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Maturação fisiológica e desempenho de sementes no

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA “ELISEU MACIEL” PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS

E TECNOLOGIA DE SEMENTES

DISSERTAÇÃO

Maturação fisiológica e desempenho de sementes no armazenamento de Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. (Quillajaceae)

para a região de Bagé - RS.

ALEXANDRA ALVES CANTOS

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ALEXANDRA ALVES CANTOS

Maturação fisiológica e desempenho de sementes no armazenamento de Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. (Quillajaceae)

para a região de Bagé - RS.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências.

Orientador: Prof. Francisco Amaral Villela, Dr. - UFPel Co-Orientador: Prof. Norton Victor Sampaio, Dr. - URCAMP

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Dados de catalogação na fonte:

(Marlene Cravo Castillo – CRB-10/744 )

C232m Cantos, Alexandra Alves

Maturação fisiológica e desempenho de sementes no

armazenamento de Quillaja brasillienses (A. St. Hil. & Tul.)Mart. (Quillajaceae) para a região de Bagé-RS / Alexandra Alves Cantos; orientador Francisco Amaral Villela; co-orientador Norton Victor Sampaio. - Pelotas, 2009-42f. ; il.. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2009.

1.Sabão-de-soldado 2.Maturidade fisiológica 3.Conservação I Villela, Francisco Amaral(orientador) II .Título.

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Comissão Examinadora:

___________________________ ____ Profª. Drª Maria Ângela André Tillmann ______________________________ Prof. Dr. Orlando Antonio Lucca Filho __________________________ Prof. Dr . Norton Victor Sampaio ___________________________ Prof. Dr. Francisco Amaral Villela (Orientador)

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“Do outro lado do vidro da casa dos homens, o planeta está lá, imenso, silencioso, obedecendo às forças gigantescas que, no seio do universo, regem a matéria. (...) Temos a impressão que somos a espécie viva mais evoluída e tendencialmente acreditamos que o planeta todo é nosso. O Planeta Terra não nos pertence, apenas o estamos tomando emprestado de nossos filhos.” (Alain Hervé, 1968)

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Dedico este trabalho ao meu esposo Luciano Moura de Mello pelo incansável estímulo, amizade e amor e ao nosso amado filho João Pedro Cantos de Mello.

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AGRADECIMENTOS A Deus pela vida...

A minha mãe, Juraci Alves, por estar sempre ao meu lado e pelo estímulo, compreensão e amor.

Ao meu marido Luciano, pelo carinho, paciência, dedicação, amor e companheirismo, e que nos momentos mais difíceis esteve sempre ao meu lado.

Aos meus irmãos Tânia, Sandra, Vanderlei, Angelita e Andressa e sobrinhos (as), pelo apoio.

Aos meus sogros Cacilda e Ruben de Mello pelo carinho e estímulo.

À Dra. Tanira Giménez Sampaio e ao Dr. Norton Sampaio, pela amizade e oportunidade de aprendizado no Instituto de Biotecnologia e Reprodução Vegetal de fundamental importância para minha formação profissional.

Ao Professor Francisco Amaral Villela, pelo ensinamento transmitido durante este período.

À Responsável Técnica do Laboratório de Sementes, Eng. Agr. MSc. Ana Carolina Silveira, pela experiência do trabalho e auxilio na execução, juntamente com os bolsistas e funcionários.

As minhas amigas, irmãs e companheiras para todas as horas Monalize Mota e Patrícia Freitas muito obrigada pela amizade de vocês.

Às colegas Daniele Meirelles, Daniele Nascimento, Silvana Rodrigues por toda ajuda.

À Eng. Agr. MSc. Rita Hermínia Tamanini, pela amizade, pelo exemplo e pelos valiosos ensinamentos transmitidos.

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CANTOS, ALEXANDRA ALVES. Maturação fisiológica e desempenho de sementes no armazenamento de sementes de Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart.(Quillajaceae) para a região de Bagé - RS. 2009. 42 p. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

RESUMO - Este trabalho foi conduzido com objetivo de avaliar o período de maturação e as condições adequadas de armazenamento de sementes de Quillaja brasiliensis A. St. Hil. & Tul.) Mart., conhecida pelo nome comum de Sabão-de-soldado. O trabalho foi realizado no município de Bagé-RS e as sementes coletadas no Campo de Instrução de Santa Tecla da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, as análises realizadas no Laboratório de Análise de Sementes do Instituto Biotecnológico de Reprodução Vegetal da Universidade da Região da Campanha (URCAMP), Bagé - RS. Primeiramente, foram realizadas três coletas de sementes, 11ª, 12ª e 13ª semanas após a antese. Com estas sementes foram conduzidos os testes de: umidade, germinação; primeira contagem; porcentagem de germinação e condutividade elétrica para avaliação do ponto de maturidade das sementes, sendo que as sementes coletadas com 13 semanas demonstraram os melhores resultados nos testes. Após estas avaliações, as sementes foram armazenadas em quatro condições: acondicionadas em embalagem permeável (saco de papel) e em câmara de armazenamento onde as sementes foram submetidas a uma temperatura média de 18ºC; acondicionadas em embalagens plásticas e estas envoltas com papel alumínio e colocadas em um congelador a uma temperatura média de -1,5°C; em embalagens plásticas e estas envoltas com papel alumínio e colocadas em refrigerador a uma temperatura média de 9°C; e, embaladas em saco de papel em condições ambientais, temperatura média de 17,5ºC. Foram realizadas três avaliações: inicial, a 90 e 180 dias após o armazenamento das sementes provenientes da 13ª semana após a antese, nas quais foram realizados os seguintes testes: umidade, germinação, primeira contagem, índice de velocidade de germinação, emergência e índice de velocidade de emergência em casa de vegetação. Os resultados das análises permitem inferir que sementes de Q. brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. atingem a maturidade fisiológica a partir da 13ª semana após a antese com teor de água de 35% e os frutos com coloração 2.5GY 4/6 (Tabela de cores Munsell). As melhores condições para o desenvolvimento e avaliação do teste de germinação de sementes de Q. brasiliensis foram constatadas com temperatura de 20ºC e contagens aos 5 e 14 dias. Embalagem impermeável e temperatura de -1,5º C em congelador demonstram ser as condições mais favoráveis ao armazenamento de sementes de Q. brasiliensis.

