Projeto Mobilizador do EMC-2015
“Instrumentalização e Intensificação do Suporte do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC
ao Processo de Inovação Tecnológica das Empresas Produtoras de Bens de Capital”
InovaBEMC
Projeto/Programa
Proposta em Discussão Documento de Referência
Versão 3.2 de 10/08/2006
Projeto/Programa InovaBEMC
“Instrumentalização e Intensificação do Suporte do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC ao
Processo de Inovação Tecnológica das Empresas Produtoras de Bens de Capital”
Resumo Executivo
Como elemento inerente ao seu Plano Estratégico 2015, o Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC (EMC), propõe este Projeto Mobilizador Institucional, destinado a promover um grande salto de competência em dar suporte à prática da inovação tecnológica nas empresas industriais, particularmente, nas produtoras de Bens de Capital, definida, coerentemente, como uma das opções estratégicas da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do Governo Federal.
Com este projeto de desenvolvimento o EMC instrumentaliza-se com infra-estrutura, procedimentos, tecnologias e capacidade gestora de ações em prol da inovação tecnológica de Bens de Capital, num período de 3 anos, com um investimento de 27,8 milhões de reais, captados junto ao MCT/FINEP/Fundos Setoriais (12,0 MR$) ao MEC/SESU (6,0 MR$), ao Governo do Estado de Santa Catarina/FAPESC (4,8 MR$), às Empresas Parceiras (4,0 MR$), e outras Agências de Fomento (1,0MR$). Este mobilizador projeto formaliza e operacionaliza de imediato o Programa InovaBEMC, que amplia aceleradamente e de forma impactante, o nível de atendimento/suporte às Empresas de Bens de Capital de todo o Brasil.
As credenciais do EMC para assumir esta ação estratégica nacional não vêm apenas de sua reconhecida competência tecnológica em engenharia mecânica, e de sua prática de interagir com o setor industrial, mas também do seu domínio das tecnologias fundamentais para a modernização/inovação de Bens de Capital, que são a mecatrônica e as tecnologias da informação e comunicação, seja pelos grupos do próprio Departamento, dos grupos dos demais Departamentos do Centro Tecnológico da UFSC e das Empresas e Instituições Tecnológicas do Pólo Tecnológico da Grande Florianópolis.
Pela sua singularidade no campo da relação Universidade – Empresa com promoção da inovação tecnológica, pelo alinhamento com as estratégias nacionais da PITCE e da formação de engenheiros, o InovaBEMC, tem as credenciais para ser um destaque no processo de financiamento e ser enquadrado como um piloto de possíveis e necessários outros projetos semelhantes no Brasil.
Projeto/Programa Mobilizador do EMC-2015
InovaBEMC
SUMÁRIO
1 CONCEPÇÃO DA AÇÃO PROGRAMÁTICA 1
1.1 Evolução e Importância da Indústria de Bens de Capital 1 1.2 Elevar Grau de Inovação Tecnológica dos Bens de Capital Brasileiros 2 1.3 Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC propõe Fortalecer
sua Ação de suporte às Empresas de Bens de Capital 3
2 CREDENCIAIS DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA 6
2.1 Credenciais que vêm do passado 6
2.2 Credenciais do presente e do futuro 7 3 PARCERIAIS COM EMPRESAS PRODUTORAS DE BENS DE CAPITAL 12
3.1 Caracterização do Setor/Produto de Bens de Capital 12 3.2 Demandas de Tecnologias Avançadas para Inovar em Bens
de Capital
12
3.3 Empresas Fabricantes de Bens de Capital que já interagem com o EMC
14
4 O PROJETO DE INSTRUMENTALIZAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DO SUPORTE CIENTÍFICO, TECNOLÓGICO E DE INOVAÇÃO ÀS EMPRESAS DE BENS DE CAPITAL
19
4.1 Contexto da Proposição 19 4.2 Características do Projeto Pleiteado 20 4.3 Macroações do Projeto InovaBEMC 21
5 CRONOGRAMA E FINANCIAMENTO DO PROJETO 29
5.1 Macrocronograma Físico – Financeiro do Projeto InovaBEMC 29 5.2 Financiamento do Projeto InovaBEMC 30 5.3 Contrapartidas Operacionais da UFSC 32 5.4 Sustentabilidade do Programa InovaBEMC 32
6 GESTÃO DO PROJETO/PROGRAMA InovaBEMC 34
7 RESULTADOS ALMEJADOS DO PROJETO E SEUS IMPACTOS 36 8 FONTES DE INFORMAÇÃO PARA BALIZAMENTO DESTE PROJETO 38
1
CONCEPÇÃO DA AÇÃO PROGRAMÁTICA
O Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC estabeleceu em 2005, a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas e desenvolvimentos e a prática da assistência técnico- científica às empresas, voltadas para a promoção da inovação tecnológica nas Empresas, como diretrizes centrais de seu Plano Estratégico de Desenvolvimento nos próximos 10 anos, o denominado EMC 2015. Na formulação da presente proposta de Projeto Institucional Mobilizador, o foco recai na intensificação do apoio à inovação tecnológica no setor de bens de capital, por ter este segmento industrial a engenharia mecânica como elemento central de produtos e processos e por constituir-se numa das quatro opções estratégicas da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), do Brasil, estabelecida em 2004.
Este Projeto instrumentaliza o EMC para ter uma atuação bastante ampliada e sistêmica junto ao setor empresarial de Bens de Capital, na forma de um Programa perene, denominado InovaBEMC.
1.1 Evolução e Importância da Indústria de Bens de Capital
Os Bens de Capital, representados aqui particularmente pelas máquinas, equipamentos e instrumentos utilizados nas atividades de produção, constituem-se no esteio dos diversos setores produtivos e, por conseqüência, do processo de desenvolvimento econômico e social do País. Este fato fez com que o Governo Federal elegesse os Bens de Capital como opção estratégica da PITCE.
O Brasil em função de seu mercado, sua situação geográfica e
outras peculiaridades, desenvolveu um respeitável parque fabril e
elevada competência em Bens de Capital. Este segmento
empresarial sofreu um grande choque com a repentina e
desordenada abertura do mercado em 1990, implicando em
uma drástica redução das atividades no segmento. Mais
recentemente, após uma gradativa recuperação, o setor
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Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
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enfrenta um novo choque ao desenvolvimento, representado pela competitividade mundial, particularmente de países asiáticos, que, além das facilidades laborais e fiscais, têm sabido fazer rápido uso das tecnologias avançadas de produto e processos.
Observa-se uma oferta, no mercado internacional, de soluções de máquinas, equipamentos e instrumentos, gradativamente, mais atrativos e, por outro lado, uma forte desnacionalização dos produtos brasileiros, decorrente do crescente uso de componentes/partes importadas.
Assegurar a competitividade nacional em Bens de Capital é duplamente estratégico. Primeiro por tratar-se de produtos com alto valor agregado e intensa geração de emprego e renda, sendo bastante demandados pelo mercado mundial. Segundo, pelo fato de ser chave para a modernização de todos os setores econômicos. A busca desta competitividade passa por questões tributárias, creditícias e laborais, mas também exige uma intensa agregação de conhecimento e tecnologia constituindo inovações.
