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THE USE OF VIRTUAL LEARNING ENVIRONMENTS FOR INFORMATION LITERACY: AN EXPERIMENTAL PROPOSAL

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Academic year: 2018

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XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVI ENANCIB) ISSN 2177-3688

GT 3 – Mediação, Circulação e Apropriação da Informação

Pôster

AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM PARA A PROMOÇÃO

DA COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO: UMA PROPOSTA

EXPERIMENTAL

1

THE USE OF VIRTUAL LEARNING ENVIRONMENTS FOR

INFORMATION LITERACY: AN EXPERIMENTAL PROPOSAL

Daniel Cequeira Silva, UFBA falecomdaniel@yahoo.com.br

Borges Jussara, UFBA jussarab@ufba.br

Resumo: Este trabalho apresenta os resultados obtidos a partir de um curso de iniciação à competência em informação em formato EaD, cuja proposta foi promover essa competência entre alunos de graduação e pós-graduação vinculados ao Instituto de Ciência da Informação da UFBA. O universo em questão foi compreendido por 86 indivíduos aleatórios e a coleta de dados foi efetuada por meio de questionário. Adotou-se o método experimental para a realização da pesquisa, estabelecendo–se um grupo de intervenção com 43 indivíduos que participaram do curso e tiveram suas competências informacionais testadas por meio de dois questionários: um antes e outros depois da intervenção. Paralelamente foi feito o mesmo com outros 43 indivíduos que tiveram suas competências também testadas pelos mesmos questionários, mas sem participarem da intervenção. Por meio dos resultados iniciais foi possível inferir que a intervenção colaborou para a elevação das competências informacionais dos participantes da pesquisa, endossando o uso dos ambientes virtuais de aprendizagem como ferramentas aplicáveis no desenvolvimento de programas de competência em informação.

Palavras-chave: Competência em Informação. Educação a Distância. Ambientes Virtuais de Aprendizagem.

Abstract: This paper presents the results obtained from an introductory course on information literacy in distance education format, whose purpose was to promote this competition among undergraduate and postgraduate linked to the Institute of Information Science at UFBA. The universe

1 O conteúdo textual deste artigo, os nomes e e-mails foram extraídos dos metadados informados e são de total

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in question was comprised of 86 random individuals and the data collection conducted through a questionnaire. It adopted the experimental method to the research, setting up an intervention group with 43 individuals who participated in the course and had their informational skills tested through two questionnaires: one before and the other after the intervention. At the same time, done the same with 43 other individuals who had their skills tested also by the same questionnaires, but not participate in the intervention. Through the initial results, it was possible to infer that the intervention contributed to the increase in information literacy of research participants, endorsing the use of virtual learning environments as applicable tools in the development of competence programs for information.

Keywords:Information literacy. Virtual Learning Environments

1 INTRODUÇÃO

No âmbito do desenvolvimento democrático, a Unesco vem defendendo a educação para a informação como parte da formação de qualquer cidadão, em qualquer nação, no sentido de fomentar o direito à informação e à liberdade de expressão como instrumentos de construção e sustentação democrática. A convergência entre direito e acesso à informação vem sendo alvo dos interesses de pesquisa da Ciência da Informação, onde é consensual a compreensão de que “a cidadania não se constrói apenas a partir do acesso material à informação, mas deve compreender também a capacidade de interpretação da realidade e de construção de significados pelos indivíduos.” (VITORINO; PIANTOLA, 2011, p. 101). Por isso, é necessária a pesquisa – e o desenvolvimento de modelos de aplicação – sobre a formação para aproveitamento da informação, cada vez mais em meio digital.