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CANTOS, ALEXANDRA ALVES. Physiological maturity and seed performance in the seed storage of Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. (Quillajaceae) for the region of Bagé - RS. 2009. 42 p. Thesis (Masters) - Graduation Program in Science and Technology of Seeds. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

ABSTRACT - This search was conducted to evaluate the maturation period and the appropriate storage conditions of Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. seeds, knew by the common name of the “Sabão-de-soldado”. The study was conducted in Bagé-RS city and the seeds collected in the Campo de Instrução de Santa Tecla da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, the analysis performed at the Laboratory of Analysis of Seeds Breeding Plant Biotechnology Institute, Universidade da Região da Campanha (URCAMP), RS-Bagé. Firstly, three samples were colleted 11, 12 and 13 weeks after anthesis. With these seed tests were conducted: moisture, germination, first count, germination percentage and electrical conductivity to evaluate the maturity point of the seeds, and seeds collected at 13 weeks demonstrated the best results on tests. After these evaluations, the seeds were stored in four conditions: packed in permeable containers (paper bags) and a storage chamber where the seeds were subjected to a temperature of 18°C; packed in plastic bags and these covered with aluminum foil and placed in a freezer at an average temperature of -1.5°C in plastic containers and these covered with aluminum foil and placed in refrigerator at a temperature of 9°C and packed in paper bags under ambient conditions, average temperature of 17.5ºC. Three evaluations were performed: initial, 90 and 180 days after the storage of seed from the 13th week after anthesis, which were performed the following tests: moisture, germination, first count, speed of germination , emergence and rate of speed emergence in the greenhouse. It follows seeds of Q. brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart., reach physiological maturity from the 13th week after anthesis with a water content of 35% and fruit-colored 2.5GY 4 / 6 (Munsell Color Table). The germination of seeds of Q. brasiliensis can be conducted at temperatures of 20°C and counts at 5 and 14 days. A favorable condition for the storage of seeds of Q. brasiliensis occurs in a freezer at a temperature of -1.5°C and sealed packaging. The analysis results indicate that it seeds of Q. brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. reach physiological maturity from the 13th week after anthesis with a water content of 35% and fruit-colored 2.5GY 4 / 6 (Munsell Color Table). The best conditions for development and test evaluation of seed germination of Q. brasiliensis were observed at temperatures of 20°C and counts at 5 and 14 days. Impermeable packaging and temperature of -1.5°C freezer prove to be the most favorable conditions for the storage of Q. brasiliensis seeds.

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LISTA DE FIGURA

Figura 1. Características morfológicas de frutos de Q. brasiliensis, de acordo com as semanas de coletas após a antese: A- 11ª; B- 12ª e C-13ª semana.

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Figura 2.

Aspectos gerais de Q. brasiliensis (A) Vista de uma das plantas-matrizes; (B) inflorescência marcada;(C) folhas jovens em plântula, (D) fruto maduro; (E) sementes; (F) Folhas adultas e fruto verde. Fotos: Luciano Moura de Mello, Bagé, 2008 27 Figura 3. Germinação e índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de Q. brasiliensis em diferentes temperaturas 30

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LISTA DE TABELA

Tabela 1.

Atributos físicos e morfológicos dos frutos de Q. brasiliensis coletadas em três épocas, após a antese coloração dos frutos, peso dos frutos, número médio de sementes cheias por fruto, número médio de Sementes chochas por fruto.

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Tabela 2.

Qualidade inicial Primeira Contagem (1ª C), Germinação (G), Teor de água (U) - de lotes de sementes de Q. brasiliensis de conforme a Época de coleta.

28

Tabela 3.

Dados médios da condutividade elétrica (μS.cm) referente às três coletas de sementes de Q. brasiliensis em função do tempo de imersão (h).

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Tabela 4. Comprimento do sistema radicular (CSR), comprimento parte aérea (CPA) sob diferentes temperaturas em sementes de Q. brasiliensis

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Tabela 5.

Germinação (%) e índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de Q. brasiliensis em diferentes épocas (zero, 90 e 180 dias) de armazenamento.

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Tabela 6. Teor de água (%) de sementes de Q. brasiliensis em diferentes épocas (zero, 90 e 180 dias) de armazenamento. 33

Tabela 7.

Emergência em casa de vegetação e índice de velocidade de emergência de plântulas em casa de vegetação de sementes de Q. brasiliensis em diferentes épocas (zero, 90 e 180 dias) de armazenamento.

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SUMÁRIO Epígrafe ... iv Dedicatória ... v Agradecimentos ... vi Resumo ... vii Abstract ... viii Lista de figuras ... ix Lista de tabelas ... x 1. Introdução ... 12 2. Revisão bibliográfica ... 14

2.1. Caracterização botânica de Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. ... 14

2.2. Matas ciliares ... 15

2.3. Maturação Fisiológica de Sementes ... 16

2.4. Armazenamento ... 18

3. Materiais e métodos ... 20

3.1. Origem das sementes ... 20

3.2. Atributos físicos ... 21

3.2.1. Determinação do teor de água ... 21

3.2.2. Peso de mil sementes ... 21

3.3. Atributos fisiológicos ... 21

3.3.1. Teste de germinação ... 21

3.3.2. Primeira contagem ... 22

3.3.3. Índice de velocidade de germinação ... 22

3.3.4. Emergência de plântula em casa de vegetação ... 22

3.3.5. Índice de velocidade de emergência ... 22

3.3.6. Condutividade elétrica ... 23

3.4. Armazenamento ... 23

3.4.1. Em ambiente seco e a baixa temperatura ... 23

3.4.2. Em ambiente úmido e a temperatura sub-zero ... 23

3.4.3. Em ambiente úmido e a baixa temperatura ... 23

3.4.4. Em ambiente à umidade relativa e temperatura ambiente ... 24

4. Resultados e Discussão ... 25

4.1. Maturação fisiológica ... 25

4.2. Avaliação morfológica e viabilidade das sementes ... ... 25

4.3. Qualidade fisiológica inicial das sementes ... 28

4.4. Condutividade elétrica ... 28

4.5. Potencial fisiológico em diferentes temperaturas ... 29

4.6. Potencial fisiológico no armazenamento ... 31

5. Conclusões ... 36

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1. INTRODUÇÃO

O crescimento acelerado e desordenado do meio urbano tem acarretado uma ocupação humana de regiões delimitadas por lei e reservadas à preservação permanente. Essa ocupação tem ocasionado à redução das áreas de matas nativas, causando problemas de ordem ecológica, econômica e social. Por sua vez, o desmatamento apresenta como conseqüências, a médio e longo prazo, a diminuição dos índices pluviais em áreas específicas, o aumento de alagamentos durante as enchentes e a redução do nível de umidade do ar (VIEIRA, 1984), além da redução da rica biodiversidade animal e vegetal dessas áreas.

