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CÉLIA CELÍACA GLUTEN FREE LIFESTYLE:

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Academic year: 2021

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CÉLIA CELÍACA GLUTEN FREE LIFESTYLE:

UM PROJETO DE ILUSTRAÇÃO AO SERVIÇO DA SAÚDE E BEM ESTAR

Evelise Ferretti Manfra

Orientador

Professor Doutor Pedro Mota Teixeira

Trabalho de Projeto apresentado

ao Instituto Politécnico do Cávado e do Ave

para obtenção do Grau de Mestre em Ilustração e Animação Este trabalho não inclui as críticas e sugestões feitas pelo Júri.

Julho, 2018

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CÉLIA CELÍACA GLUTEN FREE LIFESTYLE:

UM PROJETO DE ILUSTRAÇÃO AO SERVIÇO DA SAÚDE E BEM ESTAR

Evelise Ferretti Manffra

Orientador

Professor Doutor Pedro Mota Teixeira

Trabalho de Projeto apresentado

ao Instituto Politécnico do Cávado e do Ave

para obtenção do Grau de Mestre em Ilustração e Animação

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RESUMO

Esta investigadora foi diagnosticada celíaca, em 2012, apenas na idade adulta — mesmo apresentando sintomas clássicos desde criança. Em 2015, viu-se confrontada com a verdadeira realidade da Doença Celíaca, ano em que recebeu a notícia de um tumor benigno no estômago acrescido de outros problemas subsequentes. Este agravamento do seu estado de saúde só aconteceu porque o médico que a acompanhava não a alertou sobre os riscos da contaminação cruzada. Foi apenas quando começou a ser acompanhada da forma adequada pelo Dr. Paulo Costa Claro, reconhecido especialista da Doença Celíaca no Brasil, que o seu estado de saúde recuperou. Conversando com outros celíacos percebeu que a grande maioria também recebera um diagnóstico tardio ou incorreto, e pouquíssimos eram acompanhados de forma adequada. A falta de divulgação e a quantidade de pessoas com as mesmas perguntas e problemáticas era perceptível. Assim, esta investigadora decidiu pôr mãos à obra criando uma personagem que pudesse representá-la numa espécie de “alter ego” relatando o seu quotidiano e dificuldades diárias.

Partindo desse pressuposto, o objetivo deste projeto é compreender de que forma pode esta personagem se tornar representativa do universo celíaco, dinamizar a comunidade celíaca e, por outro lado, tornar-se num potencial de negócio.

Palavras-chave: Ilustração; Celíaca; Design; Animação;

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ABSTRACT

This researcher was diagnosed celiac in 2012, only in adulthood - even presenting classic symptoms per child. In 2015, she was confronted with a true reality of Celiac Disease, and referred to the news of a benign tumor in the stomach plus other subsequent problems. This worsening of his state of health happened because the doctor who is a company accompanied by an alert about the risks of cross contamination. It was only when it began to be accompanied adequately by Dr. Paulo Costa Claro, recognized specialist of Celiac Disease in Brazil, which is his state of health recovered. Talking with other celiacs, she realized that the great majority also received a late or incorrect diagnosis, and very few are followed adequately. The lack of disclosure and the number of people as problematic issues and issues was noticeable. Thus, this researcher decided to put to work creating a character that could represent a kind of "alter ego" telling about their daily lives and daily difficulties.

Based on this assumption, the purpose of this project and the index that you can do this, you can create a celiac community and, on the other hand, become a business potential.

Key words: Illustration; Celiac; Design; Animation

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer à minha família pelo apoio incondicional nesta viagem entre Portugal e Brasil, e na ajuda em ultrapassar todas as dificuldades e vicissitudes inerentes a este desafio de viver noutro país e de me integrar num projeto desta envergadura. Algumas pessoas que foram fundamentais, meus pais, Ivone Ferretti e José Odoni Manffra, minha irmã Elisangela Manffra e irmão Evandro Manffra, e um agradecimento muito especial a minha tia Zedica Ferretti, Jefferson Mendes, Frei José Carlos, Dra Regina Casillo, Tatjane Garcia, Natália Ferreira e Ercília Ferreira pelo apoio incondicional.

Para além deles um agradecimento especial ao Professor Pedro Mota Teixeira, meu companheiro no projeto Célia Celíaca, à Professora Paula Tavares pelo apoio pessoal e aos amigos que fiz neste percurso, em especial Raoni Xavier. E claro, a todos os colaboradores e aqueles que participam e continuam a participar da Célia Celíaca – Gluten Free LifeStyle.

Umas palavras ainda à toda a comunidade celíaca e por todos que têm apoiado a Célia Celíaca – Gluten Free LifeStyle, pois de facto, juntos somos mais fortes.

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO

1.1.

Enquadramento

1.2.

Estrutura do documento

1.3.

Objetivos

1.4.

Plano de trabalho

II. A DOENÇA CELÍACA 2.1. Introdução

2.2. Diagnóstico e Tratamento 2.3 Comunidade Celíaca

III. CÉLIA CELÍACA: OS PRIMEIROS PASSOS 3.1. Contextualização

3.2. A primeira “Célia”

VI. CÉLIA CELÍACA: O PROJETO 4.1. O redesign da Célia Celíaca

4.2. Outras personagens do Universo Célia Celíaca 4.3. Desenvolvimento de Ambientes e Cenários 4.4. A logo-marca

V. CÉLIA CELÍACA: UMA VISÃO EMPREENDEDORA 5.1. Introdução

5.2. Análise de mercado 5.3. “mise-en-scène” do projeto

5.3.1. Manual de sobrevivência da célia celíaca

5.3.2. O livro “o homem que soltava pum e outras histórias”

5.3.3. O website

5.3.4. A APP “Célia Celíaca Encontra”

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VI. CONCLUSÃO

VII. BIBLIOGRAFIA

VIII. ANEXO6((67$7Ë67,&$6

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ÍNDICE DAS FIGURAS

Figura 1: O que é o glúten? (Fonte: Rio sem Glúten) Figura 2: Chocotoy (Venezuela), da Pictoplasma

Figura 3: Nutriventures, de Rodrigo Carvalho e Rui Miranda Figura 4: Soppy, de Philippa Rice

Figura 5: The Epiplectic Bicycle (1969), de Edward Gorey Figura 6: Rooty-Toot-Toot

Figura 7: Tira da primeira versão da Célia Celíaca da autoria de Eve Ferretti Figura 8: Esboços do redesign da personagem Célia Celíaca

Figura 9: Personagem final da Célia Celíaca

Figura 10: Personagem final da Célia Celíaca numa tirinha Figura 11: Personagem Pedrinho

Figura 12: Personagem Pedrinho e Célia numa tirinha

Figura 13: Logo marca da Célia Celíaca – Gluten Free LifeStyle Figura 14: Ilustração do Prémio de Empreendedorismo

da Célia Celíaca – Gluten Free LifeStyle

Figura 15: Gráficos de análise do mercado gluten free.

Figura 16: 1ª tirinha de bd publicada em 20 de Setembro de 2017.

Figura 17: Tirinha de bd “A estranha da Festa”.

Figura 18: Campanha Manual de Sobrevivência da Célia Celíaca Figura 19: Campanha “O Homem que Soltava Pum e Outras Histórias”.

Figura 20: Frontpage do website da Célia Celíaca – GlutenFree Lifestyle

Figura 21: Campanha da entrevista da “Célia Repórter” exclusivo no website da Célia Celíaca.

