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Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches BRAGA

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Academic year: 2021

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Agrupamento

de Escolas

Dr. Francisco Sanches

B

RAGA

Delegação Regional do Norte da IGE

Datas da visita: 2 a 4 de Novembro de 2009

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

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I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa.

Após a realização de uma fase-piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho Conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao programa nacional de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do(a) Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches – Braga, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada entre 2 e 4 de Novembro de 2009.

Os capítulos do relatório – Caracterização do Agrupamento,

Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais – decorrem da análise dos documentos

fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO Níveis de classificação dos

cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os

pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoa-mento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa indi-viduais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE –Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

O texto integral deste relatório, bem como o contraditório apresentado pelo Agrupamento, estão disponíveis

no sítio da IGE na área

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches, situado na zona urbana do Concelho de Braga, apresenta a actual configuração, a partir do ano lectivo de 2007-2008, com a integração do Agrupamento das Fontes. No início do corrente ano lectivo, o Agrupamento constituiu-se num Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP2). Tem a sua área de influência nas freguesias de S. Vítor e S. Vicente e inclui, actualmente, a Escola Básica do 2.º e 3.º ciclo Dr. Francisco Sanches (escola-sede), três escolas básicas com o 1.º ciclo, um Jardim-de-Infância e três EB1 com Jardim-de-Jardim-de-Infância, numa dispersão geográfica até 4 km da escola-sede. O Agrupamento, implantado numa zona de influência de dois bairros sociais, acolhe uma população fixa de etnia cigana e uma flutuante de imigrantes. Verifica-se, assim, a existência de uma diversidade linguística, cultural e étnica muito significativa, com 187 crianças/alunos de 26 nacionalidades. Contudo, destes, apenas cerca de 50 não têm o Português como língua materna, pois os restantes são filhos de emigrantes ou oriundos de países de língua oficial portuguesa. Frequentam, também, as unidades educativas do Agrupamento 31 alunos de etnia cigana.

O parque escolar dos JI e EB1 apresenta espaços requalificados, à excepção da EB1 de D. Pedro V, que está num estado de degradação avançado, mas irá encerrar no final do ano lectivo. Apesar de requalificadas, estas escolas não têm espaços polivalentes nem salas específicas para o desenvolvimento das actividades de enriquecimento curricular. Existem falta de salas de aula, funcionando as EB1/JI das Enguardas e da Quinta da Veiga em regime duplo. A escola-sede apresenta no bloco F (antigas instalações do Colégio de Nossa Senhora da Conceição), um espaço muito degradado, com 30 salas e dois salões adaptados a ginásio, que aliado às suas características arquitectónicas coloca problemas de segurança, situação que poderá vir a ser resolvida com a prevista requalificação do parque escolar.

O Agrupamento é frequentado, no ano lectivo de 2009-2010, por 2633 crianças/alunos: 213 na educação pré-escolar, 996 no 1.º ciclo, 476 no 2.º ciclo, incluindo 2 turmas de percursos curriculares alternativos (PCA), 824 no 3.º ciclo abrangendo, também, 2 turmas de PCA, 41 nos cursos de educação e formação, 40 nos cursos de educação e formação de adultos do ensino básico e 43 nos cursos de educação e formação de adultos do ensino secundário. De acordo com os dados do perfil do Agrupamento, os serviços de Acção Social Escolar apoiam (48,9% dos alunos do 1.º ciclo, 29,6% do 2.º ciclo, 29,7% do 3.º ciclo e 26,8% nos cursos de educação e formação). Assim, são apoiados 37,8% dos alunos do Agrupamento e, destes 21,2% são abrangidos pelo escalão A e 16,6% pelo escalão B. Verifica-se que 22,8% dos alunos possuem computador em casa, 43,5% não possuem computador e 33,7% possuem computador e Internet. Sendo conhecidas, apenas, as habilitações académicas de 88,4% dos pais e encarregados de educação, verifica-se que destes 12,1% possuem formação superior, 18,6% o ensino secundário, 20,8% o 3.º ciclo do ensino básico, 47,2% habilitação igual ou inferior ao 2.º ciclo do ensino básico e 1,3% outras. Quanto às profissões dos pais, das 67,7% conhecidas, conclui-se que 16,3% enquadram-se na categoria de Quadros superiores, dirigentes e profissionais intelectuais, 11,5% são Técnicos e profissionais de nível intermédio, 28,8% pertencem aos Serviços e comércio, 0,3% são Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas, 29,3% integram o grupo de Operários e trabalhadores da indústria e 13,8% são Trabalhadores não qualificados.

O corpo docente é constituído por 285 professores e destes, 74,7% pertencem ao quadro de Escola e 63,9% têm entre 40 e 60 anos de idade, garantindo estabilidade e continuidade no trabalho desenvolvido. Exercem funções 59 trabalhadores não docentes, sendo 1 técnico superior (psicólogo), 12 assistentes técnicos e 46 assistentes operacionais, sendo que 93,2% pertencem aos quadros (regime da função pública e regime de contrato individual de trabalho). Releva que 78,0% se enquadra na faixa etária dos 40 a 60 anos. Ao abrigo do Programa TEIP2, passou a dispor ainda de uma Psicóloga, uma Técnica de Serviço Social e uma Animadora Social.

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III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. Resultados

BOM

Na educação pré-escolar são elaborados registos do percurso e das aprendizagens das crianças. O Agrupamento tem vindo a melhorar os seus resultados, verificando-se uma evolução positiva nas taxas de transição e conclusão, assim como uma consolidação das médias internas. Os resultados das Provas de Aferição dos 4.º e 6.º anos, nos últimos anos, superam as médias nacionais com excepção dos de Língua Portuguesa do 4.º ano, em 2009, que foram ligeiramente inferiores. Os resultados nos exames nacionais do 9.º ano na disciplina de Língua Portuguesa têm sido ligeiramente superiores aos referentes nacionais e no último ano apresentam a mesma média. Já em Matemática apresentam tendência ascendente, acompanhando as médias nacionais e igualando-a em 2009. A disciplina com maior taxa de insucesso é a de Matemática.