As florestas nativas são representadas, nos biomas do Brasil, por uma estrutura organizacional particular dada pelo conjunto de condições naturais desses ambientes, indo de vastas formações tropicais a conjuntos florestais restritos a áreas úmidas dos rios em planícies campestres. Estas florestas, independentemente de sua estrutura particular, são importantes ecossistemas explorados pelo homem, na maioria dos casos de forma degradatória, com o uso dessas áreas para a habitação ou extração de materiais de forma insustentável.

Os fatores que levaram à escolha da espécie, Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. (conhecida como Sabão-de-soldado, Timbuva, Pau-sabão ou Saboneteira) para o presente trabalho foram: a) a significância de sua distribuição na mata de galeria da região de Bagé, ocorrendo em áreas de nascentes e ao longo do curso dos rios (MELLO et al., 2001); b) esta espécie não consta nas Regras de Análise de Sementes, possui uma restrita bibliografia em relação ao comportamento de suas sementes; c) sua importância ecológica e bioquímica; d) o fato de estar distribuída no Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil, envolvendo, portanto, três dos países que mantêm áreas de bioma Pampa na América do Sul. A necessidade de recuperação e conservação de ecossistemas, bem como as escassas informações sobre a ciência e tecnologia de sementes de espécies

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nativas fazem com que este trabalho tenha como objetivos analisar o ponto de maturidade fisiológica, verificar o desempenho das sementes durante o período de armazenamento, de Quillaja brasiliensis (St. Hil. & Tul.) Mart.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Caracterização botânica de Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart.

Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart. é uma planta de porte arbóreo, nativa, de ocorrência no Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina. No Brasil, a sua distribuição ocorre de São Paulo ao Rio Grande do Sul, ocupando as margens de rios e de arroios (MUÑHOS et al., 1993). Comumente considerada como pertencente à família Rosaceae por Lorenzi (1992), porém Morgan et al. (1994) apud Sobral et al. (2006) realizaram trabalho de caracterização molecular dos gêneros da família Rosaceae e o gênero Quillaja diferiu dos demais gêneros, propondo a separação do gênero ao APG (The Angiosperm Phylogeny Group), em 1998. Conhecida popularmente como Sabão-de-soldado, Pau-de-sabão ou Saboneteira, recebendo essa denominação em função do alto teor de saponina, que contém as suas folhas, casca, frutos e madeira. O seu tamanho médio varia de 10 a 12 metros de altura, o seu tronco apresenta casca de cor castanha ou cinzenta-escura, rugosa, com lâminas pequenas na descamação.

As folhas são simples, alternas, elípticas a elípticas-lanceoladas, podendo variar de 8-10 cm de comprimento, sendo persistentes de cor verde-escura. A planta, quando em porte de muda, apresenta folhas fortemente dentadas. Estas são pequenas, pentâmeras, hermafroditas e esverdeadas. As flores possuem inflorescência do tipo corimbo, axilares, sendo que o florescimento ocorre nos meses de janeiro e fevereiro (LORENZI, 1992). O fruto possui forma estrelada, constituído por cinco folículos lenhosos. Essa planta multiplica-se por sementes e seu crescimento é rápido.

A casca é utilizada como inseticida e a madeira é de cor amarela. A madeira possui peso volumétrico médio de 700kg/m3, podendo ser utilizada na construção civil, carpintaria e marcenaria (LORENZI, 1992).

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Exemplares de Quillaja brasiliensis ocorrem nas matas ciliares do Arroio Bagé, no município de Bagé e apresentam-se nas margens úmidas e regiões de transição entre campo e a mata, possuindo distribuição significativa nestas matas, porém apresentam-se distribuídos em espaçamentos irregulares, mas normalmente sem demonstrar tendência a formar agrupamentos específicos (MELLO et al., 2001).

Além da importância ecológica nas matas de galeria, Quillaja brasiliensis recentemente está sendo testada à utilização das suas folhas e cascas por conter um elevado teor de saponina. Atualmente, a fonte de saponina para as indústrias é uma planta congênere chilena, Quillaja saponaria, o que acarretou intensa exploração das florestas chilenas, sendo necessárias, a partir do ano de 1999, o corte de 50.000 árvores/ano para suprir a demanda mundial (SAN MARTÍN & BRIONES, 1999, apud FLECK, 2007). Esta substância é utilizada em vacinas para erradicação do Herpesvírus Bovino tipo-1 (BHV-1), responsável por uma variedade de sinais clínicos como rinotraqueíte, abortamento, conjuntivite, vulvovaginite e balanopostite em rebanho bovino leiteiro. Além disso, tem sido estudada com boas perspectivas no fornecimento da saponina necessária à fabricação destas vacinas.

2.2. Matas ciliares

As matas ciliares, também denominadas florestas ripárias ou florestas de galeria, são formações vegetais de extrema importância em termos ecológicos, sendo essenciais na manutenção da qualidade de água dos rios, da fauna ictiológica e de mamíferos, representando, desse modo, um refúgio para a fauna local, com disponibilidade de água e alimento (REDFORD & FONSECA, 1986 apud NAPPO et al.,1999).

Essas matas encontram-se ao longo de córregos d’água, estendendo-se por até centenas de metros a partir das margens. Apresentam heterogeneidade em sua composição florística e na estrutura comunitária, dependendo das interações que se estabelecem entre o ecossistema aquático e o ambiente terrestre.

As matas ciliares são sistemas frágeis aos impactos produzidos pela ação antrópica, através de atitudes como abertura de estradas em regiões com topografia acidentada, a implantação de práticas agrícolas e o desenvolvimento de

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inúmeras ações do homem. Segundo Oliveira-Filho (1994), tais ações impactantes sobre as matas ciliares têm contribuído para o assoreamento, o aumento da turbidez das águas, o desequilíbrio do regime das cheias, a erosão das margens de cursos d’água e o comprometimento da fauna silvestre.