Figura 22: Simon’s Cat, de Simon Tofield Figura 23: Dilbert, de Scott Adams

Figura 24: Campanha “Célia Celíaca Encontra”

Figura 25: Campanha Fotográfica “Conhece a Damhert?” para a empresa Damhert Figura 26: Campanha em animação 2D e 3D “Prova e Aprova” para a empresa

“Maribérica”

Figura 27: Campanha em animação 2D “Conheces as waffles da Damhert?”

Figura 28: Estrutura base da dinâmica comercial da marca.

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I. INTRODUÇÃO

“A doença celíaca atinge 1% da população mundial: cerca de 69 milhões de pessoas são celíacas”.

(fonte: Universidade de Umea, Suécia)

1.1. ENQUADRAMENTO

Se esta investigação teve início no Mestrado em Ilustração e Animação do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, a ideia da Célia Celíaca nasceu um ano antes, no Brasil. Mas foi apenas na frequência da Unidade Curricular de Estudo e Desenvolvimento de Personagens do Mestrado em Ilustração e Animação, que se tornou visível a possibilidade de abordar “mais seriamente” uma personagem que representasse a temática social da doença celíaca. Nessa altura foi desencadeada uma primeira fase de desenvolvimento da personagem em termos de linguagem gráfica e de comunicação visual. O projeto foi ganhando uma dimensão própria e, quase naturalmente, ganhou o protagonismo necessário para tornar-se o elemento central desta proposta de projeto.

Diga-se que, no meio deste processo de investigação, o projeto ganhou o 1º prémio regional do Poliempreende 2017 que ocorreu no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e o 2º prémio Nacional que teve lugar no Instituto Politécnico de Bragança, o que nos motivou bastante e nos levou a considerar esta possibilidade de tornar o projeto da Célia Celíaca – Glúten Free LifeStyle num potencial negócio. Esta preocupação revelou-se bastante positiva já que obrigou a embrenhar-nos num estudo profundo traçando linhas estruturais que balizou o projeto não apenas enquanto modelo de negócio mas também enquanto campo de investigação.

1.2. ESTRUTURA DO DOCUMENTO

Este relatório encontra-se dividido em seis capítulos. O primeiro faz uma introdução do projeto em questão referindo os objectivos da investigação e o plano de trabalho. O segundo capítulo aborda o campo específico de trabalho, mais concretamente, a doença celíaca e a comunidade celíaca. No terceiro capítulo efectuamos uma análise de projetos que influenciaram o desenvolvimento gráfico e conceptual da Célia Celíaca e explicamos como a ideia nasceu.

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O quarto capítulo é dedicado à descrição do processo de trabalho e às nuances do mesmo.

Por fim, o quinto capítulo apresenta os primeiros trabalhos realizados no âmbito do projeto e traz os primeiros resultados. Finalmente, o sexto e último capítulo faz uma conclusão final da proposta do projeto desenvolvido.

1.3. OBJETIVOS

Esta proposta de investigação tem por base algumas perguntas chave que procuramos responder ao longo desta investigação. São elas:

1. De que forma a ilustração pode se tornar numa importante ferramenta de divulgação da doença celíaca?

2. Até que ponto uma personagem pode gerar empatia retratando a vida de um celíaco?

3. Quais reacções e expectativas que podem ser provocadas numa comunidade específica a partir dessa personagem?

Por outro lado, determinamos vários objetivos gerais e operacionais que descrevemos de seguida:

Objetivos Gerais:

1. Adquirir conhecimentos sobre a doença celíaca, nomeadamente, de que forma o doente a percepciona;

2. Compreender os meandros da comunidade celíaca;

3. Definir os parâmetros que possam servir de base para a construção de uma personagem cuja linguagem estética e gráfica possa representar uma celíaca;

4. Perceber qual o potencial de negócio que possa ser retirado da investigação realizada;

5. Analisar o potencial citado no ponto anterior explorando dois países, Portugal e Brasil.

Objetivos Operacionais:

1. Desenvolver a primeira personagem celíaca do mundo numa linguagem gráfica original, autoral e estimulante;

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3. Definir um plano de negocio que possa alavancar a identidade criada e que possa estar ao serviço da saúde e do bem estar;

4. Desenvolver um website, materiais e aplicações que possam definir um potencial arranque para um modelo de negócio ligado ao tema da celíaca.

1.4. PLANO DE TRABALHO

Através da investigação académica ligada à prática, pretende-se investigar sobre a importância do design e da ilustração no contexto da doença celíaca e como estes podem ser uma importante ferramenta de divulgação, atuando de uma forma muito significativa e particular.

Esta investigação servirá para fundamentar cientificamente o projeto prático e incutir-lhe os dados adequados para o seu desenvolvimento.

Serão ainda descritos os passos dados em direção à materialização de um projeto que pretendeu, desde o seu início, intervir no universo celíaco e servir uma comunidade que tanto precisa de comunicação e de se dar a conhecer. A investigação será ainda explanada de forma a dar a conhecer os passos dados aquando da criação visual e gráfica do projeto, assim como as preocupações e inquietações resultantes da evolução da marca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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II. A DOENÇA CELÍACA

2.1. INTRODUÇÃO

A doença celíaca é como um iceberg. Na pequena parte à vista estão pacientes que apresentam sintomas severos, como vômitos e diarreias. Abaixo da superfície está a maioria dos casos, de pacientes que passam anos sem obter um diagnóstico da doença.

(fonte: Aretha Yarak)

A Doença Celíaca é definida como Desordem sistémica autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten. É caracterizada pela inflamação crónica da mucosa do intestino delgado que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com consequente má absorção intestinal e suas manifestações clínicas. Ela foi descoberta em 1888 pelo pediatra britânico Samuel Gee, mas foi apenas na década de 1940 é que o glúten foi reconhecido como o vilão causador do transtorno.

O glúten é uma proteína que está presente nos seguintes alimentos: trigo, aveia, centeio, cevada e malte, na verdade está presente em quase todos os alimentos. Isto porque, a indústria alimentícia acrescenta glúten a vários produtos para dar leveza, elasticidade e consistência as preparações. Por esse motivo alimentos que nem possuem trigo como ingrediente passam a conter glúten.

Há alguns anos atrás, a celíaca era considerada uma doença rara, mas os testes realizados a partir dos anos 80 do século passado, revelaram uma realidade muito diferente: a doença celíaca é uma das doenças mais frequentes, afeta crianças e adultos, mas com uma certa preferência pelo sexo feminino.

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Figura 1: O que é o glúten? (Fonte: Rio sem Glúten)

Estudos epidemiológicos têm destacado outra realidade preocupante: nos países ocidentais a frequência da doença celíaca está aumentando. Por exemplo. nos EUA, ao longo dos últimos 40 anos passou de uma taxa de 2 casos por mil para 10 casos por mil (1%), fato alarmante que, mais uma vez, sugere a responsabilidade de causas ambientais, tais como a distribuição de grãos mais “tóxico”, o menor fermentação panificatório da massa, etc.

Segundo Yarak (2011)1, o primeiro levantamento global sobre a doença indica que ela é a responsável pela morte de cerca de 42.000 crianças todos os anos no mundo. Esta autora acrescenta que alguns estudos internacionais afirmam ainda que uma em cada 100 pessoas no mundo é portadora da doença; por outro lado, mais da metade dessas pessoas não sabem que estão doentes. Peter Byass, epidemiologista coordenador do estudo que reuniu o departamento de saúde pública e medicina clínica da Universidade de Umea, na Suécia, e a Faculdade de Saúde da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, revelou que só no Brasil, 200 crianças morrem todos os anos em função da doença. Assim, estima-se que só nos Estados Unidos o número de celíacos rondará os 738 000. No Brasil, estima-se que haja 2 milhões de celíacos. Só no grupo “Vive sem glúten” da Associação do Brasil fazem parte 50

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000 pessoas. Estima-se que de cada 8 pessoas que possuem a doença, apenas 1 tem o diagnóstico.