O Agrupamento tem vindo a adoptar várias estratégias de acção com impacto favorável na melhoria dos resultados.

A educação para a responsabilização é uma prioridade do Agrupamento, destacando-se nesta vertente o projecto Escola Alerta. A participação dos alunos ocorre, essencialmente, ao nível do grupo/turma onde são recolhidos contributos para a realização das actividades incluídas nos projectos curriculares de turma. A auscultação dos alunos é, sobretudo, realizada nos 2.º e 3.º ciclos, através da Assembleia de Delegados onde a participação é alargada aos problemas que afectam a escola-sede e que lhes dizem directamente respeito. O Agrupamento, especialmente a escola-sede, apresenta ainda um índice de indisciplina elevado, apesar de ter reduzido, como resultado das diversas medidas implementadas com o envolvimento da comunidade escolar. A criação, no âmbito do programa TEIP2, do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, composto por uma equipa multidisciplinar, pretende dar uma resposta mais eficaz na prevenção e resolução dos problemas disciplinares e sociais dos alunos e famílias, contribuindo para ser atingida a meta II Educação para a responsabilidade de todos – Educar para a cidadania do projecto TEIP2.

O impacto das aprendizagens escolares tem vindo a ser cada vez mais reconhecido pela comunidade educativa, reflectindo o esforço do Agrupamento em resolver os problemas que o afectam. A aposta na diversificação da oferta formativa responde às expectativas das famílias e da comunidade local.

2. Prestação do serviço educativo

BOM

A construção aprofundada da articulação vertical, horizontal e lateral (família e envolvente) constitui uma prioridade do Projecto Educativo do Agrupamento. Nesse sentido, as várias estruturas de coordenação e supervisão definiram uma acção articulada para prosseguir esse fim. Os departamentos curriculares asseguram a articulação entre as disciplinas/áreas curriculares que os integram e a articulação interdisciplinar é feita, essencialmente, nos conselhos de turma. O trabalho cooperativo entre docentes aprofunda-se no departamento da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, entre os educadores e entre os professores do mesmo ano de escolaridade, respectivamente, e nos restantes ciclos em sede dos grupos disciplinares. As estruturas de coordenação e supervisão ainda não implementaram procedimentos sistemáticos de acompanhamento da prática lectiva em sala de aula. No entanto, evidencia-se a monitorização atenta dos sinais indicadores de dificuldades dos alunos e dos docentes e das respostas céleres para os dirimir, através de medidas que passam pelo apoio aos alunos e, muitas vezes, ao professor.

O Agrupamento evidencia uma verdadeira política de inclusão que se expressa na capacidade de lidar com as diferenças, garantido de forma eficaz e consequente os apoios específicos e diferenciados para os alunos que revelam dificuldades de aprendizagem e necessidades educativas de carácter permanente. Na escola-sede verifica-se a existência de uma diversidade de projectos, clubes, oficinas e actividades de enriquecimento curricular, algumas com efeitos positivos na imagem social do Agrupamento, demonstrando um forte investimento na formação integral dos alunos e na sua motivação para a aprendizagem. Em sentido contrário, a falta de espaços em duas EB1/JI obriga o seu funcionamento em horário duplo, comprometendo a frequência da escola a tempo inteiro.

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3. Organização e gestão escolar

BOM

O Projecto Educativo do Agrupamento foi reformulado, no início do corrente ano lectivo, passando a integrar o plano de acção do Território Educativo de Intervenção Prioritária, numa perspectiva de construir novas respostas às problemáticas antes identificadas, agora com o contributo dos novos recursos disponibilizados. A comunidade educativa revelou um bom nível de apropriação das metas inscritas no Projecto Educativo e dos impactos esperados. O Projecto Curricular apresenta o desenho de toda a oferta formativa do Agrupamento, incluindo as componentes curriculares e de enriquecimento. Os dois documentos apresentam-se bem articulados e as actividades inscritas no plano anual explicitam a sua filiação nas metas do Projecto Educativo. A divulgação dos principais documentos de planeamento junto da comunidade educativa foi feita atempadamente.

A direcção possui um efectivo conhecimento das competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente e rentabiliza-o na afectação dos diversos cargos, responsabilidades e tarefas. Os profissionais denotam satisfação com o processo como foram acolhidos e integrados no Agrupamento. Os serviços administrativos estão organizados por áreas, permitem o atendimento personalizado e a qualidade do serviço prestado garante a satisfação da comunidade.

As escolas com 1.º ciclo e jardins-de-infância visitados encontram-se bem conservadas e agradáveis, mas evidenciam falta de espaços específicos, recreios cobertos, salas para o desenvolvimento das actividades de enriquecimento curricular e também para a actividade lectiva, no caso das duas escolas que funcionam em horário duplo. As instalações da escola-sede são exíguas para a população escolar que servem e alguns espaços não apresentam boas condições de conservação nem de adequabilidade aos fins a que se destinam. Releva o esforço da comunidade escolar para as manter organizadas, agradáveis e em condições de segurança. A gestão dos recursos financeiros é submetida à aprovação do Conselho Geral e apresenta-se coerente com o planeamento das actividades. Evidenciam-se diversas iniciativas tendentes à angariação de receitas, através de candidaturas a projectos e a apoios de empresas, sendo investidas na melhoria dos recursos educativos. Os encarregados de educação reconhecem que os docentes titulares de grupo/turma e os directores de turma facilitam a comunicação de modo a garantir a informação e a participação na vida escolar, mas esta ainda não apresenta o nível desejado. O Agrupamento leva a cabo diversas iniciativas tendentes a fomentar a participação e o envolvimento dos pais na vida escolar, nomeadamente palestras e momentos de convívio. As juntas de freguesia e diversas instituições públicas e privadas da comunidade constituem um apoio fundamental para resolução dos problemas do quotidiano das diferentes unidades educativas.