No contexto da Ciência da Informação, muitas pesquisas direcionadas à educação para a informação têm se desenvolvido sob a perspectiva da alfabetização informacional, considerada neste trabalho como a área de estudos que tem como objeto o desenvolvimento ou promoção de competências em informação. No entanto em termos de programas de formação em competência em informação, as experiências são mais limitadas no Brasil. Ao se realizar uma pesquisa breve na internet, foram encontrados: o Programa Pró-Multiplicar da Capes implantado, em 2008, na UFMG, no Curso de Graduação em Biblioteconomia da Escola de Ciência da Informação, aplicado de forma presencial. E o Programa de Competência Informacional da Transpetro (2011) que se trata de um curso cujo objetivo é desenvolver a Competência em Informação em todos colaboradores da Transpetro. Sendo que tal curso foi ofertado em uma modalidade mista onde aulas mesclavam-se entre ocasiões presenciais e à distância na modalidade mista ou Blended-learning. “Pode-se considerar que o

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(CENDÓN, B. V.; COSTA, M.E.O, 2012, p.11). Portanto são raros os programas de desenvolvimento da Competência Informacional e mais escassos ainda quando se tenta encontrar algum que seja desenvolvido no formato EaD.

Assim, a proposta deste trabalho refere-se a analisar os resultados de um programa piloto de desenvolvimento de competência em informação, elaborado em ambiente virtual de aprendizagem, que teve a proposta de elevar as competências informacionais de seus participantes. Aqui se procurou levar em consideração a capacidade que o bibliotecário possui para atuar no meio educacional:

Uma das funções do bibliotecário seria a de professor, encarregado de ensinar não apenas as habilidades que vinha tradicionalmente ensinando (localizar e recuperar a informação), mas também envolvido no desenvolvimento de habilidades de pensar criticamente, ler, ouvir e ver enfim a aprender a aprender. (CAMPELLO, 2006, p. 3).

Na prática, o efeito esperado por este trabalho permeia a consolidação do papel do bibliotecário no que diz respeito à formação e educação de alunos em processo de aprendizagem, cenário que além de incomum, ainda é pouco compreendido por professores e gestores educacionais. Portanto, a expectativa é que os resultados aqui apresentados reafirmem o papel do profissional da informação na área educacional, sobretudo utilizando o ensino das competências informacionais para formação escolar. O que também, por sua vez, auxiliará o desenvolvimento do ensino da competência em informação na área de educação, mais especificamente na modalidade à distância.

2 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM PARA A PROMOÇAO DE COMPETÊNCIAS EM INFORMAÇÃO

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No Brasil ainda são poucas as informações sobre a implementação de projetos educacionais voltados para o desenvolvimento da Competência em Informação na modalidade de educação a distância (EaD) (GASQUE, 2013). Apesar desse cenário é legítimo entender que a Ciência da Informação é uma área interdisciplinar, com características e capacidade para confluir a Educação e as Tecnologias da Informação nos processos direcionados à construção do conhecimento. Ou seja, é possível acreditar na EaD como campo de oportunidades para o aprimoramento de métodos e técnicas voltadas para a educação para a informação. Em outras palavras, teoricamente, seria praticável utilizar as vantagens dos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) para construir e viabilizar programas de desenvolvimento em habilidades em informação (DHI):

A tarefa de facilitar o desenvolvimento de habilidades informacionais a vários grupos de alunos é realizada, mais facilmente, quando são utilizados a Educação a Distância (EaD) ou o e-learning. Isto poderia ser uma solução ao número limitado de bibliotecários ou profissionais da informação na biblioteca. Os profissionais em DHI precisam dominar as novas modalidades de capacitação e educação que empregam as redes (especialmente a internet) como salas virtuais em lugar das salas tradicionais. Os bibliotecários podem atuar em conjunto e on line com seus alunos e estes podem completar suas pesquisas e estudos em sua casa, no trabalho ou onde exista o acesso a um computador e redes de telecomunicações: de maneira semelhante, o bibliotecário pode realizar seu trabalho como tutor de onde quiser em que haja o acesso a um computador (LAU, 2008 p.34).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para viabilizar a proposta deste trabalho foi adotado o procedimento experimental:

A intenção básica de um projeto experimental é testar o impacto de um tratamento ou intervenção sobre um resultado, controlando todos os outros fatores que possam influenciar esse resultado. Como forma de controle, os pesquisadores indicam aleatoriamente os indivíduos para os grupos. Quando um grupo recebe um tratamento e o outro grupo não o recebe, o experimentador pode isolar se o tratamento - e não outros fatores - que influencia o resultado. (CRESWELL, 2010, p. 178).