2.2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A dieta isenta de glúten, por toda a vida, constitui o único tratamento disponível até o momento.

Como vimos anteriormente, a doença celíaca se não for tratada pode mesmo matar. Ela não é uma doença de fácil rastreamento e de identificação para a classe médica e a comunidade em geral. Segundo Ratilal (2017:16) “a doença celíaca nem sempre é fácil de diagnosticar. Nos casos em que tudo encaixa bem e o puzzle se compõe, o diagnóstico pode ser muito linear:

alguém que tem queixas típicas (diarreia, dor e distensão abdominal e emagrecimento), com análises sugestivas (sinais laboratoriais de má absorção), serologia positiva (nomeadamente anticorpos anti-transglutaminase igA elevados) e biopsias duodenais mostrando atrofia.

Contudo, são cada vez mais frequentes os casos de adultos que se queixam, sem dúvida, de sintomas relacionados com a ingestão de glúten (...)”.

A grande dificuldade do celíaco é a grande restrição alimentar, uma vez que a maioria dos alimentos industrializados contém o ingrediente proibido. “Não é fácil fazer uma dieta sem glúten”, afirma John Cangemi (2011)2, gastroenterologista especialista na doença da Clínica Mayo, nos Estados Unidos. “Trigo, cevada e centeio são componentes de muitos tipos de alimentos, além de fazer parte de alguns medicamentos, doces e outros produtos. A pessoa pode, simplesmente, não se dar conta da presença deles. O chocolate em teoria não tem glúten, mas como é feito na mesma esteira das bolachas – e corre risco de contaminação – é vendido com o selo contém glúten. Esta é uma das principais dificuldades para o celíaco: a

“contaminação cruzada” que os produtos podem apresentar. Segundo Gouveia (2014:3)

“manter a dieta pode ser complicado devido à possível contaminação por glúten em alimentos supostamente isentos desta proteína, o que leva a um consumo involuntário de glúten e consequentemente problemas de saúde para o portador de DC. Locais de grande manipulação de farinha de trigo e outros cereais com glúten, como as panificadoras, caracterizam então um ambiente de risco para a produção de alimentos isentos de glúten. Ressalta-se que esse tipo de estabelecimento é bastante frequentado pela população geral e a disponibilidade de

2 Consultado em Maio de 2017. https://veja.abril.com.br/saude/doenca-celiaca-mata-42-000-criancas-por-ano-no- mundo/

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produtos de panificação isentos de glúten derivados do polvilho pode justificar sua procura também por portadores de DC”.

Em suma, não é tarefa fácil para o celíaco viver o seu dia-a-dia numa base de alimentação totalmente isenta de glúten. Apesar disso, nos últimos anos, o aparecimento de novos produtos isentos de glúten, e novas áreas nas grandes superfícies de hipermercados e supermercados dedicados aos produtos biológicos e ao gluten free demonstram uma crescente procura por produtos isentos e refletem uma preocupação com uma vida saudável não apenas por parte da população celíaca, alérgica ou intolerante, mas também pelo cidadão que se interessa por um estilo de vida “gluten free”.

2.3. COMUNIDADE CELÍACA

Existe uma extensa comunidade celíaca distribuída por todo o mundo, assim como associações e diversos blogs que têm por missão divulgar a problemática da doença celíaca.

Em Portugal, a APC (Associação Portuguesa de Celíacos) possui mais de 2 000 sócios e a sua página de Facebook apresenta cerca de 20 000 seguidores. Esta associação promove nas suas redes sociais e através de uma revista de distribuição gratuita, produtos isentos de glúten, actividades e notícias para celíacos. Diga-se que esta associação é responsável em Portugal pela certificação dos produtos isentos de glúten garantindo que o produto — através do selo da associação — possa ter a qualidade necessário para ser consumido pelo celíaco. No Brasil, dado à grande dimensão geográfica, existem muitas associações regionais que são representadas por uma única federação: FENACELBRA (Federação das Associações de Celíacos do Brasil) com 50 000 membros e seguidores na rede social Facebook. Entre as várias associações estimam-se mais de 150 000 membros.

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III. CÉLIA CELÍACA: OS PRIMEIROS PASSOS

A Célia mostra o quotidiano dos celíacos e suas dificuldades diárias. Assim acontece uma identificação com a personagem, fazendo com que as pessoas tenham a sensação de pertencer a um grupo. A Célia faz com que os celíacos encarem a doença de forma divertida, interagindo com a personagem e vendo a vida celíaca de outra maneira..

Solange Nascimento

(Celíaca, Presidente da Acelbra do Paraná – Brasil)

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O termo “design de personagem” refere-se ao aspecto estético de uma personagem tendo em conta as escolhas estilísticas e opções pessoais do seu autor (McCloud, 2006:63), acrescidas ainda de outros aspectos que ultrapassam a simples representação da figura. O design de personagem surge, actualmente, associado a diversas indústrias, como o cinema de animação, o cinema de efeitos especiais, os videojogos, vinil toys, graphic novels & comics e advertising &

branding (Carney, 2010:87)51 e, por isso, é inegável a sua importância na materialização do imaginário de toda uma cultura digital contemporânea.

Neste universo contemporâneo embebido numa cultura “pop” o “character design” é um elemento primiordial e altamente apreciado, entidades como a Pictoplasma (http://pictoplasma.com/) dinamizam a personagem através da divulgação de diversos projetos autorais ligados ao design de comunicação e ao “toy industry”.

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Figura 2: Chocotoy (Venezuela), da Pictoplasma

Segundo Maestri (2006:2), o design de personagem parte, na sua essência, de uma pulsão, uma certa apetência pessoal, artística e experimental (Wells, et al., 2009) — são imensos os casos relatados de artistas e designers que procuram simplesmente criar figuras expressivas, muitas vezes sem uma história ou um propósito para a personagem em mente — mas que ainda assim pode inspirar todo o tipo de desenvolvimento gráfico e de comunicação — ou como resposta a uma proposta concreta de trabalho. Se no primeiro caso, a abordagem é livre de uma metodologia projectual, à semelhança do trabalho do artista plástico, e apesar de algumas regras, o segundo não pode fugir de uma metodologia projetual assente num processo de trabalho que começa numa pesquisa, conhecimento da temática e capacidade de desenvolvimento gráfico.

Assim, em termos de temática, podemos afirmar que o projeto da Célia Celíaca está ao serviço da saúde e do bem estar. Existem vários exemplos de personagens desenvolvidas para diferentes suportes como séries de televisão com finalidades ligadas ao tema da saúde, como por exemplo, os Nutriventures, Rodrigo Carvalho e Rui Miranda.

Esta empresa especializada na criação de conteúdos de entretenimento que promovem uma alimentação saudável surgiu em 2010, quando Rodrigo Carvalho e Rui Lima Miranda conseguiram captar a atenção de duas sociedades de capital de risco, a Espírito Santo Ventures e a Portugal Ventures. Depois das televisões nacionais, a série de animação infantil para televisão que criaram já chega a 26 mercados. Mas, mais do que desenhados animados, a Nutri Ventures quer afirmar-se como a primeira marca mundial que ajuda a promover exclusivamente a alimentação saudável infantil.