1.2 Elevar Grau de Inovação Tecnológica dos Bens de Capital Brasileiros
As empresas brasileiras de Bens de Capital, certamente mais do que a de outros setores empresariais, continuamente fazem melhorias incrementais nos seus produtos e processos, bem como desenvolvem novas ações que hoje se designa como sendo o processo de inovação tecnológica. No entanto este processo não acontece num nível de intensidade suficiente. Não contempla, em geral, a inserção de tecnologias avançadas (de materiais, de projetos, de processos, de mecatrônica, de micro e nanotecnologias, de software, de telecomunicações, etc.) e não se dá de forma sistêmica, com um gerenciamento estratégico, implícito na denominada gestão da inovação. Associar estas competências à sua atual capacidade de Projeto de Produtos e Processos é o grande desafio das Empresas de Bens de Capital no Brasil.
Como está sintetizado na figura 1.1, ao lado da prática do
tradicional e otimizado processo produtivo, a empresa, para ser
qualificada de inovadora, precisa praticar plenamente o
processo de inovação tecnológica, que compreende um grande número de ações sistêmicas de transformação de uma idéia/invento/oportunidade em um produto de sucesso no mercado nacional/internacional, fazendo a devida inserção de conhecimentos/tecnologias avançadas.
Para isto são primordiais a capacidade de gestão e a existência de todas as competências tecnológicas de geração do produto/processo (Fig. 1.1). O domínio de todas as competências é inviável/contraproducente mesmo para as maiores empresas mundiais, de forma que a cooperação tecnológica com utras
empresas (fornecedores, escritórios de engenharia
Fig. 1.1 - Instalação do Processo de Inovação Tecnológica ao lado do
tradicional Processo Produtivo.
engenharia, etc.) e com Instituições de Ciência, Tecnologia e
Inovação (Universidades, Centros de Pesquisa, Centros
Tecnológicos, Centros de Referência em Inovação, etc.), é a
solução para assegurar dinamismo e economicidade, seja para
as grandes, médias e, particularmente, para as pequenas
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empresas de qualquer natureza, mas sua multiplicidade de componentes/ tecnologias envolvidas.
1.3 Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC propõe Fortalecer sua Ação de Suporte às Empresas de Bens de Capital
Tendo como objetivo maior o suporte às empresas na implementação/prática de seu Processo de Inovação Tecnológica e na imprescindível capacitação das empresas nas tecnologias-chave de seus produtos e processos, o Departamento, fundamentado nas diretrizes de seu Plano Estratégico EMC-2015, posiciona-se como parceiro das empresas de bens de capital, como está explicitado na figura 1.2.
É certo que, para desenvolver um eficaz e ágil processo de inovação tecnológica, a indústria precisará apelar para a parceria-cooperação com outras empresas de base tecnológica e com um conjunto de ICTIs. Aqui o EMC, que hoje já é parceiro de muitas empresas, posiciona-se para ser um fundamental parceiro de muitas empresas brasileiras. Em particular, como conseqüência do novo direcionamento que está dando a suas missões de ensino, pesquisa e extensão, o Departamento está se comprometendo, primordialmente, a oferecer suporte aos processos de inovação tecnológica das empresas.
O EMC, guardadas suas peculiaridades de órgão universitário,
apoiará, pontualmente, as empresas em suas demandas de
forma direta, mas também proporcionará um apoio indireto na
medida em que dará suporte à capacitação de outras ICTIs na
sua tarefa de suporte às empresas de bens de capital, e, por
outro lado, o EMC atuará fortemente no desenvolvimento de
Empresas de Base Tecnológica, estratégicas para a
modernização empresarial.
O EMC deve, com este Projeto/Programa InovaBEMC, intensificar fortemente as três vertentes de atuação junto às Empresas produtoras de Bens de Capital:
Fig. 1.2 - Posicionamento do EMC no Processo de Cooperação para Inovação
a) Capacitação de talentos para a inovação tecnológica. Seja na atualização científica/tecnológica/gerencial de profissionais atuantes nas empresas, seja na formação de novos talentos em nível de graduação e pós-graduação, com um preparo específico para atuação em processos de inovação tecnológica.
b) Fornecimento de tecnologias avançadas para compor/produzir a inovação tecnológica. O desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas avançadas, autonomamente ou como projetos cooperativos competitivos das empresas de bens de capital, proporcionará inventos, tecnologias, soluções, etc., que serão transferidos para a geração de valor no setor.
c) Prestação de consultorias/assessorias/serviços tecnológicos
diferenciados para a inovação tecnológica. Professores-
Pesquisadores do EMC intensificarão sua ação de consultoria
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- assessoramento – orientação das equipes técnico/científicas
das Empresas, nos seus projetos de inovação de processos e
produtos. Por outro lado, disponibilizará suas instalações
laboratoriais, equipadas com instrumentos/sistemas
sofisticados, para a realização de experimentos/serviços
diferenciados para a inovação tecnológica.
2
CREDENCIAIS DO EMC
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DA UFSC
As credenciais para o EMC propor e executar o Projeto Institucional Mobilizador InovaBEMC vêm de um passado atuante, com destaque nacional em resultados tecnológicos para o setor, bem como, do já tradicional e efetivo relacionamento com o setor empresarial. Por outro lado, o Departamento credencia-se pelos arrojados objetivos do Plano Estratégico EMC-2015, que têm como diretriz básica o suporte ao processo de inovação tecnológica e uma expressiva intensificação dos resultados de sua atuação.
2.1 Credenciais que vêm do passado
Ao longo dos seus 44 anos de existência (1962/2006), a Engenharia Mecânica da UFSC se tornou, no Brasil, uma referência no ensino, na pesquisa e na extensão universitária.
Estabeleceu uma ampla rede de relacionamentos em nível nacional e internacional, tanto com o sistema universitário quanto
Fig. 2.1 - Vista parcial dos Prédios em que o EMC
opera no Campus da UFSC.
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com órgãos de fomento, empresas da iniciativa privada e do setor estatal. O EMC nucleou o Centro Tecnológico da UFSC, em cujo Campus (Fig. 2.1) opera em cinco edificações abrigando grande número de laboratórios de ensino e pesquisa.
Há vários fatores importantes que contribuíram para este sucesso, dentre os quais destacam-se:
•
a visão estratégica na qualificação de seu corpo de professores/pesquisadores em centros de excelência no exterior e no Brasil;
•
a conexão entre o ensino e a pesquisa, seja em nível de graduação como de pós-graduação;
•
currículos com propostas diferenciadas, com estágios obrigatórios em regime de longa duração nas empresas;
•
a forte relação de parceria e desenvolvimento conjunto de projetos com empresas privadas e estatais;
•
o permanente empenho para montagem de infra- estrutura física e de laboratórios adequados ao ensino e à pesquisa.
Com esses ingredientes construiu-se uma base sólida em recursos humanos e infra-estrutura física, que ao longo de 4,5 décadas tem contribuído de forma decisiva para o desenvolvimento catarinense e brasileiro, fato este que pode ser comprovado pelo número de profissionais, altamente qualificados, colocados no mercado de trabalho. Em seus dois cursos de graduação:
Engenharia Mecânica e Engenharia de Materiais e nos três programas de pós-graduação: Engenharia Mecânica;
Engenharia & Ciência dos Materiais e Metrologia Científica e Industrial, o EMC formou:
2.265 Engenheiros 880 Mestres 235 Doutores
Esses profissionais têm propiciado importante contribuição no desenvolvimento tecnológico das empresas no País, bem como no sistema universitário brasileiro, notadamente na Engenharia Mecânica.
2.2 Credenciais do presente e do futuro
O EMC é o Departamento de maior porte (Fig. 2.2) do Centro
Tecnológico (CTC) da UFSC e mantém estreitas relações com os
demais oito Departamentos que constituem o CTC, particularmente com os Departamentos de Engenharia de Automação e Controle, Elétrica e de Produção e Sistemas.
