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Informativo da Produção de Leite

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Academic year: 2022

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Ediç ã

Edição 328 Ano XXIV Novembro de 2016 Viçosa-MG

Veja também nesta edição

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6

Visita do Tobias ao produtor:

Informativo da Produção de Leite

Qualidade do Leite:

Dica do Veterinário:

Qual a importância da

cura do umbigo? Geraldo Aleixo

Você sabe qual o sal mineral ideal para sua

propriedade?

O prejuízo que não se vê

Interação: Tecnologia x Gestão, seria essa a solução?

Sítio Água Limpa

Mais do que uma data de presentes, que seja um momento de reencontros,

caridade, coletividade e reflexões. Repleto de alegrias,

amor, fraternidade e carinho para você, sua família e

seus amigos.

Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

São os votos de toda a Equipe PDPL/PCEPL Tobias: Olá garotos, tudo bem? Vocês poderiam se apresentar e nos

explicar a amplitude e o que foi o evento de que participaram?

Agrovetline: Olá Tobias e queridos leitores! Agradecemos-lhes a divul- gação do nosso resultado. Foi grande a nossa satisfação em participar do evento chamado “Ideas for Milk”, que significa Ideias para o leite. O nosso grupo é constituído por três estagiárias do PDPL/PCEPL (Bruna Morais, Nayara Magalhães e Thaìs Soares) e um amigo, estudante de Engenharia Civil (Lucas França). A Embrapa Gado de Leite criou este evento com o obje- tivo de incentivar os participantes a gerarem negócios lucrativos, vinculados ao desenvolvimento da pecuária leiteira. Foram selecionadas 40 propostas para a semifinal, com 137 inscritos pelo Brasil. Dos 40 selecionados, cinco foram para a final local de Viçosa.

Tobias: Qual foi a colocação da equipe?

Agrovetline: Conquistamos a terceira colocação, e ficamos muito feli- zes com o resultado. Ter chegado à semifinal, mostrou que nosso projeto possui grande potencial e, assim, vamos continuar a elaborá-lo.

Tobias: O que vocês desenvolveram?

Agrovetline: Utilizamos nossa experiência, adquirida nas consultorias em fazendas do PDPL/PCEPL, a nosso favor, para darmos a “grande saca- da”. Começamos a desenvolver um aplicativo simples e objetivo chamado Mastclick. O aplicativo monitora e melhora a eficiência do tratamento de mastite, facilitando a tomada de decisão, com base na resposta à pergunta:

“qual antibiótico usar?”. Com o Masticlick, todo histórico de tratamento do animal poderá ser registrado e arquivado, podendo ser verificado a qualquer momento, com apenas um click.

Tobias: Que ideias poderiam concorrer?

Agrovetline: Não houve restrição sobre o que deveria ser criado, desde que estivesse relacionado com a cadeia láctea, ou seja, uma temática bem ampla: distribuição, processamento, insumos, transporte, gestão, manejo, sanidade, enfim, poderíamos ter inventado qualquer ferramenta (digital ou física) desse meio. Como estagiárias do PDPL/PCEPL, percebemos que uma parcela muito significativa de criadores de gado de leite não fazem o controle do tratamento de mastite, ou quando o fazem, não o consulta na hora de tomar uma decisão. Dessa forma, o nosso objetivo principal foi criar uma maneira de melhorar o registro e de consultar os dados dos animais tra- tados, bem como de oferecer outros benefícios, como controle de estoque de medicamentos, relatório de eficiência do antibacteriano usado na fazenda, anexação de antibiograma, entre outros.

Tobias: Qual será o próximo passo da equipe?

Agrovetline: Bem, o aplicativo já está em desenvolvimento, mas nossa meta é deixá-lo pronto para uso em janeiro de 2017, e então disponibilizá-lo para algumas fazendas do PDPL/PCEPL.

Tobias: Vocês acreditam na aceitabilidade da tecnologia no campo?