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Esta série de TV teve bastante aceitação do público infantil e educativo abordando como tema alimentação saudável. Ela destaca-se por ser a primeira série portuguesa de lançamento global a ser exibida pelos Estados Unidos. No Brasil teve a sua estreia no dia 8 de julho de 2013 pelo SBT. Nos Estados Unidos, foi exibido no Kabillion e no Qubo e na Espanha foi exibido no Disney Channel.

Figura 3: Nutriventures, de Rodrigo Carvalho e Rui Miranda

Por outro lado, alguns projetos autorais como “Soppy, de Philippa Rice — uma jovem desempregada que resolveu ocupar o seu tempo desenvolvendo uma série de ilustrações e pranchas de banda desenhada contando o seu quotidiano e o do seu namorado de um ponto de vista muito pessoal, numa espécie de registo diario gráfico muito apelativo — transmitem uma sensação de sinceridade e honestidade que aproxima o valoriza a relação da ilustração com o leitor.

“Rice forgoes the usual stuff like hearts and roses, going instead for the everyday ways we share love with our significant others – be it our morning routines, a hug and a snuggle, or finishing the day in each others’ arms”. (Néjé, J, 2015)3

3 Consultado em Maio de 2017. http://www.telegraph.co.uk/culture/books/authorinterviews/11309336/philippa-rice- interview-soppy-my-cardboard-life.html

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Para a autora a sinceridade da sua experiência pessoal é a principal razão do sucesso do seu trabalho, em “Soppy”:

“Everything that happens in the book is real,” says Rice. “I didn’t want to make anything up, because I didn’t want Luke to read it and think, 'Well, that’s not true.’ I wanted Luke to like it, more than anything.

“But a lot of people have been saying, 'This is what I do. You’re watching me. You’re a clone of me!’ It makes you feel that lots of people are just the same. I guess we’re all normal.” (Rice, P., 2014)

Figura 4: Soppy, de Philippa Rice

Para alem destas referências, a forma literária com o “nonsense” toca o espetador, obriga-nos a buscar referências ao Edward Gorey. Em Gorey, julgamos encontrar uma preocupação de composição gráfica que toca o figurino teatral e a “personagem cinematográfica”. Somos da opinião que o valor desta composição assenta não só na especificidade da realização destas temáticas, mas também, nas poses das personagens que, de alguma forma, nos impressionam, indo ao encontro daquilo que, por um lado, Eisenstein define através do termo

“attractability” — num cruzamento entre o “acttractiveness” e “affectiveness” — da arte, num discurso que inclui a sua admiração pelo trabalho, por exemplo, de Walt Disney e Lewis Carroll.

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qualidades ao desenho que impele a um conceito que Teixeira (2017) apelida de “ilustrador cinematográfico” numa clara analogia às possibilidades projetadas de personagens que nos cativam pela sua expressão gráfica mas também pela sua capacidade em nos sugerir uma

“quase narrativa”, ou até, um “quase-movimento”. Se olharmos, por exemplo, para The Epiplectic Bicycle (1969), tocamos quase um padrão comum aos comics com os princípios enunciados por Scott McCloud (2006) — de “claridade”, “persuasão” e “intensidade” — na sua obra Making Comics que apelida de “writing with pictures”. Princípios esses que privilegiam uma forma visual de contar uma narrativa assente em aspetos que destacam a interpretação da personagem, a acção e o enquadramento. Estes princípios principiam o cinema, nomeadamente, o cinema de animação.

Figura 5: The Epiplectic Bicycle (1969), de Edward Gorey

Neste sentido, a expressão gráfica que procuramos assenta num certo visual que reporta aos anos 50, inspirado no estúdio da UPA (United Productions of America), um estúdio que revolucionou a arte gráfica da animação (Solomon, 1994: 207), trazendo uma visão alternativa ao cinema de animação tradicional da Disney. As animações deste estúdio são caracterizadas pelo desenho bidimensional, linhas de contorno nítido, cores sólidas casualmente pintadas

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animação “Rooty-Toot-Toot” (1951), realizada por John Hubley, demonstra este novo modelo gráfico da UPA:

“Brilliant and disenchanted, the short musical confirmed the innovative UPA use of drawings and colours. The drawings are purposely flat, two-dimensional, with oblong or angular shapes, and the limited animation contrasts with the continuum mobile of the style which was considered

‘classical’ at that time. Strongly antirealistic backgrounds are here often limited to a few sketches or to large areas of solid colour.” (Bendazzi, 2016 vol.2: 36/ 37)

Figura 6: Rooty-Toot-Toot

Do nosso ponto de vista estes exemplos revelam, aspetos muito específicos que são fundamentais na projeção do nosso trabalho e da forma como influenciaram o desenvolvimento do conceito gráfico e conceptual da projeto. Isto é, em “pictoplasma”, o design de comunicação sai reforçado com a linguagem gráfica da ilustração, forte e coerente das logo-marcas e do character design; em “Nutriventures”, a temática é muito objetiva, precisa, e os seus autores são conhecedores das questões ligadas à alimentação saudável; em “Soppy”, a relação honesta do quotidiano da personagem baseada na autora revela uma sinceridade tocante que transborda a página da ilustração. Em Gorey, sobressaem determinadas qualidades que privilegiam uma forma visual de contar uma narrativa que destacam a interpretação da personagem, e finalmente, na animação “Rooty-Toot-Toot” a existência de uma certa

“ingenuidade” num desenho plano delineado por linhas de contorno nítidas e preenchido por

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Assim, e a partir destas premissas, desenvolveu-se o character design e as ilustrações do universo da Célia Celíaca que assenta nas qualidades seguintes:

1. Uma linguagem gráfica forte e clara assente no character design da personagem que dá o nome do projeto;

2. Uma área de trabalho – celíaca – muito bem delimitada;

3. Um desenho que retrata com sinceridade e honestidade o dia a dia da doença celíaca com base na experiência pessoal da autora;

4. Uma narrativa construtiva inspirada numa postura de “ilustrador cinematográfico”;

5. Uma expressão gráfica que extrapola a personagem num desenho bidimensional com linhas de contorno nítido, cores sólidas casualmente pintadas dentro da linha de contorno.

3.2 A PRIMEIRA “CÉLIA”

Como referido no Capítulo 2.2. as dificuldades do celíaco são muitas. A falta de informação disponível é bem evidente e por isso, em 2015, esta investigadora decidiu criar a personagem da Célia Celíaca promovendo-a através de tiras de banda desenhada no Facebook e no Instagram numa perspetiva de desabafo pessoal. Isto é, passava para a personagem, espécie de alter-ego, a sua experiência quotidiana enquanto celíaca. Em apenas 1 ano, a Célia Celíaca

— apesar de possuir uma representação muito minimal, formas rudes e sem grande apelo gráfico — reuniu uma extensa comunidade através do Facebook e Instagram somando um total de 6 000 seguidores nestas duas redes sociais.

Figura 7: Tira da primeira versão da Célia Celíaca da autoria de Eve Ferretti

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O público ficou agradado com o humor, muitas vezes sarcástico, com que a personagem abordava a doença. Este revia-se nas suas frustrações e dificuldades, participação por meio de “likes”, trocando informações, discutindo, desabafando, debatendo e fazendo perguntas à Célia Celíaca. Foram muitas as mensagens em jeito de desabafos, pedidos de esclarecimentos e solicitações que surgiram nas redes sociais da Célia, o que garantiu uma vontade de dar continuidade ao projeto.

Foram muitas os desabafos pessoais, comentários e reações. Seguem-se alguns que por uma razão ou outra nos chamaram mais à atenção:

“Célia muito obrigado VC me abriu os olhos para a contaminação cruzada.

