós somos uma federação. As polícias são estaduais. Essa secretaria vai coordenar a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional de Segurança, o apoio que as Forças Armadas nos darão, mas tem de integrar também as polícias dos Estados.

Valor: Isso já foi combinado com os Estados?

Cardozo: O próprio delegado Botelho já percorreu vários Estados, se não me engano 15, na perspectiva da construção desse plano.

Valor: É a integração do que já existe?

Cardozo: Não teria sentido criar um corpo específico. Nós vamos integrar as polícias, a inteligência, recursos de equipamentos, a operação e o comando. Nós vamos ter salas de comando integradas no país que permitam acompanhar toda a evolução. Tudo isso fica para a política permanente de segurança pública.

Valor: Mas constitucionalmente a segurança é uma atribuição dos Estados, não será preciso mudar a legislação?

(18)

Cardozo: É, mas hoje ela não pode mais ser vista assim. O problema não é legislativo. A Constituição define as competências. O que sempre existiu no Brasil? Primeiro nunca houve uma efetiva integração das forças policiais, e isso não apenas no âmbito estadual. Dos próprios entes. É muito comum, nos Estados, Polícia Civil e Polícia Militar não terem atuação integrada. No âmbito do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança nunca atuaram de forma integrada. O Exército tem poder de polícia na zona de fronteira. Nunca atuamos de forma integrada. O que é que existe? Existe força policial que atua de forma dispersa sem integração e, portanto, por má gestão. Acaba-se desperdiçando recursos. Todo o plano da Copa do Mundo passa pela integração. E toda a nossa política de segurança pública permanente passa por isso, de tal forma que aquilo que for conquistado como legado do plano de segurança da Copa vai obviamente ser incorporado à ideia de integração da segurança pública permanente. São coisas casadas.

"Pode até ser um decreto que obrigue os Estados. Quem não passar informação não receberá verba de segurança"

Valor: Mas como integrar se não há sequer um cadastro nacional de segurança pública?

Cardozo: Nós temos o Infosec, que é o sistema nacional de informações de segurança, mas as informações são imprecisas e nem sempre são abastecidas dentro de um padrão informativo, a ponto de o próprio mapa da violência que o MJ divulgou este ano, que mostra os dados referentes aos homicídios no país, usar os dados do SUS de 2008, que são os mais precisos. Estão três anos atrasados. E são dados do sistema SUS.

Valor: Bons para a Saúde, mas ruins para a política de segurança.

Cardozo: Isso é chave: não se consegue fazer política de segurança pública sem informação, porque sem informação não há como fazer gestão, planejamento, nada. Eu tenho que estar online. Ver aqui, por exemplo, que no Estado X subiu a taxa de homicídio. Então eu vou ligar para o governador e perguntar "O que está acontecendo no seu Estado?" Ele vai responder que há um grupo de extermínio funcionando no Estado. Eu desloco a PF para lá. Se eu tiver informação online, tenho condições de fazer gestão. Sem isso, não

Valor: Sim, mas concretamente o que está sendo feito?

Cardozo: Nós criamos um sistema nacional de informações que vai ser fruto de um projeto de lei ou de uma medida provisória, pode até ser um decreto que obriga os Estados a passar informações para nós. Quem não passar informação não receberá verba de segurança pública federal. Não passou a informação, tudo bem, você não vai receber a política federal de segurança.

Valor: Isso requer investimento.

Cardozo: Não basta só eu exigir. Alguns Estados não têm capacitação para coletar informação. Então nós vamos dar apoio do ponto de vista da informática, do treinamento. A partir desse registro do sistema de informação nós vamos ter um plano nacional de combate à violência.

Valor: Trata-se de uma alteração muito grande, que requer uma mudança de cultura na área de segurança. Não estamos muito atrasados em relação à Copa?

Cardozo: O que já saiu? O primeiro foi o plano de fronteiras. Qual a questão central? O crime organizado e o combate ao crime organizado, especialmente na questão do narcotráfico, do tráfico de armas, do tráfico de pessoas e do contrabando que passa por uma situação de fronteiras. Nós temos um problema objetivo na questão das fronteiras que nós não podemos negar: nós temos mais de 16 mil quilômetros de fronteira terrestre. E mais, com uma característica: ela é entrecortada por grandes rios, por selva, ou seja, é uma fronteira complicadíssima. Fronteira hoje é um problema mundial. Veja os Estados Unidos, fizeram um muro e nem com o muro conseguiram controlar. Imagine o Brasil.

Valor: Agora o cartel mexicano também está na fronteira?

Cardozo: Claro. Você aperta (a repressão no México). Isso é um dado que nós estamos trabalhando. Nós temos situações de fronteiras inteiramente díspares. Uma coisa é Foz do Iguaçu (fronteira com o Paraguai), onde tem a Ponte da Amizade pela qual passam diariamente 17 mil veículos. Outra coisa é eu falar lá de Tabatinga, da tríplice fronteira com o Peru e a Colômbia. O principal em fronteira é inteligência. Eu não tenho como parar todos os carros, 17 mil, e fazer a revista em cada um para ver se tem cocaína. Não tem. Nunca as forças federais tinha se entendido nisso, nem as federais com as estaduais. Pela primeira vez o Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa se sentaram para fazer um plano conjunto. Nunca tinham feito isso. Nós levamos um bom tempo. Primeiro porque eu tinha dificuldades de integração das minhas forças aqui. A Polícia Federal não participava da Operação Sentinela, que é a operação de fronteira.

Valor: Por quê?

Cardozo: Porque disputavam. Disputa corporativa. Valor: Como é o plano?

Cardozo: São duas operações centrais: a Operação Sentinela e o Plano Ágata. A Operação Sentinela já existia, mas sem a Polícia Rodoviária Federal. Ela foi sendo redesenhada. Primeiro, a PRF entrou; segundo, determinamos elevação de efetivos; terceiro, detectamos os pontos vulneráveis da fronteira em conjunto com

Referências

Documentos relacionados

Geração da Virada – 10 + 1: os Anos Recentes da Arte Brasileira / Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil Sem Título, 2006 - Comodato Eduardo Brandão e Jan Fjeld / Museu de

Coberto por uma pele elástica e grossa que se desliza livremente sobre de um tecido celular subcutâneo ligeiramente mais solto do que no resto do corpo, fazendo suaves dobras

Este trabalho visa identificar a utilização da Justiça Restaurativa como forma de efetivação do serviço de mediação familiar previsto no serviço de Proteção e Atendimento

A aplicação de pressão diretamente no ponto gatilho pode ter tido um efeito terapêutico (Simons et al., 1999), e, como tal, este efeito associado ao da técnica músculo

Segundo Palady (1997) o FMEA deve avaliar a severidade das falhas, o modo como elas podem vir a ocorrer, e caso as mesmas ocorram, como detectá-las e corrigi-las antes de

A pesquisa apresenta uma oportunidade de contribuição aplicada relevante pois, como o papel da liderança na gestão de cultura é reconhecido na literatura, se

Com a proposta de desenvolver um estudo que aborde as práticas de alfabetização e a implantação do ensino fundamental de nove anos em escolas da rede pública é que

THIẾT KẾ KHUNG MÓNG BĂNG TRÊN NỀN ĐÀN HỒI CÁC BÀI TOÁN CƠ BẢN CÁC BÀI TOÁN CƠ BẢN  Các phương pháp xác định nội lực 1a. Tính theo mô hình Winkler Mô hình