A atual conjuntura e as demandas identificadas em várias ações dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Educação e por outros segmentos importantes do País, têm apontado para uma urgente modernização do ensino de engenharia, bem como, para a necessidade de ampliação do número de profissionais e da qualificação desses profissionais para a prática da inovação tecnológica.
Essas demandas por engenheiros bem qualificados e as necessárias mudanças no currículo/perfil dos profissionais de engenharia mecânica, também mapeadas pela Universidade, se tornaram os principais balizadores do denominado “Plano EMC- 2015 – Plano Estratégico de Desenvolvimento do Departamento de Engenharia Mecânica (EMC) da Universidade Federal de
Fig. 2.2 - Aspectos do Porte do Atual do Departamento de
Engenharia Mecânica da UFSC
.Santa Catarina”.
O referido Plano, formalmente aprovado e posto em prática em 2005, apresenta a seguinte visão de futuro, num horizonte de 10 anos:
VISÃO DE FUTURO EMC 2015
A Engenharia Mecânica da UFSC será um pólo de excelência em ensino, pesquisa e extensão universitária, formando os profissionais
competentes e empreendedores mais disputados no mercado e gerando conhecimentos avançados demandados por setores
produtivos estratégicos e por grandes projetos nacionais.
Tendo como referência as competências internas do Departamento de Engenharia Mecânica (EMC) e as demandas estratégicas do País, o Plano prevê uma ação sistêmica no ensino – pesquisa – extensão, em 4 grandes áreas de atuação, (Fig. 2.3):
•
Sistemas Energéticos Eficientes (SEE);
•
Materiais de Elevado Desempenho (MED);
•
Produtos e Sistemas de Elevado Conteúdo Tecnológico (PCT);
•
Processos e Sistemas Produtivos Avançados (PPA).
A Visão EMC 2015 resulta das três missões a seguir apresentadas, respectivamente, para o ensino (1), a pesquisa (2) e a extensão
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10 Fig. 2.3 - Fortalecimento Sistêmico das Competências produzindo Recursos
Humanos Qualificados, Conhecimentos, Tecnologias e
Serviços
i li d
MISSÃO 1 – ENSINO
Formar os engenheiros, mestres e doutores, mais competentes e empreendedores, para promover soluções e inovações
tecnológicas nas empresas, órgãos de governo, centros de P&D e nas universidades.
Na missão ensino prevê-se trabalhar em duas dimensões principais, que são: (a) qualidade dos profissionais, engenheiros, mestres e doutores; (b) quantidade, atingindo progressivamente 210 engenheiros/ano; 120 mestres/ano e 75 doutores/ano em 2015 (Fig. 2.4).
MISSÃO 2 – PESQUISA
Desenvolver relevantes trabalhos de pesquisa científica e tecnológica, gerando conhecimentos estratégicos e novas
ferramentas de engenharia com grande impacto no desenvolvimento brasileiro.
Na missão pesquisa considera-se essencial estabelecer um conjunto sistêmico de áreas de pesquisa tendo em vista as atuais e futuras demandas nacionais; intensificar a participação em projetos cooperativos com instituições e empresas; envolver todos os alunos de graduação e pós-graduação nos projetos de pesquisa; atrair pesquisadores nacionais e internacionais para integrar e cooperar com projetos avançados; estabelecer uma
Fig. 2.4 – Formação de Profissionais Promotores de Soluções e
Inovações Tecnológicas
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política de propriedade intelectual e promover intensa disseminação nacional de conhecimentos.
MISSÃO 3 – EXTENSÃO
Com base nos conhecimentos/ferramentas geradas no EMC e utilizando a infra-estrutura disponível, oferecer contribuições tecnológicas avançadas e inovadoras, proporcionando soluções
para desafios de empresas, de órgãos governamentais e da sociedade em geral.
A extensão universitária ocorre de diferentes formas, quais sejam:
desenvolvimentos específicos, consultoria, assessoria;
treinamentos; serviços laboratoriais e laudos. Assim como na pesquisa, a extensão também deverá envolver alunos de graduação e pós-graduação na medida em que esta atuação possa contribuir para a formação do futuro profissional.
Considera-se que a Gestão Institucional do Departamento é
fundamental para que o plano estratégico possa alcançar os
seus objetivos no ensino, na pesquisa e na extensão. No que
tange à gestão, uma série de ações foram previstas no “Plano
EMC-2015” e algumas delas já foram colocadas em prática. A
estruturação deste Projeto Institucional Mobilizador, que
promoverá a viabilização do Programa InovaBEMC, enquadra-se
plenamente às diretrizes do Plano EMC-2015.
3
PARCERIAS COM EMPRESAS PRODUTORAS DE BENS DE CAPITAL
Os Bens de Capital, caracterizados prioritariamente, como bens de produção na forma de máquinas, equipamentos e instrumentos são, em primeira mão, resultantes de soluções de engenharia mecânica, as quais têm de ser, progressivamente, mais integradas com as engenharias de materiais, elétrica, eletrônica, química e outras. Muitas são as empresas de Bens de Capital que já vêm interagindo com o EMC, particularmente na busca de talentos e soluções tecnológicas avançadas. Tendo como balizador seu Plano EMC-2015, propõe-se com este Projeto/Programa ampliar o suporte a esse estratégico setor da economia nacional e promover um desenvolvimento importante com muitos produtos inovadores.
3.1 Caracterização do Setor/Produtos de Bens de Capital
Com o propósito de delinear o foco prioritário de atendimento do Programa InovaBEMC, buscou-se a caracterização do setor de Bens de Capital dada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – ABIMAQ, em suas 25 câmaras setoriais, relacionadas na figura 3.1.
3.2 Demandas de Tecnologias Avançadas para Inovar em Bens de Capital
Cada Empresa, para assegurar a competitividade (preço, qualidade e singularidade/inovação), tem de desenvolver seu Processo de Inovação Tecnológica, o que exige competência em gestão da inovação, bem como engloba atividades de estudo, pesquisa e desenvolvimento, particularmente, nas tecnologias-chave de seu produto/processo. Para alcançar este domínio tecnológico, as empresas têm ressaltadas demandas tecnológicas avançadas como:
- Materiais de alto desempenho;
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- Automação pneumática, hidráulica, elétrica, com
tecnologias da informação e comunicação;
Câmaras Setoriais da ABIMAQ
CSAG - AR COMPRIMIDO E GASES CSBM – BOMBAS E MOTOBOMBAS
CSCM - EQUIPAMENTOS PARA CIMENTO E MINERAÇÃO CSEI - EQUIPAMENTOS DE IRRIGAÇÃO
CSEMP - EMPILHADEIRAS
CSEN - EQUIPAMENTOS NAVAIS E DE OFFSHORE CSFEI - FORNOS E ESTUFAS INDUSTRIAIS
CSFM - FERRAMENTARIAS E MODELAÇÕES CSGIN - EQUIPAMENTOS PARA GINÁSTICA
CSHPA - HIDRÁULICA, PNEUMÁTICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL CSMAIP - MÁQUINAS E ACESSÓRIOS PARA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO CSMAT - MÁQUINAS E ACESSÓRIOS TÊXTEIS
CSMEG - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS GRÁFICOS CSMEM - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA MADEIRA CSMF - MÁQUINAS-FERRAMENTA
CSMIA - MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
CSMIAFRI - ALIMENTÍCIA, FARMACÊUTICA E REFRIGERAÇÃO CSMR - MÁQUINAS RODOVIÁRIAS
CSPEP - PROJETOS E EQUIPAMENTOS PESADOS
CSQI - MÁQS.EQ.INST.P/CONTROLE QUALIDADE,ENSAIO E MEDIÇÃO CSTM - TRANSMISSÃO MECÂNICA
CSVI - VÁLVULAS INDUSTRIAIS
GTCIVIL – EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL GTFF – FABRICANTE DE FERRAMENTAS
Fig. 3.1 - As 25 Câmaras Setoriais da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
- Mecatrônica para sistemas de controle e manipulação;
- Ciências térmicas para geração e redução de perdas de energia;
- Procedimentos computacionais de cálculo e simulação de componentes/produtos/processos;
- Instrumentação e Metrologia, embarcada e nos processos de desenvolvimento e produção;
- Micro e Nanotecnologias para miniaturização e desempenho de funções especiais.