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Ao se fazer a translação deste diagrama de método experimental para a proposta aplicada nesta pesquisa, vale considerar que: o grupo AR equivaleu a 43 indivíduos aleatórios submetidos ao evento experimental, que neste caso foram os participantes do curso de Iniciação a Competência em Informação2; o grupo BR equivaleu a outros 43 indivíduos aleatórios não submetidos ao curso, que será o grupo de controle; X refere-se ao curso de “Iniciação a Competência em Informação desenvolvido no formato EaD” (desenvolvido e aplicado pelo pelos autores); O1 é o questionário de avaliação inicial de habilidade em informação; O2 = Questionário de avaliação final de habilidade em informação. Vale salientar que neste caso houve o cuidado para que todos os participantes tivessem pelo menos o ensino médio completo (amostragem aleatória estratificada), tal medida foi tomada afim de que todos os indivíduos pesquisados possuíssem condições iguais para o estudo, minimizando-se assim a possibilidade de tendência entre as amostras. O mesmo aconteceu com os questionários (nivelamento 1 e 2) utilizados na pesquisa, que foram adaptados e configurados num mesmo nível de dificuldade. Isso foi possível por meio de uma ferramenta apropriada para este fim chamada TRIALS3 (Tool for Real-time Assessment of Information Literacy Skills), ferramenta de avaliação de competência em competências em informação em tempo real, em tradução livre, recurso elaborado pela Kent State University.

4 RESULTADOS

Os resultados preliminares foram contabilizados a partir das correções dos questionários, seguidos de análise quantitativa por meio de planilha eletrônica. Os gráficos 1 e 2 representam os resultados do grupo experimental e de controle: no grupo de intervenção 23

2 Trata-se de um curso no formato EaD criado, exclusivamente, para a pesquisa de dissertação de mestrado de

um dos autores. Esse foi disponibilizado por meio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Bahia e ocorreu de 25/04 a 25/09/2015 contando com carga horária de 40 horas. Os trabalhos de divulgação, inscrição, montagem, manutenção, elaboração de conteúdo e tutoria foram viabilizados pelos próprios autores. O curso foi aberto à comunidade e teve abrangência nacional, contando com um público variado

3 http://www.trails-9.org/)

Quadro 1 – Procedimento Experimental

Projeto tradicional e clássico, este procedimento envolve uma designação aleatória dos participantes a dois grupos. É aplicado tanto um pré-teste quanto um pós-teste aos dois grupos, mas o tratamento é proporcionado apenas ao Grupo A experimental.

Grupo A R_______________O1_________X____________O2 (intervenção)

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participantes obtiveram notas do nivelamento 2 maiores do que as do nivelamento 1, ou seja, 53%. A média das notas do grupo de intervenção foi de 6,3 no nivelamento 1 e 6,7 no nivelamento 2, a as modas de foram de 6,0 e 6,5 com desvio padrão de 1,0 e 1,7 respectivamente. Outro aspecto relacionado refere-se ao fato de que no nivelamento 2 foram alcançadas as melhores medidas de dispersão: no nivelamento 1 houve uma variância de 1,0 contra 2,8 do nivelamento 2, e a amplitude mostrou a mesma tendência de 3,0 contra 6,5 respectivamente.

Gráfico 1- Resultados do Grupo de

Controle Gráfico 2- Resultados do Intervenção

Já no grupo de controle constatou-se que 35 participantes obtiveram notas mais baixas no nivelamento 2 em relação ao nivelamento 1, com 81% da amostragem nesta condição. Aqui a média foi de 4,5 no nivelamento 1 e 3, no nivelamento 2. As variâncias foram de 0,7 e 2,1 com amplitudes de 4,0 e 6,0 respectivamente. Ao se analisar as medidas de dispersão juntamente com os gráficos e a linha de tendência, fica explícito que foi no nivelamento 2, do grupo de intervenção, onde obteve-se o melhor rendimento já que houveram acréscimos tanto nas medidas de tendência central (média e moda) quanto nas medidas de dispersão (variância, desvio padrão e amplitude) situação que não ocorreu no grupo de controle. Portanto, os resultados reafirmaram a possibilidade de uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem como ferramenta aplicável no desenvolvimento de programas de Competência em Informação (LAU, 2008), servindo também, para endossar a capacidade do profissional da informação para o ensino das competências informacionais inclusive por meio da modalidade EaD (CAMPELLO, 2006). 0 5 10 15 20 25 30 35 40