Pese embora a distribuição dos horários, o acesso a experiências escolares estimulantes e à escola a tempo inteiro se encontrarem condicionados pela carência de espaços nas escolas, a existência de uma política de inclusão bem sucedida contribui para que a comunidade educativa interveniente nos painéis evidencie satisfação quanto à actuação dos responsáveis no que concerne à aplicação de critérios de equidade e justiça.

4. Liderança

BOM

A visão de futuro do Agrupamento, partilhada pelos responsáveis escolares, é clara e encontra-se presente nos seus documentos estruturantes. O Projecto Educativo, privilegiando princípios de inclusão, equidade e igualdade de oportunidades, exprime a evolução esperada no combate ao insucesso escolar, quantificando metas claras e avaliáveis e elegendo a participação da comunidade educativa na busca de soluções para os problemas que afectam o quotidiano das escolas.

A direcção exerce uma liderança atenta e de proximidade com a comunidade escolar que, beneficiando do elevado empenho e da motivação dos docentes e não docentes, permitiu a implementação de uma oferta educativa e formativa de acordo com as necessidades dos alunos, famílias e comunidade local.

O Agrupamento tem procurado abrir-se à inovação, nomeadamente no âmbito das novas tecnologias de informação e comunicação, tentando ultrapassar os constrangimentos decorrentes da precariedade de alguns dos seus espaços físicos. O elevado número de parcerias e protocolos que o Agrupamento tem vindo a celebrar com empresas, instituições de carácter científico e cultural, entidades de vocação social e associações

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recreativas, tem-se demonstrado ser uma mais-valia e produzido impactos positivos na qualidade do serviço que presta.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento

SUFICIENTE

O Agrupamento evidencia uma prática consolidada de análise dos resultados académicos. Este trabalho é objecto de reflexão no Conselho Pedagógico e nas estruturas intermédias e tem constituído fundamento para a elaboração dos planos de acção. No início do ano lectivo de 2008-2009, foi constituída uma Equipa de AvaliaçãoInterna integrada por docentes, membros do Conselho Pedagógico. Esta, apesar de não ter elaborado um plano da sua acção, procedeu à auscultação de alguns elementos da comunidade escolar sobre o funcionamento de determinadas áreas do Agrupamento. Em Setembro de 2009, concluiu o Relatório de Avaliação Interna com base nos resultados dessa auscultação, integrando a análise dos resultados dos alunos e a informação colhida nos relatórios de avaliação das diversas estruturas de coordenação e supervisão. Os diferentes intervenientes nos painéis demonstraram desconhecer o conteúdo do Relatório de Avaliação Interna. O Agrupamento revela um conhecimento informal dos seus pontos fortes, fracos, das oportunidades de melhoria e dos seus constrangimentose tem-se apoiado nele para elaborar os seus planos de melhoria. A motivação dos seus profissionais, as ligações à comunidade e a qualidade de parcerias estabelecidas, conjugadas com o gradual aprofundamento do processo de auto-avaliação, poderão garantir a sustentabilidade do progresso do Agrupamento.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. Resultados

1.1 Sucesso académico

O Agrupamento tem realizado uma análise e tratamento sistemático dos resultados académicos ao nível interno e análises comparativas com as classificações externas obtidas nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos de escolaridade e dos exames nacionais do 9.º ano, relativamente às médias nacionais. Contudo não faz nenhuma comparação ao nível concelhio ou distrital.

Na educação pré-escolar o percurso e a evolução da aprendizagem das crianças são registados, dados a conhecer aos encarregados de educação e essa informação integra o processo das crianças aquando da transição para o 1.º ciclo.

Nos anos lectivos de 2007-2008 e 2008-2009, as taxas de transição/conclusão foram: i) no 1.º ciclo sempre superiores às taxas nacionais, excepto no 1.º ano em 2007-2008 e no 2.º ano em 2008-2009; ii) nos 2.º e 3.º ciclos, as taxas foram sempre superiores às médias nacionais. Os cursos de educação e formação (Tipo 2 - Empregado Comercial) tiveram taxas de transição/conclusão de 96,4% e 100%, respectivamente.

Nos anos lectivos de 2007-2008 e 2008-2009, nas provas de aferição de Língua Portuguesa os resultados obtidos pelo Agrupamento foram, no 4.º ano, superiores em 2007-2008 em 6,6%, e em 2008-2009 ligeiramente inferiores (0,8%). Na disciplina de Matemática, os resultados foram, no 4.º ano, superiores aos referentes nacionais, em 3,7% em 2008 e 0,3%, em 2009. Já no 6.º ano, foram naquele período, superiores aos nacionais. Nos exames nacionais do 9.º ano, no triénio 2006-2007 a 2008-2009, os resultados obtidos pelo Agrupamento na disciplina de Língua Portuguesa (3,3; 3,4; 3,0) acompanham as médias nacionais (3,2; 3,3; 3,0) e na disciplina de Matemática (2,2; 3,0; 3,0) tiveram um comportamento semelhante face às médias nacionais (2,2; 2,9; 3,0). Analisadas as médias das classificações internas face às médias dos exames nacionais verifica-se uma evolução na convergência em ambas as disciplinas. A maior taxa de insucesso verifica-se na disciplina de Matemática, tendo o Agrupamento adoptado várias estratégias de acção com o objectivo de a reduzir.