3.3 Empresas fabricantes de Bens de Capital que já interagem com o EMC
Particularmente no que tange ao desenvolvimento de tecnologias-chave, o EMC, ao longo de seus 44 anos de atuação, desenvolveu muitos projetos de P&D de interesse específico das empresas de bens de capital. Com o propósito de demonstrar e exemplificar a atuação do EMC, relacionam-se, nos vários quadros da figura 3.2, aspectos de parcerias nos últimos anos, caracterizando a contribuição típica.
Com o direcionamento estratégico de acrescentar à formação
dos graduandos e pós-graduandos, conhecimentos e práticas de
gestão da inovação, de adotar como temas de pesquisa
tecnológica demandas por empresa ou grupo de empresas, de
ampliar sua infra-estrutura laboratorial para demandas
específicas do setor de Bens de Capital, a atuação do EMC
deverá expandir-se intensivamente, não só na sua tradicional
região de influência, mas sim, em todo o País, pois a proposta é
de ser um centro nacional de suporte à inovação tecnológica em
Bens de Capital.
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Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
16 Empresa de
Bens de Capital
Localização cidade/UF
Linha de Produtos
Contribuição Típica
AGRALE Caxias do
Sul/RS Equipamentos
Agrícolas Simulação e ensaios dinâmicos ALBRECHT Joinville/SC Máquinas
Têxteis Reprojeto de componentes para máquinas têxteis
AUTOMATISA Florianópolis/SC Máquinas de
Corte a Laser Tecnologias de Comando e Acionamento BOSCH
REXROTH Pomerode/SC Sistemas hidráulicos
1) Modelagem e análise de componentes e sistemas hidráulicos para aplicações móbil e industrial.
2) Desenvolvimento de equipamentos para ensino e engenharia em pneumática e hidráulica
3) Pesquisa voltada ao projeto de componentes hidráulicos
CAMARGO
CORREA Curitiba/PR Acionamentos Programa de melhorias para o acionamento mecânico
CAMOZZI DO
BRASIL Campinas/SP Sistemas
pneumáticos Desenvolvimento de equipamento para ensino de dimensionamento de sistemas pneumáticos
DHB -
COMPONENTES Porto Alegre/RS Sistema de direção veicular
1) Características vibro-acústicas de sistema de direção veicular
2) Estudo de Vibrações em Componentes do Sistema de Direção Hidráulica
DOUAT Joinville/SC Compressores
De Ar Simulação de Desempenho de
compressores DOVER/METAL
WORK São
Leopoldo/RS Sistemas
pneumáticos Ensaios de fadiga em cilindros pneumáticos
EMBRACO Joinville/SC Soluções em
refrigeração
1) Consumo de Energia em Componentes e Sistemas de Refrigeração;
3) Projetos de desenvolvimento de materiais especiais.
4) Comportamento mecânico e tribológico de materiais
EMBRAER São José dos
Campos/SP Aviões 1) Pesquisas voltadas para conforto vibro- acústico internos e ruído externo;
2) Desenvolvimento de um módulo numérico para previsão da formação de gelo em perfis aerodinâmicos
Fig. 3.2 - Exemplos de parcerias do EMC com Empresas de Bens
de Capital e contribuição típica desenvolvida.
Empresa de Bens de
Capital
Localização cidade/UF
Linha de Produtos
Contribuição Típica
EXATA
ENGENHARIA Criciúma/SC Sistemas de
combustão Soluções de automação para queima de gás natural
FESER Caçador/SC Máquinas
Ferramenta
Assessoria Técnica em componentes e sistemas na área de máquinas ferramentas
FISCHER Brusque / SC Formos Melhorias no desempenho térmico de fornos elétricos
FRAS-LE Caxias do Sul/RS Sistema de freio veicular
1) Redução de ruído de freio
2) Acompanhamento de temas de linhas de pesquisa na área de materiais de fricção
GTS Lages/SC Máquinas
Agrícolas Componentes de máquinas agrícolas INDUSTRIAL
CONVENTOS Criciúma /SC Prensas
industriais Análise de tensões em estruturas de prensas
INTECNIAL Erechim/RS Trocadores de
Calor Soluções com termossifões para refinaria de petróleo
KNOWLEDGE ENGª
SISTEMAS HIDRAULICOS
Florianópolis/SC
Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos
Desenvolvimento e customização de sistemas especialistas para a hidráulica e pneumática
KOHLBACH Jaraguá do Sul/SC Motores Desenvolvimento de sistemas de refrigeração de motores elétricos
KRIEGER
METALÚRGICA Blumenau/SC
Sistemas de condicionamento de ar e transporte pneumático
Ensaios de dutos de sistemas de condicionamento de ar
KVA Recife / PE Fornos de
padarias Fornos de cocção de pães utilizando tecnologia de termossifões
LUPATECH Caxias do Sul/RS Válvulas Industriais.
Processo de Tratamento com Plasma
1) Desenvolvimento de processamento de materiais via moldagem de pós por injeção (MIM) e componentes;
2) Desenvolvimento de novas ligas para a injeção de pós;
3) Desenvolvimento do processo PADS (Plasma Assisted debinding and Sintering)
Fig. 3.2 – Continuação Exemplos de Parcerias
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18 Empresa de
Bens de Capital
Localização cidade/UF
Linha de Produtos
Contribuição Típica
MAQPOL Blumenau/SC Fornos e estufas
industriais Fornos industriais de esteiras e para cocção de pães utilizando tecnologia de termossifões
MEDAL
METALÚRGICA DALLA LANA
Luzerna/SC Bombas hidráulicas e Turbinas
1) Desenvolvimento de componentes hidráulicos para máquinas agrícolas e reguladores de velocidade
2) Desenvolvimento de Equipamentos Hidráulicos para Turbinas Hidrelétricas MITUTOYO São Paulo /SP Instrumentos de
medição Análise de rigidez e tensões em máquinas de medir
MULTIBRAS Joinville / SC Equipamento Aquecimento e Refrigeração
Fornos assistidos pela tecnologia de termossifões
PETROBRÁS Rio de Janeiro /
RJ Equipamento
para exploração de Petróleo
Desenvolvimento de equipamentos com a tecnologia de tubos de calor e termossifões
PHOTONITA Florianópolis/SC Instrumentos Ópticos de Medição
Desenvolvimento do produtos na área de medidores de tensão, deformação microgeométricas
PROAR
EQUIPAMENTOS PNEUMÁTICOS
Campo
Bom/RS Sistemas
pneumáticos Determinação da vazão em válvulas direcionais
PROCOMP Manaus/AM Equipamento de automação bancária
Cálculo de Mecanismos Mecatrônicos
REIVAX
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Florianópolis/S C
Reguladores de velocidade e de tensão para geração de energia elétrica
1) Desenvolvimento de componentes e sistemas hidráulicos e pneumáticos integrando processamento digital.