Essa vegetação compõe uma comunidade de indivíduos de porte arbustivo e árvores de pequeno porte, sendo adaptadas para suportar a força das correntezas ou submersão em épocas de enchentes; assim, é caracterizada por uma diversidade biológica muito elevada, ocupando nichos ecológicas bastantes específicos em diferentes ambientes ao longo de corpos d’água. Marchiori (2004) cita ainda, que algumas espécies de ampla distribuição geográfica como: Sebastiania schottiana (Amarilho-branco), Terminalia autralis (Sarandi-amarelo), Cephalantus glabratus (Sarandi-branco), Pouteria salicifolia (Sarandi-mata-olho), Salix humboldtiana (Salso-crioulo) entre outras espécies providas de denso sistema radicular. Em locais mais altos como barrancos são encontrados Inga vera (Ingá) e outras espécies do gênero Ingá, Sebastiania commersoniana (Branquilho). Algumas vezes, a vegetação apresenta característica aluvial típicos da floresta de encosta como: Parapiptadenia rígida (Angico), Luehea divaricata (Açoita-cavalo), espécies da família mirtáceas (Campomanesia xanthocarpa, Eugenia uniflora, E. mansoi, E. uruguayensis, Gomidesia palustris). Na região da orla florestal de encosta do Arroio Bagé, Mello et al. (2001) encontraram uma distribuição representativa da espécie Quillaja brasiliensis.

Marchiori (2004) cita que, Daphnopis racemosa (Embira) é um arbusto de ampla distribuição geográfica, o que foi constatado por Cantos et al. (2007) em levantamento das espécies arbustivas em torno de nascentes do Arroio Bagé e por Mello et al. (2001), no decorrer do curso d’água no arroio Bagé.

Na orla da mata do Arroio Bagé foram encontrados exemplares arvoretas e arbustos por Cantos et al. (2007) como: Acacia bonariensis (Unha-de-gato), Guettarda uruguensis (Veludinho) e Scutia buxifolia (Coronilha).

2.3. MaturaçãoFisiológica de Sementes

A avaliação da maturação fisiológica é importante para o conhecimento do comportamento das espécies, possibilitando assim a previsão da época adequada

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de colheita das sementes visando a obtenção de material genético de boa qualidade fisiológica, servindo como base para os programas de melhoramento, conservação genética e recuperação de áreas degradadas (FIGLIOLIA & KAGEYAMA,1994).

O processo de maturação fisiológica das sementes ocorre em diferentes épocas devido às variações climáticas e características ecológicas das espécies. Isso ocorre em espécies florestais em função da ausência de trabalhos de melhoramento genético destas espécies.

O ponto de maturidade fisiológica das sementes coincide com a ocorrência simultânea de máximo poder germinativo, acúmulo de matéria seca e vigor, ficando assim a maturidade fisiológica caracterizada pelo ponto a partir do qual a semente não recebe mais nutrientes da planta-mãe (PESKE & BARROS, 2003).

De acordo com a literatura, os índices mais empregados para determinação do ponto de maturidade fisiológica são: a coloração, o tamanho, o grau de umidade e o peso de matéria seca de frutos e sementes (SOUZA & LIMA, 1985 e CARVALHO & NAKAGAWA, 2000).

A coloração dos frutos também pode ser um parâmetro para a avaliação da maturidade, como na observação da determinação da ideal época de coleta em sementes de Euterpe edulis (LIN, 1988), Inga uruguensis (FIGLIOLIA & KAGEYAMA, 1994) e Bixa orellana (MENDES et al., 2006).

O peso máximo de matéria seca é considerado por Carvalho & Nakagawa (2000) como um indicativo da maturidade fisiológica em sementes. Este atributo também mostrou-se eficiente para sementes de Pterogyne nitens (CARVALHO et al., 2006), Mimosa scabrella (BIANCHETTI, 1981) e Anadenanthera macrocarpa (SOUZA & LIMA, 1985).

Em sementes de ipê-rosa (Tabebuia avellanedae) foram avaliados os parâmetros peso seco, teor de água, índice de velocidade de germinação e teste de germinação, que mostraram eficiência na avaliação do ponto de maturidade fisiológica (BARBOSA et al., 1992).

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2.4. Armazenamento

A diminuição gradativa das áreas naturais e o aumento de consumo dos produtos originários da madeira de florestas nativas reforça a necessidade do conhecimento das técnicas de armazenamento das sementes uma vez que estas podem ser utilizadas para a multiplicação das espécies.

O sucesso da atividade de multiplicação de espécies florestais a partir de sementes depende do conhecimento sobre o comportamento destas no armazenamento, o que possibilita a utilização da técnica adequada para a manutenção da viabilidade destas sementes até o seu emprego (HONG & ELLIS, 1996).

Estudos em sementes de espécies florestais mostram uma produção de sementes irregular pelas matrizes, sendo abundante a produção em determinado ano e escassa em outros (CARNEIRO & AGUIAR, 1993).

Assim, é importante a obtenção de informações sobre espécies nativas em relação aos métodos de produção, épocas de coleta, qualidade das sementes e técnicas de armazenamento para subsidiar programas de reflorestamento (TONIN, 2005).

Com o armazenamento, a deterioração das sementes não pode ser evitada, porém, pode prolongar a viabilidade e manter o nível de vigor das sementes através de técnicas adequadas desde a colheita, até o armazenamento e por fim o manuseio (POPINIGIS, 1985).

As sementes apresentam uma classificação para fins de armazenamento baseada em sua tolerância à dessecação. Segundo Roberts (1973), as sementes dividem-se em dois grupos: as recalcitrantes e as ortodoxas.

Sementes recalcitrantes com a redução do teor de água (abaixo de 12-14%) apresentam dificuldades de armazenamento, sendo esta situação crítica para a manutenção de sua viabilidade. Em sementes da família Lauraceae, Ocotea odorifera (Canela-sassafrás) e Nectandra nitidula (Canela-amarela) classificadas como recalcitrantes devido à rápida perda de viabilidade, é indicado que o aproveitamento para produção de mudas seja imediato (DAVIDE et al., 2003).

As sementes ortodoxas são tolerantes a dessecação, suportando secagem até baixos teores de água (5% a 7%) e se armazenadas sob condições de baixas 18

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temperaturas mantém a viabilidade por longo período de tempo, podendo ser armazenadas durante anos sem que ocorram reduções significantes de sua viabilidade. As sementes de Enterolobium contortisiliquum (Orelha-de-macaco), apresentam comportamento ortodoxo e no armazenamento com germinação de 90%, em temperatura de 3ºC a 5°C e umidade relativa do ar de 92%, atingem germinação de 50%, após nove anos de armazenamento (SCALON et al., 2005).