Foram implementados 595 planos de apoio (recuperação, acompanhamento e de desenvolvimento), dos quais 81% foram avaliados positivamente. O absentismo escolar é reduzido e o abandono escolar não existe, sendo

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as situações registadas motivadas pela saída de imigrantes do país sem regularizarem a situação escolar dos seus educandos e pelos alunos itinerantes de etnia cigana.

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

O Agrupamento promove a informação e o debate ao nível das turmas através dos professores titulares de turma e dos directores de turma. A participação dos alunos faz-se de acordo com o seu nível etário, sendo realizadas reuniões periódicas da Assembleia de Delegados dos 2.º e 3.º ciclos com a direcção do Agrupamento. É na área de Formação Cívica que se aprofunda o trabalho de reflexão sobre o cumprimento das regras de conduta, de funcionamento dos serviços, da utilização dos espaços, participando os alunos na definição de temas para o Projecto Curricular de Turma e no desenvolvimento de acções de solidariedade. Como forma de auscultação directa dos alunos existia uma caixa de sugestões e no ano lectivo de 2008-2009 foi realizado um inquérito para conhecer o seu grau de satisfação face ao refeitório, do qual resultou a aplicação de várias medidas de melhoria. A educação para a responsabilização é uma prioridade do Agrupamento, destacando-se nesta vertente o acompanhamento e apoio prestados no refeitório por alunos aos seus colegas com necessidades educativas especiais e o projecto Escola Alerta.

No ano lectivo de 2009-2010, foi eleita uma Associação de Estudantes a qual apesar de ainda não ter aprovado o seu plano de actividades, se propõe desenvolver um conjunto de iniciativas para além da organização de festas, convívios e organização de actividades desportivas envolvendo concursos de leitura e de escrita de texto, passando pela formação dos seus elementos, em associativismo, junto do Instituto Português da Juventude.

1.3 Comportamento e disciplina

O Agrupamento privilegia a segurança, o bem-estar e o relacionamento pessoal como suporte e fomento da melhoria da qualidade das aprendizagens. A escola-sede tem vindo a reduzir as situações de indisciplina nos últimos anos lectivos, beneficiando desde 1998-1999 de dois seguranças, considerados muito importantes para a prevenção e eliminação das situações de conflito nos espaços abertos e a sensibilização para o cumprimento das regras. Implementaram-se acções específicas de natureza preventiva por parte dos assistentes operacionais, nomeadamente durante os intervalos e à hora de almoço,

A criação do Gabinete de Orientação do Aluno, em Março de 2009, permitiu a monitorização dos incidentes disciplinares, do ano lectivo e dos anteriores, e a revitalização da sala do aluno. Este espaço foi apetrechado com equipamentos de qualidade e, sendo aberto a todos os alunos, tem funcionado sem sofrer danos, o que demonstra uma evolução positiva do seu comportamento. Relativamente aos incidentes disciplinares em 2008/09 que originaram 73 processos disciplinares (12 no 1.º ciclo, 42 no 2,º ciclo e 19 no 3.º ciclo), decorrentes 51% de agressões, 32% pelo incumprimento de regras e 17% envolveram ambas as situações. As medidas aplicadas foram em 68% dos casos tarefas e actividades de integração, apenas 18% de suspensão da frequência da escola, não tendo resultado aplicação de qualquer medida sancionatória em 14% das situações. O programa TEIP2, iniciado no ano lectivo de 2009-2010, tem como Meta II Educação para a responsabilidade de todos – Educar para a cidadania e na sua implementação foi já criado o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família. Este é composto por uma equipa multidisciplinar, que assegura uma resposta mais eficaz, na prevenção dos problemas disciplinares e sociais dos alunos e das famílias, para onde são encaminhados todos os casos problemáticos do Agrupamento. Para a melhoria do comportamento cívico e da disciplina têm contribuído, também, o conhecimento e cumprimento das regras, trabalho desenvolvido pelos directores de turma na área curricular não disciplinar de Formação Cívica, assim como nas acções de tutoria que permitem um acompanhamento mais próximo dos alunos cuja situação apresenta qualquer tipo de risco. O empenho e acção dos docentes e não docentes na resolução dos casos de indisciplina foram bem evidentes durante os painéis. Verifica-se também a existência de normas de actuação em caso de indisciplina na sala de aula e o posterior acompanhamento do aluno na saída da aula.

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

O impacto das aprendizagens escolares tem vindo a ser cada vez mais reconhecido pela comunidade educativa, reflectindo o esforço do Agrupamento em resolver os problemas que o afectavam, nomeadamente a insegurança, o abandono e os resultados escolares. Valorizando os saberes e as aprendizagens, o Agrupamento

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tem vindo a apostar na implementação de projectos, de âmbito nacional e de escola, e em clubes, sendo disto exemplo o Grupo de Cavaquinhos, a Rádio Escolar e Grupo de Teatro.

A divulgação das actividades a realizar em cada uma das unidades educativas, bem como os trabalhos das crianças/alunos, são realizadas através de eventos organizados pelo Agrupamento, da página na Internet e também pelos diversos estabelecimentos de educação e ensino através de exposições, comemorações de dias especiais e apresentações públicas. O Agrupamento valoriza e divulga as iniciativas mais relevantes, individuais e de grupo, no dia do patrono – Francisco Sanches – abrindo-se à comunidade escolar no sentido de reforçar laços e consolidar a sua identidade. Tem instituído o Quadro de Mérito como forma de valorizar o trabalho dos alunos e elevar as expectativas das famílias.