Agrovetline: A competição, de acordo com o chefe-geral da Embrapa Gado de leite, surgiu da percepção de que o setor lácteo deve também parti- cipar do que muitos chamam de quarta revolução industrial e adentrar no universo digital dos smartphones. Nosso principal objetivo é utilizar a tec- nologia a favor do produtor, para ajudá-lo na tomada de decisão. Atualmente não enxergamos o mundo digital como obstáculo e, sim, como oportunidade para ajudar os produtores a serem ainda mais eficientes.

Tobias: Nós da equipe PDPL/PCEPL, temos muito orgulho de saber que temos estagiários envolvidos nesse grande projeto. Isso mostra o quanto é

Olá pessoal! Como vão vocês?

Hoje vou contar uma novidade que nos trouxe muita alegria.

Alguns de nossos estagiários participaram de um grande evento da Embrapa Gado de Leite e conseguiram uma boa

classificação na final local de Viçosa!

importante a convivência com o produtor rural, no campo, para o reconheci- mento dos desafios do dia a dia e para buscar soluções, visando amenizar os problemas. Parabenizamos a equipe pela conquista e esperamos ansiosos a conclusão do projeto.

Agrovetline: Agradecemos, com muito carinho, o suporte e esperamos ver nosso aplicativo ajudando muitos produtores a minimizarem os prejuí- zos proporcionados pela mastite.

Nayara Magalhães - Estudante Medicina Veterinária Equipe Agrovetline recebendo o certificado de 3º lugar no evento ”Ideas for milk“

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Amanda Neri

Estudante de Medicina Veterinária

Qual a importância da cura do umbigo?

Informativo da Produção de Leite

PDPL

Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira

PCEPL

Programa de Capacitação de Especialistas em Pecuária Leiteira

Equipe PDPL/PCEPL:

Adriano Provezano Gomes Coordenador Geral André Navarro Lobato

Médico Veterinário Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius C. Moreira Médico Veterinário Thiago Camacho Rodrigues

Engenheiro Agrônomo Regiane Valéria Magalhães

Auxiliar Administrativa Rita M. M. de Jesus Auxiliar Administrativa

Endereço do PDPL:

Ed. Arthur da Silva Bernardes Subsolo/Campus da UFV

Cep: 36570-000 Viçosa-MG Telefax: (31)3899-5250

E-mail: pdpl@ufv.br Site: www.pdpl.ufv.br Facebook: PDPL Minas Gerais

2

Dica do Veterinário

O recém-nascido passa pelos maiores desafios nas suas primeiras 24 horas de vida e as onfalopatias (doenças relacionadas com o umbigo) é uma das doenças mais prejudiciais à saúde do bezerro. Suas, principais causas são: fatores ambientais, higiênicos, traumáticos, bacterianos e congênitos, que, isolados ou em associação, provocam processos inflamatórios e, ou, infecciosos nas estruturas do umbigo. Essas infecções podem gerar septice- mia, em razão da presença de bactérias que entram pelos vasos umbilicais e que caem na corrente sanguínea do animal, podendo causar prejuízos em diversos órgãos e debilitar sua saúde geral.

Para que os desafios a esse recém-nascido sejam os menores possíveis, é imprescindível que o parto ocorra em local limpo e o bezerro seja retirado desse ambiente o mais rápido possível e levado, para um local apropriado, limpo e seco.

Assim que a vaca terminar de secar o bezerro, devem ser iniciados os cuidados com o umbigo, como exemplifica o quadro abaixo:

Remover o sangue acumulado no coto umbilical, por compressão

Aparar o cordão umbilical, deixando-o com 5cm a 7cm de

comprimento

Aplicar tintura de iodo a 10%

no coto umbilical

Não há justificativas para amarrar o umbigo do bezerro. E essa prática pode inclusive ser prejudicial à drenagem do umbigo nos primeiros dias de vida.