2) Aplicação na geração de energia elétrica
RENAULT DO BRASIL
São José dos
Pinhais / PR Motores
automotivos Desenvolvimento de tecnologia de fabricação de elementos de motores ROBERT BOSCH Curitiba / PR Bombas injetoras
e bicos injetores para motores Diesel
Desenvolvimento de tecnologia de fabricação de elementos de bombas injetoras e bicos injetores.
Fig. 3.2 – Continuação Exemplos de Parcerias .
Empresa de Bens de
Capital
Localização cidade/UF
Linha de Produtos
Contribuição Típica
SCHULTZ Joinville/SC Compressores
Industriais Componentes e sistemas TMT - MOTOCO
DO BRASIL Campo
Largo/PR Tratores Avaliação de ruído de tratores
VOITH SIEMENS São Paulo/SP Hidro geradores Critérios de projeto e validação de análise
WEG Jaraguá do
Sul/SC Motores Elétricos 1) Formação de profissionais altamente qualificados no projeto de sistemas mecânicos 2) Desenvolvimento de tecnologia de fabricação de motores elétricos.
3) Desenvolvimento de materiais magnéticos
ZEMA ZSELICS São Bernardo
do Campo / SP Máquinas- ferramentas / retificadoras
Aprimoramento de tecnologias de retificação em altas velocidades ZUCCO
EQUIPAMENTOS CERÂMICOS
Brusque/SC Fornos e
secadores Projeto e simulação de desempenho de forno e secador cerâmicos
Fig. 3.2 – Continuação Exemplos de Parcerias
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4
O PROJETO DE INSTRUMENTALIZAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DO SUPORTE CIENTÍFICO, TECNOLÓGICO E DE INOVAÇÃO ÀS
EMPRESAS DE BENS DE CAPITAL
Estabelecem-se, neste capítulo, o contexto, as diretrizes e as macro-ações que balizarão a formulação do projeto detalhado, sua implementação e seus resultados, particularmente a forma como o Programa InovaBEMC, que dará continuidade ao processo de assistência às empresas ao longo dos anos, irá operar com sustentabilidade.
4.1 Contexto da Proposição
A implementação deste Projeto/Programa tem como pano de fundo o desenvolvimento do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, segundo seu Plano Estratégico EMC-2015, que preconiza, destacadamente, uma adequação dos currículos e uma atuação em P&D voltadas para a inovação tecnológica, bem como, uma expansão considerável das atividades, particularmente, com o envolvimento do setor empresarial.
O InovaBEMC caracteriza-se como um Projeto/Programa Institucional Mobilizador Institucional pois envolve todos os Grupos/Laboratórios das 4 grandes áreas de atuação do EMC (Fig. 2.3).
O Projeto/Programa está alinhado com as prioridades nacionais, explicitadas como uma das opções estratégicas da PITCE, e com orientações de enfoque no desenvolvimento da engenharia nacional, estabelecidos em estudos e programas preconizados pela CNI, CAPES, FINEP, ABIMAQ, IEL, ABDI e outras entidades imbuídas do desenvolvimento empresarial, econômico e social do Brasil.
O InovaBEMC tem como ponto de partida uma vasta experiência
e continuada atuação do EMC no campo de Bens de Capital,
cuja expressão econômica no contexto atual equivale a 40 % das
atividades do EMC em prol da indústria.
4.2 Características do Projeto pleiteado
O projeto tem como meta finalística ampliar e intensificar o suporte à implantação/desenvolvimento dos Processos de Inovação Tecnológica nas Empresas de Bens de Capital, não só pelo fornecimento de recursos humanos capacitados, criativos e empreendedores, mas também por posicionar o EMC como viabilizador de pesquisas, desenvolvimentos e serviços especializados fundamentais nos processos de inovação (Fig. 1.1 e 1.2).
O Projeto tem como diretrizes: ampliar a intensidade das atividades científicas e de formação de profissionais/pesquisadores de interesse do setor de Bens de Capital, bem como incrementar, significativamente, as ações de desenvolvimento tecnológico e promover um grande salto de competência no suporte à inovação tecnológica. Corresponderá assim às necessidades efetivas do setor empresarial para promover o desenvolvimento industrial, econômico, social e ambiental do Brasil, atendendo aos interesses maiores da sociedade brasileira.
O foco das ações estruturantes do projeto/programa InovaBEMC, serão continuamente balizados pelas demandas técnico- científicas dos modernos e inovadores Bens de Capital, informação esta captada/monitorada:
•
pelos próprios grupos de pesquisa/laboratórios do EMC, que hoje já atuam destacadamente nos temas técnico- científicos e com inúmeras empresas do setor (Fig. 3.2);
•
pelo Núcleo de Interação com Parceiros do EMC, que terá como uma das primeiras ações no contexto do projeto, realizar estudos prospectivos para identificação das demandas efetivas para implementação do processo de inovação tecnológica em empresas de Bens de Capital, bem como, de realizar estudos do mercado mundial, em parceria com entidades especializadas, para identificação das melhores oportunidades de negócio (nichos) para a indústria nacional.
•
pelo desenvolvimento de alguns projetos
cooperativos/modelo/âncora, identificados pelo NIP,
como sendo marcantes para o desenvolvimento exemplar
de Bens de Capital para o mercado mundial.
__________________________________________________________________________________________________________
Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
22
As atividades e investimentos do Projeto são estruturantes para a pretendida intensificação do atendimento às empresas, prevendo portanto o desenvolvimento de metodologias apropriadas de gestão, de melhoria das condições de treinamento de profissionais, de avanços e complementações de competências em tecnologias- chave no campo de Bens de Capital, de infra-estrutura laboratorial e da expansão do espaço físico, para abrigar uma significativa expansão de atividades de pesquisa e extensão resultantes do contexto a ser gerado pelo Programa InovaBEMC.
A viabilização financeira do Projeto prevê um conjunto de agentes do Governo Federal, Estadual e iniciativa privada, cujos aportes devem ser sincronizados para que em 3 anos se concretize esta ação de impacto nacional, como preconizadas na PITCE.
Esta mobilização de um departamento universitário em prol de sua reestruturação e expressiva ampliação de intensidade, qualidade e produtividade de suas ações em prol da sociedade, representadas pelo Plano Estratégico EMC-2015 é pelo Projeto Institucional Mobilizador InovaBEMC, e pioneira na UFSC e possivelmente no contexto universitário brasileiro. Entende-se que uma ação estruturada como neste caso proposto, possa servir como um Projeto Piloto Nacional, a ser replicado em muitas outras Universidades com foco em distintas áreas estratégicas nacionais/regionais.
4.3 Macroações do Projeto InovaBEMC
A efetivação dos objetivos do Projeto para a consolidação do Programa, será conseqüência da realização sincronizada das cinco Macro-ações, resumidas na seqüência.