A diversificação da oferta curricular com o funcionamento de várias turmas de percursos curriculares alternativos, de cursos de educação e formação e de cursos de educação e formação de adultos, no ensino básico e secundário, responde às expectativas das famílias e da comunidade local.

2. Prestação do serviço educativo

2.1 Articulação e sequencialidade

O Agrupamento adoptou um conjunto de estratégias tendentes a assegurar a articulação e a sequencialidade entre os níveis de educação e ensino. No departamento da educação pré-escolar foi definido o perfil do aluno de modo a garantir a sequencialidade curricular na transição para o 1.º ciclo, a qual é, por sua vez, facilitada pela realização de actividades conjuntas, com maior regularidade nos estabelecimentos EB1/JI. Os docentes titulares de grupo/turma procedem à supervisão das actividades de animação e apoio à família e de enriquecimento curricular e reúnem periodicamente com os respectivos dinamizadores.

No 1.º ciclo, a articulação concretiza-se nas reuniões de docentes por anos de escolaridade, onde acontece um trabalho colaborativo de planeamento a médio e longo prazo, bem como a partilha e a construção de instrumentos de avaliação e de materiais pedagógicos. Os docentes do 4.º ano participam no processo de constituição das turmas do 5.º ano, assegurando, assim, a transmissão de informação relevante sobre os alunos na transição de ciclo.

Os departamentos curriculares procedem à definição de critérios de avaliação, à planificação e articulação de conteúdos de algumas disciplinas/áreas disciplinares (procurando assegurar a sequencialidade e a transição entre os 2.º e o 3.º ciclos) e à monitorização sistemática dos resultados dos alunos. Os grupos disciplinares acompanham o cumprimento dos programas, asseguram a calibragem dos instrumentos de avaliação e a selecção e preparação dos materiais pedagógicos. Os conselhos de turma assumem a adequação do currículo às turmas, a promoção de estratégias de diferenciação pedagógica e a interdisciplinaridade, em articulação com o Núcleo de Apoio Educativo e o Serviço de Psicologia e Orientação, sempre que necessário. A grande diversidade de actividades de enriquecimento do currículo existente na escola-sede, o desenvolvimento de alguns projectos transversais aos vários níveis de educação/ensino e algumas actividades inscritas no plano anual constituem um importante reforço da articulação entre áreas do saber, alunos, docentes, escolas e comunidade.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

Ainda que as estruturas de coordenação e supervisão não adoptem procedimentos sistemáticos de acompanhamento da prática lectiva em sala de aula, as lideranças intermédias evidenciam uma especial atenção aos primeiros sinais de problemas na aprendizagem e/ou no comportamento dos alunos, quer estes sejam emitidos pelos próprios, pelos encarregados de educação, ou pelos docentes. Os problemas e as dificuldades dos alunos e de alguns docentes são frequentemente detectados pelos directores de turma e as respostas são construídas em articulação com o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, o Núcleo de Apoio Educativo, o Serviço de Psicologia e Orientação e as estruturas de coordenação e supervisão. As respostas aos problemas detectadosconcretizam-se em apoio educativo, assessorias aos alunos e/ou aos docentes e tutorias. Assim, a supervisão é feita de modo indirecto e conta com a participação dos directores de turma que asseguram a operacionalização de estratégias comuns na relação pedagógica, a avaliação intermédia dos projectos curriculares e a comunicação com os encarregados de educação.

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2.3 Diferenciação e apoios

A identificação das crianças/alunos portadores de necessidades educativas especiais de carácter permanente ou de qualquer tipo de dificuldade no seu processo de aprendizagem é assumida pelos docentes titulares de grupo/turma na Educação Pré-escolar e no 1.º ciclo e pelos directores de turma nos 2.º e 3.º ciclos. O Núcleo de Apoio Educativo e o Serviço de Psicologia e Orientação e o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família denotam uma actuação bem articulada e eficaz na referenciação, avaliação e consequente tomada de decisões quanto a medidas de apoio e/ou respectivas adequações curriculares, em consonância com os encarregados de educação. No presente ano lectivo frequentam as escolas do Agrupamento 50 alunos com necessidades educativas especiais e, destes, 8 desenvolvem planos individuais de transição para a vida activa que incluem a aprendizagem em contexto de trabalho.

Nos últimos anos lectivos, a adequação das respostas educativas às dificuldades dos alunos tem passado pela implementação de planos de recuperação, de acompanhamento e de desenvolvimento e pela criação de turmas de percursos curriculares alternativos. Estas turmas têm demonstrado ser uma aposta bem sucedida quando são formadas logo no início do 2.º ciclo. Já a partir do 7.º ano, a resposta que se revela mais ajustada tem sido o encaminhamento para cursos de educação formação, precedida de um trabalho de orientação vocacional em colaboração com as famílias. No prosseguimento de uma política de plena inclusão, o Agrupamento preocupa-se, ainda, em disponibilizaratempadamente apoios aos alunos filhos de imigrantes, principalmente à disciplina de Língua Portuguesa para os que não têm o Português como língua materna. Numa parceria com a associação Civitas, o Agrupamento disponibiliza espaços para aulas nocturnas de Língua Portuguesa a imigrantes adultos.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

A grande diversidade de projectos, clubes, oficinas e actividades de enriquecimento curricular nos domínios desportivo, cultural, social e artístico, em desenvolvimento na escola-sede, algumas com forte impacto na (re)construção da imagem do Agrupamento, (como a Rádio Escolar, o Teatro ou os Cavaquinhos), denotam um forte investimento na formação integral dos alunos e na sua motivação para a aprendizagem. A falta de espaços nas escolas do 1.º ciclo, implicando, para duas, o seu funcionamento em horário duplo, limita a diversidade na oferta de actividades de enriquecimento curricular e inviabiliza a sua frequência por grande número de alunos. Na educação pré-escolar e no 1.º ciclo evidencia-se a realização de algumas actividades de carácter experimental. Na escola-sede, para superar o constrangimento determinado pela sobrelotação de todos os espaços, incluindo os laboratoriais, apenas as turmas do 3.º ciclo de Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas são desdobradas para facilitar a actividade experimental, ao contrário do que acontece no 2.º ciclo. Neste, o grupo disciplinar de Ciências elaborou um inventário das actividades a desenvolver obrigatoriamente, de modo a assegurar que todos os alunos acedam às experiências essenciais.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

