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RELATÓRIO. PT Unida na diversidade PT A7-0122/

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RR\1019831PT.doc PE527.913v02-00

PT Unida na diversidade PT

PARLAMENTO EUROPEU 2009 - 2014

Documento de sessão

A7-0122/2014 17.2.2014

RELATÓRIO

sobre a avaliação da justiça no que respeita à justiça penal e ao Estado de direito

(2014/2006(INI))

Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos

Relatora: Kinga Göncz

(2)

PE527.913v02-00 2/13 RR\1019831PT.doc

PT

PR_INI

ÍNDICE

Página

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU ...3

PARECER DA COMISSÃO DOS ASSUNTOS JURÍDICOS ...9

RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO ...13

(3)

RR\1019831PT.doc 3/13 PE527.913v02-00

PT

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU sobre a avaliação da justiça no que respeita à justiça penal e ao Estado de direito (2014/2006(INI))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o Tratado da União Europeia, em particular os seus artigos 2.º, 6.º e 7.º, – Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente

os seus artigos 70.º, 85.º, 258.º, 259.º e 260.º,

– Tendo em conta a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, – Tendo em conta o artigo 6.º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, – Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 27 de março de 2013, intitulada

«Painel da Justiça na UE — Um instrumento para promover uma justiça efetiva e o crescimento económico» (COM(2013)0160),

– Tendo em conta a carta, de 6 de março de 2013, endereçada pelos Ministros dos

Negócios Estrangeiros da Alemanha, da Dinamarca, da Finlândia e dos Países Baixos ao Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, apelando à criação de um mecanismo que promova o respeito pelos valores fundamentais nos

Estados-Membros,

– Tendo em conta a Decisão-Quadro 2002/584/JAI do Conselho, de 13 de junho de 2002, relativa ao mandado de detenção europeu e aos processos de entrega entre os

Estados-Membros,

– Tendo em conta a proposta da Comissão relativa à criação de uma Procuradoria Europeia (COM(2013)0534), que aborda a necessidade de criar um espaço de justiça penal na UE,

– Tendo em conta as atividades, os relatórios anuais e os estudos da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia,

– Tendo em conta as atividades e os relatórios da Comissão Europeia para a Democracia pelo Direito (Comissão de Veneza), nomeadamente o seu Relatório sobre o Estado de Direito (CDL AD(2011)003rev) e o seu Relatório sobre a Independência do Sistema Judicial — Parte I: A Independência dos Juízes (CDL-AD (2010) 004), bem como o seu Relatório sobre as Normas Europeias relativas à Independência do Sistema Judicial — Parte II: o Ministério Público (CDL-AD (2010)040),

– Tendo em conta o Memorando de Entendimento entre o Conselho da Europa e a União Europeia,

– Tendo em conta o Estatuto Alterado da Comissão Europeia para a Democracia pelo

Direito,

(4)

PE527.913v02-00 4/13 RR\1019831PT.doc

PT

– Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 13 de novembro de 2013, intitulada

«Análise Anual do Crescimento para 2014» (COM(2013)800),

– Tendo em conta as atividades e os relatórios da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ), nomeadamente o seu último relatório de avaliação sobre os sistemas judiciais europeus (2012),

– Tendo em conta as suas resoluções sobre a situação, as normas e as práticas em termos de direitos fundamentais na União Europeia, bem como todas as resoluções pertinentes no domínio do Estado de direito e da justiça, incluindo as resoluções sobre corrupção e sobre o mandado de detenção europeu

1

,

– Tendo em conta o artigo 48.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos e o parecer da Comissão dos Assuntos Jurídicos (A7-0122/2014), A. Considerando que, no domínio da justiça penal, a avaliação promove a confiança mútua

e que esta, por sua vez, constitui um elemento essencial à implementação eficaz dos instrumentos de reconhecimento mútuo; que, no âmbito do programa de Estocolmo, a avaliação é indicada como um dos instrumentos principais para a integração nos domínios da liberdade, da segurança e da justiça;

B. Considerando que os Tratados constituem a base necessária para avaliar as políticas no setor da liberdade, segurança e justiça, bem como o respeito pelos valores fundamentais da União, incluindo pelo Estado de direito; que a qualidade, a independência e a

eficiência dos sistemas judiciais são igualmente consideradas prioridades no âmbito do Semestre Europeu, o novo ciclo anual da UE de coordenação das políticas económicas;