É eu descobri q me contaminava. Obrigado tá. Espero q VC continue ajudando pessoas assim como me ajudou. Beijos!”

Arivana Da Luz Leitmann Silva (29.10.2016)”

“Oi, Célia. Parabéns pelo seu trabalho. Faz uma tirinha falando dos cosméticos com proteína do trigo. Minha mãe descobriu que tem alergia ao trigo. Passou anos com vários problemas de saúde diagnosticados como gastrites, intoxicação, stress, problemas hormonais... Etc... Que seu trabalho seja divulgado cada vez mais. Obrigada!”

Juliana (03.12.2015)

“Olá Célia bom dia, sou mamãe de um menino de três aninhos descobri há um ano atrás que ele é celíaco. No caso tenho muitas dúvidas ainda como saber se estou seguindo a dieta certa Aguardo a resposta bjs”

Júlia Coelho (02.04.2015)

“Obrigado por existires, ajudaste-me a superar a minha dependência de glúten”

Mónica (01.11.2016)”

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IV. CÉLIA CELÍACA: A CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO

“Ter uma personagem que tira sarro da própria situação faz com que a aceitação e o conhecimento do diagnóstico melhorem. A Célia é um sucesso porque ela é bacana, ela poderia ser uma amiga sua, que encara a vida de um modo legal. Se fosse melancólica e chorona seria chata. Mas ela não é, optou por um caminho suave, até porque será pelo resto da vida, então tem que ser suave”

Dr Paulo Costa Claro

(Médico Gastroenterologista e Especialista na doença celíaca)

4.1 O REDESIGN DA CÉLIA CELÍACA

No contexto desta investigação e através do Mestrado em Ilustração e Animação da Escola Superior de Design do IPCA, foi possível desenvolver um design de personagem mais apelativo e objetivo da Célia, adequando-a às necessidades de comunicação do projeto.

Assim, focamo-nos essencialmente nos aspetos que necessitavam de uma reformulação gráfica, nomeadamente, em relação a:

- opções cromáticas - forma e linha de contorno - expressão gráfica

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Figura 8: Esboços do redesign da personagem Célia Celíaca

Em termos cromáticos optamos por manter o preto e vermelho e acrescentar-lhe um azul que pudesse cohabitar com as duas cores predominantes. Se o vermelho é sempre ativo, o azul é considerada uma cor passiva (Itten, 1961: 86). O azul apresenta qualidades ligadas à harmonia, amizade e confiança (Heller, 2012: 23).

Isso permitiu tornar o conjunto um pouco mais alegre e “abrir” espaços a branco sobretudo em alguns contornos e contrastes. Por outro lado, optamos por formas menos “angulares”, olhos de maior dimensão e uma face mais apelativa e comunicativa. A dimensão da personagem também sofreu alterações, pois na primeira versão esta apresentava-se demasiada alta, estreita e pouco elegante o que, em alguns casos, transmitia uma silhueta mais “tosca” causando até uma certa estranheza. Ora, o que se pretendia era exactamente o oposto. Optamos por um figurino moderno e caminhamos então para uma personagem de olhar mais simpático, com uma certa timidez e irreverência, mas que gosta de se relacionar e comunicar. A estrutura da personagem foi desenhada através de formas simplificadas, a partir de figuras geométricas procurando uma expressão gráfica clara e legível. Esta personagem atravessou um processo bastante longo até chegarmos à sua forma final. Neste processo foi também tido em conta o seu perfil psicológico que procuramos que fosse ao encontro do humor presente nas tiras de banda desenhada.

Assim, a Célia representa uma pessoa preocupada com os outros, atenciosa, convicta, independente e possui uma certa tendência para um sentido de humor sarcástico. É direta e firme nas suas acções e posturas. Ela foi sendo bastante estudada em termos do seu redesign e foi apenas numa fase mais adiantada do

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cabeça, dimensão do corpo e olhar. A procura foi sempre no sentido de proporcionar uma mesma conotação ao slogan do portal da Célia: “O portal gluten free mais bacana e fofinho”

Figura 9: Personagem final da Célia Celíaca

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Figura 10: Personagem final da Célia Celíaca numa tirinha

4.2 OUTRAS PERSONAGENS DO UNIVERSO CÉLIA CELÍACA

Em termos narrativos sentimos que era necessário criar uma dinâmica mais ambiciosa e que possibilitasse mais interação com o público. Assim, optamos por atribuir um companheiro à Célia Celíaca que apelidamos simplesmente de “Pedrinho”. Este companheiro da Célia possibilita esta interação com a personagem principal e torna-se muitas vezes o mote para se poder falar das dificuldades de convivência entre casais celíacos e não celíacos, pois o Pedrinho não é celíaco. Assim, a personagem foi desenvolvida com base numa mesma estrutura gráfica e explorando outros atributos como óculos e barba, procurando um ar moderno e jovial mas também distante e assimétrico da Célia em termos cromáticos e de

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importante do projeto, isto porque, a personagem demonstra qualidades como o da valorização do superior interesse do casal relativamente às restrições que a doença obriga.

Figura 11: Personagem Pedrinho

Outras personagens foram sendo introduzidas que representam outras patologias clínicas associadas à doença celíaca. As personagens foram alvo de um redesign mais atraente para o lançamento do projeto internacional “Célia Celíaca - GlutenFree LifeStyle” no dia 11 de Novembro de 2017, com apoio oficial da APC, que teve lugar no Porto.

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Figura 12: Personagem Pedrinho e Célia numa tirinha

4.3 DESENVOLVIMENTO DE AMBIENTES E CENÁRIOS

No desenvolvimento das chamadas “tirinhas de bd” houve necessidade de complementar as personagens com cenários e ambientes. Tal como o visual das personagens, os cenários foram inspirados num certo revivalismo gráfico inspirado nas animações dos anos 50 conforme descrito no capítulo 3.1. As linhas são simples, muitas vezes delineadas por cor e os objectos

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esses procuramos desenvolver objetos e elementos que fossem representativos de cenários deixando, mais uma vez, mais “espaço” para os protagonistas.

4.4 A LOGO-MARCA

Após o redesign da personagem principal tornou-se necessário a abordagem a uma identidade gráfica que identificasse o projeto e valorizasse a personagem enquanto interlocutora principal.

Nessa perspetiva desenhamos uma logo-marca que tem por base a personagem numa postura descontraída e bem humorada.

Figura 13: Logo marca da Célia Celíaca – Gluten Free LifeStyle

O grafismo mantém as opções cromáticas e estilísticas descritas no capítulo 4.1. optando-se por colocar todas os outros elementos gráficos à volta da figura, envolvendo a ilustração da personagem numa perspetiva de “afunilar” o olhar para o centro da imagem. Optou-se pela conjugação de duas famílias tipográficas:

-

Pacífico

-

Open Sans

Enquanto a primeira permite manter uma ligação mais próximo à manualidade do desenho e à

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postura gráfica de maior formalidade. Nesse sentido foi criado um Manual de identidade que aborda todas as questões gráficas e de composição com variadas assinaturas e opções assim como as regras a ter em conta quando aplicado nos mais diversos tamanhos e diferentes suportes visuais.