Por outro lado, Ellis et al. (1990) incluem um comportamento classificado como intermediário entre o ortodoxo e recalcitrante (ROBERTS, 1973). As sementes intermediárias apresentam uma larga escala de tolerância à dessecação podendo ser secadas até 8% a 10% e sua resposta ao armazenamento é de uma longevidade relativamente curta, podendo também ser altamente sensíveis a danos por embebição ou temperaturas baixas, não suportando temperatura sub-zero (FERREIRA & BORGHETTI, 2004).

As embalagens utilizadas no acondicionamento das sementes no armazenamento afetam a viabilidade das sementes de muitas espécies de forma diferenciada. Estas embalagens são classificadas de acordo com o grau de permeabilidade ao vapor de água como: permeáveis, semipermeáveis e impermeáveis. As embalagens permeáveis (saco de papel, tecido, polipropileno) permitem a troca de umidade entre as sementes e o meio ambiente, sendo adequadas para a conservação de sementes ortodoxas de tegumento duro e para as recalcitrantes que necessitam de aeração (HONG & ELLIS, 2003).

Embalagens semipermeáveis permitem reduzida troca de umidade entre o meio externo e a semente, como por exemplo, embalagens de polietileno e papel revestido com material ceroso.

Embalagens impermeáveis (vidro, metal, polietileno espesso e envelopes de alumínio) impedem a troca de vapor de água entre o meio e a semente, sendo indicadas para sementes ortodoxas armazenadas por longos períodos.

Em relação ao local de armazenamento, destaca-se câmara fria com temperatura inferior a 10°C e umidade relativa do ar entre 40 a 45%, controladas artificialmente e também a utilização de câmara seca e fria com temperatura e umidade relativa mantidas por meio de refrigeração e desumidificação (VILLELA & PERES, 2004).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes do Instituto Biotecnológico de Reprodução Vegetal – INTEC, da Universidade da Região da Campanha, no Campus de Bagé, RS.

3.1. Origem das sementes

Foram utilizados frutos de Quillaja brasiliensis (Sabão-de-soldado), coletados manualmente de cinco árvores matrizes, que foram avaliadas suas condições fitossanitárias, arquitetura da planta, altura. Estas plantas localizam-se em um bosque, orientado pelas coordenadas geográficas 31°16’07,65”S 54° 02’ 16,68”O, no Campo de Instrução de Santa Tecla, área de jurisdição do Exército Brasileiro sob responsabilidade da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, no município de Bagé, RS.

O monitorameto dos frutos foi a partir da abertura dos botões florais, os quais foram selecionados aleatoriamente no dia 28 de janeiro, sendo marcadas com fios coloridos 30 flores em cada matriz, totalizando 150 flores.

Foram realizadas três coletas em intervalos regulares de tempo (sete dias), para avaliar os períodos de maturação, sendo a primeira coleta realizada no dia 07 de abril de 2008, o que corresponde ao período de 11ª semana após a antese.

As sementes foram separadas do folículo manualmente e colocadas em câmara seca de armazenagem de sementes à 18ºC e 40 - 45% UR, durante 24 horas.

O número de sementes coletadas de cada árvore matriz foi aproximadamente 135, totalizando 2000 sementes para realização dos testes.

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3.2. Atributos físicos

Os frutos foram avaliados quanto à cor baseada na carta de cores de tecido vegetal (Munsell Color Charts 1977), tamanho médio e número médio de sementes por fruto, e as sementes quanto ao tamanho médio o peso médio de sementes por fruto. As sementes de Q. brasiliensis são aladas, assim, para a avaliação do seu tamanho, as aferições foram divididas em “com e sem ala”.

Após o teste de germinação sob diferentes temperaturas, foram avaliados o comprimento do sistema radicular e da parte aérea das plântulas sob diferentes temperaturas foram medidas por meio de paquímetro.

3.2.1. Determinação do teor de água

O grau de umidade foi determinado por meio da utilização de duas repetições de 1g de sementes intactas, conforme indicação de Rodrigues et al. (2007) e conduzido pelo método da estufa à 105ºC ± 3ºC, por 24h, de acordo com as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992). Os resultados foram expressos em porcentagem, em base úmida.

3.2.2. Peso de mil sementes

Para obtenção do peso de mil sementes foram utilizadas oito repetições de 100 sementes, conforme BRASIL (1992). O resultado foi expresso em gramas.

3.3. Atributos fisiológicos

3.3.1. Teste de germinação

Como Q. brasiliensis não consta nas RAS, sendo uma espécie nativa motivo este de dificuldade no número de sementes para avaliação. O teste de germinação foi realizado com quatro repetições de 15 sementes. As semeaduras foram sobre papel mata-borrão no interior de caixas tipo gerbox e as contagens realizadas

(23)

diariamente até os 21 dias após a semeadura, sendo contadas as plântulas emergidas.

As temperaturas avaliadas foram 15°, 20°, 25°e 30°C com um fotoperíodo de 8 horas de luz/16 escuro.

3.3.2. Primeira contagem da germinação

Utilizaram-se os dados referentes à contagem realizada no quinto dia após a semeadura, no teste de germinação.

3.3.3. Índice de velocidade de germinação (IVG)

Foram realizadas contagens diárias durante a condução do teste de germinação. Consideraram-se normais, as plântulas que possuíam a raiz primária com, no mínimo, 2 mm de comprimento. O cálculo do IVG foi realizado conforme descrito por Maguire (1962) utilizando-se a seguinte fórmula:

IVG = E1/ N1 + E2/ N2 +...+ En/ Nn sendo:

E1, E2,..., En = nº plântulas emergidas, computadas na primeira, segunda... e última

contagem.

N1, N2,..., Nn = nº de dias da semeadura à primeira, segunda,... e última contagem.

3.3.4. Emergência de plântulas em casa de vegetação

Foram utilizadas quatro subamostras de 15 sementes, distribuídas em bandejas de polietileno com células individuais preenchidas com substrato comercial, mantidas à temperaturas entre 20° e 30°C, em casa de vegetação dotada de nebulização intermitente. As contagens foram realizadas diariamente até os 21 dias após a semeadura, sendo contadas as plântulas emergentes.