C. Considerando que o painel de avaliação da justiça é atualmente tratado no contexto do semestre económico europeu, dando assim ênfase exagerada ao valor económico da justiça, apesar de a justiça ser um valor em si mesma e dever ser acessível para todos, independentemente dos interesses económicos;

D. Considerando que é necessário que haja cooperação entre as autoridades nacionais e um entendimento comum da legislação da UE no domínio do direito penal;

E. Considerando que o Painel de Justiça de 2013 se centra exclusivamente na justiça civil, comercial e administrativa, mas deveria também incluir a justiça penal, uma vez que o funcionamento e a integridade desta última têm igualmente repercussões importantes nos direitos fundamentais e, além disso, estão fortemente ligados ao Estado de direito;

F. Considerando que o relatório anual, de 2012, da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, no seu capítulo sobre o «acesso a uma justiça eficiente e

independente», manifestou alguma preocupação relativamente à situação do Estado de

1

Textos aprovados, P7_TA(2012)0500, P7_TA(2013)0315, P7_TA(2011)0388 e P7_TA(2013)0444; A7-

0051/2014 e A7-0039/2014.

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RR\1019831PT.doc 5/13 PE527.913v02-00

PT

direito, em particular no que toca à independência judicial em alguns Estados-Membros, e, neste contexto, ao direito fundamental de acesso à justiça, que tem sido gravemente afetado pela crise financeira;

G. Considerando que a duração excessiva dos processos judiciais continua a ser a principal razão pela qual o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condena os

Estados-Membros da UE;

H. Considerando que, desde a sua criação, em 2002, a Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ) tem vindo a desenvolver em primeira mão uma competência

especializada na análise de diversos sistemas judiciais nacionais e dispõe de uma base de conhecimentos inédita, com um verdadeiro valor acrescentado, ajudando os

Estados-Membros a melhorar a avaliação e o funcionamento dos respetivos sistemas judiciais; que o seu esquema de avaliação, que chegou agora à sua quinta ronda, cobre todas as áreas da justiça e inclui diversas categorias para análise, por exemplo, dados demográficos e económicos, o processo equitativo, o acesso à justiça ou a carreira dos juízes, dos magistrados e dos advogados, etc.;

I. Considerando que a Comissão de Veneza, no seu relatório mais recente sobre o Estado de direito, enumerou seis elementos consensuais que constituem os alicerces do Estado de direito: a legalidade, nomeadamente um processo legislativo transparente,

responsável e democrático; a segurança jurídica; a proibição da arbitrariedade; o acesso à justiça em tribunais independentes e imparciais, designadamente a revisão judicial de atos administrativos; respeito pelos direitos humanos; e a não discriminação e a

igualdade perante a lei;

J. Considerando que o trabalho das instituições da UE se deveria basear na cooperação próxima e na interação, e deveria aproveitar as melhores práticas e a experiência de outros organismos internacionais, nomeadamente os organismos especializados do Conselho da Europa, a fim de evitar a sobreposição e a duplicação de atividades e assegurar uma utilização eficiente dos recursos;

K. Considerando que o Conselho da Europa e a União Europeia reafirmaram o seu empenho em reforçar a cooperação em domínios de interesse comum, em particular a promoção e a proteção da democracia pluralista, o respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais e o Estado de direito, em utilizar plenamente os organismos especializados, como a Comissão de Veneza, e em desenvolver formas apropriadas de cooperação em resposta a novos desafios;

L. Considerando que o Parlamento tem apelado repetidamente a um reforço dos

mecanismos existentes destinados a assegurar o respeito, a proteção e a promoção dos valores da União previstos no artigo 2.º do TUE, bem como à resolução rápida e

eficiente das situações de crise na União e nos Estados-Membros; que está em curso um debate no Parlamento, no Conselho e na Comissão relativo à criação de um «novo mecanismo»;

M. Considerando que a independência do sistema judicial, bem como dos juízes e dos

procuradores-gerais dos Estados-Membros, tem de ser protegida contra interferências

políticas;

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PT

N. Considerando que todas as decisões nesta matéria devem garantir, com a maior brevidade possível, a correta aplicação do artigo 2.º do TUE e assegurar que todas as decisões sejam adotadas com base em critérios e numa avaliação objetivos, a fim de fazer face a críticas relativas a duplicidade de critérios, tratamento desigual e

parcialidade política;