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V. CÉLIA CELÍACA: UMA VISÃO EMPREENDEDORA

5.1. INTRODUÇÃO

Após o desenvolvimento da logo-marca e de toda a identidade do projeto, character design das personagens, a estratégia de aplicação do projeto passou por concorrer a apoios ao empreendedorismo numa tentativa de obter algum financiamento que possa dar continuidade ao projeto como potencial “spinoff” ligada à área da saúde e do bem-estar. Assim, em Novembro de 2017, o ganhou foi vencedor no Concurso Regional do Poliempreende/PIN 2017 permitindo-o seguir para o campeonato nacional concorrendo com mais 28 equipas. Desse campeonato foi premiado com o segundo prémio do Concurso Nacional Poliempreende/PIN 2017 resultando num apoio financeiro que possibilitará o seu arranque enquanto negócio em 2018. Todos os aspetos comerciais, de marketing e de operacionalização do trabalho que reportam as diversas áreas de atuação foram assimilados e apreendidos no desenrolar desta investigação, e foram descritos nos capítulos seguintes.

Figura 14: Ilustração do Prémio de Empreendedorismo da Célia Celíaca – Gluten Free LifeStyle

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5.2. ANÁLISE DE MERCADO

O facto de termos participado no Concurso Poliempreende 2017 obrigou-nos a desenvolver uma investigação mais profunda acerca do mercado gluten free na Europa e no Brasil. Assim, da nossa análise identificamos que os produtos gluten free têm tido um crescimento muito grande quando comparados com outros produtos. Na figura 14 podemos ver que, quando comparado com produtos sem lactose, o crescimento é muito mais acentuado. Por outro lado, percebemos que grandes marcas internacionais têm desenvolvido produtos de opção glúten free (casos como o do queijo de barrar Philadelphia ou, mais recentemente, o gelado “vegan”

sem glúten e sem lactose, da marca Olá). Quando comparamos esse crescimento com outros produtos “light” ou “sem conservantes e corantes”, a opção sem glúten é a que apresenta maior crescimento. Para além disso, na variedade de produtos também apresenta um crescimento muito interessante e significativo.

Figura 15: Gráficos de análise do mercado gluten free.

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5.3. “MISE-EN-SCÈNE” DO PROJETO

Após o desenvolvimento da marca e do estudo das personagens, e após a atribuição do prémio iniciamos todo um processo de aplicação da marca Célia Celíaca – Gluten Free LifeStyle no mercado. Para isso, estabelecemos alguns eixos basilares, nomeadamente:

1. Produzir conteúdos sobre a doença celíaca a partir da personagem assente no poder da identificação e da empatia.

2. Despertar interesse da doença celíaca através do recurso a ilustrações e animações apelativas, linguagem simples, narrativa descontraída e bem humorada.

3. Disponibilizar gratuitamente materiais e conteúdos explicativos e educativos online para download criando uma ligação através do Instagram, facebook, website e youtube. Esses materiais refletem sempre uma experiência pessoal desta investigadora, mas todo o conteúdo médico é sujeito a uma revisão médica e nutricional de reconhecidos especialistas da área, nacionais e internacionais.

5. Associarmo-nos a entidades, empresas, académicos, organizações de saúde e indústria de produtos gluten free de forma a dar visibilidade às marcas que se queiram associar a nós e que nos possibilite o retorno financeiro para viabilizar o projeto enquanto negócio e empresa.

No dia 20 de Setembro a Célia Celíaca colocou no facebook a primeira ilustração em jeito de tira de bd que resultou em 306 likes, 80 partilhas e 20 517 pessoas alcançadas.

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Figura 16: 1ª tirinha de bd publicada em 20 de Setembro de 2017.

Um mês depois, partindo de uma ilustração intitulada “A Estranha da Festa”, o post alcançou mais de 1000 likes, 425 partilhas e 73 782 pessoas alcançadas. Esta publicação ultrapassou os 100 comentários e percebemos que, de facto, o celíaco está receptivo e ávido de informação e de espaço para falar, debater, trocar experiências e até desabafar. Todas estes comentários revelam imenso acerca da vida pessoal do celíaco e das suas experiências com uma espécie de “booling” social.

Figura 17: Tirinha de bd “A estranha da Festa”.

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5.3.1. MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA DA CÉLIA CELÍACA

Figura 18: Campanha Manual de Sobrevivência da Célia Celíaca

Um dos primeiros materiais a ser desenvolvido foi o “Manual de Sobrevivência pós-diagnóstico da Célia Celíaca” (http://celiaceliaca.com/manual-sobrevivencia/), um pequeno manual que incorpora as principais recomendações e cuidados a ter para quem inicia a sua vida após um diagnóstico. O Manual foi desenvolvido numa linguagem descontraída, objetiva e frontal, características pessoais da Célia Celíaca, e contou com a revisão da médica hematologista Dra. Ana Revês Pimenta, da médica dermatologista Dra. Trícia Costa Claro, da nutricionista Dra. Juliana Crucinsky e ainda a revisão geral da Ester Benatti. Pela primeira vez, o manual contou com o apoio de duas associações representativas do Brasil e Portugal, da FENACELBRA – Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil e da APC – Associação Portuguesa de Celíacos. O manual foi disponibilizado gratuitamente no site da Célia Celíaca e obriga a um cadastro que solicita nome, email, contacto e dados acerca da relação com a doença. O resultado foi muito positivo em termos de downloads e visibilidade e permitiu-nos obter dados que irão certamente revelar-se úteis para futuras campanhas de marketing digital.

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5.3.2. O LIVRO “O HOMEM QUE SOLTAVA PUM E OUTRAS HISTÓRIAS”

Figura 19: Campanha “O Homem que Soltava Pum e Outras Histórias”.

Outro material desenvolvido foi o de um livro de literatura que procurou ser inteligente, inspirador e divertido e que, pela primeira vez, apresentasse uma literatura “nonsense” usada em prol da doença celíaca. Esta investigadora criou um livro feito de peculiaridades, cheio de

“personagens-sintomas” dirigido a crianças e adultos de todas as idades. Cada personagem traz um sintoma diferente numa perspetiva humorística numa abordagem que nos parece francamente hilariante. A começar pelo título da obra: “O homem que soltava pum e outras histórias”. A obra não esconde as mazelas da celíaca, mas as encara numa perspectiva otimista, sem moralidades ou discurso fácil.

O livro, à semelhança do Manual de Sobrevivência da Célia Celíaca, consegue a proeza de juntar o apoio de associações de celíacos de Portugal e Brasil. Assim, tem distribuição garantida em ambos os países, com versões adaptadas da língua. Em Portugal, o livro resulta da parceria entre a APC (Associação Portuguesa de Celíacos) e da BlueBook. O lançamento oficial aconteceu no dia 11 de novembro, no Hotel Vila Galé, no Porto, em ocasião do 46º Encontro Nacional de Celíacos. No Brasil, teve edição da Cria Editora e o apoio da Fenacelbra (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil) e foi lançado no dia 29 de novembro, na Pizzaria Rigani, em Curitiba. Foi desenvolvida toda uma campanha de comunicação nas redes sociais através de animação, vídeo e cartazes promocionais.

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5.3.3. O WEBSITE

Todo a marca da Célia Celíaca – Gluten Free Lifestyle assenta no website (www.celiaceliaca.com) que foi desenvolvido mantendo a linguagem gráfica da marca.

Procuramos manter a identidade intacta mas devido às implicações estruturais do site — pensado para ser “responsivo” — foi necessário desenvolver uma versão horizontal da logo- marca horizontal. Foram planeadas várias opções de menu que pudessem acolher as atuais pretensões de conteúdos e materiais, mas que, ao mesmo tempo, pudesse sustentar futuras mudanças numa pespetiva de crescimento. Assim, foram incluídas seis menus principais e uma sétima destacada que diz respeito aos potenciais clientes e anunciantes. Neste alinhamento foram incluídas novas rubricas da Célia Celíaca como entrevistas, culinária, etc. Um pouco mais tarde foi desenvolvida uma APP e uma versão online que ocupou também o menu principal da página Web.