O Projecto Educativo do Agrupamento, elaborado para o triénio 2008-2011, foi objecto de alterações no início do corrente ano lectivo, resultante do programa-contrato celebrado com o Ministério da Educação, no âmbito da sua integração no Programa Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP2). No entanto, apesar de se manterem as duas grandes prioridades: construir uma escola de qualidade e ser uma escola para a cidadania, verificou-se o seu aprofundamento pela inclusão do plano de acção TEIP, numa perspectiva de construção de estratégias de resposta às problemáticas já identificadas, agora com novos recursos. A comunidade educativa revelou conhecimento do novo projecto educativo e um bom nível de apropriação das finalidades e impactos esperados. O Projecto Curricular de Agrupamento apresenta o desenho das ofertas formativas, incluindo as componentes curriculares e de enriquecimento, proporciona orientações para a elaboração dos projectos curriculares de grupo/turma e divulga os critérios gerais de avaliação por níveis de educação/ensino. Estes documentos apresentam-se bem articulados entre si e as actividades inscritas no Plano Anual de Actividades explicitam a sua afiliação com as metas do Projecto Educativo. Os projectos curriculares de turma analisados evidenciam uma identificação clara dos problemas e necessidades da turma e a consequente selecção de

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estratégias. Constatou-se a divulgação atempada de todos os documentos de planeamento junto da comunidade educativa.

Os apoios educativos são atribuídos preferencialmente aos docentes do Conselho de Turma e as tutorias aos directores de turma. Estes são escolhidos pela adequação do seu perfil e, sempre que possível, respeitando o principio da continuidade pedagógica. As áreas curriculares transversais vão ao encontro das prioridades enunciadas no Projecto Educativo e são atribuídas, preferencialmente, aos docentes de Língua Portuguesa e de Matemática.

3.2 Gestão dos recursos humanos

Os membros da direcção vêm, já há algum tempo, exercendo cargos de gestão no Agrupamento. Daí decorre um conhecimento efectivo das competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente, em grande parte estável, rentabilizado na atribuição de cargos, responsabilidades e tarefas.

Os docentes e não docentes denotam satisfação com o processo como foram acolhidos aquando da sua integração no Agrupamento. Os assistentes operacionais assumem responsabilidades na consolidação de regras de convivência nos espaços exteriores, envolvem-se no desenvolvimento de projectos de dimensão educativa e em algumas tarefas de recuperação e manutenção dos espaços, equipamentos e materiais expostos a sobrelotação e ao uso intensivo. Os serviços de administrativos estão organizados por áreas funcionais, permitem o atendimento personalizado e a comunidade escolar manifesta-se satisfeita com a qualidade do serviço prestado.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

As instalações da escola-sede são exíguas para a população escolar que servem e, obloco F, para além de ser um edifício antigo, tem características físicas que não estão adequadas à sua actual utilização, encontrando-se em mau estado de conservação e de segurança, situação que é do conhecimento das entidades competentes. Devido à inexistência de pavilhão gimnodesportivo, a prática da Educação Física confina-se aos espaços desportivos descobertos que têm um piso abrasivo, onde ocorrem, anualmente, várias dezenas de acidentes e a dois espaços no bloco F, adaptados a ginásio com deficientes condições. Os espaços laboratoriais são razoáveis mas insuficientes para o elevado número de turmas/alunos. Os espaços exteriores são satisfatórios, mas não facilitam a deslocação de pessoas com mobilidade condicionada. Apesar destas condições, releva o esforço da comunidade escolar no sentido de as manter organizadas e agradáveis e a preocupação de realizar periodicamente vistorias, simulacros e exercícios de evacuação para manter a segurança.

A comunidade educativa tem expectativas de ver melhorada a qualidade dos espaços escolares da escola-sede no âmbito da requalificação do parque escolar em curso. A redefinição da rede escolar, em resultado da possível construção de um novo centro educativo na proximidade da área de influência do Agrupamento, pode atenuar o actual estado de sobrelotação de alguns estabelecimentos, nomeadamente, os do 1.º ciclo.

A gestão dos recursos financeiros apresenta-se coerente com o planeamento das actividades e é submetida à aprovação do Conselho Geral. Evidenciam-se algumas iniciativas tendentes à angariação de receitas, através de candidaturas a projectos e a apoios de empresas, as quais são investidas na melhoria dos recursos educativos.

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

Os encarregados de educação ouvidos manifestaram ter tomado conhecimento dos principais documentos estruturantes da vida do Agrupamento. Reconhecem que os docentes titulares de grupo/turma e os directores de turma flexibilizam os horários de atendimento e, para além de usarem a caderneta do aluno, facilitam a comunicação através de telefone e/ou correio electrónico, de modo a garantir a eficácia da informação. O acompanhamento do percurso escolar dos alunos pelos encarregados de educação, e a sua participação na vida escolar são percepcionados como bons pelos docentes da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, mas insuficientes nos 2.º e 3.º ciclos.