4.3.1 Estruturação do “Núcleo de Interação com Parceiros – NIP”
O Núcleo de Interação com Parceiros – NIP, terá a função
primordial de coordenar o relacionamento entre os parceiros
externos e os grupos de pesquisa e laboratórios do EMC, visando
orientar um conjunto de atividades essenciais para o êxito dos
objetivos do Programa InovaBEMC, constantes de:
•
ser o portal físico-eletrônico primeiro para as Empresas que buscam informações/interação/ soluções junto ao EMC, mantendo disponível e atualizado um amplo e didático portfólio de encaminhamento de soluções;
•
promover, em parceria com o IEL-SC e a ABIMAQ, ações pró-ativas junto aos setores empresariais de bens de capital, para implementação da cultura e da competência em inovação tecnológica, juntamente com a identificação de possíveis projetos tecnológicos cooperativos;
•
realizar em conjunto com entidades especializadas estudos prospectivos e de mercado, visando a identificação de nichos de negócio no mercado mundial e as respectivas necessidades técnico- científicas para conquista das oportunidades;
•
orientar e dar suporte à elaboração de propostas de suporte à inovação, com ou sem envolvimento de financiamento de parte de agências de fomento (FINEP, FAPESC, CNPq, internacionais e outros);
•
acompanhar e dar suporte de gestão a projetos de cooperação tecnológica estabelecidos, visando assegurar o alcance de objetivos e cronogramas estabelecidos;
•
orientar os parceiros para aspectos de propriedade intelectual e de direitos de transferência de tecnologia, visando soluções seguras em um contexto “ganha- ganha”;
•
estabelecer um grupo de empresas de base tecnológica, de outras instituições de ciência, tecnologia e inovação do País e exterior e de outras células de competência da UFSC, como entidades associadas na busca de soluções para as empresas de bens de capital.
•
apoiar empreendedores e novos empreendimentos no desenvolvimento de seus novos negócios em favor do desenvolvimento do setor de Bens de Capital no Brasil.
As atividades do NIP, associadas ao Projeto/Programa
InovaBEMC, serão operacionalizadas progressivamente com o
__________________________________________________________________________________________________________
Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
24
atendimento começando, concomitantemente, ao início formal das atividades do Projeto, previsto para janeiro de 2007.
4.3.2 Fortalecimento das Linhas de Pesquisa associadas a demandas estratégicas do Setor de Bens de Capital.
Com o intuito de elevar a capacidade de atendimento das demandas de inovação em Bens de Capital, linhas de pesquisa/competências tecnológicas do EMC deverão ser apoiadas através de projetos específicos, projetos cooperativos com empresas, estudos, pesquisas, desenvolvimentos, complementação de infra-estrutura laboratorial, material informativo e do fortalecimento de parcerias tecnológicas no País e exterior. O atendimento às Empresas em desenvolvimentos tecnológicos ocorre de imediato, crescendo ao longo da implantação do Projeto e na continuidade, ao longo dos próximos anos, como Programa sustentável, ligado ao núcleo de competências do EMC. Como oferta inicial ao setor de Bens de Capital o EMC destaca suas competências técnico-científicas, em cada uma das quatro grandes áreas de atuação:
a) Sistemas Energéticos Eficientes
•
Sistemas energéticos para uso de combustíveis alternativos;
•
Materiais e sistemas de refrigeração alternativa;
•
Novos sistemas de conversão de energia (termossifões, tubos de calor);
•
Aquecedores solares de última geração;
•
Sistemas de medição de vazão de escoamentos multifásicos;
•
Processos intensificadores de transferência de calor com mudança de fase para aplicação em máquinas e
equipamentos;
•
Técnicas multidisciplinares de análise para a predição da vida útil de componentes de caldeiras a vapor e vasos de pressão;
•
Ferramentas de análise numérica em fluidos e térmica;
b) Produtos e Sistemas de Elevado Conteúdo Tecnológico
•
Caracterização numerico-experimental de materiais elasto-visco-plásticos;
•
Projeto, análise, prototipagem e instrumentação de
medidores de força e deslocamento;
•
Projeto e análise mecânica e dimensional de componentes complexos;
•
Metodologia e gerenciamento de projetos para a inovação de produtos e design de produtos;
•
Confiabilidade, mantenabilidade e análise de risco de sistemas;
•
Modelamento e design voltado para o projeto de máquinas silenciosas;
•
Desenvolvimento de absorvedores de vibração de cabos, máquinas e equipamentos;
•
Sistemas hidráulicos e pneumáticos para a automação e controle de equipamentos e processos;
•
Avaliação e desenvolvimento de sistemas robotizados e biomecânicos
•
Sistemas especialistas e modelagem dinâmica;
•
Projeto de componentes e sistemas mecânicos e mecatrônicos;
c) Materiais de Elevado Desempenho
•
Materiais porosos para aplicação em sistemas especiais de resfriamento, componentes autolubrificantes,
filtragem e catálise;
•
Membranas poliméricas para células a combustível;
•
Materiais de elevada resistência mecânica e ao desgaste para aplicações em máquinas e
equipamentos;
•
Materiais magnéticos de elevada performance para aplicação em soluções tecnológicas;
•
Materiais compósitos para aplicações especiais diversas (particulados e com fibras);
•
Materiais cerâmicos refratários para aplicações em altas temperaturas e em combustão;
•
Materiais especiais para aplicações tribológicas (sistemas/pares), em especial voltados para a lubrificação sólida.
•
Técnicas de caracterização em escala micro e nanométrica: morfologia de superfícies; análise estrutural; comportamento tribológico e mecânico;
d) Processos e Sistemas Produtivos Avançados
•
Processos de usinagem especiais (laser, descarga
elétrica, remoção química);
__________________________________________________________________________________________________________
Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
26
•
Prototipagem rápida de ferramentas, componentes e protótipos;
•
Usinagem de precisão (torneamento, fresamento, retificação, brunimento);
•
Usinagem de ultra precisão e nanométrica;
•
Metalurgia do pó e injeção de pós (metais e compósitos e cerâmica de avançada).
•
Tratamentos superficiais especiais a plasma e laser;
•
Aumento da resistência de componentes por tratamentos mecânicos de superfícies;
•
Simulação de processos de fabricação
•
Sistemas CAD-CAE-CAM;
•
Tecnologia de Medição por Coordenadas e Ópticas.
4.3.3 Ampliação e Dinamização da Prestação de Consultorias, Assessoramento e Serviços Tecnológicos Diferenciados.
Ao lado da ação de desenvolvimento de tecnologias e soluções apropriadas à inovação em produtos e processos (item 4.3.2), são importantes, para as Empresas, a obtenção de orientações/consultorias e o oferecimento de serviços tecnológicos específicos, altamente especializados. O EMC que dispõe e disporá de equipamentos sofisticados, estará se estruturando para facilitar o acesso aos mesmos, com o devido suporte técnico. Considerando a infra-estrutura laboratorial hoje já existente e novas instalações previstas com o apoio deste Projeto, poderão ser oferecidos serviços científico-tecnológicos do tipo:
•
Metodologia e gerenciamento de projetos para a inovação de produtos e design de produtos;
•
Testes de componentes hidráulicos e pneumáticos;
•
Caracterização mecânica de materiais (dureza, micro dureza, tração, compressão, fadiga, desgaste, etc.);
•
Caracterização tribológica de materiais (coeficiente de atrito, diversos tipos de ensaios de desgaste);
•
Caracterização das propriedades magnéticas de
materiais magnéticos soft e hard (permeabilidade
magnética, força coerciva, indução magnética, entre
outras);
•
Caracterização da morfologia da superfície de materiais (com rugosímetro a laser, microscópio de força atômica e microscopia eletrônica)
•
Análises quantitativas e qualitativas de micro e nanoestruturas de materiais (microscopia ótica, microscopia eletrônica de varredura e de emissão de campo, microscopia eletrônica de transmissão, raios X, entre outros);
•
Medição de geometrias complexas com utilização de máquinas de medir por coordenadas, instrumentos de ensaios com laser, medidores de microgeometria (forma e rugosidade), ensaios de deformação estrutural, etc.