3.3.5. Índice de velocidade de emergência

Conduzido conjuntamente ao teste de emergência de plântulas em casa de vegetação, foram realizadas contagens diárias, considerando as plântulas com

(24)

folhas primárias normais. O cálculo do IVE foi realizado conforme descrito por Nakagawa (1994).

3.3.6. Condutividade elétrica

Foram utilizadas duas repetições de 25 sementes, imersas em 75 ml de água deionizada a 20°C, durante o período de embebição de 24 horas, sendo a leitura realizada em condutivímetro após a imersão por 2, 3, 4, 5, 6 e 24h. Os resultados foram expressos em µS.cm-1 .

3.4. Armazenamento

As sementes foram armazenadas em quatro condições ambientais, sendo elas:

3.4.1. Em ambiente seco e a baixa temperatura

As sementes foram colocadas em sacos de papel e armazenadas em câmara de armazenamento em uma temperatura média de 15ºC e umidade relativa de 40%.

3.4.2. Em ambiente úmido e a temperatura sub-zero

As sementes foram colocadas em embalagem hermética e armazenadas em um congelador, a uma temperatura média de -1,5º C.

3.4.3. Em ambiente úmido e a baixa temperatura

As sementes foram colocadas em embalagem hermética, armazenadas em prateleiras intermediárias de um refrigerador submetidas a uma temperatura 9ºC.

(25)

3.4.4. Em condições de umidade relativa e temperatura ambiente

As sementes, embaladas em saco de papel, foram armazenadas em condições ambientais, a temperatura média de 17° C e umidade relativa de 60%.

(26)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Maturação fisiológica

Na região do município de Bagé, a antese das flores de Q. brasiliensis ocorreu entre 21 e 28 de janeiro de 2008, sendo que se admitiu como referência, para a contagem dos períodos de coletas das sementes, o dia 28 de janeiro pelo fato de, nesse dia, ser verificada a antese da totalidade das flores dos espécimes estudados.

Durante a floração, foi verificada predação das flores das plantas-matrizes pelo Coleóptero Epicauta atomaria (Germar, 1821), da família Meloidae, Subfamília Meloinae, Tribo Epicautini.

Em um estudo com Q. brasiliensis, Mattei (1995) verificou danos causados por insetos à produção de sementes e que, muitas vezes, os frutos possuem uma aparência sadia, porém ao serem abertos, as suas sementes apresentam-se totalmente destruídas, embora não tenha relatado a ocorrência de Epicauta atomaria.

4.2. Avaliação morfológica e viabilidade das sementes

Foram analisados os atributos físicos e morfológicos dos frutos e das sementes de Q. brasiliensis, em três épocas de coleta, sendo os dados apresentados na Tabela 1 e Figura 1, respectivamente.

Nos resultados apresentados na Tabela 1 foram registradas as alterações na coloração do fruto. As sementes coletadas 13ª semanas após a antese apresentaram maior peso de frutos e número de sementes cheias comparativamente aos resultados das demais épocas de coleta de sementes.

(27)

TABELA 1. Atributos físicos e morfológicos de frutos de Q. brasiliensis coletados em três épocas após a antese, coloração dos frutos, peso de frutos, número médio de sementes cheias por fruto e número médio de sementes chochas por fruto.

Semanas após antese Coloração dos Frutos* Peso de Frutos (g) Número de sementes Cheias Número de sementes Chochas 11ª 7.5GY 4/6 1,973 8 88 12ª 7.5GY 4/6 1,968 18 60 13ª 2.5GY 4/6 2,002 25 53

Padrão de coloração segundo (Munsell Color Charts,1977).

Figura 1. Características morfológicas de frutos de Q. brasiliensis, de acordo com as semanas de coletas após a antese: A - 11ª, B - 12ª e C - 13ª semana.

Em cada época de coleta (11ª, 12ª e 13ª semanas após a antese) foram colhidos entre 6 a 8 frutos marcados de cada planta-matriz.

A primeira coleta foi realizada na 11ª semana após a antese, com frutos marcados apresentando coloração 7.5GY 4/6 (tom de verde) segundo (Munsell Color Charts, 1977) e possuíam, em média, 88 sementes chochas e apenas 8 sementes cheias.

Na segunda coleta, executada na 12ª semana após a antese, verificou-se a ocorrência de frutos com a mesma coloração da 11ª semana, apresentando em média 18 sementes cheias e 60 sementes chochas.

A terceira coleta, realizada na 13ª semana após a antese, apresentou frutos de coloração 2.5GY 4/6 (Munsell Color Charts, 1977), (tom de marrom acinzentado), com um número médio de 25 sementes cheias e 53 sementes chochas.

A B C

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O peso de frutos e o número de sementes cheias aumentaram gradativamente, variando também a coloração dos frutos. Estes aspectos externos visuais expressam o processo de maturidade fisiológica, Corvello et al. (1999) avaliou a maturidade fisiológica de sementes de Cedrela fissilis, utilizando um dos paramentos a coloração dos frutos, Leonhardt et al. (2001), em sementes de Citharexylum montevidense, Gemaque et al. (2002) em sementes Tabebuia impetiginosa.

Na Figura 2, observam-se imagens do aspecto geral de Q. brasiliensis, onde a letra A mostra uma das matrizes; a letra B representa a marcação das flores com o fio colorido e o período de inflorescência; a letra C mostra o estádio de plântula em que suas folhas são serradas (diferentemente das folhas da planta adulta); a letra D mostra as sementes no fruto, no ponto de coleta (13ª semana após a antese); a letra E mostra as sementes antes de serem submetidas ao teste de germinação e a letra F, os frutos verdes na planta-mãe.

FIGURA 2. Aspecto geral de Q. brasiliensis (A) vista de uma das plantas-matrizes; (B) inflorescência marcada; (C) folhas jovens em plântula; (D) fruto maduro; (E) sementes; (F) folhas adultas e fruto verde. Fotos: Luciano Moura de Mello, Bagé, 2008.

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4.3. Qualidade fisiológica inicial das sementes

O peso de 1000 sementes de Q. brasiliensis foi de 9,355 gramas e o número de sementes por quilograma atingiu 106.894 sementes, diferindo dos resultados obtidos para a mesma espécie, por Mattei (1995) que encontrou 170.000 sementes.

Na Tabela 2 são mostrados os resultados de primeira contagem, germinação e teor de água das sementes de Q. brasiliensis em três épocas de coleta. Analisando os dados da primeira contagem e germinação das sementes de Q. brasiliensis podem-se observar diferenças significativas entre as épocas de coleta.