O. Considerando que a aplicação dos instrumentos da União no domínio da justiça penal, incluindo, neste contexto, o respeito pelos direitos fundamentais, bem como a criação de um espaço de justiça penal, depende do funcionamento eficaz dos sistemas nacionais de justiça penal;

P. Considerando que é necessária uma administração coerente e abrangente da justiça, visto ser imperativo que as diferenças entre os sistemas penais dos vários

Estados-Membros não sejam exploradas pelos criminosos na passagem das fronteiras;

Criação do Painel da Justiça em matéria de Direito penal

1. Acolhe com agrado o Painel de Justiça da UE criado pela Comissão; lamenta, contudo, que este se centre apenas na justiça civil, comercial e administrativa;

2. Salienta que a criação de um Painel de Justiça em matéria penal contribuirá, de forma fundamental, para o estabelecimento de um entendimento comum da legislação da UE no domínio do direito penal entre juízes e procuradores-gerais, reforçando, assim, a confiança mútua;

3. Insta, por conseguinte, a Comissão a alargar gradualmente o âmbito do painel, por forma a que este se torne um painel de justiça separado e abrangente que avalie, através da utilização de indicadores objetivos, todos os domínios judiciais, incluindo a justiça penal e todas as questões horizontais relacionadas com a justiça, tais como a

independência, a eficiência e a integridade do sistema judicial, a carreira dos juízes e o respeito pelos direitos processuais; insta a Comissão a abranger todos os intervenientes relevantes e a basear-se na sua experiência e ensinamentos obtidos, bem como no

trabalho já realizado pelos organismos do Conselho da Europa relativamente à avaliação do Estado de direito e dos sistemas de justiça, e ainda pela Agência dos Direitos

Fundamentais da União Europeia;

O papel dos parlamentos nacionais e do Parlamento Europeu

4. Insta a Comissão e o Conselho a garantirem que o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais participem no processo, tal como previsto nos Tratados, e que os resultados das avaliações lhes sejam regularmente apresentados;

Participação dos Estados-Membros

5. Lamenta a falta de dados disponíveis sobre os sistemas de justiça nacionais e apela, por isso, aos Estados-Membros para que cooperem plenamente com as instituições da UE e do Conselho da Europa e para que recolham e apresentem, regularmente, dados

imparciais, fiáveis, objetivos e comparáveis sobre os seus sistemas de justiça;

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PT

O Estado de direito e os direitos fundamentais

6. Exorta a Comissão a dar resposta ao pedido reiterado pelo Parlamento e a propor:

- um mecanismo eficaz destinado a avaliar regularmente a conformidade dos

Estados-Membros com os valores fundamentais da UE previstos no artigo 2.º do TUE, criando uma base para um instrumento de alerta rápido; e ainda

- um mecanismo destinado a situações de crise com formas de intervenção apropriadas, processos por infração mais eficazes e a possibilidade de sanções em caso de violação sistemática dos princípios da democracia e do Estado de direito e de falhas no

funcionamento dos controlos e equilíbrios adequados num Estado-Membro;

7. Reitera que um tal mecanismo tem de ser aplicado a todos os Estados-Membros em condições transparentes, uniformes e iguais, e tem de procurar assegurar a

complementaridade com o trabalho de outras instituições internacionais, como o

Conselho da Europa e, em particular, a sua Comissão de Veneza; solicita um papel para a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia na avaliação;

8. Apela a uma cooperação reforçada entre o Parlamento Europeu e a Comissão de

Veneza; convida o Parlamento e o Conselho da Europa a desenvolverem um mecanismo apropriado para a apresentação de pedidos de parecer de especial interesse à Comissão de Veneza e a assegurarem a participação do Parlamento, na qualidade de observador, no trabalho da Comissão de Veneza;

9. Considera necessário reforçar ainda mais a cooperação entre as comissões competentes do Parlamento e a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, em conformidade com o artigo 199.º, nomeadamente sob a forma de reuniões regulares e ad hoc, bem como designar pontos fulcrais em ambas as partes; dirige um convite permanente aos representantes do Conselho da Europa (Comissões da APCE pertinentes, Comissão de Veneza, CEPEJ, Comissário para os Direitos Humanos) para que assistam às reuniões relevantes das comissões do PE;