É preciso que a cura seja repetida de 3 a 4 vezes ao dia, e todo o umbigo deve ser imergido na tintura de iodo, 7% a 10%, ou ácido pícrico (5%). Quan- do esta tarefa é realizada de forma adequada, a mumificação e a subsequente queda do cordão ocorre entre dois a três dias após o nascimento.

Não é recomendado o uso de sprays repelentes, visto que não possuem ação de secagem, que é o necessário para um bom resultado com a cura.

Durante o manejo diário com os bezerros, é necessário a avaliação diária do aspecto do umbigo através de palpação, essa é uma prática muito importante para que doenças sejam detectadas precocemente. Com dois dias de idade a região do umbigo deve estar macia e flexível.

Além do uso de soluções inadequadas, um erro comum é não realizar a imersão completa do umbigo. A ação da secagem ou o efeito da imersão é tão importante quanto à desinfecção. Alguns estudos de campo mostram aumento nas hérnias umbilicais quando os produtores passam a usar solução de iodo mais fraca. Outro erro comum é o retorno da solução utilizada ao recipiente que contém a solução nova, de forma que, depois de alguns trata- mentos a concentração da solução já não é mais a mesma (10%). O ideal é descartar a solução utilizada.

Os sinais de infecção são caracterizados pelo aumento de volume do umbigo, dor à palpação e eventual secreção purulenta e mau cheiro. O sinal clínico mais comum é o espessamento do cordão umbilical. Em bezerros sa- dios, a espessura do cordão é mais

ou menos a de um lápis comum.

Porém, quando há inflamação do umbigo, essa espessura pode estar aumentada. Passando a mão pela região, nota se o aumento de tempe- ratura, característico de processos inflamatórios. O bezerro apresenta comportamento apático e pode ter redução no consumo de leite. Quan- do há o envolvimento das articula- ções, em razão do desenvolvimento de artrite ou de poliartrite, os anima- is apresentam dificuldade na loco- moção como claudicação (manquei- ra).

Sinais que caracterizam Onfaloflebites:

-Aumento de volume no local (CELULITE) -Manifestações de dor à palpação

-Depressão/quadro febril

Complicações da onfaloflebite:

-Septicemia

-Abcessos locais e hepáticos

-Artrite e meningite -Hérnia umbilical

O tratamento é realizado com administração de antimicrobianos de amplo espectro durante 10 a 14 dias e drenagem de abcessos.

Figuras a/b: onfaloflebites c/d: aplicação do iodo dentro do coto umbilical

Coto umbilical seco/recipiente não retornável para cura

A B

C D

(3)

Visita do Tobias ao Produtor...

PDPL/PCEPL, desde 1988, aliando teoria à prática!

3

“Eu pensei que todo mundo Fosse filho de Papai Noel

Bem assim, felicidade Eu pensei que fosse uma

brincadeira de papel”

Com uma parceria de 28 anos com o PDPL/PCEPL, o Sr Geraldo Aleixo, abre as porteiras da sua propriedade para que nós, junto

com a Amanda Pacheco e Lucas Marques possamos conhecer.

Amanda Pacheco

Lucas Marques

950 litros

Atualmente, com o gado mestiço, Jersolando

e Girolando, estão com uma produção diária de 950 litros e 56 vacas em

lactação.

Hoje contam com uma ordenha mecanizada, com fosso e quatro conjuntos de teteiras. Contam também com uma pista de trato com capacidade

para 60 vacas.

O José Luiz é sempre muito cuidadoso com a qualidade do

leite.

Olha que beleza! Situada no município de Porto Firme-MG,

esse é o sítio Água Limpa.

E esse é o Sr. Geraldo Aleixo, junto a seus dois filhos Sérgio e

José Luiz.

A propriedade está crescendo muito e buscando novas

tecnologias!

“Opaaa”!!

Como têm passado?

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4

Amanda Pacheco

Estudantes de Medicina Veterinária Lucas Marques

Estudante de Zootecnia Até a próxima!

Um forte abraço. Boas Festas.