Figura 20: Frontpage do website da Célia Celíaca – GlutenFree Lifestyle

O website foi desenvolvido em tecnologia “wordpress” e conta com a inclusão de um back Office permitindo que toda a informação e conteúdos possa ser controlada por esta investigadora. Para toda a informação nova que é incluída no website, é criada uma campanha promocional e de divulgação nas redes sociais. Dessa forma, todo esse material exclusivo é partilhado por toda uma comunidade de celíacos.

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Figura 21: Campanha da entrevista da “Célia Repórter” exclusivo no website da Célia Celíaca.

Em suma, o projeto foi pensado e estruturado em termos de “cross media”, partindo do site e cruzando diversas plataformas sociais como o facebook e o instagram. À semelhança de outros projetos como Simon’s Cat (https://simonscat.com/) ou Dilbert (http://dilbert.com/) a personagem ocupa um espaço central de uma ocupação a tempo inteiro do seu autor tornando-se também num negocio de grande sucesso e prosperidade.

Figura 22: Simon’s Cat, de Simon Tofield

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Figura 23: Dilbert, de Scott Adams

5.3.4. A APP “CÉLIA CELÍACA ENCONTRA”

À medida que o projeto avançava tornou-se evidente a falta de informação acerca dos locais seguros para um celíaco usufruir de uma refeição, quais os espaços que vendem e disponibilizam produtos seguros e adequados para celíacos, ou ainda, que profissionais contactar em caso de dúvidas, esclarecimentos ou para marcação de consultas? Assim, face a estas perguntas que foram sendo feitas à medida que o projeto se tornava mais conhecido e estas questões se tornavam mais frequentes — através do email da Célia ou através de uma aplicação que permite a inserção de comentários denominado de “Hotjar”. Assim, desenvolvemos uma APP para Android e uma versão na página Web que permite uma procura por diversas categorias e que identificam este locais. Todos esse locais foram previamente contactados e avaliados em termos de negócio e de segurança para o celíaco. A APP funciona para Portugal e Espanha. Atualmente está a ser desenvolvida uma versão para IOS, à pedido de muita gente.

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Figura 24: Campanha “Célia Celíaca Encontra”

5.3.5. AS MARCAS “AMIGAS” DA CÉLIA

Aquando da participação no Concurso Nacional Poliempreende 2017, foi necessário pensar numa estratégia de rentabilização comercial da Célia Celíaca, enquanto potencial empresa.

Após varias ideias e sugestões dadas até por vários elementos do júri, tornou-se evidente que deveríamos explorar a componente de criação gráfica, ilustração e animação como forma de viabilizar comercialmente uma futura empresa. Assim, foram dados passos na direção de explorar campanhas de publicidade e marketing digital em que se pudesse associar a imagem da Célia Celíaca e desta investigadora à produtos seguros e adequados para celíacos. Dessa forma, as empresas ligadas a este sector possuem um intermediário de confiança, valorizado nas redes sociais, que fornece serviços de ilustração e animação em campanhas exclusivas da Célia Celíaca. Estas campanhas incluem sessões fotográficas, ilustração, animação 2D, animação 3D e vídeo.

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Figura 25: Campanha Fotográfica “Conhece a Damhert?” para a empresa Damhert

Figura 26: Campanha em animação 2D e 3D “Prova e Aprova” para a empresa “Maribérica”

Todas elas foram criadas por esta investigadora e foram sujeitas a apreciação rigorosa em termos de qualidade do produto e de responsabilidade para com o celíaco.

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Figura 27: Campanha em animação 2D “Conheces as waffles da Damhert?”

5.3.6. ESTRATÉGIA COMERCIAL

Na elaboração da estratégia comercial do projeto de forma a viabiliza-lo enquanto potencial negócio optou-se por 6 modalidades que assentem nas potencialidades de espaços de anúncios nas diversas plataformas da Célia Celíaca. De momento houve já acordo com várias empresas gluten-free — incluídas numa sub-opção do menu principal “Anuncie a sua marca” — e em vários materiais da marca.

O nosso campo de acção foi muito bem delineado e planeado em conformidade com o esquema seguinte que caracteriza a dinâmica comercial da marca.

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Figura 28: Estrutura base da dinâmica comercial da marca.

Assim, a triangulação destes 3 elementos: anunciantes, plateia e mediadores representa a estrutura-base onde assenta o projeto. Isto é, os “anunciantes” são efetivamente os clientes da Célia Celíaca — provenientes da indústria, comércio ou saúde —; o que denominamos de

“plateia” representam o público que aprecia e acompanha a Célia Celíaca e participa das suas interacções online; e finalmente, os “mediadores” representam todos aqueles que divulgam e partilham as publicações da Célia Celíaca, ajudando a promover o projeto. Estes 3 elementos estão interligados e, cada um à sua maneira, dependem do crescimento uns dos outros.

Tornou-se evidente que seria necessário contar com o apoio de alguns colaboradores para poder viabilizar o projeto, assim foram incluídos mais elementos, nomeadamente, uma jornalista, um programador-web e um comercial.

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VI. CONCLUSÃO

Somos da opinião que este projeto atingiu os objetivos operacionais e gerais propostos ao mesmo tempo que nos forneceu uma visão agregadora de uma investigação através da prática, resultando numa marca que encontrou um espaço específico no mercado.

Até esta data foram elaboradas mais de 100 ilustrações entre tirinhas de banda desenhada, campanhas promocionais e rubricas ilustradas. Foram ainda desenvolvidas várias campanhas de promoção para diversas marcas gluten free a partir de sessões fotográficas, vídeo e animação 2D e 3D.

Assim, e em jeito de conclusão, julgamos poder afirmar que a ilustração pode efetivamente afirmar-se como uma importante ferramenta de dinamização da doença celíaca, e obter resultados concretos em dois sentidos: o primeiro, referente à informação que pode disseminar enquanto imagem e significado, enquanto receptáculo de “desenhos” mentais, “desabafos” e comentários de uma audiência que direta ou indiretamente vai fornecendo pistas e material para novas narrativas. No caso específico da Célia Celíaca esta qualidade da ilustração advém do facto dela gerar uma empatia muito grande e uma sensação de “autenticidade”.

Consequentemente, pode oferecer uma visão comercial, e promocional atuando em termos de campanhas de publicidade, promovendo divulgação marcas e produtos de confiança para celíacos numa perspetiva mais objetiva e de mercado.

Em suma, enquanto escrevemos o último capítulo deste relatório de projeto torna-se evidente a aceitação do projeto Célia Celíaca pela comunidade celíaca e não só, pois foram muitos os especialistas, grupos e comunidades em Portugal e no Brasil que se juntaram à personagem.

Assim, numa perspetiva de darmos destaque aos resultados obtidos a partir deste projeto descrevemos a seguir diversas declarações de celíacas com responsabilidade na comunidade agradecendo o contributo e a gentileza das declarações. Bem hajam.

“Célia, é muito bom ver que você representa milhões de pessoas que não podem comer glúten! Melhor ainda ver que se tornou uma pessoa saudável, forte, atlética, bem disposta, plena, pró-ativa, inteligente, acolhedora e bem humorada. Precisamos muito de você! Você é a primeira personagem de história em quadrinhos que é celíaca e isso é empoderamento”.