•
Ensaios e análise comportamental estática e dinâmica de sistemas e componentes hidráulicos e pneumáticos;
•
Análise da confiabilidade de sistemas e componentes mecânicos;
•
Avaliação de níveis de ruído em sistemas mecânicos, máquinas e veículos;
•
Avaliação do isolamento acústico de painéis (aeronáuticos e automobilísticos) e partições de construção civil (paredes, janelas, portas, etc.);
•
Avaliação das propriedades internas de materiais viscoelásticos para uso em controle de ruído e vibrações;
•
Análise termo-hidráulica de componentes e sistemas;
•
Ensaios de medição de desgaste em superfícies cilíndricas internas e externas;
•
Ensaios de integridade de matérias compósitos;
•
Ensaios de medição de tensões residuais em estruturas mecânicas e de máquinas;
•
Simulação de processos de fabricação.
4.3.4 Ampliação/operacionalização de processos modernos de Capacitação de Recursos Humanos.
Compreende a ampliação de espaços, infra-estrutura e
procedimentos para ensino e treinamento de profissionais de
empresas e de novos talentos em nível de graduação e pós-
__________________________________________________________________________________________________________
Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
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graduação, destacando-se ações que proporcionem recursos do tipo:
•
Laboratórios e processos didáticos para a capacitação e treinamento em gestão da inovação tecnológica;
•
Salas de treinamento dotadas de quadros interativos e outros modernos equipamentos com tecnologias da informação e comunicação para o ensino presencial e à distância;
•
Laboratórios didáticos em instrumentação, automação, simulação, prototipagem e outros de especial interesse do setor de bens de capital;
•
Infra-estrutura para operação de quatro programas no modelo NEO/PET, destinados a preparação de profissionais para o setor de bens de capital;
•
Suporte à operação do programa de pós-graduação cooperativo universidade-empresa, onde os temas de dissertação/tese são a busca de soluções técnico- científicas a desafios do desenvolvimento de produtos e processos das empresas de bens de capital;
4.3.5 Ampliação do Espaço Físico ocupado pelo EMC
O EMC, apesar de ocupar cinco prédios no Campus da UFSC (Fig.
4.1), totalizando mais de 15 mil m², tem como maior entrave à
expansão de suas atividades a falta de espaço físico para a
prática do ensino, pesquisa e extensão. As quatro macro-ações
do Projeto/Programa InovaBEMC, anteriormente descritas,
demandam novos espaços que só poderão ser supridos com a
construção de um novo prédio com área útil de 6500m², o que
representa uma ampliação de 43%, compatível com as metas
físicas de desenvolvimento previstas em favor do setor
empresarial. Um primeiro estudo preconiza a localização
interligada aos prédios existentes e uma obra civil com
instalações em padrões modernos de engenharia, conforme
encontra-se esboçado na figura 4.2.
Fig.
4.1 - Edificações onde localiza-se o EMC no Campus da UFSC.
1 1 Bloco
Bloco D = Área 6500m D
2a ser construído pelo InovaBEMC
Destina
Destinaççãoãoporpor pavimentopavimento
2 2 3 3 6 6 7 7
4 4 5 5
Área Experimental de Energia Solar
Ambientes de trabalho integrado (Docente-Dicente) dos Grupos de Pesquisa.
Auditórios e salas de treinamento
Laboratórios e Oficinas
Estacionamento
1 1 Bloco
Bloco D = Área 6500m D
2a ser construído pelo InovaBEMC
Destina
Destinaççãoãoporpor pavimentopavimento
2 2 3 3 6 6 7 7
4 4 5 5
Área Experimental de Energia Solar
Ambientes de trabalho integrado (Docente-Dicente) dos Grupos de Pesquisa.
Auditórios e salas de treinamento
Laboratórios e Oficinas
Estacionamento
Figura 4.2 - Estudo arquitetônico de implantação do novo
prédio EMC.
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Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
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CRONOGRAMA E FINANCIAMENTO DO PROJETO
Trata-se de uma ação mobilizadora em prol de um estratégico setor empresarial brasileiro, que dia-a-dia percebe a necessidade maior de ampliar e agilizar sua capacidade de inovar. Entende-se como premissa a necessidade de encurtar ao máximo o tempo para tomada de decisão sobre a implantação e operacionalização do presente Projeto. Respeitando a capacidade de investimento e de realização física de implementação do prédio, da infra-estrutura, dos desenvolvimentos tecnológicos e dos programas de capacitação, fixa-se como exequível a execução do Projeto no período 2007 a 2009. A implementação do Programa InovaBEMC, com a intensificação do atendimento às demandas do Setor de Bens de Capital, inicia-se concomitante com o início do Projeto, fortalecendo-se gradativamente nos três anos de execução do Projeto, com uma continuidade/crescimento assegurada nos anos subseqüentes, em função do relacionamento estabelecido com o setor empresarial.
5.1 Macro-cronograma físico-financeiro do Projeto InovaBEMC Como uma primeira estimativa do desenvolvimento das cinco macro-ações do Projeto e de seus respectivos investimentos, apresenta-se na figura 5.1o quadro resumo de investimentos.
Os investimentos previstos nas quatro primeiras MacroAções, certamente não são suficientes, para proporcionar estruturação à todas às demandas do amplo Setor de Bens de Capital (Fig. 3.1), porém governadas pelas demandas prioritárias a serem caracterizadas pelo EMC e seus Parceiros, poderão ser proporcionadas facilidades muito representativas para apoiar o setor estratégico da PITCE.
No mesmo quadro da figura 5.1, são apresentadas as pretendidas
fontes de financiamento, cujo papel passa a ser descrito no item
que segue.
5.2 Financiamento do Projeto InovaBEMC
O Projeto/Programa poderá se considerado a maior ação sistêmica, com repercussões de longo prazo, concernente a ciência, tecnologia e inovação na opção estratégica Bens de Capital da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do Governo Federal. Neste sentido seu financiamento poderá ser enquadrável como uma ação induzida do Ministério da Ciência e Tecnologia, no contexto dos Fundos Setoriais Transversais, particularmente os dedicados à efetivação da PITCE.
Por outro lado o Projeto está plenamente alinhado com outra urgente e estratégica ação anunciada pelo Governo Federal, CNI e outras Organizações Promotoras do Desenvolvimento, que é a intensificação e melhoria da capacitação em engenharia.
Pelo seu caráter de pioneirismo de atuação universitária, o InovaBEMC pode ser considerado um piloto nacional, gerando diretrizes, modelos, procedimentos, etc. que podem ser replicados em outras Universidades, com idêntica proposição de alinhar-se com o desenvolvimento nacional/regional em prol da sociedade.
INVESTIMENTO EM kR$
APLICAÇÃO
2007 2008 2009
TOTAL %NIP 800 600 300 1700 6,1
P&D 2000 2400 3100 7500 27,0 Serviços 1950 2150 1600 5700 20,5 Capacitação 1050 1750 1000 3800 13,7
Macro Ações Prédio (6500
m²) 3400 4200 1500 9100 32,7
Total
9.200 11.100 7.500 27.800 100,0 FONTESMCT/FINEP 4000 4500 3500 12000 43,2 MEC/SESU 2400 3200 400 6000 21,6
FAPESC 1600 1600 1600 4800 17,2 Empresas 1000 1500 1500 4000 14,4
Financiador
Outros 200 300 500 1000 3,6
__________________________________________________________________________________________________________
Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
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Fig. 5.1 - Macro-cronograma Físico e Financeiro do InovaBEMC.