Na 13ª semana após a antese, as sementes apresentaram melhores resultados que as demais coletas, indicando que as sementes alcançaram a maturidade fisiológica, confirmando os resultados da Tabela 1 e da Figura 2. O teor de água das sementes coletadas na 13ª semana após a antese diminuiu acentuadamente em relação às coletas realizadas com 11ª e 12ª semanas após a antese, acordando com Carvalho e Nakagawa (1988), que com a diminuição do teor de água houve um aumento considerável na germinação das sementes.

TABELA 2. Qualidade inicial - primeira contagem (1ª C), germinação (G) e teor de água (U) - de lotes de sementes de Q. brasiliensis conforme a época de coleta.

Semanas após antese 1ª C (%) G (%) U (%) 11ª 10 c 10 c 69,4 a 12ª 32 b 92 b 60,6 b 13ª 85 a 98 a 34,9 c CV(%) 7,93 6,40 8,72

Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

4.4. Condutividade elétrica

Os dados da Tabela 3 referem-se ao teste de condutividade elétrica em sementes de Q. brasiliensis coletadas na 11ª, 12ª e 13ª semanas após a antese. Observa-se que a coleta com onze semanas após a antese possui maior liberação de eletrólitos que as demais coletas, indicando menor vigor, pelo fato das 28

(30)

membranas ainda não apresentarem estruturas celulares adequadamente organizadas, pois, o principio do teste de condutividade é medida que a semente envelhece, ocorre à deterioração, com conseqüente perda da integridade do sistema de membranas (VIEIRA E KRZYZANOWSKY,1999).

Segundo Powell (1986), o período de embebição das sementes e a quantidade de liberação de exudatos pela semente é influenciado pelo estágio de maturação das sementes, corroborando com os resultados descritos nas Tabelas 1 e 2. Assim, os resultados da coleta com treze semanas após antese demonstraram menor liberação de eletrólitos, indicando melhor qualidade, maturidade e organização celular, o que resultou em maior potencial de germinação e de produção de matéria seca.

Pelos resultados do teste de condutividade elétrica em sementes de Q. brasiliensis, com apenas três horas de embebição, para a combinação de 25 sementes e 75 mL de água, permitiu a detecção de diferenças na qualidade fisiológica das três épocas de coleta.

TABELA 3. Dados médios da condutividade elétrica (μS.cm) referente às três épocas de coleta de sementes de Q. brasiliensis em função do tempo de imersão (h). Semana s após antese Tempo de imersão (h) 2 3 4 5 6 24 11ª 2,7 b 4,0 b 5,0 b 5,0 b 5,3 b 7,3 b 12ª 1,0 a 2,0 ab 2,1 a 2,2 a 2,3 a 4,7 ab 13ª 1,0 a 1,1 a 1,3 a 1,4 a 1,6 a 1,9 a CV(%) 5,67 6,78 6,81 7,15 7,83 6,16

Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

4.5. Potencial fisiológico de sementes em diferentes temperaturas

Avaliando os testes de germinação, teor de água e o da condutividade elétrica observou que as sementes coletas com 13º semanas após a antese apresentam maio potencial de maturidade, sendo assim a partir da figura 4 todos os testes foram realizados somente com esta coleta.

(31)

A porcentagem e o índice de velocidade de germinação em sementes de Q. brasiliensis foram maiores a uma temperatura de 20ºC conforme a figura 4.

Segundo Borges e Rena, (1993) maioria das espécies tropicais apresentam um bom potencial germinativo quando submetidas a uma temperatura que varia entre 20 a 30 ºC. Espécies como Mimosa caesalpiniaefolia Benth apresentaram o máximo poder germinativo quando expostas a temperatura constante de 25ºC (ALVES, 2002). Em sementes de Anadenanthera macrocarpa, melhor comportamento foi observado entre 20-30ºC (OLIVEIRA, 2010), a mesma temperatura foi observada para Cedrela odorata L. por Andrade & Pereira (1994). Segundo Albuquerque et al.( 2003), sementes de espécies florestais apresentam características de temperatura diretamente associadas ao comportamento ecológico das espécies nos seus “habitats”.

FIGURA 3. Germinação e índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de Q. brasiliensis em diferentes temperaturas.

- 2,06x2 R2 = 1 R2 100,0 % 10,0 y = -0,633x2 + 31,947x - 320,24 = 0,8424 y = 0,0293x3 + 46,967x - 250 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 15,0 20,0 25, 30,0 Germinação IVG Temperatura (°C) 30

(32)

Nos resultados descritos na Tabela 4, pela comparação de médias, é possível verificar que tanto o comprimento do sistema radicular quanto o comprimento da parte aérea de sementes de Q. brasiliensis submetidas à temperatura de 20ºC, obtiveram resultado superior às demais temperaturas, corroborando com os resultados da figura 4. A avaliação do comprimento de plântulas normais tem como princípio segundo Dan et. (1987) quanto maior for o crescimento, mais vigorosa é a sementes em função de apresentarem a capacidade de transformar suprimentos de reservas de armazenamento para o crescimento do eixo embrionário.

TABELA 4. Comprimento do sistema radicular (CSR), comprimento da parte aérea (CPA) sob diferentes temperaturas, em sementes de Q. brasiliensis.

Temperatura (ºC) CSR (cm) CPA (cm) 15 1,43 ab 0,96 a 20 1,78 a 1,79 a 25 1,32 ab 1,51 a 30 0,84 c 1,37 a 20-30 1,13 bc 1,37 a CV(%) 3,69 4,11

Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

4.6. Potencial fisiológico no armazenamento

Na Tabela 5 são apresentados os dados da germinação e do Índice de velocidade de germinação avaliados a zero, 90 e 180 dias de armazenamento.

Avaliando a germinação aos 90 dias de armazenamento a melhor condição foi congelador seguido por câmara, refrigerador e ambiente. Já aos 180 dias de armazenamento a condição em câmara aos 180 dias demonstrou superior seguida de refrigerador, congelador sendo no ambiente, a condição que causou maior redução na germinação ambiente.

Comparando todos os ambientes testados de armazenamento, a condição mais eficaz para sementes de Q. brasiliensis, foi câmara de armazenamento à temperatura média de 15ºC e umidade relativa de 40%, pois as sementes mantiveram a germinação até 180 dias de armazenamento. A condição de refrigerador permitiu a conservação das sementes por 90 dias.