Flávia Anastácio de Paula (Celíaca, professora, membro da Acelfoz e moderadora do grupo Viva Sem Glúten – Brasil)

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“Gostaria de parabenizar pela iniciativa em desenvolver a personagem Célia Celíaca, que trata de um problema tão sério e atual como a doença celíaca e outras alergias alimentares de uma maneira leve, prática e muito bem humorada, passando informações realistas e importantes do cotidiano de um celíaco. Tenho certeza de que este projeto e as informações têm bases científicas que são transmitidas para relatar a luta diária de quem convive com restrições alimentares para sobreviver. Desejo que muitas pessoas tenham acesso à vida da Célia Celíaca e possam se beneficiar com as informações contidas nessas alegres tirinhas. Sucesso e saúde à Célia Celíaca!”

Mariane Rovedo (Celíaca, nutricionista, membro Acelbra do Paraná – Brasil)

“Célia, uma amiga com humor para seguir e interagir!”

Ana Revês Pimenta (Celíaca, médica hematologista, consultadora em doenças associadas ao glúten, coadministradora do grupo Viva sem Glúten – Portugal)

“A Célia mostra o cotidiano dos celíacos e suas dificuldades diárias. Assim acontece uma identificação com a personagem, fazendo com que as pessoas tenham a sensação de pertencer a um grupo. A Célia faz com que os celíacos encarem a doença de forma divertida, interagindo com a personagem e vendo a vida celíaca de outra maneira. E agora com o novo site poderemos ampliar este relacionamento e ter ainda mais informações sobre a doença celíaca.”

Solange Nascimento (Celíaca, presidente da Acelbra do Paraná – Brasil)

Para além destas declarações, no Facebook (https://www.facebook.com/cceliaca), Instagram (https://www.instagram.com/celiaceliacaa/) e no website em www.celiaceliaca.com é possível perceber os desabafos, questões e agradecimentos despoletados pela criação da personagem e do projeto. A motivação gerada à volta do projeto teve muito em conta estes comentários que nos foram dando ânimo para caminharmos continuadamente neste processo de investigação e criação tão complexo com a plena consciência de que ainda estamos a começar.

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VII. BIBLIOGRAFIA

Bendazzi, G. (2016). Animation: A World History. Vol. 1/2/3. Florida: Crc Press.

Gouveia, P. (2014) – Avaliação De Contaminação Por Glúten Em Alimentos Isentos De Glúten Comercializados Em Panificadoras

(Tese De Mestrado), Universidade De Brasília.

Hedgpeth, K. & Missal, M. (2005) Exploring Character Design, Boston: Thomson Course Technology: Thomson Learning Inc, Design Exploration Series.

Heller, E. (2012). A Psicologia Das Cores: Como As Cores Afectam A Emoção E A Razão.

Barcelona: Editorial Gustavo Gili, Sl.

Isbister, K. (2006) Better Game Characters By Design: A Psychological Approach, Oxford:

Elsevier.

Itten, J. (1961). The Elements Of Color: A Treatise On The Color System Of

Johannes Itten, Based On His Book ‘The Art Of Color’. Usa: Van Nostrand Reinhold Company

Male, A. (2007) Ilustration: A Theoretical & Contextual Perspective, Ava Publishing, Switzerland.

Mccloud, S. (2006) Making Comics: Storytelling Secrets Of Comics, Manga And Graphic Novels, New York: Harpercollins Publishers.

Mccloud, S. (1993) Understanding Comics: The Invisible Art, New York: Harpercollins Publishers.

Ratilal, T., 2017 – Revista Da APC– Associação Portuguesa De Celíacos,

Solomon, C. (1994). Enchanted Drawings: The History Of Animation. New York: Wings Books

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VIII. ANEXOS ((67$7Ë67,&$6

Todos os conteúdos estão disponíveis no CD/DVD e online em:

www.celiaceliaca.com

https://www.facebook.com/cceliaca

(51)

DADOS ESTATÍSTICOS  

 

Reportagem com a médica gastroenterologista Dra. Danielle de Castro acerca da “Contaminação cruzada” (Postagem 17/12/2018).

Dados do site:

1.400 partilhas

Dados do facebook:

11317 pessoas alcançadas 1346 interações

14 comentários 111 partilhas

Dados do Instagram:

5.238 pessoas alcançadas.

(52)

448 likes 9 comentários

 

   

Tirinha de BD na qual o “bullying”, muitas vezes velado, sofrido por celíacos, alérgicos e intolerantes na família ou no círculo de amigos é abordado de forma frontal obteve-se um alcance surpreendente.

A identificação com a situação vivida pela personagem foi imediata, nos comentários dos facebook e instagram foi possível observar uma quantidade muito grande de desabafos pessoais, pessoas a marcarem outras pessoas, etc. (Postagem 08/10/2018).

Dados do facebook:

1.000 reações 136 comentários 452 partilhas

Dados do instagram:

8.282 pessoas alcançadas 491 reações

(53)

29 menções

 

 

Com a mudança de algoritmos do facebook e instagram passou-se a fazer publicações no formato de apresentação de slides. Novamente o tema Contaminação cruzada foi abordado, mas desta fez pela personagem infantil Celinha (Postagem 19/11/2018).

Dados Facebook:

2.800 visualizações 67 reações

8 comentários 63 partilhas

Dados Instagram:

3.821 alcance 925 reaçoes

(54)

36 partilhas 55 menções

 

 

 

Entrevista com Dr. Paulo Costa Claro, médico gastroenterologista e especializado em doença

celíaca. Entrevista longa sobre o assunto, mas que teve grande repercussão também, demonstrando a grande necessidade de falar sobre o conteúdo abordado (Postagem 15/10/2018).

Dados site:

682 partilhas

Dados Facebook:

17.671 pessoas alcançadas 1993 interações

243 reações 14 Comentários 106 partilhas

(55)

Dados Instagram:

1.673 pessoas alcançadas 2.800 visualizações 108 reações 3 comentários 11 menções

 

 

 

“O  Pequeno  manual  de  sobrevivência  da  Célia  Celíaca,  de  download  gratuito  foi  baixado  por  mais  de   2.000  pessoas  no  espaço  de  1  mês.  

Os  e-­‐mails  foram  guardados  usando  a  ferramenta  de  marketing  digital  “MailChimp”.  

 

 

 

 

 

 

 

(56)

 

 

Ilustração Sátira acerca da pergunta mais ouvida pelos celíacos (Postagem 21/01/2019).

Dados Instagram:

13.847 pessoas alcançadas 1.300 visualizações

(57)

 

Dados  Facebook:  

4.655  pessoas  alcançadas   332  interações  

52  reações   3  Comentários   21  partilhas    

     

   

Vídeo de promoção Mar Ibérica & Célia Celíaca (Postagem 16/01/2019).

Dados Instagram:

23.392 pessoas alcançadas 1.916 visualizações

2 menções

(58)

5.400 visualizações 33 reações

4 Comentários 7 partilhas

   

   

Entrevista com Dra Ana Reves Pimenta, especialista em Doença Celíaca em Portugal (Postagem 12/11/2018).

Dados site:

413 partilhas

Dados Instagram:

2.074 pessoas alcançadas 249 reações

(59)

10 menções

Dados Facebook:

13.597 pessoas alcançadas 1.477 interações

16 Comentários 92 partilhas

 

     

 

Ilustração sátira acerca da doença Celíaca (Postagem 13/11/2018).

Dados Instagram:

5.977 pessoas alcançadas 724 reações

12 Comentários

(60)

12 menções

Dados Facebook:

13.597 pessoas alcançadas 1.477 interações

16 Comentários 92 partilhas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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