Cada estabelecimento de ensino possui uma associação de pais, situação defendida, pelos pais presentes nos painéis, por permitir uma maior proximidade com os contextos educativos e as suas problemáticas específicas. Todas demonstraram ser colaborativas e empenhadas na concretização de actividades e projectos. O Agrupamento leva a cabo diversas iniciativas tendentes a fomentar a participação e o envolvimento dos pais na vida escolar, como

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palestras e momentos de convívio. As juntas de freguesia e diversas instituições públicas e privadas da comunidade constituem um apoio fundamental para a resolução dos problemas do quotidiano das escolas.

3.5 Equidade e justiça

Os diferentes elementos da comunidade educativa percepcionam que a actuação dos responsáveis do Agrupamento se pauta por critérios de equidade e justiça. A existência de uma política activa de inclusão sócio-escolar manifesta-se no modo atempado como são disponibilizados os apoios educativos aos alunos que em algum momento do seu percurso escolar manifestam problemas de aprendizagem ou de comportamento, no acolhimento integrador disponibilizado aos alunos de etnia cigana, aos filhos de imigrantes e aos mais carenciados para os quais são implementadas medidas de discriminação positiva.

A equidade na distribuição dos horários, no acesso a experiências escolares mais estimulantes e à escola a tempo inteiro encontra-se fortemente comprometida, em consequência da sobrelotação e da carência de espaços específicos em quase todos os estabelecimentos educativos do 1.º ciclo e na escola-sede do Agrupamento.

4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

O projecto educativo exprime a evolução esperada, quantificando algumas metas claras e avaliáveis. A visão de futuro do Agrupamento manifestada pelo órgão de direcção e pelas estruturas intermédias é reforçada pelo assumir do programa TEIP que poderá permitir aprofundar um conjunto de estratégias e acções, nomeadamente na prevenção de situações de indisciplina e no apoio a alunos com problemas de comportamento e/ou aprendizagem, melhorando a imagem da organização.

Nos últimos anos lectivos, para responder às problemáticas específicas dos seus alunos, o Agrupamento adequou a sua oferta educativa, formando turmas de percursos curriculares alternativos, cursos de educação formação no 2.º e 3.º ciclos e alargou a sua acção à formação de adultos através da oferta de cursos de educação formação de nível básico e secundário (escolar e de dupla certificação), aliando a formação e a qualificação profissional e investindo na aproximação dos pais à escola. A comunidade reconhece o trabalho desenvolvido pelo Agrupamento no sentido de proporcionar uma oferta formativa diversificada, uma multiplicidade de actividades de enriquecimento do currículo e de apoios educativos, indo ao encontro da heterogeneidade da sua população escolar e prosseguindo no objectivo de se constituir numa escola inclusiva.

4.2 Motivação e empenho

No âmbito das suas competências, a direcção exerce uma liderança atenta de proximidade com a comunidade escolar e articulada com os restantes órgãos. Incentiva as estruturas de coordenação e supervisão a exercerem com autonomia e responsabilidade as suas funções. O Agrupamento, através da implementação do seu plano de ocupação plena dos tempos escolares, minimiza as situações de absentismo docente. A flexibilidade e a mobilidade no desempenho de funções, apresentadas pelo pessoal não docente, conseguem superar as ausências temporárias e imprevistas do pessoal e assegurar a recuperação/manutenção dos espaços e equipamentos.

O empenho e a motivação dos docentes e não docentes foram consensualmente referidos como uma mais-valia para ultrapassar os constrangimentos decorrentes da falta de espaços de algumas escolas e das condições deficientes de outros, onde se continua a assegurar, para além de aulas, uma diversidade de actividades como: Desporto Escolar, Teatro, Rádio, Ludoteca, Laboratório de Matemática entre outras, garantindo uma oferta motivadora e diversificada e um ambiente educativo qualificado que supera as condições do espaço.

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4.3 Abertura à inovação

O Agrupamento tem procurado abrir-se à inovação, nomeadamente no âmbito das novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Apesar dos constrangimentos físicos de algumas salas de aula, da escola-sede, têm sido instalados equipamentos de projecção de vídeo, quadros interactivos e computadores no âmbito do Plano Tecnológico da Educação. Alguns directores de turma implementaram sistemas de comunicação via e-mail com os Encarregados de Educação. Está em curso a dinamização da construção de e-portfolios pelos alunos e a utilização da Plataforma Moodle do Agrupamento, bem como a criação de um espaço de ciber-dúvidas. O projecto Escola Alerta que tem sensibilizado a comunidade para as questões das dificuldades dos cidadãos portadores de deficiência na utilização do espaço público foi premiado pelo segundo ano consecutivo e a sua apresentação à comunidade teve tradução em linguagem gestual.

4.4 Parcerias, protocolos e projectos

O Agrupamento tem vindo a estabelecer um conjunto de parcerias e protocolos com empresas, instituições de carácter científico e cultural, entidades de vocação social e associações recreativas, Beneficia ainda, da colaboração das juntas de freguesia com destaque para a de S. Victor e da Câmara Municipal de Braga. Os protocolos com empresas locais, têm permitido a formação em contexto de trabalho aos alunos dos cursos de educação e formação e a inserção na vida activa de alguns alunos com necessidades educativas especiais O encaminhamento de alunos para outros percursos formativos tem sido facilitado pelas parcerias com a Escola Secundária de Sá de Miranda e o Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Carlos Amarante. Os protocolos estabelecidos com a Universidade do Minho, a Universidade Católica, a Casa do Professor e as instituições de acolhimento de jovens em risco constituem recursos mobilizados para assegurar o prosseguimento de estudos dos alunos, a formação de pessoal docente e a integração de crianças e adolescentes institucionalizados. A Rádio Escolar articula-se com a Antena Minho, emitindo semanalmente um programa concebido e gravado na escola. A prevenção de dependências levou à criação do projecto Mais atitude em parceria com o Instituto da Droga e da Toxicodependência. A colaboração prestada pelos agentes da Escola Segura é valorizada pelo pessoal docente e não docente que salienta a prontidão de resposta quando situações de emergência o justificam.