O porte do Projeto frente à iniciativas semelhantes em países que procuram superar desafios da inovação é relativamente modesto, sugerindo-se, exatamente no espírito de uma formal política de desenvolvimento, que as várias organizações interessadas nos impactantes resultados, contribuam com investimentos associados à suas missões e interesses, formando uma ação sistêmica e sincronizada, assegurando a maximização dos resultados.
Neste espírito tem-se feito as articulações e vêm-se delineando os investimentos dos seguintes parceiros:
5.2.1 Financiamento pelo MCT/FINEP – Fundos Setoriais
Busca-se a parceria da FINEP, Agência da Inovação, com o aval do MCT e dos Fundos Setoriais, para prover um investimento de 12 milhões de reais no período 2007 – 2009. Trata-se de um projeto estruturante, com significativa atividade de caráter científico, tecnológico e, especialmente, de inovação, enquadráveis nos programas transversais de apoio à PITCE.
5.2.2 Financiamento pelo MEC/SESU
A Secretaria de Ensino Superior (SESU) vem participando ativamente das discussões sobre o fortalecimento das Engenharias nas Universidades Públicas. Aliado a isto o Ministro da Educação, recentemente, anunciou a intenção de fomentar a inovação como conseqüência do fortalecimento da relação Universidade-Empresa. Espera-se captar um montante de 6 milhões de reais, destinados essencialmente às obras civis do indispensável prédio, patrimônio da UFSC, para ampliação substancial das atividades do EMC em ensino, pesquisa e extensão.
5.2.3 Financiamento pelo GESC/FAPESC
O Governo do Estado de Santa Catarina, através de sua
Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPESC), tem particular interesse
em fomentar o apoio à inovação tecnológica das mais de 200
empresas de bens de capital existentes no Estado. Neste sentido
sua diretoria aprovou a orçamentação de um aporte específico de 4,8 MR$ nos próximos três anos.
5.2.4 Financiamento pelas Empresas de Bens de Capital
O projeto de investimento em pauta prevê a captação junto ao setor empresarial de Bens de Capital de uma contrapartida de 14,4% do valor do Projeto, na forma de:
•
Doações financeiras e/ou de bens de serviços necessários ao desenvolvimento das macro-ações;
•
Investimento na forma de projetos cooperativos, em que os resultados gerados sejam também de propriedade do EMC passíveis de repasse a todo o setor de Bens de Capital;
•
Patrocínio de estudos, eventos e materiais que contribuam para a implementação do Programa InovaBEMC.
Não foram computados, como investimentos do Projeto InovaBEMC, contratos de treinamentos, serviços tecnológicos e projetos de P&D de parte das Empresas de Bens de Capital, tendo em vista que estes recursos destinam-se a ações de interesse direto das Empresas cliente e correspondem à operação do Programa InovaBEMC.
5.2.5 Financiamento a partir de outras fontes
Seja no âmbito da cooperação internacional ou seja no âmbito de programas de capacitação científica do CNPq, prevê-se um aporte adicional de investimentos na ordem de 1,0 MR$, nos próximos três anos, destinados, especificamente, a ações importantes ao Projeto/Programa InovaBEMC.
5.3 Contrapartidas operacionais da UFSC
A implementação do Projeto/Programa InovaBEMC direcionará
significativamente a dedicação do corpo docente e de
funcionários do EMC a atividades de interesse do setor de Bens de
Capital, representando um respeitável aporte dado pela
Universidade Federal de Santa Catarina, explicitado no quadro
de investimentos da figura 5.2.
__________________________________________________________________________________________________________
Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
34
5.4 Sustentabilidade do Programa InovaBEMC
Desde a sua criação, em 1962, o Departamento de Engenharia Mecânica vem praticando por iniciativa de seus docentes, projetos, consultorias, treinamentos e serviços tecnológicos, que sempre tem proporcionado recursos para manutenção das atividades laboratoriais, bolsas para alunos/estagiários, suporte a viagens e mesmo bolsas de pesquisa aos próprios professores/pesquisadores.
Na medida que o Projeto InovaBEMC, é estruturante para a atividade de interação Universidade-Empresa, adequada a estrutura laboratorial, agregando mais informação, desenvolvendo mecanismos de suporte às atividades e
criando/consolidando um ecosistema de
parcerias/competências, a demanda e a produtividade crescerão muito à ponto de manter a continuidade do Programa InovaBEMC por vários anos.
Elemento de Contrapartida da UFSC Valor em R$
Terreno com 1.100 m2 em área nobre no Campus
da UFSC 1.500.000
Dedicação de 30 pesquisadores/professores ao longo de 3 anos (custo médio anual por
pesquisador R$ 84.000,00
3.780.000
Dedicação integral de 10 Servidores técnicos ao
longo dos 3 anos (valor médio anual R$ 25.000,00) 750.000 Depreciação de Equipamentos adquiridos em
projetos recentes em tecnologias avançadas de Processos de Fabricação & Materiais (RAMAN, MEV, FEG, TEM, MFA,...)
6.800.000
Outros serviços de gestão e articulação para
viabilização e implementação do Projeto 750.000 TOTAL 13.580.000
Fig. 5.2 – Quadro explicitando a Contrapartida da UFSC.
6
GESTÃO DO PROJETO/PROGRAMA InovaBEMC
Tratando-se de uma ação que visa dar suporte ao processo de inovação tecnológica das Empresas, em que a objetividade, a dinâmica e a obediência a cronogramas são extremamente relevantes, o suporte do EMC, no contexto do InovaBEMC, deverá apresentar características semelhantes, o que traduz a necessidade de um significativo aculturamento da parte de todos os parceiros do processo.
Conforme está preconizado no Plano EMC-2015, os projetos mobilizadores institucionais são subordinados à Chefia do Departamento e têm um Coordenador Geral de dedicação exclusiva, conforme mostra o organograma de gestão apresentado pela figura 6.1. Para balizar as ações do Projeto/Programa, será instituído um Comitê de Orientação, tendo como membros:
•
o Chefe do EMC (Presidente) e o Coordenador Geral do InovaBEMC (Secretário);
•
Representante de cada Agente Financiador (MCT, FINEP, SESU e FAPESC);
•
Representante de cada Parceiro Articulador (IEL-SC e ABIMAQ);
•
O Coordenador de cada uma das quatro grandes áreas de conhecimento do EMC;
•
Três representantes de Empresas de Bens de Capital escolhidas entre os Parceiros investidores no Programa InovaBEMC.
Com seus 15 Membros, o Comitê de Orientação, presidido pelo Chefe do EMC, reúne-se trimestralmente para deliberar sobre as ações a desenvolver e o andamento dos trabalhos.
O Projeto/Programa é de caráter nacional, com uma atenção
especial em prol da indústria catarinense dada pelo investimento
FAPESC, ao qual fará uso intensivo das parcerias de articulação
com o setor empresarial, através da FIESC/IEL-SC, para interagir
com Empresas de Bens de Capital do Estado de Santa Catarina e através da ABIMAQ, particularmente através de suas 25 Câmaras Setoriais (Fig. 3.1). Os Parceiros Articuladores IEL-SC e ABIMAQ desenvolverão, em conjunto com o “Núcleo de Interação com os Parceiros” do EMC, as tarefas previstas, na qualidade de co- executoras do projeto.
A viabilização financeira das atividades acontece com o envolvimento da Fundação do Ensino da Engenharia em Santa Catarina, tanto no que se refere à gestão dos recursos vindos das agências de financiamento quanto aos aportes e custeio de Empresas de Bens de Capital (fig. 6.1).
Fig. 6.1 - Organograma do Relacionamento Institucional e de Gestão do Projeto/Programa
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Projeto/Programa InovaBEMC Documento de Referência da Proposta
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