1_3 4_6 7_10

Nivelamento 1

Nivelamento 2

Faixa de notas

N º d e p a rt ic ip a n te s 0 5 10 15 20 25 30 35 40

1_3 4_6 7_10

Nivelamento 1

Nivelamento 2

Faixa de notas

N º d e p a rt ic ip a n te s

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5 CONCLUSÃO

Diante de tais evidências, é possível constatar que a intervenção colaborou para a elevação das competências informacionais dos participantes da pesquisa, conforme apontamento de bases teóricas já consagradas por Coelho (2013) na qual os recursos de EaD permitem o desenvolvimento dessa aprendizagem contínua e uma maior interação entre os indivíduos para a construção do conhecimento e para o desenvolvimento da Competência em Informação. E ainda: “Possibilidade de aprendizagem de forma virtual, na qual se acredita que o indivíduo pode construir seu conhecimento por meio das novas tecnologias da informação e comunicação;” (BLANK; GONÇALVES, 2013, p.52).

O experimento realizado - e que levou às informações apresentadas neste trabalho - permite afirmar que ações direcionadas à promoção de competências em informação alcançam resultados positivos, mesmo quando a formação restringe-se a poucas horas de curso. O formato EaD também se mostrou adequado no sentido de alcançar um maior número de estudantes que, de outra forma, não teriam disponibilidade de acesso à formação, seja pela questão do tempo, seja pela necessidade de deslocamento.

REFERÊNCIAS

BLANK C. K; GONÇALVES A. L. A Competência Informacional na Educação a Distância: contribuindo com uma filosofia de aprendizagem independente e ao longo da vida. Revista Didática Sistêmica, v. 15, n. 1, p. 42-55, 2013.

CAMPELLO, B. S. A escolarização da competência informacional. Revista brasileira de biblioteconomia e documentação: nova série. São Paulo, v. 2, n. 2, p. 6377, dez. 2006.

CENDÓN, B. V.; COSTA, M.E.O. Programas de Formação de Usuários para o

Desenvolvimento de Competências Informacionais. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 17., Gramado, 2012. Anais... Disponível em: http://www.snbu2012.com.br/palestras/BEATRIZ_VALADARES.pdf. Acesso em: 16/01/2014.

COELHO M.; et.al. Relato de experiência de um Programa de Competência em Informação no ambiente empresarial com apoio da educação à distância case: TRANSPETRO. In: BELUZZO R.C. B.; FERES, G. G. (Orgs.). Competência em informação: de reflexões às lições aprendidas. São Paulo: FEBAB, 2013. Disponível em:

issuu.com/necfci-unb/docs/compet__ncia_em_informa____o__de_re/330. Acesso em: 28/07/2015.

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desafios. AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento, v. 2, n. 1, 2013. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/atoz/article/view/41315. Acesso em: 10/04/2014.

LAU, Jesús. Diretrizes sobre desenvolvimento de habilidades em informação para a aprendizagem permanente. Boca Del Rio: IFLA, 2008.

Bibliotecário e educação a distância (EaD):mediando os instrumentos do conhecimento. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.15, n.1, p. 54-70, jan./jun., 2010.

VITORINO, Elizete Vieira. A perspectiva da competência informacional na Educação à Distância (EAD). Informação. & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v.19, n.2, p. 37-44, maio/ago. 2009.

_________________; PIANTOLA, Daniela. Dimensões da competência informacional. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 40 n. 1, p.99-110, jan./abr., 2011. Disponível em:

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Gráfico 1- Resultados do Grupo de

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