O Agrupamento está envolvido em projectos nacionais como o Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano de Acção para a Matemática e, também, em diversos projectos internos e de carácter local, em parceria com as entidades da comunidade, na perspectiva de incrementar o sucesso educativo e a formação integral dos alunos de acordo com as finalidades do seu Projecto Educativo.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento

5.1 Auto-avaliação

O Agrupamento evidencia uma prática sistemática e consolidada de análise dos resultados académicos dos seus alunos. O Observatório Estatístico criado, inicialmente, para monitorizar o percursodos alunos estrangeiros ede etnia cigana que frequentavam o Agrupamento, passou a proceder também ao tratamento estatístico dos resultados da avaliação interna e externa, por anode escolaridade, turma e estabelecimento de ensino. Este trabalho, que tem sido objecto de reflexão no Conselho Pedagógico e nas estruturas intermédias, tem constituído fundamento para os planos de acção implementados. No início do ano lectivo de 2008-2009, foi formada uma Equipa de Avaliação Interna, constituída apenas por docentes, membros do Conselho Pedagógico, que desenvolveu, ao longo do ano lectivo, um processo de auscultação de alunos, docentes e não docentes sobre questões específicas de algumas áreas da organização (cantina, serviços administrativos e necessidades de formação). Contudo, esta Equipa de Avaliação Interna não definiu ainda um enquadramento metodológico para o processo de auto-avaliação, nem elaborou o seu plano de acção. O Relatório de Avaliação Interna foi elaborado em Setembro de 2009, com base nos resultados da auscultação feita aos referidos elementos da comunidade educativa, nos relatórios de avaliação das diversas estruturas de coordenação e supervisão e integrou a análise dos resultados académicos realizada pelo Observatório Estatístico. Contudo, os diferentes intervenientes nos painéis demonstraram desconhecer o conteúdo do Relatório de Avaliação Interna.

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5.2 Sustentabilidade do progresso

O Agrupamento revela um conhecimento informal dos seus pontos fortes, fracos, das oportunidades de melhoria e dos seus constrangimentos. Considera o envolvimento da comunidade escolar, a relação escola-meio e a motivação dos profissionais os seus pontos fortes mais relevantes. Como pontos fracos foram destacados a indisciplina, com prejuízo na aprendizagem dos alunos e a fragilidade do processo de auto-avaliação. A falta de salas de aula e espaços específicos nas EB1 e na escola-sede, bem como o mau estado de conservação em que se encontra o bloco F são sentidos como constrangimentos ao pleno desenvolvimento das actividades educativas. A possível requalificação da escola-sede e o Projecto TEIP são vistos como oportunidades de melhoria do serviço educativo prestado. A motivação e o empenho dos seus profissionais, as ligações à comunidade e a qualidade de parcerias que com ela estabelece, articuladas com o aprofundamento do processo de auto-avaliação, poderão garantir a sustentabilidade do progresso do Agrupamento.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento Dr. Francisco Sanches (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam [o agrupamento/a escola] e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por:

• Pontos fortes – atributos da organização que ajudam a alcançar os seus objectivos;

• Pontos fracos – atributos da organização que prejudicam o cumprimento dos seus objectivos;

• Oportunidades – condições ou possibilidades externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos;

• Constrangimentos – condições ou possibilidades externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

A melhoria dos resultados escolares no 1.º ciclo e a sua consolidação no 2.º e 3.º ciclos, nos últimos dois anos.

A aposta na integração de todos os alunos e as medidas de apoio educativo implementadas.

A diversificação da oferta formativa e das iniciativas de enriquecimento do currículo desenvolvidas nos 2.º e 3.º ciclos, com impacto na motivação e formação integral dos alunos.

A motivação e o empenho do corpo docente e não docente.

A existência de um conjunto diversificado de parcerias activas que contribui para uma maior eficácia na prestação do serviço educativo.

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Pontos fracos

O nível, ainda elevado, de casos de indisciplina dos alunos da escola-sede, em contexto de sala de aula e fora deste.

A ausência de acompanhamento directo sistemático da prática lectiva em sala de aula.

A insuficiente participação dos pais dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos na vida escolar.

A fragilidade do processo de auto-avaliação, ainda pouco estruturado e participado e com reduzido impacto para a elaboração de um plano integrado de melhoria.

Oportunidades

A redefinição da rede escolar com a construção de um novo centro educativo na proximidade da área de influência do Agrupamento e a requalificação das instalações da escola-sede previstas, bem como os recursos decorrentes do Projecto TEIP2, poderão ter um impacto positivo na motivação dos alunos e na melhoria do seu sentido de pertença e, consequentemente, contribuir para a redução dos problemas de indisciplina e a melhoria das condições de aprendizagem.

Constrangimentos

As más condições físicas do Bloco F e a falta de instalações cobertas para a prática da Educação Física, na escola-sede, colocam em causa a qualidade das condições de ensino e aprendizagem e podem ameaçar a segurança dos seus utentes.

Em função do contraditório apresentado pelo Agrupamento, este relatório foi alterado:

• na pág. 6, 5 - Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento (2.ª linha), onde se lia «Este documento ainda não foi divulgado à comunidade educativa» passou a ler-se «Os diferentes intervenientes nos painéis demonstraram desconhecer o conteúdo do Relatório de Avaliação Interna»;

• na pág. 12 , 5.1 - Auto-Avaliação (14.ª linha), onde constava «Este documento final não foi, ainda, objecto de divulgação», passou a constar «Contudo, os diferentes intervenientes nos painéis demonstraram desconhecer o conteúdo do Relatório de Avaliação Interna.»

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