As vacas em lactação são alimentadas com silagem de milho, o ano todo, além de receber concentrado e sal. Já durante o período de descanso entre as ordenhas, ficam no pasto de Mombaça, sendo também fonte de

volumoso no período das águas.

As vacas secas e na fase do pré parto recebem cana de açúcar in natura, corrigida com ureia sulfatada

mais concentrado e sal.

As bezerras em aleitamento são tratadas com sucedâneo, capim elefante e concentrado, obtendo um ganho de peso médio de 600g/dia. Já as em recria continuam

com capim-elefante, concentrado e sal, e

ficam no pasto de Brachiaria. O plantio de milho, para a

safra 2016/2017, foi realizado no último mês, em áreas que antes

tinham aveia preta e pasto de Brachiaria.

O Sr. Geraldo, observa orgulhoso o plantio de milho.

Milho nos estágios V4 e V5

Vacas em lactação/Total de vacas 63,6% 81,44%

Vacas em lactação/ Total de rebanho 23% 48,47%

Vaca em lactação/Área da pecuária 0,38cab./ha 0,87cab./ha Produção/Vaca em lactação 6,64L/dia 16,9L/dia Taxa de retorno do capital sem terra 1,77% 12,69%

Taxa de retorno do capital com terra 1,28% 10,10%

Índices 1988 2016

Resultado de muita dedicação!

Vamos encerrando por aqui mais uma agradável visita.

Espero que tenham gostado!

Obrigado, Sr. Geraldo Aleixo e toda sua família.

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Você sabe qual o sal mineral ideal para sua propriedade?

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Pedro Henrique Teixeira

Estudante de Zootecnia

Foco na reprodução!

Lídia Vidigal e Géssika Oliveira Estudantes de Zootecnia

Muitas vezes somos induzidos a comprar sal mineral mais caro, simplesmente pelo fato de acharmos que nosso rebanho será melhor atendido ou que nossos animais estarão melhor nutridos com esse sal. Veja a seguir como atender às exigências nutricionais do seu plantel e descubra qual o sal mineral ideal para a sua propriedade.

SITUAÇÃO A - Um lote de animais que produz, em média, 15 litros/vaca/dia e que, consume 30 kg de matéria natural (MN) de cana corrigida com ureia e 5 kg de ração (3 kg de fubá + 2 kg de farelo de soja). As vacas pesam, em média, 550 kg de peso vivo e possuem 3,5% de gordura no leite.

Seguem abaixo as exigências nutricionais de vacas em lactação e composição dos alimentos da dieta:

Foi calculada a exigência nutricional de Ca e P do animal, de acordo com o seu peso vivo e a produção leiteira e também a quantidade de Ca e P fornecida pela dieta. O resultado se encontra na tabela abaixo:

Considerando uma inclusão de 5% de mineral na mistura do concentrado, temos:

1 kg de concentrado = 50g de mineral

Consumo de 5kg de concentrado por animal = 250g de mineral/animal Sendo assim:

250g de mineral deve conter 39,76g de Ca. Logo, em 100g de mineral deve haver 15,9g de Ca.

O mesmo é feito para o P:

250g de mineral deve conter 20,41g de P. Logo, em 100g de mineral deve haver 8,16g de P.

SITUAÇÃO B - Considerando, agora, um lote de animais que produz, em média, 30 litros/vaca/dia, consumindo 35 kg de silagem de milho e 10 kg de ração (6 kg de fubá + 4 kg de farelo de soja) e vacas com a mesma média de 550 kg de peso vivo e 3,5% de gordura no leite.

Considerando também uma inclusão de 5% de mineral na mistura do concentrado, temos:

1 kg de concentrado = 50g de mineral

Consumo de 10kg de concentrado por animal = 500g de mineral/animal.

Sua dieta deve ser assim:

500g de mineral tem que conter 62,43g de Ca, logo, em 100g de mineral tem que conter 12,5g de Ca.