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Conforme Villela e Peres (2004), sementes ortodoxas apresentam conservação por períodos mais prolongados em condições de baixas temperaturas e umidade relativa do ar.

Como o cálculo do índice de velocidade de germinação indica se o lote apresentar maior velocidade de germinação o lote é mais vigoroso que os demais (VIEIRA & CARVALHO, 1994).

O índice de velocidade de germinação de Q. brasiliensis aos 90 dias de armazenamento mostrou melhor condição para o armazenamento em congelador e condição menos favorável a condição ambiental. Porém, aos 180 dias, a condição de armazenamento mais favorável demonstrada foi em câmara, embora não diferindo do refrigerador. Vigor

Assim, durante o tempo de armazenamento, as melhores condições de armazenamento revelaram ser a câmara, o congelador e o ambiente, até 90 dias, embora as quatro condições tenham determinado diminuição no índice de velocidade de germinação, até 180 dias de armazenamento.

TABELA 5. Germinação (G%) e Índice de Velocidade de Germinação (IVG) de sementes de Q. brasiliensis em diferentes épocas (zero, 90 e 180 dias) de armazenamento. Épocas (dias) Condições de zero 90 180 zero 90 180 Armazenamento G (%) IVG Câmara 96 aA 93 abA 93 aA 4,13 aA 3,44 bA 2,64 aB Congelador 96 aA 95 aA 88 bB 4,13 aA 3,89 aA 2,16 bB Refrigerador 96 aA 90 bB 88 bB 4,13 aA 3,31 bB 2,36 abC Ambiente 96 aA 82 cB 45 cB 4,13 aA 2,57 cA 1,09 c B CV(%) 1,58 CV (%) 2,91

Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6, pode-se observar que houve drástica diminuição do teor de água das sementes em todas as condições de armazenamento até os primeiros 90 dias.

(34)

De 90 a 180 dias, a redução do teor de água foi menor, embora a condição ambiente tenha determinado redução de 5,7 pontos percentuais nesse período e a as sementes armazenadas em câmara tenham aumentado em 1,7 pontos percentuais.

A variação no teor de água das sementes deve-se as diferentes umidades relativas do ar, nas diversas condições de armazenamento. Tendo em conta que as sementes são higroscópicas, ganhando ou perdendo água, conforme as condições ambientais reinantes, se acondicionadas em embalagens permeáveis. A redução do teor de água nas sementes causa a diminuição de sua atividade metabólica, prolongando assim, a viabilidade das mesmas (FOWLER, 2000).

Q. brasiliensis foi armazenada com 34,9% de umidade, Araújo et al. (1994), avaliou sementes de Euterpe oleracea Mart., as quais foram armazenadas com 33,3% de umidade, as sementes apresentaram sensibilidade à desidratação e à baixa temperatura de armazenamento

Vale destacar que as sementes, nas quatro condições, foram armazenadas com elevado teor de água, com o propósito de estudar o comportamento para fins de armazenamento.

TABELA 6. Teor de água (%) de sementes de Q. brasiliensis em diferentes épocas (zero, 90 e 180 dias) de armazenamento.

Condições de armazenamento Épocas (dias)

Zero 90 180

Câmara 34,9 10,1 11,8

Congelador 34,9 18,1 14,5

Refrigerador 34,9 15,9 14,6

Ambiente 34,9 13,9 10,2

O índice de velocidade de germinação em casa de vegetação na época zero diferiu entre as condições de armazenamento. Após 90 dias de armazenamento, as condições câmara e congelador foram superiores à condição ambiente, que não diferiu da condição refrigerador. Como o princípio da velocidade de emergência de plântulas quanto for mais rápida maior será o seu vigor (VIERA & CARVALHO, 1994).

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Assim, aos 180 dias de armazenamento, as sementes armazenadas em congelador apresentaram superioridade relativamente à câmara e ambiente (Tabela 7). A comparação entre os períodos de armazenamento evidencia melhor desempenho das sementes armazenadas em refrigerador, até 90 dias. Entre 90 e 180 dias, as sementes mantidas em congelador, refrigerador e ambiente mantiveram o índice de velocidade de emergência, enquanto as sementes armazenadas na câmara sofreram redução ao longo de todo o período de armazenamento.

Sementes de Ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia), acondicionadas nas embalagens de papel e polietileno e armazenadas no ambiente de laboratório apresentaram maior perda de vigor ao longo de 150 dias de armazenamento (SOUZA et al., 2005).

Aos 90 e 180 dias, a emergência em casa de vegetação foi superior para as sementes mantidas em condição de congelador e a comparação no decorrer do tempo, evidencia redução em todas as condições de armazenamento, embora sendo menos pronunciada em congelador (Tabela 7).

TABELA 7. Emergência em Casa de Vegetação e Índice de velocidade de emergência de plântulas em casa de vegetação de sementes de Q. brasiliensis em diferentes épocas (zero, 90 e 180 dias) de armazenamento. Épocas (dias) Condições de zero 90 180 zero 90 180 Armazenamento EMERGÊNCIA EM CV (%) IVEPCV Câmara 89 aA 81 abA 34 cB 0,99 aA 0,66 aB 0,27 cC Congelador 89 aA 87 aA 67 aB 0,99 aA 0,68 aB 0,59 aB Refrigerador 89 aA 75 bB 57 bC 0,99 aA 0,60 abAB 0,49 abB Ambiente 89 aA 62 cB 34 cC 0,99 aA 0,51 bB 0,38 bcB

CV(%) 2,76 CV (%) 3,14

Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

Avaliando os resultados do teste de germinação e do índice de velocidade de germinação durante o tempo de armazenamento a melhor condição para preservação foi câmara.

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Porém para emergência em casa de vegetação a melhor condição de armazenamento foi em congelador.

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5. CONCLUSÕES

Sementes de Quillaja brasiliensis (A. St. Hil. & Tul.) Mart., atingem a maturidade fisiológica a partir da 13ª semana após a antese com teor de água de 35% e os frutos com coloração 2.5GY 4/6 (MUNSELL COLOR CHARTS, 1977).

As melhores condições para o desenvolvimento e avaliação do teste de germinação de sementes de Q. brasiliensis foram constatadas com temperatura de 20ºC e contagens aos 5 e 14 dias.

Embalagem impermeável e temperatura de -1,5º C em congelador demonstram ser as condições mais favoráveis ao armazenamento de sementes de Quillaja brasiliensis.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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