10. Solicita que o acordo de 2007 sobre o reforço da cooperação entre a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e o Parlamento Europeu seja atualizado, a fim de melhor ter em consideração os desenvolvimentos desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa; insta a Conferência dos Presidentes, com base no artigo 199.º do Regimento do Parlamento, a convidar a APCE a encetar negociações com vista à inclusão de medidas de cooperação prática entre os respetivos organismos neste quadro geral;

11. Observa que o Memorando de Entendimento entre o Conselho da Europa e a União Europeia deve ser igualmente objeto de avaliações regulares;

12. Apela ao Conselho e aos Estados-Membros para que assumam plenamente as suas responsabilidades em matéria de direitos fundamentais, conforme disposto na Carta e nos artigos pertinentes dos Tratados, em particular nos artigos 2.º, 6.º e 7.º do TUE;

considera que esta é uma pré-condição caso a UE pretenda lidar eficazmente com

situações em que os princípios da democracia, do Estado de direito e dos direitos

fundamentais sejam restringidos pelos Estados-Membros;

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PT

13. Salienta que a Comissão tem competência para levar um Estado-Membro que não cumpra as suas obrigações decorrentes dos Tratados a responder perante o Tribunal de Justiça da União Europeia;

14. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e à

Comissão.

(9)

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PT

11.2.2014

PARECER DA COMISSÃO DOS ASSUNTOS JURÍDICOS

dirigido à Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos

sobre a avaliação da justiça no que respeita à justiça penal e ao Estado de Direito (2014/2006(INI))

Relator de parecer: Tadeusz Zwiefka

SUGESTÕES

A Comissão dos Assuntos Jurídicos insta a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

– Tendo em conta o artigo 5.º do Tratado da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 70.º e os artigos 82.º e 84.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE),

– Tendo em conta a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 27 de março de 2013, sobre o «Painel da Justiça na UE: Um instrumento para promover uma justiça efetiva e o crescimento

económico» (COM(2013)0160),

– Tendo em conta as atividades, os relatórios anuais e os estudos da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia,

– Tendo em conta a sua Resolução, de 4 de fevereiro de 2014, sobre o Painel da Justiça na UE – Justiça civil e administrativa nos Estados-Membros

1

,

A. Considerando que o Painel da Justiça de 2013 se centra exclusivamente na justiça civil, comercial e administrativa, áreas importantes para o Semestre Europeu no que toca à promoção da competitividade e do crescimento, e não abrange a justiça penal, que tem um pendor mais nacional;

1

Textos aprovados, P7-TA(XXXX)XXXX

(10)

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PT

B. Considerando que o Painel da Justiça recai atualmente no âmbito do Semestre Europeu;

que a justiça é um valor em si própria e deve ser acessível a todos;

C. Considerando que qualquer avaliação da justiça penal deve ter em conta as prerrogativas dos Estados-Membros e o Direito nacional nesta matéria, devendo permanecer apenas nos limites da responsabilidade de coordenação da União; que deve ser evitado qualquer juízo de valor relativo aos sistemas de justiça penal;

D. Considerando que é necessário respeitar a independência do sistema de justiça e judiciário, e que o Governo, no exercício das suas funções legislativa e executiva, deve por isso ter o maior cuidado ao avaliar o seu desempenho no setor da justiça civil, comercial e administrativa, bem como penal;

E. Considerando que, em matéria de prevenção criminal, o artigo 84.º do TFUE exclui

«qualquer harmonização das disposições legislativas e regulamentares dos

Estados-Membros»; que o mesmo artigo insta a UE a promover e apoiar ações dos Estados-Membros neste domínio;

F. Considerando que o princípio do Estado de Direito não deve ser reduzido a uma questão de eficiência judiciária em matéria de Direito penal;

1. Apela à Comissão e ao Parlamento Europeu para que respeitem os limites das competências da UE em matéria de Direito penal;

2. Salienta que qualquer futura ampliação do âmbito do Painel da Justiça deve ser efetuada de acordo com os Tratados e após consulta aos Estados-Membros;