O mesmo é feito para o P:

500g de mineral tem que conter 18,83g de P, logo, em 100g de mineral deve conter 3,77g de

Se em 1.000 g do produto tem 220g de Ca e 65g de P, logo, em 100g do produto temos 22g de Ca e 6,5g de P.

Analisando as duas situações acima, concluímos que este núcleo atende perfeitamente às exigências de Ca e P na situação B, porém, na situação A, atende somente a exigência de Ca e não atende por completo a exigência de P, sendo então necessária a suplementação complementar no cocho ou a substituição do núcleo.

Na Fazenda Santa Rosa, do produtor Hermann Muller, a inclusão de núcleo mineral na ração é de 3% e todos esses cálculos são realizados de maneira a garantir uma suplementação ideal para o rebanho, além de haver um complemento da mineralização no cocho com sal proteinado para todos os lotes, até para recria. O produtor é bem cauteloso na escolha dos suplementos e afirma que o sucesso na produção leiteira começa com o que a vaca coloca para dentro do “bucho”.

Tabela 2: Nutrientes por quilo de leite e % de gordura

Adaptado do Nutrient Reserch Council (NRC) - 1989 Adaptado do Nutrient Reserch Council (NRC) - 1989

Tabela 3: Composição de alimentos

Adaptado de Tabelas de Composição de Alimentos de Exigências Nutricionais para Bovinos no Brasil

500mg Iodo 44mg

Cálcio 220g Magnésio 40g

Cobalto 56mg Manganês 1.410mg

Cobre 776mg Selênio 20mg

Cromo 6,6mg Sódio 60g

Enxofre 24g Zinco 2.800mg

Ferro 1.130mg Vitamina A 300.000UI

Flúor (máximo) 650mg Vitamina D 60.000UI

Fósforo 65g Vitamina E 1.500mg

B.H.T

Exigência Fornecido pela Dieta Défict

111,1g de Ca 48,67g de Ca 62,43g de Ca

70,9g de P 52,07g de P 18,83g de P

PESO VIVO (Kg) 500 NDT(g)4070 PB(g)364 Ca(g) P(g)20 14

550 4370 386 22 16

600 4660 406 24 17

Tabela 1: Mantença de vacas em lactação

GORDURA (%) NTD(g)PB(g) Ca(g) P(g)

3,0 280 78 2,63 1,68

3,5 301 84 2,97 1,83

4,0 322 90 3,21 1,98

MS(%) NDT(%) PB(%) Ca(%) P(%)

Cana+uréia 29,37 65,39 10,90 0,23 0,06

Fubá de milho 87,54 85,12 9,15 0,03 0,26

Farelo de soja 88,62 81,00 47,90 0,33 0,57

Exigência Fornecido pela Dieta Défict

66,55 g de Ca 26,79 g de Ca 39,76 g de Ca

43,45 g de P 23,04 g de P 20,41 g de P

Adaptação de Tabelas de Composição de Alimentos de Exigências Nutricionais para Bovinos no Brasil

Adaptado de Tabelas de Composição de Alimentos de Exigências Nutricionais para Bovinos no Brasil

Níveis de garantia por Kg de produto

A fazenda Taperão, do proprietário João Alberto Duarte, localizada no município de Ubá, entrou no Programa há dois anos. Foi um grande desafio reprodutivo, mas, com a dedicação de toda a equipe, já estamos colhendo os frutos com índices reprodutivos e zootécnicos melhorando cada vez mais.

Em abril de 2015, tínhamos 45 vacas em lactação e 15 prenhas, e hoje, em novembro de 2016, temos 56 em lactação e 29 prenhas e, aumentando, assim, a produção e a produtividade da fazenda, que saiu de cerca de 500L/dia e média de 11L/animal/dia, para cerca de 950L/dia e média de 18l/animal/dia. Saímos de um intervalo de partos previsto de 17,05 meses para 13,67 meses.

Um cuidado básico que fez muita diferença na propriedade foi balancear a dieta dos animais, fechando todos os nutrientes e sempre deixando disponível sal mineral à vontade, pois uma novilha e, ou, vaca podem não entrar no cio por estarem com alguma deficiência nutricional, como, por exemplo, de selênio.

Uma das medidas que trouxe essa melhoria para os índices de reprodução foi o uso do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), que consiste no uso de hormônios para indução do cio. Após o parto, devemos esperar por pelo menos 45 dias para que se possa inseminar o animal. Esse período é chamado de Período de Espera Voluntária (PEV), que é importante para que o animal recupere sua condição normal e esteja apto para ser inseminado novamente. Depois do PEV, já podemos

inseminar, sendo interessante que ocorra antes de 90 dias pós-parto, para não prolongarmos o intervalo de partos. Caso esse animal não apresente cio, e o manejo na propriedade esteja correto, podemos recorrer ao protocolo de IATF, lembrando que é um método corretivo, e que sempre devemos fazer com que o cio ocorra de forma natural, além claro, da eficiência dos observadores.

Dessa forma, podemos concluir que é de extrema importância ter foco na reprodução do rebanho, melhorando tanto os índices zootécnicos quanto os econômicos, fatores esses que são essenciais para sucesso na atividade leiteira.

Vitor Duarte Estudante de Agronomia

Vaca recém-parida

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Qualidade do Leite

Nayara Magalhães

Estudante de Medicina Veterinária

Ord. Produtores Município Produção

1 Antônio Maria Araújo Cajuri 157.084

2 Juninho Cabral Dores do Turvo 79.196

3 Hermann Muller Visconde do Rio Branco 72.932

4 Lúcio Flávio Dores do Turvo 64.350

5 Cristiano Lana Piranga

42.687 6

Paulo Cupertino Coimbra 40.500

7

Rafaela Araújo de Castro Guaraciaba

56.371

8 Sérgio Maciel Coimbra 39.922

9 Áureo Alcantara Guaraciaba 39.370

10 Geraldo Aleixo Porto Firme 30.700

As 10 maiores produções do mês de outubro de 2016

6

Ord. Produtores Município

1 Ségio Maciel Coimbra 25,3

2

Cléber Luís Magalhães Divinésia 16,7

3 Marcos Duarte Canaã 20,6

4

Cristiano Lana Piranga 15,8

5

João Bosco Diogo Porto Firme 16,9

6

Edmar Lopes Canaã 15,1

7

Antônio Maria Araújo Cajuri 20,4

8

Áureo de Alcântara Guaraciaba 24,0

9 João Alberto Duarte Ubá 15,6

10

Rafaela Araújo Guaraciaba 17,2

As 10 maiores produtividades do mês de outubro de 2016 27,4

18,2 22,1

20,7 20,4

19,4 25,0 26,5

18,2 21,9

O prejuízo que não se vê

Produtividade por vaca em lactação

Produtividade total da vaca

A mastite, processo inflamatório da glândula mamária, é uma das doenças infecciosas que mais afetam os rebanhos leiteiros. Geralmente a mastite é causada por bactérias. Quando os sinais inflamatórios como alterações no leite, no teto e até mesmo sistêmicos (febre, desidratação, perdas de peso) aparecem, é denominada mastite clínica. Dentre as consequências desta doença, podemos citar o comprometimento do bem estar das vacas, o aumento dos gastos com assistência veterinária e medicamentos, o aumento de descarte do leite e, nos casos mais graves, morte da vaca. (MILKPOINT)

Esses são os prejuízos que o produtor sente diretamente no bolso, são os custos visíveis. Porém existem outros custos que são mais difíceis de mensurar, como a queda na produção de leite, na atual e na próxima lactação, atraso na reprodução, descarte dos animais e perda dos quartos infectados, que não conseguem a cura.

Estudos mostram que, em média, uma vaca que apresentou mastite na lactação anterior produziu em média 1,1l/dia a menos na outra lactação, comparando com outras vacas que não tiveram mastite clínica.

(MILKPOINT)

Fazendo contas rápidas, notamos que uma vaca, com média de 27l produzidos por 300 dias, deixou de produzir 348l na próxima lactação.