3. Sublinha que o verdadeiro objetivo do Painel da Justiça é compilar e comparar dados estatísticos com o intuito de ajudar os Estados-Membros a desenvolver os seus sistemas judiciais nacionais; salienta, portanto, que a comparação de dados no domínio da justiça penal é uma operação complexa com diferenças consideráveis entre os sistemas de justiça nacionais, não podendo a justiça penal ser sempre avaliada mediante parâmetros

quantificáveis estatisticamente;

4. Chama a atenção para o papel do Conselho da Europa na recolha de dados e na promoção das melhores práticas relativas à justiça penal e ao Estado de Direito e considera que a duplicação de esforços deve ser evitada; realça também, a esse respeito, o trabalho da Agência dos Direitos Fundamentais da UE neste domínio;

5. Recorda que a primeira entidade, ao nível europeu, responsável pelas decisões em matéria de direitos fundamentais e pelo Estado de Direito, designadamente em matéria de justiça penal, é o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que prevê um quadro para a

proteção dos direitos dos indivíduos;

6. Entende que o Estado de Direito é um conceito amplo, o que torna necessário que as ações

das instituições públicas sejam conformes ao quadro legal previsto pelas constituições

nacionais e pelas disposições legislativas e regulamentares delas derivadas, não devendo

cingir-se a uma questão de Direito penal; é de opinião que a avaliação dos sistemas de

justiça penal, por si só, não permite formular conclusões gerais sobre a conformidade com

(11)

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PT

o princípio do Estado de Direito; sublinha, por isso, que qualquer avaliação da justiça

penal não deve estar associada a um eventual novo mecanismo de Estado de Direito.

(12)

PE527.913v02-00 12/13 RR\1019831PT.doc

PT

RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO

Data de aprovação 11.2.2014

Resultado da votação final +:

–:

0:

16 6 0 Deputados presentes no momento da

votação final Raffaele Baldassarre, Sebastian Valentin Bodu, Françoise Castex, Christian Engström, Marielle Gallo, Giuseppe Gargani, Lidia Joanna Geringer de Oedenberg, Sajjad Karim, Klaus-Heiner Lehne, Antonio López-Istúriz White, Antonio Masip Hidalgo, Alajos Mészáros, Bernhard Rapkay, Evelyn Regner, Alexandra Thein, Cecilia Wikström, Tadeusz Zwiefka

Suplente(s) presente(s) no momento da

votação final Eva Lichtenberger, Angelika Niebler, József Szájer, Axel Voss Suplente(s) (nº 2 do art. 187º) presente(s)

no momento da votação final

Sylvie Guillaume, Jan Mulder, Jaroslav Paška

(13)

RR\1019831PT.doc 13/13 PE527.913v02-00

PT

RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO

Data de aprovação 12.2.2014

Resultado da votação final +:

–:

0:

34 16 1 Deputados presentes no momento da

votação final Jan Philipp Albrecht, Roberta Angelilli, Rita Borsellino, Arkadiusz Tomasz Bratkowski, Philip Claeys, Carlos Coelho, Agustín Díaz de Mera García Consuegra, Ioan Enciu, Frank Engel, Monika Flašíková Beňová, Kinga Gál, Kinga Göncz, Sylvie Guillaume, Lívia Járóka, Teresa Jiménez-Becerril Barrio, Timothy Kirkhope, Juan Fernando López Aguilar, Monica Luisa Macovei, Svetoslav Hristov Malinov, Véronique Mathieu Houillon, Anthea McIntyre, Nuno Melo, Louis Michel, Claude Moraes, Antigoni Papadopoulou, Georgios Papanikolaou, Judith Sargentini, Birgit Sippel, Csaba Sógor, Rui Tavares, Axel Voss, Tatjana Ždanoka, Auke Zijlstra

Suplente(s) presente(s) no momento da votação final

Alexander Alvaro, Anna Maria Corazza Bildt, Monika Hohlmeier, Stanimir Ilchev, Iliana Malinova Iotova, Jean Lambert, Marian-Jean Marinescu, Jan Mulder, Siiri Oviir, Salvador Sedó i Alabart

Suplente(s) (nº 2 do art. 187º) presente(s)

no momento da votação final Richard Ashworth, Phil Bennion, Françoise Castex, Jürgen

Creutzmann, Knut Fleckenstein, Anne E. Jensen, Evelyn Regner,

Gabriele Zimmer

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