Somando isso à perda de produção na lactação em que ficou doente, a vaca deixou de produzir 1.097l. Além disso, o leite de UMA vaca doente foi vendido ao preço de R$1,17, o que resultou em um prejuízo, durante dois anos no valor total de R$1.690,65. Isto se essa vaca teve um bom intervalo de partos, que é outra questão preocupante, uma vez que as vacas com mastite clínica podem ter aumento de cerca de 22 dias do intervalo de partos até a primeira inseminação, e de até 44 dias de aumento até a concepção, em comparação com as vacas sadias. (Portal DBO).

35

0 0 5 10 15 20 25 30

210 330 180 150 120

30 80 90 240 270 300

Kg de leite/dia

Perda de Produção por Mastite

Curva normal Curva alterada por mastite É preciso rever os conceitos sobre a real perda que a mastite causa na fazenda, se a incidência estiver alta, deve-se procurar, o mais rápido possível, corrigir os erros de manejo, para evitar maiores prejuízos.

Fonte: Milk Point 2007

Compra em conjunto

Isaías Rocha

Estudante de Agronomia

Isaías Rocha, responsável pelas cotações

Em um mercado cada vez mais competitivo e com altos preços dos insumos, o produtor de leite tem necessidade de se adaptar para ser eficiente em suas compras e conse- guir uma boa relação benefí- cio/custo de todos os bens adquiri- dos.

Com o intuito de ajudar os produ- tores do PDPL/PCEPL, foi criada no ano de 2014, a “ Associação de Pro- dutores e Amigos do PDPL”. Um dos objetivos da associação é reali- zar compras coletivas de insumos utilizados no dia a dia da fazenda, conseguindo redução dos custos de produção para as fazendas assisti- das, por meio de cotações e compras de adubos de plantio e cobertura.

No mês de julho deram início às negociações com as empresas de adubos de plantio e cobertura, que seriam utilizados durante a safra 2016/2017. Posteriormente, foi realizada a análise dos produtos com os técnicos e foi escolhida a empresa que oferecia o melhor benefício/custo para atender às propriedades do PDPL/PCEPL.

A proposta ganhadora foi ofereci- da aos produtores e eles, tiveram total liberdade de escolher se queri- am ou não realizar a compra dos adubos nessa empresa. Com a com- pra de adubos de plantio e cobertu- ra, os 16 produtores participantes obtiveram uma economia de 9% em relação aos preços encontrados no mercado atual, o que representou

uma economia de R$ 6,76/saco.

Segundo o produtor Alvimar Sérgio Teixeira, proprietário do Sítio Auro- ra, “a compra em conjunto tem diversos fatores positivos, dentre eles: uma análise criteriosa do bene- fício/custo feita pelos técnicos e estagiários responsáveis. Essa aná-

lise evita que a escolha seja feita somente pelo preço, observando-se maior quantidade de levantamento de preços e produtos, o que repre- senta um ganho de tempo para o produtor, que pode se dedicar tam- bém a outras atividades. Todo l e v a n t a m e n t o é f e i t o p e l o PDPL/PCEPL e garante uma eco- nomia significativa nos custos de produção. Ele espera que essa ideia continue firme e que as próximas cotações possam acontecer, como, por exemplo, cotações de milho e de farelo de soja”.

Portanto, com um mercado osci- lante, a alternativa é realizar com- pras em conjunto com um grupo de produtores deve sempre ser vista com bons olhos, uma vez que em poucos itens podemos economizar expressivamente e aumentar as chances de o produtor ter sucesso na atividade leiteira.

Agora que finalizamos as negoci- ações e vimos que realmente funci- onan, fica o nosso muito obrigado aos produtores participantes. Dei- xamos aqui a nossa certeza de que novas negociações estão por vir, sempre atendendo às demandas e necessidades dos produtores assis- tidos e tentando, ao máximo melho- rar a sustentabilidade das fazendas assistidas

Referências

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